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  • 7/24/2019 387380-Apostila Ep1 Conver CA Cc

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    entro Federal de Educao Tecnolgica de Minas Gerais

    Eletrnica de Potncia ICurso Tcnico de Eletrnica

    Prof. Rubens Marcos dos Santos [email protected]

    BE L O HO R I Z O N T E

    FEVEREIRO DE 2001

  • 7/24/2019 387380-Apostila Ep1 Conver CA Cc

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    CEFET-MG Prof. Rubens M. Santos Filho [email protected] 2

    SUMRIO

    PARTE I: INTRODUO ELETRNICA DE POTNCIA

    I Introduo .................................................................... ............................................................. ..................... 3

    II Conversores Estticos .................................................... ............................................................................... 4

    2.1 Classificao dos Conversores Estticos ........................................................................... ..................... 4

    2.2 Rendimento de Converso.................................. ............................................................... ..................... 7

    2.3 Utilizao de Chaves no Processamento da Energia Eltrica.................. ............................................... 7

    2.4 Constituio dos Conversores Estticos ................................................................ ................................. 8

    PARTE II: RETIFICADORES COMUTADOS PELA REDE

    III Introduo.................................................. .................................................................... .............................. 9

    IV Retificadores no controlados ...................................................................... ............................................. 11

    4.1 Retificadores Monofsicos No Controlados ................................................................. ...................... 124.1.1 Retificador Monofsico de onda, No Controlado ............................................................... ..... 12

    4.1.2 Retificador 1 de Onda, no Controlado, com Diodo de Roda Livre............... ....................... 144.2 Retificadores Trifsicos No Controlados....................................... ..................................................... 16

    4.2.1 Retificador Trifsico de onda, No Controlado......................................................................... 164.2.2 Retificador Trifsico de Onda Completa , No Controlado........................................................... 19

    V Retificadores Controlados ........................................................................ .................................................. 20

    5.1 Retificadores Monofsicos Controlados Comutados pela Rede.......................... ................................ 21

    5.1.1 Retificador Monofsico de Onda Controlado, com Carga RL.................................................. 215.1.2 Retificador Monofsico de Onda Controlado, com Carga RLE .............................................. 225.1.3 Retificador Monofsico de Onda Completa, Totalmente Controlado........................................... 255.1.4 Ret. Monofsico de Onda Completa, Totalmente Controlado, com Diodo de Roda Livre .......... 26

    5.1.5 Retificador Monofsico de Onda Completa, em Ponte Mista Simtrica ...................................... 275.1.6 Retificador Monofsico de Onda Completa, em Ponte Mista Assimtrica................................... 29

    5.2 Retificadores Trifsicos Controlados .................................................................. ................................ 305.2.1 Retificador Trifsico, Onda, Controlado .................................................................... .............. 301.1.2 Retificador Trifsico, Onda Completa, Totalmente Controlado................................................... 321.1.3 Retificador Trifsico, Onda Completa, em Ponte Mista................................... ............................ 34

    VI Bibliografia ................................................................ ............................................................. .................. 36

    VII Resumo das Frmulas................................................................. ............................................................. 37

    7.1 Retificadores No Controlados.......................................................... ................................................... 37

    7.2 Retificadores Controlados .......................................................................... .......................................... 38

    VIII Listas de Exerccios ...................................................................... .......................................................... 39

    8.1 Lista 1: Introduo Eletrnica de Potncia e aos Retificadores......................................................... 398.2 Lista 2: Retificadores (PARTE 1) ...................................................................... .................................. 40

    8.3 Lista 3: Retificadores (PARTE 2) ...................................................................... .................................. 41

    IX Anexos: Gabaritos para Execuo dos Exerccios..................................................................................... 42

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    PARTE I: INTRODUO ELETRNICA DE POTNCIA

    IINTRODUO

    A Eletrnica de Potncia a tecnologia associada com a converso

    eficiente, controle e condicionamento da energia eltrica disponvel para a

    forma desejada atravs de meios estticos (isto , sem partes mveis). Sua

    meta controlar o fluxo de energia da fonte at a carga, com alto

    rendimento, disponibilidade e confiabilidade, pequenos tamanho e peso, e

    reduzido custo [1].

    A eletrnica de potncia lida com o processamento da energia

    eltrica, enquanto, de uma forma geral, as demais reas da eletrnica lidam

    com processamento de informao na forma eltrica (processamento de

    sinais).

    O campo da Eletrnica de Potncia multidisciplinar, pois envolve o

    conhecimento de dispositivos semicondutores de potncia, elementos

    magnticos, mquinas eltricas (motores e geradores), sistemas eltricos de

    potncia, sistemas de controle, eletrnica digital e analgica.

    Nos ltimos anos a eletrnica de potncia tem se desenvolvido com

    rapidez devido a fatores como: evoluo dos semicondutores de potncia, com

    o aumento das capacidades de tenso e corrente dos dispositivos, bem como

    da sua velocidade; avanos na rea de processadores digitais de sinais

    (DSP's) e circuitos integrados especficos tem contribudo para viabilizar

    e versatilizar o controle dos conversores de potncia.

    Nos dias de hoje, a eletrnica de potncia encontra aplicaes queenvolvem potncias que vo desde alguns watts at centenas de megawatts,

    como por exemplo em sistemas de acionamento de motores CA a velocidade

    varivel para compressores, bombas hidrulicas, robs, etc. aplicados no

    controle e automao de processos industriais. Alm da rea industrial, a

    eletrnica de potncia tambm est presente nas fontes de alimentao de

    equipamentos de telecomunicaes, computadores, equipamentos eletrnicos

    domsticos e nas fontes de energia ininterruptas (No-Breaks). O quadro

    abaixo resume algumas das aplicaes da eletrnica de potncia:

    Tabela1

    REAS DE APLICAO DA ELETRNICA DE POTNCIA

    rea de Transportes:- Trao em veculos eltricos:

    carros de passeio, locomotivas,metrs e trlebus

    - Carregamento de baterias deveculos eltricos

    - Eletrnica Automotiva

    rea Industrial:- Bombas- Compressores- Ventiladores- Sopradores- Mquinas-ferramenta (CNC)- Robs industriais- Fornos a arco e de Induo- LASER industrial para corte- Mquinas de Solda- Eletrlise

    rea Comercial:- Elevadores

    - Iluminao

    -

    Sistemas de Energiaininterrupta UPS (No-Breaks)

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    rea de Sistemas Eltricos de Potncia

    - Transmisso de energia em Corrente

    Contnua sob Alta Tenso (HVDC -High Voltage DC)

    - Fontes de energia alternativas:Elica e Fotovoltaica (PV - Photo-Voltaic)

    - Sistemas de compensao de reativosem linhas de transmisso (SVG -Static VAR Generation)

    rea Residencial

    - Refrigerao- Aquecimento ambiente- Ar condicionado- Cozimento

    - Iluminao- TV, microcomputadores, VK7,etc

    II

    CONVERSORES ESTTICOS

    O Conversor Esttico o mdulo bsico dos sistemas eletrnicos de

    potncia, responsvel pela converso da energia eltrica disponvel na

    fonte para a forma adequada carga. Em geral, alm da entrada de energia,

    os conversores possuem tambm uma ou mais entradas para controle. Atravs

    dessa entrada o fluxo de energia pode ser alterado de modo a atender

    requisitos especficos da carga. A Figura 1 ilustra o diagrama em bloco do

    conversor esttico.

    Entrada de Energia

    Controle

    Sada de Energia

    Conversor Esttico

    Figura 1 Representao em bloco do conversor esttico de potncia

    2.1CLASSIFICAO DOS CONVERSORES ESTTICOS

    Os conversores podem executar quatro funes bsicas:

    1. Converso CC-CC: num conversor CC-CC (ou Chopper), a tenso CC de

    entrada convertida numa tenso CC de sada com amplitude maior

    ou menor, polaridade igual ou contrria, com ou sem isolamento

    eltrico;

    2. Converso CA-CC ou Retificao: num conversor CA-CC ou

    retificador, a tenso CA retificada produzindo uma tenso CC na

    sada. A tenso de sada pode ser controlada, dependendo do

    conversor;

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    3. Converso CC-CA ou inverso: num conversor CC-CA ou inversor, a

    tenso CC de entrada convertida numa tenso CA de sada com

    amplitude e frequncia variveis;

    4. Converso CA-CA ou Cicloconverso: o cicloconversor converte uma

    tenso CA de entrada numa tenso CA na sada com frequncia e/ou

    amplitude controlveis. Quando somente o valor eficaz da tenso

    alterado, este conversor recebe o nome de gradador.

