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1 GALILEU RODRIGUES BORGES CARACTERIZAÇÃO DOS HÁBITOS DE SONO, SONOLÊNCIA DIURNA E QUALIDADE DO SONO EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DAS ÁREAS BIOMÉDICA E TECNOLÓGICA Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com fins de obtenção do título de mestre em Psicobiologia NATAL 2016

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GALILEU RODRIGUES BORGES

CARACTERIZAÇÃO DOS HÁBITOS DE SONO, SONOLÊNCIA DIURNA E QUALIDADE DO SONO EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DAS ÁREAS

BIOMÉDICA E TECNOLÓGICA

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com fins de obtenção do título de mestre em Psicobiologia

NATAL 2016

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GALILEU RODRIGUES BORGES

CARACTERIZAÇÃO DOS HÁBITOS DE SONO, SONOLÊNCIA DIURNA E QUALIDADE DO SONO EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DAS ÁREAS

BIOMÉDICA E TECNOLÓGICA

Dissertação apresentada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com fins de obtenção do título de mestre em Psicobiologia

Orientadora: Profa. Carolina Virginia Macêdo de Azevedo Co-orientadora: Profa. Jane Carla de Souza

NATAL 2016

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CARACTERIZAÇÃO DOS HÁBITOS DE SONO, SONOLÊNCIA DIURNA E QUALIDADE DO SONO EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DAS ÁREAS

BIOMÉDICA E TECNOLÓGICA

Galileu Rodrigues Borges

06 de abril de 2016

Banca Examinadora:

_____________________________________________________

Profª. Drª Carolina Virginia Macêdo de Azevedo (Orientadora) Universidade Federal do Rio Grande do Norte/RN.

_____________________________________________________

Prof. Dr. Fernando Mazzilli Louzada Universidade Federal do Paraná/PR

____________________________________________________

Prof. Dr. Mário André Leocadio Miguel Universidade Federal do Rio Grande do Norte/RN.

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Mãos dadas

Não serei o poeta de um mundo caduco.

Também não cantarei o mundo futuro.

Estou preso à vida e olho meus companheiros.

Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.

Entre eles, considero a enorme realidade.

O presente é tão grande, não nos afastemos.

Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,

não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,

não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,

não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,

a vida presente.

Carlos Drummond de Andrade

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AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter me conduzido até aqui e estado presente em todos os momentos da

minha vida.

Aos meus Pais, Juarez Borges e Rita de Cássia pelo amor e eterno incentivo ao

estudo, pelo companheirismo e cuidado e todos os momentos que compartilhamos

juntos desde quando fui pequeno, até aqui.

À Carolina Azevedo e Jane Souza, pela orientação acadêmica, pela referência

profissional, pelo exemplo como pessoas, pela competência e sobretudo paciência,

durante esses anos de Laboratório de Cronobiologia.

Aos meus colegas do laboratório de Cronobiologia: Maria Luíza (colega de

mestrado), Sabinne, Karlyne, Jonathas, Fabiana, Camila, Rosane, Aline, Paula,

Emmanuele, Dayane e demais colegas do LABCRONO, pelas excelentes

discussões e companheirismo nas tardes de quarta-feira e nos demais momentos

desse mestrado.

Ao meu amigo Adalberto Marinho, pelos anos de convivência e apoio na alegria e

na tristeza, que me tornaram uma pessoa melhor.

Aos meus amigos de infância: Daniel Rogério, Mikhail Barros e Prentice

Geovanni. Por todos os momentos vividos, pela palavra de incentivo e amizade

fraterna já cristalizada em nossos corações.

A Gabriel Fernandes, pela ajuda técnica em informática, pela amizade e

companheirismo durante a trajetória desse mestrado.

À vida!

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SUMÁRIO

1. Introdução 10

2. Objetivos 21

3. Hipóteses e Predições 22

4. Metodologia 23

4.1. Participantes 23

4.2. Critérios de Inclusão e exclusão 23

4.3. Coleta de dados e instrumentos utilizados 24

4.5. Análise dos dados 27

5. Resultados 31

5.1. Características gerais da amostra 31

5.2. Características do trabalho 32

5.3. Conhecimentos sobre o sono 36

5.4. Informações sobre o sono 37

5.5. Comportamentos e hábitos relacionados ao sono 42

5.6. Cronotipo 44

5.7. Características do Ciclo/Vigília 46

5.8. Qualidade de Sono e Sonolência diurna 49

6. Discussão 50

7. Conclusão 64

8. Referências 65

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Resumo

A expressão do ciclo sono/vigília é resultante de interações entre características individuais, conhecimentos e hábitos de sono, e o ambiente social. Em estudos com professores do ensino fundamental e médio, foi observada má qualidade de sono e sonolência diurna em metade da amostra, além de privação de sono. Dessa forma, é importante uma investigação em professores universitários, que além da docência, desenvolvem atividades de pesquisa e extensão acumuladas a funções administrativas. O objetivo desse trabalho foi caracterizar de forma comparativa os hábitos e conhecimentos sobre o sono, a qualidade de sono, e a sonolência diurna em professores de uma instituição de ensino superior das áreas Biomédica e Tecnológica. Estes aspectos foram avaliados por meio dos questionários: 1. Sono e Saúde, 2. Índice de Qualidade do Sono de Pittsburg, 3. Escala de Sonolência de Epworth, e 4. Avaliação do cronotipo de Horne e Ostberg (HO). Além disso, o padrão de sono e vigília e os horários de trabalho foram registrados por meio do 5. Diário de sono e do 6. Protocolo de atividades diárias, preenchidos durante 10 dias. Participaram da pesquisa 86 professores, sendo 44 (23 mulheres) da área biomédica e 47 (14 mulheres) da área tecnológica. O horário de início de trabalho (BM: 9:53h ± 1:30h; TC: 10:05h ± 2:30h) e a duração do trabalho na instituição (BM: 7:30h ± 1:27h; TC: 7:30h ± 1:28h) não diferiram entre as áreas (ANOVA, p > 0,05). Porém, o horário de fim de trabalho foi mais tardio em professores da área tecnológica (BM: 18:10 ± 1:35 h; TC: 18:48 ± 1:24 h – ANOVA, p < 0,05). A carga horária total de trabalho tendeu a ser maior em professores da área biomédica (ANOVA, p = 0,06). Associado a isso, houve uma maior carga horária em ensino em programas de pós-graduação e número de orientandos nesta área (ANOVA, p < 0,05). Professores da área biomédica apresentaram um percentual maior de acertos nas questões sobre o conhecimento sobre sono, acompanhado de melhores hábitos de higiene do sono (X2, p < 0,05). Os horários de dormir (BM: 23:53h ± 15min; TC: 23:31h ± 22min) e de acordar (BM: 6:46h ± 40min; TC: 7:40h ± 30min), e o tempo na cama (BM: 6:58h ± 60 min; TC: 7:12h ± 55min) não diferiram entre as áreas (ANOVA, p > 0,05). Embora os professores da área biomédica tenham apresentado uma tendência à matutinidade em relação aos professores da área tecnológica (X2, p < 0,05). Quanto à qualidade de sono e sonolência diurna, há um percentual maior de boa qualidade acompanhado de um percentual menor de sonolência diurna excessiva na área biomédica (X2, p < 0,05). Essas diferenças nos parâmetros de sono podem estar relacionadas a melhores hábitos de higiene do sono e conhecimento sobre o sono nos professores da área biomédica. Dessa forma, sugere-se que a área de atuação profissional influencie os conhecimentos sobre o sono impactando os hábitos de sono, produzindo efeitos na qualidade e na sonolência diurna de professores universitários. Esse quadro reforça a necessidade de realizar programas educacionais sobre o sono com professores universitários na tentativa de promover melhores hábitos de sono e consequentemente melhor qualidade de vida, saúde e produtividade acadêmica nesses profissionais. Palavras-Chaves: Hábitos de Sono, Qualidade de Sono, Sonolência Diurna, Conhecimento sobre o Sono, Professores universitários.

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Abstract

The expression of sleep/wake cycle is the result of interactions among individual characteristics, sleep knowledge and habits, and social environment. In studies in teachers of primary and secondary school, it was observed poor sleep quality, excessive daytime sleepiness in half of the sample, besides sleep deprivation. Thus, an investigation in university professors is important. Besides teaching, they develop research activities and community outreach, and in some cases, administrative functions. The aim of this study was to characterize comparatively the habits and knowledge about sleep, sleep quality and daytime sleepiness in teachers of an institution of higher education of biomedical and technological areas. These aspects were evaluated through questionnaires: 1. Sleep and Health, 2. Pittsburg Sleep Quality Index, 3. Epworth Sleepiness Scale, and 4. chronotype evaluation of Horne and Ostberg (HO). Moreover, the pattern of sleep and wakefulness, and the working hours were recorded through 5. Sleep logs and 6. Daily activities protocol, which were filled for 10 days. The participants were 86 teachers, 44 (23 women) from the biomedical area and 47 (14 women) from the technological one. The work starting time (BM: 9:53h ± 1:30h; TC: 10:05h ± 2:30h) and the duration of work in the institution (BM: 7:30h ± 1:27h; TC: 7:30h ± 1:28h) did not differ between areas. However, the work finish time was later in technological area (BM: 18:10h ± 1:35h; TC: 18:48h ± 1:24h – ANOVA, p < 0.05). There was a trend to a higher total workload in the biomedical area (ANOVA, p = 0.06). Besides, the workload dedicated to teaching in postgraduate programs, as well as the number of post-graduate students were higher in this area (ANOVA, p <0.05). Teachers of biomedical area showed a higher percentage of correct answers about sleep knowledge, accompanied by better sleep hygiene habits (X2, p < 0.05). The bedtimes (BM: 23:53h ± 15min; TC: 23:31h ± 22min), the wake up times (BM: 6:46h ± 40min; TC: 7:40h ± 30min) and the time in bed (BM: 6:58h ± 60 min; TC: 7:12h ± 55min) did not differ between areas (ANOVA, p > 0.05). Despite that, biomedical teachers showed a tendency towards morningness in relation to teachers of technological area (X2, p < 0.05). In relation to quality of sleep and daytime sleepiness, there was a higher percentage of good quality accompanied by a lower percentage of excessive daytime sleepiness in the biomedical field. These differences in the parameters of sleep may be related to better sleep hygiene habits and knowledge about sleep in teachers of biomedical area. Thus, it is suggested that the professional area influence the knowledge about sleep with impacts to sleep habits, producing effects on quality and daytime sleepiness of university professors. This background reinforces the need of development of sleep educational programs with university professors in an attempt to promote better sleep habits and consequently better quality of life, health and academic productivity in these professionals. Key Words: Sleep Habits, Quality of Sleep, Daytime Sleepiness, Sleep Knowledge, University teachers.

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Introdução

O estilo de vida atual, conhecido como “sociedade 24h” disseminou um

padrão de vida que conduziu a um aumento progressivo na duração da vigília e a

uma negligência sobre a importância do sono (Bonmati-Carrion et al., 2013). Esse

quadro tem modificado a expressão do Ciclo Sono\Vigília (CSV) nas pessoas ao

redor do mundo. O CSV é a ocorrência de forma distribuída dos episódios de vigília

e sono durante o período de 24 h de um dia, sendo um ritmo circadiano. A

diminuição gradativa das horas de sono desde épocas pré-industriais, acompanhada

da irregularidade nos horários de sono está diretamente associada a mudanças de

hábitos sociais, causadas pelo trabalho e por novas tecnologias (Bin & Marshall,

2012; Cappuccio et al.,2010).

O sono é um estado fisiológico importante, porém a compreensão de suas

funções, ainda não foi totalmente elucidada. Alguns trabalhos apontam o sono como

fundamental para o quadro geral de saúde, tendo influência na eficácia da reposta

imunológica (Krueger, 2016), assim como, na redução no consumo energético

quando se está dormindo, poupando energia para a vigília (Krueger et al., 2016). O

sono também está relacionado ao processo de consolidação da memória de longo

prazo, atuando na aprendizagem por facilitar a aquisição de novas informações

mnemônicas (Drosopoulos et al,. 2007; Wilhelm et al., 2008).

Um episódio de sono normal é composto por um ritmo ultradiano, formado

pela alternância de dois estados distintos, identificados em eletroencefalograma,

caracterizando a arquitetura do sono. Um desses estágios é caracterizado pelo

movimento rápido dos olhos, atividade cortical dessincronizada, atonia muscular e

aparecimento de sonhos, conhecido como sono REM ou sono paradoxal. Enquanto

o outro é descrito por uma atividade cortical sincronizada, além de tônus muscular

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deprimido e não apresenta o movimento rápido dos olhos, sendo denominado como

sono não REM (NREM). Os estágios alternam-se entre 90 a 100 minutos e ocorrem

dentro de um episódio de sono completo à noite (Carskadon & Dement, 2011).

A regulação do CSV pode ser entendida pela continua interação de dois

mecanismos: um circadiano (processo C) e outro homeostático (processo S)

(Borbély et al., 1982; Daan et al., 1984; Borbély et al., 2016). O processo C regula os

níveis de alerta e a propensão ao sono de forma sincronizada às fases do ciclo de

24h. Durante o dia o nível alerta é alto, enquanto durante a noite, a propensão ao

sono aumenta. Este processo é relacionado ao efeito não visual da luz sobre seres

humanos na coordenação da ritmicidade biológica. Dessa forma, esse mecanismo

atua promovendo a manutenção de relações de fase dos horários de sono e

variáveis fisiológicas entre si e com fatores ambientais. O CSV tem periodicidade

endógena que varia entre 23,9h a 24,5h (Czeisler,1999), sendo ajustada diariamente

aos ciclos de claro/escuro e de interações sociais, como o trabalho e a escola.

As bases biológicas para esse ajuste são vias aferentes, como as células

ganglionares da retina, que internalizam a informação luminosa do meio ambiente e

enviam essa informação pelo trato retino-hipotalâmico para o Núcleo

Supraquiasmático (NSQ), considerado o principal oscilador biológico em mamíferos,

localizado na base inferior do hipotálamo (Moore & Eichler,1972). Posteriormente, o

NSQ modula o funcionamento de múltiplos osciladores internos que estão

espalhados por todo o organismo em tecidos, tais como: o fígado, coração, rins e

músculos (Kondratova & Kondratov, 2012; Mistlberger & Skene, 2005). Em seguida,

os ritmos gerados por estes osciladores são expressos através de vias eferentes

fisiológicas e comportamentais de forma sincronizada às pistas ambientais

(Brandstaetter, 2004).

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O conjunto desses componentes forma o Sistema de Temporização

Circadiano (STC), que modula a expressão de variáveis fisiológicas e

comportamentais, estabelecendo uma sequência temporal definida denominada

organização temporal interna (Moore-Ede, Sulzman & Fuller, 1982). Dessa forma,

existe uma relação de fase entre o CSV e os demais ritmos biológicos, como

observado na relação entre os perfis de liberação de hormônios como o cortisol

(Moore & Eicher,1972) e a melatonina (Moore & Klein,1974), e o ritmo de

temperatura corporal (Eastman et al.1984), que variam de forma associada à

alternância entre o sono e a vigília (Kriesgfeld & Silver, 2006), sendo essa

organização fundamental para à saúde.

