fundos de investimento imobiliário
TRANSCRIPT
Ciclo de Formações
Fundos de Investimento Imobiliário
Lisboa 09 de Janeiro de 2015
O que são?
Património autónomo pertencente a uma pluralidade de pessoas singulares ou colectivas; Instrumento de poupança colectiva; Responsabilidade limitada ao património, não extensível aos participantes; Obrigatoriamente geridos por entidade terceira, independente – Sociedade Gestora.
Como funcionam?
Investidor
Fundo
Imóveis
Fundo
Inquilinos
Compra Unidades de Participação de um Fundo
Com o dinheiro do investidor compra imóveis
São arrendados a inquilinos*
Pagam rendas aoFundo
Incorpora ou distribui as rendas e a valorização ou
desvalorização dos imóveis gerando ganhos ou perdas para
o investidor
Circuito Fundo de Investimento Imobiliário
Tipologia de Fundos
A tipologia dos Fundos Imobiliários pode variar, consoante:
• Variabilidade do capital;
• Forma de remuneração dos participantes;
• Distribuição das unidades de participação.
Tipologia de Fundos
Quanto ao capital
Variabilidade do Capital
MistoFechado
Subscrição Particular
Nº de participantes <5 ou>5 exclusivamente
investidores institucionais
Nº de participantes >5 não sendo apenas
institucionais
Subscrição Pública
Aberto
Tipologia de Fundos
Quanto às unidades de participação e remuneração das mesmas
Formas de Remuneração
Fundos de Rendimento
Fundos Capitalização
Distribuem os rendimentos gerados aos Participantes, de forma
periódica.
Reinvestem automaticamente os rendimentos gerados pelas
respectivas carteiras, não distribuindo rendimentos.
Constituídos por UP’s em número fixo, estabelecido no momento da emissão podendo,
eventualmente, ser aumentado, em condições pré-definidas no regulamento de gestão. O
investimento ou desinvestimento num Fundo Fechado faz-se através da compra ou venda de
UP’s.
Fundo de Investimento Imobiliário Fechado
Fundo de Investimento Imobiliário Misto
Constituídos por duas categorias de unidades de participação, sendo uma em número fixo e outra
em número variável.
Fundo de Investimento Imobiliário Aberto
Constituídos por unidades de participaçãp (UP’s) em número variável, ou seja, o número de
unidades de participação varia de acordo com a procura do mercado. Uma subscrição resulta
num aumento das UP’s e um resgate traduz-se numa eliminação das UP’s correspondentes.
Composição das Carteiras
Limites à
Composição da Carteira
Fundos
Abertos
Fundos Fechados
de Subscrição
Pública
Fundos Fechados de
Subscrição Particular com nº
>5 Participantes não sendo
exclusivamente Investidores
Institucionais
Fundos Fechados de
Subscrição Particular com
nº <5 Participantes ou nº
>5 sendo todos eles
Investidores Institucionais
Fundos Mistos
Investimento
mínimo em
Imóveis
75% 75% 75% 75% 75%
Investimento
máximo em
Projetos de
Construção
25%
50%
60% em caso de
Reabilitação
- - 25%
Investimento
máximo num só
Imóvel
20% 25% - - 20%
Exposição
máxima de
arrendamento a
um só grupo
económico
20% 20% - - 20%
Investimento
máximo em
Sociedades
Imobiliárias
25% 25% - - 25%
Investimento
máximo em Ups
de outros FIIs
25% 25% 25% 25% 25%
Endividamento
máximo25% 33% 33% -
Não é
permitido
endividamento
A Sociedade Gestora
Operações permitidas à Sociedade Gestora Fundos Imobiliários
Aquisição de imóveis para arrendamento ou destinados a outras
formas de exploração onerosa
Aquisição de imóveis para revenda
Aquisição de outros direitos sobre imóveis, nos termos previstos
em regulamento da CMVM, tendo em vista a respetiva exploração
económica
Operações vedadas à Sociedade Gestora Fundos Imobiliários
Onerar por qualquer forma os seus valores, excepto para obtenção
de financiamento, dentro dos limites estabelecidos no RJFII
Conceder crédito, incluindo a prestação de garantias
Efetuar promessas de venda de imóveis que ainda não estejam na
titularidade do fundo de investimento
Operações permitidas à Sociedade Gestora Fundos Imobiliários
Aquisição de imóveis para arrendamento ou destinados a outras
formas de exploração onerosa
Aquisição de imóveis para revenda
Aquisição de outros direitos sobre imóveis, nos termos previstos
em regulamento da CMVM, tendo em vista a respetiva exploração
económica
Fundos Sectoriais
Fundo Especial de Investimento Imobiliário Florestal (FEIIF); Fundo de Investimento Imobiliário em Reabilitação Urbana (FIIRU); Fundo de Investimento Imobiliário para Arrendamento Habitacional (FIIAH);
Fiscalidade
Perda gradual dos benefícios fiscais; Apenas Fundos Imobiliários Abertos mantêm 50% de isenção em sede de IMI e IMT (OE 2014); Fundos sectoriais têm igualmente alguns benefícios fiscais.
