futuro dos eventos
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Futuro dos EventosTRANSCRIPT
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O FUTURO DOS EVENTOS
Uma análise top de linha sobre as oportunidades e o potencial
do setor. Patrocinado por
2
Principais Descobertas A tecnologia será o principal
fator para virar o jogo no setor de
eventos.
Redes sociais crescerão em im-
portância.
A importância de eventos híbri-
dos e virtuais crescerá conforme a
velocidade de processamento
aumentar e as novas gerações
entrarem no mercado de trabalho.
Eventos híbridos irão, cada vez
mais, agregar valor a encontros
face a face.
Conhecimento e educação serão
fatores críticos para a sobrevi-
vência do setor.
Responsabilidade social e am-
biental ajudarão as empresas a se
diferenciarem da concorrência.
As novas gerações irão
transformar onde e como as
pessoas se reunirão.
Novos mercados e setores vão
apresentar novos desafios e
oportunidades.
A gestão de informações será
crítica para o sucesso.
O setor de eventos focará demais
em tecnologia, a ponto de ignorar
tendências políticas, econômicas,
ambientais e sociais.
O planejamento a longo prazo se
apresentará desafiador para um
setor dominado pelos objetivos a
curto prazo.
O Futuro dos Eventos
Os profissionais do setor de eventos
estão mais engajados no agora do que
no futuro, de acordo com a pesquisa
da MPI quanto ao futuro dos eventos,
e o foco em tecnologia pode nos custar
outras tendências que poderiam ter um
impacto igual ou maior nos negócios –
como forças sociais ou econômicas.
Esse artigo identifica as descobertas
de uma pesquisa com membros MPI
entrevistados por especialistas do setor
e uma análise de tendências através de
literatura, artigos, notícias e pesquisa
agregada – tudo relacionado ao futuro
dos eventos. Essa soma destaca
algumas tendências chave, mas
também demonstra a necessidade do
setor em tê-las avaliadas por
especialistas de fora, para uma
perspectiva completa, o que será
abordado na fase 2.
Política
Um punhado de entrevistados citou
política, legislação e governo como
fatores determinantes para o futuro
dos eventos. Desafios incluem
regulamentações crescentes de setores
correlatos e reduções em reuniões
governamentais. Os entrevistados
veem as forças políticas mudando o
setor de eventos, enquanto governos
abordam desafios futuros através de a)
implementações políticas, regulamen-
tações e legislação; b) confrontos,
dilemas éticos relacionados à popu-
lação, medicina, genética e biotecno-
logia; e c) apoio e investimento em
suas economias pós-recessão.
Fronteiras nacionais
nebulosas
Organizadores de eventos veem a
crescente globalização borrando
fronteiras nacionais e entregando po-
der a empresas multinacionais – tudo
levando a uma necessidade de
construir uma consciência cultural (I)
e sensibilidade. Alguns organizadores
acreditam que essa globalização vai
acelerar a adoção de eventos virtuais.
Um entrevistado diz:
“A implementação de soluções
virtuais vai estimular os eventos.
Maior interação e tecnologia vão
gerar ainda mais relacionamentos,
com uma aceleração dos negócios
como resultado. Crises, meio ambiente
e os preços dos combustíveis vão
impulsionar esse desenvolvimento,
tornando eventos virtuais um
substituto viável. Nosso padrão de
eventos irá mudar.”
A globalização também dá oportu-
nidade para o setor apoiar a integração
e comunicação, possibilitando com-
partilhamento de conhecimento e
inovação.
Um entrevistado diz:
“O aprendizado e a educação de
adultos precisa continuar para que
nós possamos avançar como
sociedade. Eventos são uma grande
parte daquilo que nos faz humanos.
Colocar-nos em situações onde
interagimos com outros diferentes de
nós mesmos é algo ótimo.”
Enquanto conhecimento e inovação
formam componentes chave de
políticas nacionais e internacionais,
eventos podem se posicionar como
críticos para inovação futura. Alguns
profissionais de eventos defendem que
centros de convenções devem afirmar
suas posições como parte da
emergente economia do
conhecimento, se redefinindo como
instituições de transferência de
conhecimento (II).
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Instabilidade e
insegurança prevalecem
Segurança pública e médica são
algumas das crescentes preocupações
para participantes. Viagens interna-
cionais são um risco (III). Segurança,
garantia de proteção e planos de
contingência são prioridades para os
destinos. A capacidade de resposta de
sua equipe em momentos de crise vai
definir a satisfação e confiança do
cliente (IV).
Entrevistados identificam instabilidade
política: “O interesse em viagens
internacionais decaiu, devido à
inquietude mundial e às ameaças de
terrorismo.” Pesquisadores dizem que
essa instabilidade significa que a
gestão de riscos é crucial (V).
O medo de terrorismo online pode
afetar dados, conhecimento, memórias
e ideias armazenadas por corporações
e indivíduos (VI).
A habilidade de gerir crises, planos de
contingência e a consciência serão
críticos para o sucesso de seus negó-
cios. Entender riscos terá um papel
cada vez maior para que participantes
e clientes se sintam seguros.
Dada a tendência de crescimento do
terrorismo virtual, organizadores de
eventos são cautelosos com a
computação em nuvem (cloud
computing) – apesar do futuro de
eventos seguros poder tê-la como
solução. Mas, primeiramente, organi-
zadores e participantes devem se
assegurar da segurança e privacidade.
Um entrevistado diz:
“Precisamos de habilidade para
assegurar a privacidade e a seguran-
ça do material de eventos. Precisamos
criar e/ou começar a usar sistemas
web seguros para eventos.”
“Alguns têm medo dessa mudança e
talvez desconfiem da segurança da
informação transmitida, especialmen-
te do ponto de vista de compliance.”.
“Precisamos da construção de
websites que sigam regras de
compliance e regulações. A segurança
web e de conteúdo de eventos é extre-
mamente importante.”.
Organizadores administram grandes
quantidades de dados pessoais de
participantes – então privacidade é
fator chave. O roubo de identidade vai
continuar sendo um risco de
segurança, mesmo enquanto governos
declaram a segurança pessoal “um
problema de segurança nacional”
(VII).
