fundamentos de enfermagem aula 3

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  • 1. Fundamentos de EnfermagemEnfermeira: Michely de Oliveira Silva

2. Fonte de infeco relacionada equipe de sade A equipe de sade tem importante papel na cadeiade transmisso da infeco hospitalar ou domiciliar. As prticas adotadas para sua preveno visamcontrolar a propagao de microrganismos quehabitam o ambiente hospitalar e diminuir os riscosdo paciente vir a adquirir uma infeco. 3. Toda a equipe de sade tem responsabilidade com relao preveno da infeco hospitalar, devendo fazer correto uso das tcnicas asspticas, dos equipamentos de proteo individual (EPI) e ou coletivo (EPC), quando necessrio. 4. Assepsia: a utilizao de medidas para impedir a penetrao de microrganismos (contaminao) em local onde no estejam presentes. Se dividem em: Assepsia mdica - refere-se s medidas adotadas para reduzir o nmero de microrganismos e evitar sua disseminao; Cirrgica - impedir a contaminao de uma rea ou objeto estril. 5. Antissepsia: so medidas que visam reduzir eprevenir o crescimento de microrganismos emtecidos vivos. Hbitos dos profissionais implica na realizao deatos simples e de fcil execuo, tais como: Lavar sempre as mos antes de realizar qualquerprocedimento; Manter os cabelos longos presos durante o trabalho; Manter as unhas curtas e aparadas; Evitar o uso de jias e bijuterias, comoanis, pulseiras e demais adornos; No encostar ou sentar-se em superfcies compotencial de contaminao, como macas e camasde pacientes. 6. Lavando as mos A importncia que lhes conferida associa-se aograu de complexidade, tecnologia envolvida, capacidade de provocar danos ou complicaesao paciente e frequncia de realizao. As justificativas usadas pela equipe para nofaz-lo, como, dentre outras: falta de pias edegermantesadequados, sobrecargadeservio, situaes de emergncia. 7. Tcnica de lavagem das mos Utilizar sabo lquido, pois o sabo em barra facilmente se torna meio de contaminao; Evitar que, durante a lavagem, as mos entrem em contato direto com a pia; Para uma lavagem adequada das mos deve-se, aps molh-las e colocar o sabo, fazer osseguintes movimentos: Friccionar palma contra palma (figura 1); 8. Palma direita sobre o dorso da mo esquerda, comos dedos entremeados (figura 2) e vice-versa; Palma contra palma, friccionando a regiointerdigital com os dedos entre meados (figura 3); Dedos semifechados em gancho da mo esquerdacontra a mo direita (figura 4) e vice-versa; Movimento circular do polegar direito (figura 5) eesquerdo; Movimento circular para a frente e para trs com osdedos fechados da mo direita sobre a palma damo esquerda (figura 6) e vice-versa 9. Aps esse processo, as mos no devem ser enxaguadas em gua corrente, mas sim posicionadas sob a torneira com os dedos voltados para cima, de modo que a gua escorra das mos para os punhos. 10. Luvas esterilizadas e de procedimento Outra barreira utilizada para o controle da disseminaode microrganismos no ambiente hospitalar so asluvas, esterilizadas ou no, indicadas para proteger opaciente e o profissional de contaminao. Luvas esterilizadas, denominadas luvas cirrgicas, soindicadas para a realizao de procedimentos invasivosoumanipulao de material estril, impedindo adeposio de microrganismos no local; Luvas de procedimento, so limpas, porm noesterilizadas, e seu uso indicado para proteger oprofissional durante a manipulao de material, quandodo contato com superfcies contaminadas ou durante aexecuo de procedimentos com risco de exposio asangue, fluidos corpreos e secrees. 11. Calando e descalando luvasestreis Abra o pacote de luvas posicionando a abertura do envelope para cima e o punho em sua direo (figura 1); Segure a luva pela dobra do punho, pois a parte que ir se aderir pele ao cal-la, nica face que pode ser tocada com a mo no- enluvada (figura 1) - desta forma, sua parte externa se mantm estril (figura 2); Para pegar a outra luva, introduza os dedos da mo enluvada sob a dobra do punho (figura 3) e calce-a, ajustando-a pela face externa (figuras 4 e 5). 12. Fonte de infeco relacionadaao paciente A pessoa hospitalizada tem seus mecanismos dedefesacomprometidospela prpriadoena, tornando-se mais susceptvel sinfeces. Fatores tais como: Idade; Condies de higiene; Movimentao; Certas enfermidades; Estado de nutrio. 13. importante que os cuidados no sejamrealizadosdemaneiraautomatizada eimpessoal, como se o paciente fosse umamquina a ser analisada e manipulada nas suasdiferentes peas. Apesar de estar doente, ele no perde acondio de sujeito e cidado. 