frigoríficos paulistas recebem incentivo de icms até o final do … · 2012-08-07 · 12 a 14...

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Frigoríficos paulistas recebem incentivo de ICMS até o final do ano nº 64 - ano VI agosto/2012 FÔLEGO PROVISÓRIO Será que isto ajuda? 2022: As perspectivas do MAPA e da FIESP para carne de frango E mais: - Panorama do processamento na visão do consultor Fábio Nunes

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Frigoríficos paulistas recebem incentivo de ICMS até o final do ano

nº 64 - ano VIagosto/2012

FÔLEGO PROVISÓRIO

Será que isto ajuda?

2022: As

perspectivas do

MAPA e da FIESP

para carne de

frango

E mais:- Panorama do processamento na visão do consultor Fábio Nunes

Produção Animal | Avicultura 3

Sumário

Ponto final

Dia da Avicultura: Data é lembrada no dia 28 de agosto

Rogério Belzer

46

Eventos

Painel do Leitor

06

08

Notícias CurtasAvisulat: Meta é fortalecer avicultura, suinocultura e laticínios 10

Estatísticas e Preços

Produção e mercado em resumoProdução de pintos de corteProdução de carne de frangoExportação de carne de frangoOferta interna decarne de frangoAlojamento de pintainhas comerciais de posturaDesempenho do frango vivo no mês de julhoDesempenho do ovo no mês de julhoMatérias-primas

36373839

40

41

42

4344

AviGuiaBayer promove workshop técnico

28

32AssociaçõesUbabef pede apoio ao Mapa para conter escalada do custo de produção

Portfólio AviGuia 45

Capa

20IncentivoCrédito presumido sobre o ICMS chega em boa hora

Projeções

18MAPA e FIESPDois cálculos diferentes para a produção de frango até 2022

Processamento

24Técnicas de abateArtigo mostra diferentes tecnologias de abate e processamento de frango

Inovação

34Artigo científicoFitoterapia e o bem-estar animal no pré-abate

eDITORIAL

Bye, bye Brasil

Agradecimentos

Julho foi o mês que a avicultura paulista

comemorou a assinatura do decreto que

concede à cadeia produtiva paulista crédito

outorgado equivalente a 5% do Imposto

sobre a Circulação de Mercadorias e Servi-

ços (ICMS). Esse percentual de crédito

ofertado se refere às saídas internas e às

exportações de carnes em aves in natura e

processadas. A reportagem da página 20

conta um pouco mais sobre essa iniciativa

do governo paulista e propõe um debate:

será que esta medida ajuda a conceder um

fôlego para o setor avícola do Estado?

Em uma triste contrapartida, julho tam-

bém foi um mês onde se vê no horizonte

uma amarga previsão. Estamos com um

risco iminente de ver despencar a posição

imbatível em relação a outros países, tanto

na produção de carne de frango (terceiro

maior produtor mundial) como na exporta-

ção do produto, liderada mundialmente

pelo frango brasileiro.

Simplesmente porque os componen-

tes básicos de um frango (milho e farelo

de soja) atingem internamente valores im-

possíveis de serem cobertos quer pelo

exaurido consumidor brasileiro, quer pela

centena e meia de importadores da carne

de frango conquistada ao longo de quase

quatro décadas.

Para tentar evitar que a defasagem en-

tre o custo de produção e os preços de ven-

da aumente ainda mais, o produtor come-

ça a fazer o que entende ser “a sua parte”:

procurar readequar o volume produzido ao

consumo recessivo da atualidade.

Mas garantir, por exemplo, que haja

rentabilidade suficiente capaz de permitir

que a reposição de novas reprodutoras siga

sem solução de continuidade depende de

iniciativas do poder público.

Quer como geradora e mantenedora

de empregos, quer como abastecedora de

uma carne barata e nutritiva para a popula-

ção ou, ainda, como captadora de divisas

para o País, a avicultura não pode ficar ao

Deus dará.

Tudo indica que teremos alguns anos

de recesso pela frente. Após crescer a uma

média de 6,3% ao ano entre 2002 e 2011,

passando de 7,5 milhões de toneladas para

13 milhões de toneladas, a produção brasi-

leira de carne de frango deve apresentar

substancial redução no ritmo de evolução

da produção.

Previsões confirmadas pelas projeções

da FIESP no Brasil Outlook – estudo inédito,

que compilamos e apresentamos a partir

da página 18.

Boa leitura!

Nosso obrigado a Antônio Gil-berto Bertechini, Fábio Nunes, Érico Pozzer, Rodrigo Garófallo, Grasiele Deon e Rogério Belzer pela ajuda nesta edição.

4 Avicultura | Produção Animal

PublisherPaulo [email protected]

Redação Andrea Quevedo (MTB 27.007) Carla Vido Érica Barros (MTB 49.030) Mariana Almeida (MTB 62.855) [email protected]

Comercial Daniel Cannos Fernanda Bronzeado [email protected]

Diagramação e arteMundo Agro e WL [email protected]

InternetJessica Sousa Rafael Ribeiro Vinicius [email protected]

Administrativo e financeiroCaroline Esmi [email protected]

Circulação e assinaturaÉrika Guimarães(19) [email protected]

Fale com a redaçã[email protected]: (19) 3241 9292

expeDIenTeProdução Animal - AviculturaISSN 1983-0017

Mundo Agro Editora Ltda.Rua Erasmo Braga, 115313070-147 - Campinas, SP

Será que o crédito outorgado equivalente a 5% do ICMS vai ajudar o setor no Estado de SP?

Eventos

6 Produção Animal | Avicultura6 Produção Animal | Avicultura

Novembro

21 a 23 de novembro AVISULAT 2012 - III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura, Suinocultura e Laticínios e Feira de Equipamentos Serviços e TecnologiaLocal: Centro de Exposições Fundaparque, Bento Gonçalves, RSRealização: Asgav, Sips e SindilatContato: (51) 3228-8844Informações: www.avisulat.com.brE-mail: [email protected]

21 a 23 de novembro IV Simpósio de Qualidade da CarneLocal: Centro de convenções da FCAV - Unesp/JaboticabalRealização: Funep e FCAV - Unesp/Jaboticabal Contato: (16) 3209-1303Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=265E-mail: [email protected]

2013 Março

12 a 14 de março III Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais Local: São Pedro, SPContato: (19) 3481-9999 Informações: www.sbera.org.br/sigera2013E-mail: [email protected]

2012 Agosto

24 de agosto II Workshop SindiaviparLocal: Foz do Iguaçu, PR Realização: SindiaviparContato: (41) 3224-8737Informações: www.sindiavipar.com.brE-mail: [email protected]

Setembro

12 a 14 de setembroIX Curso de Atualização em Avicultura para Postura ComercialLocal: Centro de Convenções da Unesp/FCAV, Jaboticabal, SP Realização: Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão (Funep)Contato: (16) 3209-1300Informações: www.funep.org.br/mostrar_evento.php?idevento=259E-mail: [email protected]

Outubro

04 de outubro3º Dia do Ovo da USP de PirassunungaLocal: Anfiteatro Principal do Campus de Pirassununga, SPRealização: Departamento de Produção e Nutrição Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USPContato: (19) 3565-6710 Informações: www.usp.br/fzea/Email: [email protected]

10 a 14 de outubro I Simpósio Estadual de Avicultura do PR e Feira de Máquinas e Equipamentos Local: Centro de Eventos Ismael Sperafico, Toledo, PR Realização: Aaviopar - Associação dos Avicultores do Oeste do Paraná Contato: (45) 3055-2410

23 a 26 de outubro CLANA 2012Local: Centro de Convenciones de Puerto Vallarta - Puerto Vallarta - Jalisco - MéxicoRealização: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA) e a Associação Mexicana de Especialistas em Nutrição Animal (AMENA)Informações: www.clana2012.com

8 Produção Animal | Avicultura

Painel do Leitor

Na edição de julho da Revista do AviSite, que circulou no Congresso Mundial de Avi-cultura, mostramos a trajetória de cinco empreendedores do setor avícola que vence-ram obstáculos para chegar até o patamar que hoje se encontram. Também apresen-tamos ideias alternativas de abate para melhorar a qualidade da carne de frango.

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Ideias para melhorar a segurança e a qualidade da carne de frango

A trajetória, os planos e as perspectivas decinco empresários brasileiros

nº 63 - ano VIjulho/2012

NESTA EDIÇÃODécimo volume daRevista do Ovo

EXEMPLOS DE SUCESSO

Zé Garrote Aroldo Filho

Ciliomar Tortola

Dario Mascarenhas

Domingos Martins

ABATE

Participe e envie seu comentário para

[email protected]

Levantamento realizado pela Embrapa Aves e Suínos em sete estados, mostrou que o custo médio de produção de frango (em relação ao mês de maio de 2012) aumentou 8% se comparado com o valor do ano passado. O valor da produção foi calculado através da criação em aviários convencionais e o menor custo foi registrado em Santa Catari-na (R$1,80/kg) enquanto que o estado do Espírito Santo registrou o maior custo de produção, com R$ 2,24/kg.

Primeiro é urgentemente necessá-rio que o governo intervenha, expor-tando apenas o excedente de milho e soja abastecendo o que for necessário na avicultura e suinocultura, duas atividades de grande geração de empregos e das quais muitas famílias dependem. Segundo, temos que diminuir em muito a oferta do produ-to avícola no mercado interno, renu-merando melhor o produto para fazer frente ao custo e, para sairmos da dependência dos grandes atacadistas, que neste momento pagam o que querem por terem super oferta do produto.

Ari Akafer – Manaus, AM

Infelizmente nossos políticos estão mais interes-sados em continuar com as negociações de commo-dities do que elaborar um plano de manutenção dos estoques internos de grãos!

Edson Luis Formighieri – Angatuba, SP

Num governo onde o núcleo do partido da situação é formado por metalúrgicos e bancários, para os quais: a) a visão do agronegócio não vai além de invasões de terras e agricultura familiar; b) onde poucos indivíduos sabem ou reconhecem que o PIB da indústria automotiva não vai além dos 5%, contra os 26% do agronegócio; c) onde nenhum deles sabe que apenas uma, e tão somente uma, das agroindústrias possui 150 mil trabalhadores diretos, tanto quanto TODOS os postos de trabalho

diretos e indiretos de todas as indústrias juntas do setor automotivo (incluindo autopeças); d) que a agroindústria representa mais que um terço da massa de trabalhadores do Brasil, pois bem...exata-mente deste governo não se pode esperar nada, absolutamente nada, em favor do agronegócio. Esta falta de “intelligentsia” não consegue identifi-car que, da mesma forma que o petróleo foi e con-tinua sendo uma arma estratégica de negociação com o mundo, os grãos e proteínas animais tam-bém o são e serão. Eles enxergam, mas não vêem. Escutam, mas não ouvem. Esta crise é a cara da falta de uma política agrícola coerente.

Paulo Martins – São Paulo, SP

Eterna lei de oferta e procura. Tem que haver mais união e acompanhamento profissional do mercado para evitar, a qualquer custo, excesso de oferta.Tem que eliminar esse ponto fraco do setor!

Celso Ramos – Pederneiras, SP

Infelizmente, nós brasileiros sempre estamos enfrentando dificuldades, mas, se os responsáveis tivessem uma preocupação séria, e se preocupas-sem em trabalhar para esta melhora, com certeza este mercado do frango, estaria com resultado, de crescimento em alta, onde estaria se investindo mais em todos os sentido, resultado em crescimento total, para os diretos e indiretos. Portanto pessoal, vamos trabalhar mais, para que possamos ver estes empresários que lutam e buscam às vezes o impos-sível, para tentar continuar a manter os negócios, em andamento.

Vanderlei Gallera – Amparo, SP

Embrapa mostra alta média de 8% em um ano

As opiniões publicadas de leitores não refletem a posição do veiculo

Produção Animal | Avicultura 9

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br

As cinco mais lidas no AviSite em julho

Frango pode oferecer pistas inesperadas na luta contra doenças humanas, da mesma forma que pode proporcionar novas formas de combate ao câncer, afirma um grupo

internacional de pesquisadores. Nas pesquisas realizadas, foram obtidas duas variedades genéticas de NK-lisina, com resultados tão inesperados que chegaram a surpreender os cientistas envolvidos nos experimentos. No trabalho realizado, os pesquisadores realiza-ram o sequenciamento global do DNA das aves. Foi quando descobriram as duas varian-tes com potencial de atuação contra infecções. Segundo Womack, o que mais chamou a atenção foi o fato de uma das variantes ser mais potente que a outra no combate às células cancerosas.

Com preço estagnado, frango enfrenta explosão de custo com matérias-primas

1Mesmo que de forma inicial o preço do frango

abatido começou a voltar ao normal, ativida-de que é renovada a cada começo de mês. Ainda que com os preços abaixo das máximas alcançadas em fevereiro, abril, maio e junho, o valor encontra--se acima dos preços iniciais se comparado com os outros meses. Na primeira quinzena de junho, a variação foi de 13% e chegou próximo dos R$3,00/kg. A última vez em que a cotação do produto chegou perto deste valor, foi em março do ano passado.

Começa a retomada de preço do frango abatido

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A avicultura caminha para um impasse. Pois enquanto a

remuneração recebida pelos pro-dutores recua ou, no máximo, se mantém estável, os custos das duas matérias-primas essenciais para a produção de um frango ou de um ovo evoluem de forma explosiva. Nesse mesmo espaço de tempo o milho aumentou cerca de 35% e agora já ultrapassa o preço recorde atingido em janeiro de 2012 – R$32,50/saca. Assim, por exemplo, enquanto no último dezembro o pacote correspondia a menos de 1 kg de frango vivo, neste momento solicita pelo me-nos 62% a mais. Veja mais na página 12.