Retornos financeiros
Profissionais de eventos expressam
seus medos de crises econômicas e
custos crescentes, mas a curto (e não
longo) prazo. À luz disso, eles se
focam nas capacidades que precisam
para planejar eventos futuros,
administrando conhecimento e talento.
Valores competitivos
Profissionais de eventos precisam
identificar novos modelos de
negócios, devido à crise financeira e a
concorrência crescente. Três quartos
(77%) dos profissionais dizem que, até
2020, eles precisarão oferecer fortes
incentivos para atrair participantes;
60% dizem que esses participantes vão
querer uma estrutura “pagar ao rece-
ber” (pay as you receive), e que orga-
nizadores terão como tarefa apresentar
retornos a investimentos (return on
invesment, ROI) quantificáveis (VIII).
Segundo Roy Cameron, da
Association Internationale des Palais
de Congres:
“Precisamos enfatizar o papel que os
eventos têm no desenvolvimento
econômico, profissional e educacional
e minimizar o aspecto de lazer. Nunca
houve oportunidade melhor para o
setor procurar por atividades que
suportem essa consideração. Mas
para alcançar isso, precisamos ser
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levados mais a sério” (IX).
A necessidade de demonstrar esse
valor faz-se presente em várias
respostas.
Um entrevistado diz:
“As empresas querem garantir que
estão recebendo valor por seus
investimentos – valor no sentido de
retorno do evento (conteúdo) e o
melhor preço negociável possível com
os fornecedores.”. “O maior desafio
que nós enfrentamos são concorrentes
cobrando menos. Deparamos com
esse tema constantemente enquanto
continuamos a prover o melhor
serviço que justifica nosso preço
elevado. Se você tem o produto físico,
o que sobra é o serviço.”
A pesquisa prova essa tensão entre
preço e valor. Relatórios recentes
mostram que 77% dos profissionais
pensam que até 2020, conferências e
feiras terão que oferecer preços de
incentivo (participação gratuita,
comprador subsidiado, patrocínio para
a presença de participantes chave)
assim atraindo a audiência correta.
Mais da metade (60%) acredita que os
participantes irão pagar de acordo com
os retornos (reuniões de vendas,
sessões educacionais) e organizadores
precisarão garantir esse retorno.
Eventos que exigem uma tarifa fixa
para participar ou expor irão diminuir
(X), enquanto a acessibilidade
financeira continuará a motivar os
participantes (XI).
Essa transformação da percepção de
valores não é exclusiva do setor de
eventos. Outros ramos viram o valor
do conteúdo cair. Veja o valor das
músicas, vídeogames e literatura, áreas
onde os consumidores podem acessar
o conteúdo online, por menos. No caso
dos livros, alguns futuristas
acreditam que “o valor do conteúdo
está caminhando para zero. As pessoas
no futuro irão pagar, ao contrário, por
contexto e comunidade.” (XII). A
natureza dinâmica do valor, seus
propulsores e o comportamento de
consumo resultante, tornam necessário
que o setor avance na direção de
eventos gratuitos que ofereçam a
venda de produtos e serviços dentro do
evento e outros valores agregados
além do conteúdo.
Menos e mais
Pesquisadores pós-recessão da
Harvard Business Review previram
pequena ou nenhuma recuperação e
muitos anos de “economia
discricionária” (XIII), durante a qual
consumidores vão querer valor
demonstrável, mensurável por seu
dinheiro, mas estarão menos
inclinados a comprar (XIV). Essa
alteração no comportamento do
consumidor provavelmente irá reduzir
gastos com eventos e alimentar a
comunidade com uma consciência da
percepção pública.
Um entrevistado diz:
“Estou vendo que associações,
durante os últimos anos, vêm tendo
que reavaliar seus eventos anuais e o
dinheiro que estão fazendo com esses
eventos. Muitos foram condensados.”
A proposição de valor para con-
sumidores de eventos vai cada vez
mais enfatizar o valor da participação
e garantir clientes satisfeitos.
Organizadores terão de focar no
controle de custos e em processos
efetivos de compras (XV). Além
disso, profissionais de eventos terão de
avaliar e tomar os rumos de
simplificação do setor de varejo.
Participantes e clientes demandam
apoio na sua tomada de decisão e res-
pondem a propostas simples. (XVI)
Hiper competição
A hiper competitividade – causada
pela entrada fácil no mercado global
de eventos – pode ser vista na gama de
espaços de eventos não tradicionais e
construídos com um propósito, e no
crescimento veloz dos centros de
convenções e até das estruturas
prontas para montar. Novos
concorrentes estão emergindo no
Brasil, Rússia, Índia e China (BRIC),
e uma superoferta de hotéis de luxo
podem ameaçar locais e destinos mais
estabelecidos (XVII).
Um entrevistado diz:
“Eu vejo muito mais concorrência. Do
ponto de vista de espaço de eventos,
os clientes são muito mais exigentes
do que eram. Precificação é muito
mais do que um problema. As taxas de
desconto estão subindo, então a
margem é menor. Estamos indo bem,
mas com muito mais esforço.”
A lealdade dos consumidores (XVIII)
será fator decisivo para o sucesso do
setor de eventos, mas consumidores e
clientes parcimoniosos estarão mais
propensos a trocar parceiros. Assim,
manter clientes existentes e ativos será
um desafio, principalmente devido à
hiper concorrência anteriormente
mencionada e ao aumento do
“consumo mercurial” (XIX), no qual
redes sociais fazem clientes
reavaliarem sua lealdade.
Novos setores, estruturas
e mercados
Setores e negócios estão se trans-
formando, e a inovação se tornou uma
guia para os negócios procurando
desenvolver novos mercados,
enquanto o poder aumenta em econo-
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mias emergentes e os negócios
achatam suas estruturas. Como resul-
tado, o setor vê números crescentes de
eventos menores (XX) e menos
eventos maiores, que serão mais
complexos e envolvem alianças estra-
tégicas e formatos múltiplos (XXI).
