fundamentos socio antropologicos da educacao apostila completa

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GOVERNO FEDERAL Luis Inácio Lula da Silva Presidente do Brasil Fernando Haddad Ministro da Educação Carlos Eduardo Bielschowsky Secretário de Educação a Distância Jorge Almeida Guimarães Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Celso José da Costa Diretor de Educação a Distância da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na CAPES INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MATO GROSSO (IFMT) José Bispo Barbosa Reitor Willian Silva de Paula Pró Reitor de Ensino Alexandre José Schumacher Coordenador Geral UAB/IFMT Vinícius de Matos Rodrigues Coordenador Adjunto UAB/IFMT Coordenação da UAB/IFMT Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT) - Campus Bela Vista - Avenida Juliano Costa Marques S/N, CEP: 78.050-560, Bela Vista, Cuiabá/MT - Brasil Alexandro Uguccioni Romão Editoração eletrônica Maria Antônia da Silva Revisão de português A produção deste material didático obteve financiamento no âmbito do Programa Universidade Aberta do Brasil, CAPES/FNDE/MEC. Autoriza-se o uso e a reprodução da obra no âmbito do Sistema UAB e o IFMT desde que citada a fonte. É vedado o uso desta obra para fins de comercialização.

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  • GOVERNO FEDERAL

    Luis Incio Lula da Silva

    Presidente do Brasil

    Fernando Haddad Ministro da Educao

    Carlos Eduardo Bielschowsky

    Secretrio de Educao a Distncia

    Jorge Almeida Guimares

    Presidente da Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

    Celso Jos da Costa

    Diretor de Educao a Distncia da Universidade Aberta do Brasil (UAB) na CAPES

    INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA

    E TECNOLOGIA DO MATO GROSSO (IFMT)

    Jos Bispo Barbosa

    Reitor

    Willian Silva de Paula

    Pr Reitor de Ensino

    Alexandre Jos Schumacher

    Coordenador Geral UAB/IFMT

    Vincius de Matos Rodrigues

    Coordenador Adjunto UAB/IFMT

    Coordenao da UAB/IFMT

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Mato Grosso (IFMT) - Campus Bela Vista -

    Avenida Juliano Costa Marques S/N, CEP: 78.050-560, Bela Vista, Cuiab/MT - Brasil

    Alexandro Uguccioni Romo

    Editorao eletrnica

    Maria Antnia da Silva

    Reviso de portugus

    A produo deste material didtico obteve financiamento no mbito do Programa Universidade Aberta do

    Brasil, CAPES/FNDE/MEC.

    Autoriza-se o uso e a reproduo da obra no mbito do Sistema UAB e o IFMT desde que citada a fonte.

    vedado o uso desta obra para fins de comercializao.

  • INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO,

    CINCIA E TECNOLOGIA DO MATO

    GROSSO

    UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL LICENCIATURA EM QUMICA

    Guia de Estudo

    FUNDAMENTOS

    SCIO-

    ANTROPOLGICOS

    DA EDUCAO 1 Semestre

    HAYA DEL BEL / 2010

  • mais importante educar que instruir;

    formar pessoas que profissionais;

    ensinar a mudar o mundo que ascender elite.

    (Frei Betto)

  • HAYA DEL BEL HAYA um nome de batismo xamnico,

    DEL BEL o sobrenome de minha me. Meu nome no registo geral Gisele Mocci, mas as experincias vividas durante o incio da dcada foram to profundas que o novo nome de batismo traduz melhor como me vejo e sinto desde ento. Sou formada em Cincias Sociais (antropologia, sociologia e cincia poltica) pela Universidade Federal do Paran. Foi em Curitiba que fiz minha graduao, trabalhei alguns anos e fiz

    meu mestrado em Sociologia da Cultura, tambm na UFPR. H um ano e meio me mudei para Cuiab, com meu marido, e onde resido atualmente. Parte da minha famlia mora no norte do estado em Sinop e Sorriso e meu irmo mora em Curitiba. Desde que cheguei aqui trabalho com dedicao e curiosidade na UAB do IFMT e essa minha primeira experincia como docente de Educao a Distncia, antes estava em um cargo

    administrativo. Tambm trabalho na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), como professora concursada do departamento de Sade Coletiva, desde janeiro de 2010.

    SOBRE A AUTORA

  • Apresentao ...................................................................................... ...... 06

    Introduo .......................................................................................... ...... 07

    UNIDADE I .......................................................................................... .... 17

    UNIDADE II .......................................................................................... .. 20

    UNIDADE III .......................................................................................... . 26

    UNIDADE IV ........................................................................................... 34

    UNIDADE V .......................................................................................... .. 42

    UNIDADE VI .......................................................................................... . 49

    Referncias Bibliogrficas ...................................................................... 59

    SUMRIO

    SUMRIO

  • Prezados alunos da graduao em Qumica: Sejam bem vindos!

    Dou-lhes boas vindas a esse universo que agora tambm seu e desejo que a sua

    passagem por aqui seja exitosa.

    Imagino que estejam sentindo-se empolgados e ligeiramente assustados por fazerem

    parte de uma turma de graduao no formato Educao a Distncia, mas vejam pelo lado de

    terem o privilgio de assistir e participar, simultaneamente, da construo do mesmo.

    Lembrem-se de que ns todos somos os responsveis por construir e edificar o nome

    deste curso. Sero nossas aes, nossas palavras e nossos esforos, nossa dedicao e nosso

    comprometimento que contribuiro para a realizao de uma graduao que faa a diferena em

    nossa vida e na sociedade que vivemos.

    Vocs chegaram a UNIVERSIDADE! Isso no um feito qualquer, da rotina semanal e

    to pouco, infelizmente, acontece na vida de todos os cidados brasileiros. Agora tempo de

    mudanas. A vida de cada um de vocs mudar de alguma forma, algumas mais outras menos.

    As mudanas dependero da forma como se envolverem com o curso, logo quem se

    comprometer e se envolver mais descobrir novos conhecimentos e estes abriro novos mundos,

    novas compreenses, novas formas de se relacionar e se posicionar perante a sociedade, e isso....

    Isso bom demais!

    Estamos felizes com a chegada de vocs, e mais uma vez: sejam bem vindos!

    APRESENTAO

  • A disciplina Fundamentos Scio-Antropolgicos da Educao tem este nome por se

    tratar das bases da educao. Fundamento o que vem abaixo, dando sustentao para o que

    est acima. Pense na construo de uma casa, seu fundamento a primeira coisa ser construda

    pois ele d condies de levantarmos uma casa em cima. Quanto maior a casa que quisermos

    construir, mais resistente ter que ser o fundamento da mesma, no ? Entretanto, depois da casa

    pronta no vemos suas bases, seus fundamentos, mas no podemos esquecer que sem ele, nada

    se seguraria em cima, a casa cairia na cabea dos moradores. Por isso devemos fazer uma boa

    fundamentao tanto de uma casa como de um curso.

    Essa disciplina contribuir com reflexes, questionamentos, observaes do invisvel

    (os fundamentos). O objetivo investigar, refletir, problematizar, debater temas que fazem parte

    do nosso cotidiano educacional. No existem frmulas ou receitas mgicas como nas

    propagandas de TV. A inteno justamente quebrar o raciocnio simplista e/ou ingnuo e

    contribuir para um perfil mais crtico e compreensivo da educao na sociedade atual.