Explosão de preços de milho e soja põe avicultura em xeque

2

Dois anos atrás, em julho de 2010, ao vender uma tonelada de frango vivo, o produtor do

interior de São Paulo recebeu em média, no mês, R$1.570,00. Era um valor R$20,00 maior que o necessário para adquirir um “pacote” de milho e farelo de soja, então custando R$1.550,00 a tonela-da. Desde então e até dezembro de 2011, excetua-dos alguns momentos críticos para o frango, essa proximidade de preços se manteve relativamente constante. Mas rompeu-se de vez a partir de janei-ro do ano corrente.

Em julho do ano passado, a comercialização do frango vivo no interior paulista era de R$1,80/

kg. Com o mercado em alta, os reajustes foram feitos em 15% (entre o primeiro e o último dia do mês). Este ano, com uma situação completamente oposta, o fator mais inimaginável e desesperador na avicultura, está sendo o aumento dos preços das matérias-primas, como o milho e o farelo de soja. Para se ter uma ideia, em um intervalo de um ano com o mesmo volume de frango vivo, atualmente o produtor adquire 11% a menos da matéria-prima.

Porque a avicultura agora pede socorro

Frango é a mais nova arma no combate ao câncer e a outras doenças

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10 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Meta é fortalecer avicultura, suinocultura e laticínios

Avisulat

O Avisulat 2012 - III Congresso Sul Brasileiro de Avicultura,

Suinocultura e Laticínios - foi lançado no dia 12 de julho, em Bento Gonçalves, na serra gaúcha. O evento será realiza-do de 21 a 23 de novembro, na mesma cidade, concomitante com a Feira de Equipamentos, Serviços e Tecnologia, e deverá reunir dois mil congressistas. “Estamos organizando pela terceira vez consecutiva este projeto conjunto, que tem por objetivo fortalecer cada vez mais os três setores, que contribuem consideravelmente com a balança co-mercial e a geração de empregos e de divisas”, destaca Eduardo Santos, coor-denador geral do evento.

Segundo o coordenador, estes setores “às vezes ficam meio esqueci-dos no Rio Grande do Sul”, quando são

lançados pacotes (PAC’s) de incentivo fiscal e de desoneração pelo Governo Federal. “Dentro desta linha, nossa proposta com o Avisulat, além de gerar negócios para os três setores, é termos cada vez mais condições de competir e sobreviver nesta transformação que está acontecendo a cada dia na econo-mia regional, nacional e internacional”,

frisa. A Asgav (Associação Gaúcha de Avicultura), o Sindilat/RS (Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado do Rio Grande do Sul) e o Sips/RS (Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos no Estado do Rio Grande do Sul) promovem o Avisulat 2012. Saiba mais em: www.avisulat.com.br.

MT surpreende por figurar em 2° no ranking IBGE/ Abate de frango

Os dados recentes do IBGE mostraram que no primeiro trimestre deste ano o volume de carne

de frango produzido em estabelecimentos sob inspe-ção manteve o mesmo ritmo otimista observado em tempos áureos e aumentou 6,2%, passando de cerca de 2,777 milhões de toneladas para perto de 2,949 milhões de toneladas. Como o adicional produzido andou por volta das 172 mil toneladas, cabe pergun-tar: que Unidades Federativas foram responsáveis por essa expansão?

A surpresa foi constatar que o segundo maior aumento – em volume absoluto – ocorreu no Mato Grosso, estado que (considerado o abate inspeciona-do) se encontra na sétima posição e respondeu (pri-meiro trimestre) por não mais que 5% de todo o abate inspecionado.

E a surpresa não para aí. Pois, contrapondo o volume de carne produzida ao número de cabeças abatidas, chega-se à conclusão de que o frango aba-tido no Mato Grosso no primeiro trimestre de 2012 alcançou peso médio de 2,487 kg, um dos maiores registrados no Brasil. Também, uma clara indicação de abates tardios, ou seja, com idade superior ao que é normal.

Produção Animal | Avicultura 11

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12 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Em 2021, Brasil continuará como 3º maior produtor OCDE

Projeções para 2021 da Organização para a Coope-ração e Desenvolvimento Econômico (que congrega

países ricos e é mais conhecida pela sigla OCDE) indi-cam que no início da próxima década a produção mundial de carne avícola continuará sendo liderada pelos três maiores produtores atuais – EUA, China e Brasil. Mas também indicam que por volta de 2016-2017 a produção chinesa estará ultrapassando a norte--americana. O que, convenhamos, não chega a surpre-ender, já que a China possui (hoje) uma população mais de quatro vezes maior que a dos EUA.

O Brasil manterá a terceira posição. O que não chega a ser nenhum demérito se analisada a produção dos três países a partir de 1984, ano em que a OCDE passou a incluir a China em suas estatísticas. Assim, o que está previsto é que entre aquele exercício e 2021 (38 anos) a produção brasileira deverá aumentar ao redor de 1.080%, índice de incremento ligeiramente menor que o previsto para a China – 1.150%.

Mas nos dois casos a expansão será muito mais significativa que a dos EUA, cuja produção nesse perí-odo deve crescer não mais que 200%.

Explosão de preços põe avicultura em xequeMilho e soja

A avicultura caminha para um impasse. Pois enquanto a remuneração recebida pelos

produtores recua ou, no máximo, se mantém estável, os custos das duas matérias-primas essen-ciais para a produção de um frango ou de um ovo evoluem de forma explosiva.

O prejuízo maior está sendo enfrentado pelo produtor de frango, cujo preço recuou no final de semana e agora se encontra 5,2% abaixo do registrado há um mês. Isto, no mínimo, pois o mercado relata algumas perdas bem maiores – caso, por exemplo, de Minas Gerais, cujos preços recebidos são agora 10% menores que os do mês passado.

Pois bem: nesse mesmo espaço de tempo o milho aumentou cerca de 35% e agora já ultra-passa o preço recorde atingido em janeiro de 2012 – R$32,50/saca – enquanto o farelo de soja (que em junho passado superou pela primeira vez a marca histórica do R$1 mil por tonelada) já vem sendo comercializado por R$1.300,00/tonelada, valorizando-se perto de 25% em apenas um mês. Ou, repetindo o já dito anteriormente, 100% em relação ao preço inicial de 2012.

Produção Animal | Avicultura 13

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Em 2021, Brasil continuará como 3º maior produtor

A aprovação da venda de medicamentos genéricos para animais, cuja lei foi sancionada no final de

julho, é vista com ressalva pela indústria.O novo mercado, até então inexistente no Brasil,

pode ser menos interessante do que o de genéricos humanos devido às diferenças dos custos dos testes, segundo a Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais). As informações partem do jornal Folha de S.Paulo.

A exigência de testes de resíduo, obrigatórios para os genéricos que serão usados em animais destinados ao consumo, onera o processo.

“Precisamos ter certeza da eficácia e da segurança da carne nos bovinos. Para aves, também temos de sa-ber dos ovos e, no caso dos animais de leite, também”, diz Maria Angélica Ribeiro de Oliveira, do Ministério da Agricultura.

“O advento do genérico tem de trazer um atrativo para o empresário e ser uma boa oportunidade com redução no custo de produção e registro. Nos humanos, os estudos de bioequivalência, que substituem os clíni-cos, são mais baratos. Mas, nos animais, há pouca dife-rença”, diz Henrique Tada, diretor técnico-executivo da Alanac.

Outra preocupação é o tempo de espera. “O ministé-rio tem poucos funcionários para atender os pedidos de análise de registro. Se os empresários considerarem que há oportunidade e quiserem registrar muitos remédios, a roda não vai girar”, diz Tada.

Indústria vê com ressalvas mercado de genérico

Saúde animal

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) elaborou uma resolução

diminuindo pela metade a carga horária dos responsáveis técnicos em agroindústrias familiares. Em vez de obrigatórias

seis horas de trabalho semanais, a agroindústria que solicitar ao CRMV-RS a modificação será autorizada a reduzir para três horas. Cerca de mil estabelecimentos no Estado pode-rão solicitar a redução. A medida tem duplo propósito, ex-pandir mercado de trabalho aos veterinários e reduzir o custo para as agroindústrias. Para outros tipos de estabeleci-mentos, como pequenas indústrias e laticínios, a regra conti-nua a mesma. A resolução entrou em vigor neste mês, nos três estados do Sul do país.

Carga horária reduzida para três horas

Veterinários no Sul

Cerca de mil estabelecimentos no Estado poderão solicitar

a reduçãoGenérico deve ter a qualidade, a eficácia e a segurança dos convencionais

14 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Brasil Maior atende pleito do setor

Desoneração já!

Entre os setores beneficiados pelo Plano Brasil Maior, aprovados pelo

Senado em julho, estão a suinocultura e avicultura, contemplados com a reclama-da desoneração da folha de pagamento. Mas, segundo foi informado, enquanto a desoneração da suinocultura entra em vigor de imediato (quando for sanciona-do pela Presidente), a da avicultura, - sur-preendentemente – só vai valer a partir de janeiro de 2013, isto é, não antes que cinco meses. Embora estejam aplaudindo a inclusão das empresas avícolas no programa de desoneração da folha de pagamento, empresários e executivos do setor se revelam perplexos com a infor-mação. Até parece que a avicultura não está passando por uma crise, ainda mais profunda do que da suinocultura.

Como as dificuldades da atividade são enormes e só tendem a aumentar, propõem que a fruição do novo meca-nismo seja imediata, tão logo ocorra a sanção presidencial da Medida Provisória nº 563, na qual foi inserida emenda proposta pelo Deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) beneficiando avicultura e suinocultura.

Brasil exporta 1/3 da produçãoFrango inspecionado

Confrontando-se os números de exportação de carne de frango

da SECEX/MDIC com os dados do IBGE relativos ao abate inspeciona-do de frangos (nos quais a carne de frango exportada está 100% embutida), é possível constatar que o produto destinado ao mercado externo continua representando pouco mais de um terço de toda a produção inspecionada.

Vale notar, de toda forma, que

no primeiro trimestre de 2012 foi registrado o menor índice de parti-cipação das exportações no volu-me total inspecionado para o perí-odo analisado. Assim, comparativamente ao mesmo tri-mestre de 2011, o volume total inspecionado aumentou 6,2% e o volume exportado aumentou pou-co mais de 4%, fazendo com que a participação nas exportações recu-asse 1,7%.

CARNE DE FRANGORelação entre volume exportado e

total sob inspeçãoMIL TONELADAS

ANO TrimestreTOTAL SOB INSPEÇÃO

(IBGE)

VOLUME EXPORTADO

(SECEX)

% EXPORTADO

2011

I 2.777,0 933,0 33,60%

II 2.862,0 995,1 34,77%

III 2.926,4 969,8 33,14%

IV 2.856,3 1.044,7 36,57%

2012 I 2.948,5 974,2 33,04%

Fontes dos dados básicos: SECEX/MDICElaboração e análises: AVISITE

Produção Animal | Avicultura 15

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Através da Portaria nº 79, de 5 de julho de 2012 (publi-cada na edição do dia 9 de julho, do Diário Oficial da

União), a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura criou, junto ao seu Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, a Comissão Científica Consultiva em Patologia Animal.

DIPOA cria Comissão Consultiva

Em Patologia Animal

A Comissão terá as seguintes competências:

1º - Emitir pareceres técnicos e fornecer subsídios técnico-científicos em patologia animal, conforme demanda do DIPOA;

2º - Subsidiar tecnicamente o DIPOA na definição de critérios de julgamento de carcaças e vísceras dos animais de abate;

3º - Elaborar propostas de normas e procedimentos que contribuam para o aperfeiçoamento da inspeção ante e post-mortem dos animais de abate.Cabe à Secretaria de Defesa Agropecuária nomear os representantes da Comissão, que será composta por um coordenador (do âmbito do DIPOA e especializado na inspeção de produtos de origem animal, mas com ênfase em patologia animal) e mais cinco membros especializados em patologia animal, com reconhecido conhecimento nas áreas de ruminantes, equídeos, suídeos, aves ou pescados. Não foi estabelecido prazo para a composição da Comissão.

Os cortes de frango “diferenciados” estão ganhando espaço no carrinho de compras do supermercado. A ave está mais

barata do que no ano passado e isso permite ao consumidor escolher pedaços mais nobres, sem osso ou sem pele. Os “cor-tes light” custam um pouco mais do que o tradicional e garan-tem certa rentabilidade ao varejo.

Enquanto o preço do frango inteiro no varejo caiu 0,53% no primeiro semestre, o do frango em pedaços subiu 2,11%, segundo o IPCA, medido pelo IBGE. Com mais valor agregado, os cortes especiais aumentam a margem do varejo entre dois e três pontos percentuais, diz um executivo de uma grande rede varejista. Segundo ele, a demanda por cortes especiais de fran-go cresce 20% ao ano. Informações são do Valor Econômico.

Aumenta procura por cortes especiais

Consumo

Com mais valor agregado, os cortes especiais aumentam a margem do varejo entre dois e três pontos percentuais

16 Produção Animal | Avicultura

Notícias

Bertechini esclarece mitos acerca da carne de frango

Roda Viva

Acostumado a sabatinar, o zootecnista Antonio Gilberto Bertechini, professor da Universidade Federal de Lavras, participou do programa Roda Viva, da TV

Cultura (São Paulo) no dia 09 de julho . Saiu-se bem desfazendo mitos em torno da carne de frango e demonstrando as qualidades do ovo.

