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FOLCLORE O folclore é uma das manifestações mais ricas da cultura popular. As músicas, as danças, as lendas e os mitos do Pará dão ao turista a idéia perfeita da magia amazônica e da força vibrante das raízes culturais do homem da região. Os grupos folclóricos mostram coreografias diferentes e roupas coloridas típicas, que dão um toque de originalidade aos dançarinos e tocadores. Os ritmos envolventes e as danças do carimbó, siriá e lundu seduzem até o turista mais comportado. Durante o ano todo é possível assistir e participar dessas festas populares, como o Boi-bumbá, a Marujada e o Çairé. Todos esses espetáculos, com muita música e dança, são marcados pela tradição, pela alegria e pelo orgulho de ser paraense. 1

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FOLCLORE

O folclore é uma das manifestações mais ricas da cultura popular.

As músicas, as danças, as lendas e os mitos do Pará dão ao turista a idéia perfeita da magia amazônica e da força vibrante das raízes culturais do homem da região.

Os grupos folclóricos mostram coreografias diferentes e roupas coloridas típicas, que dão um toque de originalidade aos dançarinos e tocadores. Os ritmos envolventes e as danças do carimbó, siriá e lundu seduzem até o turista mais comportado.

Durante o ano todo é possível assistir e participar dessas festas populares, como o Boi-bumbá, a Marujada e o Çairé. Todos esses espetáculos, com muita música e dança, são marcados pela tradição, pela alegria e pelo orgulho de ser paraense.

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DANÇAS FOLCLÓRICAS

No Pará a música ecoa pelos quatros cantos do Estado. De norte a sul os ritmos vão ganhando novas cores e passos de acordo com a História de cada região. A gente dessa terra tem no sangue o gosto pela dança animada de rua ou pela sensualidade de ritmos "calientes", como o Lundu. Percorrendo o interior do Estado se ouve de longe a batida forte do carimbó ou o arrasta-pé do xote bragantino.

As danças são espontâneas e tradicionais, não têm data certa para acontecer. Dependem mesmo é da vontade de se divertir e de manter vivo o nosso ritmo e a nossa cultura.

DANÇA DO CARIMBÓ

A mais extraordinária manifestação de criatividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses.

Inicialmente, segundo tudo indica, a "Dança do Carimbó" era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação

artística dos Tupinambá começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.

Coreografia:

A dança é apresentada em pares. Começa com duas fileiras de homens e mulheres com a frente voltada para o centro. Quando a música inicia os homens vão em direção às mulheres, diante das quais batem palmas como uma espécie de convite para a dança. Imediatamente os pares se formam, girando continuamente em torno de si mesmo, ao mesmo tempo formando um grande círculo que gira em sentido contrário ao ponteiro do relógio. Nesta parte observa-se a influência indígena, quando os dançarinos fazem alguns movimentos com o corpo curvado para frente, sempre puxando-o com um pé na frente, marcando acentuadamente o ritmo vibrante.

As mulheres, cheias de encantos, costumam tirar graça com seus companheiros segurando a barra da saia, esperando o momento em que os seus cavalheiros estejam distraídos para atirar-lhes no rosto esta parte da indumentária feminina. O fato sempre provoca gritos e gargalhadas nos outros dançadores. O cavalheiro que é vaiado pelos seus próprios companheiros é forçado a abandonar o local da dança.

Em determinado momento da "dança do carimbó" vai para o centro um casal de dançadores para a execução da famosa dança do peru, ou "Peru de Atalaia", onde o cavalheiro é forçado a apanhar, apenas com a boca, um lenço que sua companheira estende no chão. Caso o cavalheiro não consiga executar tal proeza sua companheira atira- lhe a barra da saia no rosto e, debaixo de vaias dos demais, ele é forçado a abandonar a dança. Caso consiga é aplaudido.

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Indumentária:

Todos os dançarinos apresentam-se descalços. As mulheres usam saias coloridas, muito franzidas e amplas, blusas de cor lisa, pulseiras e colares de sementes grandes. Os cabelos são ornamentados com ramos de rosas ou jasmim de Santo Antônio. Os homens apresentam-se com calças de mescla azul clara e camisas do mesmo tom, com as pontas amarradas na altura do umbigo, além de um lenço vermelho no pescoço.

Denominação:

A denominação da "Dança do Carimbó" vem do titulo dado pelos indígenas aos dois tambores de dimensões diferentes que servem para o acompanhamento básico do ritmo.

Na língua indígena "Carimbó" - Curi (Pau) e Mbó ( Oco ou furado), significa pau que produz som. Em alguns lugares do interior do Pará continua o título original de "Dança do Curimbó". Mais recentemente , entretanto, a dança ficou nacionalmente conhecida como "Dança do Carimbó", sem qualquer possibilidade de transformação.

Instrumentos típicos:

O acompanhamento da dança tem, obrigatoriamente, dois "carimbos" (tambores) com dimensões diferentes para se conseguir contraste sonoro, com os tocadores sentados sobre os troncos, utilizando as mãos à guisa de baquetas, com os quais executam o ritmo adequado. Outro tocador, com dois paus, executa outros instrumentos obrigatórios, como o ganzá, o reco-reco, o banjo, a flauta, os maracás, afochê e os pandeiros. Esses instrumentos compõem o conjunto musical característico, sem a utilização de instrumentos eletrônicos.

DANÇA DO SIRIÁ

A mais famosa dança folclórica do município de Cametá é uma das manifestações coreográficas mais belas do Pará. Do ponto de vista musical é uma variante do batuque africano, com alterações sofridas através dos tempos, que a enriqueceram de maneira extraordinária.

Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar e pescar. Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para

as praias tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para satisfazer a fome de todos.

Certa tarde, entretanto, como se fora um verdadeiro milagre, surgiram na praia centenas de siris que se deixavam pescar com a maior facilidade, saciando a fome dos escravos. Como esse fato passou a se repetir todas as tardes, os negros tiveram a idéia de criar uma dança em homenagem ao fato extraordinário. Já que chamavam cafezá para plantação de café, arrozá para plantação de arroz, canaviá para a plantação de cana, passaram a chamar de siriá, para o local onde todas as tardes encontravam os siris com que preparavam seu alimento diário.

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Coreografia:

Com um ritmo que representa uma variante do batuque africano, a "dança do siriá" começa com um andamento lento. Aos poucos, à medida que os versos vão se desenvolvendo, a velocidade cresce, atingindo ao final um ritmo quase frenético. A "dança do siriá" apresenta uma rica coreografia que obedece às indicações dos versos cantados sendo que, no refrão, os pares fazem volteios com o corpo curvado para os dois lados.

Acompanhamento Musical:

Tal como a "dança do carimbó", os instrumentos típicos utilizados são dois tambores de dimensões diferentes: para os sons mais agudos (tambor mais estreito e menor) e para os sons graves (tambor mais grosso e maior). Os passos são animados ainda por ganzá, reco-reco, banjo, flauta, pauzinhos, maracá e o canto puxado por dois cantadores.

Indumentária:

Também chamada pelos estudiosos como "a dança do amor idílico", a "dança do siriá" apresenta os dançarinos com trajes enfeitados, bastante coloridos. As mulheres usam belas blusas de renda branca, saias bem rodadas e amplas, pulseiras e colares de contas e sementes, além de enfeites floridos na cabeça. Já os homens, também descalços como as mulheres, vestem calças escuras e camisas coloridas com as pontas das fraldas amarradas na frente. Eles usam ainda um pequeno chapéu de palha enfeitado com flores que as damas retiram, em certos momentos, para demonstrar alegria, fazendo volteios. Observa-se, na movimentação coreográfica, os detalhes próprios das três raças que deram origem ao povo paraense: o ritmo, como variante do batuque africano; a expressão corporal recurvada em certos momentos, característica das danças indígenas; e o movimento dos braços para cima, como acontece na maioria das danças folclóricas portuguesas.

LUNDU MARAJOARA

O "Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no século passado. No Brasil o "Lundu", assim como o "Maxixe" (a dança excomungada pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso país. Mas, mesmo às escondidas, o "Lundu" foi ressurgindo, mais comportado, principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do Marajó, no Pará.

Coreografia:

A dança simboliza um convite que os homens fazem às mulheres "para um encontro de amor sexual". O "Lundu", considerado ao lado do "Maxixe ", uma dança altamente sensual, se desenvolve com movimentos ondulares de grande volúpia. No início as mulheres se negam a acompanhar os homens mas, depois de grande insistência, eles terminam conquistando as mulheres, com as quais saem do salão dando a idéia do encontro final.

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Acompanhamento Musical:

Rabeca (violino), clarinete, reco-reco, ganzá, maracás , banjo e cavaquinho.

Indumentária:

Com as adaptações locais o "Lundu" sofreu diversas modificações, principalmente na indumentária. Ao contrário do primitivismo africano, apresenta todas as características marajoaras, razão por que passou a ser chamado de "Lundu marajoara". As mulheres se apresentam com lindas saias longas, coloridas e bastante largas, blusas de renda branca, pulseiras, colares, brincos vistosos e flores no cabelo. Os homens vestem calças de mescla azul-claras e camisas brancas com desenhos marajoaras. Os pares se apresentam descalços.

XOTE BRAGANTINO

O "Xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia na segunda metade do século XIX. Aos poucos foi conquistando a Europa. Na Alemanha ganhou um ritmo valsado pela influência da Valsa Vienense. Na Inglaterra a dança era saltitante. Já na França os passos ganharam ritmo semi- clássico, com um andamento um tanto mais lento que o atual. Talvez por causa da indumentária feminina que, naquela época, dificultava os movimentos rápidos. Trazida para o Brasil pelos colonizadores, despertou, desde o início, um grande interesse no

povo brasileiro que, por sua vez, também fez seus acréscimos. No Estado do Pará os portugueses cultivavam o chote com bastante entusiasmo em todas as reuniões festivas assistidas de longe pelos escravos africanos. A dança foi aproveitada, de fato, pelos negros em 1798, quando eles fundaram a Irmandade de São Benedito, no município de Bragança, que deu origem à Marujada. Outras danças de origem européia também vieram formar o novo ritmo, mas é no "Xote" que está o maior interesse do povo bragantino nas apresentações públicas da "Marujada". A dança é executada repetidas vezes, valendo acrescentar que até mesmo os jovens bragantinos preferem o "Xote" a qualquer outra dança popular.

Coreografia:

Os movimentos coreográficos do "Xote" primitivo praticamente já não existem em Bragança. Lá o povo fez belas adaptações, criando detalhes de impressionante efeito visual, que sempre despertam grande entusiasmo em todas as pessoas que assistem e se empolgam com a graciosa desenvoltura das dançarinas.

Acompanhamento Musical:

Utilizando os mesmos instrumentos típicos das demais danças folclóricas paraenses, o "Xote" tem, obrigatoriamente, solos de violino (rabeca) e o canto, puxado por um dos integrantes do conjunto musical.

Indumentária:

Tanto as damas quanto os cavalheiros apresentam-se com trajes festivos, já bastante modernizados, o que comprova que o "Xote" atual está muito longe da forma primitiva.

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FOLGUEDOS POPULARES

O Pará é mesmo uma terra de muitas surpresas e expressividade cultural autêntica. Sua gente preserva suas raízes e cultiva o gosto pelas artes populares. É uma forma de guardar suas origens em respeito aos antepassados. Entre as manifestações culturais mais apreciadas estão os folguedos populares. São festas, cheias de dramaticidade e alegria, que acontecem, tradicionalmente, em datas marcadas.

O Çairé, no município de Santarém, é uma festa que dura oito dias, misturando o profano e o religioso. A Marujada, em Bragança, reúne vários ritmos, dançados, basicamente, por mulheres. Tem ainda a magia do Boi Bumbá, mistura de dança, batuque e drama, e os Cordões de Pássaros, já quase esquecidos, mais ainda encenados na periferia de Belém.

O Pará é um caldeirão de magia e estórias encantadas. Venha descobrir de perto o que tanto encanta sua gente.

ÇAIRÉ

ORIGEM: ALTER-DO-CHÃO (SANTARÉM) - PA

O Çairé é uma manifestação folclórica e religiosa encontrada na ilha de Alter-do-Chão, a 30 quilômetros de Santarém, no oeste do Pará. Atualmente acontece no mês de setembro. A festa atrai milhares de turistas que, durante três dias, cantam, dançam e participam de rituais religiosos e profanos, resultantes da miscigenação cultural entre índios e portugueses.

Consta que a festa foi criada pelos índios como forma de homenagear os portugueses que colonizaram o médio e o baixo Amazonas. Sua origem está no fato de que os colonizadores que aportavam em nossas terras exibiam seus escudos. Os índios então faziam o seu "ÇAIRÉ", como foi chamado o símbolo que é carregado nas procissões, imitando o escudo usado pelos portugueses. O escudo dos índios era feito de cipó recoberto de algodão e outros adornos, enfeitado de tiras de várias cores e rosetas de pano colorido.

Como os símbolos dos portugueses possuíam cruzes, o Çairé também possui, só que neste, as cruzes representam o mistério da Santíssima Trindade. O caráter religioso também é atribuído aos frades jesuítas, que teriam criado o símbolo para ajudar na catequese dos indígenas.

Os preparativos para o Çairé começam com a procura pelos troncos que servirão de mastros, na abertura da festa. Os troncos escolhidos são enfeitados com folhas, flores e frutos, levantados em competição acirrada entre homens e mulheres

para ver qual grupo consegue levantar o mastro em primeiro lugar.

A festa do Çairé tem ainda procissões, ladainhas, torneios esportivos e um festival folclórico, que conta com a apresentação de todos os grupos de Santarém e Alter-do-Chão, quando se tem uma mostra da riqueza cultural da região.

No último dia acontece a "varrição da festa", seguida da derrubada dos mastros, do "marabaixo", do "quebra-macaxeira" e da "cecuiara", um almoço de confraternização no final da festa com pratos típicos.

BOI-BUMBÁ

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O Boi-Bumbá é uma manifestação folclórica encontrada em quase todos os municípios paraenses. E é no mês de junho que são feitas as apresentações, ainda em sua formação original. É provável que a trama venha das estórias nascidas com o ciclo do gado, nos séculos XVII e XVIII, quando a vida girava em torno do boi e de sua criação.

Conta-se que na Belém da segunda metade do século XIX, o Boi-Bumbá reunia negros escravos em um folguedo que misturava, ao ritmo forte, a representação de um motivo surpreendente para a época: a luta de classes dentro da sociedade colonial. O boi acabou se tornando uma das manifestações mais autênticas da cultura paraense.

A estória encenada no Boi - Bumbá é quase sempre a mesma, com pequenas alterações. Um boi foi comprado para a festa de aniversário da esposa do fazendeiro. Quando o animal chegou, o feitor recebeu ordem para tratá-lo bem. Ao lado dessa fazenda morava uma família composta pelo pai Francisco, "Chico", sua mulher Catarina, seu compadre Casumba e mãe Guiomar.

Mãe Catarina, grávida, desejava comer língua ou coração de um boi. Pai "Chico" então resolveu procurar um. O primeiro que encontrou matou. Só que, antes que mãe Catarina realizasse seu desejo, apareceu o dono do boi falando que o bicho era de estimação e que desejava seu boi vivo.