A ascensão do nordeste da Ásia como
força econômica dominante apresenta
desafios de competição assim como
oportunidades de mercado. Especia-
listas em previsões acreditam que a
população da China atingirá os 100
milhões (XXII) até 2020. O cresci-
mento da Índia traz novas oportu-
nidades (XXIII) para profissionais que
procuram relações de negócios e apelo
de mercado. Especialistas preveem
que o crescimento industrial na China
vai ultrapassar o dos Estados Unidos
até 2020, em particular no turismo
econômico e de classe média. Organi-
zadores de eventos vão manter suas
relações existentes em mercados
estabelecidos e abrir novos caminhos
em novos mercados a fim de entender
seus consumidores e estabelecer
parcerias de longo prazo. (XXIV).
Além das economias emergentes,
profissionais de eventos verão
transformações em descobertas cien-
tíficas e tecnológicas. Nano biotec-
nologia, neurologia (XXV) e novas
formas de energia (XVI) vão lançar
novas carreiras no setor de eventos
que tratarão da integração homem-
tecnologia, crescentes preocupações
éticas (XXVII) e novas plataformas de
mídia (XXVIII). “Engenharia do
conhecimento” e “educação e
aprendizagem” (XXIX) vão configurar
as economias inovadoras do futuro.
Escassez de recursos
humanos
A necessidade por recursos humanos
(XXX) e especialização podem amea-
çar o setor e sua força tarefa atual.
Profissionalização e carreiras emer-
gentes criarão lacunas de habilidades.
Desde já, especialistas estão ques-
tionando se o sistema educacional
pode preparar a próxima geração para
sustentar e fortalecer a economia.
(XXXI) Desenvolvimentos vão reque-
rer novos níveis de proficiência em
administração estratégica, adminis-
tração de crises (XXXII) e tecnologia
para alcançar os objetivos do cliente.
Gestão de talentos será imprescindível
– especialmente para hotéis onde a
atração e retenção de uma boa equipe
está ligada ao feedback positivo dos
clientes (XXXIII) e ao sucesso do
negócio a longo prazo. Conforme as
novas gerações adentram o mercado
de trabalho, elas procuram por empre-
gadores responsáveis, equilíbrio da
vida pessoal/profissional, incentivos
de salário e comunicação aberta com a
gestão. As práticas corporativas muda-
rão para atrair e reter a melhor mão de
obra.
Preocupações
ambientais
Aproximadamente 12,5% dos entre-
vistados afirmam que problemas
“verdes” (ou sustentabilidade ambi-
ental) estão liderando uma mudança
no setor, principalmente devido às
expectativas crescentes dos clientes e
o interesse nos custos maiores dos
eventos verdes (sobretudo por quês-
tões de terceirização de alimentos).
Dá pra ser verde
As expectativas dos clientes em
eventos preocupados ambientalmente
vêm aumentando (apesar de a crise
econômica ter feito praticantes do
setor comprarem menos ao invés de
comprar produtos premium com selo
verde). (XXXIV) Mudanças climáticas
transformam ações ambientais na nova
norma. Historicamente, a reciclagem
posicionava empresas na dianteira,
hoje é apenas um requisito mínimo.
(XXXV) O setor (e o mundo) se
tornou mais consciente dos recursos
finitos de água. Alterações sazonais
vão impactar onde e quando os
eventos deverão acontecer (XXXVI).
A responsabilidade se
espalha
Políticas e iniciativas de CSR (corpo-
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rate social responsibility – responsa-
bilidade social corporativa) dentre as
empresas mais bem conceituadas
geraram uma expectativa de CSR em
todos os setores, em todos os níveis.
Apesar das interferências da recessão
financeira, que faria com que CSR
perdesse importância para os objetivos
das empresas, essa política continua
entrelaçada com estratégias de longo
prazo – ainda mais durante crises.
Pesquisas (XXXVII) mostram que o
número de empresas com material
online sobre CSR cresceu para 81%
em 2010, de 75% no ano anterior (na
Europa o número é 94%, no Canadá,
72%). Das empresas na listagem
Fortune 250, 92% contam com código
de governança corporativa ou ético
(XXXVIII).
De acordo com a pesquisa mundial da
MPI, percepção pública, conheci-
mento crescente, concorrência e
melhor desempenho nos negócios
serão os guias para o CSR, resultando
em maior satisfação dos funcionários e
uma cadeia de fornecedores mais
confiável e sustentável. (XXXIX) O
estudo identificou os seguintes fatores:
Conhecimento: diversas
questões corporativas irão
precisar de educação e
treinamento em CSR. O CSR
sairá da lista de tarefas para se
tornar estratégico para a
organização.
Recursos: recursos limitados
serão reposicionados e adminis-
trados a longo prazo através da
cadeia de fornecimento, com
grande compromisso de Recur-
sos Humanos.
Consumidor: consumidores
socialmente conscientes e ética-
mente exigentes esperarão
transparência econômica e social.
países. Americanos ficaram como os
mais propensos a utilizar redes sociais
(46%), seguidos da Polônia, Grã-
Bretanha e Coreia do Sul.
Alemanha e Japão são os países mais
conectados, mas exibiram níveis
baixos de participação nas redes. Na
Indonésia e Paquistão, mais de 90% da
população não tem acesso à internet
(XL). Existem equivalentes ao
Facebook na China, Japão e Rússia,
juntamente com uma necessidade
crescente de entender essas redes para
comunicar-se efetivamente. A China
tem aproximadamente 50 milhões de
usuários QQ Alumni e 60 milhões no
Baidu Space, por exemplo. (XLI)
As redes sociais são vistas tanto como
“uma ótima ferramenta para mostrar
sua empresa e publicar o que você tem
para oferecer” quanto algo que “vai
quebrar nosso setor”. As redes sociais
se incorporaram rapidamente ao nosso
comportamento e –alguns dizem – ao
nosso cérebro. (XLII)
Em dezembro de 2011, a companhia
aérea KLM anunciou um serviço
meet-and-seat para passageiros: eles
poderiam ver os perfis dos colegas de
voo e decidir ao lado de quem
gostariam de sentar (XLIII). Qualquer
que sejam nossas opiniões, mídias e
redes sociais mudaram o mundo e
continuarão a afetar eventos e
integração social online e offline.
