relatividade galileu mp

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1 Física Física Moderna Moderna Física Física -12º 12º ano ano Marília Peres 1 Programa Programa de de Física Física de 12.º de 12.º ano ano UNIDADE III − FÍSICA MODERNA 1 R l ti id d 1. Relatividade 1.1 Relatividade galileana 1.2 Relatividade einsteiniana 2. Introdução à física quântica Marília Peres 2 3. Núcleos atómicos e radioactividade

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Page 1: Relatividade Galileu MP

1

FísicaFísica ModernaModernaFísicaFísica --12º 12º anoano

Marília Peres

1

ProgramaPrograma de de FísicaFísica de 12.º de 12.º anoano

UNIDADE III − FÍSICA MODERNA

1 R l ti id d1. Relatividade

1.1 Relatividade galileana

1.2 Relatividade einsteiniana

2. Introdução à física quântica

Marília Peres 2

3. Núcleos atómicos e radioactividade

Page 2: Relatividade Galileu MP

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Relatividade GalileanaRelatividade Galileana

11. . TeoriaTeoria da da RelatividadeRelatividade

Marília Peres 3

Galileo Galilei (1564-1642)

TeoriaTeoria da da RelatividadeRelatividade: : R.R. GalileanaGalileana

- Referenciais de inércia e referenciais acelerados-Validade das Leis de Newton

-Transformação de Galileu

-Invariância e relatividade de uma grandeza física

-Invariância das Leis da mecânica: Princípio da Relatividade de Galileu

Marília Peres 4

-Física em acção

Page 3: Relatividade Galileu MP

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Relatividade – o que significa?

O observador junto à árvore diz:

o comboio move-se para a frente com velocidade de módulo v

O observador do comboio diz:

A paisagem move-se para

Marília Peres 5

trás com velocidade de módulo v

Quem tem razão?Quem tem razão? Os dois!!! Os dois!!!

Os pontos de vista são igualmente válidos e equivalentes!Os pontos de vista são igualmente válidos e equivalentes!Adaptado de Ventura1

RelatividadeRelatividade –– oo queque significasignifica??

Um observador dentro de uma carrinha que se move com

i t tilímovimento rectilíneo e uniforme deixa cair uma bola: como vê a trajectória da bola?

E um observador no solo como vê a

Marília Peres 6

solo, como vê a trajectória da bola?

Quem tem razão?Quem tem razão? Os dois!!!

Os pontos de vista são igualmente válidos e equivalentes!

Adaptado de Ventura1

Page 4: Relatividade Galileu MP

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Relatividade Relatividade –– o que significa?o que significa?

A descrição de um fenómeno físico é relativa porque depende do referencial

escolhido (relatividade).

Marília Peres 7

Uma carruagem move-se com movimento rectilíneo uniforme em relação ao solo:

RelatividadeRelatividade –– oo queque significasignifica??

uniforme em relação ao solo:

-- Como vê o observador a mala? Ele verifica a lei da

-- Que forças actuam na mala, supondo desprezável o atrito, sob o ponto de vista do observador na carruagem?

Marília Peres 8

Como vê o observador a mala? Ele verifica a lei da inércia?

UmUm referencialreferencial dizdiz--sese de de inérciainércia, se , se nelenele se se verificaverifica a lei da a lei da inérciainércia..

Adaptado de Ventura1

Page 5: Relatividade Galileu MP

5

Uma carruagem move-se com movimento rectilíneo uniforme em relação ao solo:

Que forças actuam na mala, supondo desprezável o atrito, sob o

d i d b d

RelatividadeRelatividade –– oo queque significasignifica??

Como vê o observador a mala? Eleverifica a lei da inércia?

ponto de vista de um observador no solo?

Se verifica, então o referencial ligado ao solo é umSe verifica, então o referencial ligado ao solo é umreferencial de inércia referencial de inércia –– nele verificanele verifica--se se a lei da inércia.a lei da inércia.

Uma carruagem parte do Uma carruagem parte do

Relatividade Relatividade –– o que significa?o que significa?

g pg prepouso e começa a acelerar repouso e começa a acelerar em relação ao solo: em relação ao solo:

- Como vê este observador a mala? Como explica o seu

-- Que forças actuam na mala, supondo desprezável o atrito, sob o ponto de vista do observador na carruagem?

Marília Peres 10

Como vê este observador a mala? Como explica o seu movimento? Ele verifica a lei da inércia?