    Parece difcil? Mas no no... gostoso, faz a gente exercitar os msculos do crebro.

    Pena que estes, tal qual os fundamentos das casas, esto menos a vista e podem ser

    menosprezados pelo pblico que est fora dos bancos acadmicos, o que no o caso de vocs,

    no mesmo? Alm disso vocs no vo sozinhos, vamos juntos!

    Este material est dividido em 6 unidades:

    1. Sociologia da educao

    2. Antropologia da educao

    3. A escola

    4. O educador

    5. Sociedade e educao

    6. Educao no Brasil.

    E cada unidade desta est subdividida em tpicos, com a inteno de facilitar o

    aprendizado e o estudo entre os encontros virtuais.

    uma disciplina que se far basicamente de leituras e exerccios e durante o perodo

    que estiver acontecendo o mdulo, postarei mais material, diversificados para nossos exerccios

    e questionamentos.

    Para compreendermos os conceitos ser necessria mais que uma leitura, ser necessrio

    fichar esta apostila, ou fazer uma grade de leitura, um esquema ou um resumo. Veja abaixo a

    diferena entre os 3. Ah, antes que eu me esquea: no v achando que este processo serve s

    para esta disciplina no... Serve para todas. Estudar em casa requer disciplina, dedicao e

    INTRODUO

  • tcnica. Sem tcnica demoramos muito mais tempo do que o necessrio para a execuo de uma

    tarefa. No caso de vocs a tarefa estudar, ento l vo algumas tcnicas para auxili-los neste

    processo:

    1- FICHAMENTO:

    O que um fichamento?

    O fichamento implica fichar ou registrar seus apontamentos sobre um texto;

    portanto, uma maneira de manter arquivado um registro das suas leituras.

    Permite orientar acessos posteriores ao texto de origem, se for o caso. Em um bom

    fichamento consta toda a informao necessria sobre o texto, de forma que no seja mais

    necessrio voltar ao texto, constando no fichamento todos os dados verbais e citaes que o

    aluno possa vir a precisar daquele texto posteriormente.

    Ento, diga a: vai preferir fichar as unidades e os livros e sempre que precisar consultar

    ou vai preferir ficar com todo conhecimento solto em sua cabea, sem ter certeza do que sabe ou

    do que no sabe? E nem pense em optar pela segunda alternativa...rs.

    Um fichamento tem uma estrutura que :

    1) Identificao do texto fichado ( que j pode ser conforme normas de Referncias da

    ABNT) Por exemplo:

    DEMO, Pedro. Definindo conhecimento cientfico (Captulo 1). In: Metodologia do

    conhecimento cientfico. So Paulo: Atlas,2000. (pp:13-32).

    2) Apresentao - Pode constar uma breve apresentao do objetivo daquele

    fichamento.

    3) Resumo das principais idias do texto xxxxxxxxx. Esse o mais importante.

    4) Comentrios do aluno/autor do fichamento - pode ser ao final do pargrafo fichado,

    ao final da seo ou ao final do texto.

    2- GRADE DE LEITURA

    A grade de leitura ser mais utilizada por vocs, ela mais simples e como esse material

    j dirigido, talvez seja mais til neste momento.

    Como fazer uma grade de leitura?

    Faa uma sntese, que comea por sublinhar as principais partes do pargrafo e depois

    do texto todo. Use a seqenciais do texto, ou pargrafos por pgina. O objetivo sintetizar as

    idias centrais em frases curtas e objetivas.

    3- ESQUEMA

    O que precisa para fazer um esquema?

    Simples:

  • definir e destacar as idias principais do texto;

    definir a constelao de idias secundrias que cercam cada idia principal;

    escolher palavras-chave ou breves expresses ou pequenas frases para transmitir as

    idias a destacar;

    escolher um formato grfico para mostrar as idias e as relaes entre elas.

    4- RESUMO

    altamente recomendvel como prtica adotada em quaisquer trabalhos de graduao

    intra-disciplinares, por razes pedaggicas de exerccio do aprendizado por parte do aluno em

    sintetizar as idias de textos trabalhados.

    A NBR 14.724 da ABNT (2005, p.5), orienta a sua elaborao ao afirmar que o

    Resumo dos trabalhos acadmicos se constitui por uma sequncia de frases concisas e objetivas

    e no de uma simples enumerao de tpicos, no ultrapassando 500 palavras, seguido, logo

    abaixo, das palavras representativas do contedo (central) do trabalho, isto , palavras-chave.

    Como se faz um Resumo?

    uma primeira leitura bem atenta do texto necessria para perceber do que trata o

    assunto em questo;

    na prxima leitura use o destaca texto para destacar as idias principais e ir anotando o

    que lhe parecer mais relevante nas margens;

    faa quantas leituras for necessrio para certificar-se quais so realmente as idias

    centrais a resumir;

    destaque bem as palavras-chaves do texto, que contm as idias fundamentais e que

    sero a sua bssola para fazer seu resumo;

    faa um primeiro resumo por pargrafo, e, a seguir o resumo do seu primeiro resumo

    para sintetizar as idias;

    releia atentamente o texto, checando com o resumo, para certificar-se que voc fez o

    seu resumo sem perder a estrutura do texto original, coerncia e sequncia lgica entre os

    pargrafos resumidos;

    atenha-se s idia do texto, conforme elaboradas por seu autor, seja fiel ao texto, pois,

    no esse o momento de fazer seus comentrios nem emitir suas opinies.

    Bem, por a... Tero esses contedos aprofundados nas disciplinas de mtodos, mas j

    vo treinando desde agora.

    J devem estar com vontade de estudar a matria propriamente dita, acertei? Mas calma

    l, vamos antes disto fazer um exerccio, um chegar para a matria. Esse exerccio chama-se

    memorial. Este nome deve-se ao fato de que para faz-lo deve rastrear sua memria, buscar

    experincias l do passado e repens-las. Faz-lo fundamental para os exerccios seguintes.

  • Vamos l? Responda, com calma, as questes abaixo. Se no lembrar de algumas

    coisas, pea ajuda para algum da famlia, especialmente na questo 02. Esse um exerccio

    gostoso, daqueles para serem feitos no final de semana, sem pressa, sem nenhuma preocupao

    de acertar. Tudo o que escrever estar certo. uma oportunidade de um encontro com voc

    mesmo e de resgate de sua trajetria. Entregue-se, curta o passeio pelo sua prpria histria e

    gostos.

    MEMORIAL DE FORMAO

    1- Identificao

    Nome: _____________________________________________________________________________

    Como gosta de ser chamado (a)? _____________________________________________________________________________

    Foto:

    Aqui cole uma foto atual sua. Pode ser tirada do Orkut, impressa e colada. Pode ter mais

    gente junto, mas faa um destaque em voc. Cole uma foto em que est feliz, alegre.

  • 2- Histria de Vida

    Busque dar significao a cada etapa de vida. Para facilitar, pode dividi-la de 7 em 7 anos e

    contar o que foi mais marcante, como se sentia, quais os principais fatos, como eles definiram o

    que voc hoje.

    0-7 anos:

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    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

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    8-14 anos:

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    15- 21 anos:

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    22- 28 anos:

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  • _____________________________________________________________________________

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    28 hoje:

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    _____________________________________________________________________________

    3- Processo de escolha profissional, profissionalizao e principais influncias recebidas:

    Em outras palavras, responda como chegou a escolha de fazer o curso de qumica, se j fez

    outro curso profissionalizante e quem te influenciou a fazer qumica?

