geografia de africa parte economica

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Trabalho de Estudantes da UEM do 3 °Ano de Lincenciatura em geografia feito no âmbito de Geografia de África-Parte Económica Universidade Eduardo Mondlane Departamento de Geografia Licenciatura em Geografia Geografia de África: Parte Económica Estudantes: Calisto da Paz Carlos Mujovo Lor Mussagy Dionísio Mugabe Germias Raso Belmiro Soares Maputo, Maio de 2013 NB: O trabalho, foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia de África-Parte Económica dicsiplina que, faz parte do currículo de Lincenciatura em Geografia na UEM no nível 3. A sua realização foi da inteira responsabilidade dos estudantes.

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Este trabalho aborda o processo deUrbanizacao no Continente Africano especificamente para asMegacidades e a Regiao da SADC

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Page 1: Geografia de Africa parte economica

Trabalho de Estudantes da UEM do 3 °Ano de Lincenciatura em geografia feito no âmbito de Geografia de África-Parte Económica

Universidade Eduardo Mondlane Departamento de Geografia

Licenciatura em Geografia

Geografia de África: Parte Económica

Estudantes:

Calisto da Paz

Carlos Mujovo

Lor Mussagy

Dionísio Mugabe

Germias Raso

Belmiro Soares

Maputo, Maio de 2013

NB: O trabalho, foi realizado no âmbito da disciplina de Geografia de África-Parte Económica dicsiplina que, faz

parte do currículo de Lincenciatura em Geografia na UEM no nível 3. A sua realização foi da inteira

responsabilidade dos estudantes.

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Trabalho de Estudantes da UEM do 3 °Ano de Lincenciatura em geografia feito no âmbito de Geografia de África-Parte Económica

Índice

I INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3

II. OBJECTIVOS .................................................................................................................................... 4

III. METODOLOGIA .............................................................................................................................. 4

IV.ENQUADRAMENTO TEÓRICO (PRINCIPAIS CONCEITOS) ....................................................... 5

V.ENQUADRAMNTO GEOGRÁFICO DO CONTINENTO AFRICANO ............................................. 6

VI URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA ......................................................................................................... 7

VI.I HISTÓRIA DA URBANIZAÇÃO AFRICANA ............................................................................... 7

VI.II.TENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA .................................................................. 8

VI.III FACTORES DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA ......................................................................... 9

VI.IV OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA ..................................... 9

VI.V PROBLEMAS ESPECÍFICOS DAS MEGACIDADES AFRICANAS .................................... 10

VI.VI PROBLEMAS DA URBANIZAÇÃO NOS PAÍSES DA SADC .............................................. 11

VI.VII MEDIDAS CORRECTIVAS DOS PROBLEMAS DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA: AS MEGACIDADES E SADC ................................................................................................................... 12

VII CONCLUSÃO ................................................................................................................................ 13

VIII.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ........................................................................................... 14

SANTOS, Carlos, ( 2009),Território e Territorialidade, Revista Zona de Impacto, Brasil, volume 13. .... 14

IX Anexos ........................................................................................................................................ 15-21

Page 3: Geografia de Africa parte economica

Trabalho de Estudantes da UEM do 3 °Ano de Lincenciatura em geografia feito no âmbito de Geografia de África-Parte Económica

I INTRODUÇÃO O continente africano apresenta uma taxa de urbanização bastante elevada, quando comparado

com os outros continentes nas últimas três décadas. Embora se apresenta pouco urbanizado, isto

é, menor parte da superfície está pouco urbanizado. Entretanto o nível de desenvolvimento

económico é o principal factor do incremento do processo de urbanização visto que, os centros

urbanos têm uma economia centralizada. Em geral em todos países africanos os seus centros

urbanos apresentam uma taxa de urbanização bastante elevada em relação ao meio rural,

influenciada pelo crescimento demográfico (natalidade e migração), visto que as cidades

apresentam diversas oportunidades em relação as outras regiões.