Mídias sociais são normais aos olhos
dos entrevistados.
Um entrevistado diz:
“Mídias sociais chegaram para ficar,
especialmente se você quer engajar
gerações futuras. Mídias sociais estão
moldando a vida de nossas crianças.
Para nós adultos, é o novo normal,
para eles, apenas normal. Quanto aos
avanços tecnológicos e de
comunicação eu vejo redes sociais
Regulamentações: diversas
regulamentações terão impactos
no tripé da sustentabilidade e vão
aumentar a credibilidade e acei-
tação dos padrões internacionais.
Concorrência: inovações em
CSR – produtos diferenciados e
oportunidades de investimentos
vão prosperar no mercado
sustentável global.
Mudanças sociais
Apenas um entrevistado do estudo
global da MPI (dentre 392) mencionou
que considera mudanças demográficas
importantes. No entanto, alguns
poucos mencionaram a necessidade de
se considerar a população em
envelhecimento. As maiores mudanças
sociais estão relacionadas às mídias
sociais, comunicações e networking –
quando perguntados sobre mudanças
relevantes, mais de 40% dos entre-
vistados fizeram referências às
comunicações, geração Facebook,
informação, marketing de grande
escala, networking, participação e
promoção.
Transformações sociais
Os papeis das mídias sociais no futuro
levantam muitas discussões. Está claro
que as redes sociais são poderosas
ferramentas de comunicação, mas seu
papel no futuro dos negócios divide
opiniões e passa por diversos
subtópicos do futuro dos eventos:
marketing, gerações, experiência,
desenvolvimento de relações, partici-
pantes e distrações.
Administrar redes sociais em escala
global é complexo para o setor
interconectado de eventos e
hospitalidade. As mídias são diversas
e não universalmente adotadas. Em
2010, um estudo examinou atitudes
relacionadas às redes sociais em 22
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como algo tão permanente quanto
apresentações de Power Point e que
eventualmente serão tão banais
quanto.”
Aprendizado social
Profissionais de eventos estão repen-
sando as conferências tradicionais com
palestras e público sentado à luz das
inovações, que reivindicam o aprendi-
zado ativo como uma forma de atrair
participantes, incentivar participação e
abordar conceitos que eles achem mais
interessantes (XLIV). Modelos
inovadores e eventos ao ar livre
demonstram o alcance do controle que
participantes podem ter em suas
próprias experiências, pois “a maior
parte dos adultos é capaz de descobrir
o que precisa, ao invés de ter alguém
determinando o que eles querem”.
(XLV)
Isso apresenta desafios significativos
para os espaços e organizadores de
eventos, incumbidos de construir uma
infinita “paleta de lugares” dentro de
uma oferta finita de espaços. (XLVI)
Uma proliferação de termos de
conferências surge para esses novos
eventos: brainjams, hypercamps,
crosslabs, misturando interação dos
participantes, compartilhando e
inovando. (XLVII)
Essas formas de integrar o participante
demandam mais informações sobre os
mesmos desde o início. (XLVIII) Essa
informação ajuda os organizadores a
entregar conteúdo personalizado (uma
tendência chave até 2020).
Entrevistados enfatizaram eventos
personalizados como uma tendência
relevante (XLIX) e uma forma de
oferecer experiências precisas.
A habilidade de alcançar uma rede
mais extensa com pequeno esforço, e-
mails ou conversações telefônicas dá
aos organizadores a oportunidade de
planejar a experiência exclusiva com
antecedência, alguns ignorando
informações ou grupos oficiais em
redes sociais, transmissões e
discussões durante o processo
decisivo.
Um entrevistado diz:
“Redes sociais vão ajudar as pessoas
a estabelecerem com quem querem se
conectar antes que eles cheguem ao
evento.”
Enquanto redes sociais permitem que
os participantes moldem suas próprias
vivências através de rotas oficiais e
extraoficiais, os desafios permanecem:
Facebook e informações do setor de
eventos nem sempre são instantâneas.
Nosso setor vai, cada vez mais, se
comunicar com uma população que se
encontra online para conteúdo,
contatos e retorno instantâneo (L).
Próximas Gerações
precisam saber de antemão o que vão
aprender e o que vão levar consigo.”
(LI).
Um entrevistado diz:
“Já que as gerações futuras têm uma
influência importante em nosso
mercado de trabalho, os eventos do
futuro precisam mudar com os tempos.
Novos eventos serão “verdes”, limpos,
eficientes, chamativos... enfeitados e
acessíveis (financeiramente).”.
Estudos piloto sobre a geração Y
confirmam essas suposições, e ainda
mostram que esse grupo valoriza
interações pré, durante e pós-evento.
A geração Y ressente ser pedida para
“se desconectar” (LII) e são mais
propensos a desafiar autoridade (LIII).
Em particular, a inabilidade ou a falta
de vontade de se desconectar pode
impactar o setor negativamente.
A geração “constante-
mente conectada” (Gen
Yers, ou aqueles abaixo
dos 30), que deseja a
última tecnologia, rede
social difundida e
modelos inovadores de
eventos, vão impactar
profundamente os espa-
ços físicos de eventos.
Pesquisadores dissertam
que membros dessa
geração “não estão com-
pelidos aos eventos
tradicionais, mas, por
serem grandes em
número, são importan-
tes para o sucesso futuro
e mesmo para a sobre-
vivência das associa-
ções. Os millenials
querem saber ‘o que eu
ganho com isso?’, eles
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Um entrevistado diz:
“Outro dia ouvi que participantes
estariam mandando as perguntas ao
palestrante por mensagem. Acho
desrespeitoso as pessoas fazerem
outra coisa que não prestar atenção.”
“Etiqueta em eventos seria um item
importante para as pessoas apren-
derem. Você não pode ficar teclando
no seu smartphone enquanto todos
estão tentando ouvir um palestrante.”