Sobre os FIIAH
Devem investir maioritariamente em imóveis de arrendamento de
habitação própria e permanente (75%)
Podem alavancar-se dentro das regras previstas para os Fundos,
consoante a sua tipologia (abertos ou fechados)
Apresentam um conjunto diversificado de benefícios fiscais:
• Isenção de IMT (na aquisição por parte do Fundo);
• Isenção de IMI;
• Isenção de taxas de supervisão;
• Isenção de IRC.
Sobre os FIIAH
Montantes sob gestão dispararam em 2013 (portaria inicial vigorava apenas
até 31 de Dezembro de 2013)
Governo concedeu prorrogação por mais 2 anos (até final de 2015)
0
200 000
400 000
600 000
800 000
1 000 000
1 200 000
1 400 000
1 600 000
1 800 000
2009 2010 2011 2012 2013 2014
159 805 170 387
321 763
590 022
1 611 834 1 580 387
Montantes sob Gestão FIIAH (€'000)
Fonte: APFIPP
Alguns números do mercado
34 Gestoras em actividade
Número de Sociedades Gestoras estável desde 2007
20
25
30
35
40
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Evolução nº de Sociedades Gestoras (FII + FEII)
Fonte: CMVM
Alguns números do mercado
Interfundos, Fundger e Montepio, as 3 maiores Juntas gerem 1/3 do mercado Espírito Santo (actual GNB) perdeu 15% de activos em 2014
13%
11%
9%
8%
7%7%
6%
6%
5%
4%
24%
Split do mercado por SGFII
Interfundos
Fundger
Montepio Valor
GNB
Norfin
Square Asset Management
Banif Gestão de Activos
Gesfimo
Imofundos
Santander Asset Management
Restantes
Fonte: APFIPP
Alguns números do mercado
251 fundos em actividade Crescimento exponencial no nº de fundos entre 2005 e 2009 Fim dos benefícios fiscais travou a subida
0
50
100
150
200
250
300
Evolução do n.º de FIIs e FEIIs (1996-2013)
Fonte: CMVM
Alguns números do mercado
€ 11,76 mil milhões actualmente sob gestão Crescimento de 6,5% nos montantes geridos, entre 2009 e 2013 Queda de -4,3% em 2014
Fonte: CMVM
0
2 000
4 000
6 000
8 000
10 000
12 000
14 000
2008 2009 2010 2011 2012 2013
4 1495 278 4 884 4 537 4 378 4 150
6 486
6 4986 600 6 727 6 949
8 141
Montantes sob gestão (€ Milhões)
FII Abertos FII Fechados
Alguns números do mercado
€ 13,48 mil milhões de activos em carteira Fundos fechados representam 67% dos activos em carteira no mercado Queda de -5,89% em 2014
Fonte: CMVM
0
2 000
4 000
6 000
8 000
10 000
12 000
14 000
16 000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 nov/14
4 5755 184 4 995 5 017 5 008 4 813 4 295
8 181
8 704 9 111 9 301 9 458 9 5179 191
Activos em carteira (milhões de euros)
FII Abertos FII Fechados
Alguns números do mercado
Endividamento tem vindo a reduzir-se desde 2011 Alavancagem é superior nos fundos fechados
Fonte: CMVM
0
500
1 000
1 500
2 000
2 500
3 000
3 500
2008 2009 2010 2011 2012 2013
541325 226
662 637 645
1 987 2 457 2 743
2 6612 542
2 023
Endividamento FII
FII Abertos FII Fechados
Alguns números do mercado
Endividamento tem vindo a reduzir-se desde 2011 Alavancagem é superior nos fundos fechados
Fonte: CMVM
13,0%
6,2%
4,6%
14,6%14,6% 15,5%
14,1%
30,6%
37,8%
41,6%
39,6% 36,6%
24,9% 23,8%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
30,0%
35,0%
40,0%
45,0%
2008 2009 2010 2011 2012 2013 nov/14
Alavancagem FII
FII Abertos FII Fechados
Alguns números do mercado