Os países do continente africano fazem parte dos países subdesenvolvidos em via de

desenvolvimento, desta forma os problemas de urbanização das megacidades e da SADC1 são

típicos dos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, exemplos disso são graves

problemas de saneamento, ordenamento físico, a incapacidade das infra-estruturas de suportar a

procura de serviços básicos para o bem-estar da população, a insegurança nos grandes centros

urbanos entre outros fenómenos advindos desse processo de urbanização.

1 Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral

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II. OBJECTIVOS Geral:

• Elaborar um relatório de investigação sobre Urbanização em África

Específicos:

• Analisar as Tendências actuais da urbanização em África;

• Identificar os principais problemas da Urbanização em África com maior enfoque as

Megacidades e a região da SADC;

• Apresentar algumas medidas correctivas aos problemas do processo de urbanização em

África.

III. METODOLOGIA Para a realização do trabalho obedeceu se a seguinte metodologia: consulta bibliográfica das

fontes referentes ao tema em estudo ‘’Urbanização em África’’, selecção do material

conveniente e relevante para análise do tema em estudo, de seguida fez-se a discussão em torno

dos conteúdos seleccionados nas bibliografias recorrendo-se a análise de Mapas, dados

estatísticos referentes a distribuição da população nos principaís centros urbanos. Depois da

recolha de dados estatísticos refentes a urbanização construiu-se os gráficos e tabelas como

forma de ajudar a análise da evolução temporal do processo de urbanização.

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IV.ENQUADRAMENTO TEÓRICO (PRINCIPAIS CONCEITOS) Urbanização, pode ser entendida como um processo que resulta sobre tudo da transferência de

pessoas do meio rural para cidade (êxodo rural). Entretanto a urbanização está intimamente

ligada a concentração de pessoas em um espaço restrito (cidade), resultado da substituição das

actividades primária (agropecuárias) por actividades secundárias (industriais) e terciárias

(serviços) (Mascaró, 2003).

Malhas urbanas ou macrocefalia, é um fenômeno que consiste na existência de uma rede de

centros urbanos muito desequilibrada em quantidade de população, num país.

Territorialidade, é um fenômeno comportamental associado com a organização do espaço em

esferas de influência ou de territórios claramente demarcados, considerados distintos e

exclusivos, ao menos parcialmente, por seus ocupantes ou por agentes outros que assim os

definam", (SANTOS, 2009).

Megacidade, são áreas urbanas com mais de 5 milhões de habitantes. As megacidades são mais

do que apenas grandes cidades. Suas dimensões proporcionam novas dinâmicas e uma diferente

complexidade e simultaneidade de fenômenos e processos - físicos, sociais e econômicos e

actualmente, é nessas áreas que ocorre a maior parte do processo de urbanização global,

(YEAROFPLANETEARTH, 2013)

Taxa de urbanização é a percentagem de população que vive nas cidades em relação à

população total do território, (GEO-EBIE, 2010).

Cidade é um arranjo espacial e histórico de materialização dos modos de vida e de produção

(VIRNA, S/d).

Urbano Refere-se a um espaço contínuo, permanente e populacionalmente denso. A

característica, a forma específica de cada espaço urbano, é determinada pelas relações entre o seu

meio físico, pelo desenvolvimento tecnológico e modo de produção do momento de sua

formação e ao longo de sua História, (ESTATISTICAMT, 2013).

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V.ENQUADRAMNTO GEOGRÁFICO DO CONTINENTO AFRICANO ü Localização geográfica, Coordenadas geográficas e Latitude e longitude

O Continente africano estende-se desde o paralelo 34° 51’ sul (cabo das Agulhas, RSA) a 37°

21’ norte (cabo Ras-El-Abaid, Tunísia). Em termos de longitude o continente enquadra-se entre

os meridianos 18° no Cabo Verde oeste e 54° este no cabo de Ras-Hafun na Somália, (Jessen e

Araújo, 1998). (Vide o Mapa 1 em anexo).

