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Fundado em 24 de fevereiro de 2007 A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração daquele mesmo império. Mahatma Ghandi

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Page 1: Fundado em 24 de fevereiro de 2007do Jornal Maçônico “A Voz do Escriba”, o qual tive o privilégio de assinar suas matérias por algumas edições, com relação à reunião

Fundado em 24 de fevereiro de 2007

A não-violência, em suaconcepção dinâmica, significasofrimento consciente. Não querabsolutamente dizer submissãohumilde à vontade do malfeitor,mas um empenho, com todo oânimo, contra o tirano.

Assim um só indivíduo, tendo comobase esta lei, pode desafiar os poderesde um império injusto para salvar aprópria honra, a própria religião, aprópria alma e adiantar aspremissas para a queda e aregeneração daquele mesmo império.

Mahatma Ghandi

Page 2: Fundado em 24 de fevereiro de 2007do Jornal Maçônico “A Voz do Escriba”, o qual tive o privilégio de assinar suas matérias por algumas edições, com relação à reunião

EditorialEditorial__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Não são poucos os que esperam, de fora,a salvação da pátria, tal como em si mesmo esperam a

redenção espiritual que, no entanto, só lhes advirá por esforços próprios!JHS

uando entrar setembro e As Boas Novas andar nos campos... Mês da primavera, da aurora, do Dia Internacional da Paz, da Árvore. É chegado o Equinócio da primavera no hemisfério Sul; é chegado o equilíbrio. O sol começa a se fazer mais

presente, enquanto a vegetação responde alegre, florida e bela, nos extasiando.

QSim, o mês da primavera é assim. Estação do ano adotada para expressar a chegada de mais um natalício. “Ele

completou mais uma Primavera!”Este mês nos traz ótimas recordações da história sócio-política do país. Muito dificilmente não encontraremos a

participação direta da Maçonaria ou da ação de grupos de Maçons que souberam honrar seu juramento em tornar feliz a humanidade.

Haja vista os bastidores da Independência do Brasil que foi totalmente estruturado pela Maçonaria. Irmãos como Gonçalves Ledo, José Bonifácio, Cônego Januário e tantos outros se eternizaram por suas incansáveis investidas que culminou com a Independência.

Especialmente em setembro, além do Advento da Independência do Brasil, lembremos a maior rebelião da história brasileira – a Revolução Farroupilha, deflagrada também dentro de uma Loja maçônica, em 18/set/1835, cujo Venerável Mestre era nada mais nada menos que o Irmão Bento Gonçalves.

Mas o setembro maçônico não pára por aí. Em 04/set/1850 era promulgada a Lei Eusébio Queiroz (Maçom) que proibia o tráfico de escravos; em 28/set/1871 de autoria de Visconde do Rio Branco (Maçom) era sancionada a Lei do Ventre Livre e nesta mesma data, vinte quatro anos mais tarde, de autoria de José Antonio Saraiva (Maçom), a Lei dos Sexagenários.

A história não se cansa de registrar, o que nos enche de orgulho, inúmeros movimentos maçônicos. O que não podemos é nos debruçar nos feitos desses ilustres Maçons do passado e pensarmos que a Maçonaria de hoje adormeceu para os problemas de nosso país.

Nossa atuação sempre foi junto à sociedade, defendendo seus interesses e exigindo de nossos políticos, representantes legais do povo, uma postura digna do cargo que estão investidos. A Maçonaria somos todos nós!

Parabenizamos à Maçonaria Fluminense pela fundação, no último dia 25 de agosto, da Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro, novo centro da cultura maçônica, na qual tive a honra de tomar posse, como Membro Fundador ocupando a Cadeira nº 25, cujo Patrono é o ilustre Maçom Benjamin de Almeida Sodré, junto a ilustres nomes da Maçonaria do Estado do Rio de Janeiro. Esta egrégia Casa nasce como um Sol espargindo raios de sabedoria ao mundo maçônico.

Por fim, desejamos a todos nossos leitores um feliz Dia Internacional da Paz. Aproveitemos este dia para uma profunda e sincera reflexão sobre o que estamos contribuindo, por ação ou omissão, para o momento caótico brasileiro. Será mesmo esse mundo que pretendemos deixar para nossos filhos e netos?

Temos um encontro marcado na próxima edição!

Arte RealArte Real________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Arte Real é um informativo maçônico virtual de publicação mensal que se apresenta como o mais novo canal de

informação, integração e incentivo à cultura maçônica em todo o Brasil, especialmente às Lojas do Sul de Minas de Gerais. Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.Colaboradores nesta edição: André Trigueiro – Elí José Cesconetto - João Ferreira Durão – José Maria Campos -

Paulo Roberto Marinho – Zélia Scorza Pires.Matéria da Capa: Homenagem ao Dia Internacional da Paz - Pensamentos de Mahatma Ghandi.Contatos: [email protected] ou [email protected] Empresas Patrocinadoras: Arte Fios - Condomínio Recanto dos Carvalhos -

CH Dedetizadora – CONCIV Construções Civis – Maqtem - Objetiva - Restaurante e Pizzaria Recreio – Santana Pneus - Sul Minas Laboratório Fotográfico – Perfumatumm – Livro “Do Meio-Dia à Meia-Noite”.

Frases de Rodapé – Mahatma Ghandi.Distribuição gratuita via Internet.

Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.

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Nesta EdiçãoNesta Edição________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto da Capa – Salve o Dia Internacional da Paz..........CapaEditorial...................................................................................2Destaques Uma Benfazeja Árvore nos Jardins de Akademus!..............3 A Farra dos Sacos Plásticos..................................................5 Humanidade Sob Controle...................................................6Justa Homenagem Salve o Dia Internacional da Paz..........................................7Trabalhos A Maçonaria e a Independência do Brasil...........................8

Despertai Farroupilhas! Despertai!.....................................9 José Bonifácio de Andrada e Silva......................................11 O Significado Maçônico do Silêncio...................................12 Ritos Maçônicos As Colunas B e J..................................................................14Reflexões Por Que Gritamos?..............................................................15 Tempo Que Foge!................................................................15Boas Dicas – Sites/Livros/E-Book´s/Etc................................................16

DestaquesDestaques____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Uma Benfazeja Árvore nos Jardins de Akademus!Uma Benfazeja Árvore nos Jardins de Akademus!Francisco Feitosa Francisco Feitosa

dia 25 de agosto de 2007 passa a ser mais uma efeméride na história da Maçonaria Fluminense. O motivo não poderia ser

mais nobre: a fundação da Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro.Com a fundação da Academia Niteroiense Maçônica de Letras, História, Ciências e Artes em 15 de julho de 2006, que foi sem sombras de dúvida outro marco cultural da Maçonaria Fluminense, os Irmãos tiveram mais uma vez a oportunidade perceber o quanto é importante a existência de uma academia maçônica.

O

A criação da Academia de Niterói serviu de inspiração para que Irmãos como Rivayl dos Reis – Delegado do Grão Mestrado e Luís Antônio – Grande Hospitaleiro, ambos da GLMERJ, e incansáveis empreendedores em vários projetos maçônicos na zona oeste do Rio, desenvolvessem a idéia de se fundar uma Academia, a princípio, na zona oeste da Capital carioca, por ser esta um verdadeiro celeiro cultural, reunindo valorosos Irmãos distribuídos por várias Lojas jurisdicionadas.

O projeto, então, ainda embrionário foi tomando forma e contagiando a quem dele tomava conhecimento. Tive o privilégio de poder participar de seus primeiros passos.

No dia 28 de novembro de 2006 foi realizada a reunião conjunta das Lojas do condomínio maçônico Maurício Muzzi, no bairro de Realengo – zona oeste do Rio -, a fim de tratar, dentre outros assuntos, do lançamento da idéia de se criar naquela região uma Academia Maçônica de Letras.

Fazendo uso da palavra, nossos Irmãos abordaram com sabedoria e propriedade o assunto e foram ovacionados em suas oratórias. A partir de então estava lançada a semente que pouco a pouco se transformaria em uma frondosa Árvore.

O encarte “A Voz da Zona Oeste” que circulava dentro do Jornal Maçônico “A Voz do Escriba”, o qual tive o privilégio de assinar suas matérias por algumas edições, com relação à reunião conjunta de 28 de novembro, publicou:

“(...) Na oportunidade foi lançada uma feliz idéia: a criação de uma Academia Maçônica de Letras na Zona Oeste. Ainda embrionária, a criação dessa Academia tende reunir grandes nomes ligados à cultura maçônica, já que essa região é um grande celeiro cultural congregando, em suas 43 Lojas, Irmãos de enorme expressão maçônico-cultural (...).”

Levada ao conhecimento da GLMERJ o Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter não apenas aprovou e incentivou o altruístico projeto, de imediato, como estendeu sua abrangência, para todo estado do Rio de Janeiro, dando assim origem a Academia Maçônica de Letras, Ciências e Artes do Estado do Rio de Janeiro - ACAD-M-RJ.