    A Figura 2 ilustra os smbolos comumente utilizados para representar

    os conversores estticos.

    Conversor CC-CC

    ( Chopper )

    Conversor CA-CC

    ( Retificador )

    Conversor CC-CA( Inversor )

    Conversor CA-CA( Cicloconversor )

    CCCC

    CC

    CCCA

    CA CACA

    Figura 2 Simbologia dos conversores estticos

    importante ressaltar que, sob condies especficas, alguns

    conversores so capazes de reverter o sentido do fluxo de energia, isto ,

    fazer com que o fluxo mdio de energia seja da carga para a fonte. Tais

    conversores so chamados Conversores Reversveis. A Figura 3 ilustra um

    exemplo comparativo entre um retificador reversvel e um retificador

    unidirecional. Ambos so retificadores porque o sentido preferencial do

    fluxo de energia CA-CC. Mas o primeiro retificador tem a capacidade de

    operar tambm no sentido contrrio, isto , fazendo a converso CC-CA,quando ento diz-se que o retificador est operando como inversor.

    Retificador Reversvel

    CA CCCA CC

    ENERGIA

    Retificador Unidirecional

    ENERGIA

    Figura 3 Exemplos de Conversores Reversveis e Unidirecionais

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    A converso entre duas formas de energia eltrica pode ser feita de

    forma direta ou indireta. Nos conversores diretos no h estgio

    intermedirio de converso, por exemplo: CA-CC. J nos conversores

    indiretos, podem haver um ou mais estgios intermedirios, por exemplo

    CA-CC-CA. A Figura 4 ilustra os diagramas de sistemas diretos e indiretos

    de converso.

    Conversor CA-CA IndiretoConversor CA-CA Direto

    CACACA CC CA

    Figura 4 Exemplos de converso direta e indireta

    Como ser visto logo a seguir, os conversores estticos de potncia

    utilizam chaves eletrnicas para modificar o fluxo de energia. Estas chaves

    so comandadas a certa frequncia. Os conversores que trabalham ligados

    rede CA comercial e operam na mesma frequncia desta (50 ou 60Hz) so

    classificados como conversores de frequncia de linha; os demais

    conversores que operam frequncias mais elevadas so chamados conversores

    de alta frequncia. Nos conversores de frequncia de linha, a tenso

    senoidal da rede pode inclusive atuar do processo de desligamento das

    chaves do conversor, como no caso dos retificadores a tiristores (SCR). A

    Figura 5 ilustra a classificao geral dos conversores estticos de

    potncia.

    Conversores Estticos de Potncia

    CC-CC: Choppers CA-CC: Retificadores CC-CA: Inversores CA-CA: Cicloconversores

    Diretos Indiretos

    Unidirecionais Reversveis

    De Alta FrequnciaDe Frequncia de Rede

    Figura 5 Classificao geral dos conversores estticos de potncia

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    2.2RENDIMENTO DE CONVERSO

    O rendimento de um conversor definido como a razo entre as

    potncias de sada e de entrada do conversor:

    in

    out

    PP= eq. 1

    Um conversor que possui um rendimento de 60%, por exemplo, perde 40%

    da potncia de entrada na forma de calor. Se a potncia de sada for

    substancial, assim tambm ser o calor a ser dissipado, o que levar

    necessidade da utilizao de um caro sistema de refrigerao do conversor.

    O alto rendimento uma caracterstica essencial no processamento de

    energia, porque, em primeiro lugar, conversores com baixo rendimento

    requerem grandes dissipadores para a retirada da energia perdida na forma

    de calor, o que dificulta ou mesmo inviabiliza sua realizao prtica. Em

    segundo lugar, reduzir as perdas significa reduzir o consumo de energia,

    cuja gerao cara e causa impacto ambiental negativo.

    O rendimento um bom indicador da performance de um conversor

    esttico. Operando com alto rendimento o conversor fica menor, mais leve e

    mais confivel.

    2.3UTILIZAO DE CHAVES NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELTRICA

    A fim de controlar o fluxo de energia com alto rendimento, os

    semicondutores utilizados nos conversores de potncia operam como chaves,

    estando completamente ligados ou desligados. O estado intermedirio, de

    caracterstica resistiva, evitado. A razo que, idealmente, uma chave

    no dissipa calor, pois quando est fechada, h corrente mas no h queda

    de tenso em seus terminais; quando est aberta no h corrente circulando;

    em ambos os casos a potncia perdida na chave nula. A Figura 6 ilustra

    essa caracterstica.

    i = 0 => P = V * I = 0

    v = 0 => P = V * I = 0

    v > 0 e i > 0 => P = V * I > 0

    + v -

    i

    i+ v -

    Figura 6 Dissipao de potncia numa chave ideal

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    As chaves eletrnicas presentes no conversor conectam diretamente ou

    indiretamente a fonte e a carga, permitindo um fluxo de energia controlado

    e os vrios tipos de converso anteriormente citados. A frequncia de

    abertura/fechamento das chaves pode variar desde algumas dezenas de Hertz

    at a casa dos megahertz.

    A implementao das chaves nos conversores realizada com

    dispositivos semicondutores de potncia: diodos, transistores e tiristores.

    No caso dos transistores somente as regies de corte (equivalente a uma

    chave aberta) e saturao (equivalente a uma chave fechada) so utilizadas,

    uma vez que a regio linear do transistor equivale a um resistor.

    2.4CONSTITUIO DOS CONVERSORES ESTTICOS

    Normalmente, os componentes magnticos so evitados em aplicaes de

    processamentos de sinais, devido ao seu tamanho, custo e dificuldade deminiaturizao. Alm disso, como nestas aplicaes o rendimento no um

    fator crtico (devido s baixas potncias envolvidas), os resistores so

    muito utilizados. J nos conversores estticos de potncia ocorre o

    contrrio: os resistores so evitados porque causariam grandes perdas de

    energia, e capacitores e indutores so largamente utilizados porque

    idealmente eles no dissipam energia, apenas a armazenam.

    Desta forma, pode-se concluir que os conversores estticos so

    constitudos basicamente por dois tipos de elementos:

    Elementos Estticos: so os semicondutores utilizados como chaves

    Elementos Reativos: so os capacitores, indutores (e

    transformadores) utilizados como filtros ou como armazenadores

    intermedirios de energia.

    A Figura 7 ilustra os elementos que podem constituir um conversor

    esttico de potncia.

    Elementos Estticos Elementos Reativos

    Figura 7 Elementos dos conversores estticos de potncia

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    PARTE II: RETIFICADORES COMUTADOS PELA REDEIIIINTRODUO

    Na maioria das aplicaes da eletrnica de potncia, a energia est

    disponvel na forma CA, e necessita ser convertida para a forma CC. Ao

    processo de converso CA-CC d-se o nome de retificao.

    A retificao pode ser controlada ou no controlada. Grande parte

    dos equipamentos eletrnicos utiliza retificadores no controlados, como

    por exemplo fontes de alimentao, "drivers1" de motores CC e CA, etc. Os

    retificadores no controlados utilizam exclusivamente diodos no processo de

    retificao.

    Os retificadores controlados so utilizados em acionamentos CC a

    velocidade varivel, em carregadores de baterias, em mquinas de solda, e

    em aplicaes que requerem um fluxo bidirecional de energia entre os lados

    CA e CC, como por exemplo em sistemas de transmisso de energia em CC sob

    alta tenso (HVDC) e na frenagem regenerativa de motores. Durante muitos

    anos, os retificadores controlados eram construdos exclusivamente com

    tiristores (SCR) e diodos. Nos dias de hoje, graas ao surgimento de chaves

    controlveis de potncias mais elevadas, mais rpidas e de maior facilidade

    de comando(IGBT, Power MOSFET, MCT), tornou-se possvel a construo de

    retificadores que absorvem uma corrente quase senoidal da rede CA, isto ,

    com baixa distoro harmnica. Esses retificadores operam em frequncias

    muito maiores que a da rede CA.