Todos saíram à procura de um pajé para ressuscitar o boi. O pajé foi logo pedindo cachaça, defumação e tabaco. Sentou-se no seu banco, passou cachaça nos braços, acendeu um cigarro e abriu os trabalhos.

Assim que o boi foi ressuscitado todos cantaram e dançaram. É aí que o animal começa a fazer investida contra as pessoas que assistem à encenação. A composição do elenco varia de grupo para grupo e de região para região. De um modo geral todos incluem ainda a moça branca filha do casal de fazendeiros, vaqueiros, cuzimbá (um preto velho), a maloca dos índios com seu chefe, o doutor curador, o padre e o tripa ( a pessoa que dança em baixo do boi).

A seguir os grupos de Boi-Bumbá encontrados em Belém:

Boi- Bumbá "Pingo de Ouro"

Fundado em 1969, tem 75 integrantes. Surgiu da extinção do Boi- Bumbá "Arranca- Toco", da vila de Icoaraci, e pesquisa de outros grupos folclóricos que se exibiam à época na vila.

Boi- Bumbá "Pai da Malhada"

Fundado em 1935, tem 50 integrantes. O "Pai da Malhada" surgiu no bairro da Sacramenta, onde pertencia a um senhor chamado "Zeca Praiano". Quando morreu, o grupo ficou sem liderança, tendo nessa época o Sr. José Rufino solicitado aos parentes do falecido, permissão para que usasse o nome de "Pai da Malhada". Inicialmente o grupo foi formado só com garotos na faixa de 6 a 14 anos. Depois sofreu algumas modificações, entraram os adultos, mas o boi nunca perdeu suas raízes culturais.

Boi-Bumbá "Flor do Campo"

Fundado em 1960, tem 62 integrantes. Foi trazido para Belém pelo Sr. Emílio da Paixão que resolveu trazer a público um Boi- Bumbá de sua autoria. Seu Emílio trouxe a experiência da ilha do Mosqueiro, a 60 km de Belém, onde participava do Boi- Bumbá "Pai do Campo".

Boi- Bumbá "Flor do Guamá"

Fundado em 1975, tem 50 integrantes. O grupo folclórico "Flor do Guamá" começou com uma turma de crianças moradoras da passagem Caparari, no bairro do Guamá, em Belém. A brincadeira surgiu à base do improviso. As barricas foram feitas com latas de leite vazias e os pandeiros com latas de goiabada. A indumentária era de serrilha e folhas de açaizeiro, previamente pintadas para as apresentações.

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Boi- Bumbá "Flor da Noite"

O grupo folclórico "Flor da Noite" foi fundado em 1982. Tem 30 integrantes. Surgiu no Guamá durante a quadra junina. Como na época só existiam três grupos folclóricos, o senhor Álvaro de Souza resolveu formar uma brincadeira que viesse atender à carência de lazer na área onde mora.

Boi- Bumbá "Caprichoso"

Fundado em 1947, tem 45 integrantes. O grupo folclórico "Caprichoso" foi fundado na ilha de Mosqueiro. Em 1964 instalou-se na cidade de Belém.

Boi- Bumbá "Tira- Fama"

Fundado em 1958, tem 50 integrantes. A idéia de colocar o "Tira-Fama" na rua surgiu da necessidade de lazer na comunidade do bairro do Guamá. Naquela época havia apenas o Boi- Bumbá " Machadinha ", sem estrutura para absorver todos os interessados em brincar a quadra junina. O Sr. Elias, mais conhecido como seu "Setenta", foi o responsável em congregar amigos e familiares para formar o "Tira- Fama".

Boi- Bumbá "Estrela D´Alva"

O grupo folclórico "Estrela D´Alva", fundado em 1963, tem 48 integrantes. Surgiu quando o Sr. Solino Gonçalves, do bairro do Guamá, reuniu um grupo de garotos em sua casa para organizar a brincadeira. Foi confeccionado um modesto Boi com latas e caixas de madeira e os instrumentos foram improvisados. O nome "Estrela D´Alva" foi dado em homenagem à sua filha D´Alva.

CORDÃO DOS BICHOS

"Tem-tem"

Foi criado pelo Sr. Manoel da Silva, estudioso do folclore, em 1930. Em meio a um grupo animado de garotos na praia do Cruzeiro, em Icoaraci, teve a idéia de criar um "cordão de bichos". E assim surgiu o "Tem-tem", formado apenas por meninos de 8 a 14 anos. O grupo cresceu e passou a ser representado por adultos. Com o falecimento do Sr. Manoel o grupo ainda continuou em Icoaraci. Hoje é liderado pelo Sr. João Ramos, entusiasta do folclore, que imprime muito luxo e colorido ao grupo que se apresenta com rica indumentária.

"Rouxinol"

O Rouxinol é um grupo tradicional coordenado pelo Sr. Neco e depois pela Sra. Libânia. Com a morte dos fundadores o cordão continuou firme, quando em 1930 a Sra. Julieta assumiu. Com muitas dificuldades o Rouxinol já não concorria mais, só saía para brincar. Em 1950 o professor Laércio Gomes assumiu a direção. Ele é escritor, compositor das peças e maestro das músicas, conhecido como "Pena de Ouro" do folclore paraense. A partir daí o Rouxinol passou a ser novamente um grupo representativo da preservação e divulgação do nosso folclore.

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"Beija-flor"

O Beija-flor existe desde 1963. Seu fundador foi o Sr. Manuel Lima, que junto com um grupo de amigos no Souza Bar, no bairro de São Braz, num momento de euforia, teve a idéia de criar um cordão. Com a morte de seu fundador, o "Beija-Flor" seguiu em frente sem se abalar, sempre seguindo a tradição da simplicidade, da beleza e da originalidade.

"Tucano"

É um grupo tradicional da terra, tendo sido fundado em 1928 pelo senhor Ciprino, apaixonado pelo folclore. Em 1942 consagrou-se campeão e daí por diante deixou de se apresentar por causa da morte de seu líder. Voltou em 1980 sob a coordenação do Sr. Laércio Gomes. A partir de 1982 a coordenação ficou a cargo da Sra. Iracema de Oliveira.

"Caboclo Lino Pardo"

Foi fundado em 1966 pela Sra. Manuela do Rosário Ribeiro. A partir de 1979 quem assumiu a direção foi a Srta. Ana Rute do Rosário Ribeiro.

"Leão Dourado"

O Leão Dourado surgiu na Ilha do Marajó, sob a direção de Dona Luzia, que teve a idéia de encenar o Cordão para suprir a escassez de lazer na ilha. A inspiração para o nome veio de um grupo chamado Leão, do qual Dona Luzia já participara antes em 1948. A partir de 1969 o Sr. Martiniano e sua esposa passaram a ser os proprietários do grupo.

"Bem-Te-Vi"

O cordão surgiu a partir de uma promessa, feita por dona Sulamita ao Menino Jesus, de todo ano fazer uma pastorinha. Mais tarde escreveu uma peça inspirada em São João Batista. Depois dessa encenação surgiu a idéia de criar um cordão de bicho, que denominou Bem-te-vi. Dona Sulamita é coordenadora, escritora, ensaia as peças e é responsável pelo guarda-roupa do grupo.

"Arara"

A Sra. Joana Cordovil foi a fundadora do grupo Arara em 1977. Dona Joana e seu filho são os coordenadores de todas as atividades do grupo, sendo ela quem cria e ensaia as peças, desenvolvendo temas da cultura paraense.

MARUJADA

ORIGEM: BRAGANÇA - PA

Trata-se de um auto dramatizado, onde predomina o canto sobre a dança. Há uma origem comum entre a Marujada de Bragança e a Irmandade de São Benedito. Quando os senhores brancos atenderam ao pedido de seus escravos para a organização de uma Irmandade, foi realizada a primeira festa em louvor a São Benedito. Em sinal de reconhecimento, os negros foram dançar de casa em casa para agradecer a seus benfeitores.

A Marujada é constituída quase exclusivamente por mulheres, cabendo a estas a direção e a organização. Os homens são tocadores ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado de marujas, nem tão poucos há papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é articulada,

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falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo.

A Marujada de Bragança é estritamente caracterizada pela dança, cujo motivo musical único é o retumbão.

A organização e a disciplina são exercidas por uma "capitoa" e por uma "sub-capitoa". É a "capitoa" quem escolhe a sua substituta, nomeando a "sub-capitoa", que somente assumirá o bastão de direção por morte ou renúncia daquela.

As marujas usam blusa branca, toda pregueada e rendada. A saia, comprida e bem rodada, é vermelha ou branca com ramagens de uma dessas duas cores. À tiracolo levam uma fita azul ou vermelha, conforme ramagem ou o colorido da saia. Na cabeça usam um chapéu todo emplumado e cheio de fitas de várias cores. No pescoço usam um colar de contas ou cordão de ouro e medalhas.

A parte mais vistosa dessa indumentária é o chapéu. Os modernos são de carnaúba, palhinha ou mesmo de papelão, forrado na parte interna e externa. A aba tem papel prateado ou estanhado; na lateral o papel tem várias cores; e em torno, formando um ou mais cordões em semi-círculos, são colocadas alças de casquinhos dourados, prateados ou coloridos e espelhinhos quadrados ou redondos. No alto do chapéu são colocadas plumas e penas de aves de diversas cores, formando um largo penacho com mais ou menos cinqüenta centímetros de altura. Da aba, na parte posterior

do chapéu, descem ao longo da costa da maruja, numerosas fitas multicores. O maior número ou argura das fitas, embora não indicando hierarquia, é reservado às mais antigas.

Os homens, músicos e acompanhantes, são dirigidos por um capitão. Eles se apresentam de calça e camisa branca ou de cor, chapéu de folha de carnaúba revestido de pano, sendo a aba virada de um dos lados.

Os instrumentos musicais são: tambor grande e pequeno, cuíca, pandeiros, rabeca, viola, cavaquinho e violino.

As marujas caminham ou dançam em duas filas. À frente de uma delas a "capitoa", e á frente da outra a "sub-capitoa", empunhando aquela um pequeno bastão de madeira, enfeitado de papel, tendo na extremidade superior uma flor. Atrás e ao centro, fechando as duas alas, vão os tocadores e os demais marujos.

Em fila, a dança é de passos curtos e ligeiros, em volteios rápidos, ora numa direção, ora noutra, inversamente. Assim elas caminham descrevendo graciosos movimentos, tendo os braços ligeiramente levantados para a frente à altura da cintura, como se tocassem castanholas. Dançando obedecem à música plangente do compasso marcado pelo tambor grande.

No dia 26 de dezembro, consagrado à São Benedito, há na casa do juiz da Marujada um almoço, do qual participam todas as marujas e pessoas especialmente convidadas. O jantar é oferecido pela juíza, na noite desse dia. A 1º de janeiro o juiz escolhido para a festa seguinte é o anfitrião do almoço desse dia. Durante o ágape é transmitido ao novo juiz da festa o

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bastão de prata com uma pequena imagem de São Benedito, que é o emblema do juiz, usado nos atos solenes da festividade.

OS PÁSSAROS

Apesar de serem chamados de Pássaros, esses grupos de teatro dramático-burlesco-popular nem sempre usam as aves como seu símbolo. Há notícias de pássaros como o Quati e o Javali. No interior do Estado são chamados de bichos, com mais propriedade.

O Pássaro constitui um espetáculo muito singular. É uma estranha mistura de novela, burleta e teatro de revista. Há um dramalhão absurdo com fidalgos vestidos à moda do século XVI. O Pássaro inclui cenas jocosas de matutos que nada têm a ver com o enredo e uma dança de belas jovens de 15 a 17 anos, a tremer provocantemente os seios e as ancas. Há ainda os índios, que quase sempre tentam impedir a presença do branco na mata. A riqueza da indumentária é motivo de orgulho para os organizadores dos Pássaros.

A parte principal da estória é a cena em que se tenta matar, a tiros, o Pássaro, que ora é o bicho de estimação da princesa, ora é o príncipe encantado, que a boa fada ressuscita. Uma criança encarna o animal, trazendo-o

vivo ou empalhado numa gaiola na cabeça. A cada ano os Pássaros apresentam peça e músicas novas, escritas sob encomenda.

CÍRIO DE NAZARÉ

A Lenda

Era fim de 1700. Plácido era um caboclo da região. Certo dia, saiu para caçar no rumo do igarapé Murutucu. Horas depois, após muito caminhar na mata, parou para refrescar-se nas margens do igarapé e viu a imagem da Santa entre as pedras cheias de lodo.

Plácido levou a imagem para sua casa e ali num altar humilde passou a venerar a Santa. Mas, no dia seguinte a imagem havia sumido. Sem saber o que acontecera, Plácido saiu andando pela estrada indo parar nas margens do Murutucu. Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras, no mesmo lugar onde fora encontrada.

Dizem os devotos, que a Santa sumiu outras vezes e essa história chegou ao conhecimento do governador, que mandou levar a Imagem para o palácio e a manteve sob severa vigilância. Mas, pela manhã a Imagem havia sumido novamente. Os devotos concluíram que a Santa queria ficar às margens do Igarapé e lá construíram a primeira Ermida.

O povo vem desde então invocando a Santa e atribuindo a ela as muitas graças recebidas. Foi assim que o culto nasceu e evoluiu.

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A transladação no Sábado e o Círio no 2º Domingo de Outubro reproduzem simbolicamente o milagre, fazendo o trajeto da Santa das margens do Igarapé Murutucu (atual Colégio Gentil) até a cidade (atual Catedral na Cidade Velha) e seu retorno (atual Basílica de Nazaré).

A Festa

O Círio é a expressão de dois sentimentos fortes do povo brasileiro: a fé religiosa e o gosto pela festa.

Durante os quinze dias que duram a festa, Belém é envolvida por um espírito de união, onde a família paraense se confraterniza.

O ponto alto da festa é o almoço do Círio. Com mesa farta de comidas típicas de dar água na boca: o pato no tucupi, a maniçoba, o tacacá ou o casquinho de caranguejo....

À noite, o espetáculo é ver a Basílica iluminada, mais de 4.000 lâmpadas são colocadas para fazer os contornos da Fachada da Basílica de Nazaré.

No largo de Nazaré, onde foi construído o CAM – conjunto Arquitetônico de Nazaré, dezenas de pessoas constróem barraquinhas de madeira para venda de bebidas, comidas típicas. As ruas ficam coloridas por brinquedos de miriti, em forma de barquinhos, cobras, carrinhos de vários formatos e tamanhos, que são vendidos nas calçadas e um sem número de lembranças do Círio.

Na concha acústica do CAM, são organizados shows, com músicos famosos e conjuntos de rock que levam a juventude ao delírio. Além disso o arraial montado ao lado da Basílica, garante a diversão da garotada, com direito a roda gigante e muitos brinquedos que vão desde o tradicional cavalinho até modernos jogos eletrônicos.

Durante todo o período do Círio, Belém é só festa, a cidade ganha uma alegria contagiante, uma mistura de fé, folclore, cores e sabores. Por tudo isso, o Círio é considerado o Natal dos paraenses.

A Procissão

Em Belém do Pará, no 2º Domingo de outubro, acontece a maior manifestação religiosa do Brasil. Na verdade toda a população de Belém, mais de um milhão de habitantes e grande parte da população do interior e estados vizinhos participam da festa. Nenhuma outra, inclusive o Natal, nem mesmo festas e espetáculos profanos, como o carnaval e o futebol, tem para o paraense o significado e a importância do Círio.