Tal semente que fora semeada e cultivada com muito carinho por seus idealizadores, recebeu um valoroso reforço de um competente grupo organizador formado por valorosos Irmãos que, através de inúmeras reuniões, fizeram com que essa semente germinasse, crescesse e se transformasse em uma frondosa Árvore, cujos frutos, com certeza, alimentarão culturalmente a Maçonaria Fluminense.

Sob sua benfazeja sombra se reunirão valorosos literatos de expressivo potencial maçônico-cultural que, conscientes de suas responsabilidades como Acadêmicos e inspirados pelos Mestres da Sabedoria, estarão canalizando seus excelsos ensinamentos em livros, palestras, peças de arquitetura etc., em prol da cultura maçônica.

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Com o surgimento dessa Árvore de “Sophia” o Rio de Janeiro toma forma de Jardim de Akademus, cerca de 2.400 anos após a fundação da escola de Platão que ficou conhecida por ACADEMIA, que durante mais de nove séculos, congregando as mentes mais privilegiadas da época, iluminou o

mundo com as luzes da sabedoria.A memorável cerimônia de fundação da Academia e posse

dos acadêmicos foi realizada no Palácio Maçônico da Mariz e Barros, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio. Fizeram-se presentes várias autoridades maçônicas fluminenses, além de diversos Acadêmicos representando grande número de Academias do estado.

O sodalício teve sua abertura com a composição da Mesa Diretora e a posse do presidente da ACAD-M-RJ o Irmão Waldemar Zveiter – Sereníssimo Grão-Mestre da GLMERJ -, que foi

empossado por sua esposa Da. Cecília Zveiter – Presidente da ACOMI. Todos os presentes foram convidados a entoarem o Hino Nacional Brasileiro.

Em seguida, foi lida a Resolução nº 001/2007 -08 da ACAD-M-RJ que dispõe da Instalação da Academia, Investidura dos Acadêmicos ocupantes das receptivas Cadeiras e posse de sua primeira administração. Em seu artigo 2º, essa Resolução recomenda que seja registrado nos anais desta Academia com Menção Honrosa e de merecido louvor, o nome dos Ilustres Irmãos Fundadores.

O Presidente da Academia deu posse ao Irmão Luiz Zveiter na Cadeira de nº 2 e a seu Vice-presidente – Acadêmico Sidnei Lace - na Cadeira nº 11. Coube ao Confrade Sidnei Lacê – Vice-presidente da Academia e 1º Grande Vigilante da Mui Respeitosa GLMERJ a honra de empossar os demais Acadêmicos em suas respectivas Cadeiras.

Abaixo, a relação dos valorosos Irmãos Fundadores ocupantes das 31 Cadeiras da ACAD-M-RJ.

01 Waldemar Zveiter - Presidente

02 Luiz Zveiter 12 Antonio Joaquim da Rocha Fadista 22 Milton Gonçalves

03 Wilson Correia de Souza Neto 13 Antônio Dionísio dos Reis 23 Josimar de Miranda Andrade

04 João Pessoa das Chagas 14 Rivayl dos Reis 24 João Stavale

05 Edson Oliveira dos Santos 15 Francisco Paulino Campêlo 25 Francisco Feitosa da Fonseca

06 João Galvíncio Ribeiro 16 Jorge Mandacary Pimentel 26 Antonio Renato F. de Carvalho Fróes

07 Libânio da Silva Borges 17 Aridelson Nunes de Oliveira 27 Ubirajara de Souza Filho

08 Carlos Alberto Marins Henriques 18 Luís Antônio Luciano dos Santos 28 Raimundo Silva Pereira

09 Jaricé Manoel Ramos Braga 19 Jorge Tavares Vicente 29 Carlos José Martins Gomes

10 Denizart Silveira de Oliveira Filho 20 Ivan Tabuada 30 Cármine Antônio Savino

11 Sidney Lacê 21 Carlos Fernando Ferreira Belo 31 Roosewelt Francisco Ferreira Jardim

A ACAD-M-RJ tem por princípios gerais integrar Maçons regulares com reconhecido trabalho, experiência e estudos maçônicos, com contribuições comprovadas para o aperfeiçoamento humano e que se dediquem a estudos, pesquisas, debates e estejam dispostos a difundir os preceitos da Maçonaria Universal.

É de fundamental importância a criação de tão egrégia Casa de Cultura, principalmente, nos dias atuais onde a inversão de valores adentra, sem pedir licença, em nossos sacrossantos lares enaltecendo o que é, foi e sempre será por demais errôneo e imoral, tentando nos afastar do caminho reto que nos conduzirá com segurança à evolução e ao progresso.

As belas e emocionadas palavras do Acadêmico Luís Antônio Luciano dos Santos – Secretário Geral de nossa Academia é a verdadeira expressão da magnitude desse momento para Maçonaria Fluminense, as quais transcrevo abaixo:

“Existem momentos que são feitos de pura magia. Momentos pelos quais vale a pena viver, vale a pena lutar. Deles levaremos a lembrança no coração por toda a vida. No último sábado, dia vinte e cinco de agosto de dois mil e sete, vivemos um desses momentos em que as forças astrais se conjuminaram e nos proporcionaram um evento único, esplendoroso, em que tudo deu certo e apreciamos uma série de atividades que transcorreram próximas da perfeição, desenvolvidas por pessoas super motivadas, que acreditaram no que estavam fazendo acontecer.

Que DEUS abençoe a todos os Confrades que com suas excelências pessoais, esbanjaram competência na aplicação do saber e como verdadeiros artistas da vida se desincumbiram maravilhosamente de seus papéis, encontrando no apoio mútuo as forças necessárias para vencerem os obstáculos e promoverem algo que valeu mais que a própria vida, pois ficará após a nossa passagem, marcando o caminho e servirá de Luz e Guia para aqueles que virão depois de nós. Parabéns!!! particularmente tenho orgulho de todos os Senhores.”

Sinto-me eternamente honrado em ocupar a titularidade da Cadeira nº 25 da ACAD-M-RJ a fim de somar com meu parco conhecimento maçônico aos de tão valorosos e abnegados Irmãos que, renunciando parte de seu precioso tempo, dedicam-se incondicionalmente em prol da cultura maçônica.

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DestaquesDestaques____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Farra dos Sacos PlásticosA Farra dos Sacos PlásticosAndré Trigueiro*

"Creio que um dos primeiros presentes que recebi de meus sogros em Viena foi 2 bolsas de algodão para ir ao Supermercado. Depois compreendi".

o Brasil os supermercados, farmácias e boa parte do comércio varejista embalam em saquinhos tudo o que

passa pela caixa registradora. Não importa o tamanho do produto que se tenha à mão, aguarde a sua vez porque ele será embalado num saquinho plástico. O pior é que isso já foi incorporado na nossa rotina como algo normal, como se o destino de cada produto comprado fosse mesmo um saco plástico. Nossa dependência é tamanha que quando ele não está disponível costumamos reagir com reclamações indignadas.

N

Quem recusa a embalagem de plástico é considerado, no mínimo, exótico. Outro dia fui comprar lâminas de barbear numa farmácia e me deparei com uma situação curiosa: a caixinha com as lâminas cabia perfeitamente na minha pochete. Meu plano era levar para casa assim mesmo. Mas em um gesto automático, a funcionária registrou a compra e enfiou rapidamente a mísera caixinha num saco onde caberiam seguramente outras dez.

Pelas razões que explicarei abaixo, recusei gentilmente a embalagem. A plasticomania vem tomando conta do planeta desde que o inglês Alexander Parkes inventou o primeiro plástico, em 1862. O novo material sintético reduziu os custos dos comerciantes e incrementou a sanha consumista da civilização moderna. Mas os estragos causados pelo derrame indiscriminado de plásticos na natureza tornou o consumidor um colaborador passivo de um desastre ambiental de grandes proporções. Feitos de resinas sintéticas originadas do petróleo, esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza.

Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural. No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água, retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis, e dificultam a compactação dos detritos.

Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus.

Na Alemanha, por exemplo, a plasticomania deu lugar à sacolamania (cada um levando sua própria sacola). Quem não anda com sua própria sacola a tiracolo para levar as compras é obrigado a pagar uma taxa extra pelo uso de sacos plásticos. O preço é salgado: o equivalente a sessenta centavos a unidade. A guerra contra os sacos plásticos ganhou força em 1991, quando foi aprovada uma lei que obriga os produtores e distribuidores de embalagens a aceitar de volta e a reciclar seus produtos após o uso. E o que fizeram os empresários? Repassaram imediatamente os custos para o consumidor. Além de antiecológico, ficou bem mais caro usar sacos plásticos na Alemanha.

Na Irlanda, desde 1997 paga-se um imposto de nove centavos de libra irlandesa por cada saco plástico. A criação da taxa fez multiplicar o número de irlandeses indo às compras com suas próprias sacolas de pano, de palha e mochilas.