    Nos retificadores que utilizam tiristores (SCRs) e/ou diodos, as

    tenses da rede eltrica atuam ativamente no processo de comutao dos

    dispositivos, da esses retificadores serem classificados como "comutados

    pela rede". Por esse motivo, a frequncia de funcionamento dos

    retificadores a SCRs e diodos a mesma da rede eltrica em que esto

    ligados, o que no acontece nos chamados retificadores chaveados, que

    utilizam transistores e podem operar em frequncias de vrios kilohertz. A

    Figura 8 ilustra a classificao dos retificadores.

    Retificadores

    Comutados pela Rede

    No Controlados (A Diodos)

    Totalmente Controlados (A SCRs)

    Monofsicos

    Trifsicos

    Chaveados( em alta frequncia )

    Controlados - (A transistores)

    Monofsicos

    Trifsicos

    Semicontrolados (A SCRs e Diodos)

    Meia Onda

    Onda Completa

    Onda Completa

    Figura 8 Classificao dos Retificadores

    1O mesmo que acionador

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    A forma de onda da tenso de sada dos retificadores no puramente

    CC, ou seja, constituda por pores da forma de onda da fonte CA de

    entrada. Isto implica na existncia de uma ondulao ou "ripple" na tenso

    de sada dos retificadores. Quando necessrio atenuar-se esta ondulao,

    introduz-se um filtro na sada do retificador.

    A seguir sero dadas algumas definies importantes, que sero

    utilizadas no decorrer dos estudos:

    Regimes ou Modos de Conduo

    A operao dos retificadores pode ser caracterizada pelos chamados

    modos ou regimes de operao, que se referem corrente que circula pela

    carga. Quando a cada ciclo de operao a corrente na carga se anula por um

    intervalo de tempo qualquer, o regime de operao chamado descontnuo.

    Por outro lado, se a corrente na carga sempre maior que zero durante o

    funcionamento do circuito, o regime de operao contnuo.

    Nmero de Pulsos do Retificador

    O nmero de pulsos do retificador a relao entre a frequncia do

    ripple da tenso retificada e a frequncia da tenso da fonte CA.

    Valor Mdio

    Para quantificar a amplitude da tenso CC de sada dos

    retificadores, utilizado o valor mdio. O valor mdio ao longo do tempo

    de uma varivel peridica x(t), de perodo T, dado por:

    =T

    0med dttx

    T

    1X )( eq. 2

    O valor mdio tambm importante na especificao da capacidade de

    conduo de corrente mdia dos dispositivos de potncia, como diodos,

    tiristores, transistores, etc.

    Valor Eficaz ou Valor RMS

    O valor eficaz ou RMS "Root Mean Square" normalmente utilizado

    para especificar a corrente eficaz nos dispositivos de potncia, bem como

    para clculos de potncia aparente. O valor eficaz de uma varivel

    peridica x(t), de perodo T, dado por:

    =T

    0med dttx

    T

    1X )( eq. 3

    A importncia da especificao do valor eficaz da corrente nos

    dispositivos reside no fato de que este valor se relaciona diretamente com

    a potncia dissipada na parcela resistiva do dispositivo.

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    Fator de Forma - FF

    O fator de forma utilizado para quantificar o grau de distoro de

    um sinal CC qualquer em relao a um sinal CC puro. Por definio, o fator

    de forma a relao entre o valor eficaz e o valor mdio de um sinal (eq.

    4). Desta forma, um sinal CC puro possui fator de forma unitrio.

    med

    rmsF

    X

    XF = eq. 4

    Fator de Crista - FC

    O fator de crista utilizado para quantificar o grau de distoro

    de um sinal CA qualquer em relao a um sinal CA puramente senoidal. Por

    definio, o fator de crista a relao entre o valor de pico do sinal e

    seu valor eficaz (eq. 5). Um sinal puramente senoidal possui fator de

    crista igual a 2 .

    rms

    CX

    XF max= eq. 5

    Fator de Ripple ou Fator de Ondulao - FR

    O fator de ripple utilizado para quantificar o grau de filtragem

    da tenso ou corrente de sada dos retificadores, e definido por:

    1X

    X100F

    2

    med

    rmsR

    = % eq. 6

    Fator de Potncia - FP

    O fator de potncia a relao entre a potncia ativa P, em Watts,

    e a potncia aparente S, em VA, num circuito ou equipamento. Idealmente o

    FP deve ser unitrio.

    S

    PFP= eq. 7

    Nas sees IV e V sero analisados os retificadores no controlados

    e controlados, respectivamente, considerando-se semicondutores ideais e

    fontes de tenso ideais, ou seja, com impedncia interna nula. Somente

    sero estudados os retificadores comutados pela rede.

    IVRETIFICADORES NO CONTROLADOS

    Nos retificadores no controlados, o valor mdio da tenso

    retificada de sada depende da amplitude da tenso de entrada e daestrutura do retificador. Quando necessrio, a adaptao do valor da tenso

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    ao nvel adequado carga feita com o auxlio de um transformador no lado

    CA.

    4.1RETIFICADORES MONOFSICOS NO CONTROLADOS

    4.1.1RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA,NO CONTROLADO

    O circuito do retificador monofsico de onda est mostrado na

    Figura 9. A carga do tipo resistor-indutor, ou simplesmente RL. Quando a

    tenso da rede positiva em relao ao catodo, o diodo fica diretamente

    polarizado e a corrente comea a fluir. Devido presena do indutor na

    carga, esta corrente cresce "atrasada" em relao tenso, como mostrado

    na Figura 10, de maneira que quando a tenso da fonte CA passa por zero em

    t=180, ainda h corrente no circuito. Isso se explica pela presena da

    fora contra eletromotriz f.c.e.m. (tenso) gerada pelo indutor, que mantm

    o diodo polarizado mesmo aps a tenso da rede ter ficado negativa.Quando a corrente est crescendo, o indutor est armazenando

    energia. Quando a corrente est decrescendo, o indutor est devolvendo a

    energia armazenada. Quando a energia que foi armazenada no indutor se

    esgota, ou seja, quando a corrente no mesmo chega a zero em t = , a

    f.c.e.m. do indutor se anula e o diodo fica reversamente polarizado pela

    tenso da fonte CA.

    Figura 9 Retificador monofsico de onda com carga RL

    Figura 10 Formas de onda do Retificador 1, onda, carga RL

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    Como a corrente se extingue aps a tenso da fonte CA ter ficado

    negativa, surge na sada do retificador uma parcela de tenso negativa, que

    permanece at que a corrente se extngua em t = (beta).

    O valor mdio da tenso na carga pode ser encontrado utilizando-se

    a definio dada pela eq. 2:

    =

    0

    medO tdtV2

    1V )sen(max eq. 8

    onde Vmax a amplitude da tenso senoidal de entrada

    O desenvolvimento da expresso (2.1) resulta em:

    ( )

    cosmax = 12

    VV medO eq. 9

    A expresso que representa a variao da corrente em funo

    do tempo pode ser encontrada solucionando-se a equao de malha do

    circuito:

    oo idt

    dLiRtV +=senmax eq. 10

    cujo desenvolvimento resulta em:

    ++=

    tg

    t

    2L

    2o et

    XR

    V

    ti ).sen()sen()(max

    eq. 11

    onde:

    R

    Xarctg L= eq. 12

    e

    LXL= eq. 13

    Em princpio, o valor do ngulo de extino da corrente poderiaser analiticamente encontrado explicitando-se t na eq. 11 fazendo-se io=0.

    Entretanto, este procedimento resulta numa equao que no tem soluo

    analtica, chamada equao transcedental. Assim, o valor de somente pode

    ser determinado por mtodos numricos (ou grficos). A Figura 11 mostra a

    soluo grfica. Para determinar-se o valor de , deve-se primeiro

    encontrar o valor de (eq. 12), que o ngulo de fase do circuito.