Os 15 dias de homenagem à Virgem de Nazaré começam com a Transladação que é uma procissão noturna, que acontece na noite do 2º Sábado de outubro, quando o povo conduz a Imagem da Virgem da Capela do Colégio Gentil Bittencourt em Nazaré até a Catedral Metropolitana na Cidade Velha.

A procissão do Círio propriamente dita, acontece no 2º Domingo de outubro, quando saindo da Catedral, a Imagem é conduzida pelo povo até o Largo onde está a Basílica de N.S. de Nazaré. Esse percurso de mais ou menos 2,5 Km é percorrido em 4 horas e mobiliza milhares de pessoas nas ruas de Belém, sem contar outras milhares

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que assistem à passagem da santa dos edifícios, das janelas das casas, dos palanques e arquibancadas armados nas praças, entoando cânticos e proferindo fervorosas orações num lindíssimo espetáculo de fé.

A procissão é repleta de simbolismo. O traço mais marcante é uma corda, utilizada para puxar o luxuoso carro que transporta a Imagem da Santa. Entre os devotos, a corda representa o elo de ligação do povo com a Virgem. São milhares de romeiros descalços, disputando cada pedaço da corda, fazendo assim um autêntico cinturão humano que protege a Berlinda.

O pagamento de promessas durante a procissão é um dos fatos mais impressionantes. Em agradecimento as graças recebidas por intercessão da Santa, muitos romeiros se vestem com longas mortalhas arrastando pesadas cruzes de madeira, outros levam miniaturas de casas, mini-embarcações e muitos outros objetos que aludem aos milagres feitos pela Virgem. No "carro dos milagres", um barco sobre rodas onde são colocados braços, cabeças e outras partes do corpo

trabalhadas em cera, que representam a cura de uma enfermidade por milagre da Santa. Este carro representa o naufrágio do navio São João Batista, em 1846, em que as pessoas se salvaram graças à ação milagrosa da Virgem.

Desde 1986, as festividades de Círio incluem a Romaria Fluvial, realizada no Sábado de manhã. A imagem é levada através da Baía de Guajará, do trapiche de Icoaraci à escadinha do Cais em Belém, acompanhada por um grande número de embarcações.

Durante os 15 dias no arraial no largo de Nazaré, tudo é festa, há fogos de artifício,

comidas típicas e parque de diversão. O encerramento dos festejos dá-se após o 4º Domingo de outubro, com a procissão de retorno, chamada Recírio, quando

a imagem é devolvida ao seu nicho na Capela Gentil Bittencourt.

FESTAS POPULARES

CÍRIO DE NAZARÉ

A Lenda

Era fim de 1700. Plácido era um caboclo da região. Certo dia, saiu para caçar no rumo do igarapé Murutucu. Horas depois, após

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muito caminhar na mata, parou para refrescar-se nas margens do igarapé e viu a imagem da Santa entre as pedras cheias de lodo.

Plácido levou a imagem para sua casa e ali num altar humilde passou a venerar a Santa. Mas, no dia seguinte a imagem havia sumido. Sem saber o que acontecera, Plácido saiu andando pela estrada indo parar nas margens do Murutucu. Para sua surpresa, a imagem estava novamente entre as pedras, no mesmo lugar onde fora encontrada.

Dizem os devotos, que a Santa sumiu outras vezes e essa história chegou ao conhecimento do governador, que mandou levar a Imagem para o palácio e a manteve sob severa vigilância. Mas, pela manhã a Imagem havia sumido novamente. Os devotos concluíram que a Santa queria ficar às margens do Igarapé e lá construíram a primeira Ermida.

O povo vem desde então invocando a Santa e atribuindo a ela as muitas graças recebidas. Foi assim que o culto nasceu e evoluiu.

A transladação no Sábado e o Círio no 2º Domingo de Outubro reproduzem simbolicamente o milagre, fazendo o trajeto da Santa das margens do Igarapé Murutucu (atual Colégio Gentil) até a cidade (atual Catedral na Cidade Velha) e seu retorno (atual Basílica de Nazaré).

A Festa

O Círio é a expressão de dois sentimentos fortes do povo brasileiro: a fé religiosa e o gosto pela festa.

Durante os quinze dias que duram a festa, Belém é envolvida por um espírito de união, onde a família paraense se confraterniza.

O ponto alto da festa é o almoço do Círio. Com mesa farta de comidas típicas de dar água na boca: o pato no tucupi, a maniçoba, o tacacá ou o casquinho de caranguejo....

À noite, o espetáculo é ver a Basílica iluminada, mais de 4.000 lâmpadas são colocadas para fazer os contornos da Fachada da Basílica de Nazaré.

No largo de Nazaré, onde foi construído o CAM – conjunto Arquitetônico de Nazaré, dezenas de pessoas constróem barraquinhas de madeira para venda de bebidas, comidas típicas. As ruas ficam coloridas por brinquedos de miriti, em forma de barquinhos, cobras, carrinhos de vários formatos e tamanhos, que são vendidos nas calçadas e um sem número de lembranças do Círio.

Na concha acústica do CAM, são organizados shows, com músicos famosos e conjuntos de rock que levam a juventude ao delírio. Além disso o arraial montado ao lado da Basílica, garante a diversão da garotada, com direito a roda gigante e muitos brinquedos que vão desde o tradicional cavalinho até modernos jogos eletrônicos.

Durante todo o período do Círio, Belém é só festa, a cidade ganha uma alegria contagiante, uma mistura de fé, folclore, cores e sabores. Por tudo isso, o Círio é considerado o Natal dos paraenses.

A Procissão

Em Belém do Pará, no 2º Domingo de outubro, acontece a maior manifestação religiosa do Brasil. Na verdade toda a população de Belém, mais de um milhão de habitantes e grande parte da população do interior e estados vizinhos participam da festa. Nenhuma outra, inclusive o Natal, nem

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mesmo festas e espetáculos profanos, como o carnaval e o futebol, tem para o paraense o significado e a importância do Círio.

Os 15 dias de homenagem à Virgem de Nazaré começam com a Transladação que é uma procissão noturna, que acontece na noite do 2º Sábado de outubro, quando o povo conduz a Imagem da Virgem da Capela do Colégio Gentil Bittencourt em Nazaré até a Catedral Metropolitana na Cidade Velha.

A procissão do Círio propriamente dita, acontece no 2º Domingo de outubro, quando saindo da Catedral, a Imagem é conduzida pelo povo até o Largo onde está a Basílica de N.S. de Nazaré. Esse percurso de mais ou menos 2,5 Km é percorrido em 4 horas e mobiliza milhares de pessoas nas ruas de Belém, sem contar outras milhares que assistem à passagem da santa dos edifícios, das janelas das casas, dos palanques e arquibancadas armados nas praças,

entoando cânticos e proferindo fervorosas orações num lindíssimo espetáculo de fé.

A procissão é repleta de simbolismo. O traço mais marcante é uma corda, utilizada para puxar o luxuoso carro que transporta a Imagem da Santa. Entre os devotos, a corda representa o elo de ligação do povo com a Virgem. São milhares de romeiros descalços, disputando cada pedaço da corda, fazendo assim um autêntico cinturão humano que protege a Berlinda.

O pagamento de promessas durante a procissão é um dos fatos mais impressionantes. Em agradecimento as graças recebidas por intercessão da Santa, muitos romeiros se vestem com longas mortalhas arrastando pesadas cruzes de madeira, outros levam miniaturas de casas, mini-embarcações e muitos outros objetos que aludem aos milagres feitos pela Virgem. No "carro dos milagres", um barco sobre rodas onde são colocados braços, cabeças e outras partes do corpo

trabalhadas em cera, que representam a cura de uma enfermidade por milagre da Santa. Este carro representa o naufrágio do navio São João Batista, em 1846, em que as pessoas se salvaram graças à ação milagrosa da Virgem.

Desde 1986, as festividades de Círio incluem a Romaria Fluvial, realizada no Sábado de manhã. A imagem é levada através da Baía de Guajará, do trapiche de Icoaraci à escadinha do Cais em Belém, acompanhada por um grande número de embarcações.

Durante os 15 dias no arraial no largo de Nazaré, tudo é festa, há fogos de artifício, comidas típicas e parque de diversão. O encerramento dos festejos dá-se após o 4º Domingo de outubro, com a procissão de retorno, chamada Recírio, quando a imagem é devolvida ao seu nicho na Capela Gentil Bittencourt.

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LENDAS E MITOS

O BOTO

Conta a lenda que o boto, peixe encontrado nos rios da Amazônia, se transforma em um belo e elegante rapaz durante a noite, quando sai das águas à conquista das moças. Elas não resistem à sua beleza e simpatia e caem de amores por ele. O Boto também é considerado protetor das mulheres, pois quando ocorre algum naufrágio em uma embarcação em que o boto esteja por perto, ele salva a vida das mesmas empurrando-as para as margens dos rios.

As mulheres são conquistadas pelo boto às margens dos rios, quando vão tomar banho ou mesmo nas festas realizadas nas cidades próximas aos rios. Os Botos vão aos bailes e dançam alegremente com elas, que logo se envolvem com seus galanteios e não desconfiam de nada. Se apaixonam e engravidam deste rapaz. É por esta razão que ao Boto é atribuída a paternidade de todos os filhos de mães solteiras.

O Boto anda sempre de chapéu, pois dizem que de sua cabeça exala um forte cheiro de peixe. Quando chega à festa geralmente é desconhecido de todos, mas logo

consegue conquistar uma moça bonita e com ela dança a noite inteira. Porém, antes que o dia amanheça, ele vai embora sem que ninguém o veja mergulhando no rio.

O Boto - "Dom Juan" das águas - é figura popular do folclore amazônico. É o mesmo golfinho da Europa e da Ásia.

CAIPORA

O Caipora é o protetor dos animais e plantas da floresta. Sua atividade consiste em espantar os animais para que os caçadores não possam matá-los.

Quando encontra um caçador no mato, o Caipora começa a andar sem rumo certo até que o caçador se perca na floresta, não encontrando mais o caminho de volta para casa.

O Caipora possui o corpo todo coberto de pêlos e é muito rápido, razão pela qual o homem não consegue alcançá-lo.

Anda sempre montado em um porco-do-mato e galopa pela floresta cumprindo sua missão.

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Costuma também, para desnortear os caçadores, emitir um estridente assobio que causa arrepios de pavor a todos aqueles que o escutam.

Seu nome significa "HABITANTE DO MATO".

Em algumas regiões do Brasil, o Caipora é também conhecido por CURUPIRA.

COBRA GRANDE

É uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico.

Conta a lenda que em uma certa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas. Um menino, que recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Para ficar livre dos filhos, a mãe jogou as duas crianças no rio.

Lá no rio eles se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas perversidades.

Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo e elegante rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra.

Para que se quebrasse o encanto de Honorato era preciso que alguém tivesse muita coragem para derramar leite na boca da enorme cobra, fazendo um ferimento na cabeça até sair sangue. Mas ninguém tinha coragem de enfrentar o enorme monstro. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, deixando de ser cobra d'água para viver na terra com sua família.

MATINTA PERÊRA

A Matinta Perêra é uma velha vestida de preto, com os cabelos caídos no rosto . Tem hábitos noturnos, preferindo as noites sem luar.

Quando sente a presença de alguma pessoa ela dá um assobio estridente, dando a impressão de estar gritando o seu próprio nome: Matinta Perêra .

O seu aparecimento causa verdadeiro pavor às pessoas.

A Matinta Perêra pode aparecer de diversas formas, transformando-se quase sempre em coruja, apesar de aparecer também na forma de outros animais.

Para se descobrir quem é a Matinta Perêra , basta que a pessoa que ouvir o seu assobio convide-a para vir à sua

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casa pela manhã para tomar café. Na manhã seguinte a primeira pessoa que chegar pedindo café ou tabaco é a Matinta Perêra.

Acredita-se que a Matinta Perêra possui poderes sobrenaturais. Seus feitiços são capazes de causar sérios prejuízos às suas vítimas, principalmente com respeito à saúde, causando-lhes fortes dores físicas e até a morte.

TAMBA-TAJÁ

Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.

O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.

O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé.

Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo.

Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de

todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino.

A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.

O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos.

Se, por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa. Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresenta mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal.

De qualquer modo, vale a pena cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.

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UIRAPURÚ

Um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique. Como não poderia se aproximar dela, pediu à Tupã que o transformasse em um pássaro.

Tupã transformou - o em um pássaro vermelho telha, que à noite cantava para sua amada. Porém foi o cacique que notou seu canto. Ficou tão fascinado que perseguiu o pássaro para prendê-lo. O Uirapuru vôou para a floresta e o cacique se perdeu.

À noite, o Uirapuru voltou e cantou para sua amada. Canta sempre, esperando que um dia ela descubra o seu canto e o seu encanto.

É por isso que o Uirapuru é considerado um amuleto destinado a proporcionar felicidade nos negócios e no amor.

PEIXE-BOI

Para explicar a origem do Peixe-Boi os índios contavam uma lenda que dizia que em uma certa tribo indígena, habitante do vale do Rio Solimões, no Amazonas, foi realizada uma grande festa da moça nova e pela ação de Curumi.

O pajé mandou que a moça nova e o Curumi mergulhassem nas águas do rio. Quando mergulharam o pajé jogou, em cima de cada um deles, uma tala de canarana. Quando voltaram à tona já haviam se transformado em PEIXE-BOI.

A partir deste casal nasceram todos os outros peixes-boi. É por esse motivo que eles se alimentam de canarana.

VITÓRIA-RÉGIA

Em uma tribo indígena da Amazônia vivia uma bela índia chamada Naiá. Ela acreditava que a lua escolhia as moças mais bonitas e as transformava em

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estrelas que brilhariam para sempre no firmamento. A índia Naiá também desejava ser escolhida pela lua para ser transformada em uma estrela.

Todas as noites ela saía de sua oca a fim de ser vista pela lua mas, para sua tristeza, a lua não a chamava para junto de si.

Naiá já não dormia mais. Passava as noites andando na beira do lago, tentando despertar a atenção da lua .

Em uma noite, a índia viu, nas águas límpidas de um lago, a figura da lua. A pobre moça, imaginando que a lua havia chegado para buscá-la, se atirou nas águas profundas do lago e morreu afogada.

A lua, comovida diante do sacrifício da bela jovem, resolveu transformá-la em uma estrela diferente, daquelas que brilham no céu. E ainda resolveu imortalizá-la na terra, transformando-a em uma delicada flor: a VITÓRIA-RÉGIA (estrela das águas).

Curiosamente as flores desta planta só abrem durante a noite. É uma flor de perfume ativo e, suas pétalas, que ao desabrocharem são brancas, tornam-se rosadas quando os primeiros raios do sol aparecem

MUIRAQUITÃ

Antigamente havia uma tribo de mulheres guerreiras, as ICAMIABAS, que não tinham marido e não deixavam ninguém se aproximar de sua taba. Manejavam o arco e a flecha com uma perícia extraordinária. Parece que Iací , a lua, as protegia.

Uma vez por ano recebiam em sua taba os guerreiros Guacaris, como se fossem seus maridos. Se nascesse uma criança masculina era entregue aos guerreiros para criá-los, se fosse uma menina ficavam com ela.