Em toda a Grã-Bretanha, a rede de supermercados CO-OP mobilizou a atenção dos consumidores com uma campanha original e ecológica: todas as lojas da rede terão seus produtos embalados em sacos plásticos 100% biodegradáveis.

Até dezembro deste ano, pelo menos 2/3 de todos os saquinhos usados na rede serão feitos de um material que, segundo testes em laboratório, se decompõe dezoito meses depois de descartado. Com um detalhe interessante: se por acaso não houver contato com a água, o plástico se dissolve assim mesmo, porque serve de alimento para microorganismos encontrados na natureza.

Não há desculpas para nós brasileiros não estarmos igualmente preocupados com a multiplicação indiscriminada de sacos plásticos na natureza. O país que sediou a Rio-92 (Conferência Mundial da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente) e que tem uma das legislações ambientais mais avançadas do planeta, ainda não acordou para o problema do descarte de embalagens em geral, e dos sacos plásticos em particular.

A única iniciativa de regulamentar o que hoje acontece de forma aleatória e caótica foi rechaçada pelo Congresso na legislatura passada. O então deputado Emerson Kapaz foi o relator da comissão criada para elaborar a "Política Nacional de Resíduos Sólidos". Entre outros objetivos, o projeto apresentava propostas para a destinação inteligente dos resíduos, a redução do volume de lixo no Brasil, e definia regras claras para que produtores e comerciantes assumissem novas responsabilidades em relação aos resíduos que descartam na natureza, assumindo o ônus pela coleta e processamento de materiais que degradam o meio ambiente e a qualidade de vida.

O projeto elaborado pela comissão não chegou a ser votado. Não se sabe quando será.

Sabe-se apenas que não está na pauta do Congresso.Omissão grave dos nossos parlamentares que não pode ser

atribuída ao mero esquecimento. Há um lobby poderoso no Congresso trabalhando no sentido de esvaziar esse conjunto de propostas que atinge determinados setores da indústria e do comércio.

É preciso declarar guerra contra a plasticomania e se rebelar contra a ausência de uma legislação específica para a gestão dos resíduos sólidos.

Há muitos interesses em jogo. Qual é o seu?*André Trigueiro: pós-graduado em meio ambiente, jornalista, redator e apresentador do Jornal das 10, da Globonews.

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DestaquesDestaques____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Humanidade Sob ControleHumanidade Sob ControleMensagens e manipulação subliminares

José Maria Campos*

egundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, em psicologia, subliminar é aquilo “que não ultrapassa o limiar da

consciência, que não é suficientemente intenso para penetrar na consciência, mas que, pela repetição ou por outras técnicas, pode atingir o subconsciente, afetando emoções, desejos, opiniões”.

SMensagens subliminares são, portanto, as enviadas

dissimulada e ocultamente, abaixo dos limites da nossa percepção consciente e que influenciam nossas escolhas e atitudes e motivam a tomada de decisões posteriores. Entram na nossa mente de forma sorrateira, ali ficam inertes, latentes, e são ativadas apenas na hora certa.

De modo geral não se tem idéia do que seja uma mensagem ou manipulação subliminar. Porém, com certeza todos já foram e ainda podem estar sendo vítimas dela.

Hoje em dia grande número de empresas, governos, religiões e firmas de propaganda e publicidade usam mensagens subliminares, por serem extremamente efetivas. O triunfo desses grupos consiste em, primeiro, negar que utilizam técnicas de manipulação. Segundo, negar a própria idéia de serem tais mecanismos capazes de levar as pessoas a estados de consciência passíveis de controle.

Essas sugestões ocultas, que somente o subconsciente percebe, são uma forma de indução hipnótica. Nas últimas décadas, pesquisadores e psicólogos se empenharam em criar técnicas astutas para contornar a mente consciente e embutir no subconsciente mensagens subliminares, com intenções e conteúdos bem específicos.

Uma das técnicas usa sons subaudíveis para dissimular mensagens sonoras por entre a música, por trás da comunicação falada ou por meio de técnicas ainda mais sofisticadas.

Grandes lojas ou redes de supermercado podem estar usando esses sons ou mensagens por trás da música de fundo. Podem usar também jingles, que, segundo o dicionário, são “mensagens publicitárias musicadas, que consistem em estribilho simples e de curta duração, próprio para ser lembrado e cantarolado com facilidade”. Em pouco tempo acabam impregnando a mente e o subconsciente das pessoas com suas induções subliminares. Uma das intenções preconizadas para seu uso é a de prevenir roubos, porém, a intenção real é muito mais insidiosa do que essa, aparente. Comandos como obedeça – compre mais – gaste – durma – nós o estamos vigiando podem estar sendo repetidos inúmeras vezes, em voz ritmada e monótona, em volume baixíssimo.

São engrenados diretamente no subconsciente, para contornar os mecanismos de defesa da mente consciente. O subconsciente fica então coagido a produzir sensações induzidas pelos comandos e deixa de criar o estado de alerta, que nos põe mais atentos diante de algo que possa estar errado. Como se vê, não é intenção da mensagem subliminar manipular o consciente, mas sim estimular sentimentos e sensações, tais como temor – ódio – amor – euforia – torpor, induzidos pelos comandos. E, o que é mais grave, ela pode também produzir estados alterados de consciência.

Dick Sutphen, teósofo e estudioso da hipnose e dos

estados afins, relata uma experiência de manipulação subliminar, da qual participou: “Fui com um grupo a uma reunião num auditório de Los Angeles onde mais de 10 mil pessoas se reuniam para ouvir uma figura carismática. Mais ou menos 20 minutos depois de chegar ali, percebi que eu entrava num estado alterado de consciência e dele saía. Os que me acompanhavam experimentavam a mesma coisa. Por cuidadosa observação, percebíamos o que acontecia, mas os que nos rodeavam nada percebiam. O que parecia ser uma demonstração espontânea era, de fato, uma astuta manipulação”.

Segundo ele, a indução ao transe grupal, nesse caso, se devia a uma vibração de seis a sete ciclos por segundo, que soava junto com o som do ar condicionado. Essa vibração, em particular, gera ritmos alfa que tornam as pessoas altamente suscetíveis a sugestões. Quase um terço da população global é capaz de entrar em semelhantes estados.

Outra técnica de manipulação subliminar é a de “embutir”. Nela mensagens visuais são dissimuladas entre os fotogramas e projetadas tão rápido que não são vistas.

Consiste em imprimir comandos de forma tênue e quase apagada no fundo de quadros impressos. O resultado final é praticamente invisível ao olho. Os computadores hoje em dia fazem isso de forma rápida e automaticamente. Imprimem um mosaico de fundo com palavras como durma, obedeça, sexo etc., mensagens que ninguém nota. Material impresso como jornais, revistas e livros para adultos e para crianças, pode conter mensagens escritas, imagens e símbolos embutidos no fundo. Dessa forma, mensagens dissimuladas e repetidas vão debilitando o subconsciente, que nos alertaria diante de comandos ocultos. A técnica de embutir é a mais comum das mensagens subliminares.

A TV faz muito mais do que apenas entreter, pois também é capaz de produzir estados alterados de consciência. Neles a pessoa passa a usar mais o hemisfério direito do cérebro, onde ocorre liberação de neurotransmissores opiáceos – as endorfinas -- substâncias quimicamente quase idênticas ao ópio. Sob seu efeito ela experimenta sensações agradáveis e sempre vai desejar repeti-las.

Pesquisas feitas por H. Krugman mostraram que, enquanto as pessoas assistem TV, a atividade do hemisfério direito do cérebro excede a do esquerdo na relação de 2 para 1.

Isso significa que, influenciadas pela TV, as pessoas começam a apresentar estados alterados de consciência. E freqüentemente estão em estado de transe, pois a TV lhes fornece sua “dose fixa” de endorfinas opiáceas,

Para medir o estado de atenção e de vigília das pessoas diante da TV, o psicofisiologista Thomas Mulholland realizou o seguinte experimento: conectou telespectadores jovens a aparelhos de eletroencefalografia. O aparelho estava ligado a um fio que interrompia a TV sempre que a atividade cerebral dos jovens produzia maioria de ondas alfa. Embora lhes fosse pedido que se concentrassem no que estava sendo exibido, apenas poucos conseguiram manter o aparelho ligado por mais de 30 segundos!

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Muitos telespectadores já vivem hipnotizados, e aprofundar neles o estado de transe é muito fácil. A maneira mais simples é a de inserir um fotograma preto a cada 32 fotogramas do filme. Isso cria uma pulsação de 45 batidas por minuto, percebida somente pelo subconsciente, e esse é o ritmo ideal para provocar uma hipnose profunda.

Até a idade de 16 anos, as crianças terão passado mais de 15 mil horas vendo TV, muito mais tempo do que passam na escola. Uma TV, em média, fica ligada quase sete horas por dia em uma casa normal, de acordo com as estatísticas dos anos 80. E isso cresceu. Muitas pessoas estão hoje se movendo rapidamente para um mundo em “estado alfa”: olhar plácido e vítreo e resposta pronta e obediente às instruções e comandos.