Um dos pontos abordados pelo professor durante a sabatina foi à questão da qualidade da produção de frango e o aumento do consumo. “Há 20 anos a quanti-dade de frango que o brasileiro consumia era em média de 15 kg, atualmente esse número saltou para 47 kg ao ano. Essas mudanças são graças aos hábitos alimenta-res e também à economia brasileira”, afirma Bertechini. Quando questionado sobre a qualidade da carne de frango, o professor ressalta a liderança brasileira do mercado: “A qualidade da carne de frango brasileira é a melhor do mundo, e essa qualidade está inserida na alimentação dos frangos, que é à base de milho, farelo de soja e outros minerais”, afirma. Veja o programa na íntegra: tvcultura.cmais.com.br/rodavi-va/roda-viva-antonio-gilberto-bertechini-09-07-2012

Professor Bertechini esclarece os mitos sobre a carne de frango

Presença do frango brasileiro é questionada

Também em Uganda

Segundo a imprensa local, o presi-dente de Uganda vem se posicio-

nando contra a importação de carne de frango realizada pelo país, porque, de acordo com investigações do governo, a economia ugandense “vem perdendo bilhões de xelins com a compra do produto fornecido pelo Brasil”.

Citar perdas de bilhões de xelins parece força de expressão ou jogo político. Mas se justifica no caso ugan-dense pois a moeda local tem baixíssi-ma relação com outras moedas.

De toda forma, isso serve para mos-trar que vem crescendo, entre os países africanos, o movimento contra as im-portações de carne de frango do Brasil. Não, exatamente, porque o País esteja prejudicando as economias alheias, mas porque – maioria dos casos - sua pre-sença crescente vem interferindo em um setor produtivo que, além de não ter evoluído, continua entregue a umas poucas mãos.

China registra surto de IA Mais um...

Autoridades sanitárias localizadas na região de Xinjiang, localizada no

noroeste da China, afirmam já ter abati-do mais de 150.000 frangos após um surto de IA segundo notícia da Agência Estado. O surto da cepa H5N1 da in-fluenza aviária matou, inicialmente, 1.600 galinhas e contaminou cerca de 5.500 na região, informou o Ministério da Agricultura. Num esforço para conter a doença, autoridades colocaram a área em quarentena e sacrificaram 156.439 frangos, segundo o ministério.

O ministério e meios de comunica-ção estatais não especificaram exata-mente onde ocorreu o surto, mas disseram que os novos casos da doen-ça foram identificados em uma fazen-da administrada pela Xinjiang Produção e Construção. A China é considerada uma das nações com maior risco de epidemias de influenza aviária, pois tem a maior população do mundo de aves domésticas, que vivem em áreas rurais e são mantidas próximas de seres humanos.

China é considerada uma das nações com maior risco de epidemias de IA por causa da criação doméstica de aves

Produção Animal | Avicultura 17

Leia as últimas notícias do setor em www.avisite.com.br Notícias / Empresas

O grupo francês Doux retomou as negociações com o Barclays

e deve aceitar a proposta do banco para assumir o controle majoritário da companhia, informou em julho, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) da França, segundo a agên-cia France Press (AFP).

Sob intervenção judicial desde junho e em busca de um compra-dor, a Doux recebeu 14 propostas de compra no dia 05 de julho. As ofertas decepcionaram o adminis-trador judicial do caso, Régis Valliot, a própria Doux, sindicatos e o governo da França. Em entrevista ao Valor, Valliot informou que pediu aos candidatos à compra da Doux que melhorassem suas pro-postas, que foram consideradas “insatisfatórias”.

Pouco antes de uma reunião decisiva, Raymond Gouiffes, repre-sentante sindical da CGT, disse que o Barclays, credor de € 140 milhões, deve assumir 80% do grupo, enquan-to que o atual controlador, o empre-sário Charles Doux, ficará com 20%. Atualmente, o banco BNP Paribas tem 20% da companhia, sendo que o restante pertence à Doux.

Se aceitar a proposta do Barclays, Charles Doux voltará atrás na decisão de não se desfazer do controle da empresa. O banco já havia feito uma proposta de mi-lhões de euros pelo controle do grupo francês, recusada pelo em-presário. “Seria uma volta ao pon-to de partida”, disse Gouiffes.

Barclays pode assumir controle

Doux

O Grupo Marfrig anunciou a amplia-ção da capacidade de processamen-

to da unidade Seara Foods em Amparo (SP) em 50 mil aves por dia, alcançando volume de 270 mil aves processadas diariamente. As informações foram divul-gadas na Folha de S.Paulo.

De acordo com comunicado divulga-do pelo grupo, o investimento é resulta-do da política estadual para incentivo a empresas do setor, que concede crédito do ICMS equivalente a 5% das vendas no Estado e para o exterior. A medida é válida até 31 de dezembro deste ano.

De acordo com a empresa, a capaci-dade total poderia ser ampliada para até 320 mil aves por dia com investimentos adicionais.

A produção dessa unidade é desti-nada à exportação para Europa, Japão e outros países da Ásia. Além de Amparo, a Seara Foods tem outra uni-dade de processamento em São Paulo, na cidade de Nuporanga, com capaci-dade de 160 mil aves por dia, também voltada ao exterior

Seara anuncia maior produção de aves no interior de SP

Já em Amparo, SP

Doux Frangosul, em Montenegro, RS: empresa no BR amargou crise profunda nos últimos anos

18 Produção Animal | Avicultura

WPC 2012

Tendências e projeções para a carne de frango

Às vezes carente de indicado-res que permitam visuali-zar suas perspectivas, re-

centemente a indústria do frango recebeu dois trabalhos apontando as tendências do setor para a pró-xima década, isto é, até 2022, ano do bicentenário da Independên-cia: o primeiro, produzido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e elaborado pela consultoria Ícone; o segundo, já tradicional no meio, vindo do Ministério da Agricultura através de sua Assessoria de Gestão Estratégica.

Mais que os volumes indicati-vos da produção, exportação, con-sumo total e per capita, o que deve ser avaliado em um e outro traba-lho são os índices de evolução anual previstos. E, sob esse aspec-to, o MAPA é mais otimista que a FIESP em termos de produção e consumo. Mas ambos praticamen-te empatam no tocante às perspec-tivas das exportações.

Então, com qual das duas pro-jeções ficar? O bom senso reco-menda que, na dúvida, se adote a média. E a média aponta que tanto a produção como as exportações devem evoluir à razão de 3,2% ao ano. Já o consumo per capita tende a evoluir à média de 1,1% ao ano, o que – considerada uma evolução também mais lenta da população – deve solicitar que o volume in-terno cresça a não mais que 2,2%.

Independente, porém, de qual seja a projeção mais próxima da realidade – amanhã, um simples sopro da economia pode fazer tudo mudar e derrubar essas e ou-tras projeções – um fato é certo: a fase de crescimentos acima de 5% está definitivamente superada. E o que mais o setor precisa, doravan-te, é consolidar o que foi alcançado até agora. Pois qualquer vacilo pode por a perder parte do que foi duramente conquistado.

FIESP E MAPA 2022

Produção Animal | Avicultura 19

FIESP E MAPA 2022

20 Produção Animal | Avicultura

Capa

A ajuda à avicultura paulista chegou por meio do Decreto nº 58.188, da Secretaria de Fazenda do Estado de São Paulo, publi-

cado no último dia 02 de julho. Trata-se de um crédito presumido de 5% sobre o ICMS de suas vendas dentro do Estado ou para o exterior. Uma ajuda provisória – retroativa ao mês de junho e válida até o dia 31 de dezembro -, mas que deve dar um certo fôlego aos frigoríficos e abatedouros paulistas. Dessa for-ma, todos os abatedouros de aves ficam aptos a registrar e usar o cré-dito presumido para reduzir sua carga tributária. A ave comerciali-zada pode ser frita, resfriada, con-gelada, temperada, defumada ou salgada. Apenas são excluídas as enlatadas e as cozidas. Mas o crédi-to só é válido para as vendas reali-zadas pelas avícolas dentro do Esta-do de São Paulo ou para o exterior. Quem revende não tem direito ao benefício e ele não pode ser aplica-do também em operações interesta-duais. Além disso, o decreto exige que a exportação seja feita em por-to ou aeroporto paulista.

De acordo com Érico Pozzer, presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), esta ajuda de crédito presumido de 5% sobre o ICMS é bem-vinda ao setor. “A avicultura brasileira, de uma forma geral, está atravessando um período crítico de altíssimos custos das matérias-primas como o milho e a soja e de preços sem aporte do frango no mercado. Ninguém esperava esta ex-

plosão repentina de preços das ma-térias-primas”, explica Pozzer. “Por isso, este incentivo da Secretaria da Fazenda de São Paulo, não é sufi-ciente, mas vem para ajudar os aba-tedouros a criar créditos para uma posterior utilização”. Pozzer co-menta que o ponto positivo desta medida é que a avícola pode decidir a melhor forma de usar estes crédi-tos do ICMS. “Algumas empresas utilizarão estes créditos para pagar embalagens ou outros materiais. Depende muito das suas necessida-des. Mas o certo é que este crédito presumido veio em boa hora e ser-virá para gerar capital às avícolas”, arremata.

O principal objetivo do crédito é

O crédito presumido de 5% sobre o ICMS nas vendas de

aves para o Estado de São Paulo chega em boa hora para

ajudar a capitalizar o setor, que se encontra fragilizado

com os altos preços dos insumos. Mas será que esta

medida realmente pode ajudar as avícolas paulistas?

Fôlego provisório

O principal objetivo

do crédito é salvar pequenos

abatedouros com problema de capital de giro, ou em recuperação

judicial

Produção Animal | Avicultura 21

Fôlego provisório

salvar pequenos abatedouros com problema de capital de giro, ou em recuperação judicial, de acordo com a Fazenda. Dados da Secretaria mos-tram que caiu a participação do frango no total exportado pelo Estado, entre 1996 e 2011. An-tes, representava 16,9% do total. No ano passa-do, o percentual registrado foi de 7%. A queda seria consequência de benefícios concedidos por Estados da região Sul, que justificam a me-dida paulista. No Rio Grande do Sul, por exem-plo, o governo autorizou, recentemente, o defe-rimento de ICMS nas importações de milho e soja. Na prática, a medida zera o imposto de 12% até 31 de dezembro, para dar competitivi-dade à avicultura e à suinocultura gaúchas, amenizando os efeitos da quebra de safra, que elevou os preços dos grãos. No entanto, o presi-dente da APA revela que as avícolas paulistas levarão, pelo menos, 60 dias para começar a sentir os benefícios do crédito presumido. “O trâmite de recolhimento e de conversão dos cré-ditos leva um certo tempo, mas acreditamos que assim que estes créditos estiverem liberados as empresas já façam uso deles para movimentar a sua produção”.

Capitalização e competitividadeA União Brasileira de Avicultura (Ubabef)

festejou a concessão do crédito pelo governo paulista. A medida desonerativa vem em um bom momento para a cadeia agroindustrial da avicultura de São Paulo, quarta maior do País na produção e exportação. “Isto ajudará a melhorar a capacidade competitiva, colocan-do as empresas em patamar de igualdade com outros Estados pro-dutores do Brasil”, declarou o presi-dente executivo da entidade, Fran-cisco Turra.

Porém, juridicamente, este de-creto pode ser questionado. Toda vez que se concede crédito presu-mido em relação a exportações, outros países podem dizer que o Brasil está dando subsídio sem aprovação da Organização Mundial do Comércio (OMC), dizem os es-pecialistas em tributos. Também há a questão da falta de convênio com o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que autoriza a concessão do crédito. Na exposição

de motivos, o governo de São Paulo justifica a medida afirmando que outros Estados conce-dem o mesmo benefício. Segundo Osvaldo de Carvalho, coordenador-adjunto da Administra-ção Tributária da Secretaria da Fazenda Paulista,

não há como o benefício ferir a concorrência mundial porque o Es-tado é responsável por 14% do aba-te nacional. Além disso, a medida foi elaborada de forma a evitar a guerra fiscal. Tanto é que o Estado não alterou a tributação das opera-ções interestaduais.

O decreto paulista está sendo tão bem visto pelo setor que o Gru-po Marfrig já anunciou a ampliação da capacidade de processamento da sua unidade em Amparo, SP, em 50 mil aves por dia, alcançando volu-me de 270 mil aves processadas diariamente. Segundo o grupo, a produção dessa unidade é destina-da à exportação para Europa, Japão e outros países da Ásia.

Érico Pozzer, presidente da APA, diz que levará um certo tempo até as empresas conseguirem

utilizar os créditos gerados pela medida

A medida só vale para as

comercializações de aves dentro

do Estado de São Paulo

e para o exterior

22 Produção Animal | Avicultura

Capa

Quando a lei ajudaA advogada Grasiele Deon explica como é feito o cálculo do ICMS com o crédito presumido

Confira abaixo uma rápida entrevista que a Revista do AviSite realizou com a advogada especialista em Direito Tributário, Grasiele de Carvalho Ribeiro Deon, do escritó-rio Ugusuku e Bley Ltda., de Sorocaba, SP, para esclarecer de que forma este decreto pode ajudar o setor e como é feito o cálculo das operações com o crédito presumido do ICMS.

Revista do AviSite - Na prática, o que significa este crédito de 5%? Isto pode beneficiar em quê os frigoríficos?