Naquele dia especial, pouco antes da meia - noite, quando a lua estava quase a pino, dirigiam-se em procissão para o lago, levando nos ombros potes cheios de perfumes que derramavam na água para o banho purificador.

À meia- noite mergulhavam no lago e traziam um barro verde, dando formas variadas: de sapo, peixe, tartaruga e outros animais. Mas é a forma de sapo a mais representada por ser a mais original. Elas davam aos Guacaris, que traziam pendurados em seu pescoço, enfiados numa trança

de cabelos das noivas, como um amuleto.

Até hoje acredita-se que o Muiraquitã traz felicidades a quem o possui, sendo, portanto, considerado como um amuleto de sorte.

AÇAÍ

Há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito numerosa.

Como os alimentos eram escassos, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo.

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Até que um dia a filha do cacique, chamada IAÇÃ, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada.

IAÇÃ ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.

Certa noite de lua IAÇÃ ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a . Porém misteriosamente sua filha desapareceu.

IAÇÃ, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros.

Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de AÇAÍ, em homenagem a sua filha (IAÇÃ invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.

GUARANÁ

Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro.

Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.

Seus pais, que de nada desconfiavam, esperaram em vão pela volta do indiozinho, até que o sol foi embora. Veio a noite e a lua começou a brilhar no céu, iluminando toda a floresta. Seus pais já estavam desesperados com a demora do menino. Então toda a tribo se reuniu para procurá-lo.

Quando o encontraram morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do

corpo do menino.

Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "...É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade".

Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos da criança imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão.

Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam. Era o Guaranazeiro. É por isso que os frutos do guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.

MANDIOCA

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Em uma certa tribo indígena a filha do cacique ficou grávida.

Quando o cacique soube deste fato ficou muito triste, pois sonhava que a sua filha iria se casar com um forte e ilustre guerreiro, no entanto, ela estava esperando um filho de um desconhecido.

À noite, o cacique sonhou que um homem branco aparecia em sua frente e dizia para que ele não ficasse triste, pois sua filha não o enganará, ela continuava sendo pura. A partir deste dia o cacique voltou a ser alegre e a tratar bem sua filha.

Algumas luas se passaram e a índia deu a luz a uma linda menina de pele muito branca e delicada, que recebeu o nome de MANI.

Mani era uma criança muito inteligente e alegre, sendo muito querida por todos da tribo. Um dia, em uma manhã ensolarada, Mani não acordou cedo como de costume. Sua

mãe foi acordá-la e a encontrou morta.

A índia desesperada resolveu enterrá-la dentro da maloca.

Todos os dias a cova de Mani era regada pelas lágrimas saudosas de sua mãe.

Um dia quando a mãe de Mani foi até a cova para regá-la novamente com suas lágrimas, percebeu que uma bela planta havia nascido naquele local. Era uma planta totalmente diferente das demais e desconhecida de todos os índios da floresta. A mãe de Mani começou a cuidar desta plantinha com todo carinho, até que um dia percebeu que a terra à sua volta apresentava rachaduras.

A índia imaginou que sua filha estava voltando á vida e, cheia de esperanças, começou a cavar a terra. Em lugar de sua querida filhinha encontrou raízes muito grossas, brancas como o leite, que vieram a tornar-se o alimento principal de todas as tribos indígenas. Em sua homenagem deram o nome de MANDIOCA, que quer dizer Casa de Mani

LENDA DOS RIOS

A origem dos rios Xingu e Amazonas também faz parte do imaginário indígena. Dizem que antigamente era tudo seco. Juruna morava dentro do mato e não tinha água nem rio. Juriti era a dona da água, que a guardava em três tambores.

Os filhos de Cinaã estavam com sede e foram pedir água para o passarinho, que não deu e disse: "Seu pai é Pajé muito grande, porque não dá água para vocês?" Aí voltaram para casa chorando muito. Cinaã perguntou porque estavam chorando e eles contaram.

Cinaã disse para eles não irem mais lá que era perigoso, tinha peixe dentro dos tambores. Mas eles foram assim mesmo e quebraram os tambores. Quando a água saiu, Juriti virou bicho. Os irmãos pularam longe, mas o peixe grande que estava lá dentro engoliu Rubiatá (um dos irmãos) , que ficou com as pernas fora da boca.

Os outros dois irmãos começaram a correr e foram fazendo rios e cachoeiras. O peixe grande foi atrás levando água e fazendo o rio Xingu. Continuaram até chegar no Amazonas.

Lá os irmãos pegaram Rubiatá, que estava morto. Cortaram suas pernas, pegaram o sangue

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e sopraram. Rubiatá virou gente novamente. Depois eles sopraram a água lá no Amazonas e o rio ficou muito largo. Voltaram para casa e disseram que haviam quebrado os tambores e que teriam água por toda a vida para beber.

LENDA DA LUA

Outra lenda indígena conta sobre a origem da lua. Manduka namorava sua irmã. Todas as noites ia deitar com ela, mas não mostrava o rosto e nem falava, para não ser identificado. A irmã, tentando descobrir quem era, passou tinta de jenipapo no rosto de Manduka.

Manduka lavou o rosto porém a marca da tinta não saiu. Então ela descobriu quem era. Ficou com vergonha, muito brava e chorou muito. Manduka também ficou com vergonha pois todos passaram a saber o que ele havia feito.

Então Manduka subiu numa árvore que ia até o céu. Depois desceu e foi dizer aos Jurunas que ia voltar pra árvore e não desceria nunca mais. Levou uma cotia pra não se sentir muito só. Aí virou lua. E é por isso que a lua tem manchas escuras, por causa do jenipapo que a irmã passou em Manduka. No meio da lua costuma aparecer uma cotia comendo coco. É a outra mancha que a lua tem.

LENDA DO SOL

Para os índios o sol era gente e se chamava KUANDÚ. Kuandú tinha três filhos: um é o sol que aparece na seca; o outro, mais novo, sai na chuva e o filho do meio ajuda os outros dois quando estão cansados.

Há muito tempo um índio Juruna teria comido o pai de KUANDÚ.Por isso este queria se vingar. Uma vez Kuandú estava bravo e foi para o mato pegar coco. Lá encontrou Juruna em uma palmeira inajá. Kuandú disse que ele ia morrer, mas Juruna foi mais rápido acertando Kuandú com um cacho na cabeça. Aí tudo escureceu. As crianças começaram a morrer de fome porque Juruna não podia trabalhar na roça e nem pescar. Estava tudo escuro. A mulher de Kuandú mandou o filho sair de casa e ficou claro de novo. Mas só um pouco porque era muito quente para ele. O filho não aguentou e voltou para casa. Escureceu de novo. E assim ficaram os 3 filhos de Kuandú. Entrando e saindo de casa. Portanto, quando é seca e sol forte é o filho mais velho que está fora de casa. Quando é sol mais fraco é o filho mais novo. O filho do meio só aparece quando os irmãos ficam cansados.

GASTROMOMIA

Entrando pela porta da cozinha você está convidado a conhecer um mundo mágico, onde a natureza comanda o espetáculo.

A cozinha paraense é a mais rica e mais autêntica do Brasil.

Os pratos típicos utilizam produtos naturais, colhidos das fontes mais puras encontradas na flora e na fauna amazônicas, sem similar em outro lugar do mundo.

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Nomes excêntricos como tucupi, tacacá, maniçoba, pirarucu, açaí, cupuaçu ou bacuri, correspondem a comidas, peixes ou frutas irresistíveis à primeira mordida.

Por usar produtos naturais, conhecidos há séculos pelos índios da região, a culinária paraense sobrevive ao tempo, mostrando pouca influência dos europeus ou africanos.

Venha saborear o pato no tucupi, a maniçoba ou o sorvete de bacuri. Só há uma exigência: esquecer a dieta.

GASTRONOMIAS

PRATOS TÍPICOS

PATO NO TUCUPI

Depois de assado o pato é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho durante algum tempo para tomar gosto.

Como tempero leva alho, chicória e alfavaca. O jambu, já aferventado em água e pouco sal, depois de escorrido é colocado sobre o pato, coberto pelo tucupi.

Acompanhamentos:

Arroz brancofarinha-d'água pimenta-de-cheiro a gosto.

PIRARUCU

É o maior peixe de escamas do Brasil, chegando a alcançar até 2,5m de comprimento e peso de até 80 kg. A pesca é feita nos rios da Amazônia com anzol ou arpão. Tem coloração avermelhada, daí a origem do seu nome em tupi "pirarúku", que significa 'peixe vermelho'. Sua carne é saborosa, podendo ser usada ressecada, como o bacalhau, ou fresca. Com ela são feitos diversos pratos muito apreciados. Sua língua é utilizada para ralar o guaraná e as escamas para lixar unhas.

Pirarucu Grelhado ou na Brasa

As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são grelhados até ficarem douradas. Serve-se com farinha- d'água molhada, molho do tipo usado para churrasco ou salada de feijão manteiguinha de Santarém. As postas também podem ser cobertas com rodelas de cebola, regadas com azeite.

Pirarucu no leite de coco

As posta ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são cozinhadas em leite de coco (usa- se também o leite de Castanha-do-Pará). Como acompanhamento arroz branco e farinha-d'água.

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Desafio de Pirarucu

As postas ressecadas do pirarucu, após ficarem de molho durante algum tempo para a retirada do sal, são aferventadas e desfiadas, juntando-se em seguida azeite, alho socado, cebola, cheiro- verde e tomate refogado. Pode-se acrescentar ovos, fazendo-se um mexido.

PEIXADA

É feita com peixe de uma só qualidade, preferencialmente filhote, pescada amarela ou tucunaré.

As postas do peixe são temperadas com um molho de limão, sal e alho. À parte, prepara-se um caldo com a cabeça do peixe, cheiro-verde, cebola, sal, alho socado e batatas cortadas em metades. Quando estas começam a amolecer colocam-se as postas que ficarão cozidas quando as batatas amolecerem completamente.

Acompanhamentos:

Ovos cozidosPirão de farinha-d'água ou farinha seca, feito com o próprio caldo da peixadaPimenta-de-cheiro a gosto.

CALDEIRADA

Semelhante à peixada no tempero e no cozimento, mas feita com diversos tipos de peixes, além de verduras. Leve e nutritiva.

Acompanhamentos:

Ovos cozidosPirão de farinha-d'água ou farinha seca, feito com o próprio caldo da peixadaPimenta-de-cheiro a gosto.

MANIÇOBA

Sua preparação demora cerca de uma semana, pois a folha da maniva (a planta da mandioca), depois de moída, deve ser cozinhada durante pelo menos quatro dias, após o que acrescenta-se charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costeleta salgadas de porco, chouriço, lingüiça e paio, praticamente os mesmos ingredientes de uma feijoada completa.

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Acompanhamentos:

Arroz branco, Farinha-d'água, Pimenta-de-cheiro a gosto.

VATAPÁ PARAENSE

É preparado com camarões secos descascados, refogados com cebola, tomate, cebolinha e azeite de dendê. Cozinha-se no leite de coco, engrossando com farinha de arroz ou de trigo, ou amido de milho, ou ainda miolo de pão. Pode ser guarnecido com folhas de jambu cozidas e camarões secos.

CARURU PARAENSE

TUCUPÍ

O tucupi é um líquido amarelo, extraído da raiz da mandioca. Seu preparo guarda a forma artesanal cultivada pelos índios da região. Deve ser cozido demoradamente antes de ser consumido, pois cru é venenoso. Oferece sabor inconfundível aos pratos com ele preparados, como o tacacá, pato, leitão, peixe, camarão e alguns tipos de caça.

TAMUATÁ NO TUCUPÍ

O tamuatá, também chamado "cascudo" por causa de sua couraça, é um peixe típico dos rios da Amazônia, de cor amarelada. Depois de bem lavado, e temperado com sal e limão, é cozinhado no tucupi junto com algumas folhas de chicória e alfavaca. Sobre o tamuatá no tucupi coloca-se o imprescindível jambu. Para acompanhamento arroz branco e farinha-d'água. Pimenta-de-cheiro a gosto.

CASQUINHO DE CARANGUEJO

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Depois de cozido o caranguejo na água e sal, retira-se a carne que é refogada com azeite, cheiro-verde, cebola, tomate, limão e pimenta-de-cheiro. Serve-se no próprio casco do caranguejo coberto com farofa de farinha-d'água.

CARANGUEJO TOC-TOC

É o caranguejo cozido inteiro em água, sal, limão e alho. Os caranguejos são quebrados com a ajuda de pauzinhos, para

retirar as carnes. Os talheres são substituídos pelos próprios dedos. Molho de pimenta-de-cheiro a gosto.

UNHA DE CARANGUEJO

Após cozidas, as patas grandes do caranguejo, temperadas com sal, alho e limão, são envolvidas (na parte que tem carne) em massa de batata, farinha de trigo, ovos e um pouco de carne desfiada do caranguejo. Depois são fritas à milanesa em gordura bem quente. Pimenta-de-cheiro a gosto. Usa- se também as mesmas patas cozidas servidas com molho vinagrete.

TACACÁ

O tacacá não é considerado uma refeição. É uma espécie de bebida ou sopa, servida em cuias e vendida pelas "tacacazeiras", geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades paraenses, sobretudo Belém. Na hora de servir são misturados, na cuia, tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco. Pimenta-de-cheiro a gosto.

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JAMBÚ

Planta rasteira, companheira inseparável do tucupi na preparação dos pratos paraenses, sobretudo do tacacá e do pato. Suas folhas, quando mastigadas, produzem leve tremor nos lábios e, talvez por isso, muitos o apontem como afrodisíaco. Antes de ser acrescentado nos diversos pratos em que é usado, deve ser ligeiramente aferventado em água com pouco sal.

FARINHA D'ÁGUA

É uma das muitas variedades de farinhas feitas com a mandioca e também a mais apreciada. Acompanha todos os pratos paraenses e, até mesmo, os que não são típicos do Pará. A melhor vem das colônias e deve estar bem torradinha. É encontrada nas feiras livres. Outros tipos de farinha feitas a partir da mandioca: tapioca, suruí, seca, etc.

PIMENTA-DE-CHEIRO

Dentre a enorme variedade de plantas regionais a pimenta-de-cheiro se destaca pelo perfume marcante e agradável e por sua cor amarela e brilhante. Tem formato de uma bolinha e é autêntica marca registrada da cozinha paraense.

FRUTAS REGIONAIS

AÇAÍ

Bebida extraída do pequeno fruto do açaizeiro, palmeira de porte esguio que chega a alcançar 30 m de altura e que produz cachos com dezenas de caroços (frutos) redondinhos de cor arroxeada.

A bebida é assim extraída: colocam-se os caroços do açaí de molho na água para amolecer a casca fina que os reveste. Em seguida os caroços são amassados com água em alguidar de barro ou máquina

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própria, coando-se então a mistura em peneiras especiais para que se obtenha um líquido roxo, espesso e de sabor característico incomparável.

Toma-se gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Há quem o aprecie sem açúcar. É nutritivo e refrescante. É também delicioso no preparo de sorvetes, licores, mousses, etc.

BACABA

Bebida extraída da palmeira de mesmo nome, que dá frutos em cachos com dezenas de caroços. Para a obtenção da bebida procede-se da mesma forma que no preparo do açaí. Obtém-se assim um líquido de cor parda, servido gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água. Deliciosa e refrescante, a bacaba é, no entanto, menos popular que o açaí. Muito usada também para fazer sorvetes.

