gÊnero dramÁtico

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GÊNERO DRAMÁTICO Dramático vem do verbo grego “drao”, e quer dizer: fazer, agir. A principal característica do gênero dramático é a ação. Este gênero ultrapassa a literatura propriamente dita, valorizando o texto dramático que pode ser em verso ou em prosa. O gênero dramático só se complementa com a atuação de atores no espetáculo teatral. Uma das principais manifestações dramáticas é a tragédia. TRAGÉDIA Do latim tragoedĭa, o termo tragédia está associado a um género literário e artístico do mesmo nome. Trata-se do tipo de

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Page 1: GÊNERO DRAMÁTICO

                        GÊNERO DRAMÁTICO

         Dramático vem do verbo grego “drao”, e quer dizer: fazer, agir. A principal característica do gênero dramático é a ação. Este gênero ultrapassa a literatura propriamente dita, valorizando o texto dramático que pode ser em verso ou em prosa.        O gênero dramático só se complementa com a atuação de atores no espetáculo teatral.Uma das principais manifestações dramáticas é a tragédia.

TRAGÉDIA Do latim tragoedĭa, o termo tragédia

está associado a um género literário e artístico do mesmo nome. Trata-se do tipo de obra dramática com acções fatais que causam espanto e compaixão.

As personagens de uma tragédia deparam-se inevitavelmente com os deuses ou com diversas situações da vida, em factos que os levam à fatalidade. A personagem principal da tragédia costuma terminar morta ou destruída moralmente. Porém, existem as chamadas tragédias de

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sublimação, onde a personagem consegue passar a herói ao superar todas as adversidades.

De acordo com Aristóteles, uma tragédia (neste caso seria o género conhecido como tragédia grega) é composta por três partes: prólogo, episódio e êxodo. O prólogo antecede a entrada do coro (que, por sua vez, se divide em párodo e estásimo) e aporta a localização temporária da história.

Os episódios mostram o diálogo entre as personagens (os actores) ou entre o coro e as personagens. Esta é a parte mais importante da história, já que manifesta o pensamento da personagem principal.

O êxodo é a parte final da tragédia, onde o herói reconhece o seu erro e recebe o castigo divino.

O momento mais importante de representação de tragédias ocorria durante as Grandes dionísias, também chamadas Dionísias Urbanas, festival que tinha lugar na Primavera, em honra de Diónisos. Nesse festival, tal como nas Dionísias rurais e nas Leneias, os tragediógrafos concorriam a um prêmio, geralmente com três tragédias e uma peça satírica cada.

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Aristóteles dedicou boa parte de sua obra A Poética aos estudos e análise da tragédia, que tinha grande papel na cultura grega e, posteriormente, ocidental. Apesar de descritivo, seu trabalho foi posteriormente tomado como prescritivo por muitos estudiosos.

Aristóteles descreve a tragédia como imitação de uma ação completa e elevada, em uma linguagem que tem ritmo, harmonia e canto. Afirma que suas partes se constituem de passagens em versos recitados e cantados, e nela atuam os personagens diretamente, não havendo relato indireto. Por isso é chamada (assim como a comédia) de drama. Sua função é provocar por meio da compaixão e do temor a expurgação ou purificação dos sentimentos (catarse).

De acordo com Aristóteles, uma tragédia (neste caso seria o género conhecido como tragédia grega) é composta por três partes: prólogo, episódio e êxodo.

Ode: Canto ou HinoTrago ; Couro de CabraFormacao de Coro Mulheres de athenas e de troia ou na sociedadade as suplicantesCoro possuía 12 homens que eram reperesentados por um ator Hipocritas ,

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encenava representando Deuses ou Seres Legendarios vivos ou mortos.

O prólogo antecede a entrada do coro (que, por sua vez, se divide em párodo e estásimo) e aporta a localização temporária da história.

Os episódios mostram o diálogo entre as personagens (os atores) ou entre o coro e as personagens. Esta é a parte mais importante da história, já que manifesta o pensamento da personagem principal.

O êxodo é a parte final da tragédia, onde o herói reconhece o seu erro e recebe o castigo divino.

Tragédias medievais

As tragédias medievais, como as clássicas, seguem muitos dos preceitos aristotélicos. Entretanto, os trabalhos produzidos durante a Idade Média geralmente tratam de temas de cavalaria e Cristandade e seus preceitos morais.

Não existem exemplos de tragédias escritas durante a Idade Média. Duas epopeias medievais importantes, que trazem ingredientes trágicos, mas

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são apenas longos poemas narrativos são Beowulf e La chanson de Roland.

Tragédias modernas

É atribuída ao italiano Gian Giorgio Trissino a autoria da primeira tragédia moderna nos moldes clássicos, realizada no Renascimento: Sofonisba, de 1515. Em língua portuguesa é registrada Castro, de A. Ferreira, provavelmente escrita depois de 1550. Na França, Cleópâtre Captive, de Jodelle, exibida em 1552, recebeu a distinção para a língua francesa, dada por Ronsard.