Por outro lado, o processo S, regula a propensão para o sono dependendo do

tempo passado em vigília ou dormindo, sendo relacionado à história prévia de

duração e qualidade de sono do indivíduo. O aumento da propensão ao sono pelo

processo S acontece de forma gradativa no decorrer da vigília e declina ao longo do

sono (Achermann & Borbély, 2011), de forma que quanto maior o tempo acordado

maior a propensão ao sono, e quanto maior o tempo dormindo menor a propensão

ao sono.

As bases biológicas para esse processo não foram totalmente elucidadas,

embora alguns estudos apontem o acúmulo do nucleotídeo adenosina durante a

vigília e sua metabolização durante o sono em regiões do sistema nervoso central

como o componente fisiológico desse processo (MacCarley, 2007; Landolt, 2008,

Porkka-Heiskanen & Kalinchuk, 2011). O acumulo da adenosina na fenda sináptica

de neurônios colinérgicos tem ação inibitória em neurônios do sistema orexina que

participam da manutenção da vigília, além de causar ativação de neurônios da área

preóptica favorecendo o início do sono (MacCarley, 2007; Landolt, 2008).

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Os hábitos e estilo de vida modernos podem modificar a regulação do CSV

(Bjovartn & Pallesen, 2009). Desta forma, é importante chamar a atenção para os

hábitos de exposição à luz, que no estilo de vida moderno tem várias peculiaridades.

A alternância entre a luz e o escuro é o principal agente sincronizador ambiental em

humanos (Czeisler,1994) e a exposição à luz pode causar um atraso ou avanço de

fase do CSV, dependendo do horário, intensidade e da duração em que ocorra

(Daan & Aschoff, 2001; Barrion, 2011).

Geralmente, a exposição à luz próximo ao horário de dormir causa um atraso

no início do sono (Minors et al., 1991). A luminosidade, emitida por aparelhos

eletrônicos tais como: tablets, computadores e smarthphones, largamente utilizados

nos dias de hoje, é composta principalmente por luz no espectro azul, que aumenta

o alerta próximo ao horário de dormir e inibe a secreção do hormônio melatonina,

que é um importante sinalizador da fase escura do ciclo de iluminação diário

(Bellingham & Foster, 2002; Hebert et al., 2005; Higuchi et al., 2005). A vida

moderna tem produzido ambientes artificiais em que as condições de iluminação são

praticamente constantes ou mudam de forma rápida. Esse quadro pode conduzir a

desordens circadianas no sono, causadas pela dificuldade de ajuste ao ambiente,

como por exemplo: no trabalho em turno e alternante, e no caso de viagens

transmeridianas (Barion, 2011).

Neste contexto, muitas das relações e demandas sociais têm causado

problemas de saúde relacionados com o sono ao reduzir o tempo em se passa

dormindo (Imeri & Opp, 2009). Essa condição é evidenciada pela privação de sono

crônica durante a semana que é compensada nos fins de semana, levando ao

aparecimento do sono “rebote”. Dentre as principais demandas sociais que

interferem no CSV, está o trabalho. A carga horária e os horários de trabalho têm

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reduzido a duração do sono, por fazer trabalhadores dormirem mais tarde, por causa

das ocupações do trabalho ou do acúmulo de tarefas relacionadas, e acordarem

mais cedo para o cumprimento dos horários impostos pelo trabalho. Esse quadro

pode conduzir a um aumento na irregularidade dos horários de dormir e levantar, e

na duração do sono entre dias de trabalho e dias livres (Souza et al., 2012; Groeger

et al., 2004).

As consequências para a saúde e produtividade causadas pela privação e

irregularidade de sono são variadas, costumando aparecer de forma mais rápida em

trabalhadores em turnos noturnos que desenvolvem propensão a: prejuízos

cognitivos (Gerstner & Yin, 2010) e doenças infecciosas (Imeri & Opp, 2010),

obesidade (Spiegel & Van Cauter, 2002; Langer & Born, 2003) e a doenças

cardiovasculares e câncer (Hansen, 2006; Paudel et al., 2011).

Dessa maneira, o estudo do sono em pessoas envolvidas com a dinâmica de

escolas e universidades é também importante. Nestes locais, professores,

trabalhadores da educação e estudantes estão inseridos em um contexto em que

sono é fundamental, tanto para a aprendizagem como para o desempenho no

trabalho. Por outro lado, ambientes educacionais podem ser semelhantes a outros

ambientes de trabalho tais como fábricas, em termos de exigência para seus

funcionários. Em trabalhadores de forma geral, estudos anteriores mostram uma

redução na duração do sono e fragmentação do CSV relacionada ao trabalho

(Fischer et al., 2002; Escribar et al.,1992).

Em professores do ensino fundamental e médio que iniciam o trabalho no

turno matutino (± 7:00h), foi observado um tempo na cama médio de 6,7h em dias

de trabalho, e em dias livres, o tempo na cama sofreu um incremento de ± 42

minutos. Isto foi acompanhado de uma percentagem elevada de sonolência diurna

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excessiva, caracterizando dificuldades relacionadas à privação parcial de sono.

Além disso, metade da população estudada apresentou qualidade ruim de sono,

com índice de qualidade de sono médio similar a trabalhadores em turno (Souza et

al., 2014; Souza et al., 2012).

Essas dificuldades e problemas com o sono podem estar relacionados às

caraterísticas da função docente a que esses profissionais são submetidos por

causa do tempo para preparação de aulas, a quantidade de aulas na semana, o

tempo de deslocamento para o trabalho, o acúmulo de vários empregos, além de

demandas familiares. Essas condições de trabalho estão relacionadas a: elevada

jornada de trabalho (Decor et al.,2004), más condições de trabalho (Alves et al.,

2009), exposição à violência escolar (Gasparini et al., 2006), conduzindo a um

aumento do estresse relacionado à profissão (Gasparini et al., 2006; Pinotti, 2006;

Reis et al., 2006; Bauer et al., 2007), e interferindo negativamente na saúde e

qualidade de vida desses profissionais.

Em professores universitários, a influência da função docente no sono

também pode promover modificações nos padrões de sono. Essa etapa do ensino

apresenta algumas diferenças, quanto à organização, em relação ao ensino

fundamental e médio. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da educação (Lei Nº

9.394/1996), o ensino universitário é organizado em três atividades voltadas para a

formação de profissionais com diplomas de ensino superior: ensino em cursos de

graduação e pós-graduação, atividades de pesquisa e extensão universitária. É

obrigatório ao professor ter formação de nível de pós-graduação (especialização ou

mestrado/doutorado), para atuar no magistério desse nível da educação.

A carreira e a jornada de trabalho do professor universitário, vinculado às

instituições ensino federais é normatizada pela lei Nº 11.344/2006 e pelo decreto Nº

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8.259 de 29 de maio de 2014. Os regimes de trabalho dos professores universitários

são organizados das seguintes formas: professor com 20 horas, que ministra 60h

por semestre; professor com 40 horas sem dedicação exclusiva (DE), que ministra

120h por semestre; e o professor com 40 horas com dedicação exclusiva, que tem

carga de trabalho semelhante ao profissional de 40 horas sem DE, mas não pode

acumular qualquer outro emprego ou atividade remunerada simultânea. Nestas três

condições, há o desenvolvimento de atividades de pesquisa e extensão universitária.

A atividade docente universitária é caracterizada pelo ensino associado a

orientações acadêmicas em nível de graduação e pós-graduação, cargas horárias

dedicadas a pesquisas (preparação e execução de trabalhos científicos), atividades

de extensão (projetos de intervenção e ações fora do ambiente universitário),

planejamento de aulas, elaboração, aplicação e correção de avaliações. Alguns

professores, também ocupam cargos administrativos nas universidades às quais

estão vinculados. Essa organização do trabalho, possivelmente afeta o CSV desses

trabalhadores.

Além disso, características individuais, tais como: a idade, cronotipo,

necessidade de sono e o gênero, também podem influenciar o CSV dos professores.

Quanto à idade, durante a fase adulta, o CSV apresenta o período de maior

estabilidade tanto em relação à infância e à adolescência, como à velhice. Nessa

fase da vida, observa-se uma tendência à redução na duração do sono noturno,

assim como uma preferência a dormir e levantar mais cedo em relação às etapas

anteriores da vida (Ancoli-Israel, 2011).

O cronotipo é uma característica individual que explica as distintas relações

de fase entre a expressão do comportamento e das variáveis fisiológicas com as

pistas ambientais (Katzenberg et al., 1998). Segundo Horne e Ostberg (1976), os

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indivíduos com cronotipo matutino, que tem preferências em dormir e levantar mais

cedo, apresentam um melhor desempenho e bem-estar pela manhã; os indivíduos

com cronotipo intermediário, que são aqueles que apresentam horários

intermediários de dormir e levantar, tem preferências por horários intermediários na

realização de tarefas; e os indivíduos vespertinos, que são os que apresentam

horários mais tardios tanto de dormir quanto de levantar, tem melhor desempenho

entre a tarde e à noite. Um acréscimo a essa classificação propõe a existência do

um quarto tipo de cronotipo, o bimodal (Martynhak et al.,2010), que corresponde a

indivíduos que tem preferências para realizar algumas tarefas como matutinos e

outras como vespertinos. Essas pessoas apresentariam maior flexibilidade e

capacidade de adaptação para a realização de tarefas durante o dia.

Com relação à necessidade diária individual de sono, Webb (1979) propõe a

existência de indivíduos pequenos dormidores, que são aqueles que necessitam

entre 5h e 6h ou menos de sono por dia; de médios dormidores, que correspondem

a maior parcela da população, que são aqueles que necessitam dormir entre 7h a 8h

por dia; e de grandes dormidores, que são os indivíduos que necessitam dormir mais

de 9h de sono por dia.

O cronotipo e a necessidade de sono diferem entre homens e mulheres.

Dessa forma, mulheres apresentam uma maior tendência a matutinidade em relação

aos homens, característica que é observada inclusive no pico de liberação da

melatonina e no pico de temperatura corporal que acontecem, em geral, mais cedo

que nos homens (Duffy et al.,2011; Adan & Natale, 2002). Além disso, mulheres

apresentam necessidade de uma maior duração de sono do que os homens para se

sentir revigoradas (Natale et al., 2009; Tonetti et al., 2008).

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Outras diferenças em relação ao gênero são relativas às demandas sociais.

Em mulheres que trabalham, é comum encontrar o acúmulo da carga horária de

trabalho com atividades domesticas (Kurumantani et al., 1994; Knutsson,1997;

Rotenberg et al.,2001). Outro aspecto é o cuidado com os filhos, geralmente mais

realizado pela mãe, o que também pode causar redução do sono por sua

associação com o trabalho (Lundberg, 1996; Barnet & Hyde, 2001; Portela et al.,

2005).

Além destes fatores, os hábitos de vida, a localidade geográfica, os costumes,

a história prévia de sono e questões psicossociais: tais como escolhas pessoais

quanto ao cuidado com o sono (higiene de sono) e às características das interações

sociais (trabalho, lazer e família), interferem na expressão do CSV (Blunden &

Galland, 2014). Estes aspectos modulam os parâmetros de sono como a qualidade

subjetiva de sono, que engloba várias características qualitativas e quantitativas do

sono, tais como: a “profundidade”, a duração e latência do sono, e o número de

despertares noturnos (Buysse et al.,1988).

A qualidade de sono é um fator que tende a piorar dependendo de maus

hábitos (baixa higiene do sono), anteriores ao horário de dormir. Entre os hábitos

destacam-se: 1) o consumo de álcool, que inicialmente leva a um quadro de sono,

mas conduz a um aumento de despertares noturnos e a um sono mais leve (Roehrs

& Roth, 2001); 2) o consumo de cigarros, que reduz a capacidade de iniciar e manter

o sono, e também leva a um sono de menor qualidade; e 3) consumo regular de

cafeína, que está também associado a um aumento nos distúrbios de sono e na

sonolência diurna (Roehrs & Roth, 2008).

Esses maus hábitos podem produzir efeito semelhante ao causado por

desordens de sono, que reduzem a qualidade e quantidade de sono noturno

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influenciando o dia seguinte, aumentando a sensação subjetiva de necessidade de

sono e a facilidade em adormecer durante e o dia (sonolência diurna excessiva),

reduzindo a latência do sono (Johns,1991; Johns & Hocking,1997).

Outra questão importante é o conhecimento sobre o sono. Este tema está

inserido nos Parâmetros Curriculares Nacionais de ciências naturais (PCNs), na

parte que trata sobre os aspectos rítmicos da vida (Brasil,1997), porém não aparece

com tanta evidência em livros didáticos de biologia do ensino fundamental e médio,

que são etapas obrigatórias na formação educacional brasileira. O efeito disso é que

dependendo da área de atuação que o indivíduo escolha para sua formação

universitária e posteriormente na carreira profissional, o conhecimento sobre o sono

pode não ser estudado. Uma consequência disso é que possivelmente pessoas

envolvidas com pesquisas em temas da área da saúde podem conhecer mais sobre

o sono do que profissionais de outras áreas de atuação, que na sua maioria não tem

acesso ao conhecimento científico em relação ao CSV. Esse quadro pode influenciar

as práticas de higiene de sono.

Diante da associação desse conjunto de informações sobre a atividade

docente, a importância desta atividade na formação de pessoas e da necessidade

do sono para à qualidade de vida, o estudo do CSV torna-se importante de forma

comparativa em professores universitários de diferentes áreas de atuação

profissional. Primeiro, porque há uma lacuna em entender como está o sono desses

profissionais, que passam por regimes de trabalho muito intensos, que podem ter

efeitos danosos ao sono e a saúde, semelhante ao observado em professores dos

níveis fundamental e médio.

Segundo, esse estudo é importante para entender, por meio da comparação

entre profissionais de duas áreas de atuação distintas, uma mais relacionada à

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pesquisa sobre o sono (área biomédica) e outra mais relacionada à tecnologia (área

tecnológica), como o conhecimento sobre o sono pode atuar sobre os hábitos de

sono, e consequentemente influenciar outros aspectos tais como: horários de dormir

e levantar, duração do sono, qualidade de sono e níveis de sonolência diurna.

Por fim, investigar os conhecimentos e hábitos de sono em professores

universitários torna-se fundamental, na medida em que esses profissionais estão

envolvidos na formação de outros profissionais, tais como: professores, engenheiros

e médicos, que podem absorver as crenças dos seus professores replicando na

sociedade suas concepções sobre o sono.

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2. Objetivos:

2.1. Objetivo geral: Caracterizar os hábitos e o conhecimento sobre o sono, a

sonolência diurna, e a qualidade de sono em professores da área biomédica e

tecnológica de uma instituição pública federal de ensino superior.

2.2 Objetivos Específicos:

2.2.1- Caracterizar aspectos individuais, tais como: idade, gênero e cronotipo em

professores universitários das áreas biomédica e tecnológica.

2.2.2- Comparar os conhecimentos sobre o sono entre professores das áreas

biomédica e tecnológica de uma instituição pública federal de ensino superior.

2.2.3- Comparar as características do trabalho (carga horária e horário de trabalho),

os hábitos e a qualidade de sono, e a sonolência diurna entre professores das áreas

biomédica e tecnológica de uma instituição pública federal de ensino superior.

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3. Hipóteses (H) e predições (P):

H1: O conhecimento prévio sobre o sono difere em relação à área de atuação

profissional.

P1: Professores da área biomédica apresentarão maior percentual de acertos nas

afirmativas sobre o conhecimento sobre o sono do que professores da área

tecnológica.

H2: Os hábitos de sono e qualidade de sono estão relacionados aos

conhecimentos prévios sobre o sono em professores universitários.