14. Ele tem total direito de ser esclarecido sobre os objetivos e natureza dos procedimentos de enfermagem, sua invasibilidade, durao dos tratamentos,benefcios, provveis desconfortos, inconvenientes e possveis riscos fsicos, psquicos, econmicos e sociais, ou seja, sobre tudo o que possa fundamentar suas decises. Os pacientes sempre esperamque o enfermeiro, tcnico ou auxiliar de enfermagem que lhe presta cuidados seja um profissional competente, com habilidade e segurana. 15. Para diminuir os riscos de o paciente vir adesenvolver infeco durante sua internao, aenfermagem implementa cuidados bastantediversificados, de acordo com as condies enecessidades que cada um apresenta. Visam manuteno da integridade cutneo-mucosa, atravs decuidados dehigiene,mobilizao e alimentaoadequada, so os que causam grande impactonos resultados do tratamento. 16. Higienizando a boca A higiene oral frequente reduz a colonizao local, sendo importante para prevenir e controlar infeces, diminuir a incidncia de cries dentrias, manter a integridade da mucosa bucal, evitar ou reduzir a halitose, alm de proporcionar conforto ao paciente. 17. Higienizando a boca Material necessrio: Bandeja escova de dentes ou esptula com gazes creme dental, soluo dentifrcia ou soluobicarbonatada copo com gua (e canudo, se necessrio) cuba-rim toalha de rosto lubrificante para os lbios, se necessrio luvas de procedimento 18. Realizando o banho Sua finalidade precpua, no entanto, a higiene elimpeza da pele, momento em que soremovidasclulasmortas, sujidades emicrorganismos aderidos pele. Os movimentos e a frico exercidos durante obanho estimulam as terminaes nervosasperifricas e a circulao sangunea. A higiene corporal pode ser realizada sobasperso (chuveiro), imerso (banheira) ouabluso (com jarro - banho de leito). 19. Convm ressaltar que a grande maioria delesconsidera essa situao bastanteconstrangedora, pois a incapacidade de realizaros prprios cuidados desperta sentimentos deimpotncia e vergonha, sobretudo porque aintimidade invadida. Tradicionalmente, costuma-se lavar primeiro orosto,braos, regio ventral, membrosinferiores, dorso e genitais, sempre lembrandoque a higiene deve ser realizada da regio maislimpa para a mais suja, evitando-se levarsujidade e contaminao s reas limpas. 20. Ao se posicionar o paciente de lado, para lavar odorso, habitualmente se realiza uma massagemde conforto para ativar a circulao local. Quando do banho, expor somente um segmentodo corpo de cada vez, lavando-o com luva debanho ensaboada, enxaguando-o tendo ocuidado de remover todo o sabo e secando-ocom a toalha de banho. 21. A secagem deve ser criteriosa, principalmente nas pregas cutneas, espaosinterdigitaise genitais, base dos seios e do abdome em obesos, evitando a umidade da pele, que propicia proliferao de microrganismos e pode provocar assaduras. Na higiene ntima do sexo feminino, a limpeza deve ser realizada no sentido ntero-posterior; no masculino, oprepcio deveser tracionado, favorecendo a limpeza do meato urinrio para a base da glande, removendo sujidades (plos, esmegma, urina, suor) e inibindo a proliferao de microrganismos. 22. Lavando os cabelos e o courocabeludo A lavagem dos cabelos e do couro cabeludo visa proporcionarhigiene, conforto e estimular a circulao do couro cabeludo. Material necessrio: dois jarros com gua morna sabo neutro ou xampu duas bolas de algodo pente toalha grande de banho (duas, caso necessrio) balde bacia luvas de procedimento impermevel / saco plstico. 23. Proteger os ouvidos do paciente com bolas dealgodo, visando evitar a entrada de gua. Para facilitar o procedimento e evitar a fadiga, opaciente deve ser posto em decbito dorsal, com umtravesseiro ou coxim sob os ombros; a cama deveestar forrada com oleado impermevel e toalha, e abacia mantida sob a cabea. Moderar, no enxge, a quantidade de gua, mascuidar para que todo o sabo seja removido. Realizarmovimentos de frico do courocabeludo, para estimular a circulao. Aps a lavagem, retirar, com a toalha, o excesso degua dos cabelos e providenciar a secagem. 