    O valor da corrente mdia na carga pode ser encontrado

    atravs da expresso:

    R

    V

    I

    omed

    omed= eq. 14

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    A razo da indutncia no entrar no clculo de IOmed que a

    tenso mdia na carga fica apenas sobre o resistor, pois a tenso mdia

    sobre o indutor zero.

    Figura 11 Soluo grfica para determinar ngulo de extino

    4.1.2RETIFICADOR 1 DE ONDA,NO CONTROLADO,COM DIODO DE RODA LIVRE

    A componente indutiva da carga faz com que a tenso de sada fique

    negativa durante certo tempo, o que reduz o seu valor mdio. Para

    solucionar-se esse problema, pode ser adicionado ao circuito o diodo de

    roda livreou diodo de comutao, como mostrado na Figura 12.

    Figura 12 Retificador monofsico de onda com diodo de roda livre

    A Figura 13 ilustra as formas de onda de tenso e corrente no

    circuito. O funcionamento do circuito pode ser dividido em duas etapas:

    a) Etapa 1 (t entre 0 e ): O diodo principal conduz a corrente

    de carga. A tenso da fonte CA positiva.

    b) Etapa 2 (t entre e ): O diodo de roda livre entra em

    conduo no instante em que a tenso na carga tende a ficar negativa, isto

    , em t=. Neste instante, o diodo principal entra em corte, e o diodo de

    roda livre promove um caminho para que o indutor se descarregue. A Figura

    14 mostra a configurao do circuito aps a entrada em conduo do diodo de

    roda livre.

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    Figura 13 Formas de onda no circuito da Figura 12

    Figura 14 Configurao do circuito com DRem conduo

    Como pode ser observado, o indutor se descarrega diretamente sobre o

    resistor. A durao da descarga depende da constante de tempo do circuito

    RL, dada pela expresso:

    R

    L= eq. 15

    Aps cinco constantes de tempo, aproximadamente, a corrente se anula

    e o diodo de roda livre se bloqueia. O ngulo de extino em graus dado

    pela expresso:

    oo 180360T

    5+

    eq. 16

    onde T o perodo da onda de tenso da rede CA.

    Duas situaes podem ocorrer:

    a) < 360: Neste caso a corrente chega a zero antes da

    tenso da fonte ficar novamente positiva, o que caracteriza o modo ou

    regime de conduo descontnua.

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    b) > 360: Neste caso a corrente no chega efetivamente a

    se anular, pois a tenso da fonte CA fica novamente positiva antes que isso

    ocorra. Assim, a corrente no chega a zero, o que caracteriza o regime de

    conduo contnua. Em t=360 o diodo principal volta a conduzir e o diodo

    de roda livre corta.

    O valor mdio da tenso de sada do retificador dado por:

    maxVVOmed= eq. 17

    e o valor da corrente mdia por:

    R

    VI OmedOmed= eq. 18

    4.2RETIFICADORES TRIFSICOS NO CONTROLADOS

    Os retificadores trifsicos so utilizados em aplicaes de

    potncias mais elevadas, pois sua tenso de sada possui menor ondulao e

    maior valor mdio. Alm disso a corrente mdia em cada diodo apenas 1/3

    do valor mdio na carga, como ser mostrado a seguir.

    4.2.1RETIFICADOR TRIFSICO DE ONDA,NO CONTROLADO

    O retificador trifsico de onda pode ser visualizado como a

    ligao em paralelo de trs retificadores monofsicos de onda. A carga ligada ao neutro da fonte trifsica, como pode ser observado na Figura 15.

    Figura 15 Retificador trifsico de onda

    Desta forma, a tenso sobre a carga composta por pores das

    tenses fase-neutro, que esto defasadas 120 entre si. Como os catodos dos

    diodos esto unidos, ou seja, esto no mesmo potencial, conduzir o diodo

    que tiver a maior tenso em seu anodo, consequentemente colocando este

    potencial em seu catodo e forando os outros dois diodos a bloquear.

    A Figura 16 mostra as formas de onda das tenses trifsicas RN, S

    Ne

    TN juntamente com a tenso de sada do retificador. Como as tenses

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    trifsicas so defasadas entre si 120, a cada instante apenas uma delas

    mais positiva do que as outras. Por exemplo: quando a tenso da fase R a

    mais positiva (em relao s outras duas), o diodo D1 conduz. No instante

    em que a tenso da fase S supera a amplitude da tenso RN, D2 entra em

    conduo forando D1 ao corte, e assim por diante.

    Figura 16 Formas de onda do circuito da Figura 15

    A durao de cada ondulao da tenso de sada 120, porque este

    tambm o intervalo no qual dada tenso fase-neutro permanece mais positiva

    do que as demais. Devido a isto, a frequncia do ripple da tenso de sada

    trs vezes a frequncia da fonte CA (retificador de 3 pulsos):

    rederipple f3f = eq. 19

    Como a ciclo da tenso senoidal cada diodo conduz durante apenas

    120, a corrente mdia em cada diodo igual a 1/3 da corrente mdia que

    circula na carga:

    OmedDmed I3

    1I = eq. 20

    Aplicando-se a definio de valor eficaz sobre a curva de corrente

    do diodo, e aps algumas aproximaes, chega-se a:

    3

    II OmedrmsD eq. 21

    A tenso mdia na carga pode ser encontrada aplicando-se a definio

    de valor mdio forma de onda da tenso:

    =65

    6FNOmed tdtV

    2

    3V

    /

    /max )sen(

    eq. 22

    que resulta em:

    FNrmsOmed V171V = , eq. 23

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    A corrente mdia na carga dada pela expresso:

    R

    VI OmedOmed= eq. 24

    A forma de onda da tenso sobre o diodo pode ser visualizada na

    Figura 17, onde observa-se que ela composta por trechos de tenses fase-

    fase. Isto porque o diodo que conduz em dado momento leva o potencial de

    seu anodo para o catodo dos outros dois que esto bloqueados, que ento

    ficam submetidos a uma diferena de potencial fase-fase de catodo para

    anodo.

    Figura 17 Forma de onda da tenso no diodo D1

    Cada diodo deve portanto suportar o pico da tenso fase-fase, ou

    seja, a especificao da tenso de pico inversa (PIV ou VRRM) deve ser

    superior a:

    FFrmsV2PIV = eq. 25

    lembrando que FNrmsFFrms V3V = .

    A sequncia das tenses fase-fase mostradas na Figura 2.9 depende

    basicamente da sequncia de fases da fonte CA. So 6 o nmero de

    combinaes das tenses fase-fase, que so defasadas entre si 60.

    Cargas Indutivas

    No retificador de monofsico de onda, a presena de uma parcela

    indutiva na carga faz com que surja um trecho de tenso negativa sobre a

    mesma. No retificador trifsico, a forma de onda da tenso de sada no se

    altera em presena de indutncia na carga. Isto ocorre porque neste

    retificador a fonte a responsvel pela comutao dos diodos, isto , umdado diodo conduzir obrigatoriamente quando a tenso em seu anodo ficar

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    mais positiva que as demais, obrigando o diodo que conduzia anteriormente a

    cortar. Neste caso o efeito da indutncia a reduo da ondulao da

    corrente da carga.

    4.2.2RETIFICADOR TRIFSICO DE ONDA COMPLETA ,NO CONTROLADO

    O circuito do retificador trifsico de onda completa pode ser

    visualizado na Figura 18. Como pode ser observado, o neutro da fonte CA no

    ligado ao circuito retificador.

    Figura 18 Retificador trifsico de onda completa

    Os diodos D1, D3 e D5 constituem o chamado grupo positivo (ou poli-

    catdico), e os diodos D2, D4, D6 o grupo negativo (ou poli-andico). Os

    diodos conduzem sempre dois a dois: um diodo do grupo positivo e um do

    grupo negativo. No grupo positivo, conduzir o diodo que possuir a tenso

    mais positiva em seu anodo em relao ao neutro. No grupo negativo,conduzir o diodo que possuir a tenso mais negativa em seu anodo em

    relao ao neutro. A Figura 19 mostra a forma de onda da tenso de sada do

    retificador, juntamente com a forma de onda da tenso num dos diodos.