P1: Professores da área biomédica dormirão e acordarão mais cedo, apresentarão

menor irregularidade do sono, menor frequência e duração de cochilos diurnos,

melhor qualidade de sono e menor ocorrência de sonolência diurna excessiva do

que professores da área tecnológica.

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4. Metodologia

4.1. Participantes

Foram abordados 203 professores do magistério superior vinculados à

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Aceitaram participar da

pesquisa, 86 professores, sendo 44 da área biomédica, vinculados ao Centro de

Biociências (CB), e 47 da área tecnológica vinculados ao Centro de Tecnologia (CT)

e à Escola de Ciência e Tecnologia (ECT), localizados no Campus Central da UFRN

na cidade de Natal/RN. A escolha dos departamentos em que a pesquisa foi

realizada foi feita por sorteio (Quadro 1).

Quadro 1: Características da amostra nas áreas de atuação profissional biomédica e tecnológica.

Área Biomédica Tecnológica

Professores Convidados 95 108

Professores que aceitaram participar da pesquisa 44 47

Exclusões 1 2

Professores que participaram da primeira etapa 42 44

Professores que participaram da segunda etapa 35 41

As informações sobre o número de professores de cada departamento e os

departamentos que faziam parte de cada centro foram obtidas no site Sistema de

Gestão de Atividades Acadêmicas da universidade (SIGAA-UFRN). O quantitativo

de professores por centros, no início da pesquisa foi: 185 professores no Centro de

Biociências, 326 professores do Centro de Tecnologia e 114 professores da Escola

de Ciência e Tecnologia.

4.2. Critérios de inclusão e exclusão

Participaram da pesquisa professores de ambos os sexos do quadro

permanente da universidade e que trabalhavam nos Centros de Biociências e de

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Tecnologia, e na Escola de Ciência e Tecnologia em departamentos que funcionam

no campus central da UFRN, que devolveram voluntariamente o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado – (Anexo 2). Foram excluídos

da pesquisa: (1) professores substitutos ou temporários da universidade; (2) que

relataram fazer uso crônico de algum medicamento que tenha efeito comprovado

sobre o sono; (3) que relataram algum distúrbio de sono já diagnosticado; (4)

professores que não preencheram os questionários e (5) professores que realizavam

atividades de pesquisa na área de sono.

4.3. Procedimentos

Alguns procedimentos prévios foram necessários para o início da pesquisa.

Sorteio dos departamentos.

Aprovação do projeto pelo Comitê de Ética da UFRN (Número do parecer:

925.100/2014 - Anexo 1).

Recrutamento dos professores através de convites em seus locais de trabalho

ou através de e-mails enviados aos seus endereços institucionais.

Posteriormente, cada professor foi visitado para a explicação do objetivo da

pesquisa e entrega do TCLE (Anexo 2).

Recebimento dos termos de consentimento livre e esclarecido devidamente

assinados e entrega de um envelope contendo os questionários utilizados na

pesquisa.

4.4. Coleta de dados e instrumentos utilizados

4.4.1 Coleta de dados

Os dados foram coletados entre março e setembro de 2015, com interrupções

durante o recesso acadêmico e nas semanas que continham feriados. A coleta

aconteceu em duas etapas, na primeira foi feita uma caracterização geral dos

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hábitos, conhecimento e qualidade de sono, a sonolência diurna, o cronotipo e das

condições de trabalho pela aplicação de 6 questionários preenchidos 1 vez. Na

segunda etapa, foi feita uma caracterização do ciclo sono e vigília e do trabalho pelo

preenchimento de 2 questionários diariamente por 10 dias (Quadro 2).

Quadro 2: Questionários utilizados e duração da coleta de dados.

Etapa Instrumento de coleta Duração

Questionário Sono e Saúde

Questionário de Qualidade do sono de Pittsburg

Escala de Sonolência de Epworth

Questionário de Horne & Ostberg

1 vez

2ª Diário de Sono

Protocolo diário de atividades

10 dias

4.4.2 Instrumentos utilizados

- Questionário a saúde e o Sono (Anexo 3): Acessa os hábitos de sono mais

frequentes praticados pelo indivíduo (Mathias et al, 2006). Esse instrumento foi

adaptado para professores do ensino fundamental e médio por Sousa (2010). Neste

estudo, algumas questões foram inseridas para acessar características da função

docente do magistério no ensino superior, tais como: turnos de aulas, orientações

acadêmicas, carga horária para atividades de pesquisa, extensão e funções

administrativas, assim como, o tempo de docência. Além disso, os conhecimentos

sobre o sono foram obtidos pela análise do percentual de acertos nas afirmativas

sobre o sono nas respostas ao item 25 deste questionário.

- Índice de Qualidade do sono de Pittsburg (Anexo 4): Acessa a qualidade do

sono através de questões relacionadas ao mês anterior ao que o indivíduo se

encontra. A qualidade de sono é avaliada a partir de questões, divididas em 7

componentes, que abordam aspectos subjetivos e quantitativos do sono, tais como:

a latência do sono, a duração do sono, a eficiência do sono, os distúrbios de sono, o

uso de medicamentos para dormir e a disfunção diurna. Cada questão tem uma

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pontuação que varia entre 0 a 3 pontos. A pontuação obtida pode alcançar escores

entre 0 a 21 pontos, onde escores < 5 indicam boa qualidade de sono e escores > 5

até 21, má qualidade de sono (Buysse et al., 1988).

- Questionário de Horne & Ostberg (Anexo 5): Adaptado para a língua portuguesa

por Benedito-Silva et al (1990). Consiste em um questionário de 19 questões de

múltipla escolha que apresentam diferentes situações diárias, nas quais os

indivíduos tem que responder de acordo com os horários preferenciais para

desenvolver ações cotidianas durante as 24 do dia (Horne & Ostberg,1976). Quanto

maior o escore obtido maior tendência à Matutinidade, quanto menor for o escore

maior a tendência à vespertinidade.

- Escala de Sonolência de Epworth (Anexo 6): Consiste em um questionário de 8

perguntas que aborda situações cotidianas nas quais o indivíduo está mais propenso

a cochilar. O valor de cada resposta varia entre 0 a 3 pontos em um total de 24, em

que pontuações inferiores a 10 são consideradas como baixa sonolência e

pontuação > 10 consideradas como indicativas de sonolência diurna excessiva.

- Diário do Sono (Anexo 7): Acessa os horários de dormir e levantar, bem como o

que o indivíduo estava fazendo antes de dormir, a forma de despertar, a frequência

e duração de cochilos. Foi utilizada a versão do diário de sono adaptada para

professores da educação básica por Souza (2014), que incluía o registro da

sonolência ao despertar através de uma escala de sonolência do tipo Likert, que

avalia a percepção do indivíduo quanto ao nível de sonolência ou alerta ao acordar,

variando de muito sonolento a muito alerta. Este questionário foi preenchido por 10

dias consecutivos.

- Protocolo diário de atividades (Anexo 8): Este protocolo, proposto originalmente

por Knauth et al., (1983) e adaptado para língua portuguesa por Fischer et al.,

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(1987), consiste em uma escala composta por quadrados representando as 24 horas

do dia divididas em intervalos de 15 minutos. Neste protocolo, o indivíduo registrou

os horários de início e fim de trabalho por meio da marcação de uma linha reta ao

longo dos horários representados nos quadrados. A partir deste registro foram

determinadas a carga horária de trabalho e os horários de trabalho.

4.5. Análise dos dados

4.5.1 Análise das características gerais da amostra

As características gerais da amostra (sexo, estado civil e filhos) foram

comparadas entre as áreas por meio do teste Qui-quadrado (χ2). Enquanto a idade

foi comparada por meio de um teste t independente.

4.5.2 Análise das características do trabalho na instituição

As características gerais do trabalho realizado na instituição: cargas horárias

semanais e semestrais, carga horária de ensino na graduação e pós-graduação,

carga horária de atividades de extensão e funções administrativas, tempo de

docência, satisfação profissional e número de orientações na graduação e na pós-

graduação foram comparadas entre as áreas por meio de uma Análise de Variância

(ANOVA) one way. Enquanto os horários de início e fim, e a duração do trabalho

foram comparados por meio de uma Análise de Variância (ANOVA) de medidas

repetidas, em que os dias da semana foram considerados medidas de repetição.

4.5.3 Análise do conhecimento sobre o sono

Os conhecimentos sobre o sono foram acessados a partir da questão número

25 do questionário: A saúde e o Sono, sendo composta por afirmativas relativas ao

sono nas quais os participantes poderiam marcar “V” se considerassem a afirmativa

verdadeira, “F” se considerassem a afirmativa falsa, e “NS” se não soubessem

responder à questão (quadro 3). Os percentuais obtidos em cada questão dessas

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três categorias foram comparados entre as áreas por meio do teste Qui-quadrado

(χ2).

Quadro 3: Afirmações e respostas esperadas dos itens analisados da questão número 25 do questionário: A saúde e o sono.

Questão Resposta

A Tomar um copo de leite com chocolate antes de dormir ajuda a pegar no sono. Falso

B Todos os adultos devem dormir cerca de 8 horas por noite. Falso

C Comer muito antes de dormir nos faz acordar por muitas vezes durante a noite. Verdadeiro

D Nosso coração bate mais devagar quando dormimos. Verdadeiro

E Somos mais produtivos quando acordamos cedo. Falso

F Atividade física intensa antes de dormir nos faz adormecer mais facilmente. Falso

G Crianças dormem mais que adolescentes. Verdadeiro

H Dormir quinze minutos depois do almoço nos deixa mais alertas durante a tarde. Verdadeiro

I A qualidade do sono é a mesma, independente do horário que vamos dormir. Falso

J Ingerir bebida alcoólica à noite prejudica a qualidade do nosso sono. Verdadeiro

K Dormir pouco nos torna mais irritadiços e agressivos. Verdadeiro

L Podemos dormir coma mesma facilidade em qualquer horário do dia e da noite. Falso

M Dormir pouco diminui a nossa capacidade de manter a concentração. Verdadeiro

N "Desligamos" o nosso cérebro quando dormimos. Falso

O Ficar sem dormir por muitos dias nos faz adoecer. Verdadeiro

P Dormir e acordar em horários diferentes a cada dia nos torna sonolentos. Verdadeiro

Q Podemos guardar mais informações quando passamos a noite estudando. Falso

R Podemos compensar uma redução na quantidade de sono dormindo mais na noite seguinte.

Verdadeiro

S Expor-se à luz a noite não interfere no horário de dormir Falso

T Adolescentes necessitam dormir mais que adultos. Verdadeiro

4.5.4 Análise das informações e hábitos de sono

As informações sobre os comportamentos e hábitos gerais de sono, tais

como: os comportamentos realizados antes de dormir, os alimentos ingeridos

próximos ao horário de dormir, os problemas de sono no último mês, a atividade

realizada antes de dormir, os despertares noturnos, o motivo que o levou a ter

acordado nesse horário, os aspectos de sono que gostariam de mudar, o horário do

dia de maior sonolência na semana e no fim de semana, e os hábitos que são

comuns de acontecer em relação ao sono foram comparados entre as áreas por

meio do teste Qui-quadrado (χ2).

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Enquanto o nível de sonolência ao acordar, coletado no diário do sono, foi

comparado por meio de uma Análise de Variância (ANOVA) de medidas repetidas,

em que os dias da semana foram considerados medidas de repetição.

4.5.5 Análise da qualidade de sono, sonolência diurna e cronotipo

Os percentuais de indivíduos em função da qualidade de sono e da

sonolência diurna, bem como o escore de cronotipo, obtidos em ambas as áreas

foram comparados por meio do teste Qui-quadrado (χ2).

4.5.6 Análise do Ciclo Sono/Vigília

Os horários de dormir e levantar e o tempo na cama coletados por meio do

diário de sono foram comparados entre as áreas por meio de uma Análise de

Variância (ANOVA) de medidas repetidas, em que os dias da semana foram

considerados as medidas de repetição. O percentual de participantes que cochilam

na semana e no fim de semana foram analisados por meio do teste Qui-quadrado

(χ2). Os horários de início e fim, e a duração do cochilo foram analisados por meio

de Análise de Variância (ANOVA) one way.

A irregularidade nos horários de dormir e acordar foi calculada a partir do

desvio padrão dos horários de dormir e levantar, respectivamente. Estes parâmetros

foram comparados entre os grupos por meio de uma de Análise de Variância

(ANOVA) one way. Para todos os testes, o nível de significância foi menor ou igual a

5%.

As variáveis de interesse e as variáveis categóricas em todos estes testes

estão descritas no quadro 4.

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Quadro 4: Variáveis de interesse, variáveis dependentes e instrumentos de coleta.

Variáveis de interesse

Variáveis dependentes Instrumento de coleta

Ciclo Sono/Vigília Horário de dormir

Horário de levantar

Tempo na cama

Horário de início do cochilo

Horário de fim do cochilo

Duração do cochilo

Percentual de pessoas que cochilam

Irregularidade dos horários de dormir e levantar

Questionário Sono e Saúde

Diário do Sono

Qualidade do sono e Sonolência

Índice de qualidade do sono de Pittsburg

Nível de Sonolência diurna

Questionário da qualidade do sono de Pittsburg

Escala de Sonolência de Epworth

Cronotipo Escore referente ao cronotipo

Questionário de Horne & Ostberg

Carga horária e horário de trabalho

Duração do trabalho diário e os horários de início e fim de trabalho

Protocolo diário de Atividade

Área de Atuação Profissional

Biomédica ou Tecnológica

Questionário Sono e Saúde

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5. Resultados

Os resultados serão apresentados de acordo com a seguinte sequência:

inicialmente, será mostrada uma caracterização dos professores das duas áreas de

atuação profissional que participaram da pesquisa em relação à idade, sexo e

estrutura familiar. Logo após, será apresentada uma caracterização do trabalho dos

professores na instituição, em relação a: 1) turno das aulas, 2) horário de início e

fim, duração do trabalho, 3) carga horária nas atividades de ensino, pesquisa e

extensão; 4) satisfação profissional, e 5) número de orientações acadêmicas. Em

seguida, serão mostrados os resultados quanto aos conhecimentos sobre o sono,

hábitos de sono, padrão do ciclo sono/vigília, sonolência diurna e qualidade subjetiva

de sono.

5.1 Características gerais da amostra

Os participantes das duas áreas têm idade em torno de 40 anos (t = -1,31; p >

0,05 - Tabela 1), na sua maioria são casados (χ2 = 0,15; p >0,05) e a metade tem

filhos (χ2 = 80,1; p > 0,05). A distribuição dos sexos é diferente entre as áreas (χ2 =

24,2; p < 0,05), de modo que na área biomédica homens e mulheres estão na

mesma proporção (χ2 = 0,88 p > 0,05), enquanto na área tecnológica há mais

homens que mulheres (χ2 = 24,2; p > 0,05).

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Tabela 1. Distribuição dos professores em relação às características gerais da amostra.

Área Biomédica Tecnológica p

Sexo (%)

Masculino 45,3 68,2 0,01*

Feminino 54,7 31,8

Idade (anos) 43,2 ± 8 40,7 ± 10,1 0,19

Estado Civil (%)

Casado 61,9 61,3 0,9

Não Casado 38,1 38,7

Filhos (%)

Sim 50 45,45 0,3

Não 50 54,55 * Qui-quadrado; p < 0,05.