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    4- Questionamento em relao formao escolar:

    Esta a questo que ser utilizada em exerccios posteriores. Pense, converse com familiares e

    amigos antes de responder. Depois disto, responda como foi a sua formao na ensino

    fundamental e no mdio.

    Onde estudou?

    Com quem estudou?

    Em qual escola estudou?

    Como se sentia na escola?

    Quais aulas mais gostava?

  • Gostava ou no de ir a escola e porqu?

    Qual professor (a) mais gostou e porqu?

    O que acha que deveria mudar em cada uma destas etapas?

    O que poderia ter sido melhor?

    Do que sente saudade?

    Ensino Fundamental:

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    Ensino Mdio:

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  • _____________________________________________________________________________

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    Obs. Os alunos que j fizeram outra graduao, devem continuar o exerccio acima, fazendo os

    mesmos questionamentos em relao a sua primeira graduao.

    5- Expectativas sobre a formao de licenciado em qumica:

    O que espera encontrar/viver depois de formado(a)?

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    6- Questionamentos sobre o exerccio da atividade profissional:

    Quais so as dvidas que voc tem em relao a como ser o seu trabalho depois da graduao?

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    _____________________________________________________________________________

    7- O que espera encontrar na Universidade Aberta do Brasil (UAB IFMT) , que contribua para

    sua formao? Que tipo de aula? Que tipo de professor? Que tipo de aluno?

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

  • _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    8- Dificuldades pessoais:

    Quais so suas principais dificuldades?

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    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

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    8- Atividades profissionais que exerce e interfaces com o curso de graduao em qumica:

    Faz alguma atividade alm de estudar diariamente?

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    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    9- Habilidades, Experincias e Realizaes pessoais:

    Na sua trajetria de vida, o que aprendeu a fazer de melhor? Dirigir, cozinhar, conversar...?

    Qual sua principal habilidade? Qual a experincia mais marcante de sua vida? E qual sua maior

    conquista/realizao?

    Habilidade

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    Experincia:

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

  • Realizao pessoal:

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    10- Passatempo:

    O que faz quando no est estudando que te d prazer?

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    Fecho do Memorial

    Ao elaborar o memorial, voc (re) significou alguma etapa de vida?

    Passou a ver alguma coisa diferente da forma com que via antes?

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

    _____________________________________________________________________________

  • UNIDADE I

    Sociologia da Educao

    Objetivos:

    Conceitualizar sociologia educacional.

    Relacionar o conceito de formao social do homem com a trajetria individual de

    formao.

    A sociologia educacional um ramo da sociologia geral. Nela priorizamos os aspectos

    sociais dos fenmenos educacionais. Por ser um galho da sociologia, desta que bebe seus

    princpios e mtodos. Soma-se aos estudos da sociologia geral, os estudos da educao. Neste

    caso, podemos imaginar algo como o delta de um rio. De um lado um afluente (a sociologia

    geral) de outro o outro afluente (os estudos da educao) formando um terceiro rio que a soma

    dos dois afluentes anteriores. Este terceiro rio a sociologia da educao. A sociologia

    educacional o resultado do encontro entre a sociologia geral e os estudos de educao.

    Vamos ouvir outro autor falar? Se voc pensou Como assim? Eu no vou ouvir outro

    autor, eu vou ler outro autor, se enganou. Quando voc l ouve a sua prpria voz em sua

    cabea, no mesmo? Por isso, quanto mais l, melhor l. Aproveite o momento e leia em voz

    alta, assim treinar sua dico.

    A formulao histrica de uma sociologia educacional, em sentido restrito, relativamente

    recente.

    Sempre se cuidou de analisar a educao, e j os pensadores gregos falaram dela. Tambm os

    romanos. Mas tratavam sobretudo de seus aspectos filosficos, ou ento do modo como ela

    deve ser realizada. Os grandes pedagogos modernos, Pestalozzi, Rousseau, etc., no tinham

    ainda um ponto de vista sociolgico, o que era natural.

    S depois de criada a sociologia, no sculo XIX, se poderia esperar um estudo sociolgico da

    educao. Augusto Comte, porm, no que tange educao, fez observaes de cunho mais

    filosfico do que pedaggico e sociolgico.

    Com mile Durkheim, ao fim do sculo passado, surge um estudo, ainda hoje importante,

    intitulado Educao e Sociologia. Durkheim, que sempre cuidou de problemas pedaggicos

    e foi um grande socilogo, escreveu tambm o livro A educao Moral. Para Durkheim, o

    socilogo pode e deve estudar a educao como um fato social, como um fenmeno que se

    verifica no meio social, e que faz parte essencial da vida dos grupos.

    Depois, na Alemanha, na Inglaterra e nos Estados Unidos, noutros pases, o aspecto social da

  • educao foi recebendo cada vez mais ateno. Cada vez mais se compreendeu que a formao

    do indivduo no um trabalho isolado: o homem se forma dentro de um conjunto de

    influncias e de padres sociais, forma hbitos dentro do grupo e educado para viver no

    grupo. A personalidade se constri dentro da sociedade, e no dentro do indivduo puramente,

    por isso que as cincias sociais so necessrias para a plena compreenso do ser humano.

    SALDANHA, Nelson Nogueira

    SOCIOLOGIA DA EDUCAO

    QUESTES

    1. Faa um desenho do delta de um rio com 2 afluentes. Em um dos afluentes

    escreva sociologia geral, no outro estudos da educao. No grande rio, fruto

    dos afluentes, escreva Sociologia da Educao. Depois observe seu desenho e

    verifique se compreendeu o surgimento da sociologia da educao.

    2. Qual o principal socilogo, citado na caixa acima, que estudou Sociologia da

    Educao? Qual seu principal livro? Em qual sculo ele viveu?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    3. Qual sua principal idia?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • 4. O que entendeu pela frase: o homem se forma dentro de um conjunto de influncias

    e de padres sociais, forma hbitos dentro do grupo e educado para viver no grupo.

    A personalidade se constri dentro da sociedade, e no dentro do indivduo puramente,

    por isso que as cincias sociais so necessrias para a plena compreenso do ser

    humano?

    ___________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    ___________________________________________________________________

    5. Relacione a resposta da questo anterior com a resposta dada por voc na

    questo 04 do memorial (Como foi a sua formao na ensino fundamental e no

    mdio). Em outras palavras, reflita e produza um texto explicando como a sua

    participao na escola contribuiu para sua formao humana.

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

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    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • UNIDADE II

    Antropologia da Educao

    Objetivos:

    Compreender o conceito de cultura

    Compreender o processo de endoculturao ou socializao

    Compreender o a relao entre cultura e educao.

    O que nos distingue dos animais? Essa uma questo que aparentemente de

    resposta bvia e simples, mas se olhar melhor ver que ela traz um questionamento

    filosfico em seu bojo.

    Existem vrias possibilidades de resposta, e uma delas, a que nos interessa neste

    momento, remonta a cultura e a educao. Debruar-se sobre a formao social humana

    tarefa da antropologia e tambm da educao, e neste ponto que ambas se

    encontram.

    Vamos por passos. Primeiramente vamos entender um pouco de Cultura.

    Segundo Roque de Barros Laraia, autor do livro Cultura: um conceito antropolgico, o

    conceito de cultura passa pelo dilema da unidade biolgica e a grande diversidade

    cultural da espcie humana. Isso se justifica por termos uma enorme diversidade de

    modos de comportamento existentes entre os diferentes povos e todos estes povos

    formados pela mesma espcie: o homem.