V.I LOCALIZAÇÃO EM FUNÇÃO DO EQUADOR, DIMENSÃO E DISTÂNCIA MÁXIMA

ENTRE OS PONTOS EXTREMOS

O equador atravessa o continente africano ao meio, dividindo-o em duas partes sensivelmente

iguais. A metade Norte assemelha-se a um trapézio e metade Sul a um triângulo, (Jessen e

Araújo, 1998).

Segundo Jessen e Araújo, (1998) a África tem na sua totalidade uma superfície de 30 milhões

de km², equivalente a 3/3 de terras emersas dos quais 1/3 de terras emersas correspondem a 19

milhões de km² chegando a representar 75%, encontram-se no Norte e os restantes 1/3 de terras

emersas equivalente a uma superfície de 11milhoes km² encontram-se no hemisfério Austral

representando 25%. As distâncias máximas ou pontos extremos compreendem as extremidades

máximas das latitudes norte e Sul bem como as longitudes oeste e este deste continente.

Entretanto em termos de latitude os dois pontos extremos são: cabo das Agulhas e Rus-el-Abiad

separados por uma distancia máxima de 8 000km e em termos de longitude os dois pontos

extremos são: Cabo Verde e Rus-hafun, separados a uma distância de 7 500km.

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V.II LIMETES NATURAIS (AQUÁTICOS): PONTOS CARDIAIS E INTERMÉDIOS EM

FUNÇÃO DOS OUTROS CONTINENTES

Tabela 1: Enquadramento Geográfico de África

Pontos cardias Limites naturais(Aquáticos) Em função dos outros continentes Norte Mar mediterrâneo Europa Sul Oceanos Índico e Atlântico Antárctida Este Oceano Índico Austrália e Ásia Oeste Oceano Atlântico América Nordeste Mar vermelho Ásia, Sudeste Oceano Índico Austrália Sudoeste Oceano Atlântico América do sul Noroeste Oceano Atlântico América do norte

Fonte: Jessen e Araújo, (1998)

V.III Configuração da linha de costa

A África é um continente maciço porque comparado com outros continentes, o seu litoral se

apresenta muito regular, sem grandes retrâncias e saliências, isto é, não se distingue ao longo da

costa profundos golfos nem cabos pronunciados, (Jessen e Araújo, 1998).

VI URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA Urbanização pode ser entendida como um processo que resulta sobre tudo da transferência de

pessoas do meio rural para cidade (êxodo rural). Entretanto a urbanização está intimamente

ligada a concentração de pessoas em um espaço restrito (cidade), resultado da substituição das

actividades primárias (agropecuária) por actividades secundárias (industriais) e terciárias

(serviços), (Mascaró, 2003).

VI.I HISTÓRIA DA URBANIZAÇÃO AFRICANA A África vive um processo de urbanização iniciado desde a década de 1950, com o fim da

Segunda Guerra Mundial, o consumo de matérias-primas e combustíveis fósseis aumentou na

Europa e América e o continente massificou a sua extracção e exportação. Infra-estrutura criada

para suprir essa demanda e escoar os produtos concentrava-se nas maiores cidades naquela

época, todavia bastante precária, (Vide a Figura 4 em anexo). Nas décadas seguintes, diversos

países conquistaram a sua independência e se integraram à nova ordem económica vigente, o que

resultou no crescimento de muitas regiões. A queda do muro de Berlim, em 1989, também

influenciou nessa transformação. A expansão do modelo capitalista e posterior a globalização

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também intensificou o crescimento da urbanização em África, entretanto a população rural

começou a migrar para as cidades em busca de melhores oportunidades de emprego e ascensão

social ou outros padrões de vida. Botsuana, por exemplo, concentrava 21% da população nas

cidades em 1990. Dados de 2007, divulgados este ano, mostram que essa percentagem subiu para

60%, (Vide o Gráfico 1 em anexo), (MEDEIROS, 2006).

VI.II.TENDÊNCIAS DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA

A dinâmica rápida, tardia e multiforme dos processos de urbanização no continente africano, são

fenómenos que caracterizam a Geografia do continente sobretudo da África subsariana.