O referencial ligado à carruagem é um referencial acelerado – nele não se verifica a

lei da inércia.Adaptado de Ventura1

Page 6: Relatividade Galileu MP

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Um observador ligado a um referencial acelerado inventa “novas” forças (por isso lhe chama forças fictícias) para explicar o movimento a partir das Leis de Newton.

Relatividade Relatividade –– o que significa?o que significa?

Um observador ligado a um referencial de inércia explica os movimentos com as forças que actuam sobre um corpo a partir das Leis de Newton.

As Leis da Mecânica só são válidas

Marília Peres 11

As Leis da Mecânica só são válidas quando se descrevem os fenómenos

em referenciais de inércia.

Relatividade Relatividade –– o que significa?o que significa?

Um referencial é de inércia se se mover com velocidade constante em relação a

outro também de inércia.

Marília Peres 12

Page 7: Relatividade Galileu MP

7

Relatividade Galileana

Marília Peres 13

Princípio da Relatividade de Galileu:As leis da mecânica são as mesmas em quaisquer

referenciais de inércia (são invariantes)

Relatividade Galileana

Todos os referenciais de inércia são equivalentes. Não há

referenciais melhores do que

É impossível distinguir um estado de repouso de um estado de

movimento rectilíneo uniforme.

Marília Peres 14

outros.

Os pontos de vista dos observadores ligados a referenciais de inércia são todos válidos e

equivalentes.

Page 8: Relatividade Galileu MP

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Se as leis da mecânica são sempre as mesmas (Princípio da Relatividade), por que vemos trajectórias diferentes em diferentes referenciais de inércia?

Relatividade Galileana

Marília Peres 15

A força resultante é a mesma (a 2ª lei de Newton é a mesma), mas as condições iniciais do movimento não são as mesmas.

No referencial S´ o corpo cai com velocidade nula

(é largado da mão).

Relatividade Galileana

P 00

v

No referencial S o corpo inicia

Marília Peres 16

po movimento com velocidade

igual à da carrinha.

P

00

v

Adaptado de Ventura1

Page 9: Relatividade Galileu MP

9

Como passar da descrição num referencial de inércia para a descrição noutro referencial de inércia?

RelatividadeRelatividade GalileanaGalileana

Marília Peres 17

rRr

´vVv

´aa

é constanteV

Adaptado deAdaptado de Ventura1

Como relacionar as coordenadas de um acontecimento em diferentes

RelatividadeRelatividade GalileanaGalileana

diferentes referenciais de inércia?

rRr ´ Vtxx

Transformação de Galileu

rRr

´tt

´

´

´

tt

zz

yy

Page 10: Relatividade Galileu MP

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Consequências da Transformação Geral de Consequências da Transformação Geral de GalileuGalileu

A posição de uma partícula é diferente quando medida A posição de uma partícula é diferente quando medida em diferentes referenciais de inércia.em diferentes referenciais de inércia.

´aa

A velocidade de uma partícula é diferente quando medida A velocidade de uma partícula é diferente quando medida em diferentes referenciais de inércia.em diferentes referenciais de inércia.

A A aceleraçãoaceleração de de umauma partículapartícula é é igualigual quandoquandomedidamedida emem diferentesdiferentes referenciaisreferenciais de de inérciainércia..

Marília Peres 19

´tt O intervalo de tempo entre dois acontecimentos O intervalo de tempo entre dois acontecimentos

é igual quando medido em diferentes é igual quando medido em diferentes referenciais de inércia.referenciais de inércia.

Em que situações podemos dizer que há um referencial de inércia?

R f i l li d i j A1

Questão 1Questão 1

- Referencial ligado a um carro que viaja na A1 com velocidade constante e de módulo 120 km/h.

- Referencial ligado a um carro que descreve uma curva.

- Referencial ligado a um avião que voa com velocidade t t d 900 k /hconstante de 900 km/h.

- Referencial ligado a um carro que trava.

- Referencial ligado a um carro que acelera.

Page 11: Relatividade Galileu MP

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Questão 2

Uma carruagem move-se para a direita quando uma lâmpada se desprende do tecto. Em alguma das situações da figura um referencial ligado à carruagem é um referencial de inércia?e e e c a gado à ca uage é u e e e c a de é c a?

Questão 3

Uma criança joga verticalmente para cima uma bola dentro de uma carruagem. Onde cairá a bola se:

- A carruagem se mover com velocidade constante de 80 km/h?

- A carruagem se mover com velocidade constante de 220 km/h?

- A carruagem travar??- A carruagem descrever uma curva?

- A carruagem estiver parada?

Page 12: Relatividade Galileu MP

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Questão 4Numa carruagem uma lâmpada desprende-se do tecto, caindo verticalmente. A carruagem está totalmente fechada para o exterior. O que dirá o observador dentro da carruagem?observador dentro da carruagem?