    Desde a Antigidade so comuns as tentativas de explicar as diferenas de

    comportamento entre os grupos humanos, a partir das variaes de ambientes fsicos.

    No entanto antroplogos estudaram e concluram que as diferenas de comportamento

    entre os homens no poderiam ser explicadas atravs das diversidades climticas ou

    fisiolgicas. Pensarmos em determinismo geogrfico ou em determinismo biolgico no

    responde a questo Porqu os grupos humanos se comportam de maneiras diferentes?.

    A resposta que melhor atende esta questo a de que o comportamento dos indivduos

    depende de um aprendizado chamado de endoculturao (endo=dentro), ou seja, o

    processo de aprendizado de uma cultura que acontece nos meios familiares, escolares,

    de amizades... Um exemplo a ser pensado que um menino e uma menina agem

    diferentemente no em funo de seus hormnios, mas em decorrncia de uma

  • educao diferenciada. O processo de endoculturao chamado tambm de

    socializao.

    Seguindo o mesmo raciocnio as diferenas entre os grupos humanos no podem

    ser explicadas em termos das limitaes que lhes so impostas pelo seu aparato

    biolgico ou pelo seu meio ambiente. Prova disto que grupos que vivem no

    submetidos ao mesmo ecossistema se comportam de maneiras diferentes. Pense em na

    diferenas entre os sul-americanos e os sul-africanos, por exemplo. Ambos vivem sob a

    regncia de um clima equivalente mas desenvolveram sociedades distintas umas das

    outras.

    Um exemplo citado no livro Cultura: um conceito antropolgico o dos Lapes

    e dos esquims. Os lapes e os esquims vivem em ambientes muito semelhantes, os

    lapes habitam o norte da Europa e os esquims o norte da Amrica. Era de se esperar

    que eles tivessem comportamentos semelhantes, mas seus estilos de vida so bem

    diferentes. Os esquims constroem os iglus amontoando blocos de gelo num formato de

    colmia e forram a casa por dentro com peles de animais. Com a ajuda do fogo, eles

    conseguem manter o interior da casa aquecido. Quando quer se mudar, o esquim

    abandona a casa levando apenas suas coisas e constri um novo iglu. Os lapes vivem

    em tendas de peles de rena. Quando desejam se mudar, eles tem que desmontar o

    acampamento, secar as peles e transportar tudo para o novo local. Os lapes criam

    renas, enquanto os esquims apenas caam renas.

    Outro exemplo, tambm citado no livro, so as tribos de ndios que habitam uma

    mesma rea florestal e tm modos de vida bem diferentes: algumas so amigveis,

    enquanto outras so ferozes; algumas alimentam-se de vegetais e sementes, outras

    caam; tm rituais diferentes; etc.

    Segundo Roque de Barros Laraia a grande caracterstica da espcie humana

    sua capacidade de romper em suas prprias limitaes: um animal frgil, provido de

    insignificante fora fsica, dominou toda a natureza e se transformou no mais temvel

    dos predadores. Sem asas dominou os ares; sem guelras ou membranas prprias

    conquistou os mares. Tudo isto porque difere dos outros animais por ser o nico que

    possui cultura.

    Apesar da dificuldade histrica que os antroplogos enfrentam para concordar

    com uma definio de cultura, no se discute a sua existncia na realidade. Uma boa

    explicao a de que a cultura se desenvolveu a partir da possibilidade da comunicao

    oral, do desenvolvimento encfalo-cerebral, da capacidade de fabricao de

  • instrumentos, todos capazes de tornar mais eficiente seu aparato biolgico. Isto nos

    permite afirmar que tudo o que os homens fazem, aprenderam com os seus semelhantes

    e no decorre de imposies originadas fora de sua cultura. Pense em sua prpria

    formao, com quem aprendeu falar? Com quem aprendeu a entender o mundo? Por

    acaso se tivesse sido levado ao Japo, por exemplo, na semana do seu nascimento, no

    falaria japons?

    Durante este processo, a comunicao oral vital para a cultura, o idioma e a

    linguagem so um produto da cultura ao mesmo tempo que so formadores e

    reprodutores desta mesma cultura.

    A cultura desenvolveu-se simultaneamente com o prprio equipamento

    biolgico humano e , por isso mesmo, compreendida como uma das caractersticas da

    espcie, ao lado do bipedismo e de um adequado volume cerebral.

    A comunicao um instrumento decisivo para a assimilao da cultura, pois a

    experincia de um indivduo transmitida aos demais, criando assim um interminvel

    processo de acumulao permeado por valores cristalizados, o que nos leva a afirmar

    que a linguagem humana um produto da cultura. A cultura constitui a unidade de um

    grupo humano, serve de lente atravs da qual o homem v o mundo e interfere na

    satisfao das necessidades fisiolgicas bsicas. Embora nenhum indivduo conhea

    totalmente o seu sistema cultural, necessrio ter um conhecimento mnimo para operar

    dentro do mesmo. No nosso caso, podemos usar alguns smbolos da cultura brasileira

    para entender esse conceito. Temos por exemplo, a caipirinha, a feijoada, o samba, o

    funk, o ax, o uso da moeda chamada real. Tudo isso constitui um conhecimento

    mnimo este que compartilhado por todos os componentes da sociedade de forma a

    permitir a convivncia dos mesmos.

    Podemos concluir que o homem age de acordo com os seus padres culturais,

    ele resultado do meio em que foi socializado e que pode sim, participar de processos

    de mudana do mesmo entretanto para faz-lo dever primeiramente ter sido absorvido

    por ele.

    Neste momento voc deve estar se perguntando: E o que que tudo isso tem haver

    com educao? Quem responde para a gente so os autores Gilmar Rocha e Sandra

    Pereira Tosta. Em seu livro Antropologia e Educao, eles afirmam que Se a

    antropologia tem a ambio de abarcar a cultura ou a sociedade em sua totalidade,

    evidente que este um campo, historicamente, multidisciplinar; e para a educao, que

    tem na cultura sua principal fonte de transmisso, inquestionvel a importncia desse

  • dilogo. Sobretudo se pensarmos na educao (...) como a construo de um processo

    concreto que trata de homens concretos, em carne e osso, que refletem seu prprio

    pensamento. Ou seja, todos eles so capazes de aprender (ROCHA, 2009, p. 121-122)

    Bem, vamos ver como ficou isso tudo para voc?

    Faamos agora alguns exerccios que nos ajudaro na compreenso do texto

    acima.

    01- Faa um resumo do texto acima. Conforme voc aprendeu no incio do mdulo,

    um resumo deve ter 15 linhas. A esto elas para voc:

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    02- Retome sua resposta 01 do memorial de formao e relacione suas experincias

    com os aprendizados que teve nesta unidade.

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    03- Em que momento a antropologia e a educao se aproximam? O que elas tem

    em comum?

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    Agora continuamos nossa viagem pela antropologia da educao fazendo uma

    reflexo sobre o seguinte excerto:

    Assim, se certo que a cultura representa acmulo de experincias mutantes

    potencialmente transmissveis, e os mecanismos de transmisso no so genticos, mas

    parte de um processo de aprendizagem ou endoculturao, afirmaremos, ento, que a

    ideia de cultura interessa educao. Mais que isso, a educao, traduzida como

    endoculturao, implica a afirmao de aprendizagens adquiridas e no inatas.