Imaginem um filme que mostre 60 fotogramas por segundo e que nossa percepção registre apenas 45 por segundo. Se em um deles for projetada uma garrafa de refrigerante, o consciente não notará, mas o subconsciente sim. Se for projetada cinco a seis vezes durante o filme, a pessoa, ao final, poderá sentir, de forma súbita, uma vontade incontrolável e inconsciente de tomar o refrigerante, mesmo que não tenha hábito de bebê-lo ou que não seja o seu favorito!

Nos EUA foi feita uma experiência para provar a eficácia dessa técnica. Em um filme foi projetado várias vezes, em flashes rápidos, a mensagem: “eat popcorn”, que em português significa “coma pipoca”. Na sala do cinema foi colocado um carrinho de pipoca, e a fila para comprá-la foi de dobrar o quarteirão.

Uma terceira e efetiva técnica de manipulação subliminar é a de “mascarar”, na qual as mensagens

subliminares são astutamente incorporadas ao material impresso (quadros, desenhos) ou gravado.

Lavagem CerebralQuando se começa a combinar mensagens

subliminares por trás da música, a projetar cenas subliminares numa tela, a produzir efeitos visuais hipnóticos, a ouvir batidas musicais a um ritmo que induz as pessoas ao estado de transe, consegue-se uma lavagem cerebral extremamente eficaz.

Se alguém pensa que há lei contra tudo isso, saiba que não há. Existem forças ocultas e escusas que obviamente querem que as coisas permaneçam assim mesmo como estão e que a humanidade permaneça sob controle.

Desse modo, resta-nos vigiar e orar sempre, porque não há trevas que resistam ao poder da Luz.

*Dr. José Maria Campos - Médico clínico, pesquisador e escritor..

Justa HomenagemJusta Homenagem__________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Salve o Dia Internacional da PazSalve o Dia Internacional da PazFrancisco Feitosa

cada ano o Dia Internacional da Paz é celebrado no dia 21 de setembro no mundo inteiro. Esta data foi primeiro designado

pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1981 por meio da resolução 36/67, e teve seus objetivos mais precisos, em 2001, na resolução 55/282. A data oferece uma oportunidade para cada um de nós pensar nas melhores maneiras de agir para erguer defesas e consolidar as fundações da paz, tal como nos compromete o Ato Constituinte da UNESCO.

A

Poderemos encontrar algumas outras datas para a mesma comemoração: pelo Papa Paulo VI, em 1968 a data escolhida foi 1º de janeiro; O Lions Club Internacional escolheu o dia 24 de janeiro; em conseqüência uma visão do líder espiritual Lakota, chefe Arvol Looking Horse, o dia 21 de Junho ficou como - World Peace & Prayer Day, proposto em 1996; 11 de setembro em conseqüência do Atentado Terrorista em Nova York, em 2001, e o dia 21 de dezembro – solstício de Verão no hemisfério Sul e sua proximidade com o Natal.

Após a Segunda Guerra Mundial, os membros fundadores da UNESCO desejaram edificar uma organização cujo objetivo final fosse “erigir os baluartes da paz na mente dos homens posto que é na mente dos homens que nascem as guerras”. Em conseqüência, a UNESCO recebeu o mandato de

promover a paz e a segurança por meio da cooperação internacional nas áreas de educação, cultura, ciências e comunicação e informação.

A exigência de paz nunca foi mais forte do que hoje. A atualidade incessantemente nos confronta com violências que estouram quase cotidianamente em vários pontos de nosso mundo globalizado. Frente a essa realidade e o seu cortejo de mortes,

sofrimentos e destruições, devemos nos mobilizar para pôr um fim ao ciclo de violências. Devemos fazer tudo para evitar que o peso da infelicidade ligada a tais eventos acabe por colocar o futuro em risco.

A ONU incentiva que o Dia pela Paz Mundial seja celebrado também em plano espiritual, e que os vários grupos religiosos rezem pela Paz Mundial. Por isso faço a sugestão que em todas as nossas comunidades se façam orações e se renove o nosso compromisso com a justiça e a paz.

Sabemos nós que embora haja um dia para celebração da Paz Mundial devemos celebrá-la a cada dia, a cada momento, a cada ação. Sim, a cada ação, pois o que gera a violência e consequentemente os conflitos é o desrespeito aos direitos alheios.

Mesmo assim, antes de fazer ecoar aos ventos o nosso grito pela Paz devemos semeá-la no seio de nossos lares, respeitando e defendendo a instituição família, célula mater da sociedade, tão menosprezada no mundo atual.

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Dar o exemplo não é a melhor maneira de conscientizar alguém, é a única! E, através do exemplo de conduta, da não violência, é que evoco a lembrança daquele que foi um símbolo vivo na busca pela Paz – Mahatma Ghandi. Espero que as sábias palavras desse Mestre da Sabedoria possam ecoar no íntimo de você, leitor, que ora nos prestigia lendo este pretensioso artigo e desperte a vontade de transformar esse mundo tão caótico em um lugar digno para futuras gerações.

O Arte Real abre esta edição, já em sua capa, homenageando o Dia Internacional da Paz na pessoa de Mohandas Karamchand Gandhi – que ficou conhecido como Mahatma Gandhi ("Mahatma", do sânscrito "A Grande Alma").

“Seja você a transformação que você quer no mundo!” M Ghandi.

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A Maçonaria e a Independência do BrasilA Maçonaria e a Independência do BrasilElí José Cesconetto

e acordo com o Decreto 125 de 29 de setembro de 1821, 0 rei de Portugal D. João VI extinguiu o reinado do

Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal.

DNessa época, funcionavam no Rio de Janeiro, a Loja

Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres da corte como Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros. Esses maçons reunidos e após terem obtidos a adesão dos Irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou com o célebre “Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”.

Mas não parou ai o trabalho dos Maçons. Começou-se logo em seguida. Um movimento coordenado, entre os Irmãos de outras províncias brasileiras com intuito de promover a Independência do Brasil. Os movimentos nativistas para a convocação de uma assembléia constituinte a concessão do título de Príncipe Regente Constitucional e Defensor Perpétuo do Reino Unido do Brasil”, outorgado a D. Pedro, pelos brasileiros, acirrou ainda mais os ânimos entre portugueses e nativistas.

Nessa época, havia na metrópole, três lojas maçônicas funcionando, a “Comércio e Artes”, a “Esperança de Niterói” e a União e Tranqüilidade’, e nenhuma pessoa era iniciado em quaisquer das lojas, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a independência do Brasil e o neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.

Em princípios do ano de 1822, funda-se no Rio de Janeiro, o Grande Oriente, onde se filiaram todas as lojas existentes naquele oriente, sendo eleito seu primeiro Grão-Mestre José Bonifácio de Andrada e Primeiro Grande Vigilante Joaquim Gonçalves Ledo.

A 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na maçonaria na loja Comércio e Artes e logo elevado ao grau de Mestre Maçom. Enquanto isso crescia em todo o Brasil. o movimento pela Independência, encabeçado pelos Maçons. Os acontecimentos se sucediam, até que a 20 de agosto de 1822 é convocada uma reunião extraordinária do Grande Oriente e nessa reunião assume o malhete da loja, Joaquim Gonçalves Ledo que era o primeiro Grande Vigilante, devido a ausência de José Bonifácio que se encontrava viajando. Joaquim Gonçalves Ledo, profere um

eloqüente e enérgico discurso, expondo a todos os irmãos presentes, a necessidade de se proclamar imediatamente a Independência do Brasil. A proposta foi posta em votação e aprovada por todos e em seguida lavrou-se a ata dessa reunião.

Presume-se que a cópia da ata dessa memorável reunião, tenha sido enviada D. Pedro, juntamente com outros documentos que alcançaram na tarde do dia 7 de setembro de 1822 as margens do riacho Ipiranga e culminou com a proclamação da Independência do Brasil oficialmente naquele dia e que a história assim registra.

Citando Pandiá Calógeras, em seu livro Formação Histórica do Brasil, página 103, encontramos essa afirmação: “Não há mais quem possa negar à Maçonaria um papel preponderante na emancipação

política do Brasil. Realmente desde l815, como fundação da loja ‘Comércio e Artes” a idéia independencista começou a agitar os espíritos brasileiros. Em 1820, descoberta urna conjuração, foram perseguidos tenazmente os “maçons”. Porém no ano seguinte, conseguiram eles triunfar, organizando lojas pelos quatro cantos do país. E em princípio de 1822, com a criação do “Grande Oriente” os carbonários adquiriram um formidável prestigio político.

Nesse movimento maçônico em prol da independência distingui-se uma figura extraordinária de agitador: Joaquim Gonçalves Ledo.

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À frente do movimento, enérgico e vivaz, achavam-se a maçonaria e os maçons. Seus principais chefes e luzes das oficinas têm de ser nomeados, como primeiros Obreiros da grande tarefa: Joaquim Gonçalves ledo, José Clemente Pereira, Cônego Januário da Cunha Barbosa, José Joaquim da Rocha, figuram entre os maiores.