Mas não é só com a geração Y que os
profissionais de eventos se preocu-
pam. A geração Z vai entrar no
mercado na próxima década – uma
geração nascida com conectividade
imediata, mensagens, informação e
feedback instantâneos. Eles compar-
tilham a experiência em tecnologia da
geração Y, mas suas vidas foram
formadas online. Suas comunidades
são sem fronteiras ou identidade
(LIV).
Para os Gen Zers, eventos presenciais
oferecem oportunidades únicas de
conhecer “pessoas de verdade”, mas
não lhes dá tanta oportunidade para
controlar suas identidades. Gen Zers
são polivalentes que preferem
velocidade à precisão. (LV) Em um
mundo de geração Z, o desafio não
será simplesmente criar o programa
com as atividades certas, mas criar o
programa com as atividades certas
nesse instante.
Um entrevistado diz:
“Feedback instantâneo é importante,
mas pensamentos que levamos tempo
para ruminar também são. Novidades
são empolgantes e trazem vantagens,
mas também precisam ter fundamento
em princípios sólidos de comunica-
ção.”
Múltiplas gerações
Entrevistados da pesquisa global da
MPI sobre CSR não consideram o
aumento da idade da população como
um problema. Estudos confirmam que
uma maior expectativa de vida será
normal. Em 2008, a geração Y
ultrapassou os baby boomers em
questão de poder de compra, e no
Japão, a expectativa de vida já é de 85
anos de idade (LVI). Conforme seres
humanos dominam o controle e
prevenção de doenças, neurociências e
medicamentos de longevidade (LVII),
as populações vão viver mais tempo e
as funções do cérebro vão funcionar
melhor em trabalhadores mais velhos
(LVIII). No entanto, o medo de
pandemias e vírus pode impulsionar
eventos virtuais e segurança sanitária
no local (LIX). E, enquanto a
população fica mais velha, eventos
farmacêuticos e médicos crescem em
importância. (LXII).
Um desafio: engajar um público de
diversas gerações com valores
diferentes, que procuram oportuni-
dades para desenvolvimento profissio-
nal, personalização, conteúdo conciso
e tecnologia visível (LXI); as gerações
mais velhas darão valor às oportuni-
dades sociais, compartilhamento de
conhecimento e acessibilidade (LXII).
A moeda tempo
No futuro, os profissionais terão
menos tempo do que tem agora,
resultando um equilíbrio fraco entre
trabalho e vida. Para a geração Y,
alcançar o equilíbrio será crítico. A
ausência faz do tempo a nova moeda
corrente (LXIII), e organizadores de
eventos terão de dividir esse fato entre
conteúdo e design. Assim, eventos
deverão combinar objetivos
profissionais e pessoais. Enquanto
mais pessoas trabalham de suas casas
geograficamente espalhadas, e a
importância de encontros deve crescer
(LXIV). Alguns entrevistados dizem
que a tecnologia vai ajudar os
participantes a gerirem melhor seu
tempo no local.
Um entrevistado diz:
“[Nós veremos] uma economia de
tempo exponencial teclando em
recursos tecnológicos que entrosam
avanços nas redes sociais, atuali-
zações de programas e, quem sabe,
ofereçam uma experiência mais
virtual para diminuir o tempo
dedicado de escritório.”
Tecnologia
A fase I da pesquisa MPI conclui que
a tecnologia é a maior área de
mudança no futuro, 18% dos profis-
sionais mencionaram a transição para
eventos virtuais ou híbridos.
Um entrevistado diz:
“Eu vejo um crescimento nos eventos
virtuais. Os clientes estão reavaliando
cada evento para ver se eles realmente
precisam se encontrar presencial-
mente.”.
Mas as respostas não mostram
nenhuma mudança tecnológica que já
não esteja implementada seja no setor
de eventos ou em outro (esses virão na
fase II).
Relatórios mostram que as tendências
do setor incluem tecnologias conver-
gentes, eventos virtuais, sobrecarga de
informações, conferências remotas,
gamification, desenvolvimento de
aplicativos, impressão 3D, tecnologias
invisíveis (calm technologies), código
aberto (open source), computação em
nuvem (cloud computing), realidade
aumentada e reconhecimento de voz.
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E, enquanto algumas tendências
apresentam desafios para o setor – em
particular como passar conteúdo
pessoalmente – elas também repre-
sentam oportunidades de engrandecer
e estender eventos além do valor
nominal.
A ascensão do virtual
Eventos virtuais vão nos levar a mais
Citrix (compartilhamento de área de
trabalho), webcasting, ambientes 3D e
eventos de vários dias com exposições
(ON24) (LXV). As apresentações de
realidade virtual mais populares serão
seguidas de eventos internos e
treinamentos para reforçar o apren-
dizado e os resultados. Os partici-
pantes vão se tornando mais familiari-
zados com ambientes virtuais ou jogos
conforme o tempo gasto no mundo
virtual cresce (atualmente 22 horas por
semana) (LXVI).
Eventos ao vivo deverão superar o que
os eventos virtuais oferecem (devido a
custos em ambos os lados) (LXVII).
“Esse é o paradoxo da comunicação e
da tecnologia. Apesar de seus
objetivos serem encorajar comunica-
ção e integração entre indivíduos,
acabam dificultando as formas mais
eficazes de comunicação por tornar
contato humano desnecessário.”
(LXVIII).
Eventos virtuais são muitas vezes
necessários já que a rapidez das
informações (LXIX) transforma as
expectativas dos participantes.
Um entrevistado diz:
“Instantâneo, instantâneo, instan-
tâneo. Queremos coisas melhores e
mais rápidas o tempo todo. Comunica-
ção instantânea vai continuar a guiar
a interação, mas seja pessoalmente ou
eletronicamente relações continuarão
sendo sobre quem você conhece.”