Liquidez dos fundos tem vindo a subir nos últimos 2 anos Em 2011, fundos abertos praticamente não tinham liquidez
Fonte: CMVM
1,7%
6,7%
4,9%
0,8% 0,50%0,9%
2,7%
7,0%
7,5%7,1%
5,7%5,6%
10,0%
11,2%
0,0%
2,0%
4,0%
6,0%
8,0%
10,0%
12,0%
0,0
100,0
200,0
300,0
400,0
500,0
600,0
700,0
800,0
900,0
1 000,0
2008 2009 2010 2011 2012 2013
% d
o v
alo
r g
erid
o
Mil
hõ
es d
e e
uro
s
Liquidez FII
FII Abertos FII Fechados
Alguns números do mercado
Fundos estão finalmente vendedores de activos Descida de activos sob gestão, de divida e aumento de liquidez deve-se, assim, a forte actividade vendedora
Fonte: Banco de Portugal
777,2 768,8
477,2
214,8134,2
475,2
-288-400
-200
0
200
400
600
800
1000
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Transacções Líquidas FII (milhões de euros)
Crédito Imobiliário e Mal-Parado em Portugal
Crédito Habitação
CH concedido na ordem dos € 104 mil milhões Subida de 60% entre 2005 e 2011 Ligeira desalavancagem desde 2011 Fonte: Banco de Portugal
50.000
60.000
70.000
80.000
90.000
100.000
110.000
120.000
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Crédito Habitação em dívida (€ milhões)
Crédito Habitação
Apesar da lenta desalavancagem, valores mensalmente concedidos estão hoje 90% abaixo de máximos históricos
Fonte: Banco de Portugal
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200
400
600
800
1 000
1 200
1 400
1 600
1 800
2 000
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Crédito Habitação Concedido (milhões de euros)
Crédito Habitação
O crédito é curto e caro, apesar dos indexantes estarem em mínimos históricos Spreads voltaram a subir
Fonte: INE
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50
100
150
200
250
300
350
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-10
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13
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Em
po
nto
s p
erc
entu
ais
Spread médio novos contratos CH
Crédito Actividades Imobiliárias
Crédito concedido a actividades imobiliárias na ordem dos 28,5 mil milhões À semelhança do CH, subida desde 2005 Descida ocorre mais cedo, a partir de 2009, mais forte na construção (-40%)
Fonte: Banco de Portugal
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
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Crédito Concedido (€ Milhões)
Construção Actividades Imobiliárias
Crédito Imobiliário
Mais de 60% do crédito concedido é ao sector imobiliário Parte do crédito a empresas tem como garantia… imobiliário!
Fonte: Banco de Portugal
60,7%
9,7%
29,6%
Crédito concedido sistema não-financeiro
% Imobiliário % Particulares % Empresas
Crédito Mal-Parado
Fonte: Banco de Portugal
Mal-parado totaliza já quase € 9,5 mil milhões Muito elevado na construção Na promoção em igual valor que CH (mas este representa 10 vezes mais…)
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
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1.000
2.000
3.000
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5.000
6.000
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8.000
9.000
10.000
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Crédito Imobiliário Vencido (€ Milhões)
Crédito Imobiliário Vencido % s/ crédito concedido