Grasiele - O benefício concedido através do Decreto Estadual nº 58.188, de 02/07/2012, é de iniciativa da Secretária da Fazenda, Andrea Sandro Calabi, e em justifi-cativa à iniciativa, a Secretária da Fazenda afirma que benefícios da mesma ordem vêm sendo concedidos por outras unidades da Federação, o que encerraria em uma concorrência desleal, culminando com a exclusão dos abatedouros paulistas do mercado de abate de aves. O crédito em comento será obtido através da aplicação do percentual supra sobre o montante resultante de um cálculo aritmético representado pela seguinte equação: V = S x A/T, onde “V” é valor ajustado da saída, “S” é o valor da saída interna e/ou para o exterior, “A” é o valor das entradas de aves vivas para o abate, adquiridas den-tro do Estado, durante o período de apuração do imposto em que se promoveu a saída interna e para o exterior e, por fim, “T” é o total das entradas de aves vivas para abate, adquiridas dentro ou fora do Estado, naquele mesmo período.

Revista do AviSite - O ICMS, de uma forma geral,

é um imposto oneroso às empresas? Qual é a sua finalidade?

Grasiele - O ICMS, de longe, é o tributo que oferta maiores problemas ao legislador, ao intérprete e, princi-palmente, ao sujeito passivo da obrigação tributária.

A Constituição de 1988, com a finalidade de aperfei-çoar a tributação pelo ICMS, criou o chamado princípio da não-cumulatividade, que encerra na real essência de beneficiar o contribuinte (de direito) do ICMS e, ao mes-mo tempo, o consumidor final (contribuinte de fato), uma vez que os efeitos produzidos pela regra da não-cumulati-vidade têm por norte evitar a bitributação, ou, como preferem os clássicos, “a incidência do tributo em casca-ta”, proporcionando, assim, justa tributação.

Entretanto, os Estados tendem a vedar a apropriação de créditos tidos “como não integrantes do processo produzido”, já que produtos que deram origem a estes

não integram de forma direta o produto final, o que acaba por tornar o ICMS cumulativo afastando-se assim da justa tributação, onerando o empresariado.

Há que se consignar que o ICMS não é um imposto vinculado. Em outras palavras, ele integra o bolo orça-mentário, a fim de prestar-se ao financiamento das ativi-dades gerais do Estado. Diferentemente do imposto de importação, cuja a função é precipuamente econômica, regulatória do mercado.

Revista do AviSite - Quando o governo interfere na redução temporária do ICMS em algumas ativida-des é sempre uma medida emergencial para ajudar tal setor? Quando e em quais situações a alíquota do ICMS pode ser reduzida no mercado?

Grasiele - Nos casos como o tratado pelo Decreto 58.188/2012, o governador do Estado de São Paulo ao criar o citado crédito presumido, particularizando deter-minadas atividades econômicas dentre aquelas integran-tes da norma jurídico-tributária do ICMS, com o fito de provocá-las ou desenvolvê-las, teve realmente a intenção (ratio legis) de conceder um incentivo, uma isenção extra-fiscal, sendo a redução da carga tributária uma subven-ção, em dinheiro, concedida de maneira indireta. Assim, o ICMS poderá ser reduzido para adequá-lo à capacidade econômica (contributiva) do contribuinte, seja por meio de redução de base de cálculo ou alíquota, como no caso das micro e pequenas empresas (isenção fiscal), ou com o foco único e exclusivo de promover o desenvolvimento ou estimular de determinada atividade ou produto, como no caso abatedouros de aves paulista, desde que respeitada à reserva legal para tanto (art. 150, §6º, da CF/88 e LC 24/75).

ENTREVISTA - Grasiele Deon

Produção Animal | Avicultura 23

A inovação

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Brasil o que há de mais moderno em

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impacto ambiental da operação, pois

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24 Produção Animal | Avicultura

Processamento

Processamento de aves: O que há por aí

Cré

dito

: Éric

a Ba

rros

A avicultura industrial é, dentre as cadeias de produ-ção de proteína animal,

uma das, se não a mais pujante. O seu rápido crescimento em todo o mundo tem sido impulsionado por constantes e, aparentemente, intermináveis avanços em distin-tas e simultâneas frentes - genéti-ca, ambiência, sanidade, manejo e nutrição. Juntos, eles têm contri-buído para aumentar a eficiência produtiva e reduzir os custos de produção, tornando a carne de frango cada vez mais abundante e acessível aos consumidores.

Os avanços contínuos experi-mentados pela cadeia produtiva da avicultura não ficam circuns-critos, todavia, ao ciclo produtivo, apenas. Também na área do abate e processamento os progressos

têm sido igualmente significativos e buscam apresentar soluções, ou oferecer melhorias, a temas tão diversos quanto o bem-estar ani-mal, a segurança alimentar e a sustentabilidade.

Atordoamento O atordoamento, uma das áre-

as mais complexas do processa-mento por seus reflexos para a qualidade dos produtos e o bem--estar animal, vem, há muito tem-po, sendo objeto de constantes in-vestigações e melhorias. Por conta disto, o atordoamento elétrico convencional está sob a lupa dos pesquisadores. Nos anos 90 o Atordoamento em Atmosfera Controlada, realizado fazendo--se passar as aves por um tempo controlado através de uma atmos-

fera gasosa de composição e con-centração conhecidas, emergiu como alternativa ao atordoamento “stun to kill”, adotado no Reino Unido, pois assegurava o bem-estar das aves e eliminava os problemas de qualidade e as perdas econômi-cas decorrentes daquele processo. Amplamente aceito pela União Europeia, esta tecnologia ainda sofre rechaço nos Estados Unidos onde diversos estudos mostram não haver garantia de que o seu uso seja mais efetivo em assegurar o bem-estar animal que o atordoa-mento elétrico nos moldes adota-dos pelas empresas americanas. A causa real do rechaço é, todavia, o custo inicial e de operação do siste-ma, mais alto que o atordoamento elétrico que as processadoras ame-ricanas não querem assumir. Ideo-

Eng. Fabio G. Nunes – Consultor em Processamento Avícola

Produção Animal | Avicultura 25

logias a parte, o atordoamento em atmosfera modificada elimina, por completo, as lesões clássica provo-cadas pelo atordoamento elétrico convencional e, desta forma, per-mite compensar o custo operacio-nal do sistema com a redução das perdas durante o processo de corte e desossa.

Há pouco menos de um ano, um grupo de investigadores britâ-nicos, holandeses e americanos guiados pelo mesmo binômio qualidade de carne x bem-estar animal, trouxe à luz uma revolu-cionária tecnologia de atordoa-mento conhecida como Atordo-amento de Baixa Pressão Atmosférica. Segundo os pes-quisadores, o sistema melhora o bem-estar das aves ao eliminar o estresse associado à pendura. O método, que se aplica por batela-das e em câmaras nas quais se produz hipóxia nas aves através da redução gradual da pressão at-mosférica, é irreversível, elimi-nando assim, a recuperação de consciência durante o sangra-mento e os problemas de bem-es-tar e qualidade de carcaça a ele associados. Testado laboratorial-mente por muitos anos o equipa-

mento está, atualmente, em ope-ração comercial piloto em uma empresa nos Estados Unidos e apresenta resultados promissores.

De pesquisadores também ho-landeses surgiu, há aproximada-mente um ano, o Atordoamen-to Individual Contínuo. Revolucionário em sua forma - o equipamento não é uma cuba, mas um carrossel parecido a uma evisceradora automática - tem como principal diferencial a capa-cidade de medir a resistência cor-pórea de cada ave frações de se-gundos antes do atordoamento para, então, entregar-lhe, imedia-tamente depois, a quantidade exata de corrente capaz de ator-doá-la humanitariamente e sem produzir defeitos nas carcaças. A tecnologia, ainda em prova co-mercial piloto, promete estabele-cer um novo paradigma para este importante processo quando che-gar ao mercado.

Escaldagem As aves oriundas do campo

arrastam consigo uma carga bac-teriana fenomenal distribuída so-bre as penas e, sobretudo, nas pa-tas e cloaca. Durante a escaldagem

este material é lavado e transferido das carcaças à água onde fica sus-penso durante as horas de traba-lho. Com o intuito de reduzir a carga de contaminantes que in-gressa ao processo, as carcaças podem ser lavadas com escovas rotatórias e água abundante, como num lava-jato de automó-veis, antes de entrar ao escaldador, desta forma melhorando, signifi-cativamente, a qualidade micro-biológica da água da escaldagem e, por extensão, o perfil microbio-lógico das carcaças.

A maior revolução pela qual passou o processo de escaldagem foi o advento da escaldagem com ar quente, um sistema modular, podendo ser instalado em um ou dois níveis, tornando-o extrema-mente compacto. Com um consu-mo de apenas 50 ml de água por carcaça, nada se comparado ao consumo de um tanque conven-cional; imune a perdas por parada de nórea, graças ao seu sistema de segurança; livre de contaminação cruzada, por usar ar e não água, e capaz de escaldar sem danos à qualidade do peito e/ou à gordura subcutânea, o sistema reunia to-das as condições para ser um êxito

26 Produção Animal | Avicultura

Processamento

retumbante. Todavia, seu custo tornou-o um fragoroso fracasso comercial.

Apostando igualmente na sus-tentabilidade do processo, mas mais conservador em conceito, o tanque de escaldagem que funde as vantagens da cascata de água às da injeção a ar é a mais recente inovação neste processo, ainda que tenha chegado ao mercado há dois anos. Mais compacto que seus pares, ele consome muito menos água, e a combinação das duas tecnologias de agitação au-mentou a eficácia operacional e reduziu o consumo de energia.

Os avanços no processo de es-caldagem não se limitam à inova-ção tecnológica, apenas, mas à operacional, igualmente. Neste particular, despontam as armas para redução da carga bacteriana na água do tanque e, por exten-são, da contaminação cruzada durante o processo, uma impor-tante vulnerabilidade da escalda-gem em água. Nesta batalha con-tra os patógenos, os coquetéis de ácidos orgânicos e/ou de seus sais, produtos totalmente naturais, têm sido bastante eficazes, como mostram as pesquisas e a prática. Alguns destes coadjuvantes pro-duzem, paralelamente, efeitos

emolientes surpreendentes, o que permite realizar uma escaldagem mais branda das carcaças, com ganhos de qualidade e rendimen-to e economia de energia.

Resfriamento O sistema de resfriamento a

água cumpre com duas funções importantes dentro da cadeia de processamento: econômica e sani-tária. Na sua função econômica cabe a ele repor as perdas naturais, inerentes ao processamento, atra-vés da absorção. A absorção é re-gulada pelas autoridades sanitá-rias dos diferentes países e os desvios costumam ser punidos com severidade. Logo a precisão e a consistência desta absorção ao longo das horas de trabalho são fundamentais. Tudo isto fica mais fácil de ser gerenciado com o uso do CombiChiller, um sistema único de resfriamento que combi-na o melhor dos dois mundos - o resfriamento em água e a ar. As carcaças provenientes da eviscera-ção e penduradas pelas juntas em uma nórea percorrem, primeira-mente, um circuito longitudinal, em zig-zag, de tanques de água fria. À saída, circulam por um sis-tema de resfriamento a ar. O resul-tado final deste inovador processo

são carcaças de melhor aparência e de menor perfil microbiológico, graças à sua passagem inicial em água, e com a absorção ajustada rigorosamente dentro dos limites legais, graças à secagem controla-da realizada ao passar pelo sistema a ar. Outra de suas grandes vanta-gens é permitir a traçabilidade do processo com 100% de precisão, uma vez que as carcaças, ao reali-zarem todo o circuito penduradas em seus ganchos de origem, não se misturam durante o processo como no resfriamento a água con-vencional.

Na sua função sanitária cabe ao resfriamento melhorar o perfil mi-crobiológico das carcaças por meio da redução da carga bacteriana a ela aderida. Nesta missão, a hiper-cloração da água do pré- e do chil-ler vem sendo substituída, com vantagens, pela acidificação, por meio da adição de soluções de um ou mais ácidos orgânicos. Produtos naturais, totalmente biodegradá-veis, estes ácidos, fornecidos em soluções já prontas para uso, não só têm se mostrado letais para os micro-organismos como benéficos para o meio ambiente, ao eliminar a presença de cloro na água de despejo do sistema de resfriamen-to. Por conta disto, sua adoção pela indústria avícola vem ganhando corpo dia a dia.

Com as constantes pesquisas em diversas frentes do processa-mento, muito mais deverá vir por aí num futuro próximo, tornando o processamento avícola cada vez mais eficaz e econômico e os pro-dutos avícolas cada vez mais segu-ros para os consumidores. Espere-mos que o Brasil e sua pujante avicultura possam se abrir para o novo, moderno e de vanguarda que aí está e que, mais à frente, virá, para consolidar, assim, sua posição de liderança neste impor-tante segmento econômico.

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Produção Animal | Avicultura 27

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28 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Capacitação

Bayer promove workshop técnico

Aconteceu na segunda semana de julho em São Paulo, SP, o 1º

Workshop Técnico da Unidade Aves, Suínos e Aquacultura da Bayer. Uma das palestras ministradas no encon-tro teve como tema “Visita consulti-va a uma granja – Principais aspectos que devem ser considerados”, com o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ivo Wents. Outras palestras também fizeram parte do cronograma e abordaram temas de Biossegurança e produtos desenvolvidos pela em-presa, como Baycox, Kinetomax e Resprotek. Para saber mais sobre a Bayer acesse: www.bayeravesesui-nos.com.br.