5.2 Características do trabalho

Não houve diferença quanto ao meio de transporte utilizado para ir ao

trabalho entre as duas áreas de atuação, sendo o carro o meio mais utilizado (χ2 =

8,037; p >0,05 – Figura 1). Cerca de 6 % utilizaram mais de um meio de locomoção

como, por exemplo, o carro em alguns dias e a bicicleta em outros. Em torno de 3%

dos professores utilizaram somente a bicicleta para ir ao trabalho.

Figura 1. Percentual de professores em função do meio de transporte utilizado para ir ao trabalho.

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Figura 2. Percentual de professores de acordo com o turno de aula (*Qui-quadrado, p<0,05).

Quanto aos turnos de aula, houve diferença entre as áreas (χ2 = 29,05; p <

0,05 – Figura 2). Um maior percentual de professores da área biomédica ensina pela

manhã e à tarde (χ2 = 4,76; p < 0,05), enquanto na área tecnológica, há uma

distribuição semelhante entre os turnos de aulas (χ2 = 3,35;p > 0,05).

O horário de início de trabalho não diferiu entre as áreas (Anova F(1,47) = 0,78;

p > 0,05 – Tabela 2) e entre os dias da semana (Anova F(5,235) = 1,404; p >0,05 -

Figura 3). Por outro lado, os professores da área tecnológica terminaram o trabalho

mais tarde (Anova F(1,47) = 3,90; p = 0,053), independente do dia da semana (Anova

F(5,235) = 0,26; p > 0,05). Além disso, houve diferença entre os dias da semana. De

modo que os professores de ambas as áreas terminaram o trabalho mais tarde na

segunda-feira em relação à quarta-feira e a segunda-feira subsequente (Anova

F(5,235) = 3,17; Tukey, p > 0,05). A duração do trabalho na instituição não apresentou

diferença entre as áreas (Anova F(1,47) = 0,44; p > 0,05) e entre os dias da semana

(Anova F(5,235) = 1,16; p > 0,05 - Figura 3).

*

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Tabela 2. Horários de início e fim e duração do trabalho (h: min - média ± desvio padrão) dos professores da área biomédica e tecnológica.

Área de atuação profissional Biomédica Tecnológica

Início do Trabalho 9:53 ± 1:30 10:05 ± 2:30

Fim do trabalho 18:10 ± 1:35 18:48 ± 1:24

Duração do trabalho 7:30 ± 1:27 7:30 ± 1:28

Figura 3. Horários de início e fim do trabalho na instituição (min: média ± erro padrão) dos professores da área biomédica e tecnológica no decorrer da semana.

Os professores da área biomédica apresentaram uma tendência a ter uma

carga horária total de trabalho maior que professores da área tecnológica (Tabela 3 -

Anova F(1,79) = 7,71; p > 0,05). Porém, não houve diferença entre as áreas nas

cargas horárias destinadas ao ensino na graduação (Anova F(1,82) = 0,02; p > 0,05) e

especialização (Anova F (1,47) = 0,44; p > 0,05). Por outro lado, professores da área

biomédica apresentaram uma maior carga horária em ensino de mestrado/doutorado

(Anova F(1,84) = 14,3; p < 0,05). As cargas horárias em atividades de pesquisa (Anova

F(1,84) = 0,005; p > 0,05), extensão (Anova F(1,84) = 0,92; p > 0,05) e administração

(Anova F(1,84) = 1,03; p > 0,05) não diferiram entre as áreas.

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Tabela 3. Cargas horárias semestral e semanal de trabalho (média ± desvio padrão) nos professores da área biomédica e tecnológica.

Atividade Área biomédica Área tecnológica p

Carga horária semestral (h)

Carga horária total 138,9 ± 28,2 127,1 ± 26,1 0,06*

Ensino (graduação) 121,8 ± 25,1 123,2 ± 10, 4 0,8

Ensino (especialização) 1,8 ± 11,5 0 0,3

Ensino (mestrado/doutorado) 19,4 ± 20,5 11,3 ± 22,5 0,003*

Carga horária semanal (h)

Atividade pesquisa 15,7 ± 18,9 12,6 ± 8,7 0,9

Atividade extensão 2,6 ± 4,4 2,5 ± 4,9 0,3

Atividade administrativa 6,5 ± 11,4 5,5 ± 7,6 0,3

(Anova One way, *p <0,05, # p < 0,10)

A satisfação profissional foi maior nos professores da área biomédica em

relação aos da área tecnológica (Tabela 4 - Anova F(1,84) = 6,03; p < 0,05). Os

professores estudados em ambas as áreas apresentaram tempo de docência entre

10 a 14 anos (Anova F(1,86) = 0,78; p > 0,05), com média em torno de 3 orientações

na graduação (Anova F(1,83) = 0,17; p > 0,05) e 1 em cursos de especialização

(Anova F(1,83) = 0,12; p > 0,05). Porém, em atividades relacionadas à pós-graduação

os professores da área biomédica têm em média 4 orientações enquanto os

professores da área tecnológica têm em média 1 orientação em mestrado e

doutorado (Anova F(1,83) = 14,1; p < 0,05).

Tabela 4. Tempo de docência, satisfação profissional e número de orientandos registrados (média ± desvio) no questionário a Saúde e o Sono.

Característica do trabalho Área Biomédica Área Tecnológica p

Satisfação profissional (u.a)1 9 ± 1,4 8 ± 2 0,01*

Tempo de docência (anos) 14 ± 9,6 10 ± 9,6 0,2

Orientações2

Graduação 3 ± 2,57 3 ± 3,0 0,6

Especialização 1 ± 2,0 0 0,1

Mestrado/Doutorado 4 ± 3,97 1 ± 1,8 0,0001*

1: unidades arbitrárias. 2: número de indivíduos. (*Anova One way, p < 0,05.)

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5.3 Conhecimentos sobre o sono

Os conhecimentos sobre o sono diferiram entre as áreas de atuação

profissional em 60% das questões propostas pelo questionário “A saúde e o Sono”

(Figura 4). Os professores da área biomédica tiveram um maior percentual de

acertos nas questões “D” (χ2 = 40,5; p < 0,05) e “N” (χ2 = 6,9; p < 0,05), relativas à

fisiologia do sono; na questão “H” (χ2 = 6,94; p < 0,05) sobre a importância do

cochilo; nas questões “E” (χ2 = 33,9; p < 0,05) e “P” (χ2 = 10,9; p < 0,05), sobre a

importância dos horários de dormir, e na questão “S” (χ2 = 13,3; p < 0,05), sobre a

influência da luz sobre os horários de sono.

Enquanto nas questões relativas a substâncias ou atividades que influenciam

o sono, os professores da área biomédica acertaram mais a questão “A” (χ2 = 15,8; p

< 0,05), que afirmava: Tomar um copo de leite com chocolate antes de dormir ajuda

a pegar no sono. Mas, na questão “F” que afirmava: Atividade física intensa antes de

dormir nos faz adormecer mais facilmente, professores da área tecnológica tiveram

um maior percentual de acertos (χ2 = 55,1; p < 0,05).

Nas questões “R”, “G” e “T” que são relacionadas à duração do sono, os

professores da área biomédica tiveram maior percentual de acertos na questão “R”

(χ2 = 8,3; p < 0,05). Porém, nas questões “G” (χ2 = 16,8; p < 0,05) e “T” (χ2 = 26,5; p

< 0,05), o percentual de acertos foi o mesmo entre as áreas. No entanto, foi

observado que os professores da área tecnológica tiveram uma maior percentagem

de “não sei” nessas afirmativas.

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Figura 4. Porcentagem de acertos, erros e “não sei” nas questões a respeito dos

conhecimentosobresono na área biomédica (A) e tecnológica (B). (*Qui-quadrado, p<0,05.)

Figura 4. Porcentagem de acertos, erros e “não sei” nas questões a respeito dos conhecimentos

sobre o sono na área biomédica (A) e tecnológica (B). (*Qui-quadrado, p<0,05.)

5.4 Informações sobre o sono

Os professores de ambas as áreas consideram bom o local de dormir (χ2 =

0,66; p > 0,05). Durante a semana, a forma de despertar predominante entre os

professores da área biomédica foi o despertador, enquanto na área tecnológica foi o

despertar sozinho (χ2 = 6,72; p < 0,05). No fim de semana, a maioria dos professores

de ambas as áreas tiveram como principal forma de despertar o sozinho (χ2 = 4,18; p

> 0,05 – Figura 5).

*

Figura 5. Percentual de professores de acordo com a diferença na forma de despertar durante a semana (A) fim de semana (B) entre os professores das áreas biomédica e tecnológica. *Qui-quadrado, p<0,05.

A B

*

*

A B

* *

*

* * *

* *

*

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Um maior percentual de professores da área tecnológica ingere café (χ2 =

6,68; p < 0,05), refrigerantes (χ2 = 8,01; p < 0,05) e bebidas alcoólicas (χ2 = 5,74; p <

0,05) próximo ao horário de dormir do que os professores da área biomédica (Figura

6).

Figura 6. Percentual de professores de acordo com os hábitos realizados antes de dormir ou até duas horas de dormir (*Qui-quadrado, p<0,05).

O hábito alimentar próximo ao horário de dormir mais relatado nas duas áreas

foi fazer uma refeição leve, ocorrendo com maior proporção em professores da área

biomédica (χ2 = 6,122; p < 0,05 – Figura 7).

* * *

*

Figura 7. Percentual de professores de acordo com os comportamentos realizados antes de dormir quando se está com fome (*Qui-quadrado, p<0,05).

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Durante os dias de semana, professores da área tecnológica relataram com

maior frequência os hábitos (Figura 8A): de deitar e não conseguir dormir pensando

nas coisas a fazer (χ2 = 8,16; p < 0,05), de usar a cama durante o dia para outras

atividades (χ2 =6,22; p < 0,05), de não conseguir dormir e ficar na cama por mais de

uma hora (χ2 = 4,49; p < 0,05), além de acordar e ficar na cama por mais de 30

minutos (χ2 =3,70; p < 0,05). Enquanto os professores da área biomédica relatam

com maior frequência o hábito: de olhar as horas do relógio várias vezes por noite

(χ2 = 4,07; p < 0,05).

No fim de semana, foram mais frequentes na área tecnológica os relatos dos

hábitos (Figura 8B): ao deitar, não conseguir dormir pensando nas coisas a fazer (χ2 =

11,9; p < 0,05), ao deitar, ficar relembrando os eventos do dia (χ2 = 4,49; p < 0,05),

ficar olhando as horas do relógio várias vezes por noite (χ2 = 3,09; p < 0,05), fazer uso

de medicamentos para dormir (χ2 = 3,09; p < 0,05) e acordar e ficar na cama por mais

de 30 minutos (χ2 = 5,66; p < 0,05).

Figura 8. Percentual de professores de acordo com os hábitos realizados antes de dormir na semana (A) e no fim de semana (B).(*Qui-quadrado, p<0,05.)

A

B

* *

* *

* *

* *

*

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40

Sobre qual aspecto dos hábitos de sono os professores relataram que

gostariam de mudar durante a semana (Figura 9A) os professores da tecnológica

apresentaram uma tendência a querer dormir mais tarde (χ2 = 3,09; p = 0,07),

também gostariam de dormir mais tempo (χ2 = 11,08; p < 0,05), alguns relaram que

gostariam de dormir menos (χ2 = 4,76; p < 0,05) e acordar mais cedo (χ2 = 18,5; p <

0,05). Enquanto professores da biomédica gostariam de acordar mais tarde (χ2 =

5,86; p < 0,05).

No fim de semana (Figura 9B) professores da área tecnológica, relataram que

gostariam: dormir mais cedo (χ2 = 3,05; p < 0,05) e dormir menos tempo (χ2 = 5,44; p

< 0,05), enquanto os professores da área biomédica relataram: dormir mais tarde (χ2

= 21,8; p < 0,05) e dormir mais tempo (χ2 = 11,8; p < 0,05).

Figura 9. Percentual de professores de acordo com aspecto do habito de sono que gostaria de mudar durante a semana (A) e fim de semana (B). (*Qui-quadrado, p<0,05.).

*

*

*

* *

A

B

*

*

*

*

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Durante a semana, professores da área tecnológica relataram sentir mais

sonolência nos horários (Figura 10A): das 10 às 12 horas (χ2 = 4,32; p < 0,05), das

14 às 16 horas (χ2 = 7,51; p < 0,05) e as 18 às 20 horas (χ2 = 10,8; p < 0,05).

Enquanto os professores da biomédica relataram mais sonolência no horário das 16

às 18 horas (χ2 = 5,44; p < 0,05).

No fim de semana, os professores da área tecnológica relataram mais

sonolência nos horários (Figura 10B): 10 às 12 horas (χ2 = 7,31; p < 0,05), das 12 às

14 horas (χ2 = 5,67; p < 0,05), das 14 às 16 horas (χ2 = 5,03; p < 0,05), das 16 às 18

horas (χ2 = 10,7; p < 0,05) e das 18 às 20 horas (χ2 = 3,09; p < 0,05).

Quanto aos problemas de sono relatados no último mês, os professores da

área tecnológica apresentaram com maior frequência o problema de levar mais de

30 minutos para adormecer (χ2 = 10,42; p < 0,05), roncar (χ2 = 7,34; p < 0,05) e gritar

dormindo (χ2 = 510,21; p < 0,05). Enquanto, os professores da área biomédica

* *

*

* * * * *

A

B

Figura 10. Percentual de professores de acordo com os horários que costuma se sentir sonolento durante a semana (A) e fim de semana (B). (*Qui-quadrado, p<0,05.)

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tiveram com maior frequência os problemas de: acordar cedo e ter dificuldade em

voltar a dormir (χ2 = 23,8; p < 0,05) e ranger os dentes dormindo (χ2 = 6,31; p < 0,05).

5.5 Comportamentos e hábitos relacionados ao sono

Os comportamentos realizados antes de dormir (Figura 11A), foram diferentes

entre as áreas durante a semana (χ2 = 121,5; p < 0,05) e o fim de semana (χ2 = 97,3;

p < 0,05). O hábito de assistir televisão foi realizado com mais frequência pelos

professores da área tecnológica, que de forma geral, também relataram mais

frequentemente o uso do computador, enquanto os professores da área biomédica

relaram usar mais o telefone celular.

Durante o fim de semana (Figura 11B), os relatos de assistir televisão e usar

dispositivos eletrônicos aumentaram, da mesma forma como a participação em

eventos sociais, tais como festas. Sendo que professores da área tecnológica

relataram mais assistir televisão, ir a festas e usar o celular que os professores da

área biomédica.

Figura 11. Percentual de professores de acordo com que você estava fazendo antes de dormir durante a semana (A) e fim de semana (B). (*Qui-quadrado, p<0,05)

A

B

*

*

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O hábito de ter acordado durante o sono, foi mais frequente em professores

da área tecnológica tanto durante os dias de semana (χ2 = 6,72; p < 0,05), como no

fim de semana (χ2 = 10,04; p < 0,05).

Figura 12. Percentual de professores de acordo com o lembra de ter acordado durante a semana (A) e o fim de semana (B) (*Qui-quadrado, p<0,05).

O motivo predominante relacionado ao horário de acordar durante a semana

foi o trabalho na instituição (Figura 13). No fim de semana, a maioria dos

professores relatou despertar espontaneamente (χ2 = 9,70; p < 0,05).