    Figura 19 Formas de onda do circuito da Figura 18

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    Como so 6 as tenses fase-fase, e estando as mesmas defasadas 60

    entre si, para cada ciclo da rede CA h 6 ondulaes na tenso de sada

    retificada (retificador de 6 pulsos), ou seja:

    rederipple f6f = eq. 26

    Da mesma forma que no retificador 3 de onda, cada diodo conduz

    durante 120, a assim:

    OmedDmed I3

    1I = eq. 27

    e

    3

    II OmedrmsD eq. 28

    Atravs da forma de onda da tenso no diodo (Figura 19) observa-se

    que a tenso de pico inversa expressa por:

    FFrmsV2PIV = eq. 29

    Utilizando-se a definio de valor mdio obtm-se a tenso mdia de

    sada do retificador:

    FFrmsOmed V351V = , eq. 30

    A corrente mdia de sada :

    R

    VI OmedOmed= eq. 31

    VRETIFICADORES CONTROLADOS

    Os retificadores controlados comutados pela rede utilizam SCRs como

    chaves estticas de potncia. Como mencionado na seo III, uma dasprincipais aplicaes dos retificadores controlados o acionamento de

    motores de corrente contnua, onde o ajuste da velocidade angular

    realizado atravs da variao da tenso mdia retificada de sada aplicada

    ao motor. A variao da tenso mdia retificada realizada atravs do

    ajuste do ngulo de disparo dos tiristores (SCRs)do retificador, que por

    sua vez realizado por um circuito de comando apropriado.

    O modelo eltrico do circuito de armadura do motor CC com excitao

    independente ou srie (Figura 20) do tipo RLE, onde a resistncia e a

    indutncia representam o enrolamento da armadura e a fonte de tenso

    contnua E representa a f.c.e.m. (fora contra-eletro-motriz) do motor.Esta tenso gerada internamente devido variao do fluxo magntico que

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    corta os condutores dos enrolamentos, causada pelo movimento de rotao do

    motor. Esta tenso proporcional velocidade angular, sendo nulaquando a

    armadura estiver em repouso.

    Uma outra aplicao que apresenta o mesmo circuito equivalente de

    carga o carregamento de baterias. Neste caso, a indutncia adicionada

    ao circuito com a finalidade de filtrar a corrente, isto , reduzir a sua

    ondulao.

    Figura 20 Smbolo e circuito equivalente da armadura do Motor CC

    5.1 RETIFICADORES MONOFSICOS CONTROLADOS COMUTADOS PELA REDE

    5.1.1RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA CONTROLADO,COM CARGA RL

    O circuito do retificador monofsico de onda controlado com carga

    RL est mostrado na Figura 21. Em relao ao retificador no controlado

    observa-se que o diodo foi substitudo por um SCR, permitindo assim o

    controle sobre o valor mdio da tenso de sada atravs da variao do

    ngulo de disparo, denominado (alfa).

    Figura 21 Retificador monofsico de onda controlado, com carga RL

    A Figura 22 mostra as formas de onda de tenso e corrente no

    circuito. Pode observar nessa figura que, at o instante t = , ( =

    ngulo de disparo), no h corrente circulando no circuito, e a tenso na

    carga nula. Em t = , dado o pulso de disparo no gate do SCR, e como a

    tenso da rede positiva nesse instante, o dispositivo entra em conduo.

    A corrente cresce atrasada devido parcela indutiva da carga, e se

    extingue em t = , chamado ngulo de extino da corrente. Da mesma forma

    que no retificador monofsico no controlado, surge uma parcela negativa detenso sobre a carga, cuja durao depende do valor do ngulo .

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    Figura 22 - Formas de onda do retificador 1controlado, 1/2 onda, carga RL

    A tenso mdia na carga pode ser determinada atravs do

    desenvolvimento da expresso:

    =

    tdtV

    2

    1V medO )sen(max eq. 32

    resultando em:

    )cos(cosmax

    =2

    VV medO eq. 33

    O mtodo de determinao do ngulo de extino da corrente ser

    descrito na seo a seguir.

    5.1.2RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA CONTROLADO,COM CARGA RLE

    O circuito do retificador monofsico de onda est mostrado naFigura 23. A carga RLE representa o circuito de armadura do motor de

    corrente contnua.

    Figura 23 Retificador monofsico de onda controlado com carga RLE

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    A Figura 24 mostra as formas de onda de tenso e corrente no

    circuito. O eixo da curva de corrente foi deslocado para coincidir com o

    valor de E. interessante observar que quando o tiristor est bloqueado,

    ou seja, quando no h corrente na carga, a tenso sobre ela igual

    f.c.e.m. interna E.

    Figura 24 Formas de onda do retificador da Figura 23

    A seguir esto os significados dos ngulos mostrados na figura:

    : ngulo de disparo1 : ngulo mnimo de disparo

    2 : ngulo mximo de disparo

    : ngulo de extino da corrente

    Para ngulos menores que o mnimo 1ou maiores que o mximo 2,otiristor est reversamente polarizado, pois E > Vs. O valor de 1 dado

    por:

    =

    max

    arcsenV

    E1 eq. 34

    e

    1o

    2 180 =

    A expresso da tenso mdia na carga pode ser encontrada aplicando-

    se a definio forma de onda de tenso da Figura 3.5:

    +=

    +

    2

    Omed tdEtdtV2

    1V senmax eq. 35

    cujo desenvolvimento resulta em:

    EV

    E

    2

    VV +

    += )(coscos

    max

    maxOmed

    eq. 36

    Como o valor mdio da tenso no indutor zero, o valor mdio dacorrente na carga dado por:

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    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 37

    O valor do ngulo de extino da corrente somente pode ser

    encontrado por mtodos numricos ou grficos, uma vez que no existe uma

    soluo analtica que possa express-lo. A soluo grfica utilizada para a

    determinao de o baco de Puschlowski, mostrado na Figura 25.

    Figura 25 baco de Puschlowski

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    Para se utilizar o baco, inicialmente deve-se determinar os

    parmetros: o ngulo de disparo , o cosseno do ngulo de fase , e o

    coeficiente a = E/Vmax. A partir desses valores possvel obter o ngulo

    de extino no eixo Y do baco.

    O baco de Puschlowski informa tambm se o regime de conduo do

    retificador contnuo ou descontnuo: Se o ponto de operao determinado

    por (a, cose ) estiver acima da linha correspondente ao retificador em

    questo, o regime de conduo contnuo. Caso contrrio descontnuo.

    Quando o retificador em questo for trifsico, o ngulo de

    entrada no baco deve ser ', onde:

    ' = + 30 para o retificador trifsico de onda

    ' = + 60 para o retificador trifsico de onda completa

    Isto ocorre porque nestes retificadores contado a partir do

    cruzamento das tenses fase-neutro e fase-fase, e o baco foi construdo

    com base na passagem da tenso por zero.

    importante lembrar que o baco de Puschlowski no pode ser

    utilizado quando o retificador possuir diodo de roda livre ou efeito de

    roda livre, como no caso dos retificadores em ponte mista.

    5.1.3RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA COMPLETA,TOTALMENTE CONTROLADO

    O circuito do retificador monofsico em ponte, totalmente

    controlado, est mostrado na Figura 26.

    Figura 26 Retificador Monofsico em ponte totalmente controlada

    A sequncia de disparo T1/T4no semi-ciclo positivo da tenso CA

    de entrada e T2/T3no semi-ciclo negativo. Por isso, a posio da ligao

    das fases importante no circuito de comando do retificador. A Figura 27

    mostra as formas de onda de tenso e corrente na carga para o funcionamento

    em conduo contnua, bem como a sequncia dos pulsos de disparo dos

    tiristores.

    O regime de conduo pode ser contnuo ou descontnuo,

    dependendo do ngulo de extino da corrente:

    Se > + 180 regime contnuoSe < + 180 regime descontnuo

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    O regime de conduo tambm pode ser verificado diretamente no baco de

    Puschlowski.