Um dos grandes tragediógrafos nos tempos modernos foi Jean Racine, que trouxe um novo aspecto ao gênero com seus trabalhos. Quando a sua peça Bérenice foi criticada por não conter nenhuma morte, Racine contestou a visão tradicional de tragédia. Seu rival, Pierre Corneille, também deixou sua marca no mundo da tragédia com peças como Medée (1635) e El Cid (1636).

Na língua inglesa, as mais famosas e bem sucedidas tragédias foram as escritas por William

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Shakespeare. As obras de Shakespeare tiveram e tem grande influência na literatura ocidental, e incluem tragédias extremamente famosas, como Romeu e Julieta, Hamlet e Otelo, entre muitas outras.

Autores de tragédia

Ésquilo Eurípedes Sófocles William Shakespeare - características

trágicas John Webster - características trágicas Henrik Ibsen - características trágicas

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Partes da história Uma história pode ser esquematicamente a passagem de uma situação inicial para uma situação final, devido à ocorrência de transformações. Essas transformações decorrem do surgimento de conflitos entre os personagens. De acordo com esse esquema,

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podem-se apontar as seguintes partes componentes de uma história: a apresentação, a complicação, o clímax e o desfecho.

• Apresentação – nesta parte, mostra-se ao leitor os primeiros dados do mundo construído, como os personagens e suas características, o espaço em que se movimentam, as relações que mantêm entre si e suas referências temporais; expõe-se aqui a situação inicial do universo ficcional.• Complicação – é o momento  em que se rompe o equilíbrio do estado inicial; por causa das atitudes de algum personagem ou de um acontecimento, surgem conflitos e começam a ocorrer transformações que conduzem a narrativa ao ponto máximo de tensão.• Clímax – é o ponto máximo de tensão, resultante da convergência de vários conflitos vividos pelos personagens.• Desfecho ou desenlace – corresponde à situação final, ou seja, ao novo equilíbrio que se alcança depois do clímax.

                         OS PERSONAGENS

         Os personagens de uma narrativa são seres fictícios, criaturas de papel e tinta moldadas pelo escritor por meio da organização de traços

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recolhidos da realidade e trabalhados pela imaginação. Inseridos num mundo construído que segue uma coerência interna, os personagens subordinam-se a ela, agindo e reagindo de acordo com as regras de funcionamento desse universo possível. Sua movimentação é que determina o andamento da ação: o enredo existe por meio de personagens, que nele ganham vida.

Categorias de personagens:• Protagonista – é o personagem principal da narrativa, a quem se devem as principais ações dinamizadoras do enredo, ou a quem o texto dedica maior pormenorização de atitudes e emoções. É comum denominá-lo herói quando se afirma por suas qualidades físicas ou morais.• Antagonista - é o principal opositor do protagonista. Suas atitudes provocam o surgimento de conflitos, cuja superação conduz às transformações.• Personagens secundários, adjuvantes ou coadjuvantes - surgem ao redor do protagonista ou do antagonista, auxiliando-os ou prejudicando-os em suas atitudes. Sua atuação é mais ou menos a mesma ao longo de toda a trama.

                                 O TEMPO

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    O mundo construído pelo ficcionista apresenta marcas temporais: podem ser indicações de datas ou horários, referências às partes do dia, às estações do ano, à posição dos astros no céu. É nesse fluxo de tempo que acontecem os fatos formadores da história; é nele que os personagens desenvolvem seus dramas e conflitos.

                                 O ESPAÇO  Os componentes físicos que servem de cenário ao desenrolar da ação e aos movimentos dos personagens constituem o chamado espaço da narrativa: trata-se de mais um dos elementos do mundo construído pelo ficcionista.

                                O NARRADOR          O elemento do mundo ficcional responsável por sua apresentação a quem esteja interessado em conhecê-lo é o narrador. É sua existência que diferencia o gênero narrativo do gênero dramático: neste último, ação, personagens, espaço e tempo desenrolam-se diretamente diante do espectador. No gênero narrativo eles chegam ao leitor através do narrador. Ao ler um texto narrativo, você percebe a existência de uma voz que conta ou mostra os fatos: essa voz é o narrador.Foco narrativo - é o ponto de vista assumido

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pelo narrador ao apresentar o mundo construído. De acordo com o foco narrativo que ele assume, o narrador se aproxima ou se distancia dos fatos narrados, dos personagens, da ação e daquele a quem narra. Sua posição pessoal pode tender à neutralidade ou ser claramente participativa. Conforme a relação que o autor estabelece com o mundo construído pela ficção, costuma-se classificá-lo em narrador em primeira pessoa e narrador em terceira pessoa.Narrador em primeira pessoa: é aquele que participa dos dados e fatos do mundo construído como protagonista ou testemunha, construindo o que se chama narrador-personagem.Narrador em terceira pessoa: é aquele que relata uma história da qual ele não participa, pois não é personagem do mundo ficcional apresentado.