Equipe de colaboradores da Unidade Aves, Suínos e Aquacultura da Bayer, distribuidores e palestrantes do Workshop

Na Colômbia

Visita técnica aproxima clientes

O encontro promovido pela Aviagen no final do mês de

junho proporcionou a troca de experiências entre cinco clientes de quatro diferentes empresas e a Avicol. A visita, realizada nas unida-des da empresa colombiana, distri-buidora exclusiva do produto Ross

na Colômbia, teve como objetivo mostrar o funcionamento dos pro-cessos de produção da empresa. O Supervisor Regional de Vendas da Aviagen, Luiz Francisco Mansano explica como foi feita a escolha dos visitantes: “O grupo foi formado por alguns dos nossos principais

clientes do Paraná e Santa Catarina para possibilitar uma melhor siner-gia”. A Avicol foi fundada em 1959 e atualmente mantém o escritório corporativo na cidade de Ibagué, também na Colômbia. Para saber mais sobre a Aviagen acesse www.aviagen.com.

Equipe Avicol e clientes da Aviagen reunidos

Produção Animal | Avicultura 29

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Mantendo o princípio de treinamento e atualiza-ções constantes de seus clientes no Brasil, a Pas

Reform realizou a 4ª Academia de Incubação na cidade de Caldas Novas, GO durante os dias 18 a 22 de Junho de 2012. “Após quatro anos de fabricação e comerciali-zação de sistemas de incubação estágio único no Brasil, decidimos realizar a Academia aqui mesmo e não na Holanda”, afirma Thomas Calil, diretor da empresa.

“Hoje temos o maior número de projetos estágio único instalados no país, o que nos permitiu reunir desde clientes que utilizam o equipamento há três anos a clientes que estão com projetos para serem iniciados em breve, bem como potenciais clientes, para que co-nhecessem nossas tecnologias e serviços”

Este ano a Academia contou com 13 empresas de todos os segmentos da avicultura, desde casas genéti-cas, vendedores de pintos até grandes integradoras. O conteúdo do curso foi ministrado especialmente para os clientes do Brasil, como por exemplo, aspectos fisio-lógicos de embriologia, programas de desinfecção, princípios de ventilação, manejo de incubação, entre outros. Para conhecer mais sobre a Pas Reform acesse www.pasreform.com.

Pas Reform realiza evento no Brasil

4ª Academia de Incubação

Exportações de matrizes

Cobb registra alta de 60%

A empresa Cobb Vantress Brasil registrou alta de 60% nas exportações de matrizes (re-

produtoras) de frango no primeiro semestre de 2012, em comparação com o mesmo período do ano passado. O número representa cerca de um milhão de matrizes exportadas para países como Equador, Venezuela, Colômbia, Peru e Paraguai. Conforme levantamento realizado pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), as ex-portações de carne de frango (incluindo frango inteiro, de corte e in natura) registraram um total de 1,987 milhão de toneladas entre janeiro e junho de 2012, número 3,07% maior que o total acumulado no mesmo período do ano passado. Saiba mais sobre a Cobb-Vantress em www.cobb-vantress.com.

Participantes da 4ª Academia de Incubação

Nutriad

Novo portal eletrônico

Para facilitar o acesso à informação da sociedade, dos clientes e dos prospects ,a Nutriad lançou no mês de

junho, para alinhar à nova identidade corporativa, o novo portal da empresa. Apresentado ao mesmo tempo em cinco idiomas (português, inglês, espanhol, chinês e russo) o novo portal, segundo o CEO da Nutriad, Erik Visser, tem por objeti-vo trazer não só informações técnicas: “. O nosso site forne-cerá informações técnicas e comerciais além de informações do mercado de alimentação em geral, mas mais especifica-mente sobre os diversos programas e produtos. É uma plata-forma sobre a qual podemos compartilhar nosso conheci-mento com os nossos clientes no mundo inteiro e ficar em contato direto com eles”.

A Nutriad possui sede na Bélgica e fornece produtos e serviços para mais de 80 países do mundo. Para saber mais sobre a empresa acesse o novo portal www.nutriad.com.

30 Produção Animal | Avicultura

AviGuia: produtos, serviços e empresas

Isenção de antibióticos

YES: Produtos para sanidade animal

Com uma equipe focada na rees-truturação da empresa, a YES

conta com representantes, distribui-dores e supervisores técnicos comer-ciais qualificados para atender as regiões de SP, MG PR, SC e parte do RS. A tecnologia composta na ela-boração de seus produtos é

resultado da eficiência no atendi-mento à demanda do mercado.

A linha de inovação da YES conta com produtos 100% isentos de antibióticos, que promovem a sanidade avícola, como os adsorven-tes de micotoxinas (combatem as substâncias produzidas por fungos

encontradas em grão e cereais e melhora a conversão alimentar, reduzindo a mortalidade), prebióti-cos (contribui para o equilíbrio da microbiota intestinal, reduzindo a aderência de bactérias como a Sal-monella e E. coli), organo-minerais (melhora o funcionamento dos sistemas enzimáticos, contribuindo com um maior GPD) entre outros.

Entre os itens em destaque, a empresa possui o YES-MOS, produ-to desenvolvido a partir de deriva-dos da parede celular de cepas de leveduras. O processo de composi-ção do produto decorre de fases como o processo de autólise, segui-do da separação dos componentes, inclusive da parede celular. A etapa seguinte se concentra em outros processos biotecnológicos e finaliza a produção com uma lavagem áci-da, que potencializa a atividade aglutinante. O processo é concluído com a secagem em “Spray Dryers”. Saiba mais sobre a empresa em: www.yes.ind.br.

Produtos desenvolvidos pela empresa: da esquerda para a direita YES-MOS, YES-Minerals e YES-Fix

Nova opção

Linha de vacinas para avicultura

A empresa Phibro amplia a partici-pação no segmento de aditivos

para avicultura, com o lançamento de quatro vacinas: TABic H120 contra bronquite infecciosa das aves; TABic M.B. contra doença de Gumboro; TABic V.H. previne a doença de New-castle; e uma vacina quádrupla, Qua-dractin, contra as doenças de New-castle, Bronquite, Gumboro e Reovírus. Todas serão comercializadas nos próximos meses. Segundo Paulo Teixeira, Diretor Unidade de Negócios Aves e Suínos, a proposta da empresa é “lançar aquelas vacinas que sejam mais adequadas ao mercado local.

Inicialmente serão estas quatro, mas outras virão conforme a ne-cessidade”.

Com um portfólio de 45 vaci-nas comercializadas mundialmen-te, além das linhas de anticoccidia-nos, terapêuticos e melhoradores de desempenho, “as vacinas Phi-bro trazem diversos diferenciais em seu desenvolvimento tecnoló-gico, desde cepas exclusivas a modo de administração inovador”, afirma Stefan Mihailov, diretor geral da empresa no país.Para saber mais sobre a empresa acesse www.phibro.com.br.

TAbic M.B Vacina viva em tablete efervescente contra Doença de Gumboro é um dos lançamentos da Phibro

Produção Animal | Avicultura 31

Leia as últimas notícias sobre as empresas do setor em www.avisite.com.br

Biolys®

Evonik lança planta no Brasil Única empresa no mundo a pro-

duzir e comercializar quatro aminoácidos essenciais à nutrição animal (Biolys® fonte de L-lisina, MetAMINO® de DL-metionina, Thre-AMINO® que fornece L-treonina e TrypAMINO® o L-triptofano), a Evonik começará a construir em 2014 um centro para produção biotecnológica de Biolys® no Brasil. A planta será construída no complexo industrial da empresa americana Cargill, localiza-da na cidade de Castro, no Paraná. Em carta de intenções publicada no mês de junho, a Cargill disponibiliza-rá a infraestrutura e matéria-prima a ser produzida.

O projeto dá continuidade a um plano iniciado nos Estados Unidos e segundo o diretor da linha de negó-cios Bioproducts e responsável pelo negócio de Biolys® da Evonik, Walter Pfefferle, é uma parceria que dá certo: “Nossa cooperação com a Cargill é excelente”. Nos EUA a

Evonik produz também um site de prioridade da Cargill. Conforme explica o diretor da unidade de ne-gócios Health & Nutrition da Evonik, Reiner Beste “Nossos produtos não são meros aditivos para nutrição animal, mas um conceito nutricional que provê a melhor alimentação possível aos animais com o melhor aproveitamento possível dos recursos naturais em forma de terras aráveis e grãos”.

Além das atividades serem de-senvolvidas com melhores tecnolo-gias, um balanço realizado pela TÜV Rheinland, empresa encarregada de zelar pela qualidade de serviços e produtos de seus clientes, mostra que a adição de proteína na nutrição animal através do Biolys® gera um conceito ambiental particularmente correto para uma alimentação ade-quada e saudável dos animais. Para saber mais sobre a empresa acesse: www.evonik.com.br.

Voluntários do Biovet

Ação junto à comunidadePrincípios corporativos, como res-

ponsabilidade, valores e pró-ativi-dade, são praticados constantemente pelo Grupo de Voluntários do Biovet, criado oficialmente em 2004. Em sua mais recente ação, realizada em con-junto com o departamento de Recur-sos Humanos do Biovet, o GVB orga-nizou a “Campanha de Solidariedade - Agasalho e Alimentos - 2012”. Fo-ram arrecadados cerca de 600 quilos de mantimentos e cerca de 3.000 peças de roupa. Os donativos foram distribuídos entre seis entidades e comunidades assistenciais da região de Vargem Grande Paulista (SP).

Genice Moura Siqueira, operado-ra de lavanderia do Biovet, conta um

pouco sobre sua participação: “A gente fica conhecendo as necessida-des das pessoas mais carentes da comunidade, e se sente feliz por, de alguma forma, poder ajudar al-guém”. Atuante desde o início das atividades do GVB, ela narra uma das histórias do grupo: “Hoje temos como colega de trabalho aqui na empresa um colaborador que fazia parte de uma das instituições de crianças que ajudamos na primeira campanha, feita em 2004. É muito gratificante ver que contribuímos, de alguma forma, com a vida dele!”, conclui Genice.Para conhecer mais sobre a empresa acesse www.biovet.com.br.

32 Produção Animal | Avicultura

Associações

A Associação Catarinense de Avicultura (Acav) e o

Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) promo-veram no dia 22 de junho uma homenagem aos profis-sionais do setor da agroindús-tria de Santa Catarina. A homenagem aconteceu na sede da Fiesc em Florianópolis e contou com um almoço para os dirigentes das indús-trias de carnes e processa-mentos associados à Acav ou ao Sindicarne.

Agroindústria de SC é homenageadaSanta Catarina

Ex-presidente da Avac e atual presidente do Sindicarne

Os diretores da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ricardo

Santin, Ariel Mendes e José Per-boyre, junto com os presidentes das agroindústrias produtoras e exporta-doras associadas reuniram-se no dia 24 de julho com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to (MAPA), Caio Rocha, e com o coordenador de Cereais e Culturas Anuais do ministério, Silvio Farnese. O encontro aconteceu na sede da Ubabef, em São Paulo.

Na oportunidade em que tam-bém estiveram presentes o presiden-te da Associação Brasileira da Indús-tria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS), Pedro de Camargo Neto, e o vice-presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (SINDIRA-ÇÕES), Ariovaldo Zanni, os represen-tantes do setor avícola apresentaram ao secretário os impactos da alta de preços dos insumos e um pedido formal de intervenção do governo

federal contra a escalada do custo de produção.

Segundo levantamento, enco-mendado pela Ubabef ao Instituto de Estudos do Comércio e Negocia-ções Internacionais (Icone), de janei-ro a julho deste ano a soja acumulou alta em reais em torno de 74% nas cotações do grão, e o milho, em plena safra, registra aumento de 37% nos preços. Mesmo após a data final do levantamento, houve registro de elevação dos insumos.

De acordo com os dados do Icone, vários motivos levaram à situação atual do mercado de insu-mos. Um deles é que a estiagem nos EUA elevou as cotações de milho e soja. Também a seca no Sul do Bra-sil, especialmente no Rio Grande do Sul, reduziu drasticamente a oferta dos grãos nos polos produtores avícolas brasileiros.

Além disso, os preços de farelo de soja e milho têm acompanhado as cotações da Bolsa de Chicago (CBOT), agravado com valorização

maior em reais por conta de desvalo-rização da moeda brasileira. Soma-se a isto o fato de que a exportação de farelo de soja este ano (janeiro a julho) está mais alta do que ano passado, embora produção de soja tenha caído.

Segundo o levantamento e previ-sões feitas com base nos dados do MDIC, a exportação de soja em grão poderá ser 25% mais alta entre janeiro e julho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Em contraposição, a produção da oleaginosa registrou queda de 12% na safra 2011/12.

“O mercado brasileiro de grãos está atrelado à Bolsa de Chicago. Neste contexto, os preços têm subi-do desde o início do ano, com o mercado doméstico respondendo na mesma direção. Além disso, os da-dos acenam que as exportações de grãos deste mês serão muito maior que o mesmo período do ano passa-do”, explica o diretor de Mercados da Ubabef, Ricardo Santin.

Ubabef pede apoio ao Mapa para conter escalada do custo de produção

Brasil

Produção Animal | Avicultura 33

Em reunião realizada no dia 20 de julho com o ministro da Agricultura, Mendes

Ribeiro Filho na Capital, líderes da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) debateram so-bre medidas de curto, médio e longo prazo para evitar uma crise maior no setor da avicul-tura. Entre as alternativas apresentadas pela Associação estão o controle de exportação da soja (preço em alta no mercado internacional) e a venda subsidiada do milho, principal com-ponente da ração animal. No encontro, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (Mapa), Caio Rocha, afirmou “não deixar faltar nem milho e nem farelo de soja”. Atualmente os estoques públicos do cereal giram em torno de 1,3* milhão de toneladas.