As concentrações humanas que se impuseram nas paisagens africanas como as cidades de Lagos,

Kinshasa e Luanda, apresentam no entanto actualmente tendências de evolução diversificadas,

reveladoras de significativas transformações na organização do espaço, da emergência de novas

territorialidades, de modificações nas antigas relações cidade-campo, de recomposições nas

dinâmicas sociais em contínua experimentação, da definição de novas culturas urbanas,

(MEDEIROS, 2006).

Na actualidade, o volume total da população considerada como urbana, assim como o número de

aglomerações e as respectivas dimensões, tem aumentado continuamente, embora com grandes

diferenças á escala dos países, (Vide o Mapa 2) (CLARA E MARCOS, s/d).

Mapa 2: População Urbana em África e sua Evolução

Fonte: Revistaescola citada por EBAH, 2011.

De acordo com os dados publicados pela ONU, as estimativas, apontam que na última década o

rítmo médio de crescimento da população urbana na África Subsariana se tenha aproximado de

5%, isto é, duas vezes superior ao rítmo médio de crescimento da população total. De acordo

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com as projecções até 2015, o total de centros urbanos poderá registar um aumento de cerca de

6.8% e o número de cidades bilionárias (habitantes) deverá triplicar, (MEDEIROS, 2006).

Tendo em conta a tendência actual do crescimento da população na região urbana no continente,

perspectivas de 2025, apontam para um incremento significativo, (Vide o Gráfico 2 em anexo).

VI.III FACTORES DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA Os factores que contribuem ao processo de urbanização em África são típicos de países

subdesenvolvidos, que estão ligados as péssimas condições de vida vigentes nas regiões rurais,

em função da estrutura fundiária bastante concentrada, característico do capitalismo, dos baixos

salários e da falta de apoio aos pequenos agricultores. Há uma grande transferência de população

ara (rural) as cidades, para as grandes metrópoles, criando uma série de problemas urbanos,

(EBAH, 2013). CLARA e MARCOS, (S/d), destacam-se os seguintes factores que contribuem

na urbanização: maior oferta de oportunidades e de serviços nas cidades, como educação, saúde

e emprego; mecanização, concentração de terras no campo e revolução verde: são factores de

repulsão demográfica; Industrialização: que gera empregos nas cidades e atrai os imigrantes e

elevada taxa de fecundidade, pela falta de planeamento familiar em países mais pobres.

As perspectivas de oportunidades económicas, vigentes nas cidades africanas, geram

instabilidade social e pressões ambientais. Os centros urbanos, especialmente as capitais

nacionais e regionais, são também sedes dos governos e, portanto, locais de intensa concorrência

pelo poder político e financeiro, (COMMINS, 2001).

VI.IV OS PRINCIPAIS PROBLEMAS DE URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA

Nos últimos três decénios a África foi marcada por profundas transformações sociais e

económicas que marcaram indelevelmente a fisionomia humana da grande parte dos territórios

africanos, uma atenção cada vez maior tem sido dispensada aos mais variados aspectos dos

fenómenos de urbanização em África. Os problemas abaixos apresentados, surgem no contexto

do aumento da população urbana, e a complexidade dos mecanismos urbanizantes, à

multiplicação e especialização das actividades urbanas bem como a extensão da área da

influência das cidades. (CONTRIBUIÇÃO PARA O CONHECIMENTO DA

URBANIZAÇÃO EM ANGOLA, S/D).

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Segundo COMMINS, 2011, o processo da urbanização em África é um fenómeno recente,

quando comparado com outros continentes como: Europa e América (norte), desta forma, os

problemas de urbanização em África deve-se ao fenómeno de macrocefalia urbana ou malha

urbana, isto é, o inchaço das cidades gerando graves consequências económicas e sociais devido

à rapidez do processo de urbanização:

ü Carência de infra-estruturas urbanas (sistema de transportes, de energia, de água, de

esgoto, de saúde e de moradia, saneamento do meio) para atender a todos os

habitantes;

ü Falta de oportunidades económicas produtivas (formal), originando o crescimento do

sector informal, grande e complexo;

ü Insegurança (instabilidade) nas vias públicas das cidades africanas, aumentando

níveis de violência, criminalidade, marginalidade;

ü Maiores níveis de pobreza urbana.