O desejo por informação rápida e fácil
vai resultar em eventos mais curtos,
estratégicos, focados e ricos em
conteúdo. E enquanto velocidade pode
encurtar eventos, excesso de
informação (LXX) pode fornecer
oportunidades para organizadores
distribuírem conteúdo mais eficiente-
mente pelo tempo. Estruturar informa-
ção pode ser o USP (unique selling
proposition – proposta única de venda)
que vai ajudar os eventos a se
diferenciarem de outras fontes.
Um entrevistado diz:
“Compradores não estão participando
porque, ou trabalham por si próprios
e não estão dispostos a cobrir suas
próprias despesas ou porque seus
empregadores estão dizendo ‘ não
vamos ao evento esse ano, podemos
conseguir a informação na internet’”.
Entrevistados apontam os avanços em
conferências remotas, tecnologia e
audiovisual, o que sustenta outros
estudos que dizem que a combinação
de apresentações high-tech e
conferência remota vai realçar o
conteúdo ao longo do tempo (LXXI).
Essa tendência irá acelerar ao mesmo
tempo em que os participantes se
acostumarem com as novas mídias.
Um entrevistado diz:
“Organizadores e participantes estão
ficando mais confortáveis com a
tecnologia. Eu não vejo eventos
presenciais sumindo, mas eu vejo todo
mundo ficando mais confortável com
tecnologia híbrida e online para
eventos.”
Jogos convergentes
Gamification (ou a adoção de jogos
dentro do conteúdo programático) já
está aqui. Organizadores usam games
como ferramentas de aprendizado para
melhorar a atividade coletiva e
desafiar participantes (LXXIII).
Ligado ao gamification: o crescimento
de aplicativos (ou apps) para tablets e
smartphones. Até 2015, haverá mais
de 148,6 milhões de usuários de
smartphones nos Estados Unidos
apenas (9,11 milhões em 2011),
representando 58% dos usuários de
celulares (38% em 2011) (LXXIV).
Enquanto mais pessoas adotam
conteúdo nesses aparelhos, o acesso à
informação, à internet e à podcasts
será mais fácil. Aplicativos de eventos
vão se tornar tão naturais quanto redes
Instabilidade política e
insegurança – em particular cyber
terrorismo
Redes sociais – customizadas e
simplificadas
Mudança de expectativas das gerações Y, Z e
seguintes
Rápido crescimento de
tecnologia/virtual e novas dimensões
Negócios verdes e responsáveis
Globalização – Mundo sem fronteiras
Novos mercados emergentes e economia do
conhecimento
10
wi-fi, não mais uma novidade, mas
uma forma de compartilhar conteúdo
(LXXV) e uma forma dos
participantes navegarem (LXXVI),
incitarem e gravarem sua participação
no evento, na exposição e nos
seminários.
Novas dimensões
Entrevistados mencionaram o 3D em
termos de tela. Em outros estudos,
“tecnologias que estimulam todos
nossos sentidos” aparecem logo
abaixo de 50% - a frente de TVs 3D,
hologramas, conferências 3D, decisão
colaborativa, realidade virtual e o uso
de avatares virtuais (LXXVII).
Impressão 3D não apareceu no estudo.
Apresentações em dimensões e
tecnologia de produtos terão um
impacto fundamental no setor de
eventos. Novas amostras de produtos
(LXXVIII) é uma tendência importan-
te e essa colaboração vai provavel-
mente resultar em novos produtos. A
impressão 3D já é usada em
conferências devido sua natureza de
código aberto. Abra os olhos para
rápidos desenvolvimentos, que irão
reduzir custos e abrir oportunidades
para serviços sob demanda (LXXIX),
protótipos de produtos e customi-
zação.
Em todos os lugares,
tudo, todo mundo
Tecnologia calma, ou invisível, é
representada em filmes de ficção
científica incorporada ao nosso redor.
Ela marca o desaparecimento dos
computadores; não é mais percebida
como aparelho, mas como elementos
de artefatos de nosso ambiente
(LXXXI).
Incorporar tecnologia em eventos
proporciona novas oportunidades para
transmissão de conteúdo de novas ma-
neiras. No futuro mais além, incluir
melhorias tecnologias naturais na
construção de espaços de eventos será
modelo.
Tendências de desenvolvimentos
tecnológicos nos dão perspectiva do
futuro. O uso de códigos abertos para
criar, controlar, melhorar e acessar
rapidamente a tecnologia cria expecta-
tivas para uma maior colaboração e a
percepção de que parcerias podem
ocorrer em comunidades geográfica-
mente dispersas (LXXXIII);
“Muitas inovações hoje em dia estão
sendo criadas a partir de softwares de
código aberto. Essa comunidade está
guiando as inovações em cloud
computing, redes sociais e móvel, o
que parece prever bem a futura
adoção do código aberto em
empresas.” (LXXXIV)
Alguns entrevistados pela MPI
comentaram o crescimento do cloud
computing no setor de eventos como
parte do futuro dos mesmos.
Um entrevistado diz:
“Ter informação disponível na nuvem
nos ajuda a manter membros de um
conselho ou comitê engajados e
informados.” “(Nós estamos) criando
uma colaboração mais transparente
usando a tecnologia na nuvem”.
Pesquisas recentes de uma consultoria
(de fora do setor de eventos) aponta
para a lacuna de informação que existe
em pequenos negócios, em particular
no que diz respeito à adoção do cloud
computing. “Os benefícios da nuvem
ainda não foram completamente
entendidos pela comunidade de
pequenas empresas. (...) pesquisas
mostram que 49% dos donos não estão
cientes do cloud computing. Para os
que estão cientes, mas não adotaram, o
principal obstáculo é ‘eu não sei o
suficiente sobre isso’” (LXXXV).
Realidade aumentada
Softwares de RA (realidade aumen-
tada) misturam os mundos real e
virtual. Vinda de domínios técnicos
como manutenção e treinamento para
operação de máquinas, a realidade
aumentada se tornou comum devido
aos pequenos aparelhos (celulares)
com câmeras, sensores de localização
e interação touch screen (tela sensível
ao toque). Displays de cabeça para
uma realidade aumentada sem o uso
das mãos ainda não estão disponíveis
universalmente, mas aparelhos de mão
(tablets, smartphones) oferecem
alguns vislumbres do que a realidade
aumentada pode ser no futuro. Ela
pode, por exemplo, destacar impressos
(como pôsteres) com uma camada
adicional de links de internet,
visualizações e outras informações
relevantes (LXXXVI). A realidade
aumentada pode te fornecer materiais
relacionados ao tema/tópico do evento
e mapas para o local. Também pode
aumentar as capacidades da vídeo
conferência colaborativa. (LXXXVII).