CUPUAÇU

Fruto cilíndrico com mais ou menos 20 cm de comprimento por 13 cm de diâmetro, arredondado nas extremidades. Casca dura de cor marrom-escura. Dentro cerca de 50 sementes graúdas recobertas inteiramente por massa branca, bastante espessa, de perfume forte e agradável e delicioso sabor agri-doce. Dele se faz refresco - também conhecido no Pará como "vinho de cupuaçu" -, sorvetes,

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geléias, pudins, tortas, cremes, bolos, licores, compotas, recheios, mousses e inúmeros outros doces.

BACURI

É o fruto do bacurizeiro, árvore frondosa, magnífica quando coberta de flores róseas ou, raramente, brancas. O Bacuri é, em geral, pouco maior que uma laranja graúda. Tem casca grossa e resinosa de cor amarelada. Dentro encontramos duas a três sementes grandes, revestidas de polpa branca perfumada, com excelente sabor agri-doce característico. Entre as sementes estão os "filhos", que são pedaços de polpa sem caroço. Seu uso é muito variado, com presença marcante em refrescos, sorvetes, licores, geléias, tortas, cremes, bolos, recheios, mousses, balas e inúmeros outros doces saborosos

CASTANHA-DO-PARÁ

Fruto da castanheira-do-pará, árvore de porte magnífico e dimensões notáveis, com tronco de até 4 m de diâmetro, chegando a alcançar 50 m de altura. O fruto (ouriço) é esférico, de 11 a 14 cm de diâmetro, com peso variável entre 700 e 1.500 grs. O ouriço tem casca lenhosa, muito dura, contendo de 11 a 22 amêndoas ou castanhas graúdas, envoltas por casca lenhosa fina, pouco resistente. Essas castanhas são comestíveis, muito saborosas e de elevado sabor alimentício. A Castanha-do-Pará é muito usada para a confecção de confeitos, recheios, coberturas de bolos, além de doces diversos. Quando frescas fornecem o leite usado na preparação de vários pratos típicos da cozinha paraense. Apreciada em todo o mundo, é um dos principais produtos de exportação do Pará.

PUPUNHA

Fruto da pupunheira, palmeira que alcança alturas elevadas com o tronco todo revestido por anéis de espinhos. Isso dificulta a colheita dos cachos com numerosos frutos, que variam de cor de planta para planta: vermelha, amarela, esverdeada, etc. A pupunha tem o formato aproximado de uma esfera, com achatamento na parte, superior que fica presa ao cacho. Cada fruto apresenta em média 3 cm de diâmetro. Antes de ser consumida a pupunha deve ser cozida em água e sal. Para comê-la retira-se a pele que a envolve. A polpa, muito saborosa, é amarelada, densa, fibrosa e farinácea. Em seu interior há um coquinho, que é o

caroço. Come-se pura, com mel de cana ou manteiga, sendo excelente acompanhamento para café e chá. Igualmente saborosa quando caramelada ou em compota.

TUCUMÃ

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Fruto do tucumanzeiro, palmeira que chega a alcançar 10m de altura. Essa palmeira produz cachos com numerosos frutos de formato ovóide, casca amarelo-esverdeada e polpa fibrosa, amarela, característica, que reveste o caroço. Muitas outras frutas típicas do Pará enriquecem esta relação, embora não tenham consumo tão acentuado como as anteriormente citadas: uxi, umari e bacuri-pari. Tantas outras têm incidência em todo o Brasil ou em apenas algumas regiões, não sendo exclusividade

paraense: mangas, buriti, jenipapo, ingá, graviola, abricó, taperebá-do-sertão, goiaba, jaca, tamarindo, sapoti, carambola, mari-mari, abacaxi, biribá, etc.

MURUCI

Fruto da pequena árvore que tem o mesmo nome. Seu formato é esférico, achatado nos pólos, com cerca de 1,5cm de diâmetro. A casca é uma película de cor amarelada e a polpa, que envolve o pequeno caroço, também é amarela. Seu perfume agradável não pode ser comparado aos de nenhuma outra fruta, tais as suas características exclusivas. É delicioso como refresco, sorvete e em uma infinidade de doces.

PIQUIÁ

Fruto da árvore de mesmo nome, cujo tronco atinge alturas consideráveis. Tem forma esférica, ligeiramente achatada nos pólos, e seu tamanho regula o de uma laranja graúda. A casca, de cor marrom-acinzentada, é espessa e carnuda, com quatro bagos em forma de rim, composta de polpa amarela de 3 a 10 mm de espessura, aderente a um caroço lenhoso, muito duro, que contém uma amêndoa comestível e bastante apreciada.

TAPEREBÁ

Fruto do taperebazeiro, árvore de grande porte. Tem formato cilíndrico, com arredondamento nas extremidades. Seu tamanho é idêntico ao de uma pequena ameixa. A casca é uma película que envolve polpa de não mais de 3 mm de espessura, aderente a um caroço que é a parte maior da fruta. O taperebá é amarelo-escuro, muito perfumado, ácido, mas de excelente sabor adocicado. Especialmente apreciado em refrescos, sorvetes e licores

CULTURA INDÍGENA

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Os povos indígenas são habitantes originais do Pará. Formam, ainda hoje, sociedades que ajudam a entender o universo amazônico, já que se tratam de povos específicos, com um rico e diversificado patrimônio étnico e cultural.

Os registros atuais mostram a presença de 32 povos no território paraense, com aproximadamente 16.000 índios. A maioria desses grupos fala línguas de três troncos distintos: Macro-jê, Tupi e Karib. São 39 terras indígenas oficialmente reconhecidas, que representam 24,52% da área total do Estado.

POVOS INDÍGENAS

Amanayé Juruna Parakanã Zo'e Anambé Karafawyána Suruí Apiaká Karajá Tembé Arara Katwena Timbira

Araweté Kaxuyana Tiriyó Assurini Kayabi Turiwara Atikum Kayapó Wai-Wai Guajá Kreen-Akarôre Waiãpi

Guarani Kuruáya Wayana-Apalai Himarimã Mawayâna Xeréu

Hixkaryána Munduruku Xipaya

População total: 20.185

TERRAS INDÍGENAS

Nome da Terra Grupo Indígena Município

Andira-Marau Satere-Mawe Itaituba, Aveiro/PA Alto Rio Guama Tembe, Urubu-

Kaapor,Timbira e Guaja Paragominas, Nova

Esperanca do Piria e Sta Lucia do Para

Amanaye Amanaye Goianesia do Para Anambe Anambe Moju

Apyterewa Parakana Altamira e Sao Felix do Xingu

Arara Arara Medicilandia, Brasil Novo e Uruara

Arawete Igarape Ipixuna

Arawete Altamira,Sen. Jose Porfirio e São Felix do

Xingu Badjonkore Kayapo Cumaru do Norte -Sao

Felix do Xingu

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Bau Menkranotire Altamira Cachoeira Seca Arara Altamira, Uruara e

Ruropolis Karaja Santana do

Araguaia Karaja Santa Maria das

Barreiras Kararao Kararao Altamira Kayabi Kayaby, Apiaka e

Munduruku Jacareacanga(PA) e

Apiacas (MT) Kayapo Kayapo Sao Felix do Xingu,

Ourilandia do Norte, Cumuru do Norte e

Tucuma Koatinemo Assurini Senador Jose Porfirio e

Altamira Las Casas Kayapo Redencao Mae Maria Gaviao Bom Jesus do Tocantins Maranduba Karaja Santana do Araguaia Menkragnoti Menkragnoti Altamira, Sao Felix do

Xingu, Peixoto de Azevedo e Matupa

Munduruku Munduruku Jacareacanga Nhamunda/Mapuera Wai Wai e Hixkaryana Nhamunda, Faro e

Oriximina Nova Jacunda Guarani MBya Jacunda

Pacaja Asurini Portel Panara Panara Guaranta do Norte e

Altamira Paquicamba Juruna Vitoria do xingu

Parakana Parakana Itupiranga e Novo Repartimento

Parque do Tumucumaque

Apalai e Wayana Almeirim, Oriximina, Obidos e Alenquer (PA)

Pimental Sao Luis Munduruku Itaituba e Trairao Praia do Indio Munduruku Itaituba

Praia do Mangue Munduruku Itaituba Rio Curua Curuaya Altamira

Rio Paru DEste Apalai e Wayana Monte Alegre, Almeirim e Alenquer

Sai-Cinza Munduruku Jacareacanga Sororo Aikewar Brejo Grande do

Araguaia Tembe Tembe Tome-Acu

Trincheira Bacaja Xikrim, Arawete, Apyterewa e Assurini

Senador Jose Porfirio, Pacaja e Sao Felix do

Xingu Trocara Assurini Tucurui

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Trombetas Mapuera Wai-Wai e Karafawyna Faro Ture/Mariquita Tembe Tome-Acu

Ture/Mariquita II Tembe Tome-Acu Xikrin do Rio Catete Xikrin Paraupebas e Agua Azul

do Norte Xipaya Xipaia e Kuruaya Altamira Zo'e Zo'e Obidos e Alenquer

TRONCOS LINGÜÍSTICOS

O termo genérico "índio" abrange uma variedade de povos muito diferentes entre si do ponto de vista social, lingüístico e cultural. A língua talvez seja o caminho mais fácil para tornar clara essa diversidade entre os vários povos. No Estado do Pará destacam-se basicamente três troncos lingüísticos: MACRO JÊ, TUPI e KARIB.

Karib

No Estado do Pará todos os povos KARIB, com exceção dos Arara, situam-se ao Norte do Rio Amazonas. São formados pelos Arara, Aparaí, Hixkaryana, Karafawyana, Katuena, Kaxuyana, Tiryió, Xereu, Wai Wai e Wayana. Entre os do Norte e os do Sul há uma grande afinidade lingüística. No entanto, em outros aspectos culturais, se diferenciam bastante a partir do seu meio ambiente, como o tempo e a freqüência do contato interétnico com outros povos indígenas e com a sociedade nacional. O parentesco tem

um papel importante na organização social desses povos. Entre os Wayana-Apalai a composição das aldeias baseia-se, essencialmente, nos laços de parentesco. Geralmente o líder - chamado tamuxi ou tipatakim - é o fundador da aldeia. As aldeias Karib são geralmente pequenas. Esses povos baseiam-se na cooperação para o trabalho das roças e casas, na troca de alimentos e nas atividades de pesca e caça coletiva.

Tupi

Os povos TUPI, em relação à língua, podem ser divididos basicamente em famílias linguísticas TUPI-GUARANI, ou simplesmente TUPI. Há grande variação entre eles: o estilo das aldeias, as formas das casas, terminologias de parentesco, as estruturas cerimoniais, a atitude face à guerra e a importância do Xamanismo. No Estado do Pará os TUPI são: Juruna, Kuruaya, Munduruku e Xipaya e os Tupi-Guarani são: Amanayé, Anambé, Apiaká, Assuriní, Araweté, Guarani, Kaapor, Kayabí, Parakanã, Suruí, Tembé

e Z' oé. As aldeias Tupi apresentam, aparentemente, forma desordenada, composta, na maioria das vezes, de uma família extensa. As casas ficam perto umas das outras sem uma ordenação aparente, agrupando uma ou mais famílias nucleares. Também fazem uso da pintura corporal, principalmente nas festas cerimoniais. No cotidiano podem ficar sem ela.

Macro Jê

No Estado do Pará a maioria dos povos indígenas, que fala línguas oriundas do tronco linguístico MACRO-JÊ, filia-se à família linguística JÊ, onde se incluem os Parketjê (Gavião) e os Kaipó, divididos em vários subgrupos: A' ukre, Gorotire, Kararaô, Kikretum, Kokraimoro, Kuben-Kranken, Mebgnokre, Menkranotí, Pukanu, Xicrin do Bacajá e Xicrin do Cateté. Esses grupos apresentam características comuns, como o formato das aldeias. As casas são posicionadas em círculos, com um "centro" formando uma grande praça, considerada o lugar dos homens. Ali eles se reúnem quase todo dia para tomar as decisões. Outro

círculo, onde ficam as casas, é o lugar das mulheres, da vida , da reprodução dos indivíduos.

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O uso da pintura corporal é outra característica marcante desses povos. A pintura define o sexo, a faixa etária, a condição social e momentos importantes na vida do indivíduo (fim do resguardo, nomeação, etc.).

ÍNDIO E MEIO AMBIENTE

Os povos indígenas habitam o Pará desde tempos imemoriais, vivendo geralmente em territórios específicos, de acordo com o modo de vida sócio - cultural peculiar à cada grupo. Ao longo da História conviveram e se desenvolveram de forma sustentável, preservando o meio ambiente e adquirindo minucioso conhecimento e domínio de sua diversidade biológica e ecológica.

Esta relação interativa com a natureza permitiu-lhes conhecer e criar técnicas específicas de manejo dos diversos ecossistemas, empregando

seus conhecimentos no desenvolvimento de tecnologias adequadas à exploração e manutenção do acervo natural e ambiental. O conhecimento indígena, secularmente repassado a seus descendentes, permite que milhões de caboclos produzam e se reproduzam, até hoje, no interior amazônico.

ECONOMIA INDÍGENA

Os povos indígenas convivem secularmente com a floresta, por isso são exímios conhecedores de seu meio. Isto lhes capacitou a dominar o meio ambiente e desenvolver tecnologias eficientes e apropriadas na extração, utilização e manutenção dos recursos naturais e fontes disponíveis como: florestas, rios, lagos, igarapés, etc. Assim eles desenvolvem uma economia sustentável produtiva e diversificada, gerando alimentos, medicamentos, utensílios e ferramentas.

Os indígenas observam as regiões e o clima para executar agricultura, caça, pesca e coleta de frutos. Produzem todos os alimentos necessários a uma dieta alimentar rica e balanceada. A atividade comercial decorre de como os grupos julgam necessário. Arte e cultura também integram sua economia. Essa estrutura é alterada a partir de pressões externas.

ARTE INDÍGENA

Os povos indígenas, enquanto habitantes originais do Estado do Pará, tiveram sempre seus direitos fundamentais pouco respeitados, fato responsável pelo desaparecimento gradativo de muitos grupos e de suas culturas. A legislação pertinente aos indígenas foi historicamente baseada na proteção e assistência, objetivando "integração" e "civilização" na perspectiva da sociedade nacional.

A concepção assistencialista está sendo paulatinamente superada, a partir da organização, luta e pressão dos próprios índios que, desta forma, já fizeram avançar consideravelmente seus direitos, assim como assegurá-los na Constituição Federal de 1988, Constituição do Estado do Pará e Lei Ambiental do Estado do Pará Nº 5.887.

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Constituição Federal

A partir da luta dos índios foi inserido, na Constituição Federal de 1988, o capítulo denominado "DOS ÍNDIOS" (CAPÍTULO VIII- artigos 231 e 232), cujo conteúdo introduz avanços políticos e jurídicos significativos, assegurando direitos cruciais à reprodução biológica e cultural desses grupos.

Desta forma, o Estado reconhece os povos indígenas enquanto povo diferenciado, respeitando e garantindo seus direitos à organização social, língua, costumes, crenças e tradições. Admite ainda seus direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam e os recursos naturais que nelas existem. Cabe à União proteger e demarcar as terras e oferecer educação dentro dos processos de aprendizado próprios desses povos.