ü Grande desigualdade social (sobretudo nas condições habitacionais); (vide a figura 2

em anexo).

VI.V PROBLEMAS ESPECÍFICOS DAS MEGACIDADES AFRICANAS

A urbanização em África tem estado desde a muito tempo associado ao crescimento económico e

do desenvolvimento de cada país e da região (vide a imagem 2 e Figura 5 em anexo), que deriva

dos sectores industrial e de serviços baseados nas cidades, todavia o crescimento urbano colaca

também sérios desafios ao desenvolvimento (Paulo et al, 2007).

Entretanto são distinguidas no continente africano as seguintes Megacidades: Lagos e Abidjan

(Nigéria), Cartum (Sudão), Cairo e Alexandria (Egipto), Kinshasa (R.D.C), Joanesburgo e cidade

do Cabo (África do Sul), Nairobi (Quénia), Luanda (Angola) e Adis-Abeba (Etiópia), (Vide o

Mapa 3 em anexo). Com a superpovoamento nas cidades conjugada com a falta de uma política

agrária eficaz para atenuar o problema de fuga da população do campo para cidade, provoca no

seio das Megacidades Africanas, a escassez de oportunidades de emprego e o desemprego é

muito alta e a criminalidade sobe nitidamente, a falta de condições de habitabilidade e

salubridade e a exploração (da mão de obra barata e a escravatura), (Vide a Figura 1 em anexo).

(EBAH, 2013).

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VI.VI PROBLEMAS DA URBANIZAÇÃO NOS PAÍSES DA SADC

Os crescentes níveis de urbanização são causados pelo crescimento natural da população e pela

migração da população rural para as cidades. Sendo que estas, dum lado desempenham um

importante papel, tanto como provedoras de emprego, moradia e serviços, quanto como centros

de desenvolvimento cultural, educacional e tecnológico, portanto de acesso para o resto do

mundo, centros industriais de processamento de produtos agrícolas e manufacturados e lugares

onde se gera renda, estabelecendo se um forte vínculo entre os níveis nacionais de

desenvolvimento humano e os níveis de urbanização (UNCHS, 2001) citado por UNEP, s/d.

Os problemas de urbanização na SADC, não são tão distintos da África em geral, todavia, estes

diferem na sua escala e da intensidade do processo de urbanização, visto que o crescimento do

processo de urbanização de cada país desta comunidade é influenciado pelo seu incremento

económico.

Segundo a REVISTA SADCTODAY, 2004, a SADC é uma comunidade, com objectivo de

alcançar o desenvolvimento económico, aliviando a pobreza, reforçar os níveis e padrões de vida

dos povos da África Austral e apoiar os socialmente desfavorecidos através da integração

regional, as suas cidades concentram oportunidades em relação as demais regiões doutro lado,

causa sérios problemas aos centros Urbanos. A região da SADC, é caracterizada pelos seguintes

problemas:

ü Expansão de bairros de lata, (vide a imagem 1 em anexo)

ü Infra-estrutura Urbana (Rodovias) precária que condiciona a mobilidade Urbana através

da caoticidade do trânsito,

ü Saneamento urbano;

ü Existência de uma rede urbana bastante precária e incompleta na maioria dos países, com

deficiência de infra-estruturas e de instituições sociais;

ü Elevados níveis de violência, criminalidade, marginalidade e prostituição.

ü Ineficiência e lentidão do planeamento urbano resultando no crescimento desordenado

das cidades o que trás sérias consequências como: superpovaomento, poluição da

atmosférica, congestionamentos, perda da qualidade de vida das pessoas, dentre outros.