*

*

A

B

A B * *

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Figura 13: Percentual de professores de acordo com o motivo de despertar durante a semana (A) e fim de semana (B). (*Qui-quadrado, p<0,05)

Os professores das duas áreas de atuação relataram em média o mesmo

nível de sonolência ao acordar (Anova F (1,73) = 0,19, p>0,05 – Figura 14), não

havendo diferença entre os dias da semana (Anova F (9,657) = 0,73, p>0,05).

Figura 14. Nível de sonolência ao acordar em professores da área biomédica e da área tecnológica

5.6 Cronotipo

A distribuição das categorias de cronotipos nas duas áreas foi diferente (área

biomédica: χ2=76,9; p < 0,05; área tecnológica: χ2=75,5; p < 0,05 – Tabela 5). Na

área biomédica uma frequência maior de cronotipos de matutinos, enquanto a área

tecnológica apresentou uma frequência maior de cronotipos vespertinos. Houve

também diferença entre as áreas (χ2=42,9; p < 0,05). Na análise dos escores

obtidos, observa-se que professores da área biomédica apresentam uma tendência

a matutinidade, enquanto professores da área tecnológica apresentaram uma

tendência à vespertinidade e (χ2= 19,34; p< 0,05 – Figura 15).

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Tabela 5. Distribuição das categorias de cronotipo nas áreas biomédicas e tecnológica.

Categoria de cronotipo (%) Área Biomédica Área Tecnológica

Matutino 14,29 11,63

Moderadamente Matutino 30,95 20,93

Intermediário 40,48 46,51

Bimodal 2,38 11,63

Moderadamente Vespertino 11,90 6,98

Vespertino 0 2,33

Figura 15.Distribuição dos escores de cronotipos obtidos no questionário de Horne Ostberg dos professores participantes. Professores da área biomédica. (A). Professores da área tecnológica (B).

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5.7 Características do Ciclo Sono/vigília

Os professores não apresentaram diferenças nos horários de dormir entre as

áreas de atuação (Anova F(1,57) = 0,007, p > 0,05 – tabela 6). Porém, o horário de

dormir diferiu entre os dias da semana (Anova F(9,513) =6,531, p< 0,05). Nos quais,

professores foram dormir mais tarde na noite de domingo em relação aos dias de

semana, com exceção da quinta-feira (Tukey, p < 0,05). Apesar da análise da

interação entre as áreas e os dias da semana terem apontado diferença

estatisticamente significativa (Anova F(9,513) =2,0685, p<0,05), não foram detectadas

diferença entre as áreas em cada dia da semana (Tukey, p > 0,05).

Os professores de ambas as áreas, apresentaram em média o mesmo horário

de acordar (Anova F (1,52) = 2,46, p>0,05), sendo esse horário diferente entre os dias

da semana (Anova F (9,468) = 24,4, p< 0,05). Nos quais, professores acordaram mais

cedo durante os dias de semana em relação aos dias de fim de semana (Tukey, p <

0,05). Enquanto na comparação dos horários independente do dia da semana, não

foi encontrada diferença significativa nas duas áreas (Anova F (9,498) = 0,92, p> 0,05).

O tempo na cama não diferiu entre as áreas (Anova F (1,56) = 2,23, p>0,05),

sendo diferente entre os dias da semana (Anova F (9,504) = 4,48, p> 0,05). Nos quais,

o tempo na cama foi maior no sábado e no domingo em relação à segunda-feira,

porém não apresentou diferença entre os demais dias da semana (Tukey, p < 0,05).

Na comparação das duas áreas, independente do dia da semana os professores

apresentaram o mesmo tempo na cama (Anova F (9,504) = 1,51, p> 0,05 – figura 16).

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Tabela 6. Horários de dormir e levantar e duração do sono (média ± desvio padrão) dos professores da área biomédica e tecnológica durante a semana.

Horários de sono e tempo na cama Área Biomédica Área Tecnológica

Semana

Horário de dormir (h:min) 23:17 ± 1:10 23:25 ± 1:11

Horário de Levantar (h:min) 06:18 ± 0,8 06:42 ± 1:04

Tempo na cama (h:min) 06:45 ± 1:17 06:37 ± 1:25

Fim de semana

Horário de dormir (h:min) 23:51 ± 1:32 23:45 ± 1:25

Horário de Levantar (h:min) 07:27 ± 1:12 07: 37 ± 1:27

Tempo na cama (h:min) 07:19 ± 1:14 07:36 ± 1:26

Figura 16. Horários de dormir e levantar (média + desvio padrão) ao longo dos dias da semana e fim

de semana. As barras em preto representam os professores da área biomédica e em cinza, os

professores da área tecnológica.

Não houve diferença entre as áreas na irregularidade nos horários de dormir

(Anova F(1,75) = 0,311, p>0,05) nem de acordar (Anova F(1,75) = 0,29, p>0,05 – Figura

17).

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Figura 17. Irregularidade nos horários de dormir (A) e acordar (B) nos professores da área biomédica

e tecnológica.

Não houve diferença no horário de início de cochilo entre as áreas durante a

semana (Anova F (1,74) = 0,097, p > 0,05) e fim de semana (Anova F (1,97) = 0,122, p >

0,05). De modo semelhante, não houve diferença no horário de fim de cochilo na

semana (Anova F (1,74) = 0,231, p>0,05) e no fim de semana (Anova F (1,97) = 0,781,

p>0,05).

Quanto à duração do cochilo, os professores da área tecnológica apresentam

maiores valores durante a semana do que professores da área biomédica (Anova F

(1,74) = 0,44, p<0,05), sem diferenças no fim de semana (Anova F (1,97) = 0,166,

p>0,05 – tabela 7).

A

B

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49

Tabela 7. Frequência, início, fim e duração do cochilo nas áreas biomédica e tecnológica durante a semana.

Cochilo Área Biomédica Área Tecnológica

Semana

Frequência (%)

17,81 14,79

Início (h:min) 13:10 ± 2 :16 12:54 ± 2 :58

Fim (h:min) 13 :47 ± 2:14 14:6 ± 3 :16

Duração (h:min) 00:30 ± 00:24 1:07 ± 1:27

Fim de semana

Frequência (%) 30,61 30,23

Início (h:min) 14:27 ± 2:18 14:12 ± 2:26

Fim (h:min) 15:52 ± 2:42 15:27 ± 2:33

Duração (h:min) 1:00 ± 00:52 1:13 ± 00:57

5.8. Qualidade de Sono e Sonolência diurna

A maioria dos professores da área biomédica apresentou índice de boa

qualidade de sono (χ2= 18,22 p < 0,05), assim como apresentaram uma menor

proporção de sonolência diurna excessiva quando comparados com professores da

área tecnológica (χ2= 7,41 p < 0,05).

Figura 18 Percentual de professores de acordo com a qualidade de sono (A) e sonolência diurna excessiva (B) nas áreas biomédica e tecnológica. (*Qui-quadrado, p<0,05)

A B * *

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6. Discussão

Ambientes educacionais, tais como escolas e universidades podem produzir

desafios temporais para estudantes e professores. Na educação básica, o horário de

início da escola pela manhã está relacionado à privação de sono (Groeger et

al.,2004, Souza et al., 2012; Wolfson & Carskadon, 1998; Acebo & Jenni, 2004).

Neste trabalho, foi observada uma influência do horário de início de trabalho nos

professores das duas áreas de atuação profissional estudadas. No sentido que, os

professores acordaram cerca de 1h mais cedo (área biomédica: 66 min e área

tecnológica: 57 min) na semana em relação ao fim de semana e apresentaram um

aumento no tempo na cama no fim de semana de cerca de 1 h (área biomédica: 44

min e área tecnológica: 60 min), o que pode indicar uma compensação do sono

perdido durante a semana.

O desafio temporal imposto pelo horário de trabalho na instituição se reflete

na forma de despertar dos professores universitários durante a semana. De modo

que, o trabalho foi o principal motivo relatado para o horário de acordar dos

professores de ambas as áreas. Observa-se também que mais da metade dos

professores de ambas as áreas necessita de algum estimulo para acordar como, por

exemplo, o uso do despertador ou a necessidade de ser despertado por alguém,

situação que não acontece no fim de semana, em que o despertar espontâneo foi o

mais frequente. No ensino fundamental e médio, foi observado um quadro

semelhante em professores que iniciaram as aulas por volta das 7:00h e

apresentaram um débito de sono em torno de 42 minutos na semana (Souza et al.,

2012).

No entanto, na comparação entre os professores das duas áreas, os horários

de acordar e de início de trabalho não foram diferentes. Estas características podem

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estar relacionadas ao fato de serem profissionais da mesma instituição de ensino

com horários de funcionamento geral pré-determinados. Por outro lado, a

distribuição dos horários de aula ao longo do dia foi diferente entre as áreas de

atuação profissional, de modo que professores da área biomédica concentraram

mais suas aulas nos turnos manhã e tarde, enquanto os professores da área

tecnológica distribuíram de forma equivalente as aulas através dos turnos. Apesar

disso, quando se observa o turno noturno, há uma maior frequência de professores

da área tecnológica ensinando. Esse quadro pode ter influência no horário de fim de

trabalho, que foi mais tardio nos professores da área tecnológica.

Um aspecto que pode influenciar essas diferenças na distribuição nos

horários de aula entre as áreas é o cronotipo, que em professores da área

tecnológica apresentou uma tendência a vespertinidade. O ensino universitário de

certa forma apresenta uma maior flexibilidade nos horários de aula. Logo,

professores vespertinos tendo a oportunidade escolher, optariam por ensinar mais

tarde. Este é um fator individual que pode influenciar a adaptação ao trabalho (Smith

et al., 2002), e que pode ter influenciado o horário de fim de trabalho na instituição,

que foi mais tardio nos professores da área tecnológica em relação aos professores

da área biomédica.

Esta configuração mais irregular nos horários de trabalho do professor

universitário também pode contribuir para uma maior irregularidade nos horários de

dormir e levantar. Em professores do ensino fundamental e médio que trabalham no

horário matutino foi observada uma maior irregularidade de sono quando comparada

àqueles que trabalhavam os três turnos (Souza et al, 2014). A irregularidade de sono

pode causar problemas de saúde e no desempenho no trabalho (Dorrian et al.,

2008; Gaspar et al., 1998). Porém, neste trabalho não foram observadas diferenças

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na irregularidade dos horários de dormir e levantar entre os professores das duas

áreas.

O trabalho na instituição pode ter afetado o horário de dormir dos professores

das duas áreas de forma semelhante, pois não foram observadas diferenças entre

as áreas neste parâmetro. Dessa maneira, as influências sociais relacionadas ao

trabalho podem ter tido um efeito semelhante no CSV nas duas áreas (Monk et al.,

2000; Rosenthal et al., 2001; Witmann et al., 2006). Este aspecto é observado nos

hábitos de exposição à luz próximo ao horário de dormir, no sentido que é comum

da função docente levar trabalho para casa, utilizando dispositivos eletrônicos como

o computador.

O espectro de luz azul das telas de LED dos computadores, smartphones e

TVs atuais, tem maior impacto no atraso dos horários de sono e na supressão de

melatonina (West et al., 2011; Bellingham & Foster, 2002; Hebert et al., 2005;

Higuchi et al., 2005) causando também um atraso no início do sono. Neste trabalho,

foi observado que a utilização de aparelhos que emitem luz próximo ao horário de

dormir foi semelhante nas duas áreas tanto durante a semana como no fim de

semana.

Professores da área tecnológica relataram usar mais a televisão do que

professores da área biomédica durante a semana e o fim de semana. Além disso, o

uso do computador foi maior também em professores da área tecnológica durante a

semana. Neste contexto, o uso do celular foi menor em relação ao uso da televisão,

mas professores da área biomédica relataram usar com mais frequência este

dispositivo tanto na semana quanto no fim de semana em relação aos professores

da área tecnológica. Em professores do ensino fundamental e médio foi observado o

uso do computador relacionado ao trabalho e o hábito de assistir televisão de

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maneira frequente, semelhante ao observado em professores universitários (Souza,

2014).

A carga horária total semestral de trabalho tendeu a ser maior em professores

da área biomédica em comparação com professores da área tecnológica, porém as

cargas horárias de ensino na graduação e especialização, e a carga horária

ocupada em funções administrativas não diferiram entre as áreas. Esta tendência

pode ser explicada pela carga horária de ensino na pós-graduação e o número de

orientações acadêmicas em mestrados/doutorados serem maiores em professores

da área biomédica. A combinação entre os horários de trabalho e a carga de

trabalho pode ter acarretado uma redução na duração do sono nos professores das

duas áreas em comparação com a população em geral.

Em média, o brasileiro dorme 7,5 h (Santos-Silva, 2010). Em estudo anterior,

foi observado que professores do ensino fundamental e médio dormem por volta de

6,7 h durante a semana (Souza et al., 2012). Neste trabalho, professores

universitários da área biomédica apresentaram um tempo médio de sono em torno

de 6,8 h na semana, enquanto professores da área tecnológica, 7,6h. Dessa forma,

levando-se em consideração que o tempo na cama não é a duração do sono em si,

professores das duas áreas podem estar passando por quadro de privação crônica

de sono, semelhante ao o encontrado em professores do ensino fundamental e

médio (Souza, 2012). A quantidade de sono é importante para a cognição. Eide &

Showalter (2012), encontraram uma relação de “U” invertido, em que se constatou

que uma redução de cerca 1h na duração de sono necessária para se sentir bem, já

causa prejuízos no desempenho em tarefas cognitivas.

Este quadro de privação crônica de sono se reflete na ocorrência de

sonolência diurna excessiva entre os professores estudados. Embora a sonolência

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ao acordar não tenha diferido entre as áreas, foi observada sonolência diurna

excessiva em torno de 20% dos professores da área biomédica e de 35% na área

tecnológica. Este quadro é um indicador de privação parcial do sono mais leve do

que o encontrado em professores do ensino fundamental e médio (Souza et al.,

2012).

As próprias características do trabalho docente podem causar problemas de

saúde física e mental ao professor (Landini, 2007), tais como: problemas de voz

(Farias, 2004), fadiga muscular (Phillip et al., 2004), além de doenças ocupacionais.

Além disso, uma elevada carga horária de trabalho está relacionada ao aumento de

problemas como o estresse e síndrome de “burnot” em professores do ensino

fundamental e médio (Gasparini et al., 2006; Pinotti, 2006). Neste trabalho não foi

adotado nenhum instrumento de mensuração dos níveis de estresse, sendo uma

variável importante para ser avaliada em trabalhos futuros com profissionais do

magistério superior.

Dentro desse contexto, o professor do magistério superior apesar de

apresentar dificuldades relacionadas ao trabalho, tem condições melhores de

trabalho que professores das etapas anteriores do ensino brasileiro. No sentido que

apresentam uma melhor média salarial, melhores condições de trabalho e uma

maior flexibilidade nos horários de trabalho dependendo do horário do curso superior

ao qual está vinculado. Esse conjunto de características não está presente na

maioria dos professores do ensino fundamental e médio.

Esse quadro é importante, pois atividades relacionadas à docência podem

conduzir a uma sobrecarga de trabalho e a um quadro de estresse profissional

(Gasparini et al.,2006; Pinotti,2006; Baceer et al., 2007), reduzindo a satisfação

profissional dos professores. A satisfação profissional foi maior nos professores da

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área biomédica em relação aos professores da área tecnológica. Esse parâmetro

pode influenciar tanto o trabalho como o sono dos profissionais. Em professores do

ensino fundamental e médio, foi encontrada uma correlação negativa entre essa

variável, o tempo na cama e a sonolência diurna (Souza, 2014). Neste trabalho, foi

observada uma prevalência de sonolência diurna em professores da área

tecnológica que também apresentaram uma menor satisfação profissional. Este

quadro pode influenciar o CSV, de modo que o trabalhador que dorme bem é aquele

que tem um trabalho bom. Essa íntima relação das condições de trabalho com o

sono é importante para produtividade e qualidade vida.