Constituição do Estado do Pará

A Constituição do Estado do Pará, promulgada em 05 de Outubro de 1989, definiu, em seu CAPÍTULO IX (DOS ÍNDIOS), obrigações institucionais relativas aos povos indígenas que habitam Estado e Municípios. O poder público estadual os defenderá judicialmente através do Ministério Público e apoiará também a implementação de projetos, planos e programas da União quando destinados aos indígenas deste Estado.

As atribuições contidas nesta lei têm substancial importância devido à presença expressiva de

indígenas no território paraense, onde toda e qualquer ação e atuação deve observar o respeito quanto à organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e, ainda, garantir a posse dos índios às suas terras, assim como o usufruto exclusivo das riquezas existentes nas mesmas.

Lei Ambiental do Estado do Pará

A Lei Ambiental do Estado do Pará, nº 5.887, de 09 de Maio de 1995, tem como finalidade normatizar os procedimentos, política e ações referentes ao meio ambiente dentro de uma nova perspectiva, que conjuga crescimento econômico, proteção ambiental e desenvolvimento social. O Artigo 2º, parágrafo VIII da referida lei, dispõe especificamente sobre os povos indígenas, observando o respeito à sua organização social e formas tradicionais de organização, visto que indígenas e comunidade regional são partes inseparáveis do meio ambiente amazônico. Deste modo, toda e qualquer política destinada a esse Estado tem que, necessariamente, contemplar as populações que habitam tradicionalmente este território.

ARTE INDÍGENA

A produção artística das sociedades indígenas cumpre um objetivo sócio - cultural determinado, conforme a estrutura social de cada grupo. É a expressão dos códigos simbólicos

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produzidos e compartilhados por cada povo a partir de suas experiências e relações com a natureza, entre si e com o sagrado. Estes elementos mostram seu modo de viver, entender e perceber o mundo.

A cultura material indígena é produzida a partir de sua realidade. Isto envolve recursos naturais disponíveis, finalidade, tecnologia, concepções religiosas, estéticas e filosóficas. Esta junção de elementos acaba por influenciar nas tendências artísticas de cada grupo como: plumária, cestaria, cerâmica e ainda a pintura corporal. Cada peça produzida tem função específica , demonstrando que os índios associam arte e trabalho.

Plumagem

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Cestaria

Cerâmica

Pintura

ARTESANATO

Um dos aspectos mais charmosos da cultura paraense é o artesanato. As peças, ricas em detalhes, guardam tradições que vão ganhando novos traços com o passar do tempo, sem perder as marcas originais.

A cerâmica, produzida de forma rudimentar por artesãos a partir da argila, pode ser encontrada em utensílios domésticos, peças decorativas

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e urnas. Todos inspirados nas artes marajoara e tapajônica dos primeiros índios que ocuparam a região.

Esculturas em madeira, fibras vegetais, couro, raízes aromáticas e as conhecidas bonecas-de-cheiro também fazem parte do artesanato paraense.

São preciosidades encontradas nas feiras e lojas de artesanato, espalhadas na capital e nas principais cidades do Estado. É um pedacinho do Pará que você pode levar pra casa!

CUIA

Entre os indígenas brasileiros as "cabaças" constituem-se nos mais difundidos recipientes para a água. Esta matéria-prima é empregada também na confecção de utensílios domésticos, como vasilhas para ingestão de bebidas, conchas e recipientes para uso diversificado. Seu emprego estende-se aos brinquedos, instrumentos musicais e máscaras. As "cabaças" podem receber decorações gravadas, pintadas ou incisas. No Pará é bastante usada com o nome de "cuia", para tomar banho, tacacá, mingau, açaí e outros alimentos da culinária paraense.

JUTA

A fibra da juta, planta da família das Tilicíceas, é obtida do caule e das hastes, sendo estas cortadas e maceradas durante alguns dias em água, para facilitar a separação das fibras. A partir delas são confeccionados bolsas, sacolas, bonecas, jogo americano, tapetes, panos e outras peças decorativas.

BALATA

É uma árvore da família das Sapotáceas. Quando tem seu caule sangrado expele um látex que fornece uma goma elástica e visguenta. Os blocos desse látex são aquecidos em banho-maria no momento da confecção das peças artesanais. Dessa forma, são moldadas reproduções reduzidas de animais de nossa fauna, como o boto, o pirarucu, a tartaruga, o macaco, o cavalo, o boi, a cobra, etc. Os objetos de balata apresentam textura semelhante ao couro.

PATCHOULI

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É uma herbácea da família das gramíneas, originária da Malásia. Suas folhas são utilizadas para confeccionar chapéus, mas é nas raízes que está seu grande atrativo. Dotadas de um perfume peculiar, quando secas são usadas para confecção de leques, bonecas, renas e ainda no preparo de "garrafadas". Misturadas a outras raízes e cascas de árvores igualmente perfumadas dá origem ao " Cheiro do Pará".

MIRITI

Produto tropical extraído de nossas matas, várzeas e beiras dos igarapés, a palmeira MAURITA FLEXUOSAL recebe o nome vulgar de MIRITIZEIRO ou BURITIZEIRO. Tem várias utilidades. À margem dos roçados e seringais fornece a palha para cobrir cabanas.

Do broto ou grelo tira-se a envira, fibra que serve para tecer maqueiras (redes artesanais), tapetes e bolsas.

A tala, tirada das folhas, fornece meios para os artesãos tecerem paneiros, tipitis, cestos, balaios e, ainda, para esculpir brinquedos de formas variadas, como cobras, pombinhas, soca-socas, barcos, araras, jacarés e tatus, entre outros.

A fruta, o miriti, é fonte de alimento vitamínico, degustada com farinha e açúcar. Dela são feitos licor e vinho, servindo também para aguar o tradicional mingau de farinha-d'água ou arroz. Do fruto ainda se extrai a tinta para pintar brinquedos e quadros originais.

CESTARIA

Cipó titica

Matéria - prima da região Norte, extraída da mata, de grande utilidade artesanal na confecção de cestas, derivados e móveis em geral. Para os índios tem várias utilidades na confecção de cestas, no amarrado de suas tendas e de currais.

APUÍ

Material resistente da nossa região. Extraído da mata, serve para a fabricação de móveis artesanais como cadeiras, camas, mesas, cestas, etc.

GRACHAMA

Material rústico encontrado nas várzeas da região Norte, de grande utilidade na confecção de arranjos, cestas, porta-revistas, abajour, etc. Usado também para atracação de móveis de cipó.

TURURI

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É uma espécie de palmácea originária da palmeira Baçu. Suas fibras entrelaçadas são extraídas do fruto. Os indígenas utilizam-nas para vestuário, calafetação de embarcações, cobertura de palhoças, etc. No artesanato são produzidas peças diversas como bolsas, chapéus, sacolas e bonecas.

CERÂMICA

O processo começa com a retirada do barro cru, encontrado nos mangues, nos arredores de Icoaraci, principal cidade produtora do artesanato em cerâmica, a 15 Km de Belém. Os "tiradores" de barro, como são chamados, utilizam pequenos barcos feitos de tronco para o transporte da matéria - prima até os pequenos armazéns nas margens dos igarapés. Lá é feita a primeira limpeza e o beneficiamento, normalmente por meio de tração animal. O barro é vendido em bolas, de peso mais ou menos uniforme.

Começa, então, o trabalho do artesão propriamente dito. Assim que chega na olaria a argila é limpa novamente com fios de cobre. Depois é amassada manualmente até que se obtenha uma consistência uniforme na massa.

Só depois de um paciente trabalho de preparação é que o artesão põe sua "távola" giratória para funcionar. Este é um dos mais importantes instrumentos do ceramista. É aí que o artesão começa a dar forma às peças.

Algumas exigem emendas, devido à sua forma. Outras trazem figuras em relevo que são moldadas isoladamente e depois unidas ao conjunto ainda úmido.

Já em sua forma definitiva, a peça sofre um processo de pré-endurecimento, com a secagem natural. Nessa fase a peça é tingida com uma mistura de corantes naturais, de um vermelho "piçarra" ou bege bem claro. Algumas são deixadas na cor natural do barro. Depois disso a peça é polida com uma semente para ganhar brilho natural.

Sobre essa base é feito o trabalho de gravação, com estiletes ou desenho com pincel. Os motivos são os mais diversos. Vale destacar que grande parte desta produção é representada por cópias fiéis de importantes originais da cerâmica marajoara ou tapajônica, que fazem parte do acervo do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. Depois do processo natural de envelhecimento algumas peças parecem autênticos achados arqueológicos.

Em seguida o cozimento é feito em rústicos fornos de barro, onde as peças são colocadas sobre um estrado e cobertas com pedaços imprestáveis de outras peças quebradas. Com isso se obtém a vedação térmica desejada. Só depois de todo esse processo é que a peça está pronta para a venda.

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Cerâmica Maracá

Tem como berço o Estado do Amapá, porém é no Distrito de Icoaraci que se desenvolve este trabalho. As urnas funerárias encontradas no Vale do Rio Maracá são de três tipos: tubulares, zoomorfas e antropomorfas.

Cerâmica Marajoara

É inspirada na História da Civilização Marajoara. São povos que viviam concentrados às margens do lago Arari. São cinco fases arqueológicas na Ilha do Marajó, que correspondem a diferentes culturas e níveis de ocupação:

Ananatuba

Marcada por incisões e hachurado. Os principais objetos são tigelas e

igaçabas.

Mangeuiras

Seu traço principal é a borda incisa, particularmente no que diz respeito à ornamentação.

Formiga

Fase pobre. Não apresenta características de modo a ser encaixada em um determinado estilo.

Marajoara

Caracteriza-se pela exuberância e variedade de decoração, utilizando pintura vermelha e preta sobre engobo branca.

Aruã

A louçaria Aruã é a mais inferior e bem simples, sem decoração. Apenas as urnas para enterramentos secundários tinham decoração.

Cerâmica Tapajônica

É tridimensional, feita com uma mistura de cauxi e cariapé. As características são figuras humanas e de animais. Esse tipo de cerâmica apresenta peças pequenas, como cariátides, gargalo, ídolos, pratos, etc.

FAUNA

Conhecer o Pará é desvendar seus variados ecossistemas, apreciar de perto a exuberância de suas matas, passeando entre rios e igarapés e, com um olhar mais atento, perceber os curiosos animais que habitam essa região. Sob a sombra da Floresta Amazônica vivem inúmeras espécies da fauna, que comprovam a rica biodiversidade da região.

Tal é a grandeza desse universo verde, que com frequência os pesquisadores ainda estão descobrindo novos animais. São mais de 2 mil espécies de peixes, cerca de 950 tipos de pássaros e 300 espécies de mamíferos.

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Page 43: Festas e Eventos dos municípios parte I

São animais exóticos como o peixe-boi, de mais de 2 metros de comprimento, a ave guará, que em revoadas nos finais de tarde no Marajó colore a ilha com sua penugem vermelha, ou ainda o poraquê, peixe que libera descarga elétrica para atacar suas presas.

Conheça o Pará e tenha contatos inesquecíveis com essa maravilhosa fauna.

ANACÃ

Deroptyus accipitrinus

O Anacã é uma das espécies de papagaios mais vistosas da Amazônia.

Vive na floresta de terra firme onde anda em bandos que variam de cinco a mais de uma dúzia de animais.

O nome vem da vocalização, pois ao voar grita "anacã! anacã! anacã!", chamando seus colegas e mantendo a integridade do bando.

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Page 44: Festas e Eventos dos municípios parte I

ARARAJUBA

Guaruba guarouba

A Ararajuba talvez seja a ave mais brasileira, pois porta as cores nacionais, verde e amarelo.

De fato, sua distribuição na natureza abrange apenas o Pará, o oeste do Maranhão e parte do Amazonas e de Rondônia.

Mas se quiser ver esse belo psitacídeo (parente das araras, dos papagaios e dos periquitos) o melhor é visitar o Pará, onde ainda é comum em várias partes onde há floresta alta.

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Page 45: Festas e Eventos dos municípios parte I

GAVIÃO REAL

Harpia harpyja

O gavião real é a mais poderosa águia da terra. Além de uma das maiores envergaduras de asa desse grupo, é a força das pernas que consagra esse título à ave.

Enquanto muitos acham que gosta mais de atacar os macacos, os gaviões reais preferem as preguiças como presas. As pernas e as garras afiadas são adaptações perfeitas para arrancar as preguiças das árvores.

Isso às vezes é um legítimo desafio para a ave, pois, apesar de lentas, as preguiças possuem uma força incomum.

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Page 46: Festas e Eventos dos municípios parte I

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Page 47: Festas e Eventos dos municípios parte I

GARÇA-BRANCA-GRANDE

Casmerodius albus

A garça-branca-grande é nossa segunda maior garça. Só o maguari é maior.

Vive em todas as regiões do Pará em áreas alagadas, onde procura peixes, rãs e outros animais aquáticos para se alimentar. Já foi muito caçada para fornecer plumas à indústria de chapéus para mulheres.

Hoje essa indústria acabou e, felizmente, a espécie voltou a ser bastante comum em quase toda a Amazônia.

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Page 48: Festas e Eventos dos municípios parte I

ARARA CANINDÉ

Ara ararauna

Para alguns, essa é a arara mais bela de todas e, como as outras, prefere frutos nativos.

Tem uma ampla distribuição, mas já desapareceu de grandes áreas. Ainda é bastante comum em diversas áreas de várzea no Pará. Depois da época reprodutiva, quando as aves se espalham pela mata, a espécie forma grandes poleiros coletivos.

Ver dúzias de araras canindés chegando pela bela luz da tarde a esses poleiros é um dos grandes espetáculos da natureza em nossas terras.

GUARÁ

Eudocimus ruber

O Guará é uma das aves mais vistosas do mundo. O Pará abriga as maiores populações de Guarás do planeta e um único ninhal da costa abriga mais de 4.000 Guarás e seus filhotes.

A linda cor avermelhada depende da comida, especialmente dos crustáceos (caranguejos e camarões) que a servem como alimento, pois o Guará não produz o pigmento necessário para colorir a plumagem.

Ameaçado de extinção em outras partes, na costa paraense o Guará ainda é bastante comum.

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Page 49: Festas e Eventos dos municípios parte I

PAVÃOZINHO-DO-PARÁ

Eurypyga helias

O nome científico de nosso Pavãozinho-do-pará se traduz como "ave do sol com a cauda avantajada". O nome cabe, pois é uma de nossas aves mais belas, com sutis matizes em todos os tons de marrom, branco e preto.

Parece mais com uma garça, mas é parente das galinhas-d'água e dos jacamins. Vive em todas as partes da Amazônia na beira de rios e igarapés, onde procura pequenos peixes, insetos e outras presas.

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Page 50: Festas e Eventos dos municípios parte I

TUCANO-DE-PEITO-BRANCO

Ramphastos tucanus

O Tucano-de-peito-branco é a ave símbolo da Amazônia. Vive nas florestas de terra firme de toda a região e ainda mantém populações até na capital do Pará, nas reservas do Utinga e nas terras das Forças Armadas.

É um importante dispersor de sementes das árvores da floresta, pois engole os frutos, digere a parte comestível e depois expele o caroço à alguma distância da árvore mãe.