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Trabalho de Estudantes da UEM do 3 °Ano de Lincenciatura em geografia feito no âmbito de Geografia de África-Parte Económica

Em suma, um exemplo evidente da intensa urbanização na região da SADC é o caso das cidades

de Durban, Cape Town, Pretória (África do sul) (Vide o Gráfico 3 em anexo). Em Moçambique

e Angola, o processo de urbanização, foi bastante influenciada não só pelo êxodo rural mais

também pela guerra civil que implicou deslocações forçadas e contribuíram para acentuar as

diferenças em termos de desenvolvimento e urbanização dos dois países, (BAIA, 2007) e

(LOPES, 2013)

VI.VII MEDIDAS CORRECTIVAS DOS PROBLEMAS DA URBANIZAÇÃO EM ÁFRICA: AS MEGACIDADES E SADC

Sendo a Urbanização um processo inevitável, visto ser resultado do intenso exôdo rural não só

mas também migrações e elevados índices da natalidade, as medidas correctivas em prole dos

problemas urbanos requerem um estudo sistemático que acompanhe a dinâmica do processo de

urbanização e do seu respeito crescimento económico de cada país, (CLARA & MARCOS,

S/D. São apontadas algumas soluções:

ü Discentralização da economia (investimentos) e de serviços a escala nacional como

forma de criar oportunidades em outras regiões,

ü Criação de uma política agrária eficaz, eficiente e efectiva capaz de criar mais

opurtunidades de emprego no meio rural como forma de atenuar o exôdo rural;

ü Criação de mais centros urbanos frutos de uma planificação como forma de minimizar a

expansão proliferada (edifícios em precárias condições de habitação);

ü Criação de uma política que combata a insustentabilidade social.

ü Criação de política de planeamento urbano eficiente, com vista a minimizar o

crescimento desodenado das cidades.

ü Criação de uma política que incentive o uso de técnicas de planeamento familiar como

forma de controlar o crescimento demográfico por natalidades.

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VII CONCLUSÃO A urbanização em África é um fenómeno iniciado desde a década de 1950 com fim da segunda

Guerra Mundial e, acompanha o crescimento económico dos países africanos. Entretanto, ela tem

uma forte ligação com a história da África, isto é, a dominação colonial e as guerras de

instabilidade política dos países africanos pôs independências. A urbanização na África

subsaariana regista nos últimos 20 anos uma taxa de crescimento de 5% e de acordo com as

tendências actuais, até 2015 poderá registar uma taxa de 6.8%.

Os problemas da urbanizacao em África, Megacidades e na SADC são característicos dos países

subdesenvolvidos e/ou em via de desenvolvimento, onde os índices demográficos sobretudo a

natalidade, imigrações e êxodo rural se mantêm constante, visto que as suas cidades concentram

diversas oportunidades de emprego em comparação com o meio rural e outras regiões do país

e/ou continente. Os problemas de urbanização nas megacidades e na SADC devem-se

essencialmente ao superpovoamento nas cidades, o que concorre ao aumento nítido dos

problemas como: Insustentabilidade social (marginalidade e prostituição), Insegurança

(violência, criminalidade), Expansão de bairros de lata, Saneamento urbano, Existência de uma

rede urbana bastante precária e incompleta na maioria dos países, com deficiência de infra-

estruturas e de instituições sociais, Falta de oportunidades económicas produtivas (formal),

originando o crescimento do sector informal, grande e complexo entre outros. Em suma a

urbanizacao é um processo irreversível e inevitável. Nesta óptica foram apresentadas medidas de

correctivas tais como: Criação de uma política agrária eficaz, eficiente e efectiva capaz de criar

mais oportunidades de emprego no meio rural como forma de atenuar o êxodo rural. Criação de

uma política que incentive o uso de técnicas de planeamento familiar como forma de controlar o

crescimento demográfico por natalidades.

Page 14: Geografia de Africa parte economica

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VIII.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ARAÚJO, Manuel; JESSEN, (1998), Mário, Geografia Física de África: Pequena Monografia, Livraria Universitária-UEM, Maputo.

