galáxia internet · 1) forneciam informação proveniente de autoridades locais; 2) organizavam a...
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agaláxiainternet
reflexões sobre internet,
negócios e sociedade.
o autorManuel Castells (1942-) é um reno-mado e amplamente premiado sociólogo espanhol. Obteve doutorado pela Uni-versidade de Paris na década de 70 e, desde então, desenvolveu trabalhos em diversas universidades mundo afora, em cidades como Califórnia, Barcelona e Madri. Seu trabalho mais notório é The Information Age: Economy, Society and Culture, onde expõe as diretrizes básicas de toda a sua teoria acerca da influência da era da informação nos diferentes âm-bitos que compõem a sociedade.
a obraDatado de 2001, A Galáxia internet abor-da as mudanças ocasionadas pela consoli-dação das redes de informação no con-texto social global. Castells analisa como a facilidade de disseminação da informação nas redes virtuais influi na política, na ci-dadania e no meio privado, alterando inex-oravelmente diversos preceitos seculares e, ao mesmo tempo, enrigecendo ainda mais alguns outros.
vocabulário
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Cibercrime
Noopolitik
Empresas dot com
Ciberguerra
Enxameamento
Cidade Virtual
Hacking/Cracking
A política da Internet I redes de computadores, sociedade civil
e o Estado
POLÍTICOS
SOCIEDADE
administração social
Políticos
iNTERNET
Sociedade
internet como ferramenta
Políticos
iNTERNET
Sociedade
internet como ferramenta
Políticos
Internet
Sociedade
virtual-real?
A nova dinâmica dos movimentos sociais;
A interconexão de comunidades locais por computadores e a sua importância para a participação do cidadão;
Os usos da Internet na prática da política informacional;
A emergência da noopolitik e da guerra cibernética no cenário geopolítico.
A Internet e os conflitos sociopolíticos
Movimentos sociais em rede
• Direitos Humanos;• Direitos das Mulheres;• Trabalhistas;• Ambientalistas;• Religiosos;• Pacificadores.
do méxico para o mundo
Movimento Zapatista (1994-2012):
Fim da marginalização dos indígenas locais;Extinção do NAFTA;
Combate à corrupção na política local.
Movimento Falun Gong
Movimento Falun Gong (1992-2012):
Verdade;Benevolência;
Tolerância.
HACKER-ATIVISMO
Anonymous (2004-2012):“Não somos um grupo. Muito menos hackers.”“Nós somos uma ideia. Uma ideia que não pode ser contida, perseguida nem aprisionada.” Anonymous Brasil
Hackers Ativistas x Hackers Israelenses:“Israel responderá com força aos ataques que danificarem a ‘cibersoberania’ israelense.” Danny Ayalon
Redes de cidadãos
Comunidades locais on-line:• De meados da década de 1980 ao final da década de 1990;• Normalmente associadas a instituições locais e governos municipais.
Componentes responsáveis pela sua formação
Os movimentos locais pré-Internet;O movimento hacker;Os governos municipais.
estados unidos
europa
Cleveland Freenet / Case Western Reserve Uni-versity;
Public Eletronic Network (PEN) / Cidade de Santa Mônica, na Califórna;
Seatle Community Network / Douglas Schuler.
Iperbole Program / Cidade de Bolonha;
Cidade Digital de Amsterdã.
Três características principais
1) Forneciam informação proveniente de autoridades locais;
2) Organizavam a troca horizontal de informação e a conver-sa eletrônica entre os participantes da rede;
3) Permitiam acesso à interconexão on-line a pessoas e or-ganizações que não tinham interesse pela Internet emer-gente.
Internet Globalx
Comunidade Local
Desenvolvimento das redes iniciais e ponto de entrada para pessoas pouco instruídas, pobres, desinformadas ou impos-
sibilitadas de acessar.
Traços Característicos de Movimentos Sociais na Rede
São essencialmente mobilizados em torno de valores culturais.1
Têm de preencher o vazio deixado pela crise das organizações verticalmente integradas.
Têm a necessidade de obter o mesmo alcance global dos poderes vigentes.