A função docente, também é caracterizada pelo acúmulo do trabalho em casa

relacionado à elaboração e correção de avaliações, e trabalhos administrativos,

entre outras atividades (Penteado & Pereira, 2007; Nagai et al., 2007). Neste estudo,

foi utilizado o protocolo de atividades diárias que também avaliava os horários e

duração: do trabalho em casa, das atividades domésticas, da prática atividades

físicas e do tempo de transporte. Porém, durante a coleta e análise de dados foram

observadas limitações nesta forma de registro, na medida em que os professores

relataram dificuldades em fazer a distinção entre as atividades acessadas pelo

protocolo. Além disso, houve dificuldade em identificar o início e fim dos registros

destes comportamentos durante o processamento dos dados coletados, o que gerou

ambiguidades. Desta forma, apenas o trabalho na instituição foi analisado.

Esta dificuldade com o instrumento de coleta também impossibilitou uma

análise mais apurada em questões sobre a influência da composição familiar e do

gênero nas atividades realizadas fora do ambiente de trabalho. Neste estudo, a

média de idade dos professores foi por volta de 40 anos. Esta faixa etária é marcada

como um período da vida em que a expressão do CSV apresenta maior regularidade

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e uma tendência aos indivíduos apresentarem horários de dormir e levantar mais

cedo que na fase anterior, a adolescência (Ancoli-Israel, 2011).

Os professores de ambas as áreas apresentaram características semelhantes

em relação à composição familiar. A maioria é casada e metade tem filhos. As

atividades relacionadas à família modificam os horários de dormir e levantar, e

quando o cuidado da casa é acumulado com o trabalho pode acontecer uma

redução na duração do sono. Esta é uma característica bastante encontrada em

mulheres que apesentam a dupla jornada, decorrentes das atividades domésticas

(Lundberg,1996; Barnett & Hyde,2005; Portela et al.,2005). Devido a uma diferença

na proporção entre homens e mulheres entre as áreas, análises envolvendo o

gênero não foram possíveis de serem realizadas neste estudo.

De uma forma geral, as características do trabalho e os padrões do CSV

foram bastante semelhantes entre as áreas. Entretanto, cerca de 60% dos

professores da área tecnológica apresentaram má qualidade de sono, enquanto isto

foi observado em 40% dos professores da área biomédica. Estes índices de

qualidade de sono foram acompanhados por uma maior proporção de professores

da área tecnológica com sonolência diurna excessiva (35%). Dessa forma, propõe-

se que as diferenças na qualidade de sono e sonolência diurna entre as áreas sejam

decorrentes de diferentes hábitos de sono. Essa diferença entre os hábitos

possivelmente está relacionada aos conhecimentos sobre o sono, que também

diferiam entre as áreas de atuação profissional.

Os professores da área tecnológica apresentaram uma pior higiene do sono.

Esse fato é evidenciado pelo maior relato de consumo de bebidas, tais como: café,

refrigerantes e bebidas alcoólicas, próximo ao horário de dormir. A ingestão dessas

bebidas está relacionada com o aumento de despertares durante o sono e a um

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sono mais leve (Roehrs e Roth, 2001), o que possivelmente repercutiu na qualidade

de sono desses profissionais, que relataram com maior frequência despertares

durante o sono noturno.

A qualidade de sono foi avaliada neste trabalho de forma subjetiva pelo Índice

de Qualidade de Sono de Pittsburg, que aborda questões relacionadas à

continuidade do sono, ao comportamento diário, ao tempo de vigília e ao débito de

sono (Buysse et al.,1988). Além disso, a teoria da continuidade de sono prediz que

numerosos e pequenos despertares são mais prejudiciais à qualidade de sono do

que poucos e longos despertares por noite (Bonnet & Arand, 2003). Professores da

área tecnológica, também apresentam uma maior frequência de relatos de

problemas de sono intranquilo, tais como: demorar para dormir, roncar e gritar

dormindo, o que pode também ter influenciado a frequência de relatos de má

qualidade de sono.

A sonolência diurna também foi avaliada neste trabalho através de um

instrumento de medicação subjetiva. A escala de sonolência de Epworth aborda

situações cotidianas nas quais é mais fácil adormecer (Johns,1991). Estudos

anteriores encontraram em professores do nível fundamental uma alta percentagem

de sonolência diurna (Souza et al., 2012; Araújo et al.,2005; Penteado & Pereira,

2007). Neste trabalho, foi observada uma prevalência de má qualidade de sono em

professores da área tecnológica o que pode ter conduzido a uma maior proporção

de sonolência diurna excessiva. Este aspecto também pode estar relacionado a uma

quantidade maior de professores na área tecnológica, pois na literatura observa-se

uma tendência para os homens apresentarem mais problemas de sonolência diurna

que mulheres (Silva et al., 2008).

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Por outro lado, o nível de sonolência ao acordar foi o mesmo entre as áreas.

Porém, os horários durante o dia em que os professores relataram se sentir mais

sonolentos tanto na semana quanto no fim de semana, foram mais tardios e com

maior frequência durante o dia em professores da área tecnológica do que em

professores da área biomédica. Os maiores percentuais de sonolência diurna na

área tecnológica podem ser refletir na duração do cochilo. Neste sentido, observa-se

que professores da área tecnológica tem uma duração maior do cochilo, sem

diferenças nos horários de início e fim de cochilo na semana e no fim de semana.

Esta característica pode estar associada a maior frequência de má qualidade de

sono encontrada nos professores da área tecnológica.

Neste trabalho, foi observada uma diferença nos conhecimentos sobre o sono

associada à área de atuação profissional. Nos quesitos sobre: fisiologia do sono,

importância do cochilo, influência da luz sobre os horários de sono e duração do

sono, professores da área biomédica apresentaram maior percentual de acertos.

Somente em uma questão do quesito: substâncias ou atividades que influenciam o

sono, professores da área tecnológica acertaram mais que professores da área

biomédica. Em professores do ensino fundamental e médio foi observada uma

elevada percentagem de acertos nos quesitos: sobre importância do cochilo,

privação do sono, a influência dos horários de dormir, substâncias e atividades que

influenciam o sono, horários e duração do sono. Além de uma pequena

percentagem de acertos sobre características individuais (Souza et al., 2010). As

diferenças encontradas entre os professores universitários da área biomédica e

tecnológica se devem possivelmente a formação inicial na área de atuação

biomédica, mais próxima à área da saúde, além de uma possível proximidade da

com a pesquisa sobre o sono.

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As diferenças nos conhecimentos sobre o sono foram acompanhadas de

diferenças na expressão de comportamentos relacionados à higiene do sono entre

as áreas de atuação profissional. Considerando que os componentes de regulação

do sono sofrem influência comportamental (Bjortan & Pallesen, 2009) e que o

comportamento é em parte direcionado pelos conhecimentos do indivíduo, as

diferenças nos conhecimentos sobre o sono possivelmente, influenciaram os hábitos

de sono, o que pode ter conduzido a melhores índices qualidade de sono e

consequentemente, a menores níveis de sonolência em professores da área

biomédica.

Porém, nem sempre conhecer sobre determinado tema induz melhores

hábitos. Isto pode estar relacionado a questões motivacionais (Moseley & Gradisar,

2009) e as crenças que o indivíduo tem sobre determinado assunto (Digdon, 2010).

Em um estudo pioneiro com a realização de um programa educacional sobre o sono

professores do ensino fundamental e médio, apesar das dificuldades impostas pela

profissão docente, foi verificado um efeito positivo nos conhecimentos sobre o sono,

nos hábitos de sono e na qualidade de sono melhorando a higiene do sono embora

sem modificar os parâmetros do CSV (Souza, 2014).

A mudança de hábitos de sono através do conhecimento sobre o sono pode

ser mais viável em promover mudanças no CSV, do que a tentativa de mudança dos

horários dos compromissos sociais. Apesar desse processo não ser algo fácil de ser

conseguido, pois depende da motivação dos participantes, vários trabalhos relatam

sucessos relativos em programas de educação para o sono, através do aumento do

conhecimento sobre o sono, em indivíduos que participaram dos programas

(Moseley & Gradisar, 2009; Blunden et al., 2012). Além disso, foi encontrada uma

relação positiva desses programas na redução do cochilo e da irregularidade do

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CSV, em adolescentes (Azevedo et al., 2008) e um aumento da higiene e da

qualidade de sono em estudantes universitários (Brown et al.,2006).

Além disso, o questionário utilizado nesta pesquisa apresentava questões que

poderiam gerar algum tipo de ambiguidade na resposta, dificultando sua resolução

correta em conceitos científicos sobre o sono pouco divulgados. É o caso, por

exemplo, da questão: Tomar um copo de leite com chocolate antes de dormir ajuda

a pegar no sono. Por um lado, o leite tem em sua composição o aminoácido

triptofano, que supostamente ajudaria na indução ao sono. Por outro lado, o

chocolate presente no leite é um estimulante que dificulta o início do sono. Dessa

forma, essa questão pode gerar ambiguidade na resolução.

Outras questões que podem ter apresentado ambiguidade de resposta foram

as que avaliavam o conhecimento sobre as diferenças individuais relacionadas ao

sono, tais como: Somos mais produtivos quando acordamos cedo. Essa questão

pode ser influenciada pelo cronotipo do indivíduo, de modo que indivíduos matutinos

certamente poderiam responder que “sim”, caso não estivessem passando por um

quadro de privação do sono. Outra questão ambígua, é a que aborda a importância

do cochilo: Dormir quinze minutos depois do almoço nos deixa mais alertas durante

a tarde. Este item não traz a influência da inércia do sono podendo ser também

influenciado pela experiência individual. Outra questão que também pode apresentar

controversa é: Podemos guardar mais informações quando passamos a noite

estudando. Neste caso, por não deixar claro se a aprendizagem acontece antes de

dormir, ou depois de um episódio de sono.

Dessa forma, uma das limitações desse trabalho é o conteúdo do questionário

que avalia o conhecimento sobre o sono. Em estudos posteriores, este instrumento

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necessita ser revisto e aprimorado, embora forneça indicativos importantes sobre a

influência do conhecimento sobre o sono nos hábitos de sono das pessoas.

Por outro lado, a falta de cuidado com o sono, pode ser uma opção de vida.

Indivíduos podem ter uma maior irregularidade e menor duração do sono, por

simplesmente desejar fazer outras atividades, tais como: trabalhar, estudar e

participar de eventos sociais. Neste contexto, custo da perda de sono seria superado

pela percepção pessoal de benefícios com essa prática (Blunden & Galland, 2014).

Dessa forma, mesmo sabendo dos prejuízos causados pela negligência com o sono,

é bem característico do mundo competitivo investir numa privação consciente. A

Classificação Internacional de Distúrbios de Sono (2005) estima que 2% das

pessoas que tem problemas de sono, sofrem de uma síndrome chamada “síndrome

do sono insuficiente”, que acomete pessoas com jornadas de trabalho muito

intensas.

Dessa forma, o CSV parece estar sendo modulado a todo momento por

características biológicas e sociais, sendo que o estilo de vida moderno, muito

voltado para realização de várias tarefas ao mesmo tempo também determina as

dinâmicas nos ambientes de ensino, tanto escolas como universidades. Este quadro

pode parecer algo benéfico para aumentar a produtividade, porém coloca tanto

professores como estudantes em um cenário de conflito entre suas necessidades

biológicas e as imposições do meio social em que estão inseridos. Dessa maneira, é

necessário o desenvolvimento de estratégias que promovam um aumento no

conhecimento sobre o sono, na tentativa de obter um efeito positivo nos hábitos,

inserindo melhores práticas de higiene de sono e adoção de novos costumes (Brown

et al., 2002, Bosie et al., 2012).

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A disseminação dos conhecimentos sobre a prevenção das doenças

sexualmente transmissíveis, além dos cuidados com saúde e prática de exercícios

físicos, produziu um efeito positivo na adoção por parte das pessoas de

comportamentos preventivos e mais saudáveis (Blunden et al., 2012). Logo, o

aumento do conhecimento sobre o sono pode ser um fator importante para a

melhoria na qualidade de vida e saúde, não somente dos professores, mas de todos

os segmentos da sociedade. Tendo em vista que, esses profissionais são os

formadores de outros professores e profissionais que iram atuar na sociedade.

Dessa forma, este trabalho tem contribuições importantes para a

compreensão do CSV em professores universitários e do efeito da área de atuação

profissional no conhecimento sobre o sono. Porém, para uma melhor caracterização

dos aspectos estudados faz-se necessário a realização de uma ampla

caracterização dos hábitos de sono com professores universitários de outras áreas

de atuação na universidade. Sugere-se, a partir da relação entre os conhecimentos

sobre o sono e os hábitos observados nos professores estudados, a realização de

cursos de educação para o sono em professores do magistério superior, a fim de

tentar introduzir melhores hábitos de sono e consequentemente melhora na

qualidade de vida e produtividade.

Este trabalho apresentou algumas limitações, entre elas estão no questionário

“protocolo de atividades diárias” que necessita de uma revisão e adaptação para a

aplicação em professores, não só universitários como também de outras etapas do

ensino. Esta adequação passa por uma caracterização da função docente e suas

peculiaridades, como o trabalho fora de sala de aula e no caso do professor

universitário o tempo gasto em atividades acadêmicas. Além disso, o questionário “A

Saúde e o Sono”, que aborda os conhecimentos sobre o sono, necessita de uma

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atualização para evitar ambiguidades nas afirmativas e no sentido de gerar um

escore que avalie o conhecimento para cada participante possibilitando análises

estatísticas mais aprofundadas.

Considerando que a pesquisa sobre os hábitos de sono em profissionais da

educação brasileira é ainda inicial na avaliação de hábitos de sono em professores

universitários, algumas perspectivas de trabalho podem ser pontuadas. A primeira é

o desenvolvimento, a partir dos dados obtidos, de programas para educação sobre o

sono em professores universitários não só das áreas biomédica e tecnológica, mas

de todas as áreas de atuação. Segundo, fazer uma caracterização dos hábitos de

sono em professores de outras áreas de atuação afim de ampliar a caracterização

de professores universitários, possibilitando a realização de comparações da

categoria docente com outros ramos de trabalho.

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7. Conclusão

A partir da caracterização geral dos hábitos de sono, sonolência diurna e

qualidade sono de professores universitários das áreas biomédica e tecnológica

pode-se concluir que:

Professores da área biomédica apresentaram uma maior porcentagem de

acertos nos conhecimentos prévios sobre o sono em relação aos professores

da área tecnológica.

Professores da área biomédica apresentaram melhores hábitos de higiene do

sono em relação professores da área tecnológica o que implicou em melhores

índices de qualidade de sono e menores níveis de sonolência diurna. Dentro

deste contexto, pode-se atribuir essas diferenças à influência do

conhecimento prévio sobre o sono na modulação do comportamento e na

expressão do CSV.

Os aspectos relacionados ao trabalho: horários de início e fim de trabalho,

carga horária e funções administrativas atuaram de forma semelhante no CSV

dos professores das duas áreas de atuação profissional.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DORIO GRANDE DO NORTE /UFRN CAMPUS CENTRAL

PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

Pesquisador:

Título da Pesquisa:

Instituição Proponente:

Versão:

CAAE:

Caracterização dos hábitos de sono, sonolência diurna e qualidade de sono emprofessores universitários.