BAIA, Alexandre Hilário Monteiro, (2009) Os conteúdos da urbanização em Moçambique: Considerações a partir da expansão da Cidade de Nampula, São Paulo. CLARA. Col Santa; Marcos, (S/D), África Crescimento Demográfico e Urbanização. COMMINS, Stephen, (2011),Resumo de Segurança de África: A Fragilidade Urbana e a Segurança em África. Contribuição para o conhecimento do fenómeno de Urbanização em Angola, Luanda, 2009.

COSTA, Almeida DA, (S/d). Parlamentopm da SADC

Google earth, 2013.

Ebie Blogspot, (2010), Taxa de Urbanização. Lisboa

LOPES Carlos M.; RODRIGUES, Cristina U. ; SIMAS, Gabriela, (2013), A Caminho da Cidade: Migração interna, urbanização e saúde em Angola, Luanda. MEDEIROS, Isabel.M, (2006), Tendências recentes da Urbanização na África ao Sul do Sahara: Notas de leitura finisterra, Lisboa, pp. 191-203. PAULO, Margarida; ROSÁRIO, Carmeliza; TVEDTEN, Inge (2007), Xiculungo” Relações Sociais da Pobreza Urbana em Maputo, Moçambique, Maputo. PAULO, Margarida; ROSÁRIO, Carmeliza; TVEDTEN, Inge, (S/d),”Xiculungo” Relações Sociais da Pobreza Urbana em Maputo: Um estudo realizado em colaboracao com o MPD. SADCTODAY,.(2004) Plano histórico de combate a pobreza, Vol. 7, Africa do Sul. SANTOS, Carlos, ( 2009),Território e Territorialidade, Revista Zona de Impacto, Brasil, volume 13. UNEP, Estado do Meio Ambiente e Retrospectivas Políticas:1972-2002, (S/d)

University Of Texas At Austin, (2013), Texas.

www.ebah.com.br, 2013 Woodrow Wilson International Center for Scholars, (S/d), O Papel Das Cidades No Desenvolvimento do País, Maputo/Moçambique

www.estatisticasmt.com.br

www.yearofplanetearth.org, 2013. VIRNA, Maicon Eder Bruno, (S/d), Conceitos de Cidades. Brasil.

Page 15: Geografia de Africa parte economica

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IX Anexos Mapa 1: Localização Geográfica da ÁFrica

Fonte: University Of Texas At Austin, (2013).

Gráfico 1: População Urbana e o seu Crescimento na Região Austral de África

Page 16: Geografia de Africa parte economica

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Fonte de Dados: Nações Unidas 2007 Apoud Paulo at al

Gráfico 2: População Urbana e estimativas do seu crescimento na ÁFrica Austral

Fonte: Nações Unidas 2007 Apoud Paulo at al (S/d)

Page 17: Geografia de Africa parte economica

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Gráfico 3: Taxas de Urbanização das Principais Cidades da SADC (2008-2009)

Fonte : Nações Unidas 2007 Apoud Paulo at al, (S/d)

Figura 1: Exemplo de um Bairro de Lata: Maxaquene-Maputo

Fonte: Paulo et al, 2007.

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Figura 2: Desigualidades sociais na Cidade de Cairo (Egipto)

Fonte: Clara e Marcos,( S/d)

Figura 3: Mega cidade de Joanesburgo

Fonte: Clara e Marcos, (S/d)

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Figura 4: Evolução temporal do processo de urbanização na África Ocidental

Fonte: Source: OECD, (1997) citado por Clara e Marcos, (S/d)

Figura 5: Processo de Urbanização na África Ocidental

Fonte: Clara e Marcos, (Sd)

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Mapa 3: Megacidades Africanas

Fonte: Clara e Marcos, (S/d)

Mapa 4: Países Membros da SADC

Fonte: UNEP, (S/d)

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Imagem 1: Exemplo de Malhas Urbanas: Luanda

Fonte: Google earth, 2013

Imagem 2: Megacidade: Joanesburgo

Fonte: Google earth, 2013