*Número calculado no dia 20 de julho

Acontece, do dia 21 ao dia 23 de outubro, o 1º Simpó-sio Estadual de Avicultura, realizado na cidade de

Toledo, Paraná. O encontro faz parte da realização da Asso-ciação dos Avicultores do Oeste do Paraná (Aaviopar) e da Prefeitura Municipal. Paralelamente ao evento também acontece a Feira de Máquinas e Equipamentos para Avicul-tura do Estado do Paraná.

Caracterizada por ser uma região onde se encontra as principais agroindústrias e cooperativas do Paraná e do Brasil, a região oeste do Paraná é responsável por cerca de 60% da produção avícola do Estado, líder da produção nacional.

O objetivo é levar até a principal região produtora do Estado um evento que tem como finalidade integrar e acompanhar o desenvolvimento das tecnologias desenvolvi-das para o setor avícola. Mais informações sobre a Aaviopar pelo telefone: 0/xx/45/3054-0460

Autoridades se reúnem para discutir crise

Rio Grande do Sul

Principal região do setor avícola recebe evento

Paraná

34 Produção Animal | Avicultura

Inovação

A preocupação com o bem-estar de animais de produção tem crescido mundialmente. No

Brasil, nota-se interferência do perfil dos consumidores, que em associação ao crescimento sócio econômico do País, buscam produtos de qualidade, seguros e produzidos em sistemas preocupados com o meio ambiente e bem-estar animal. A discussão sobre o bem estar animal deve levar em consi-deração o custo para o seu estabeleci-mento e o conhecimento dos parâme-tros científicos determinados para a sua identificação.

Estresse x Bem-Estar AnimalComo auxílio à identificação do

bem-estar em animais de produção, a pesquisa científica deve tomar como ponto de partida as expressões de estresse, sob análise de comportamen-to (agressividade, movimentação exces-siva, frequência cardíaca e respiratória, temperatura corporal, etc.), parâmetros de qualidade (lesões e arranhões, características instrumentais e senso-riais da carne) e o próprio desempenho animal. Parâmetros sanguíneos tam-bém são observados em animais sub-metidos ao estresse, como a ocorrência da alteração da relação heterófilo: linfócito em resposta à liberação de hormônios corticotróficos, o que pode comprometer a capacidade imunológi-ca do animal.

Fitoterapia na Produção Avícola

Fitoterápicos são medicamentos produzidos a partir de plantas, cujos

princípios ativos não foram purificados, como chás, extratos e tinturas. Atual-mente, as principais pesquisas com plantas medicinais na produção avícola encontradas na literatura são referentes ao uso na nutrição animal. Alguns pesquisadores vêm estudando plantas capazes de atuar no comportamento e mecanismos de ação do indivíduo. Os distúrbios de ansiedade e estresse são os principais fatores para investigação e desenvolvimento de novas farmacote-rapias.

Pesquisa em Fitoterapia na UFGD

Encontra-se em andamento na Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Grande Doura-dos (UFGD), um estudo sobre o poten-cial ansiolítico do Capim Cidreira (Cym-bopogon citratus Stapf) fornecido na forma de efusão, na água de bebida para frangos de corte durante o período pré-abate. O objetivo do trabalho é avaliar se as propriedades tranquilizan-tes do Capim Cidreira podem contribuir com os aspectos relacionados ao bem estar das aves no período que antecede o abate e se haveriam reflexos sobre os dados de qualidade da carcaça e carne.

Com a inclusão de efusões com diferentes concentrações na água de bebida de frangos de corte, pretende-se avaliar os efeitos de ações específicas da planta tais como, inibição no Sistema Nervoso Periférico. O registro da vocali-zação das aves foi incluído às análises realizadas no projeto, sendo os sons emitidos pelos animais em situação de apanha gravados e analisados quanto à

amplitude. A temperatura superficial das aves pela avaliação de imagens termográficas também foi registrada. Na ocasião do abate as aves foram submetidas à avaliação da qualidade da carcaça, sendo registradas as presenças de arranhões, fraturas e hematomas. As análises de qualidade de carne estão sendo realizadas no Laboratório de Tecnologia de Carnes da FCA/UFGD.

Resultados PréviosResultados preliminares mostram

que aves submetidas à dieta hídrica com a efusão de capim cidreira mostraram--se mais tranquilas e com temperatura corporal mais baixa durante o pré-aba-te. Com relação à qualidade da carne, os resultados vêm demonstrando-se satisfatórios e notou-se que com a redu-ção do estresse pré-abate ocorreu significativa melhora nos atributos de qualidade analisados.

Considerações FinaisO uso racional de produtos fitoterá-

picos alia-se a necessidade de redução de custos e perdas na produção de fran-gos de corte, diante também de um mercado consumidor cada vez mais exigente quanto à forma de criação dos animais e a qualidade dos produtos. Futuramente, a fitoterapia será vista não somente como prática terapêutica popular, mas como prática de manejo coadjuvante na produção animal. Num país com flora tão rica como o Brasil, não se pode desprezar o poder medici-nal das plantas sobre a produção ani-mal. Acesse o artigo na íntegra através do www.avisite.com.br/cet.

Autores: Ana Flávia Basso Royer1, Rodrigo Garófallo Garcia2, Rodrigo Borille1, Karla Andréa Oliveira de Lima3, Fabiana Ribeiro Caldara2, Ibiara Correia de Lima Almeida Paz2, Irenilza de Alencar Nääs2

(1)Discentes do Programa de Pós Graduação em Zootecnia da FCA/UFGD. / (2) Docentes da Faculdade de Ciências Agrárias – FCA/UFGD. / (3) Bolsistas PRODOC da Capes.

A fitoterapia e o bem-estar no pré-abate

Pesquisa em andamento na UFGD avalia os efeitos do chá de capim cidreira na água de bebida durante o

pré-abate de frangos de corte

Produção Animal | Avicultura 35

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36 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e PreçosEstatísticas e Preços

Produção de pintos de corteMaio/2012524,327 milhões | -2,19%

Produção de carne de frangoJunho/20121.041,296 toneladas | -4,40%

Exportação de carne de frango Junho/2012 307,194 toneladas | -7,28%

Oferta interna de carne de frango Junho/2012 734,104 toneladas | -3,14%

Alojamento de pintainhas de postura Junho/20127,458 milhões | 13,22%

Desempenho do frango vivoJulho/2012R$1,86/kg | 4,89%

Desempenho do ovoJulho/2012R$53,31/caixa | 13,42%

MilhoJulho/2012R$ 31,68/saca | 3,29%

Farelo de SojaJulho/2012 R$1.270,00/ton | 108,88%

Produção e mercadoem resumo

Números comprovam que

alojamento de pintos de corte aumentou mas

produção de carne recuou em

comparação a 2011

Números divulgados pela APINCO apon-tam que em maio passado a produção

brasileira de pintos de corte voltou a ultra-passar a casa dos 500 milhões de cabeças, fato que havia ocorrido pela última vez em janeiro deste ano. O volume produzido, 524,3 milhões de cabeças, novo recorde para 2012, representa aumento de 8,4% so-bre o mês anterior, abril de 2012. No entan-to, se considerado o mês mais longo, de 31 dias, o índice real de aumento cai para me-nos de 5%.

Na carne de frango, a APINCO divulgou suas estimativas para o segundo trimestre de 2012. E revela números muitos próximos daqueles que haviam sido projetados pelo AviSite. Além de ter recuado 6,6% e 5,8%, sobre, respectivamente,o mesmo período do ano passado e o trimestre anterior, o vo-lume registrado no segundo trimestre de 2012 pode ter correspondido à menor pro-dução de carne de frango dos últimos nove trimestres. Ou seja, ficou acima, apenas, do volume produzido no primeiro trimestre de 2010.

Já o preço do frango vivo, a conclusão para o mês de julho é: Poderia ter sido pior. Afinal, depois de romper uma estabilidade que durou, praticamente, um mês, o frango vivo comercializado no interior paulista en-frentou um processo de baixas que reduzi-ram seu preço de R$1,90/kg para R$1,80 kg antes mesmo do final da primeira quinzena.

No entanto, após cerca de duas semanas de preço estável e de mercado instável, co-meçaram a surgir os primeiros sinais de reversão.

Em destaque, o brusco aumento do pre-ço do milho e da soja e, efetivamente, da diminuição do poder de compra do avicul-tor, tanto de corte quanto de postura.

Todas as porcentagens são variações anuais

Produção Animal | Avicultura 37

Produção de pintos de corte

De abril para maio volume produzido aumentou quase 8,5%

Evolução mENsal MILHÕES DE CABEÇAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Junho 500,788 514,100 2,66%

Julho 512,451 501,880 -2,06%

Agosto 514,822 530,405 3,03%

Setembro 496,915 515,772 3,79%

Outubro 513,130 539,183 5,08%

Novembro 511,532 544,747 6,49%

Dezembro 517,827 550,243 6,26%

Janeiro 499,350 515,465 3,23%

Fevereiro 473,309 469,206 -0,87%

Março 526,847 498,647 -5,35%

Abril 513,028 483,664 -5,72%

Maio 536,043 524,327 -2,19%

Em 5 meses 2.548,577 2.491,309 -2,25%

Em 12 meses 6.116,042 6.187,638 1,17%

Fonte dos dados básicos: APINCO – Elaboração e análises: AVISITE

Números divulgados pela APINCO apontam que em maio passado a

produção brasileira de pintos de corte voltou a ultrapassar a casa dos 500 milhões de cabeças, fato que havia ocorrido pela última vez em janeiro deste ano.

O volume produzido, 524,3 milhões de cabeças, novo recorde para 2012, representa aumento de 8,4% sobre o mês anterior, abril de 2012. No entanto, se considerado o mês mais longo, de 31 dias, o índice real de aumento cai para menos de 5%.

De toda forma, o resultado de maio continuou menor que o do mesmo mês do ano passado e, assim, o volume dos cinco primeiros meses do ano recuou 2,25% em relação a idêntico período de 2011.

Já o acumulado nos últimos 12 meses permanece com evolução posi-tiva e acréscimo de 1,17%. A esta altura, porém, esse crescimento é apenas vegetativo, ou seja, mal acom-panha o crescimento da população.

Registre-se, mesmo assim, que após sofrer recuos por quatro meses conse-cutivos, o alojamento real voltou a cres-cer no mês de maio, sinalizando evolu-ção positiva também para junho. Note-se, a propósito, que cerca de dois terços do volume produzido mensal-mente é incubado (isto é, posto em máquina) no mês anterior. E é isto que faz supor volume proporcionalmente crescente também em junho, pois a crise decorrente dos preços e do abaste-cimento de matérias-primas só come-çou a se agravar no final daquele mês.

2012Jan

498,

849

8,8

Fev

485,

448

5,4

Mar

482,

648

2,6

Abr

483,

748

3,7

Mai

507,

4

Ago

513,

351

3,3

Set

515,

851

5,8

Out

521,

8

Nov

544,

754

4,7

Dez

532,

5

Mai

518,

851

8,8

Jun

514,

1

513,

3

514,

1

Jul

485,

7

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMilhões de Cabeças

O alojamento real voltou a crescer

no mês de maio

38 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Produção de carne de frango

Pelas estimativas, volume do primeiro semestre pode ter recuado quase 1%

evolução mensalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Julho 1.067,354 1.094,724 2,56%

Agosto 1.056,971 1.032,743 -2,29%

Setembro 997,524 1.048,767 5,14%

Outubro 1.070,510 1.104,318 3,16%

Novembro 1.030,498 1.067,411 3,58%

Dezembro 1.112,104 1.138,387 2,36%

Janeiro 1.088,307 1.156,403 6,26%

Fevereiro 950,589 1.051,621 10,63%

Março 1.048,702 1.053,124 0,42%

Abril 1.078,983 996,105 -7,68%

Maio 1.121,019 1.033,427 -7,81%

Junho 1.089,220 1.041,296 -4,40%

Em 6 meses 6.376,820 6.331,976 -0,70%

Em 12 meses 12.711,781 12.818,326 0,84%

Fonte dos dados básicos: APINCO Elaboração e análises: AVISITE

Frisando que são números prelimina-res, sujeitos a alteração assim que se

obtenham novos indicadores do desem-penho efetivo, a APINCO divulgou suas estimativas de carne de frango para o segundo trimestre de 2012. E revela números muito próximos daqueles que haviam sido projetados pelo AviSite.

Mas o fato principal é que, além de ter recuado 6,6% e 5,8% sobre, respec-tivamente, o mesmo período do ano passado e o trimestre anterior, o volume registrado no segundo trimestre de 2012 pode ter correspondido à menor produ-ção de carne de frango dos últimos nove trimestres. Ou seja, ficou acima, apenas, do volume produzido no primeiro tri-mestre de 2010.

Em decorrência desse desempenho e ainda que a produção do trimestre anterior tenha aumentado quase 6% sobre o primeiro trimestre de 2011 (foi o segundo maior volume trimestral de todos os tempos), o total dos seis primei-ros meses de 2012 apresentou recuo da ordem de 0,7%, remetendo a produção de volta ao que foi produzido no segundo semestre de 2010 – pouco mais de 6,330 milhões de toneladas em seis meses.

De positivo, por enquanto, é o volume produzido em um espaço de 12 meses. Pois, para o período decorrido de julho de 2011 até junho de 2012 estima--se produção da ordem de 12,818 milhões de toneladas, o que representa aumento de 0,84%.