Gustavo Barroso em seu livro História Secreta do Brasil — “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia, cujas raízes prepararam o terreno para isso”. A maçonaria era verdade, o centro emancipador, reconhece grande autoridade no assunto, o Irmão Mário Bering, Grão-Mestre da Maçonaria brasileira. “Ninguém ignora que a Independência nacional foi concebida e proclamada entre as quatro paredes dos templos maçônicos” (Nos Bastidores do Mistério de Adelino de Figueiredo Lima).

E aos poucos se vão dando os passos: A 13 de maio de 1822, propôs o brigadeiro Domingos Alves Branco Muniz Barreto se conferisse ao príncipe o título de Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil. D. Pedro, receoso ainda, não aceitou o título totalmente, apenas o de Defensor Perpétuo e o fez colocar as Iniciais (D.P.) nas peças do uniforme, nos arreios, nos coches, nas librés, nos móveis, nos portões etc. em tudo que se referisse à corte e à pessoa do futuro soberano.

E quando, a cavalo, rodeado dos dragões à austríaca, e dos membros de sua comitiva, amarfanhou os papéis, arrancou da espada as palavras que abriram novos horizontes ao Brasil: INDEPENDÊNCIA OU MORTE. Realizava ao público o que já se resolvera nos subterrâneos. A independência política já fora proclamada na Maçonaria em Assembléia Geral do povo maçônico, reunidas na sede do Apostolado das três Lojas metropolitanas, sob a presidência de Gonçalves Ledo.

O Brasil, no meio das nações independentes, e que

falam com exemplo de felicidade, não pode conservar-se colonialmente sujeito a uma nação remota e pequena, (Portugal) sem forças para defendê-lo e ainda para conquistá-lo. As nações do Universo têm os olhos sobre nós, brasileiros, e sobre ti. Príncipe! Cumpre aparecer entre elas como rebeldes ou como homens livres e dignos de o ser. Tu já conheces os bens e os males que te esperam e à tua posteridade. Queres ou não queres? Resolve, Senhor! (final do discurso de Gonçalves Ledo).

E nas festas que acolheram o jovem fundador do Império. Em Piratininga... e mesma noite em que chegou de São Paulo, tomou posse D. Pedro do cargo Grão-Mestre da Maçonaria, aclamado por todos, no recinto da Loja. Vestira-se de pompa a Loja para receber o aprendiz Guatimozim, já anteriormente iniciado nos nossos mistérios por José Bonifácio.

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Despertai Farroupilhas! Despertai!Despertai Farroupilhas! Despertai!Francisco Feitosa

Maçonaria gaúcha tem muito que comemorar neste mês de setembro. Afinal, há 172 anos, no seio da Loja

PHILANTROPIA E LIBERDADE, à Rua da Igreja, 67, mesmo número do histórico Balaústre da Sessão do dia 18 de setembro de 1835, ao Vale de Porto Alegre, Província de São Pedro de Rio Grande traçavam-se as metas finais para desencadear o maior movimento revolucionário da história brasileira, a fim de libertar o povo Rio-Grandense das “bastilhas” da época, resgatando-lhes os brios, os direitos e a dignidade.

A

O Movimento inspirou-se na recém finda guerra de independência da República Oriental do Uruguai , Guerra da Cisplatina, mantendo conexões com a nova República do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Entre Rios. Chegou a expandir-se a corte brasileira, sul da província de Santa Catarina, em Laguna com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages.

A Revolução Farroupilha, como ficou conhecida na história, originalmente não foi um movimento separatista como muitos tentaram lhe impor. Esta Revolução acabou

influenciando a outros movimentos em várias províncias, como: a Sabinada na Bahia (1837); a Revolução Liberal em São Paulo (1842).

Deu início aos vinte dias daquele mês, dois dias após a memorável reunião maçônica, tendo à frente dos Farrapos, o Venerável Mestre da Loja Philantropia e Liberdade - o Irmão Bento Gonçalves que, com maestria, arrojo e determinação travou violentas batalhas, e venceu muitas delas, contra as tropas imperiais ao longo de quase 10 anos.

Era a então província de São Pedro do Rio Grande, e que resultou na declaração de independência da província como estado republicano, dando origem à República Rio-Grandense. Foi, sem dúvida, o mais duradouro conflito armado já visto no continente americano, durando de 20

de setembro de 1835 a 1º de março de 1845, quando foi assinado pelos líderes farroupilhas e, representando o Império, o então Barão de Caxias (Maçom), o Tratado do Poncho Verde, pondo fim a mais sangrenta luta de libertação do povo brasileiro.

Sondagem Geotécnica - Estaqueamento

Projetos e Obras Civis – Laudos PericiaisIr∴HAMILTON S. SILVEIRAENGENHEIRO CIVIL GEOTÉCNICO

CREA 35679/D-RJ

( (35) 3332-2353 / [email protected]

Rua Andradas 240/12 – S. Lourenço - MG

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Nomes como Giusepe e Anita Garibaldi, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, David Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, ambos com participação no movimento de independência no Uruguai.

Abaixo segue breve trecho do histórico balaustre nº 67:

”Data escolhida é o dia vinte de Setembro do corrente, isto é, depois de amanhã. Nesta data, todos nós, em nome do Rio Grande do Sul, nos levantaremos em luta contra o imperialismo que reina no país. Na ocasião, ficou acertada a tomada da capital da província pelas tropas do IIr.'. Vasconcellos Jardim e Onofre Pires, que deverão se deslocar desde a localidade de Pedras Brancas, quando avisados. Tanto Vasconcellos Jardim quanto Onofre Pires, ao serem informados responderam que estariam a postos aguardando o momento para agirem. Também se fez ouvir o nobre Ir.'. Vicente da Fontoura, que sugeriu o máximo cuidado, pois certamente, o Presidente Braga seria avisado do movimento.”

Este movimento deverá estar sempre presente em nossa memória e servir de incentivo para que jamais nos acomodemos a aceitar as injustiças sociais, a corrupção e o descaso de nossas autoridades.

O Prefeito de Porto Alegre - José Fogaça sancionou a lei nº 142/06, de autoria do Vereador Bernardino Vendrúsculo, destinando espaço em área na esquina das avenidas Azenha e Ipiranga para a instalação de monumento em homenagem aos maçons republicanos e imperiais da Revolução Farroupilha. Representando um dos símbolos da maçonaria, o monumento será construído em concreto por entidades da Capital, sem ônus ao Município.

A lei foi assinada no Solar Paraíso, residência onde viveu o líder farroupilha Onofre Pires, com a presença de representantes da Ordem Maçônica de Porto Alegre, que conta atualmente com mais de 10 mil integrantes. “Um símbolo que irá lembrar não só o heroísmo de seus representantes, mas as lutas pela construção da paz”, afirmou Fogaça.

Em um esforço conjunto, as três Potências Maçônicas gaúchas celebrarão a Epopéia Farroupilha, como nos anos anteriores. Está havendo um esforço dos três Grão-Mestres no sentido de se fazerem presentes em grande número as mais altas autoridades maçônicas nacionais e estrangeiras, notadamente Grão-Mestres. Há um grande número de confirmações. Se tudo correr bem, teremos algo inusitado. Uma confraternização nunca imaginada. A Sessão Magna

Branca, em estilo gauchesco, será no dia 13 de setembro, no Templo Nobre “Caldas Júnior”, com pilchas e fraseado regionalista no ritual elaborado especialmente para celebrações do tipo. Está sendo programado para o dia 14, nas sedes de cada Obediência, reuniões dos Grão-Mestres, pela manhã, almoço com a presença de todos no Centro Templário, e depois, palestra do Past Grão-Mestre da Grande Loja do Chile, e ex-presidente da CMI, Jorge Carbajal Muñoz (a confirmar), permitida a presença de Maçons interessados.

Se tudo der certo, o evento ficará na história da Maçonaria brasileira e sul-americana.

A Maçonaria Carioca, a exemplo da gaúcha, tem realizado este evento no dia 20 de setembro. A Sessão

Farroupilha, atípica, com linguajar gauchesco e traje tradicional, é muito esperada e prestigiada. Geralmente presidida por uma Loja que funciona no dia 20/set, este ano uma quinta-feira. Os organizadores nos informaram que, este ano, o evento se realizará no Templo da Loja Wilton Cunha nº 144 – GLMERJ – no oriente de Vilar dos Teles – São João de Meriti - RJ. Os Irmãos que desejarem participar poderão obter maiores informações com o

Irmão Jorge Costa Dias - [email protected] Como não poderia deixar de ser, após a imperdível

Sessão, o ágape é um delicioso e autêntico churrasco gaúcho .Parabenizamos nossos Irmãos do passado e miremos-

nos em vossos exemplos de luta, determinação e restauração dos direitos e da justiça sociais, tão menosprezados por nossos políticos.