Reconhecimento de voz e
de fala
A tecnologia de reconhecimento de
voz está disponível em sistemas de
computadores comerciais há anos. O
reconhecimento de voz SIRI no
iPhone 4S (LXXXVIII) foi um avanço
em termos de disponibilidade e
usabilidade, e sistemas similares
estarão disponíveis em breve em
aparelhos como Android (apesar de
ainda existirem barreiras técnicas a se
vencer) (LXXXIX).
Dois usos diferentes para essa tecno-
logia:
Transcrição da fala para texto
permite classificação imediata de
palavras-chave (também possível
11
automaticamente), tornando rápida
a distribuição das apresentações e
palestras e proporcionando
anotações quase instantâneas.
Participantes não precisam mais
fazer as próprias anotações. Essa
implementação em eventos não
está longe. (XC)
Tecnologia de reconhecimento de
voz pode ser usada para distinguir
palestrantes (XCI), o que significa
painéis com menos problemas.
Ações para o futuro
A fase I dá base para as seguintes
ações de ordem imediata para que o
setor se prepare para atender às
necessidades presentes e do futuro
próximo. Essas ações serão revisadas e
atualizadas na medida em que o estudo
progredir e novas percepções surgi-
rem.
O futuro do meeting
design
As respostas de dois entrevistados pela
MPI resumem apropriadamente as
visões sobre meeting design.
Um entrevistado diz:
“Eventos são mais estratégicos,
desenvolvidos com objetivos mais
claros em mente do que antigamente.
(...) As pessoas que entendem como
planejar um evento com o objetivo
final na cabeça ganharão. Eventos
pensados para o avanço das estraté-
gias de negócios (e que forem bem
sucedidos) serão vistos como um bem,
não uma despesa. Todos nós preci-
samos elevar o nível de exigência.”
Um entrevistado diz:
“Estou esperando mais pessoas em
nosso setor que reconheçam a
importância de comunicar o valor dos
eventos, e isso pode não ser ROI
(return on investments – retorno sobre
investimentos), mas ROO (return on
objectives – retorno sobre objetivos),
claramente identificando o valor dos
eventos para uma organização e seus
stakeholders. Também espero ver mais
pessoas pensando no design de seus
eventos e no conteúdo de uma
perspectiva estratégica, pensando
sobre como o evento pode se
desenvolver para criar
relacionamentos significativos e
alcançar os objetivos.”
12
Conclusão e considerações Esse relatório agrega pesquisa, estudos recentes, notícias, fontes online e bibliografia acadêmica além de respostas
colhidas na fase I do estudo MPI – O futuro dos eventos. Todos esses elementos destacam a necessidade de planejamento
estratégico (XCII) enquanto as tendências surgem.
Criando estratégias específicas, empresas podem ativar sistemas de alarme antecipado (XCIII) e o setor pode se preparar e
construir o futuro. Esse relatório dá uma visão geral das principais tendências que serão discutidas mais a fundo na fase II
através de entrevistas com especialistas, focus groups da geração Y e inovadores do setor de eventos.
A fase I demonstra que percepções míopes do futuro vão dificultar o setor de eventos e que uma visão mais ampla de
tendências globais – tanto focada como periférica – é importante para a sobrevivência a longo prazo. Enquanto novas
tecnologias são essenciais em todos os negócios, precisam ser mais bem entendidas em termos de comunicação,
aprendizagem, conexão, construção, design, interação, intercâmbio e crescimento. Tecnologia ofusca o horizonte de
organizadores de eventos tanto como uma tendência quanto como um sintoma de outras tendências.
Um entrevistado diz: “A maior parte das informações por aí foca mais em capacidades técnicas que os benefícios. É preciso haver mais
justificativa e transparência sobre o que se ganha, ou o trade-off. Muitas pessoas e empresas hesitam em mudar ou
investir somas de dinheiro para fazer algo diferente ou dizer que estão empregando as tecnologias de ponta.
Organizadores de eventos precisam ser o mais treinados possível para firmar melhores parcerias com fornecedores de
tecnologia e entender as preferências de seu público. A eficiência da tecnologia em eventos é definida por quão bem essa
tecnologia casa com as necessidades do negócio e as capacidades tecnológicas.”
O futuro dos espaços de eventos
Entrevistados fizeram as seguintes sugestões para mais eficiência dos espaços de eventos no futuro.
Um entrevistado diz:
“Integrar tecnologia, tornar o espaço mais versátil, sair das montagens e menus típicos. Ser flexível e acessível. Essa
sempre seria minha escolha.” “Tubos e lycra estão fora de moda. Estamos ficando cada vez mais criativos no que
oferecemos, tanto para pavimentação quanto para paisagismo e iluminação.” “Refazer a fiação dos prédios e achar
soluções sem fio é a resposta para futuro.”
DESCOBERTAS EM MEETING
DESIGN
AÇÕES RECOMENDADAS
Presencial e virtual Desenvolver as duas opções de acordo com as necessidades e objetivos dos
participantes.
Feedback imediato Gerir o evento e brifar palestrantes com isso em mente. Os participantes
contam com isso.
Alcance e duração Aprenda a superar a mudança para eventos menores e mais curtos com
tecnologia para estender o alcance e a duração.
Demonstrando ROI Encoraje os stakeholders a definir objetivos claros para o evento, assim você
consegue mensurar resultados e reportar.
Planejando em menos tempo Menores espaços de tempo e expectativas mais altas significam que
profissionais terão de pensar e se mover rapidamente por treinamentos,
desenvolvimento de habilidades e tecnologia.
Diversidade de participantes Reconheça que as necessidades dos participantes variam. Planeje eventos que
deem conta das diferenças culturais, de gerações e de aprendizado.