    As expresses da tenso mdia e corrente mdia na carga so:

    cos

    max

    =

    V2

    VOmed eq. 38

    e

    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 39

    Figura 27 Formas de onda e sequncia de disparo dos SCRs

    Neste retificador, cada diodo conduz durante metade do tempo, e

    portanto:

    OmedTmed I2

    1I = eq. 40

    A frequncia do ripple igual ao dobro da frequncia da rede

    CA:

    rederipple f2f = eq. 41

    5.1.4RET. MONOFSICO DE ONDA COMPLETA,TOTALMENTE CONTROLADO,COM DIODO DERODA LIVRE

    O circuito do retificador monofsico de onda completa em ponte com

    diodo de roda livre est mostrado na Figura 28. O diodo de roda livre

    impede que a tenso na carga fique negativa, elevando seu valor mdio, cuja

    expresso :

    ( )

    cosmax += 1V

    VOmed eq. 42

    e

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    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 43

    Figura 28 Retificador 1, em ponte, totalmente controlado, com diodo de

    roda livre

    5.1.5RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA COMPLETA,EM PONTE MISTA SIMTRICA

    O circuito do retificador monofsico de onda completa em ponte mista

    simtrica est mostrado na Figura 3.10. Este retificador constitudo por

    tiristores e diodos, e o nome simtrico advm do fato que o ngulo de

    conduo dos tiristores e diodos possui o mesmo valor, como mostra a Figura

    30.

    Figura 29 Retificador monofsico em ponte mista simtrica

    Figura 30 Formas de onda do retificador da Figura 29

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    Os tiristores so disparados um por vez. Quando T1 disparado no

    semi-ciclo positivo da tenso da fonte CA, D2 entra em conduo. No

    instante em que a tenso da fonte CA se inverte, D1 entra espontaneamente

    em conduo, fazendo uma etapa de roda livre. Quando T2 disparado no

    semi-ciclo negativo da tenso da fonte, T1 corta devido ao potencial

    positivo levado at o seu catodo por T2. Quando a tenso da fonte CA se

    inverte, D2 entra espontaneamente em conduo, fazendo novamente uma etapa

    de roda livre at que T1seja novamente disparado.

    Em conduo contnua o ngulo de conduo dos tiristores e diodos

    igual a 180.

    Devido ao efeito de roda livre, a tenso de sada no fica negativa,

    e sua expresso (em conduo contnua) dada por:

    ( )

    cosmax += 1V

    VOmed eq. 44

    e

    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 45

    Um problema que este retificador apresenta o chamado "efeito de

    meia onda" ("Half Waving"), que ocorre quando os pulsos dos gates dos

    tiristores so desligados e o regime de conduo contnuo: como os diodos

    entram espontaneamente em conduo e os tiristores somente bloqueiam quando

    sua corrente se anula, o circuito fica "preso" num ciclo vicioso, comomostra a Figura 31. Para que este problema ocorra deve haver suficiente

    energia no indutor para manter a continuidade da corrente durante ciclo

    ou mais (conduo contnua).

    Figura 31 Efeito de meia onda "Half Waving"

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    5.1.6RETIFICADOR MONOFSICO DE ONDA COMPLETA,EM PONTE MISTA ASSIMTRICA

    O circuito do retificador monofsico de onda completa em ponte mista

    assimtrica est mostrado na Figura 32. Em termos de montagem, a diferena

    da ponte assimtrica para a ponte simtrica a posio de montagem dos

    semicondutores.

    Figura 32 Retificador monofsico em ponte mista assimtrica

    A Figura 33 mostra as formas de onda de tenso e corrente bem como

    os semicondutores que conduzem em cada intervalo. Na ponte assimtrica a

    etapa de roda livre realizada exclusivamente pelos diodos, permitindo que

    os tiristores recuperem sua condio de bloqueio e eliminando o problema do

    efeito de meia onda. Por outro lado, os ngulos de conduo dos tiristores

    e diodos so diferentes, ou melhor, assimtricos:

    Os diodos conduzem durante 180+

    Os tiristores conduzem durante 180-

    Figura 33 Formas de onda do circuito da Figura 32

    As expresses de tenso e corrente mdia na carga so as mesmas daponte mista simtrica.

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    5.2RETIFICADORES TRIFSICOS CONTROLADOS

    5.2.1RETIFICADOR TRIFSICO,ONDA,CONTROLADO

    O circuito do retificador trifsico de onda controlado com carga

    RLE est mostrado na Figura 34.

    Figura 34 Retificador trifsico de onda controlado

    As formas de onda de tenso e corrente para regime de conduo

    descontnuo e carga RLE esto mostradas na Figura 35. O circuito de comando

    do retificador deve fornecer os pulsos nos instantes adequados, devendo

    estar sincronizado com as tenses trifsicas.

    Figura 35 Formas de onda do retificador da Figura 34

    (Conduo Descontnua)

    importante notar que o ngulo de disparo do retificador trifsico

    de onda controlado contado a partir do cruzamento das tenses fase-

    neutro (por definio), isto , a partir de 30. A seguir esto as

    definies dos ngulos indicados na Figura 35:

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    =ngulo de cruzamento das fases = 30o

    = ngulo de disparo contado a partir do cruzamento das fases (30o)= ngulo de disparo com referncia em 0: ' = + 30 = ngulo de extino da corrente com referncia em 0

    = ngulo com corrente nula

    Observa-se que a corrente na carga chega a zero antes do disparo do

    prximo tiristor. Assim, h um perodo em que io=0 e a tenso de sada fica

    igual tenso da f.c.e.m. E do motor. O regime de conduo pode ser

    facilmente verificado com o auxlio do baco de Puschlowski e tambm pode

    ser determinado da seguinte forma:

    < ' + 120 Conduo Descontnua

    > ' + 120 Conduo Contnua

    As expresses da tenso e corrente mdia na carga para conduo

    descontnuaso:

    EV

    E

    2

    V3VOmed +

    += )'(cos'cos

    max

    max

    eq. 46

    e

    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 47

    As formas de onda de tenso e corrente na carga para regime de

    conduo contnua esto mostradas na Figura 36.

    Figura 36 Formas de onda do retificador da Figura 34

    (Conduo Contnua)

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    As expresses da tenso e corrente mdia na carga para conduo

    contnuaso:

    cos, = FNrmsOmed V171V eq. 48

    e

    R

    EVI OmedOmed

    = eq. 49

    5.2.2RETIFICADOR TRIFSICO,ONDA COMPLETA,TOTALMENTE CONTROLADO

    O circuito do retificador trifsico de onda completa, totalmente

    controlado, com carga RLE est mostrado na Figura 37. Esta configurao

    tambm conhecida por ponte de Graetz.

    A Figura 3.20 mostra as formas de onda de tenso e corrente na carga

    para o regime de conduo contnua. Neste retificador, o ngulo de disparo

    contado a partir do cruzamento das tenses fase-fase, ou seja, a partir

    de 60. Desta forma tem-se ' = + 60.

    Figura 37 Retificador trifsico de onda completa, em ponte totalmentecontrolada

    Os tiristores devem ser disparados aos pares, na sequncia correta,

    sincronizados com a sequncia de fases da fonte CA. Os pulsos de reforoso necessrios para iniciar o funcionamento do retificador e garantir a

    operao correta (Figura 38).

    As expresses de tenso e corrente mdia na carga para o modo de

    conduo contnuaso:

    cos, = FFrmsOmed V351V eq. 50e

    R

    EVI Omed

    Omed

    = eq. 51

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    interessante observar que para ngulos de disparo menores que 60

    a conduo sempre contnua, mesmo com carga puramente resistiva, uma vez

    que neste caso a tenso aplicada carga sempre positiva.

    Figura 38 Formas de onda do retificador da Figura 37 em conduo contnuae sequncia de disparo dos tiristores

    Para o modo de conduo descontnua, a expresso da tenso

    mdia na carga :

    EVEV351V FFrmsOmed +

    += )'(cos'cos,

    max

    eq. 52

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    5.2.3RETIFICADOR TRIFSICO,ONDA COMPLETA,EM PONTE MISTA

    O circuito do retificador trifsico de onda completa em ponte mista

    pode ser observado na Figura 39. Da mesma forma que na ponte mista

    monofsica, a tenso na carga no fica negativa devido ao efeito de roda

    livre, causado pela conduo espontnea dos diodos.