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Page 51: Festas e Eventos dos municípios parte I

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Page 52: Festas e Eventos dos municípios parte I

FESTAS E EVENTOS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ

Festas e Eventos Abaetetuba - PA 

XXVII - Semana de Arte e Folclore de Abaetetuba

  15 a 22 de agosto

 Realização: Prefeitura Municipal, Departamento de Turismo e Fundação Cultural Abaetetubense

Concursos de Danças – Quadrilhas Tradicionais e Modernas

  13 a 20 de junho

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal FONE/FAX: (91) 3751-2022 E-mail: [email protected]

Festividade de Nossa Senhora de Nazaré

  31 de agosto a 08 de setembro

 ENTIDADE PROMOTORA: Paróquia de Nossa Senhora da Conceição e setor Nazaré FONE/FAX: (91) 3751-1724

Festas e Eventos Abel Figueiredo - PA 

Trilha de Mototurismo de Abel Figueiredo

 

2º Domingo de Março 

Este evento é uma promoção da Secretaria Municipal de Administração. Contato: (94) 3342-1403 / 3342-1418

Comemorações Alusivas à Pátria

  02de Setembro

 

Aniversário da Cidade

  27 de Dezembro

 

Copão Intermunicipal de Clubes de Abel Figueiredo

  07/08 à 04/09

 

Jogos Estudantis de Abel Figueiredo

  24/11

 

 

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Page 53: Festas e Eventos dos municípios parte I

Festas e Eventos

Abel Figueiredo - PA 

Campeonato Municipal de Futebol de Salão

  27/11 à 18/12

 

Festa Junina e Festa do Produtor Rural

  24 e 25 de Junho

 

A Prefeitura Municipal de Abel Figueiredo e sua Secretaria Municipal de Educação no incentivo e promoção da cultura e do turismo convidam a sociedade local e amigos de outros municípios da região a prestigiarem o Arraial do Progresso Escolar a ser realizado nos dias 23 e 24 de Junho. O secretário municipal, Melquiades Justiniano da Silva aposta no sucesso do evento que conta com a participação e apresentação de quadrilhas, de boi bumbá e outras manifestações da cultura de nossa região. O gestor municipal convida toda a comunidade a participar e atender os visitantes com bastante alegria e cordialidade como o povo abel figueirense sempre fez. O público estimado é bastante grande e o sucesso deste evento marca o início da valorização de nossa cultura e identidade local paraense

Festas e Eventos

Acará Fest 2011

 

 

    Vem ai Acará fest 2011 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx   

 

III Enduro da Sobrevivência

 

     

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Page 54: Festas e Eventos dos municípios parte I

III ENDURO DA SOBREVIVÊNCIA  XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX VÁLIDO PELO CAMPEONATO PARAENSE DE ENDURO DE REGULARIDADE 5ª ETAPA DO CAMPEONATO ESPERANDO REUNIR 80 PILOTOS DE TODO O ESTADO DO PARÁ 18 e 19 DE JUNHO DE 2011 INSCRIÇÕES ABERTAS

A INSCRIÇÃO DARÁ DIREITO AO CAFÉ DA MANHÃ E CAMISETA

10 TROFÉUS NA

INFORMAÇÕES: (91) 8855-6299

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

 

APOIO

 

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Page 55: Festas e Eventos dos municípios parte I

ADM. FRANCISCA MARTINS

 

SEC. WALBER NOGUEIRA

 

REALIZAÇÃO

 

 

 

Site Oficial

  Não possui

  Fonte: Publicado pelo Município

Sede: SCRS 505, Bloco C Lote 01 - 3º andar - Brasília/DFCEP 70.350-530 61 2101.6000 - Fax:(61)2101-6008

CidadeCompras: SCRS 509 - Bloco C - 2º andar

Festas e Eventos Afuá - PA 

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Page 56: Festas e Eventos dos municípios parte I

Carnaval

  20/02

 

Realização: Prefeitura de AfuáInformações: FONE/FAX : (96) 3689-1140 / 3689-1122 / 3689-1110EMAIL : [email protected] / [email protected] [email protected]

XXVII Festival do Camarão

  25/07

 

Prefeitura Municipal de AfuáFONE/FAX : (96) 3689-1140 / 3689-1122 / 3689-1110SITE : www.prefeituradeafua.com.brEMAIL : [email protected] / [email protected]@bol.com.br

Festividade de Nossa Senhora da Conceição

  08/12

 

Paróquia Nossa Senhora da ConceiçãoFONE/FAX : (96) 3689-1210 / 3689-1412 / 3689-1140

EMAIL : [email protected] / [email protected]@bol.com.br

Reveillon Popular

  31/12

 Prefeitura Municipal - Telefone: (96) 689-1122 / 1277 / 1119 - Fax: (96) 689-1110

Festas e Eventos Água Azul do Norte - PA 

19º Aniversário de Emancipação

 

13/12/2010 

DIA 04/12/2010

Baile country com a escolha da rainha EXPOFAAN 2010 no Ginasio de Esporte

 

DIA 09/12/2010

           Abertura do rodeio, queima de fogos e grande show com a banda Chapa Quente e Batidão

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Page 57: Festas e Eventos dos municípios parte I

 

DIA 10/12/2010

Show gospel com o Cantor Paulo Andre de São Paulo e continuação do rodeio

 

DIA 11/12/2010        

            8h00 sensacional cavalgada 

            12h00 churrasco e entrega do calçamento das Ruas S.JOÃO E S.SEBASTIÃO e da reforma e ampliação da escola Abilio R. Moção

            22h00 grande rodeio e mega show com a dupla CESAR & PAULINHO

DIA 12/12/2010

Final do rodeio e grande show com a Banda Baetz

Festas e Eventos

Almeirim - PA 

Feira Fiarca - Feira de Arte e Cultura do Município de Almeirim

  20 a 23 de Agosto de 2007

 É consagrado o mais importante evento cultural do município, pois tem como objetivo preservar a cultura popular de Almeirim.

XI Feira da Castanha

  08 à 09/05

 

Feira da Castanha

  26 a 28 de abril de 2007

  Uma realização da Prefeitura Municipal e Colônia de Pescadores

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Page 58: Festas e Eventos dos municípios parte I

A castanha pode ser consumida in natura, torrada, ou na forma de farinhas doces e sorvetes. Sua casca é muito resistente e requer grande esforço para ser extraída manualmente.

III Festival Folclórico das Escolas de Almeirim

  10 à 12/06

 

III Colônia de Férias

  01 à 31/07

 

Festas e Eventos Almeirim - PA 

XIV FEARCA - Feira de Arte e Cultura de Almerim

  20 à 23/08

 

XIV Festival Da Dourada

  04/09

 

 

Festas e Eventos Altamira - PA 

Festividade de São Sebastião - Padroeiro

 

20/01 

Prelazia do Xingu - Telefone: (93) 515-3928 - Fax: (93) 515-1761

EXPOLTA – Feira Agropecuária de Altamira

  Novembro

 

Projeto Presente de Natal

  Dezembro

 

Realizado na orla do cais, onde a Prefeitura Municipal decora toda a extensão da orla do cais de Altamira com enfeites natalinos. O Auto do  Natal, realizado na véspera do dia 25 de dezembro. 

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Page 59: Festas e Eventos dos municípios parte I

Show da virada

  Dezembro

 

Aniversário de Altamira

  NovembroFestas e Eventos

Altamira - PA 

Via Sacra (dramatização)

 

Março 

A dramatização é feita pelo grupo de teatro do bairro de Brasília GRUTIBRA.

Copa de Futsal de Altamira

  Julho

 

Abertura do Verão de Altamira

  julho

 

Torneio de pesca amadora do Pacu de Seringa

  Abril

 

O torneio de pesca amadora do Pacu de Seringa, organizado pelo Xingu Praia Clube em parceria com a prefeitura municipal. O Torneiro foi criado pelos amantes da pesca esportiva porque a espécie Pacu de Seringa só existe nesta região do Xingu.

Festival Folclórico

  Junho

 

Grupos folcloricos de Altamira se apresentam em dois dias de festival. Os jurados votam a melhor apresentação e o ganhador leva uma premiação em dinheiro além de troféu.

Além do festival, que é realizado pela Prefeitura do município, durante todo o mês acontecem festas juninas nas escolas

Festas e Eventos

Altamira - PA 

Festival do Tacacá

  Setembro

 

Festa de Nossa Senhora de Nazaré

  Outubro

 

Altafolia

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Page 60: Festas e Eventos dos municípios parte I

  Fevereiro

 

Carnaval de rua, onde acontece as apresentações dos blocos e outros participantes, com uma  estrutura arrojada em ferro de palco e arquibancada.  O Altafolia, que é promovido pela Prefeitura de Altamira, é considerado tornado um dos melhores carnavais do interior do Estado.

 

Festas e Eventos Anajás - PA 

5° Forrozão Anajaense e Concurso Oficial de Quadrilhas

 

27 de junho 

Prefeitura Municipal e Secretaria de Turismo e CulturaFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

Festividade do Glorioso Santo Antônio

  08 a 13 de junho

 Prefeitura Municipal, Secretaria de Cultura e Turismo e Paróquia Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

2° Festival do Açaí

  06 a 08 de junho

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e TurismoFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

Feira da Família Cristã

  23 a 25 de maio

 Assembléia de DeusFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

VIII Prudência na Roça

  28 de junho

 Escola M.E.F. Professora Prudência MenezesFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

Festas e Eventos

Anajás - PA 

Festividade de Santana

 

25 a 27 de julho 

Paróquia Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

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Page 61: Festas e Eventos dos municípios parte I

Festa do Trabalhador

  01 de maio

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e TurismoFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1267

Carnaval Anajaense

  24 de Fevereiro

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e TurismoFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1267

Festival do Glorioso São José

  27 a 29 de março

 Paróquia do Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1308 / 3605-1267

Campeonato Anajaense de Futebol

  05 de setembro a 22 de dezembro

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Esporte e LazerFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1119

Festas e Eventos

Anajás - PA 

Copa Cidade de Anajás de Futsal

  07 de setembro

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Esporte e LazerFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1119

Torneio Independente

  07 setembro

 Prefeitura Municipal e Secretaria de Esporte e LazerFONE/FAX : (91) 3605-1334 / 3605-1303 / 3605-1119

Círio Nossa Senhora de Nazaré

  17 a 19 de outubro

 Paróquia Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1303 / 3605-1334 / 3605-1267

Festividade do Santo André

  30 de novembro

 Paróquia Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1303 / 3605-1334 / 3605-1267

Festividade do Glorioso Menino Deus

  19 a 25 de dezembro

 Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Paróquia Menino DeusFONE/FAX : (91) 3605-1303 / 3605-1334 / 3605-1267

Festas e Eventos Ananindeua - PA 

Via Sacra

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Page 62: Festas e Eventos dos municípios parte I

  05 e 06 de abril de 2007

 

Uma realização da Prefeitura Municipal e Grupo Teatral Shalon

Contatos:Fone: (91) 3250-1085 E-mail: [email protected]

Ananindeua Rodeio Festivval

 

 

Forronindeua

  21 a 24 de junho de 2007

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura MunicipalFONE: (91) 3250-1085E-mail: [email protected]

Círio de Nossa Senhora das Graças

  17 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Ação Social FONE/FAX: (91) 3255-9792 / 3073-2133 / 3073-2111 / 3073-2131

Festas e Eventos Anapu - PA 

Festa Junina de Anapu

  Mês de Junho

 

Semana da Pátria

 

 

Copa de Futsal

 

 

Festas e Eventos Augusto Corrêa - PA 

Feira Da Cultura 2007

 

      Há uma década atrás um ilustre professor e filho da terra, Manoel Sady, junto com outros professoresMiguel Ramos e a professora Carmem Dilce, aproveitando as férias escolares do mês de julho e os visitantes que aqui passavam seu veraneio, idealizou uma festa que tinha com atrativo principal para o entretenimento, uma programação folclórica, calcada basicamente nos folguedos juninos, nos dias 7 e 8 de julho de 1989,realizaram a 1 FESTA FOLCLÓRICA, em parceria

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Page 63: Festas e Eventos dos municípios parte I

com as escolas municipais.Pensaram em criar um evento maior que valorizasse e divulgasse o folclórico de Augusto Corrêa,mas não optaram pela categoria de feira por considerarem pouco original. Foi então pensado um evento que ocorreria nos dias 14.15,16,17 de Dezembro de 1989 com o nome “ 1 Mostra D´Arte” de Augusto Corrêa,evento esse que nunca chegou a se realizar.Continuo acontecendo em Julho no período das  férias escolares com o nome de FESTA FOLCLÓRICA.      No ano de 1997 após um levantamento sobre o potencial do município que se direcionava para a arte popular, foi criada a 1 FEIRA DA CULTURA POPULAR “ ARRAIAL URUMAJÓ,que aconteceráno período da quadra junina.A feira então passou acontecer agregando as atividades da festa folclóricaque acontecia em julho. Com a popularização da FESTA DA CULTURA POPULAR “ ARRAIAL URUMAJÓ” 97, ampliando os dias de acontecimento do evento de 2 ( dois) dia para 04( quatro) dias,mudamos de período e data,passou para o final do mês de junho,aproveitando o dia de São Pedro,por entendermos que as características do evento provinham da quadra junina,interligamos a feira com alunado que participa diretamente com suas apresentações folclóricos,incentivamos os produtores culturais de todo o município,inserimos concursos de quadrilhas tradicionais e modernas,abrimos o intercâmbio com grupos folclóricos de outros município,padronizamos as barracas de vendas de comidas e bebidas típicas da região,s barracas confeccionadas de bambu amarelo e palha,criamos o 1 FEST XOTE ( festival de música no gênero) .Toda essa mudança ocorrem em 11 anos de existência do evento.      Na atual Gestão do Prefeito Amós Bezerra a festa Junina ganhou amplitude se destacando entre todas dos Nordeste Paraense a mais importante, sendo sancionada pelo Governo passado comoProjeto Cultural e Turístico do Estado do Pará.      A partir de 2005 com uma nova Organização com a Fundação Cultural de Augusto Corrêa EmilianoPicanço e Departamento de Turismo Milena Medeiros tiveram uma visão que este evento não possui caráter folclórico como também um evento de geração de renda, através de exposição que foi criadoem 2005 os STANDES de artesanato do município e de várias regiões do Pará, inclusive da Cerâmicade Marajó.Este ano com grande expectativa de público os grandes empresários locais, vão ter a oportunidade de expor o que há de melhor para oferecer aos seus clientes.      A organização acredita que no futuro, tornará uma FEIRA de grandes Negócios.