Mas também esse resultado deve sofrer reversão no curtíssimo prazo, pois, pelas estimativas de lideranças do setor, a crise está forçando o setor a uma redu-ção que, até o final do ano, deve chegar a 10%.

E se esse índice de redução for apli-cado ao que se produziu no segundo semestre do ano passado, a produção total de 2012 pode cair para algo em torno de 12,1 milhões de toneladas, quase 6% a menos que o registrado no ano passado.

2012Jan

1.11

9

Fev

1.08

81.

088

Mar

1.01

91.

019

Abr

996

996

Mai

1.00

01.

000

Jun

1.04

1

Jun

1.08

91.

089

Jul

1.05

91.

059

Ago

999

999

Set

1.04

91.

049

Out

1.06

91.

069

Nov

1.06

7

1.11

91.

119

1.06

7

Dez

1.10

2

2011

Produção real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasJunho de 2011 a Junho de 2012

Mil toneladas

Produção Animal | Avicultura 39

Dados consolidados divulgados pela SECEX/MDIC apontam que o

volume total de carne de frango expor-tada pelo Brasil em junho passado resu-miu-se a 307,2 mil toneladas, recuando mais de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Como junho foi mês mais curto (20 dias úteis, contra 22 dias úteis do mês anterior), já se contava que os embar-ques do período seriam menores que os de maio/12, quando foram atingidos recordes históricos. Mas o resultado final acabou surpreendendo, pois repre-sentou queda de 18% sobre o mês anterior, a maior variação negativa registrada desde o início de 2009, quando os efeitos da crise econômica mundial começaram a se refletir no setor. Seria a repetição do mesmo evento de mais de três anos atrás?

À primeira vista, não. Pois o volume de industrializados aumentou mais de 12% em relação a junho de 2011 (embora a receita também tenha ficado negativa), enquanto os embarques de cortes (quase 60% do volume total exportado) recuaram apenas 2,3%. É verdade que a exportação de frango inteiro caiu, no mês, quase 15%. Mas o que causou o “buraco” de junho foi a carne de frango salgada – resumida a menos de 5 mil toneladas, o que signifi-cou queda de 38% sobre junho de 2011 e de 77% (!) em relação ao mês anterior.

Porém, isso não foi causado por questões econômicas e, sim, por razões contratuais. Explicando: o grande mer-cado da carne de frango salgada é a União Europeia, que adquire o produto através de quotas. E – conforme um exportador – o “ano/quota” da carne salgada vence no mês de junho. Ou seja: frente ao risco de perda do prazo--limite, os embarques finais do “ano/quota” são antecipados para maio, fazendo com que o volume de junho recue drasticamente – um fato que vem se repetindo anualmente desde 2010, sem exceção.

Exportação de carne de frango

afetados pela carne salgada, embarques de frango apresentaram forte recuo no mês de junho

Evolução mENsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Julho 360,526 310,874 -13,77%

Agosto 347,921 354,337 1,84%

Setembro 337,637 304,591 -9,79%

Outubro 333,406 335,733 0,70%

Novembro 319,802 358,704 12,16%

Dezembro 315,316 350,252 11,08%

Janeiro 295,398 328,877 11,33%

Fevereiro 296,585 281,674 -5,03%

Março 341,055 363,613 6,61%

Abril 325,263 331,001 1,76%

Maio 338,523 374,904 10,75%

Junho 331,321 307,194 -7,28%

Em 6 meses 1.928,145 1.987,263 3,07%

Em 12 meses 3.942,753 4.001,754 1,50%

Fonte dos dados básicos: SECEX/MDIC / Elaboração e análises: AVISITE

Acumulado em 12 mesesMil Toneladas

2012Jan

3.97

6

Fev

3.96

13.

961

Mar

3.98

43.

984

Abr

3.98

93.

989

Mai

4.02

64.

026

Jun

4.00

2

3.94

3

Jun

3.94

3

Jul

3.89

33.

893

3.90

0

Ago

3.90

0

Set

3.86

63.

866

3.86

9

Out

3.86

9

3.90

8

Nov

3.97

6

3.90

8

Dez

3.94

3

2011

40 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

oferta interna de carne de frango

Disponibilidade semestral diminui e anual tende a recuar devido circunstâncias de produção

Partindo-se da produção de carne de frango estimada pela APINCO

para o segundo trimestre de 2012 e contando-se com os dados da SECEX/MDIC sobre as exportações do produto naquele período, conclui-se que entre abril e junho deste ano foram oferta-das, internamente, cerca de 2,058 milhões de toneladas de carne de frango, volume que representa recuo de 10% tanto sobre o trimestre ante-rior, o primeiro de 2012, quanto sobre o mesmo período do ano passado, o segundo trimestre de 2011. Esse foi, também, o menor volume dos últimos nove trimestres, só perdendo, no curto prazo, para o primeiro trimestre de 2010.

O resultado desse desempenho foi uma disponibilidade semestral esti-mada em quase 4,345 milhões de tone-ladas, volume 2,34% menor que o registrado no primeiro semestre de 2011. Mas (repetindo observação feita anteriormente), considerando-se que houve o repasse de grandes estoques de 2011 para 2012, é praticamente certo que a disponibilidade real foi superior à de um ano atrás, inclusive porque a diferença aparente entre um semestre e outro foi muito pequena.

Por ora, a disponibilidade acumu-lada em um espaço de 12 meses ainda é positiva, apresentando evolução de pouco mais de meio por cento sobre idêntico período anterior. É pratica-mente certo, porém, que devido às cir-cunstâncias atuais de produção essa evolução se torne negativa em curtís-simo prazo.

É impossível prever de quanto será o recuo, mas considerando-se as indi-cações de produção de carne de frango e supondo-se que as exportações do produto aumentem 3% no ano, indo pouco além dos 4,050 milhões de tone-ladas, a disponibilidade interna ficará em um nível intermediário ao que foi observado entre 2009 e 2010, girando em torno dos 8,1 milhões de toneladas.

Evolução mENsalMIL TONELADAS

MÊS 2010/11 2011/12 VAR. %

Julho 706,828 783,850 10,90%

Agosto 709,050 678,406 -4,32%

Setembro 659,887 744,176 12,77%

Outubro 737,104 768,585 4,27%

Novembro 710,696 708,707 -0,28%

Dezembro 796,786 788,135 -1,09%

Janeiro 792,908 827,526 4,37%

Fevereiro 654,004 769,947 17,73%

Março 707,647 689,511 -2,56%

Abril 753,720 665,104 -11,76%

Maio 782,496 658,523 -15,84%

Junho 757,899 734,102 -3,14%

Em 6 meses 4.448,674 4.344,713 -2,34%

Em 12 meses 8.769,025 8.816,572 0,54%

Fonte dos dados básicos: APINCO Elaboração e análises: AVISITE

2012Jan

800,

832

Fev

796,

497

796,

497

796,

497

Mar

667,

269

667,

269

Abr

665,

104

665,

104

Mai

637,

280

Jun

734,

102

757,

899

757,

899

758,

565

Jun Jul Ago

656,

522

Set Out Nov

744,

176

744,

176

744,

176

743,

792

708,

707

Dez

800,

832

800,

832

762,

711

2011

Oferta real Volume nominal mensalajustado para mês de 30 diasMil toneladas

Produção Animal | Avicultura 41

Em junho passado, conforme le-vantamento da UBABEF, o aloja-

mento interno de pintainhas de pos-tura somou 7,458 milhões de cabeças, 76,32% delas sendo futu-ras produtoras de ovos brancos.

Representando aumento de pou-co mais de 1% sobre o mês anterior, maio de 2012, e de mais de 13% so-bre o mesmo mês do ano passado, junho de 2011, o total registrado no

encerramento do primeiro semestre também correspondeu ao maior vo-lume mensal já alojado em toda a história do setor.

Em função do último resultado, o volume acumulado no primeiro se-mestre de 2012, pouco superior a 42 milhões de cabeças, apresentou in-cremento de 8%. Já o acumulado em 12 meses (82,670 milhões de ca-beças) é 3,81% maior que o alcança-do em idêntico período anterior.

alojamento de pintainhas de postura

Com recorde histórico, segmento tem 8% de aumento no 1º semestre

Evolução mENsal(OVOS BRANCOS E VERMELHOS) - MILHÕES DE CABEÇAS

PINTAINHAS COMERCIAIS DE POSTURA % OVO BRANCO

MÊS 2010/11 2011/12 VAR.% 2010/11 2011/12

Julho 7,241 6,716 -7,25% 77,20% 76,55%

Agosto 7,193 7,115 -1,07% 76,09% 73,23%

Setembro 6,818 6,935 1,72% 77,35% 75,96%

Outubro 6,595 6,622 0,42% 75,47% 75,52%

Novembro 6,708 6,707 -0,01% 75,07% 74,38%

Dezembro 6,131 6,507 6,12% 72,19% 75,02%

Janeiro 6,613 6,641 0,42% 75,28% 75,68%

Fevereiro 5,586 6,249 11,86% 75,18% 76,54%

Março 6,554 7,292 11,26% 73,14% 75,89%

Abril 7,134 7,059 -1,04% 72,99% 74,73%

Maio 6,474 7,370 13,83% 73,28% 73,84%

Junho 6,587 7,458 13,22% 76,27% 76,32%

Em 6 meses 38,947 42,068 8,01% 74,32% 75,47%

Em 12 meses 79,632 82,670 3,81% 75,00% 75,29%

Fonte dos dados básicos: UBABEF – Elaboração e análises: AVISITE

2012Jan

79,5

77

Fev

80,2

4080

,240

80,2

40

Mar

80,9

7880

,978

Abr

80,9

0480

,904

80,9

04

Mai

81,7

9981

,799

81,7

99

Jun

82,6

70

79,5

7779

,577

79,5

77

80,2

4080

,240

80,2

40

79,5

49

DezJun

79,6

3279

,632

Jul

79,1

07

Set

79,1

47

Out

79,1

75 79,5

7779

,577

79,5

77

79,5

4979

,549

79,1

75

Nov

79,1

74

79,1

07

79,1

47

79,1

75

Ago

79,0

30

2011

Acumulado em 12 MesesJunho/2011 a Junho/2012Milhões de cabeças

Volume acumulado no primeiro semestre de 2012, pouco superior a 42 milhões de cabeças, apresentou incremento

de 8%.

42 Produção Animal | Avicultura

Estatísticas e Preços

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS. MÉDIA R$/KG

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUL/11 1,77 12,69% 9,41%

AGO 2,08 28,49% 17,65%

SET 1,97 1,87% -5,55%

OUT 1,98 7,73% 0,71%

NOV 2,07 12,18% 4,69%

DEZ 2,11 1,47% 1,57%

JAN/12 1,58 -19,38% -25,11%

FEV 1,60 -20,31% 1,60%

MAR 1,80 -11,28% 12,35%

ABR 1,77 -0,76% -1,45%

MAI 1,70 6,00% -4,17%

JUN 1,85 14,60% 8,94%

JUL 1,86 4,89% 0,21%

Desempenho do frango vivo em julho

após cerca de duas semanas de preço estável começaram a surgir os primeiros sinais de reversão

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE / Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

FRANGO VIVOEvolução de preços na granja, interior paulista – R$/KG

Média anual em uma década2003 a 2012*

*2012: 01/Jan a 30/Jul

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2003 a 2012*

R$ 1,45R$ 1,45

R$ 1,49R$ 1,49

2005

2006

2007

2008

*2012: 01/Jan a 30/Jul*2012: 01/Jan a 30/Jul

R$ 1,35

R$ 1,16

R$ 1,55

R$ 1,63

R$ 1,63

R$ 1,92

R$ 1,65

R$ 1,74

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2002/11

2012

100%

91%

88% 90% 95

% 99% 10

5% 109% 110%

107% 10

8%

97%

75%

76%

85%

84%

81% 88

%

88%

Poderia ter sido pior. Afinal, depois de romper uma estabilidade que durou, praticamente, um mês, o

frango vivo comercializado no interior paulista enfren-tou um processo de baixas que reduziram seu preço de R$1,90/kg para R$1,80 kg antes mesmo do final da pri-

meira quinzena. Em decorrência, pouco ou nada era espe-rado da segunda quinzena.

No entanto, após cerca de duas semanas de preço es-tável e de mercado instável, começaram a surgir os primei-ros sinais de reversão. Isto, nos quatro últimos dias de negó-

cios do mês. Nesse curto espaço de tempo, o frango vivo não só recuperou o que havia perdido no mês, como também fe-

chou julho registrando – pela primeira vez em 2012 – cotação

superior a obtida no primeiro dia de negócios deste ano (R$1,90/kg).

Infelizmente, porém, essa recupe-ração ocorreu tardiamente. Tanto que o preço médio registrado no mês – R$1,86/kg – ficou apenas 0,21% (ou 1 centavo) acima do alcançado no mês anterior. E, comparativamente ao mesmo mês do ano passado, o ganho foi inferior a 5% (4,89%, na verdade), insuficiente, portanto, para compen-sar a inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Isso, no entanto, é o de menos, pois o frango é alimento com preços reais historicamente decrescentes. Tanto que, na vigência do real (julho de 1994) e até junho último seu preço havia evoluído pouco mais de 200%, enquanto a inflação (medida pelo IGP--DI) apresentava incremento de 382%.

O que não se esperava é que, com uma safra recorde de milho e uma co-lheita de soja menor que o esperado mas suficiente para atender a deman-da interna, as duas matérias-primas básicas do frango – o milho e o farelo de soja – passassem a apresentar uma evolução de preços estratosférica.