Carolina Virginia Macêdo de Azevedo

Centro de Biociências

1

39639214.0.0000.5537

Área Temática:

DADOS DO PROJETO DE PESQUISA

Número do Parecer:

Data da Relatoria:

925.100

18/12/2014

DADOS DO PARECER

Trata-se de um trabalho de dissertação de mestrado do Centro de Biociências. O estudo consistirá

basicamente na caracterização dos hábitos, qualidade de sono e sonolência diurna em professores do

magistério superior vinculados à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) das áreas

Biomédica e Tecnológica. Para tanto, estes parâmetros serão avaliados através do preenchimento de quatro

questionários. Posteriormente, serão preenchidos o Diário de sono e o Protocolo Diário de Atividades por 10

dias. Além disso, os professores utilizarão actímetros para avaliar de forma objetiva os padrões de sono. Ao

final da pesquisa, os autores esperam fornecer subsídios para elaboração e implantação de intervenções

junto a estes profissionais, levando à prática de hábitos mais saudáveis de sono e contribuindo para melhor

desempenho, saúde e qualidade de vida nesta categoria profissional.

Apresentação do Projeto:

Objetivo Primário:

Caracterizar os hábitos e o conhecimento sobre o sono, a sonolência diurna e a qualidade de sono em

professores da área biomédica e tecnológica de uma instituição pública federal de ensino superior.

Objetivos Secundários: 1. Avaliar a relação entre carga horária e horário de trabalho e os hábitos,

Objetivo da Pesquisa:

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRNPatrocinador Principal:

59.078-970

(84)9193-6266 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Av. Senador Salgado Filho, 3000Lagoa Nova

UF: Município:RN NATAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DORIO GRANDE DO NORTE /UFRN CAMPUS CENTRAL

Continuação do Parecer: 925.100

qualidade de sono e sonolência diurna de professores de uma instituição pública federal de ensino superior.

2. Avaliar a relação entre fatores individuais tais como: idade, gênero, cronótipo e os hábitos, qualidade do

sono e sonolência diurna de professores de uma instituição pública federal de ensino superior. 3. Avaliar a

relação entre a área de atuação profissional e os hábitos, conhecimentos sobre o sono, qualidade de sono e

a sonolência diurna de professores de uma instituição pública federal de ensino superior.

A presente pesquisa apresenta risco mínimo, tendo em vista que a execução desta pesquisa envolve

somente o preenchimento de questionários e o uso do actímetro, portanto não é esperado desconforto nos

participantes. Como benefícios esperados, aponta-se a possibilidade de fornecer subsídios para elaboração

e implantação de intervenções junto aos professores, levando à prática de hábitos mais saudáveis de sono,

assim como melhora na qualidade de sono e redução da sonolência diurna excessiva contribuindo para um

melhor desempenho, saúde e qualidade de vida desta categoria profissional.

Avaliação dos Riscos e Benefícios:

A proposta do estudo está bem fundamentada e seus resultados poderão possibilitar melhor esclarecimento

científico acerca do tema abordado.

Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:

Os termos de apresentação obrigatória a seguir listados estão presentes e adequadamente expostos, a

saber: folha de rosto, declaração de pesquisa não iniciada, carta de apresentação, carta de anuência,

formulário do CEP, TCLE, projeto de pesquisa e questionários a serem utilizados.

Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:

Após revisão ética do protocolo em questão, este colegiado conclui que o mesmo está adequadamente

instruído, obedecendo os preceitos éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - CNS.

Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações:

Aprovado

Situação do Parecer:

59.078-970

(84)9193-6266 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Av. Senador Salgado Filho, 3000Lagoa Nova

UF: Município:RN NATAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DORIO GRANDE DO NORTE /UFRN CAMPUS CENTRAL

Continuação do Parecer: 925.100

Não

Necessita Apreciação da CONEP:

Em conformidade com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde - CNS e Manual Operacional

para Comitês de Ética - CONEP é da responsabilidade do pesquisador responsável:

1. elaborar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE em duas vias, rubricadas em todas as

suas páginas e assinadas, ao seu término, pelo convidado a participar da pesquisa, ou por seu

representante legal, assim como pelo pesquisador responsável, ou pela (s) pessoa (s) por ele delegada(s),

devendo as páginas de assinatura estar na mesma folha (Res. 466/12 - CNS, item IV.5d); 2. desenvolver o

projeto conforme o delineado (Res. 466/12 - CNS, item XI.2c); 3. apresentar ao CEP eventuais emendas ou

extensões com justificativa (Manual Operacional para Comitês de Ética - CONEP, Brasília - 2007, p. 41); 4.

descontinuar o estudo somente após análise e manifestação, por parte do Sistema CEP/CONEP/CNS/MS

que o aprovou, das razões dessa descontinuidade, a não ser em casos de justificada urgência em benefício

de seus participantes (Res. 446/12 - CNS, item III.2u); 5. elaborar e apresentar os relatórios parciais e finais

(Res. 446/12 - CNS, item XI.2d); 6. manter os dados da pesquisa em arquivo, físico ou digital, sob sua

guarda e responsabilidade, por um período de 5 anos após o término da pesquisa (Res. 446/12 - CNS, item

XI.2f); 7. encaminhar os resultados da pesquisa para publicação, com os devidos créditos aos

pesquisadores associados e ao pessoal técnico integrante do projeto (Res. 446/12 - CNS, item XI.2g); 8.

justificar fundamentadamente, perante o CEP ou a CONEP, interrupção do projeto ou não publicação dos

resultados (Res. 446/12 - CNS, item XI.2h).

Considerações Finais a critério do CEP:

NATAL, 22 de Dezembro de 2014

LÉLIA MARIA GUEDES QUEIROZ(Coordenador)

Assinado por:

59.078-970

(84)9193-6266 E-mail: [email protected]

Endereço:Bairro: CEP:

Telefone:

Av. Senador Salgado Filho, 3000Lagoa Nova

UF: Município:RN NATAL

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA

Este é um convite para você participar da pesquisa “Caracterização dos hábitos de

sono, sonolência diurna e qualidade do sono em professores universitários” que tem como

pesquisadora responsável a Profa. Carolina Virginia Macedo de Azevedo.

Esta pesquisa pretende caracterizar os hábitos e o conhecimento sobre o sono, a

sonolência diurna e a qualidade de sono em professores da área biomédica e tecnológica de uma

instituição pública federal de ensino superior.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é que através de trabalhos realizados em

professores do ensino fundamental e médio foi observado um quadro de privação crônica de sono,

irregularidade do sono, sonolência diurna excessiva e má qualidade de sono. Estes aspectos não

foram avaliados em professores universitários, que além das atividades de ensino, desenvolvem

pesquisa e extensão.

Caso você decida participar, você deverá responder os seguintes questionários: “Sono e

Saúde” (avalia os hábitos gerais de sono), “Questionário de Horne & Ostberg” (avalia o cronotipo),

“Índice de Qualidade de Sono de Pittsburg”, “Escala de Sonolência de Epworth”, que serão

aplicados em um único momento, com tempo de preenchimento em torno de 20 minutos. Além

disso, serão preenchidos o “Diário de sono” (registra diariamente os horários de sono) e “Protocolo

Diário de Atividades” (registro dos horários de início e fim do trabalho) durante 10 dias. Além disso,

será utilizado o actimetro (aparelho semelhante a um relógio de pulso que acessa atividade e o

repouso do participante) durante este intervalo.

Durante a realização da aplicação a previsão de riscos é mínima, ou seja, o risco que você

corre é semelhante àquele sentido num exame físico ou psicológico de rotina. Tendo em vista que

a execução desta pesquisa envolve somente o preenchimento de questionários e o uso do

actímetro, nenhum desconforto é previsto na sua participação.

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Você terá como benefício a caracterização dos hábitos de sono, níveis de sonolência

diurna e qualidade de sono, que são parâmetros que possibilitarão o desenvolvimento futuro de

cursos de higiene do sono favorecendo a melhora da qualidade de vida e saúde.

Em caso de algum problema que você possa ter, decorrente da participação na pesquisa,

você terá direito a assistência gratuita prestada pela pesquisadora responsável pela pesquisa,

caso solicite.

Durante todo o período da pesquisa você poderá tirar suas dúvidas ligando para Profa.

Carolina Virginia Macêdo de Azevedo pelo telefone (84)3211-9206 ou ao mestrando Galileu

Rodrigues Borges, no endereço eletrônico [email protected] ou pelo telefone

(84)XXXXXXX.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer

fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Os dados que você irá nos fornecer serão confidenciais e serão divulgados apenas em

congressos ou publicações científicas, não havendo divulgação de nenhum dado que possa lhe

identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa pesquisa em local

seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele será assumido pelo

pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você será

indenizado.

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética

em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, telefone 3215-3135.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com a

pesquisadora responsável, a Profa. Carolina Virginia Macêdo de Azevedo.

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Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão

coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará

para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa

“Caracterização dos hábitos de sono, sonolência diurna e qualidade do sono em professores

universitários”, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou

publicações científicas desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, ____de ________________ de ______.

Assinatura do participante da pesquisa

Assinatura e carimbo do pesquisador responsável

Impressão

datiloscópica do

participante

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1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA

LABORATÓRIO DE CRONOBIOLOGIA

Questionário: A Saúde e O Sono

Essa pesquisa pretende conhecer alguns aspectos do cotidiano, os hábitos de sono e as condições de saúde de professores como você. Responda com sinceridade e precisão. Se você tiver alguma dúvida pergunte ao pesquisador. A sua colaboração é muito importante para nós. Obrigado!

1. Nome completo: ___________________________________________________ Celular:_________________

2. Sexo: M F

3. Qual a sua idade: _______________ anos

4. Estado civil: Casado(a) Solteiro(a) Viúvo(a) Separado(a) Divorciado(a)

5. Você tem filhos? Sim Não Quantos filhos você tem?

6. Qual é a idade de seu(s) filho(s):_______________________________________________________

7. Qual é sua formação acadêmica:_______________________________________________________ 8. Qual é seu centro:_____________________________ 9.Qual é seu departamento:_________________________ 10. Qual é seu nível de formação:

Especialização Mestrado Doutorado Pós-doutorado

11. Qual é seu tempo de docência: _______________________________________________________________

12. Quais são as disciplinas que você leciona:______________________________________________________

13. Qual sua carga horária total de ensino neste semestre:____________________________________________

Graduação: _________ Pós- graduação (Especialização)______ Pós- graduação (Mestrado/Doutorado)______ 14.Qual o turno que você leciona neste semestre: ( ) Matutino ( ) Vespertino ( ) Noturno 15. Quais atividades abaixo você realiza? Coloque ao lado da atividade marcada uma estimativa de carga horária

semanal nesta atividade:

( ) Pesquisa – carga horária: ______ ( ) Extensão – carga horária: ______ ( ) Administração – carga horária: ______ ( ) Outral – Qual:_____________ carga horária______

16. Você realiza atividade de orientação? Caso sim, quantos estudantes você orienta na:

( ) Graduação (Iniciação Científica, Trabalho de conclusão de curso) ______ ( ) Pós- graduação (Especialização)______ ( ) Pós- graduação (Mestrado/Doutorado)______

17. Que meio de transporte você usa para ir ao trabalho todos os dias?

Carro Ônibus Motocicleta A pé Outro Qual? ___________________

18. Avalie a sua satisfação profissional: (Faça um “X” na reta abaixo)

Muito ruim Muito boa

19. Você exerce outra profissão? (em caso negativo pule para a pergunta 21) Sim Não

20. Caso exerça outra atividade profissional além da docência na UFRN: Qual? ___________________

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2

21. Quantas pessoas moram em sua casa? Eu moro com mais pessoas

22. Quantas pessoas dormem no mesmo cômodo que você?

a) Eu durmo sozinho

b) Eu durmo com mais pessoa (s)

23. Marque com um "x" qual (is) desses itens existem em sua casa, indicando a quantidade:

Itens Número de itens possuídos

0 1 2 3 4 ou +

a Televisor em cores

b Videocassete/DVD

c Rádio

d Banheiro

e Automóvel

f Empregada mensalista

g Máquina de lavar roupa

h Geladeira

i Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)

24. Marque um "x" no grau de escolaridade do chefe de família (considere o chefe de família aquele(a) que mais

contribui com a renda familiar):

Grau de instrução do chefe da família

Analfabeto/até 3a Série Fundamental

Até 4a Série Fundamental

Fundamental completo

Médio completo

Superior completo

25. Em sua opinião essas frases estão corretas? Marque "V" (verdadeira), "F" (falsa) ou “NS” (Não sei).

A Tomar um copo de leite com chocolate antes de dormir ajuda a pegar no sono.

B Todos os adultos devem dormir cerca de 8 horas por noite.

C Comer muito antes de dormir nos faz acordar por muitas vezes durante a noite.

D Nosso coração bate mais devagar quando dormimos.

E Somos mais produtivos quando acordamos cedo.

F Atividade física intensa antes de dormir nos faz adormecer mais facilmente.

G Crianças dormem mais que adolescentes.

H Dormir quinze minutos depois do almoço nos deixa mais alertas durante a tarde.

I A qualidade do sono é a mesma, independente do horário que vamos dormir.

J Ingerir bebida alcoólica à noite prejudica a qualidade do nosso sono.

K Dormir pouco nos torna mais irritadiços e agressivos.

L Podemos dormir coma mesma facilidade em qualquer horário do dia e da noite.

M Dormir pouco diminui a nossa capacidade de manter a concentração.

N "Desligamos" o nosso cérebro quando dormimos.

O Ficar sem dormir por muitos dias nos faz adoecer.

P Dormir e acordar em horários diferentes a cada dia nos torna sonolentos.

Q Podemos guardar mais informações quando passamos a noite estudando.

R Podemos compensar uma redução na quantidade de sono dormindo mais na noite seguinte.

S Expor-se à luz a noite não interfere no horário de dormir

T Adolescentes necessitam dormir mais que adultos.

26. Na hora de dormir ou até duas horas antes de dormir, você costuma:

A Fumar.

B Tomar café.

C Tomar chá (preto ou mate).

D Tomar refrigerante do tipo cola (ex: coca-cola) e guaraná.

E Tomar bebidas alcoólicas.

G Nenhuma das alternativas anteriores.

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3

24. Quando você está com fome antes de dormir, você costuma:

A Tomar um copo de leite

B Fazer uma refeição leve

C Fazer uma refeição pesada

D Dormir com fome

27. Considerando o último mês você: 27.1 Apresentou algum problema de saúde?

A Não

B Sim Qual?

27.2 Como você está se sentindo atualmente?

A Estou curado.

B Melhorei, mas ainda tenho alguns sintomas da doença.

C Não estou curado da doença.

28. Você pratica atividade física (ex: caminhadas, musculação, basquete, etc.)?

A Não

B Sim Qual? Com que freqüência? a Diariamente.

b Várias vezes por semana.

c Uma vez por semana.

d Ocasionalmente.

29. Sobre seu local de dormir, você o considera:

Bom

Ruim Se ruim, por quê? _________________________________________________________

30. Você apresentou algum desses problemas no último mês? (marque uma opção para cada uma das alternativas)

Nunca Às vezes Sempre

A Levar mais do que 30 minutos para adormecer.