    Figura 39 Retificador trifsico em ponte mista

    Figura 40 Tenso de sada para ngulos de disparo menores que 60,juntamente com a sequncia de disparo dos tiristores

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    O funcionamento do circuito apresenta diferenas para ngulos de

    disparo maiores que 60 e menores que 60. A Figura 40 mostra as formas de

    onda para ngulos de disparo menores que 60. Quando atingido o

    cruzamento das tenses fase-fase em t=60, o diodo da fase correspondente

    entra espontaneamente em conduo. No h etapa de roda livre.

    Quando o ngulo de disparo superior a 60 ocorre a etapa de roda

    livre, onde o diodo conduz juntamente com o tiristor do mesmo brao (ex.:

    T1 com D1, T2 com D2, T3 com D3), como mostrado na Figura 41(conduo

    contnua).

    Figura 41 Tenso de sada para ngulos de disparo maiores que 60

    O valor da tenso mdia retificada para qualquer ngulo de disparo e

    conduo contnua dada pela expresso:

    ( )cos, += 1V6750V FFrmsOmed eq. 53

    A corrente mdia em cada semicondutor igual a um tero da corrente

    mdia na carga.

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    VI

    BIBLIOGRAFIA

    [1] Thomas G. Wilson, The Evolution of Power Electronics, Applied Power

    Electronics Specialists Conference, IEEE, 1999.

    [2] Barbi, Ivo "Eletrnica de Potncia", UFSC, Florianpolis, 1986

    [3] Santos Filho, Sady A. e outros "Eletrnica Industrial Conversores

    Estticos Retificadores", Cefet-MG, 1997, publicao interna.

    [4] Mohan, Ned, et alli, "Power Electronics, Converters, Applications and

    Design", John Wiley & Sons, USA, 1990.

    [5] Lander, Cyril W. "Eletrnica Industrial, Teoria e Aplicaes", 2a

    ed., Makron Books, SP, 1997

    [6] Ahmed, Ashfaq "Power Electronics for Technology", Prentice Hall,

    USA, 1999.

    [7] Erickson, Robert W., "Fundamentals of Power Electronics", Chapman &

    Hall, USA, 1997.

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    VII

    RESUMO DAS FRMULAS

    7.1RETIFICADORES NO CONTROLADOS

    RETIFICADOR 1 DE 1/2 ONDA

    +

    +=

    Tgt

    2L

    2o et

    XR

    Vti ).sen()sen()( max ( )

    cosmax = 1

    2

    VVOmed

    R

    VI omedomed=

    RETIFICADOR 1 DE 1/2 ONDA COM DIODO DE RODA LIVRE

    maxVVOmed= R

    VI OmedOmed=

    RETIFICADOR 3 DE 1/2 ONDA

    FNrmsOmed V171V = , R

    VI OmedOmed= OmedDmed I

    3

    1I =

    3

    II OmedrmsD = rederipple f3f = FFrmsV2PIV =

    FNrmsrmsO V1871V = ,

    RETIFICADOR 3 DE ONDA COMPLETA

    FFrmsOmed V351V = , R

    VI OmedOmed= OmedDmed I

    3

    1I =

    3

    II OmedrmsD = rederipple f6f = FFrmsV2PIV =

    FFrmsrmsO V3511V = ,

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    7.2RETIFICADORES CONTROLADOS

    RETIFICADOR 1, 1/2 ONDA

    i t VR

    sen t EV

    VR

    EV

    sen eo

    t

    tg( ) max cos . ( )max

    maxmax

    cos . ( ) .=

    +

    VoV E

    VEmed= +

    +

    maxcos cos

    max( )

    2 Io

    Vo E

    Rmed

    med=

    RETIFICADOR 1, ONDA COMPLETA, EM PONTE, TOTALMENTE CONTROLADO

    Conduo Contnua: VoV

    med= 2. max

    cos

    IoVo E

    Rmed

    med=

    Conduo Descontnua: VomedV E

    VE= +

    +

    maxcos cos

    max( )

    RETIFICADOR 1, ONDA COMPLETA, EM PONTE MISTA ouTOTALMENTE CONTROLADA COM DIODO DE RODA LIVRE

    Conduo Contnua: VoV

    med= +2

    1. max

    ( cos )

    IoVo E

    Rmed

    med=

    RETIFICADOR 3, 1/2 ONDA

    Conduo Contnua: cos, = rmsFNmed V171Vo IoVo E

    Rmed

    med=

    Conduo Descontnua: VomedV E

    VE= +

    +

    3

    2

    . maxcos cos

    max( )| |

    RETIFICADOR 3, ONDA COMPLETA, EM PONTE, TOTALMENTE CONTROLADO

    Conduo Contnua: VoV

    med= 3. max

    cos

    IoVo E

    Rmed

    med=

    Conduo Descontnua: Vo VE

    VEmed FF rms= +

    +1 35, . cos cos

    max( )( )

    | |

    RETIFICADOR 3, ONDA COMPLETA, EM PONTE MISTA

    Vo Vmed FF rms= +0 675 1, . ( cos )( ) IoVo E

    R

    medmed=

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    VIII

    LISTAS DE EXERCCIOS

    8.1LISTA 1:INTRODUO ELETRNICA DE POTNCIA E AOS RETIFICADORES

    1. Qual a meta da tecnologia da Eletrnica de Potncia ?

    2.

    Em que faixa de potncia a eletrnica de potncia encontra aplicaes ?3. Cite algumas aplicaes da eletrnica de potncia que julgar mais

    importantes.

    4. Qual o mdulo bsico dos sistemas eletrnicos de potncia ?

    5. Para que serve a entrada de controle dos conversores estticos ?

    6. Quais so os quatro tipos de conversores estticos ? Desenhe suasrepresentaes em bloco.

    7. O que significa um conversor ser "reversvel" ? E unidirecional ?

    8. O que um conversor indireto ? E direto ? D exemplos.

    9. O que so conversores de frequncia de linha ? E de alta frequncia ?D um exemplo de um conversor de frequncia de linha que voc conhea.

    10.

    O que rendimento de Converso ? Qual o rendimento ideal de umsistema de converso de energia ? Por que na prtica no possvelobt-lo ?

    11. Quais as vantagens prticas de um conversor operar com alto rendimentoenergtico ? Explique.

    12. Qual a finalidade da utilizao de semicondutores operando como chavesnos conversores estticos ?

    13. Por que uma chave ideal no dissipa calor ?

    14. Indique porque as chaves eletrnicas reais (diodos, transistores,tiristores) dissipam calor e portanto no so ideais.

    15. Por que a regio linear de trabalho dos transistores no utilizadanos conversores de potncia ? Ento quais so as regies utilizadas ?

    16.

    Quais as duas classes de elementos constituintes dos conversoresestticos ? Quais so os componentes de cada classe ?

    17. O que significa um retificador ser "comutado pela rede" ? E umretificador "chaveado em alta frequncia" ? Qual a vantagem desseltimo ?

    18. Que componentes so utilizados nos retificadores no controlados,totalmente controlados e nos semicontrolados ?

    19. Explique o que so os regimes de conduo dos retificadores.

    20. O que significa dizer que um retificador " de seis pulsos" ?

    21. Como se encontra o valor mdio de uma varivel contnua ao longo dotempo ? E de uma varivel discreta ?

    22.

    Para que se determina o valor eficaz ou rms de uma tenso ou corrente ?23. Qual a diferena entre fator de forma e fator de crista ?