Em consequência, ainda que em julho tenha sido obtido o melhor pre-ço de 2012, o setor produtivo não tem o que comemorar, pois, bem ao con-trário, enfrenta a pior crise de toda a história do setor.

Produção Animal | Avicultura 43

Em julho, tradicionalmente, os preços do ovo recuam em relação ao mês anterior

– no mínimo porque, sendo mês de férias, cai a demanda, não só escolar, mas tam-bém doméstica.

Mas julho de 2012 foi bem diferente. Com certeza porque pela primeira vez após longo tempo o setor inicia o segundo se-mestre do ano com uma produção extre-mamente ajustada às necessidades do mer-cado. Um dos efeitos dessa adequação foi um preço 18% superior ao registrado em dezembro de 2011 (mês das Festas), quan-do o normal (média dos últimos 10 anos) seria uma remuneração apenas 6% maior que a de dezembro.

Porém, as causas desse resultado não são recentes: remontam a 2011, quando o setor, após registrar (ano anterior) expansão anual muito próxima de 30% no alojamen-to de pintainhas de postura, registrou incre-mento quase que vegetativo (+1,7%) e, com isso, passou a operar com um plantel mais compatível com o consumo atual.

E o efeito maior dessa adequação é o registro, em julho de 2012, daquela que foi não só a melhor cotação deste ano, mas de todos os tempos – ao menos nominalmen-te. Em outras palavras, o setor superou o recorde de junho passado em 3,71%, ao mesmo tempo em que registrava incre-mento de 13,42% sobre o mesmo mês do ano passado. Com isso, fechou os sete pri-meiros meses de 2012 com um preço mé-dio (R$46,93/caixa) 5,22% superior à mé-dia de 2011.

Desempenho do ovo em julho

setor inicia segundo semestre com produção ajustada as necessidades do mercado

Fonte dos dados básicos: JOX - Elaboração e análises: AVISITE / Obs.: valores finais arredondados, daí eventuais diferenças nos percentuais

OVO BRANCO EXTRAEvolução de preços no atacado paulistano - R$/CAIXA DE 30

DÚZIAS

Média anual em uma década2003 a 2012*

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2003 a 2012*

R$ 39,67R$ 39,67

R$ 34,47R$ 34,47

2005

2006

2007

2008

R$ 33,48

R$ 27,48

R$ 39,42

R$ 43,62

R$ 38,63

R$ 44,61

R$ 37,93

R$ 46,93

*2012: 01/Jan a 31/Jul

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Preço relativo no ano em comparação à média mensal de 10 anosPreço em Dezembro do ano anterior = 100

Média 2002/11

2012

110% 114%

104%

103%

111%

106%

104%

96%

95% 98

%

110%

88%

85%

99% 10

8%

102%

100%

114%

Enfim, tudo aparenta ser favorável ao setor. Mas, infelizmen-te, não é. Pois se o incremento em relação ao ano passado pare-ce acompanhar a inflação, os ganhos recentes se volatilizam fren-te aos custos de produção. E, neste caso, basta citar que no curto espaço de 100 dias (meados de abril ao final de julho) o preço do milho aumentou perto de 40% e o do farelo de soja cerca de 70%. Ou mais de 100% desde os primeiros dias de janeiro de 2012.

Isso tudo quer dizer, em suma, que o setor precisa manter-se ex-tremamente atento, não deixando romper-se o atual equilíbrio entre oferta e procura. Daqui para frente, com a aproximação da Primavera, a produção tende a um natural aumento. Que os produtores não se deixem perder por um punhado de ovos a mais.

Média mensal e variaçãoanual e mensal em treze meses

MÊS\ANO.

MÉDIA R$/CXA

VARIAÇÃO % ANUAL MENSAL

JUL/11 47,00 24,04% -2,25%

AGO 46,04 23,92% -2,05%

SET 41,52 11,97% -9,81%

OUT 40,72 10,83% -1,93%

NOV 40,17 9,06% -1,36%

DEZ 45,11 16,39% 12,31%

JAN/12 38,35 3,41% -15,00%

FEV 44,71 0,94% 16,59%

MAR 49,07 -0,01% 9,76%

ABR 46,25 -12,53% -5,75%

MAI 45,31 5,18% -2,04%

JUN 51,40 6,91% 13,45%

JUL 53,31 13,42% 3,71%

Estatísticas e Preços

Matérias-PrimasEscalada do milho continua e preço dispara

Preço do farelo de soja sobe pelo sexto mês

Fonte das informações: www.jox.com.br

O farelo de soja (FOB, interior de SP) tem novo aumen-to em seu preço, sendo comercializado em julho de

2012 ao preço médio de R$ 1,270/tonelada, valor 22,7% maior que o de junho passado – R$ 1,035,00. Na compa-ração com julho de 2011 – quando o preço médio era de R$608/t – a cotação atual registra aumento de 108,9%.

Valores de troca – Farelo/Frango vivoCom a maior valorização do farelo de soja em rela-

ção ao frango vivo, em julho de 2012, foram necessários 682,8kg de frango vivo para adquirir uma tonelada do insumo, significando piora de 18,06% no poder de compra em relação a junho de 2012, quando foram ne-cessários 559,4kg de frango vivo para obter uma tonela-da do produto.

Valores de troca – Farelo/OvoDe acordo com os preços médios dos produtos, em

julho de 2012 foram necessárias aproximadamente 26,8 caixas de ovos (valor na granja, interior paulista) para ad-quirir uma tonelada de farelo de soja. O poder de com-pra do avicultor de postura em relação ao farelo dimi-nuiu na comparação com junho de 2012: piora de 15,08% já que em junho 22,8 caixas de ovos adquiriam uma tonelada de farelo. Em relação a julho de 2011, a piora no poder de compra é de 43,4%, pois naquele pe-ríodo a tonelada de farelo de soja custou, em média, 15,2 caixas de ovos.

O preço do milho registrou aumento em julho de 2012. O pre-ço médio do insumo da saca de 60 kg, interior de SP, fechou

o mês cotado a R$ 31,68 – valor 26,57% maior que a média de R$ 25,03 obtida pelo produto em junho de 2012. Depois de cinco meses consecutivos, a disparidade de preços do milho em relação ao ano anterior é positiva. O valor atual é 3,29% maior, já que a média de julho de 2011 foi de R$30,67/saca.

Valores de troca – Milho/Frango vivoO frango vivo (interior de SP) fechou julho a R$1,86/kg – mé-

dia 0,21% maior que a de junho de 2012. Mesmo com a peque-na valorização do produto, a alta dos insumos contribuiu para a diminuição do poder de compra do avicultor. Nesse mês, foram necessários 283,9 kg de frango vivo para se obter uma tonelada de milho, considerando-se a média mensal de ambos os produ-tos em julho. Este valor representa diminuição do poder de com-pra de 20,56% em relação ao mês anterior, pois em junho a to-nelada do milho “custou” 225,5kg de frango vivo.

Valores de troca – Milho/OvoO preço do ovo, na granja (interior paulista, caixa com 30

dúzias), encerrou julho cotado à média de R$ 47,31, aumento de 4,2% sobre o mês anterior.

Contudo, com a alta dos insumos, o poder de compra dimi-nuiu. Em julho, foram necessárias 11,1 caixas de ovos para adqui-rir uma tonelada do cereal. Em junho foram necessárias 9,2 caixas/t, uma piora de 17,67% na capacidade de compra do produtor.

44 Produção Animal | Avicultura

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Produção Animal | Avicultura 45

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46 Produção Animal | Avicultura

Ponto Final

46 Produção Animal | Avicultura

Dia da Avicultura

Rogério Belzer é zootecnista formado pela PUC/RS, pós-graduado em Economia pela PUC de Campinas/SP, possui MBA em Gestão de Negócios pela FGV, é presidente do Conselho Diretor do Instituto Ovos Brasil e consultor do mercado avícola.

Ao escrever este artigo em comemoração ao Dia da Avicultura – celebrado no dia 28 de agosto -, não podemos deixar de

citar alguns números, para não tornar este ar-tigo muito frio; pois os números são a melhor referência para conseguirmos dar o merecido destaque para a avicultura brasileira e poder demonstrar o quanto esta atividade econômi-ca tem se desenvolvido e o quanto representa para o Brasil.

Conforme relatório da Ubabef, em 2010 atingimos uma produção de 12,2 milhões de toneladas de carne de frango, o dobro do pro-duzido há uma década, o que nos coloca mui-to próximo do posto de segundo maior produ-tor mundial. Na produção de ovos comerciais, somos o maior produtor da América do Sul, com quase 50% da produção. Somos o terceiro maior produtor das Américas e o sétimo maior produtor mundial.

No mercado interno, tivemos também um crescimento significativo no consumo per ca-pita de carne de frango e ovos. O consumo de carne de frango passou de 30kg para próximo de 47kg per capita. Nos ovos comerciais, so-mente de 2007 para cá, o consumo per capita cresceu próximo de 25%.

A carne de frango também tornou-se um item importantíssimo na pauta de exporta-ções brasileiras, pois de toda a produção nacio-nal, cerca de 30% são exportados, colocando--nos na posição de maior exportador mundial, à frente de potências econômicas como os Es-tados Unidos.

Em relação aos ovos comerciais, o foco principal tem sido o crescimento do consumo no mercado interno. Consumimos hoje em torno de 163 ovos per capita e, apenas a título comparativo, na Europa, a média é de 221 ovos per capita e no México, o consumo per capita passa de 350 ovos.

A base para o crescimento da atividade continua, pois o Brasil ainda tem grande dis-ponibilidade de recursos naturais, temos mui-tas áreas agricultáveis, água em abundância e um clima bastante favorável, para serem utili-zados de forma sustentável e, neste sentido, a avicultura é uma das atividades que mais efi-cientemente aproveita estes recursos, o que nos permitirá crescer para continuarmos aten-dendo um mundo cada vez mais habitado e faminto.

O nível técnico dos profissionais envolvi-dos na atividade é um dos melhores do mun-

do, tanto aqueles desempenhando suas fun-ções nas áreas de produção e gerenciamento nas empresas quanto também os profissionais de pesquisa.

Temos também que creditar o crescimento da atividade ao empreendedorismo dos em-presários brasileiros, que mesmo não tendo a segurança necessária, considerando a instabi-lidade econômica do Brasil nas últimas déca-das, os sucessivos planos econômicos e hipe-rinflação, com sabedoria e persistência conseguiram superar todos estes obstáculos e tornar a avicultura brasileira um exemplo de sucesso.

Temos hoje no Brasil investimentos dire-tos das maiores empresas deste setor, como é o caso das empresas de genética, que têm no País importantes bases de produção e exporta-ção.

Na produção de ovos, tivemos também um crescimento grande na produção de ovos de codorna, que apesar de carecer de estatísti-cas, é facilmente comprovado na oferta em quase todos os restaurantes, principalmente na modalidade de “self-service”.

Temos, com certeza, muito ainda a melho-rar, e é certo que ao longo deste processo en-frentaremos uma série de dificuldades, em função das incertezas que o futuro nos traz. Existe ainda uma série de “gargalos” que com-prometem o crescimento, com o chamado “Custo Brasil”, e que somente será equaciona-do com a eficiente participação do governo na adequação dos investimentos necessários em obras de infraestrutura e na redução da carga tributária.

Outros problemas como as barreiras eco-nômicas e sanitárias, barreiras comerciais, questões cambiais, crédito para os investimen-tos, tudo isto deverá ter seu peso, mas serão sempre questões pontuais e que serão supera-dos se continuarmos a investir na atividade buscando maior eficiência e produtividade.

Vamos, com certeza, crescer e precisamos estar preparados para lidarmos com situações como o bem-estar animal, alternativas de in-gredientes para a alimentação animal, segu-rança alimentar, biosseguridade.

Tenho certeza que todos nós, que diaria-mente trabalhamos para o desenvolvimento da avicultura brasileira, estamos orgulhosos do que conquistamos e do que ainda vamos conquistar.

Parabéns, avicultores!

Produção Animal | Avicultura 47

Presença de vírus vivo vacinal 100%

seguro que coloniza o ambiente não

permitindo espaço para o vírus de

campo da doença

TRANSMUNE: PROTEÇÃO INTELIGENTE PARA A AVE E O AMBIENTE

• Proteção certa no momento exato. A liberação gradativa do vírus vacinal no complexo imune permite a imunização efetiva e individual, independentemente do nível dos anticorpos maternos.

• Proteção às aves e colonização do ambiente. O vírus vivo Winterfi eld 2512 da Transmune é excretado e perma-nece nas fezes após a vacinação. Com isso, no caso de reutilização da cama aviária, as aves jovens estarão em um ambiente com presença de vírus vacinal antes mesmo de um eventual contato com o desafi o de campo.

Vantagens da Transmune contra a Doença de Gumboro:

Transmune é muito mais que uma vacina, é uma proteção completa e absolutamente segura para sua criação.

Proteçãocompleta com

dose única

Aplicação noincubatório

Injeção “in ovo”ou via subcutânea

Não sofreinterferência dos

anticorpos maternais

Proteçãoadaptada

a cada ave

ambiente com presença de vírus vacinal antes mesmo de um eventual contato com o desafi o de campo.

Transmune é muito mais que uma vacina, é uma proteção completa e absolutamente segura para sua criação.

Ceva Saúde Animal Ltda. / www.ceva.com.br / [email protected] Rua Manoel Joaquim Filho, 303 - Santa Terezinha - Paulínia/SP - BRASIL - Tel. : (19) 3833-7700 / Fax : (19) 3833-7722

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Ponto Final