24. Cuidados com a alimentao e hidratao A alimentao essencial para nossa sade ebem-estar. O estado nutricional interfere diretamente nosdiversos processos orgnicos como, porexemplo, no crescimento e desenvolvimento, nosmecanismos de defesa imunolgica e respostas infeces, na cicatrizao de feridas e naevoluo das doenas. A subnutrio - consequente de alimentaoinsuficiente, desequilibrada ou resultante dedistrbios associados sua assimilao vemcada vez mais atraindo a ateno deprofissionais de sade que cuidam de pacientes 25. Oprofissional de enfermagem temaresponsabilidade de acompanhar as pessoas dequem cuida, tanto no nvel domiciliar como nohospitalar, preparando o ambiente e auxiliando-asdurante as refeies. importante verificar se os pacientes estoaceitando a dieta. Os pacientes impossibilitados de alimentar-sesozinhos devem ser assistidos pela enfermagem, aqual deve providenciar os cuidados necessrios deacordo com o grau de dependncia existente. 26. Durante o processo, proteger o trax do pacientecom toalha ou guardanapo, limpando-lhe a bocasempre que necessrio, so formas de manter alimpeza. Ao final, realizar a higiene oral. Visando evitar que o paciente se desidrate, aenfermagem deve observar o atendimento desua necessidade de hidratao. 27. Nutrio Enteral A nutrio enteral (NE) indicada nos casos emque o paciente est impossibilitado de alimentar-se espontaneamente atravs de refeiesnormais. Consiste na administrao de nutrientes por meiode sondas nasogstrica (introduzida pelonariz, com posicionamento no estmago) outranspilrica (introduzida pelo nariz, composicionamento no duodeno ou jejuno), ouatravs de gastrostomia ou jejunostomia. 28. A instalao da sonda tem como objetivos retirar os fluidos egases do trato gastrintestinal (descompresso), administrar medicamentos e alimentos (gastrclise) diretamente no trato gastrintestinal, obter amostra de contedo gstrico para estudos laboratoriais e prevenir ou aliviar nuseas e vmitos. 29. Inserindo a sonda nasogstricaMaterial necessrio: sonda de calibre adequado lubrificante hidrossolvel (xilocana a 2% semvasoconstritor) Gazes seringa de 20 ml toalha recipiente com gua estetoscpio luvas de procedimento tiras de fita adesiva (esparadrapo, micropore, etc.) 30. Etapas para introduzir a sonda O comprimento da sonda a ser introduzida deve sermedido colocando-se a sua extremidade na pontado nariz do paciente, alongando-a at o lbulo daorelha e, da, at o apndice xifide; marcando estadelimitao com uma fina tira de adesivo - marcaoque assegurar a introduo e o alcance da sondano estmago. A sonda deve ser lubrificada com soluohidrossolvel, antes de sua introduo na narina. 31. Introduzida sempre aberta, o que permite identificara sada do contedo gstrico ou ar. A realizao da sondagem nasogstrica com opaciente sentado ou decbito elevado. A posio de flexo da cabea reduz a probabilidadeda sonda penetrar na traquia. Para passar a sonda do esfncter cricofarngeo parao esfago, solicitar ao paciente para que degluta. A localizao da sonda no interior do estmago deveser certificada atravs dos testes de aspirao desuco gstrico, ausculta do rudo em regioepigstrica simultaneamente introduo de 10 mlde ar pela sonda. 32. OBS: O volume e aspecto do contedo drenadopela sonda aberta deve ser anotado, pois permiteavaliar a retirada ou manuteno da mesma edetecta anormalidades. A limpeza dos orifcios nasais do paciente, pelomenos uma vez ao dia, retira as crostas que seacumulam ao redor da sonda; visando prevenirulceraes, o profissional de enfermagem deveinspecionar o local e mantenha a sonda livre depresso sobre a mucosa nasal. 33. Intercorrncias mais frequentemente relacionadas nutrio enteral, e asintervenes/ da enfermagem: 34. Administrando a dieta enteral A dieta enteral pode ser administrada pelo omtodo: Intermitente - o volume a ser administrado variaem torno de 350 ml/vez, de 4 a 6 vezes ao dia Contnuo - pode ser feita por meio degotejamento gravitacional. Neste caso, deve-seestabelecer rigoroso controle do gotejamento(aproximadamente a cada 30 minutos). 35. Os cuidados de enfermagem consistem em: Realizar a limpeza e a desinfeco do balco; Conferir o rtulo da nutrio enteral; Verificar a integridade da embalagem e o aspecto dasoluo; Checar as condies de limpeza e funcionamentoda bomba de infuso, antes de us-la; Testar o posicionamento da sonda e suapermeabilidade, antes de instalar a nutrio enteral; Conectar o equipo de infuso no recipiente denutrio enteral; Aps a alimentao intermitente, lave a sonda com30 a 50ml de gua. 36. Medindo a altura e o peso no adulto Material necessrio: balana papel para forrar aplataforma da balanaOBS: Para se tarar uma balana, faz-se necessrio soltar a trava, colocar os pesos de quilo e grama no zeroe observar o nivelamento do fiel da balana com a marca na trava. Quando h desnivelamento, movimenta- se o calibrador at o nivelamento - em todo esse processo no deve haver nada sobre a balana.