- A carruagem está parada.

- A carruagem move-se com movimento rectilíneo uniforme.

Poderá fazer uma experiência no interior da carruagem de modo a distinguir as duas situações?

Não!

Também:Também:

A massa de um corpo é a mesma medida em diferentes referenciais de inércia

RelatividadeRelatividade GalileanaGalileana

referenciais de inércia. O comprimento de um corpo – módulo da diferença entre

duas coordenadas num dado referencial – é igual em diferentes referenciais de inércia.

Marília Peres 24Adaptado de Ventura1

Page 13: Relatividade Galileu MP

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Mas:

- se a massa de um corpo é igual quando medida em diferentes referenciais de inércia

Relatividade Galileana

diferentes referenciais de inércia

e

- a aceleração de uma partícula é igual quando medida em diferentes referenciais de inércia

então, pela 2ª de Newton (que tem a mesma forma em diferentes referenciais de inércia):

Marília Peres 25

´FF

A força resultante é igual quando medida em diferentes referenciais de inércia.

Grandezas cujo valor é sempre o mesmo quando medidas em diferentes referenciais de inércia:

Tipos de grandezas em relatividade:Tipos de grandezas em relatividade:

Grandezas invariantes (ou absolutas)Grandezas invariantes (ou absolutas)

Grandezas cujo valor depende do referencial de inércia onde são medidas:inércia onde são medidas:

Grandezas relativasGrandezas relativas

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Grandezas invariantesGrandezas invariantes Grandezas relativasGrandezas relativas

massamassa posiçãoposição

comprimentocomprimento velocidadevelocidade

intervalo de tempointervalo de tempo momento linearmomento linear

l ãl ã i i étii i étiaceleraçãoaceleração energia cinéticaenergia cinética

forçaforça

Não confundir:

- invariânciainvariância de uma grandeza:de uma grandeza:- invariância invariância de uma grandeza:de uma grandeza:

o mesmo valor em diferentes referenciais de inércia

-- conservação conservação de uma grandezade uma grandeza:mesmo valor antes e depois de uma interacção no mesmo referencial de inércia

Page 15: Relatividade Galileu MP

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Questão 5

Num grande navio de cruzeiro há uma sala onde se joga bilhar. O navio move-se com velocidade constante. Um jogador dá uma tacada e dá-se uma colisão entre duas bolas que se pode considerar perfeitamente elásticaconsiderar perfeitamente elástica.

1. Que leis de conservação se poderiam aplicar à colisão se a mesa de bilhar estivesse em terra? Poder-se-ão também aplicar nestas circunstâncias? Porquê?

2. Indique exemplos de grandezas físicas referentes à situação descrita:

i) que são invariantes;

ii) que são relativas;

iii) que se conservam.

Massa, tempo,...Velocidade, posição, ...Momento linear e energia cinética

Relatividade Relatividade galileanagalileana

(primeira teoria da relatividade)

Apenas válida para referenciais de inércia queApenas válida para referenciais de inércia que se movem com velocidades muito menores do que a velocidade da luz:

vv <<< <<< cc

Page 16: Relatividade Galileu MP

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BIBLIOGRAFIA1. VENTURA, G. (s.d.). O Novo programa de Física do 12º ano - Abordagem Conceptual e Metodológica -

Materiais de apoio à terceira unidade: Relatividade Galileana in http://www.min-edu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.dgidc.min-edu.pt/

2. VENTURA, G. (s.d.). O Novo programa de Física do 12º ano - Abordagem Conceptual e Metodológica -Materiais de apoio à terceira unidade: Relatividade Einsteiniana in http://www.min-p pedu.pt/outerFrame.jsp?link=http%3A//www.dgidc.min-edu.pt/

3. VENTURA, G. et al (2005). 12F - Física 12.º ano. Texto Editores, Lisboa.

4. SPECIAL RELATIVITYhttp://io.uwinnipeg.ca/~vincent/4500.6-001/Cosmology/SpecialRelativity.htm

5. EINSTEINLIGHT: http://www.phys.unsw.edu.au/einsteinlight

Marília Peres

6. TEACHER’S DOMAIN: www.teachersdomain.org/resources/lsps07/sci/phys/fund/timerel/index.html

7. SERWAY & JEWETT (2005). Physics for Scientists and Engineers, 6th edition, Brooke.

8. LORENTZ, H., EINSTEIN, A., MINKOWSKI, H. (1958). O Princípio da Relatividade, 2.ª ed., Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

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