    (ROCHA, 2009, p. 22).

    A partir da leitura deste trecho, faa uma dissertao sobre o seguinte tema: A

    importncia da educao nos processos de formao dos seres humanos.

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    Tudo certo? Unidade I e II compreendidas? Daremos mais um passo. Veremos

    agora a Escola neste contexto.

  • UNIDADE III

    A escola

    Fonte: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://conversademenina.files.wordpress.com/2010/06/escola.

    Objetivos:

    Compreender o a relao escola x sociedade

    Compreender em que medida a escola reproduz as classes sociais que existem

    fora da sala de aula

    Gerar criticidade sobre este processo

  • Antes de iniciarmos nossos estudos sobre escola e sociedade/cultura, busque

    uma foto sua de quando freqentava o ensino fundamental ou mdio e cole aqui:

    Assim sua apostila ficar com o seu jeito, com a sua histria, com a sua escola.

    ESCOLA

    A partir da leitura do texto de Maria Luiza Silveira Teles, compreendemos que a

    escola to importante quanto a famlia e a religio na formao de um ser social, no

    processo de socializao dos seres humanos. Sua funo ensinar certos conhecimentos

    e habilidades, que serviro no s para a preservao como tambm para uma eficaz

    modificao da sociedade.

    Logicamente, as escolas no existem meramente para refletir e servir de

    intermedirias da herana cultural de uma sociedade e das transformaes em curso;

    elas tambm existem para ajudar na promoo da mudana e da reforma social.

    A escola pode ser considerada uma sociedade em miniatura, dotada de sua

    prpria cultura ou clima. A cultura de uma escola raramente homognea: compem-se

    de uma diversidade de subculturas identificveis, as quais afetam o comportamento do

    estudante de mltiplas maneiras. Essas tendncias culturais ou subculturais so

    sustentadas por subgrupos de estudantes, assim como por outros participantes

    institucionais por exemplo, o corpo docente.

    Entendeu os pargrafos acima? Ento d um exemplo de como sentiu a

    formao desses subgrupos durante seu perodo escolar:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • Teles afirma que a escola influencia de diversas maneiras sobre o

    comportamento da criana e no apenas lhe d informaes curriculares. A escola ajuda

    a fixar os limites sociais e, ao mesmo tempo, prepara o caminho para que o meio social

    no seja aceito incondicional nem independentemente. Ela dever fazer o indivduo

    ganhar conscincia de que a sociedade aqui e agora e no algo no futuro ou l fora, de

    que ela mesma no um elemento separado da sociedade total, mas uma parte

    integrante dela; no um campo de treinamento para a vida, mas a prpria vida.

    A escola, como uma unidade organizacional, cresceu gradualmente no decorrer

    dos anos e sua estrutura tornou-se cada vez mais complexa. Este crescimento leva ao

    problema da burocracia que pode ser adequada ou inadequada, bem organizada ou

    desorganizada, eficiente ou ineficiente, mas ainda uma burocracia. Tal como qualquer

    outra burocracia, a escola pode se tornar uma mquina, desumaninzada e inteiramente

    impessoal. Esse um dos perigos das suas grandes dimenses, mas no , nem deve ser,

    uma conseqncia inevitvel.

    Para seguirmos em nossos estudos, faa o seguinte exerccio:

    01- Faa um levantamento das escolas de seu bairro ou cidade e preencha os seguintes

    dados:

    a) nmero de escolas:

    ______________________________________________________________________

    b) condies fsicas de cada uma:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

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  • ______________________________________________________________________

    Vamos agora ler um artigo, selecionado para voc pensar se a diviso de classes

    que existe na sociedade ou no reproduzida dentro da escola.

    As partes que selecionei deste artigo foram retiradas do site:

    http://www.univen.edu.br/revista/n009/A%20ESCOLA%20E%20A%20REPRODU%C7%C3O%20SOCIAL%20DE

    %20CLASSES.pdf

    Aqui encontram-se alguns trechos, mas o texto todo pode ser lido na ntegra no

    site indicado acima.

    A ESCOLA E A REPRODUO SOCIAL DE CLASSES

    Carina Sabadim Veloso

    Elen Karla Trs

    A sociedade atual est baseada em princpios de desigualdade e explorao

    entre as classes sociais.

    Nesse contexto, o processo educativo desenvolvido dentro das escolas tambm

    possui caractersticas que o tornam reprodutor das desigualdades sociais.

    Percebe-se na realidade que a educao destinada a uma "minoria privilegiada" se

    difere totalmente daquela oferecida "maioria excluda", principalmente no que se

    refere qualidade.

    Dentro de uma ideologia dominante, a educao igual para todos,

    proporcionando as mesmas oportunidades, porm, a realidade existente serve para

    desmistificar esse fato ideolgico.

    A escola em um processo sutil segrega e marginaliza a classe excluda da classe

    dominante.

    Este estudo tem por objetivo apresentar uma anlise sobre o fato de

    aparentemente a escola representar na sociedade uma instituio neutra, que est acima

    dos conflitos sociais, local de igualdade de oportunidades, de ascenso social e

    desenvolvimento individual para todos.

    Quando, porm, para-se para analisar as escolas pelas quais os professores

    passam, trabalham ou pesquisam, observa-se o quanto a realidade difere do ideal, pois a

    realidade que se constata que a escola reproduz e intensifica as diferenas sociais e os

    valores da classe social privilegiada.

    [...] a escola a instituio mais eficiente para segregar as pessoas,

    por dividir e marginalizar parte dos alunos com o objetivo de

    reproduzir a sociedade de classes (MEKSENAS, 2002, p. 71).

  • Essa reproduo e segregao esto presentes na diferenciao ao acesso

    escola, tempo e recursos para estudar, recursos para freqentar atividades

    complementares educao escolar, tempo de freqncia escola, linguagem utilizada

    no sistema de ensino, acesso ao ensino superior e at na relao professor-aluno.

    A educao no decorrer da histria foi sempre planejada para proteger e manter

    os privilgios da classe social dominante, que sempre recebeu uma escolarizao de

    qualidade com os conhecimentos necessrios para manter-se na direo da sociedade,

    enquanto os menos favorecidos recebem uma educao de massa, com carter

    disciplinador para mant-los submissos classe dirigente.

    A escola em sua constituio geral se apresenta fora do contexto social real dos

    alunos menos favorecidos, e reproduz assim, valores, idias, ideais e cultura da classe

    privilegiada como sendo verdadeiros, nicos, corretos e aceitveis.

    Utiliza para alcanar esse objetivo, recursos conhecidos como a linguagem

    escolar, que alheia realidade social do seu alunado representada nos livros didticos,

    modelos de comportamento, regras disciplinares, textos, atividades, sistema de

    avaliao e at nas relaes pessoais, que fazem parte dos ideais e cotidiano social da

    classe dominante. Assim, a classe dominada passa a conceber a cultura e valores

    dominantes como corretos e caracterizar sua prpria cultura e valores como inferiores e

    errados, tornando-se submissa para conseguir ter acesso ao mnimo possvel do que

    possui a classe dominante.

    Agindo dessa forma a escola reproduz e mantm as diferenas entre as classes

    sociais, formando falsos cidados, que no desenvolvem o esprito crtico, que so

    submissos queles que aparentemente so melhores que eles, que aceitam seu fracasso

    escolar e social como responsabilidade exclusiva de si mesmos e conseqentemente se

    acomodam e no lutam por mudanas, muitas vezes vendo o dominador como o "heri",

    por possuir atitudes assistencialistas.