Estratégico e informado X apenas
operacional
Os papeis não estão claros. Crie envolvimento no conteúdo programático do
evento e a maneira como será passado.
Educação e treinamento Ofereça experiências conjuntas, trabalhando com associações e universidades
para melhorar as oportunidades de conhecimento e inovação.
13
DESCOBERTAS PARA LOCAIS
DE EVENTOS
AÇÕES RECOMENDADAS
Especialização Variedade de espaços será necessária. Encontre um nicho e crie o espaço
adequado. Desenvolva competência característica.
Singularidade Destaque-se do resto ou tenha uma abordagem tradicional.
Instalações Forneça o que o mercado precisa. Alta tecnologia (com tudo que tem
direito) ou baixa tecnologia (se livrando de tudo).
Flexibilidade Seja responsável – não só nos espaços de eventos, mas em contratos,
serviços e adicionais.
Pesquisa de mercado Conheça seus clientes e concorrentes. Antecipe necessidades através de
diálogo constante e redes sociais.
O futuro das mídias sociais
Mídias sociais dividem opiniões no setor de eventos – mas chegaram para ficar. A integração de redes sociais
pode engrandecer eventos e ser mais efetiva do que desconsiderá-las.
Um entrevistado diz:
“Não existe nada igual a sentar com alguém em uma mesa; chat por vídeo/ Skype não é a mesma coisa. (...) Você
pode chegar ao coração da pessoa, à essência muito mais rapidamente.”. “O mundo está nas mídias sociais e
fazendo negócios online, então precisamos trabalhar duro para tornar as coisas personalizadas novamente nesse
mundo tecnológico.”
DESCOBERTAS EM MÍDIAS
SOCIAIS
AÇÕES RECOMENDADAS
Mídias sociais X eventos tradicionais Ache o equilíbrio. Abrace as mídias sociais como um complemento
ao evento usando em todos os estágios.
Networking Encoraje a colaboração e comunicação via mídias sociais. Crie um
buzz em volta do evento usando as redes sociais.
Diversidade crescente Eventos reúnem pessoas de diferentes gerações, estilos de
aprendizado e comunicação. Faça das mídias uma estratégia.
Restrições de budget aumentam o uso Use as mídias para reduzir custos em algumas áreas do evento e
agregar valor para os participantes.
Desenvolvendo comunidades Use as mídias sociais para construir comunidades de interesses
comuns e estabelecer relações de longo prazo. Considere essa
conectividade como um valor agregado.
Equipe dedicada Desenvolva uma equipe interna dedicada à utilização de mídias e vá
atrás de ajuda especializada quando necessário.
Expandindo treinamento e novas
tecnologias
Faça treinamento em Web 2.0 para saber no que investir ou não – não
para se tornar um especialista, mas para conseguir falar com
especialistas.
Sobrecarga de informação Use as mídias sociais de forma focada e específica para reduzir o
excesso de informação.
Customização Use as redes para tornar o evento sob medida para as necessidades
pessoais.
Capital social A qualidade dos relacionamentos continua tão importante quanto
sempre foi, mas as redes sociais precisam ser usadas para facilitar
essa interação, alcançando o maior número possível de pessoas.
14
Futuro da tecnologia
Sem dúvida, os profissionais de eventos veem a tecnologia como o maior desafio e oportunidade. Ela é dinâmica,
rápida, inovadora e sustentadora, demandando mais habilidades e conhecimentos, e mais diálogo entre os
desenvolvedores e usuários. Três entrevistados indicam a variedade de opiniões sobre os avanços tecnológicos no
setor:
Um entrevistado diz:
“Os profissionais precisam deixar de se assustar com mudanças e abraçar os aspectos positivos de como a tecnologia
pode contribuir para construir valor, relevância e práticas atuais em seus eventos. Os especialistas também precisam
ouvir quais são as verdadeiras necessidades dos organizadores.”
Um entrevistado diz:
“É preciso ter um conhecimento básico da tecnologia – de aplicativos de celular a construção de websites. Um
treinamento mais amplo é necessário para organizadores de eventos. Maiores detalhes e habilidades de organização
também são necessárias. Com mais tecnologia surgem maiores detalhes logísticos e, por isso mesmo, maior
necessidade de organização.”
Um entrevistado diz:
“A economia continua instável, e as mudanças que vimos nos últimos três anos são sinais claros de que o setor de
eventos nunca mais será o mesmo, especialmente conforme a tecnologia remolda a estrutura dos eventos.”
DESCOBERTAS EM
TECNOLOGIA
AÇÕES RECOMENDADAS
Híbrido é a norma Veja participantes “virtuais” (não presenciais) como um segmento distinto e planeje
suas experiências.
Engajamento sensorial Incremente as experiências presenciais e virtuais com 3D, avatares, interatividade e
jogos.
Aplicativos Entenda o escopo e uso de aplicativos em todos os aspectos do planejamento,
conteúdo e avaliação.
Polivalentes mobile Crie atividades atraentes que incorporem aparelhos mobile. A interatividade é um
elemento chave para vencer pessoas distraídas e com pouca concentração. Faça um
evento criativo e use tecnologias “calmas”.
Individualização
e personalização
Use a tecnologia para customizar as experiências, moldando-as para atender as
necessidades e o estilo de cada participante.
Custos Reconheça onde os custos de tecnologia são usados. Note as quedas de custos
quando usada tecnologia (armazenamento em nuvem), mas o custo crescente com
expertise. Encontre oportunidades de reduzir custos com tecnologias, mas conduza
análises de custo-benefício. Conhecimento e treinamento são vitais e valem a
despesa.
Treinamento
e desenvolvimento
Treinamento e desenvolvimento são indispensáveis para o sucesso. Desenvolva
especialistas internos o suficiente para saber quando/ para quem pedir ajuda.
Especialização Desenvolva equipe especializada que possa fazer a ponte com os fornecedores de
tecnologia.
Parcerias Use redes e parceiros chave para superar as lacunas de conhecimento específico.
15
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