Após esta matéria em homenagem a memória de nossos abnegados Irmãos farroupilhas permita-me deixá-los em reflexão sobre nossa função social como Maçom: “o que vindes fazer aqui?” Será que estamos fazendo nossa parte?

Despertai Farroupilhas! Despertai!

"Acredito na essencial unidade do homem, e portanto na unidade de todo o que vive.

Desse modo, se um homem progredir espiritualmente, o mundo inteiro progride com ele,

e se um homem cai, o mundo inteiro cai em igual medida.” Mahatma Ghandi

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José Bonifácio de Andrada e SilvaJosé Bonifácio de Andrada e SilvaJoão Ferreira Durão

asceu em Santos, SP, em 13 de Junho de 1763, filho de Bonifácio José de Andrada e Maria Bárbara da Silva.

Conhecido como Patriarca da Independência, foi um naturalista, estadista e poeta. Era irmão mais velho de Antônio Carlos (único dos três que era maçom) e de Martim Francisco, que ficaram conhecidos, na história, como “os irmãos Andradas”.

N

Em 1777 foi para a cidade de São Paulo, onde freqüentou aulas, como ensino preparatório para o ingresso na universidade e, em 1780, matriculou-se na Universidade de Coimbra nos cursos de Filosofia Natural e de Direito Canônico (1787 e 1788).

Especializou-se em Mineralogia e Minas e ocupou a cátedra de Metalurgia, na Universidade de Coimbra (1801), sendo, em seguida, nomeado Intendente Geral das Minas e Metais do Reino (1801). Ocupou ainda outros cargos em Portugal.

Na Guerra Peninsular (1807 a 1811), José Bonifácio alistou-se no Exército português, no Corpo Voluntário Acadêmico, tendo combatido e alcançado o posto de tenente-coronel.

José Bonifácio retornou ao Brasil em 1819 e tornou-se vice-presidente da junta governativa de São Paulo (1821). Foi o redator (24 de dezembro de 1821), da representação daquela junta governativa para a permanência do príncipe regente no Brasil, um dos fatores que concorreram para o histórico episódio do “Fico”.

Ao contrário do que é apregoado pela história oficial, José Bonifácio era contra a independência do Brasil porque ocupou diversos cargos, nos quais era jubilado e remunerado pelo colonizador. Kurt Prober, o maior historiador maçônico vivo, no Brasil, posiciona José Bonifácio como “impostor”, que desejava a permanência do Brasil como colônia de Portugal, ou, no máximo, em face das circunstâncias, como um país independente, com o regime monárquico, onde ele poderia continuar desfrutando da sua grande influência na nobreza portuguesa.

José Bonifácio antecipou-se, para evitar o ingresso de D. Pedro na Maçonaria, criando (2 de junho de 1822), uma Sociedade Secreta, não maçônica, o Apostolado da Nobre Ordem de Santa Cruz, em que D. Pedro foi o archonte-rei e ele, seu Lugar-Tenente.

Como o prestígio de José Bonifácio, junto a D. Pedro e aos outros nobres portugueses que compunham o governo da colônia, era muito grande, a Maçonaria decidiu atraí-lo para a causa da independência, oferecendo-lhe o mais alto cargo (Grão-Mestre) do novo grêmio maçônico que se formara (17 de junho de 1822), o Grande Oriente do Brasil.

José Bonifácio não era maçom. Mas foi admitido por comunicação, ato normal para personalidades que interessavam à Ordem. Compareceu, pela primeira vez, ao Grande Oriente, somente à sexta sessão do Grande Oriente (16 de julho de 1822), quando prestou juramento. Ficaram, então, as duas correntes políticas: a republicana de Ledo e a monárquica, de José Bonifácio (com D. Pedro à frente).

O Grão-Mestre José Bonifácio, neófito na Ordem,

observando a liderança de Gonçalves Ledo e nada podendo fazer para sufocá-la, passou a agir, junto ao imperador, para o fechamento do grêmio maçônico, que ele mesmo presidia. Ledo reagiu e conseguiu atrair D. Pedro para a Maçonaria. José Bonifácio era contrário ao ingresso do Imperador, mas deu seu apoio “à última hora”, sendo D. Pedro iniciado na Loja Comércio e Artes (2 de agosto de 1822). Na sessão do Grande Oriente do dia 22 de agosto, o nome de D. Pedro foi aprovado, por aclamação, para o cargo de Grão-Mestre. José Bonifácio foi deslocado para o cargo de Grão-Mestre Adjunto, manobra que o desagradou e acirrou, ainda mais, a dissensão entre as duas correntes.

Com a declaração da Independência do Brasil (7 de setembro de 1822), D. Pedro foi aclamado Imperador do Brasil e José Bonifácio foi nomeado Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros. Foi eleito, no mesmo período como Deputado à Assembléia Constituinte.

O novo Grão-Mestre, D. Pedro, tomou posse, no Grande Oriente do Brasil, em 4 de outubro de 1822.

José Bonifácio prosseguiu na perseguição dos defensores da república, reforçado pela nobreza portuguesa, que insistia em ter precedência sobre os brasileiros. O Imperador, irritado com a oposição dos maçons brasileiros, decidiu suspender os trabalhos maçônicos do Grande Oriente, até segunda ordem, (21 de outubro de 1822). Reconheceu, todavia, que fora vítima do ódio de seu Ministro José Bonifácio e determinou o retorno do funcionamento do GOB. Sentindo-se desprestigiado, José Bonifácio pediu demissão do cargo de ministro (25 de outubro). Seu irmão Martim Francisco, também Ministro, demitiu-se. O Imperador aceitou as demissões, mas, por interferência de membros do Apostolado, que exigiam a volta dos Andradas ao ministério, não conseguiu formar novo ministério (os convidados a ministro não aceitavam, por medo de vingança do Apostolado) e recolocou os Andradas, no ministério (30 de

outubro). Nesse mesmo dia, José Bonifácio determinou a prisão dos inimigos, em sua maioria maçons aliados a Gonçalves Ledo.

O Grande Oriente do Brasil fechava as portas, pouco mais de quatro meses após ter sido criado. Gonçalves Ledo, alertado pelo padre Januário da Cunha Barbosa (logo depois preso e deportado para a Europa, junto com outros líderes maçons), refugiou-se e, para não ser preso (e morto), embarcou, com a ajuda do cônsul da Suécia, em um navio, com destino a Buenos Aires, onde exilou-se.

A Maçonaria adormeceu no Brasil.D. Pedro, informado que no Apostolado havia um

movimento que tramava contra sua vida, fechou a agremiação (15 de julho de 1823) e demitiu os Andradas do ministério (17 de julho). José Bonifácio e Martim Francisco juntaram-se a outros aliados, em oposição ao Imperador, engrossando a corrente das Cortes Portuguesas que exigiam a volta de D. Pedro a Portugal.A Constituinte, onde ainda estavam os Andradas, como deputados, foi fechada (13 de novembro) e os Andradas e seus aliados foram presos e exilados para a França (20 de novembro de 1823).

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D. Pedro, informado que no Apostolado havia um movimento que tramava contra sua vida, fechou a agremiação (15 de julho de 1823) e demitiu os Andradas do ministério (17 de julho). José Bonifácio e Martim Francisco juntaram-se a outros aliados, em oposição ao Imperador, engrossando a corrente das Cortes Portuguesas que exigiam a volta de D. Pedro a Portugal. A Constituinte, onde ainda estavam os Andradas, como deputados, foi fechada (13 de novembro) e os Andradas e seus aliados foram presos e exilados para a França (20 de novembro de 1823).

José Bonifácio foi autorizado a retornar, desembarcando no Brasil (23 de julho de 1829). No início de 1830, comprou uma casa em Paquetá, ilha na Baia de Guanabara, onde instalou-se com seus pertences e familiares.

Em 1830 foi fundado O Grande Oriente de Santo Antônio, constituído por antigos maçons do Grande Oriente do Brasil de 1822. Esse grêmio, instalado, (24 de junho de 1831), passou, logo após ser criado, a denominar-se Grande Oriente do Passeio e intensificou a campanha para a deposição do Imperador D. Pedro I, o que veio a ocorrer (dia 7 de abril de 1831), sob a dissimulada capa de um ato de abdicação, em favor de seu filho, o infante D. Pedro II.

José Bonifácio foi nomeado, pelo imperador que “abdicava”, tutor de seus filhos menores. Para dar constitucionalidade ao ato do Imperador, foi nomeada uma Regência Trina Provisória, porque a lei determinava a sucessão do Imperador por parente com a idade mínima de 35 anos. D. Pedro II tinha 5 anos.