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“A Internet fornece a base material que permite a esses movimentos en-gajarem-se na produção de uma nova sociedade. Ao fazê-lo, eles trans-formam por sua vez a Internet: de ferramenta organizacional para empre-
sas ela se converte também numa alavanca de transformação social.” (p.119)
Lições da História em andamento
• Cidade Digital de Amsterdã (DDS)• “cultura digital pública de Amsterd㔕 Janeiro de 1994 (experimento)• Comunicação interativa• “residentes”
DDS - AMSTERDÃ
Convergência de duas redesMarleen Stikker – De BalieCaroline Nevejan – ParadisoO Baile soropositivo“hacking at the end of the universe” – 1993Cibernética, comunidade acadêmica > cultura hacker
DDS - AMSTERDÃ
Hacktic > xs4allDDS como uma fundação – 1995Sucesso da DDS, explosão da internet einteresse comercialComercialização da internet – holding5 de outubro de 2000Netizens elevaram o valor financeiro
DDS - AMSTERDÃ
Queda da DDS – Paris, ZeligConf; Barcelona, reunião de redes de cidadãos do mundoCombater o ceticismo políticoBuenos Aires, nova sociedade civil globalNova camada de organização socialAutonomia e representatividadeSociedade civil global > redes de computadores locais/globais de cidadãos
A Internet, a Democracia e a política informacional
• Internet como instrumento para pro-mover a democracia?• Utilização da Internet por parte dos governos• Atenção especial em anos eleitorais• Canal de comunicação horizontal• Caso Mônica Lewinsky
Segurança e estratégia na Era da Internet
• Guerra informacional• Ciberataque - Ciberguerra• Invasão das redes da NASA e Pentágono• Estado vulnerável• Informação como “arma militar”• Noopolitik
A política da Internet II PRIVACIDADE E LIBERDADE NO CIBERESPAÇO
a política da internet
Poder em torno da produção e difusão.
Potencial extraordinário para a expressão dos direitos dos ci-dadãos e a comunicação de valores humanos.
Põe as pessoas em contato numa ágora pública.Inicialmente, a liberdade de expressão podia se difundir sem depender da mídia de massa.
Processo de vigilância/punição trabalhoso demais para ser econômico.
Controlar a internet era não estar nela.
Tecnologias de software tornam possível a violação de pri-vacidade.
O Código de Lessig.
Tecnologias de controle
Tecnologias de identificação, de vigilância e de investi-gação.
1) senhas, cookies e autenticações
2) interceptação de mensagens, instalação de marcadores e instrumentos de localização
3) construção de banco de dados e armazenamento de infor-mações rotineiras
A criptografia é uma tecnologia ambígua.
Assinaturas digitais certificadas.
Eliminação do anonimato na Internet.
O preço da liberdade global é a submissão local.
O fim da privacidade
Práticas autoritárias de vigilância no ambiente de trabalho.
Trabalhadores despedidos por uso impróprio da Internet.
Coleta de dados pessoais para fins comerciais.
Troca de dados pelo privilégio de acesso ao site.
Dados pessoais tornam-se propriedade legítima das firmas de internet e de seus clientes.
Double Click e a inserção de cookies.
Identificação digital é regra na indústria.
Nova indústria do marketing do comportamento privado.
soberania, liberdade e propriedade quando a privacidade desaparece
• Noção de Cibercrime• Roubo de informação: controle dificíl por meios de controle tradicionais• União dos estados (coesão) - vigilân-cia mundial• Rentabilidade do setor de mercado de internet depende da quebra de pri-vacidade dos usuários
represália ao cibercrime
Fragmentação da informação impede o controle ple-no por parte do Estado clássicoVigilância global - contradições legaisIntegração da vida online ao cotidianoImagem virtual: incorporação das limitações impos-tas
Meio público à mercê do meio privado
Know-how das empresas é essencial: bases de da-dos e aproximação do públicoPrivacidade dos usuários rentabiliza o mercado dot com
as barricadas da liberdade na internet
• Nichos de mercado x mártires liber-tários virtuais (open source)• Defesa da liberdade virtual cresce à medida que cresce o nível de controle
internet e liberdade: prescindir dos governos?
• Regulamentações protegem a liber-dade do usuário de maneira mais efi-ciente do que ações libertárias• Representação da relação de des-confiança entre povo e governo• Proposta de inversão do alvo de vigilância na internet
As Questões
A internet funciona como mera ferramenta nos processos sociais ou tende a moldá-los a partir de suas possibilidades?
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A regulamentação é benéfica ou maléfica à liber-dade da informação que circula no meio virtual?
É necessária a criação de um código de ética para controlar o uso das informações que as em-presas de internet adquirem sobre seus usuários?
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Créditos
bRUNO gLAUCHEFernando NectouxgUILHERME riBEIRO
Jônatha BittencourtMarcelo oLIVEIRA