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Page 64: Festas e Eventos dos municípios parte I

UMAJÓ em Carnaval

  06/02 à 08/02

 Departamento de Cultura e Departamento de Turismo - Telefone: (91) 482-1138 - Fax: (91) 482-1215

Feira da Cultura Popular

  23/06 à 26/06

 Departamento de Cultura e Departamento de Turismo - Telefone: (91) 482-1138 - Fax: (91) 482-1215

Uruluar

  19/07

 Departamento de Cultura e Departamento de Turismo - Telefone: (91) 482-1138 - Fax: (91) 482-1215

III Amostra de Teatro Paraense

  28/11 à 03/12

 Departamento de Cultura e Departamento de Turismo - Telefone: (91) 482-1138 - Fax: (91) 482-1215

Festas e Eventos

Augusto Corrêa - PA 

Reveillon na Orla

  31/12

 Departamento de Cultura e Departamento de Turismo - Telefone: (91) 482-1138 - Fax: (91) 482-1215

Feira da Cultura – Arraial Urumajó

  29/06 A 02/07

  FONE: (91) 3482-1148

Festa de Sao Miguel Padroeiro

  29 de Setembro

 

Uruluar “Serestas Enluaradas”

  16 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Departamento de Turismo FONE/FAX: (91) 3482- 1650 / 3482 -1151

Cirio de Nazaré

  07/12/2008

 

Festas e Eventos Aveiro - PA 

Festival da Pororoca

  Setembro

  Prefeitura Municipal SECTAN

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Page 65: Festas e Eventos dos municípios parte I

TEL: (093) 3518-3308 

Festival de Férias Aveirense

  Julho

 

Festa do Gambá

  28 à 29/06

 

III Festival do Jambo

  20/08

 

3º Torneio de Pesca Esportiva

  2ª quinzena/10

 

Festas e Eventos Aveiro - PA 

Festival do Balão Vermelho

  16 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Associação de Moradores

  Página: | 1 | | 2 |

Festas e Eventos Barcarena - PA 

Festival do Peixe

 

20 a 23 de setembro 

NO MÊS DE SETEMBRO A VILA DO CONDE VIVE UM CLIMA DE FESTA ONDE ACONTECE O FESTIVAL DO PEIXE. ESTE EVENTO É REALIZADO PELA SECRETARIA DE CULTURA

Paixão de Cristo

  20 a 23 de março

 

Entidade promotora: Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e DesportoFONE/FAX: (91) 3753-1751 / 3753-1717E-MAIL: [email protected] / [email protected]

Carnaval Para Todos 2005

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Page 66: Festas e Eventos dos municípios parte I

  05/02 à 08/02

 Prefeitura Municipal - Secretaria Municipal de Cultura e Desporto - Telefone: (91) 3753-1717 - Fax: (91) 3753-1717

Espetáculo Teatral Paixão de Cristo Paixão do Povo

  24/03 à 27/03

 Associação Cultural Grupo Teatral Chama - Telefone: (91) 3753-1109/8138-4452/8801-9209

IV Encontro Regional de Educação Ambiental

  05/05

 Prefeitura Municipal/ Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMAB - Telefone: (91) 3753-1829 - Fax: (91) 3753-1829

Festas e Eventos

Barcarena - PA 

Tapete Sagrado (Corpus Christi)

 

26/05 

Igreja Católica / Prefeitura Municipal e Secretaria municipal de Cultura e Desporto - SECULD - Telefone: (91) 3753-1717 - Fax: (91) 3753-1717

Projeto Verão 2005

  (91) 3753-1717 "

 "Prefeitura Municipal/Secretaria de Cultura e Desporto - SECULD - Telefone: (91) 3753-1717 - Fax: Fax

VII Semana Integrada do Meio Ambiente

  03/07 à 05/07

 Prefeitura Municipal/Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMMAB - Telefone: (91) 3753-1829 - Fax: (91) 3753-1829

Festa do Produtor Rural

  31/07

 Secretaria Municipal de Agricultura / Sindicato dos Produtores Rurais / Sindicato dos Trabalhadores Rurais - Telefone: (91) 3753-1831 - Fax: (91) 3753-1831

XXV Festival do Abacaxi

  23/09 à 25/09

 Prefeitura Municipal/Secretarias Municipais e Cooperativa dos Produtores de Abacaxi - CAPAB - Telefone: (91) 3753-1717 - Fax: (91) 3753-1717

Festas e Eventos

Barcarena - PA 

Círio de Nossa Senhora de Nazaré

  13/11 à 20/11

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Page 67: Festas e Eventos dos municípios parte I

 Secretaria de Cultura e Desporto e Paróquia de São Francisco Xavier - Telefone: Fone: (91) 3753-1208 - Fax: (91) 3753-1208

Forró Municipal 2007

  06 de junho de 2007

 

ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura MunicipalFONE: (91) 3753-1717 / 3753-1751FAX: (91) 3753-1717E-mail: [email protected]

Aniversário de Vila do Conde – 353 anos

  09 de junho de 2007

 

Forró Cheiroso

  23 de junho de 2007

 

ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Secretaria Municipal de Cultura e DesportoFONE: (91) 3753-1717 / 3753-1751FAX: (91) 3753-1717E-mail: [email protected]

Micareta Caripi Folia

  01 a 03 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Secretaria de Cultura e Desporto FONE/FAX:(91) 3753-1751 / 3753-1717

Festas e Eventos Belém - PA 

Festival das Águas

 

21 de março a 21 de abril 

ENTIDADE PROMOTORA: Rotary Club / Prefeitura Municipal e Agência Distrital de MosqueiroFONE / FAX: (91) 3771-1264 / 3771-1755 / 3771-3150 E-MAIL: [email protected]

Festa dos Santos Reis

  06/01

  Comunidade do Chapéu Virado - Telefone: 3771-1259

389 º Aniversário de Belém

  12/01

 Coordenadoria Municipal de Turismo - BELEMTUR - Telefone: (91) 283-4851 / 4852 - Fax: (91) 283-4865

67

Page 68: Festas e Eventos dos municípios parte I

Rainha das Rainhas do Carnaval

  28/01

 Organização Romulo Maiorana - ORM - Telefone: (91) 216-1135 / 1062

Exibição Equipes Olímpicas da Rússia e do Brasil, de Nado Sincronizado

  22/01 à 23/01

 

Confederaçaõ Brasileira de Desportos Aquáticos, Federação Paraense de Desportos Aquáticos e Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

Festas e Eventos

Belém - PA 

Noite de Lançamento do Troféu Rômulo Maiorana

 

20/01 

TV Liberal - Telefone: (91) 213-1168 / 1169 - Fax: (91) 224-3661

"N "" 2005 - Um Século de Waldemar"" - Entrega do Prêmio Waldemar Henrique de Incentivo à criação Ar

  15/02

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 Ramal 314

Lançamento do CD do 1° FEMUP - Festival de Música do Estado do Pará

  01/03 à 30/03

 Fundação cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 Ramal 314

Fórum Paraense de Software Livre

  16/03 à 19/03

 SUCESU-Pa - Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações Regional - Telefone: (91) 225-3060 - Fax: (91) 224-1533

Dia do Artesão

  19/03

 SETEPS / SEBRAE/ Shopping Center Iguatemi / AFA - Telefone: (91) 3181-9000

Festas e Eventos

Belém - PA 

V Rallye Transamazone

 

18/03 à

SEEL - Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 232-1133 - Fax: (91) 232-0474

68

Page 69: Festas e Eventos dos municípios parte I

29/04 

VII Rallye Les IIIes du Soleil

  05/03

 SEEL - Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 232-1133 - Fax: (91) 232-0474

PAC

  12/03

  Atual

1° OVINO FEST

  12/03

  Plantel - Telefone: (91) 241-0874

1° Fórum Estadual de Dança

  09/04 à 15/04

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 Ramal 314

Festas e Eventos

Belém - PA 

I Etapa do Circuito de Corrida de Aventura Kaluanã

 

17/04 

Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 3087-1747

Troféu Rômulo Maiorana - Noite de Premiação

  07/04

 Organização Romulo Maiorana - ORM - Telefone: (91) 213-1168 / 1169 - Fax: (91) 224-3661

Congresso Brasileiro da Federação Interestadual de Farmacêuticos

  11/05 à 13/05

 Federação Interestadual de Farmacêuticos - Telefone: (91) 266-5262

EXPOTUR

  13/05 à 15/05

 Governo do Estado, Secretaria Especial de Produção e Companhia Paraense de Turismo - Telefone: (91) 242-1118 / 223-1932 - Fax: (91) 223-1932

COPAVEPA - Congresso Paraense de Clinícos Veterinários de Pequenos Animais / PET NORTE - Feira de Pr

  21/05 à 24/05

  Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pesquisa Animais - Pará - Telefone: (9)1 252-2708 - Fax: (91) 222-

69

Page 70: Festas e Eventos dos municípios parte I

6058Festas e Eventos

Belém - PA 

Pará Mix

 

01/05 à 30/05 

Fundação cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Campeonato Sul-Americana Governo do Pará de Milha de Rua

  20/05

 SEEL - Secretaria Executiva de Esportes e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 232-1133 - Fax: (91) 232-0474

XXI Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo - Grand - Prix

  22/05

 Confederação Brasileira de Atletismo, Federação Paraense de Atletismo e Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

EPENN - Encontro de Pesquisa do Norte e Nordeste

  14/06 à 17/06

 Universidade Federal do Pará - Mestrado em Educação - Telefone: (91) 3183-1281 - Fax: (91) 3183-1281

Arraial da Cultura Junina (concursos: quadrilhas, bois e pássaros)

  01/06 à 30/06

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Festas e Eventos

Belém - PA 

III Caminhada Paraense de Prevenção e Combate ao uso de Drogas

 

26/06 

Federação Paraense de Atletismo e Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

II Jogos Tradicionais Indigenas do Pará

  15/06 à 19/06

 SEEL - Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 232-1122 / 1133

70

Page 71: Festas e Eventos dos municípios parte I

32º EXPO PARÁ

  18/06 à 26/06

  ARPP

Leilão Arca de Noé (ARPP)

  26/06

  Plantel - Telefone: (91) 241-0874

Atelier dos Bairros (programação Pro paz)

  01/07 à 30/07

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Festas e Eventos

Belém - PA 

1° Fórum de Folclore do Estado do Pará

 

01/07 à 15/07 

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Congresso Norte Nordeste de Reprodução Humana

  19/08 à 21/08

 Sociedade Paraense de Reprodução Humana - Telefone: (91) 230-1622 - Fax: (91) 230-4177

Égua Moleque! Encontro das Tribos (programação Pro Paz)

  01/08 à 30/08

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Letras do Mundo: Nobel de Literatura Ibero-Americana

  08/08 à 10/08

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 316 - Fax: (91) 233-4221

Campeonato Norte Nordeste de Fisiculturismo

  21/08

 Federação Paraense de Fisiculturismo e Fitness e Secretaria Executiva de Esporte e Lazer- SEEL - Telefone: (91) 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

Festas e Eventos

Belém - PA 

Arca de Noé

 

28/08 

Plantel - Telefone: (91) 241-0874

71

Page 72: Festas e Eventos dos municípios parte I

Círio Santa Rosa de Lima

  26/08

 Paróquia N. Sra. do Ó - Telefone: (91) 3771-2967 - Fax: (91) 223-7108

Semana Paraense de Informática

  19/09 à 23/09

 Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações Regional Pará - Telefone: (91) 225-3060 - Fax: (91) 224-1533

XLV Congresso Brasileiro de Química

  19/09 à 23/09

 Associação Brasileira de Química - Telefone: (91) 222-0870 - Fax: (91) 229-6839

Arca de Noé

  25/09

  Plantel - Telefone: (91) 241-0874Festas e Eventos

Belém - PA 

Circuito Nazaré em todo canto - apresentação do Gran Coral Metropolitano

 

01/10 à 30/10 

Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

XII FIDA - Festival Internacional de Dança da Amazônia

  24/10 à 30/10

 Escola de Danças Clara Pinto - Telefone: (91) 223-2779 / 223-1744 / 222-4332 / 263-0154 - Fax: (91) 223-2779

XXII Corrida do Círio

  23/10

 Tv Liberal, Federação Paraense de Atletismo e Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: (91) 213-1169 / 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

Auto do Círio

  07/10

 Prefeitura Municipal, Escola de Teatro e Dança da UFPA e FUMBEL - Telefone: (91) 242-5742

Círio Rodo-Fluvial de Nossa Senhora de Nazaré

  07/10

  Diretoria da Festa - Telefone: (91) 4009-8400Festas e Eventos

Belém - PA 

72

Page 73: Festas e Eventos dos municípios parte I

Trasladação de Nossa Senhora de Nazaré

 

08/10 

Diretoria da Festa de Nazaré - Telefone: (91) 4009-8400

Romaria Fluvial

  08/10

  PARATUR - Telefone: (91) 223-1932 / 242-1118

Festa da Chiquita

  08/10

  Prefeitura Municipal - Telefone: (91) 3086-0655

Círio de Nossa Senhora de Nazaré

  09/10

  Diretoria da Festa de Nazaré - Telefone: (91) 4009-8400

Congresso Brasileiro de Ornitologia

  30/10 à 04/11

 Museu Paraense Emílio Goeldi - Telefone: (91) 217-6138 - Fax: (91) 249-1302

Festas e Eventos

Belém - PA 

Arca de Noé (ARPP)

 

30/10 

Plantel - Telefone: (91) 241-0874

1° Festival de Teatro nas Escolas (Programação do Proz Paz)

  01/11 à 30/11

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Final do 2° FEMUP - Festival de Música do Pará

  01/11 à 30/11

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Ler & Reler vestibular

  14/11 à 19/11

 Fundaçaõ Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 316 - Fax: (91) 223-4221

PARAFOLIA

  24/11 à 27/11

  Bis Promoções / - Telefone: (91) 242-7766Festas e Eventos

Belém - PA 

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Page 74: Festas e Eventos dos municípios parte I

Arca de Noé

 

27/11 

Plantel - Telefone: (91) 241-0874

Natal com Arte em Toda Parte

  01/12 à 25/12

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

Reveillon da Gente

  31/12

 Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Telefone: (91) 241-2333 ramal 314

III Copa SEEL de Karatê das Federações do Pará

  11/12

 Secretaria Executiva de Esporte e Lazer - Telefone: Tel.: (91) 232-1122 / 1133 - Fax: (91) 232-0474

Arca de Noé

  11/12

  Plantel - Telefone: (91) 241-0874Festas e Eventos

Belém - PA 

1º Leilão Fiel Embryo & Convidados

 

08 de abril de 2007 

Uma realização de Atual Leilões

Semana Municipal do Meio Ambiente

  05 a 09 de junho de 2007

 

ENTIDADE PROMOTORA: SEMMA – Secretaria Municipal de Meio AmbienteFONE: (91) 3039-8124 /3039 - 8115FAX: (91) 3242-0090E-mail: [email protected]

Festividade de Santana

  16 a 18 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Agência Distrital de Mosqueiro FONE/FAX: (091) 3771-1264 / 3771-3150 / 3771-1755

Semana do Folclore

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Page 75: Festas e Eventos dos municípios parte I

  17 a 23 de agosto

 

ENTIDADE PROMOTORA: Associação dos Grupos Folclóricos de Mosqueiro / Prefeitura Municipal de Belém / Agência Distrital de Mosqueiro FONE/FAX: (091) 3771-1264 / 3771-3150 / 3771-1755

Festividade de São Raimundo

  30 de agosto a 01 de setembro

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Agência Distrital de Mosqueiro FONE/FAX: (091) 3771-1264 / 3771-3150 / 3771-1755

Festas e Eventos

Belém - PA 

Festividade de Santa Rosa de Lima

  31 de agosto a 03 de setembro

 ENTIDADE PROMOTORA: Prefeitura Municipal e Agência Distrital de Mosqueiro FONE/FAX: (091) 3771-1264 / 3771-3150 / 3771-1755

Festival Brasileiro de Folclore do Pará

  2 a 31 de agosto

 ENTIDADE PROMOTORA: Associação dos Grupos de Folclore de Belém FONE/FAX: (091) 3224-7631 / 3224-7631 / 9601-1131

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