A essa época, José Bonifácio era, outra vez, a favor da recondução de D. Pedro I ao Império. Aliando essa atividade à necessidade de reintegrar-se à vida pública, decidiu voltar à Maçonaria. Mas não filiou-se ao Grande Oriente do Passeio, preferindo reativar o Grande Oriente do Brasil (23 de novembro de 1831) e auto-intitular-se seu novo Grão-Mestre. Precisava desse grêmio maçônico para planejar o retorno do país à condição anterior à abdicação. Esse movimento foi intitulado de “Movimento Restaurador” e fez a revolta (17 de abril de 1832) contra a Regência. Era Ministro da Justiça o maçom padre Diogo Feijó, que não conseguiu destituir José Bonifácio da tutoria de D. Pedro II (venceu na Câmara, mas perdeu no Senado, composto de elementos vitalícios e aliados a José Bonifácio), apesar de ter ficado provada sua participação na revolta (esmagada).

Em agosto (1832), o Grão-Mestre José Bonifácio

expulsou do Grande Oriente a Loja Educação e Moral, cujo Venerável era o seu antigo inimigo Joaquim Gonçalves Ledo, porque negou-se a elevar ao grau 18 obreiros que não pertenciam ao Rito Escocês.

Nesse mesmo ano (1832), em dezembro, o Grão-Mestre José Bonifácio expulsou a Loja Comércio e Artes do Grande Oriente do Brasil, quando era seu Venerável o cônego Januário da Cunha Barbosa, outro inimigo de longa data.

José Bonifácio foi destituído (15 de dezembro de 1833) do cargo de tutor dos filhos de D. Pedro I, sendo preso e recolhido à sua casa na Ilha de Paquetá, com guarda à vista, até 14 de março de 1835.

Com a destituição de Francisco Montezuma do cargo de Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho (12 de novembro de 1835), foi eleito Antônio Carlos de Andrada, cujo Lugar-Tenente Grande Comendador passou a ser José Bonifácio. Antônio Carlos passou o cargo, logo em seguida, para José Bonifácio que, assim acumulou o Supremo Conselho com o Grande Oriente, do qual ainda era o Grão-Mestre.

José Bonifácio passou o cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente (3 de dezembro de 1837), a Antônio Francisco de Paula Holanda Cavalcanti de Albuquerque, por estar, aos 74 anos, doente. Manteve-se, todavia, no cargo de Soberano Grande Comendador Interino do Supremo Conselho.

Faleceu em 6 de abril de 1838, antes de completar 75 anos, em sua casa na Ilha de Paquetá.

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O Significado Maçônico do SilêncioO Significado Maçônico do SilêncioAutor desconhecido

palavra silêncio é derivada do latim “silentiu” e significa interrupção de ruído ou estado de quem se cala. Na

Maçonaria, o silêncio tem um rico significado e é sobre este aspecto que nós o estudaremos.

ADesde as primeiras civilizações, notadamente as que

tinham sociedades iniciáticas, o silêncio é um importante elemento cultural, imposto drasticamente para salvaguardar seus segredos.

Em quase todas, é representado por uma criança com o dedo sobre os lábios.

Constitui-se uma exceção, o antigo Egito, onde existia um "Deus" do silêncio, chamado Harpócrates, com a mesma posição já descrita.

Entre os magos e sacerdotes egípcios, os iniciados assumiam um estado de silêncio total, a fim de se manterem

os segredos e incitá-los à meditação, regra que seria adotada por todas as sociedades iniciáticas posteriormente.

Buda, em 500 a. C., também valorizava o silêncio como condição para a contemplação.

Os Essênios tinham como principais símbolos um triângulo contendo uma orelha e outro contendo um olho, significando que a tudo viam e ouviam, mas não podiam falar, por não terem boca.

Dentre os mistérios gregos, encontramos o de Orfeu, que com a magia de seu canto e de sua música executada numa lira, silenciava a natureza e a tudo magnetizava.

Eurípides, no verso 470 de sua obra "Os Bacantes" diz que verdadeiros são os mistérios submetidos à lei do segredo. A palavra mistério deriva de "myein" que significa "boca fechada".

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Pitágoras criou a escola Itálica e seus discípulos se distinguiam em 3 graus, sendo o 1º o "acústico", assim chamado porque era destinado aos aprendizes que só deviam ouvir e abster-se de manifestação.

Para os Talhadores de Pedras, o segredo e o silêncio sobre sua arte era uma questão de sobrevivência, constituindo-se inclusive num salvo-conduto.

Os monges da Ordem de Císter tinham como uma de suas principais regras o silêncio para a reflexão.A G∴L∴U∴da Inglaterra adotou, após sua unificação, a legenda "AUDI, VIDE, TACE", ou seja, "Ouça, Veja, Cale".

Como pudemos perceber, temos inúmeros exemplos da importância do silêncio ao longo da história.Os primeiros catecismos maçônicos do século XVIII diziam que os 3 pontos particulares que distinguiam o Maçom eram a Fraternidade, a Fidelidade e Ser Calado que representavam o amor, a ajuda e a verdade entre os Maçons.

As "Old Charges" ou Antigas Obrigações pregavam o silêncio, a circunspeção e a compostura durante os trabalhos.

A constituição de Anderson pregava a prudência e o silêncio, notadamente em relação aos profanos.

Nos Landmarks de Mackey, o de nº. 23 se refere ao sigilo que o Maçom deve conservar sobre todos os conhecimentos que lhe são transmitidos e dos Trabalhos em Loja, sendo que as cartas constitutivas de todas as Obediências contêm referências com o mesmo sentido.

A Lei do Silêncio é a origem de todas as verdadeiras Iniciações.

Segundo Oswald Wirth o ensino deve ser pelo silêncio, nada de palavras que podem faltar com a verdade. É na Câmara de Reflexão que o silêncio assume sua maior importância, pois o candidato talvez não tenha há muito tempo uma oportunidade igual de ficar a sós, em atitude contemplativa, em meditação, para que possa ocorrer a maturação silenciosa de sua alma.

Ao longo do cerimonial, durante os interrogatórios, poderemos encontrar por diversas vezes pausas silenciosas para que o candidato possa refletir sobre aquilo que acabou de ouvir.

Voltaremos a deparar com o silêncio ao realizarmos uma das viagens, feita com absoluto silêncio. E será ainda o mote principal do juramento que realizamos na Iniciação.

Na abertura dos Trabalhos ouvimos o 2º Diác∴ responder ao V∴M∴que deve zelar para que os Irmãos se mantenham em suas colunas com respeito, disciplina e ordem.

No transcorrer dos Trabalhos, os VVig∴ anunciarão o

silêncio das colunas, o que significa que democraticamente foi concedido o direito à palavra.

Por fim, encerramos a Sessão jurando pelo silêncio sobre tudo o que foi visto e falado em Loja.

A Lei do Silêncio nada mais é do que um perpétuo exercício do pensamento. Calar não consiste somente em nada dizer, mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando se escuta alguém falar.

Não se deve confundir silêncio com mutismo. Segundo Nicola Aslan o primeiro é um prelúdio de abertura para a revelação, o segundo é o encerramento da mesma.

O silêncio envolve os grandes acontecimentos, o mutismo os esconde. Um assinala o progresso, o outro a regressão.

Dizem as regras monásticas que o silêncio é uma grande cerimônia, pois Deus chega à alma que nela faz reinar o silêncio, mas torna mudo que se distrai em tagarelices.

Os mistérios na Maçonaria devem ser velados em silêncio, pois em relação ao mundo profano nossos segredos existem com o objetivo de não poluí-los pelos que não se encontram preparados para entendê-los, e nada mais perigoso do que a verdade mal

compreendida.Somente o homem capaz de guardar o silêncio será

disciplinado em todos os outros aspectos de seu ser, e assim poderá se entregar à meditação.

Enfim, o silêncio é a virtude maçônica que desenvolve a discrição, corrige os defeitos, permite usar a prudência e a tolerância em relação aos defeitos e faltas dos semelhantes.

Para encerrar, os Maçons se reúnem em Templos, e "O Templo representa a fortaleza da paz e do silêncio". (Isaías, cap. 30 v. 15).

"Só quando se vêem os próprios erros através de uma lente de aumento, e se faz exatamente o contrário com os erros dos outros, é que se pode chegar à justa avaliação de uns e de outros.”

Mahatma Ghandi

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Ritos MaçônicosRitos Maçônicos__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

As Colunas B e JAs Colunas B e J Paulo Roberto Marinho

Alguns pesquisadores argumentam que as Colunas B e J por serem denominadas “Vestibulares” e, por isto, devem ser instaladas no vestíbulo, ou seja, no Átrio; outros contra-argumentam que não podem ser vestibulares, pois, no Templo de Jerusalém estavam situadas, externamente, à porta do Templo e não no vestíbulo, ou Átrio.

O posicionamento das Colunas “B” e “J” sempre foi motivo de controvérsias, há contradição entre os próprios Rituais das Obediências. Na GLMERJ, no Ritual do Grau de Apr∴Maçom as Colunas estão dispostas no interior do Templo, já nos Rituais dos Grau de Comp∴e de M∴Maçom (novas edições) figuram no Átrio. Podemos notar como trabalham alguns “adequadores” sem espírito de pesquisas – não pesquisam sequer o próprio Ritual que alteram –; não se dão ao trabalho de antes de alterar a figura do Plano do Templo, pondo as Colunas no Átrio, lerem as instruções de Circulação em Loja do mesmo Ritual:

“O Obreiro circulando em Templo nunca deve passar por trás dos Pilares J e B, e sim pela frente dos mesmos...”