    24. Qual a diferena entre fator de forma e fator de ripple ? O que elestm em comum ?

    25. O que fator de potncia ?

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    8.2LISTA 2:RETIFICADORES (PARTE1)

    1. Cite aplicaes dos circuitos retificadores.

    2. Um retificador monofsico de onda no controlado alimentado com uma

    tenso senoidal de 380Vrms e 60Hz, e est ligado a uma carga puramente

    resistiva de 5. Determine: a) A tenso mdia na carga. b) A correntemdia no diodo e na carga. c) A tenso de pico inversa no diodo. d) Aforma de onda da tenso no diodo e na carga. e) A forma de onda da

    corrente na rede de alimentao. Resp: Vomed = 171.1V; Iomed =IDmed =

    34.2A;

    3. Repita o exerccio 2 considerando uma carga RL onde R = 5e L = 65mH.Faa tambm: f) Comente sobre os efeitos da presena do indutor no

    funcionamento do circuito. g) Determine o regime de conduo. Inicie o

    exerccio determinando o ngulo de extino da corrente (). Resp:=78,5; 280o; Vomed= 70.6V; Iomed=14.1A

    4. Repita o exerccio 2 incluindo um diodo de roda livre (ou diodo de

    comutao). f) descreva as trs etapas de operao do circuito g) Quala vantagem de se utilizar o diodo de comutao ? h) Ele necessrio se

    a carga for puramente resistiva ? Determine tambm: i) A forma de onda

    da corrente no diodo de roda livre. j) o regime de conduo.

    5. Quais as vantagens dos retificadores 3em relao aos monofsicos ?

    6. Faa o diagrama fasorial de um sistema trifsico com sequncia de fases

    ABC, indicando apenas os fasores das tenses fase-neutro (FN).

    7. Um retificador trifsico de onda no controlado alimentado por uma

    fonte trifsica senoidal cuja tenso de linha 220Vrms, 60Hz, e a

    seqncia de fase RST. A carga puramente resistiva com R=10.Determine: a) A tenso mdia na carga. b) A corrente mdia na carga e

    em cada diodo. c) A tenso de pico inversa que cada diodo devesuportar. d) A tenso eficaz na carga e) A forma de onda da tenso de

    sada indicando qual diodo conduz em cada intervalo. f) A forma de onda

    da tenso no diodo 2. g) a corrente eficaz nos diodos.

    8. Repita o item e) do exerccio 7 considerando que a seq. de fase seja

    BAC.

    9. Repita os itens e) e f) do exerccio 7 supondo que o diodo da fase R

    esteja aberto.

    10. Quais as consequncias da insero de uma parcela indutiva na carga do

    retificador da questo 7 ?

    11.

    Repita o ex. 9 considerando a presena de uma parcela indutiva nacarga.

    12. Construa o digrama fasorial de um sistema trifsico com sequncia de

    fases RST, indicando corretamente os 3 fasores das tenses FN e os dois

    conjuntos trifsicos das tenses FF. Observe a defasagem de +30 e -30

    entre os fasores FF dos conjuntos 1 e 2 e os fasores FN,

    respectivamente. Em seguir anote em separado a sequncia dos fasores FF

    obtida.

    13. Repita o exerccio 7 para um retificador trifsico de onda completa no

    controlado.

    14. Repita o item e) do exerccio 7 considerando que a seqncia de fase

    seja BAC e o retificador seja trifsico de onda completa.

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    15. Qual a vantagem dos retificadores controlados ? De que forma a tenso

    mdia na carga pode ser ajustada?

    16. Qual o circuito equivalente da armadura de um motor CC ?

    17. Um retificador monofsico controlado de onda, alimenta um motor CC

    com excitao separada, girando a velocidade constante de 1300RPM, a

    partir de uma tenso de alimentao de 127V/60Hz. Sabendo-se que af.c.e.m. interna do motor nesta velocidade 108V, que a indutncia e a

    resistncia do circuito de armadura so respectivamente 6mH e 1,determine a tenso e corrente mdia de sada do retificador para um

    ngulo de disparo de 80o. Determine tambm o regime de conduo do

    retificador. Resp.: cos= 0.4; a=0.6; 178o; Vomed = 112.2V; Iomed =

    4.2A; conduo descontnua.

    8.3LISTA 3:RETIFICADORES (PARTE2)

    1. Desenhe o diagrama de um retificador monofsico de onda completa em

    ponte totalmente controlada, alimentando um motor de corrente contnua

    com excitao independente de campo (carga RLE). Desenhe as formas de

    onda da tenso na carga para os regimes de conduo contnuo e

    descontnuo: para o regime contnuo considere =30, 60, 90 e 120.Para o regime descontnuo considere =120 e um ngulo de extinoarbitrrio. Acompanhando passo a passo o funcionamento do circuito,

    marque nas formas de onda os semicondutores que conduzem em cada

    intervalo.

    2. A partir de uma fonte CA de 220Vrms/60Hz, um retificador monofsico em

    ponte totalmente controlada alimenta um MCC cujos dados so:

    resistncia do enrolamento da armadura: 1,5; indutncia do enrolamentoda armadura: 20mH; fora eletromotriz interna a 3000RPM: 125V. Sabendo-

    se que nesta situao o ngulo de disparo do retificador 30,

    determine o regime de conduo e calcule a tenso e a corrente mdia

    sobre o motor. Resp.: a=0.4; cos=0.2; 221, cond. contnua,

    Vomed=171.5V, Iomed=31A.

    3. Idem ao exerccio 1 incluindo um diodo de roda livre. Fazer apenas para

    =60 em ambos os regimes. Qual a funo do diodo de roda livre ?

    4. Cite as principais caractersticas dos retificadores monofsicos em

    ponte mista simtrica e assimtrica. Explique o fenmeno de onda

    (Half Waving).5. Desenhe o diagrama de um retificador monofsico de onda completa em

    ponte mista simtrica, alimentando um motor de corrente contnua com

    excitao independente de campo (carga RLE). Desenhe as formas de onda

    da tenso e corrente na carga para os regimes de conduo contnuo e

    descontnuo (assuma ngulos de disparo e extino arbitrrios, mas

    coerentes com cada regime). Acompanhando passo a passo o funcionamento

    do circuito, marque nas formas de onda os semicondutores que conduzem

    em cada intervalo.

    6. Idem ao exerccio 5 porm considerando uma ponte mista assimtrica.

    7. Desenhe o diagrama de um retificador trifsico onda, controlado,

    alimentando um motor de corrente contnua com excitao independente decampo (carga RLE). Desenhe as formas de onda da tenso na carga para os

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    regimes de conduo contnuo e descontnuo: para o regime contnuo

    desenhe as formas de onda para ngulos de disparo de 0, 30, 60, 90,

    120 e 150. Para o regime descontnuo assuma um ngulo de disparo de

    90 e escolha um ngulo de extino. Acompanhado passo a passo o

    funcionamento do circuito, marque nas formas de onda os semicondutores

    que conduzem em cada intervalo.

    8. Um retificador trifsico de onda alimenta um motor de corrente

    contnua cujos dados so: R=0,5 L=3,03mH e E=186,6V (na velocidadede rotao considerada). Desenhe o diagrama do circuito. Sabendo-se que

    a rede monofsica de 380VFF/60Hz, e o ngulo de disparo igual a 60o,

    determine primeiramente o regime de conduo. Em seguida, determine a

    tenso e a corrente mdia na carga. Resp: a=0.6, cos=0.4, '=90,

    173, cond. descontnua, Vomed=204.9V, Iomed=36.6A.

    9. Desenhe o diagrama do retificador 3de onda completa, com carga RLE.Desenhe as formas de onda de tenso na carga para conduo contnua com

    ngulos de disparo de 0, 30, 120, e 150. Acompanhando passo a passo

    o funcionamento do circuito, indique os semicondutores que conduzem emcada intervalo.

    10. Desenhe as formas de onda da tenso na carga de um retificador 3emponte mista, considerando: a) < 60 (p.ex.: =30) b) > 60 (p.ex.:=90).

    11. Como um retificador controlado pode operar como inversor, isto , fazer

    com que a energia flua do lado CC para o lado CA ? O que significa

    inversor "no-autnomo" ?

    12. Que tipos de retificadores no podem ser utilizados no modo inversor ?

    13. Cite algumas aplicaes do modo inversor dos retificadores.

    14. Explique os quadrantes de operao do conversor dual, indicando tambm

    a faixa de ngulos de disparo de cada retificador em cada quadrante.

    15. Cite aplicaes para os retificadores controlados e indique um critrio

    de escolha do tipo de retificador de acordo com a aplicao.

    IXANEXOS:GABARITOS PARA EXECUO DOS EXERCCIOS

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