    A marginalizao e excluso da maioria em oposio ascenso de uma minoria

    privilegiada ocorrem at no relacionamento entre alunos e professores, desde a

    Educao Infantil. Na maioria das vezes, as atitudes, discursos, demonstraes afetivas

    e disciplinadoras do professor esto a servio da reproduo social de classes. Ele serve

    de instrumento para formar os futuros cidados descritos anteriormente e transforma

    assim, sua sala de aula em uma prvia do que a sociedade externa aos muros escolares.

  • Nesse processo de educao visando reproduo social de classes, h a

    formao de alunos submissos, individualistas e egostas, ocasionando a perda do

    desenvolvimento de valores como a solidariedade e a valorizao do coletivo. Formam-

    se assim, pessoas frias, passivas, mecnicas, calculistas e extremamente individualistas.

    No importa o que ocorre com o coletivo, desde que o "eu" esteja bem. Dessa forma,

    [...] a escola representa o instrumento mais completo de reproduo

    das relaes de produo nessa sociedade. Ela reproduz a fora de

    trabalho, qualificando os trabalhadores, justificando a desigualdade

    social, levando-os a aceitarem a distino entre as classes.

    (VIEIRA, 1998, p. 64)

    A partir da anlise desenvolvida, possvel, segundo as autoras, iniciar um

    processo de reflexo a partir do reconhecimento da escola como instituio que

    reproduz a desigualdade social para assim, adquirir conscincia de que vivemos em uma

    sociedade em constante transformao poltica e econmica, sendo necessrio tambm,

    que a escola sofra as devidas mudanas em sua estrutura ideolgica e pedaggica para

    desenvolver um processo educativo que possa proporcionar ao aluno um espao social

    cada vez mais justo, baseando-se para isso, em uma pedagogia voltada para o

    desenvolvimento humano.

    Com isso, estar desenvolvendo o educando enquanto pessoa humana,

    democrtica, qualificada para progredir no mercado profissional e com esprito de

    solidariedade, necessrio para a adeso s causas maiores da vida, principalmente s

    referentes existncia humana, e no mais estaremos reproduzindo uma sociedade to

    desigual.

    Agora com voc! Faremos alguns exerccios para decantar as idias

    provocadas pelo texto acima.

    01- Anote 3 palavras que no entendeu no texto e busque seu significado no dicionrio.

    Depois de preencher os exerccios abaixo, leia novamente os pargrafos nos quais

    encontrou a palavra e verifique se agora compreende melhor o texto.

    1 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • 2 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    3 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    02- Faa uma grade de leitura do texto acima. Lembre-se que no incio deste mdulo

    esto as indicaes para como fazer uma grade de leitura.

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    ______________________________________________________________________

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    ______________________________________________________________________

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    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    03- Emita uma opinio justificando-a. Voc concorda com os principais argumentos das

    autoras? Cite exemplos que justifiquem sua perspectiva.

  • ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

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    ______________________________________________________________________

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    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    04- Emita uma opinio justificando-a. Como voc a educao a distancia neste processo

    de reproduo das classes sociais a partir da escola?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

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  • UNIDADE IV

    O educador

    Fonte:http://batistabrasileiro.com.br/blogdodiretor/wpcontent/uploads/2010/02/professor.gif

    Objetivos:

    Compreender a relao educador educando

    Refletir sobre a funo do educador

    Compreender a relao de poder existente na escola

    Refletir sobre as relaes educador educando

    Durante muito tempo imaginou-se que:

    * O educador quem educa;

    O educando o que educado.

    * O educador quem disciplina;

    O educando o que disciplinado.

  • * O educador quem fala;

    O educando o que escuta.

    * O educador quem prescreve;

    O educando segue a prescrio.

    * O educador escolhe o contedo dos programas;

    O educando o recebe em forma de depsito.

    * O educador sempre o que sabe;

    O educando o que no sabe.

    * O educador o sujeito do processo;

    O educando, o seu objeto.

    Atualmente estamos em processo de transformao, apesar da resistncia de

    alguns alunos e de alguns professores. Hoje procura-se trabalhar em conjunto educador-

    educando. Desta maneira se supera a dicotomia educador x educando que deixa o

    educador em situao to comprometida e desvantajosa. Parece que o educador

    possue a educao e se no a entrega um problema pessoal, que, em ltima

    anlise poderia reduzir-se ao egosmo: tenho uma coisa que no dou; por outro lado

    e est a desvantagem -, parece que o educador, como tal, no teria expectativas no

    processo educacional pois ele entrega e no recebe.

    Na realidade a educao se realiza na inter-relao pessoal, pela qual ambos os

    termos da relao, tanto o educador quanto o educando, devem ser melhorados. Assim a

    perspectiva muda. O educador tem um dever diante do educando: torn-lo melhor. E o

    educando um dever para com o educador.

    Na sua opinio, qual este dever que o educando tem para com o educador?

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    Quando ambos cumprem seus deveres cada encontro educativo se transforma em

    mtuas expectativas de um ser melhor. importante que os alunos estema conscientes

    dessa responsabilidade mtua, pois como o educando, tambm o educador suscetvel a

    mudanas.

  • Segundo a autora Sara Lpez Escalona em seu livro Antropologia e Educao, a

    educar no um exerccio puramente vocacional, tambm uma funo social.

    Considerar a educao fundamentalmente como um exerccio de apostolado, pela

    grandeza que o educador supe, trouxe inumerveis males aos profissionais da

    educao. Estes, muitas vezes, desistem de lutas legtimas ao considerar a nobreza da

    profisso, a impossibilidade de uma compreenso real pelo trabalho que realizam ou

    a gratido dos alunos e da sociedade, que do grande satisfao. Mas ningum vive

    somente de gratido e de reconhecimento. Estes, para serem tais, devem traduzir-se em

    recursos adequados s necessidades do docente, entre as quais se encontra uma grande

    importncia: o acesso a cultura. responsabilidade do profissional estar atualizado, isso

    supe livros, tempo para aperfeioamento, viagens, etc.

    Voc, que faz um curso de licenciatura em qumica, j parou para se imaginar

    lecionando? Descreva como imagina sua rotina de trabalho, depois de formado, como

    educador(a) de qumica:

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    Wilson Correia em seu arrtigo publicado no Dirio da Manh, dia 07/02/2009,

    p. 23., entitulado O poder do professor1 afirma que:

    O filsofo francs Michel Foucault produziu importante trabalho sobre a

    natureza do poder. Na Microfsica do poder, ele escreveu: o poder deve ser analisado

    1 Leia o artigo na ntegra no site: http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1426718

  • como algo que circula, ou melhor, como algo que s funciona em cadeia. No est

    localizado aqui ou ali, nunca est nas mos de alguns, nunca apropriado como uma

    riqueza ou um bem. O poder funciona e se exerce em rede. Nas suas malhas os

    indivduos no s circulam, mas esto sempre em posio de exercer este poder e de

    sofrer sua ao; nunca so o alvo inerte consentido do poder, so sempre centros de

    transmisso.

    Se o poder circular e no tem lugar especfico, e se ele no pode ser identificado

    somente no estado, na empresa e na igreja, entre outras, onde ele est? Ele tambm est

    na rede humana que constitui a sociedade.