Ora, como poderia o Obreiro circular, em Templo, por trás dos Pilares estando estes no Átrio?

As Colunas B e J não têm, nem tiveram nos “tempos bíblica” função de sustentação; são colunas decorativas, por isto, o que importa é sua representação – alegorias contidas nas instruções de cada Grau –, suas referências simbólicas. O Templo Maçônico não é, e nunca foi, como muitos insistem em “arraigar” nas mentes dos Aprendizes, réplica do Templo de Salomão. As reuniões de nossos antigos Irmãos, no período de transição da Maçonaria operativa para a dos Aceitos ou Especulativa, eram realizadas nas Tabernas e nos Átrios das Igrejas. Os primeiros Templos Maçônicos foram construídos na Inglaterra, no século XVIII, como já dissemos antes, por projetos inspirados nas arquiteturas dos prédios públicos da época, principalmente, dos Templos Anglicanos e o do Parlamento Britânico. Destes se originam o Átrio, o Mosaico, as Colunas, etc., Inclusive a Sala dos Passos Perdidos copiada do Parlamento e, até os dias de hoje existe e assim denominada. Os Templos maçônicos atuais, do R:.E:.A:.A:. representam a terra e o universo, e, isso é claramente visível: a Abóbada Celeste, as Colunas Zodiacais, o Norte, o Sul, o Oriente, o Ocidente, o Zênite e o Nadir. (Ver na quinta instrução do Grau 1 da GLMERJ – o primeiro diálogo entre o Ven∴ e o 1º Vig∴)

Nesta concepção as Colunas “B” e “J” representam os pontos solsticiais; alinhadas ao eixo do Templo definem as paralelas que se estendem e alcançam o Sol no Oriente; os trópicos de câncer e de capricórnio (ver sexta instrução do Grau 1); estão inseparavelmente ligadas ao Zodíaco que ornamenta as 12 Colunas ao norte e ao sul do Templo;

integram as alegorias que contemplam as instruções de cada Grau, como as Colunas de fogo e nuvens que guiava e protegia o povo hebreu na fuga do Egito e da ira do Faraó. No interior do Templo as Colunas preponderam; estão sempre “vivas” e ativas no simbolismo e analogias. Isoladas do Templo, não

aludem quaisquer representações – ligações simbólicas ou alegóricas relacionadas ao Átrio ou ao exterior – estão solitárias não refletem “Estabilidade e Firmeza”, “Força e Apoio”.

Diga-se a bem da verdade que não há nas escrituras sagradas das religiões, ligadas ao simbolismo hebraico, referências a esferas representando o mapa do “Globo Terrestre” e do “Globo Celeste” encimando as Colunas “B” e “J”. Estas esferas existem, no Painel do Grau de Comp∴Maçom, por criatividade alegórica de nossos Irmãos dos tempos em que os Painéis eram desenhados no chão – hábito de desenhar a Loja – e a lenda do Templo ainda não fazia parte dos Ritos que praticavam. O primeiro globo terrestre foi construído em 1492.

“...Na Mina, conheceu Martim Behaim, geógrafo que acompanhara a expedição de Diogo Cão e que em 1492 concluiria um grandioso projeto: a fabricação do primeiro globo terrestre, reformulando as idéias de Ptolomeu”. (Eduardo Bueno - A Viagem do Descobrimento - Editora Objetiva).

Nos Rituais passados, há relatos que segundo as tradições maçônicas as Colunas eram ocas para que ali fossem guardados as ferramentas e os tesouros dos Aprendizes e Companheiros, porém, algumas Obediências acrescentaram-lhes a qualidade de Maçom registram: Aprendizes MAÇONS e Companheiros MAÇONS, tal como Adonhiram, que no Ritual de Instalação recebe, do mesmo modo, o tratamento de Mestre MAÇOM. As Lendas das antigas civilizações, nas quais a Maçonaria espelha sua doutrina, seus Mistérios e sua filosofia, por lendas, não têm nenhum compromisso com verdades históricas. As lendas maçônicas, fundamentadas naquelas, são episódios adaptados pela imaginação para gerar as alegorias de cunho moral e filosófico, engendra o sincretismo didático maçônico.

“... Nada, historicamente, autoriza a hipótese de uma divisão de Obreiros, durante a construção do Templo de Jerusalém, o primeiro, o de Salomão; esta lenda é mais medieval, com base nas corporações de Ofício da Idade Média, as quais, essas sim, possuíam essa divisão”. (Frederico G. Costa e José Castellani - Manual do Rito Moderno - Editora A Trolha).

As mentes mais ávidas por grandiosidades maçônicas, e até mesmo, por superestimação e Amor a Ordem, costumam, à revelia, dar veracidade as lendas e converter à Maçonaria seus personagens. Denominar os construtores do primeiro Templo de Jerusalém como Maçons leva a crer que naquela época haveria uma instituição com a denominação de Maçonaria. E isso, dá força à imaginação de alguns Maçons que adoram antiquar a Ordem aos tempos de Cristo, Noé e até mesmo Adão, desacreditando a Maçonaria e os Maçons perante a comunidade literária universal à luz da história da humanidade. Na remota antiguidade encontramos associações semelhantes à Maçonaria onde a mesma filosofia era ministrada a seus adeptos. Entretanto, se confundirmos os títulos maçônicos com a filosofia maçônica, e procurarmos a

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origem desses títulos em sua forma atual, somente as encontraremos após o século X, ou seja, distantes 1900 anos da construção do Templo.

Do Ritual da Grande Loja do Rio de Janeiro, editado na década de 60, transcrevemos sintetizada a seguir, a narrativa sobre a Origem da Maçonaria, história aceita pela maioria dos pesquisadores maçônicos como a mais próxima da verdade:

“... Desde os primeiros dias o povo romano distinguiu-se por seu ativo espírito colonizador, e logo que suas legiões dominaram os povos semi-bárbaros da Espanha, Gália, Alemanha e Bretanha, eles, aí, deram início ao estabelecimento de colônias e edificaram cidades. Cada legião que era enviada à conquista de novas terras, levava uma sociedade do grande corpo de Roma, que marchava e acampava com a tropa e, quando era fundada uma colônia, nela ficava para cultivar as sementes da civilização romana, inculcar os princípios das artes romanas e construir templos às divindades e casas e acomodações para os habitantes... Os descendentes dos antigos colégios romanos estabeleceram

escolas de arquitetura e ensinaram a arte dos construtores entre os povos libertos ... Dessa escola saíram os construtores que naquele tempo eram conhecidos como Francomaçons e que do X ao XVI século, percorreram toda a Europa”.

ReflexõesReflexões________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Por Que Gritamos? Por Que Gritamos? Autor desconhecido

m dia, um filósofo indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:U

- Por que é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

- Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.

- Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? Questionou novamente o pensador.

- Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça,

retrucou outro discípulo.E o mestre voltou a perguntar:- Então não é possível falar-lhe em voz baixa?Surgiram várias outras respostas, mas nenhuma

convenceu o pensador.Então ele esclareceu:- Vocês sabem por que se grita com uma pessoa

quando se está aborrecido?O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas,

os seus corações afastam-se muito. Para cobrir essa distância, precisam gritar, para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvirem um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê?

Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes, seus corações estão tão próximos, que nem falam, somente sussurram. E, quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer de sussurrar, apenas olham, e basta. Seus corações entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas se amam, estão próximas.

Por fim, o filósofo concluiu dizendo:- Quando vocês discutirem, não deixe que seus

corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.

ReflexõesReflexões________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Tempo Que Foge!Tempo Que Foge! Autor desconhecido

ontei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele

menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, roia os caroços.

C

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não

tolero gabolices, nem os maus homens públicos.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.

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Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não quero que me convidem para eventos de um fim de semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos

internos. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos à limpo".

Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral.

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado

de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a "última hora"; não foge de sua mortalidade, não abandona os verdadeiros amigos, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus.

Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.

Boas DicasBoas Dicas______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

SitesSites

MMCC - O Movimento Maçônico Contra a Corrupção é uma ação civil e apartidária da Maçonaria Capixaba para todos os cidadãos de bem do País, idealizada pela Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo e pelo Grande Oriente da Maçonaria do Espírito Santo, que objetiva tão somente o exercício pleno da cidadania, para resgatar os valores morais e éticos que andam sumidos das instituições e

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editado pela Madras. Um belo trabalho e bom auxiliar de pesquisas maçônicas.

Arte Real – Edições AnterioresArte Real – Edições Anteriores Já se encontram disponíveis para download as edições anteriores do Arte Real no site www.entreirmaos.net

Obrigado por prestigiar este nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!