B Acordar à noite e ter dificuldade em voltar a dormir.

C Acordar muito cedo e ter dificuldade em voltar a dormir.

D Sentir sono durante o dia.

E Falta de ar enquanto dorme.

F Pesadelos.

G Ter câimbra dormindo ou ao acordar.

H Roncar.

I Andar dormindo.

J Chutar as pernas dormindo.

L Bater a cabeça dormindo.

M Falar dormindo.

N Gritar dormindo.

O Ranger os dentes dormindo.

P Se mexer muito dormindo.

31. Você gostaria de mudar algum aspecto do seu hábito de sono? (Marque o n° de alternativas que você achar necessário) Durante a semana Finais de semana

A Dormir mais cedo.

B Dormir mais tarde.

C Acordar mais cedo.

D Acordar mais tarde.

E Dormir por mais tempo.

F Dormir por menos tempo.

G Não mudaria nada.

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32. É comum acontecer com você: Durante a semana Finais de semana

a Ir para cama e ficar fazendo coisas que lhe mantêm acordado (assistir TV, ler, afazeres do trabalho, falar ao telefone, usar o computador)

b Ao deitar, não conseguir dormir pensando nas coisas a fazer.

c Ao deitar, ficar relembrando os eventos do dia.

d Olhar as horas no relógio várias vezes por noite.

e Usar a cama durante o dia para outras coisas (falar ao telefone, fazer as tarefas da escola, ver TV, usar o computador).

f Não conseguir dormir e ficar na cama por mais de 1h

g Fazer uso de medicamentos para conseguir dormir

h Acordar e ficar na cama por mais de 30 minutos

33. Você costuma se sentir sonolento durante o dia? (Marque o n° de alternativas que você achar necessário para

os dias de semana e para os finais de semana) Durante a semana Finais de semana

a Não.

b Sim, das 08 às 10 horas.

c Sim, das 10 às 12 horas.

d Sim, das 12 às 14 horas.

e Sim, das 14 às 16 horas.

f Sim, das 16 às 18 horas.

g Sim, das 18 às 20 horas.

34. Você gostaria de saber alguma informação a respeito do sono? Qual? ___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA LABORATÓRIO DE CRONOBIOLOGIA

Nome completo: _________________________________________________ Idade: _______ Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Escola da pesquisa: ______________________________________________

íNDICE DE QUALIDADE DE SONO DE PITTSBURGH

INSTRUÇÕES: As questões a seguir referem-se aos seus hábitos de sono apenas durante o mês passado. Suas

respostas devem indicar o mais corretamente possível o que ocorreu na maioria dos dias e noites do mês passado.

Por favor, responda a todas as questões. OBRIGADA!

1. Durante o mês passado à que horas você foi deitar à noite na maioria das vezes?

Hora de deitar: __________

2. Durante o mês passado, quanto tempo (em minutos) você demorou a pegar no sono na maioria das

vezes?

Quantos minutos demorou para pegar no sono __________

3. Durante o mês passado, a que horas você levantou pela manhã, na maioria das vezes?

Horário de acordar: ____________

4. Durante o mês passado, quantas horas de sono por noite você dormiu? (pode ser diferente do número de

horas que você ficou na cama)

Horas de sono por noite: _____________

Para cada uma das questões que seguem, escolha apenas uma única resposta que você ache mais correta. Por

favor, responda todas as questões.

5. Durante o mês passado, quantas vezes você teve problemas, dificuldades para dormir, por causa de:

a) Demorar mais de 30 minutos (meia hora) para pegar no sono.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

b) Acordar no meio da noite ou pela manhã muito cedo.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

c) Levantar para ir ao banheiro.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

d) Ter dificuldades para respirar.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

e) Tossir ou roncar muito alto.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

f) Sentir muito frio.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

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g) Sentir muito calor.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

h) Ter sonhos ruins ou pesadelos.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

i) Sentir dores.

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

j) Descreva outras razões, se existirem, que tragam dificuldades para você dormir.

______________________________________________________________________________________________

__________________________________________________________

k) Quantas vezes você teve problemas para dormir pela (s) razão(ões) acima citada (as), durante o mês passado?

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

6. Durante o mês passado, como você classificaria a qualidade do seu sono?

( ) Muito boa ( ) Boa ( ) Ruim ( ) Muito ruim

7. Durante o mês passado, você tomou algum remédio para dormir, receitado pelo médico ou indicado por

outra pessoa (farmacêutico, amigo, familiar) ou mesmo por sua conta?

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

8. Durante o mês passado, se você teve problemas para ficar acordado enquanto estava dirigindo, fazendo

suas refeições ou participando de quaisquer outras atividades sociais, quantas vezes isso aconteceu?

( ) Nenhuma vez ( ) Menos de uma vez por semana

( ) Uma ou duas vezes por semana ( ) Três vezes por semana ou mais

9. Durante o mês passado, você sentiu indisposição ou falta de entusiasmo para realizar suas atividades

diárias?

( ) Nenhuma indisposição, nem falta de entusiasmo

( ) Indisposição e falta de entusiasmo moderadas

( ) Pequena indisposição e falta de entusiasmo

( ) Muita indisposição e falta de entusiasmo

10. Para você o sono é:

( ) Um prazer ( ) Uma necessidade ( ) Outro Qual? ______________________

11. Você cochila:

( ) Sim ( ) Não

12. Para você cochilar é:

( ) Um prazer ( ) Uma necessidade ( ) Outro. Qual? ______________________

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QUESTIONÁRIO DE MATUTINIDADE/VESPERTINIDADE

Nome: _________________________________________________________________ Sexo: __________

Departamento: ___________________________________________________

Idade: ____________ Data de nascimento: ___/___/___

INSTRUÇÕES:

1. Use caneta esferográfica para responder às questões.

2. Leia com atenção cada questão antes de responder.

3. Responda a todas as questões.

4. As questões devem ser respondidas na seqüência da numeração e não podem ser alteradas.

5. Para cada questão coloque apenas uma resposta.

6. Responda a cada questão com toda a honestidade possível. Suas respostas e os resultados são

confidenciais.

1. Considerando apenas o seu bem-estar pessoal e

com liberdade total de planejar seu dia, a que horas

você se levantaria?

a) 05h00 – 06h30

b) 06h30 – 07h45

c) 07h45 – 09h45

d) 09h45 – 11h00

e) 11h00 – 12h00

2. Considerando apenas seu bem-estar pessoal e com

liberdade total de planejar sua noite, a que horas você

se deitaria?

a) 20h00 – 21h00

b) 21h00 – 22h15

c) 22h15 – 24h30

d) 24h30 – 01h45

e) 01h45 – 03h00

3. Até que ponto você depende do despertador para

acordar de manhã?

a) nada dependente

b) não muito dependente

c) razoavelmente dependente

d) muito dependente

4. Você acha fácil acordar de manhã ?

a) nada fácil

b) não muito fácil

c) razoavelmente fácil

d) muito fácil

5. Você se sente alerta durante a primeira meia hora

depois de acordar?

a) nada alerta

b) não muito alerta

c) razoavelmente alerta

d) muito alerta

6. Como é o seu apetite durante a primeira meia hora

depois de acordar?

a) muito ruim

b) não muito ruim

c) razoavelmente bom

d) muito bom

7. Durante a primeira meia hora depois de acordar

você se sente cansado?

a) muito cansado

b) não muito cansado

c) razoavelmente em forma

d) em plena forma

8. Se você não tem compromisso no dia seguinte e

comparando com sua hora habitual, a que horas você

gostaria de ir deitar?

a) nunca mais tarde

b) menos que uma hora mais tarde

c) entre uma e duas horas mais tarde

d) mais do que duas horas mais tarde

9. Você decidiu fazer exercícios físicos. Um amigo

sugeriu o horário das 07h00 às 08h00 da manhã, duas

vezes por semana. Considerando apenas seu bem-

estar pessoal, o que você acha de fazer exercícios

nesse horário?

a) estaria em boa forma

b) estaria razoavelmente em forma

c) acharia isso difícil

d) acharia isso muito difícil.

10. A que horas da noite você se sente cansado e com

vontade de dormir?

a) 20h00 – 21h00

b) 21h00 – 22h15

c) 22h15 – 00h45

d) 00h45 – 02h00

e) 02h00 – 03h00

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11. Você quer estar no máximo de sua forma para

fazer um teste que dura duas horas e que você sabe

que é mentalmente cansativo. Considerando apenas o

seu bem-estar pessoal, qual desses horários você

escolheria para fazer esse teste?

a) das 08:00 às 10:00

b) das 11:00 às 13:00

c) das 15:00 às 17:00

d) das 19:00 às 21:00

12. Se você fosse deitar às 23:00 horas em que nível

de cansaço você se sentiria?

a) nada cansado

b) um pouco cansado

c) razoavelmente cansado

d) muito cansado

13. Por alguma razão você foi dormir várias horas

mais tarde do que é seu costume. Se no dia seguinte

você não tiver hora certa para acordar, o que

aconteceria com você?

a) acordaria na hora normal sem sono

b) acordaria na hora normal, com sono

c) acordaria na hora normal e dormiria

novamente

d) acordaria mais tarde do que seu costume

14. Se você tiver que ficar acordado das 04:00 às

06:00 horas para realizar uma tarefa e não tiver

compromissos no dia seguinte, o que você faria?

a) Só dormiria depois de fazer a tarefa

b) Tiraria uma soneca antes da tarefa e dormiria

depois

c) Dormiria bastante antes e tiraria uma soneca

depois

d) Só dormiria antes de fazer a tarefa

15. Se você tiver que fazer duas horas de exercício

físico pesado e considerando apenas o seu bem-estar

pessoal, qual destes horários você escolheria?

a) das 08:00 às 10:00

b) das 11:00 às 13:00

c) das 15:00 às 17:00

d) das 19:00 às 21:00

16. Você decidiu fazer exercícios físicos. Um amigo

sugeriu o horário das 22:00 às 23:00 horas, duas

vezes por semana. Considerando apenas o seu bem-

estar pessoal o que você acha de fazer exercícios

nesse horário?

a) estaria em boa forma

b) estaria razoavelmente em forma

c) acharia isso difícil

d) acharia isso muito difícil

17. Suponha que você possa escolher o seu próprio horário de trabalho e que você deva trabalhar cinco horas

seguidas por dia. Imagine que seja um serviço interessante e que você ganhe por produção. Qual o horário

que você escolheria? (Marque a hora do início)

12:00

1:00 2:00 3:00 4:00 5:00 6:00 7:00 8:00 9:00 10:00 11:0000:00

13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 22:00 23:00

18. A que hora do dia você atinge seu melhor

momento de bem-estar?

a) 24h00 – 05h00

b) 05h00 – 08h00

c) 08h00 – 10h00

d) 10h00 – 17h00

e) 17h00 – 22h00

f) 22h00 – 24h00

19. Fala-se em pessoas matutinas e vespertinas (as

primeiras gostam de acordar cedo e dormir cedo, as

segundas de acordar tarde e dormir tarde). Com qual

desses tipos você se identifica?

a) tipo matutino

b) mais matutino que vespertino

c) mais vespertino que matutino

d) tipo vespertino

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Nome: _______________________________________________data: ___/____/____.

Departamento da pesquisa: _____________________________________________________.

Avaliação da sonolência (Epworth, 1991)

Gostaríamos de saber qual a possibilidade do(a) senhor(a) cochilar ou mesmo dormir nas

situações seguintes (não estamos falando de CANSAÇO e sim de SONOLÊNCIA). Tais

situações referem-se a seu modo de vida usual e em termos recentes. Ainda que não tenha

passado por uma dessas situações ultimamente tente imaginar como o (a) senhor (a) teria

agido.

Use a seguinte escala para escolher o número mais apropriado para cada situação:

0 = NÃO COCHILARIA NUNCA

1 = PEQUENA CHANCE DE COCHILAR

2 = MODERADA CHANCE DE COCHILAR

3 = GRANDE CHANCE DE COCHILAR

SITUAÇÃO

CHANCE DE

COCHILAR

1. Sentado, lendo.

2. Assistindo TV.

3. Sentado e passivo em lugar público (teatro, reuniões, aulas etc.).

4. Como passageiro numa viagem sem paradas, com duração de uma hora.

5. Deitado para descansar à tarde, quando as circunstâncias permitem.

6. Sentado, conversando com alguém.

7. Sentado tranquilamente após um almoço, sem ingestão de bebida alcoólica.

8. No carro, enquanto parado por alguns minutos no tráfego.

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Data: ____/____/ ____ Dia da semana: ________________________

1. A que horas você foi deitar ontem? _________________________

2. Quanto tempo você demorou para pegar no sono? ____________

3. O que você estava fazendo antes de dormir? a) Estava no trabalho b) Estava fazendo atividades extras em casa (preparação de aula, correção de trabalhos e provas) c) Estava usando o computador d) Estava assistindo TV e) Estava usando o celular f) Estava em uma festa g) Outra atividade. Qual (is)? _____________

4. Você lembra de ter acordado e dormido de novo? a) Sim ( ) Quantas vezes ?_______________________ b) Não ( ) c) Não me lembro ( )

5. A que horas você acordou hoje? __________________________

6. Por que você acordou nesse horário? a) Por causa do trabalho b) Por causa de atividades físicas/esportivas c) Para viajar d) Para passear ou ir à praia/clube/parque. e) Outro motivo. Qual (is)? _________

7. Quanto tempo você acha que demorou para levantar da cama? __________

8. Como você foi acordado? a) Pelo despertador ( ) b) Alguém me chamou ( ) c) Sozinho ( )

9. Preencha a escala abaixo ao acordar.

10. Você cochilou durante o dia?

( ) Não ( ) Sim Quantas vezes? ____

Hora de Início Hora de término

Data: ____/____/ ____ Dia da semana: ________________________

1. A que horas você foi deitar ontem? ________________________

2. Quanto tempo você demorou para pegar no sono? ___________

3. O que você estava fazendo antes de dormir? a) Estava no trabalho b) Estava fazendo atividades extras em casa (preparação de aula, correção de trabalhos e provas) c) Estava usando o computador d) Estava assistindo TV e) Estava usando o celular f) Estava em uma festa g) Outra atividade. Qual (is)? _____________

4. Você lembra de ter acordado e dormido de novo? a) Sim ( ) Quantas vezes ?___________________________ b) Não ( ) c) Não me lembro ( )

5. A que horas você acordou hoje? ________________________

6. Por que você acordou nesse horário? a) Por causa do trabalho b) Por causa de atividades físicas/esportivas c) Para viajar d) Para passear ou ir à praia/clube/parque. e) Outro motivo. Qual (is)? _________

7. Quanto tempo você acha que demorou para levantar da cama? __________

8. Como você foi acordado? a) Pelo despertador ( ) b) Alguém me chamou ( ) c) Sozinho ( )

9. Preencha a escala abaixo ao acordar.

10.Você cochilou durante o dia?

( ) Não ( ) Sim Quantas vezes?

Hora de Início Hora de término

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Protocolo diário de atividades:

Nome do Professor (a)__________________________________________________________________________

Data: ____/___/______. Dia da semana:_____________________

Trabalho Na instituição Em casa

Outro1

Transporte

Atividade

Domestica

Atividade Física

Trabalho Na instituição Em casa

Outro1

Transporte

Atividade

Domestica

Atividade Física

1: Outra atividade profissional

Actímetro (relógio)

Horário que tirou o actímetro Horário que colocou de novo

Hora do dia 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Hora do dia 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24