    Na escola, em particular, chama-me a ateno a relao de poder que se

    estabelece entre estudante e professor. Ela , por natureza, uma relao pedaggica e se

    caracteriza basicamente por dois aspectos: permeada pela epistemologia, pela

    informao, pelo conhecimento e pelo saber, e , tambm, mediada pelas microdecises

    polticas, as quais contribuem para formar subjetividades, identidades e sujeitos sociais.

    Da que um gesto, uma palavra, uma ao do ensinante no so simples

    movimentos. So elementos formativos porque no se desvinculam do carter

    pedaggico de que se reveste o ser-estar daquele que escolheu a profisso de ensinante.

    Desse modo, no somente a aula que ensina; a presena do professor que tem a

    potencialidade de emitir uma lio atrs da outra. E no se trata unicamente de se

    considerar o professor como modelo e exemplo, mas de compreender que ele interfere e

    modifica o modo como o aprendiz constitui-se a si mesmo em meio aos outros, tanto

    quanto a maneira pela qual ele vai se posicionar na vida, no mundo, na sociedade e

    nessa infindvel rede de interaes humanas de que participar ao longo de toda a vida.

    Parece assustadora a repercusso que os atos pessoais dos professores e

    professoras exercem sobre os alunos. Um gesto desinstala. Uma palavra desperta

    reao. Uma ao provoca mltiplos movimentos. Racionalidade e afetividade

    qualificam as atitudes, comportamentos e movimentos dos estudantes afetados pela

    presena do ensinante. Disso resulta, pois, o fato de as relaes pedaggicas serem to

    conflituosas como as familiares, profissionais e assemelhadas.

    Em face do poder ningum inocente. Ningum pode se apresentar de mos

    lavadas. Estamos todos envolvidos em redes de poder e nelas o exercemos. No mais

    possvel ver o poder como pertencendo apenas a polticos, magistrados e lderes

    religiosos. Se pensarem nisso, o professor e a professora podero entender em que

    medida exercem o poder docente, e se o fazem no sentido da humanizao do estudante

  • ou do seu embrutecimento. Grande, pois, a responsabilidade de quem se prope a

    ensinar.

    E a, gostou deste texto do Wilson Correia? Antes de continuar, faa dois

    exerccios com ele.

    01- Anote 3 palavras que no entendeu no texto e busque seu significado no dicionrio.

    Depois de preencher os exerccios abaixo, leia novamente os pargrafos nos quais

    encontrou a palavra e verifique se agora compreende melhor o texto.

    1 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    2 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    3 palavra: _____________________________________________________________

    Significado: ____________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    02- Faa um esquema do texto acima. Lembre-se que no incio deste mdulo esto as

    indicaes para como fazer um esquema.

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    O autor Roberto Martins Ferreira em seu livro Sociologia da Educao, cita o

    trabalho da professora Lcia Maria Teixeira Furlani que afirma que existem 3 formas do

    exerccio da autoridade do professor. So elas:

    a) Relao autoritria: Nela a posio hierrquica superior do professor continuamente

    mantida e reforada por atitudes impositivas. O professor se v como um informador,

    controlador e classificador do produto que o aluno. Essa relao mantida por rgidas

    normas externas e internas sala de aula, as quais so impostas aos alunos e muitas

    vezes at mesmo aos professores. O objetivo de tais normas e prticas pedaggicas

    manter a desigualdade na relao professor-aluno.

    Questes:

    01- Voc j teve experincia com esse tipo de educao/educador? Como se sentiu?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    02- Como voc considera este modelo de relao?

    a ( ) tima

    b ( ) boa

    c ( ) regular

    d ( ) ruim

    Justifique sua resposta:

  • ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    b) Relao permissiva: Nela o professor abdica da autoridade por acreditar que ela

    algo essencialmente negativo. Numa situao como essa, o professor recusa-se a

    desempenhar o papel de orientador de comportamento e de avaliador, pois identifica tais

    prticas como repressivas. A transmisso do conhecimento passa a depender dos limites

    traados pelos alunos. Ao associar toda e qualquer norma represso, o professor torna-

    se crtico ferrenho delas, sem se preocupar em substitu-las por outras.

    03- Voc j teve experincia com esse tipo de educao/educador? Como se sentiu?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    04- Como voc considera este modelo de relao?

    a ( ) tima

    b ( ) boa

    c ( ) regular

    d ( ) ruim

    Justifique sua resposta:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    c) Modelo democrtico: A relao de poder entre professor e aluno se d em bases

    democrticas, de modo a beneficiar o processo de aprendizagem, contribuindo assim

    para a formao tanto de personalidades maduras como de cidados conscientes e

  • participativos. Nesse tipo de relao as normas so democraticamente estipuladas pelo

    prprio grupo e espera-se que elas consagrem a participao responsvel, a liberdade de

    expresso e a igualdade de participao, alm da confiana e do respeito mtuo. A

    autoridade do professor passa a se fundamentar na sua competncia.

    05- Voc j teve experincia com esse tipo de educao/educador? Como se sentiu?

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    06- Como voc considera este modelo de relao?

    a ( ) tima

    b ( ) boa

    c ( ) regular

    d ( ) ruim

    Justifique sua resposta:

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

    ______________________________________________________________________

  • UNIDADE V

    Sociedade e educao

    Objetivos:

    Sensibilizar para uma crtica da educao

    Compreender a relao de poder existente na escola

    Paulo Meksenas em seu livro Sociologia da Educao afirma que a educao

    para uma sociologia crtica tem seus fundamentos em um autor chamado KARL

    MARX. Sobre esse autor, segue abaixo uma caixa com uma biografia dele:

    Karl Marx2

    05/05/1818, Trier (Alemanha) 14/03/1883, Londres (Inglaterra) Da Redao

    Terico do socialismo, Karl Marx estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, mas sempre demonstrou mais interesse pela histria e pela filosofia. Quando tinha 24 anos, comeou a trabalhar como jornalista em Colnia, assinando artigos social-democratas que provocaram uma grande irritao nas autoridades do pas.

    Integrante de um grupo de jovens que tinham afinidade com a teoria pregada por Hegel (Georg Wilhelm Friedrich - um dos mais importantes e influentes filsofos alemes do sculo 19), Marx comeou a ter mais familiaridade dos problemas econmicos que afetavam as naes quando trabalhava como jornalista. Aps o casamento com uma amiga de infncia (Jenny von Westphalen), foi morar em Paris, onde lanou os "Anais Franco-Alemes", rgo principal dos

    hegelianos de esquerda. Foi em Paris que Marx conheceu Friedrich Engels, com o qual manteve amizade por toda a vida. Na capital francesa, a produo de Marx tomou um grande impulso. Nesta poca, redigiu "Contribuio crtica da filosofia do direito de Hegel". Depois, contra os adeptos da teoria hegeliana, escreveu, com Engels, "A Sagrada Famlia", "Ideologia alem" (texto publicado aps a sua morte). Depois de Paris, Marx morou em Bruxelas. Na capital da Blgica, o economista intensificou os contatos com operrios e participou de organizaes

    clandestinas. Em 1848, Marx e Engels publicaram o "Manifesto do Partido Comunista", o primeiro esboo da teoria revolucionria que, anos mais tarde, seria denominada marxista. Neste trabalho, Marx e Engels apresentam os fundamentos de um movimento de luta contra o capitalismo e defendem a construo de uma sociedade sem classe e sem Estado. No mesmo ano, foi expulso da Blgica e voltou a morar em Colnia, onde lanou a "Nova Gazeta Renana", jornal onde escreveu muitos artigos favorveis aos operrios.

    Expulso da Alemanha, foi morar refugiado em Londres, onde viveu na misria. Foi na capital inglesa que Karl Marx intensificou os seus estudos de economia e de histria e passou a escrever artigos para jornais dos Estados Unidos sobre poltica exterior. Em 1864, foi co-fundador da "Associao Internacional dos Operrios", que mais tarde receberia o nome de 1 Internacional. Trs anos mais tarde, publica o primeiro volume de sua obra-prima, "O Capital".

    Depois, enquanto continuava trabalhando no livro que o tornaria conhecido em todo o mundo, Karl Marx participou ativamente da definio dos programas de partidos operrios alemes. O segundo e o terceiro volumes do livro foram publicados por seu amigo Engels em 1885 e 1894. Desiludido com as mortes de sua mulher (1881) e de sua filha Jenny (1883), Karl Marx morreu no dia 14 de maro de 1883. Foi ento que Engels reuniu toda a documentao deixada por Marx para atualizar "O Capital".

    Embora praticamente ignorado pelos estudiosos acadmicos de sua poca, Karl Marx um dos pensadores que mais influenciaram a histria da humanidade. O conjunto de suas idias sociais, econmicas e polticas transformou as naes e criou blocos hegemnicos. Muitas de suas previses ruram com o tempo, mas o pensamento de Marx exerceu enorme influncia sobre a histria.

    Poderamos passar horas, dias, semanas, meses e anos estudando o Marx sem

    nos cansarmos ou esgotarmos sua teoria mas nesse momento temos como foco a

    2 Retirado na ntegra do site: http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u149.jhtm, em maio de 2010.

  • educao. Encontramos em Marx uma preocupao com a educao mas no uma teoria

    da educao.

    Para Marx, a sociedade capitalista se fundamenta em uma organizao de

    trabalho desigual, que d origem a classes sociais (em termos marxistas: proletrios e

    detentores dos meios de produo) nas quais os proprietrios dos meios de produo

    exploram os no-proprietrios (proletariado). Entretanto a explorao nem sempre est

    presente na conscincia das pessoas, muitas nem percebem que esto sendo exploradas

    ou passam a vida sem pensar nisso. A pergunta ento : se a maioria das pessoas

    explorada dentro do sistema capitalista, como elas no percebem? O que acontece que

    toda essa desigualdade no gera conscincia e ao em direo a mudana para melhor?

    Meksenas, no mesmo livro citado acima, nas pginas 66 e 67, responde a essa

    questo afirmando que: Para responder tal questo, devemos ter em mente que as

    experincias prticas das pessoas no trabalho e na vida cotidiana so diferentes. Isso d

    origem a interpretaes diferentes dos fatos, a vises diferentes do mundo. A viso que

    a classe empresarial tem do trabalho e de sua vida cotidiana diferente da viso que tem

    a classe trabalhadora. Para a primeira classe social (proprietria) o trabalho fonte de

    lucro; sua tendncia reforar os aspectos que acham positivos no capitalismo:

    sociedade boa, de riquezas, de progresso, liberdade para empreender e tornar-se rico etc.

    Por outro lado, para os trabalhadores, o trabalho fonte de pobreza. Sua tendncia

    reforar os aspectos negativos do capitalismo: sociedade desigual, de privaes, de

    salrios baixos, de falta de liberdade para se viver dignamente.

    Entretanto, essa segunda viso de mundo nem sempre est presente na

    conscincia das pessoas. A viso da classe empresarial predomina, aparece como nica

    viso verdadeira. Isso ocorre pelo simples fato de que a classe empresarial, tendo maior

    poder econmico, poltico e de comunicao, consegue impor com mais facilidade os

    seus interesses, convencer o conjunto da sociedade da verdade e validade prtica de

    sua viso de mundo.

    E a pessoal? Conseguiram entender o que o Meksenas disse? Isso muito srio

    e profundo. Se est com dificuldade, d uma volta, beba uma gua e releia o texto acima

    at t-lo compreendido com clareza. importante que voc consiga visualizar o que

    est sendo dito e para isso pense: voc conhece algum que se encaixa no perfil

    trabalhador? E algum que se encaixe no perfil classe empresarial ou detentor dos meios

    de produo? Espero que, caso no conhea, j tenha ouvido falar. Ento, percebe que

    existe diferena entre cada grupo desses?

  • Estando tudo entendido, vamos seguir com as palavras de Paulo Meksenas,

    ainda na pgina 66 de seu livro Sociologia da Educao.

    Podemos afirmar que na sociedade capitalista existe ideologia: uma imposio

    dos valores e idias da classe empresarial (classe dominante) como sendo a nica viso

    correta de sociedade e a conseqente tentativa de fazer com que a classe trabalhadora

    pense com os valores da classe dominante.

    A ideologia beneficia enormemente a classe empresarial, pois a partir do

    momento em que ela consegue impor suas idias, seus valores como sendo os

    corretos e, a partir do momento que os trabalhadores aceitam isso, fica bem mais fcil

    para os grupos dominadores manter sua explorao sobre o restante dos indivduos da

    sociedade.

    Sabendo agora um pouco do significado da ideologia para Marx, podemos ir

    adiante e perceber como ela se transmite. Nos dias de hoje, para impor a sua viso de

    mundo, a classe dominante utiliza os meios de comunicao de massa, os jornais, as leis

    e, finalmente, a educao. Nesse sentido, dentro da concepo terica de Marx,

    podemos afirmar que a educao escolar vem desempenhar o papel de transmissora da

    ideologia dominante; o elemento responsvel por inculcar em todos os indivduos os

    valores e as idias da classe empresarial como nica viso correta de mundo. Assim as

    regras de funcionamento da escola, os seus contedos de aprendizado do meios para

    reproduzir a desigualdade da sociedade capitalista.

    Ainda segundo o autor Paulo Meksenas, na pgina 68, Marx possui uma viso

    de sociedade onde a escola, transmitindo ideologia, seria elemento de reproduo dos

    interesses da classe empresarial para ajud-la a manter seu poder e domnio sobre a

    classe trabalhadora. Numa sociedade dividida por classes sociais em contradio e

    conflito, temos uma educao e uma escola que reproduzem a diviso e o conflito.

    Para Marx, toda educao de classe, pois a educao que a classe empresarial

    recebe diferente daquela da classe trabalhadora. Enquanto os membros da primeira

    so educados para dirigir a sociedade de acordo com seus interesses, os membros da

    segunda so disciplinados e adestrados para o trabalho, para aceitarem a sociedade

    capitalista como ela se apresenta, sendo submissos.

    Para Marx, a educao de classe e, nesse sentido, a escolaridade para a classe

    trabalhadora tem dois objetivos: preparar a conscincia do indivduo para perceber

    apenas a viso de mundo da classe empresarial como correta, isto , transmisso de

  • ideologia; preparar o indivduo para o trabalho, fazendo com que aprenda o necessrio e

    suficiente para lidar com seus instrumentos de trabalho, disciplinando e treinando o

    corpo/mente do jovem da classe trabalhadora para que possa desempenhar

    adequadamente suas tarefas no trabalho.

    Por outro lado, a classe empresarial recebe outro tipo de escolarizao, muito

    mais aperfeioado e completo, com acesso s melhores escolas, aos me