frente unida democratica de mocambioue

20
N,o 2-1979 00MtNcos AROUCA em 0s[-0 ffieffiffiffi& ffiffiffiffiffiffiffiffi es F* itf fft $t fl:rqfrtitr ;i ;ffi [ il l- L FRENTE UNIDA DEMOCRATICA DE MOCAMBIOUE

Upload: others

Post on 22-Nov-2021

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

N,o 2-1979

00MtNcosAROUCAem 0s[-0

ffieffiffiffi& ffiffiffiffiffiffiffiffi esF* itf fft $t fl:rqfrtitr ;i ; ffi [ il l-

L

FRENTE UNIDA DEMOCRATICA DE MOCAMBIOUE

,

PATRIA :QUERIDA

. J

$r ffi

'g$fffi]'|iKn=S. x*'a.

fttxq'*f, k#ffi,ffirurffi sffiH&p{m tugwffiw

su$#ARE(} MENSAGEffiDO PRESIDENTE

Mensagem do Pres idente

Nota de Abertura

M OQAM B|OU E :

Ho je e o Futuro

CON FEREruCIA:

Dr . Domingos Aroucafa la em Os lo .

COMUNICADO:

Relag6es Mogambique- Portugal

Ape lo aos Mogambicanos

Comu n icado

FRELIMO:

Novo a l iado da Af r i ca do Su l

Samora Mache l dec id iu des t ru i ra l g re ja Mocamb icana

N ot (c ias .

Mais execuc6esem Mogambique

Not f c i as do Ch imo io

A l i nguagem das a rmase a l eg i t imacSo de v i o l €nc ia

Reconhec imen to da FUMOnos E . U . A .

N6s ,oV ie tnameohegemon i smo sov ie t i co

COLU NA DO REFUGIADO:

Mogambicanos e Amigos de Mogambique

O ano de 1978 caracterizou-se fundamentalmente porum recrudescimento da repressio dentro do nosso pais,finica resposta do regime comunista da Frelimo ao cres-cente descontentamento do Povo Mogambicano, que v€ assuas condig6es de vida cada vez mais deterioradas. A fomee a repressEo s6o efectivamente o pdo nosso de cada dia.Dai que em acgdes espontf,neas ou organizadas o inimigotenha sofrido, durante o ano, mais s6rios revezes militarese politicos do que anteriormente.

Caracterizou-se tamb6m o ano findo. por um reconhe-cimento da justiga da nossa luta por parte de paises ociden-tais que se destacaram em apoio material e financeiro iFrelimo, antes e ap6s a independ€ncia. E,, assim,, que pode-mos j6 anunciar a aberfura de uma representagio oficialnum pais estrangeiro e brevemente,, assim o esperamosioutras duas se seguirio.

Durante o ano deu-se inicio i reorganizagio da FUMOque assim dever6 estar melhor preparada para fazer face dstarefas que tinhamos em curso e ds que finalmente espe-ramos concretizar, no todo ou em parte, i6 no ano de 1979.Nomeadamente ampliar a acgio militar e de propagandano interior do pais, at6 aqui feitas de forma um tanto des-

NOTADE ABERTI,'RA

O sucesso verificado na distribuigdo do primeiro bole-tim d sinal animador que nos entusiasnta a prosseguir nestotarefa de chegar a todos os moQambicanos e contribuirpara a sue unidade em torno da FU\IO. O aumento deptiginas deste Boletim d jci uma consequOncia. sd possiveldevido a este 6xito.

T{nhamos previsto iniciar neste Boletim a publicaqdode extractos do programa pol{tico e do projecto de cons'tituiQao pol{tica. Em relaqdo ao progranw politico estri aomesmo ternpo entregue, para estudo de revisdo, Q LttrlQcomissdo constituida para o efeito e cujas conclusOes terdode ser submetidas d aprovagdo pelo Presidente e peloConselho Permanente. Por isso adiamos por agora Q suapublicaEao, ntas as grandes l inhas de actuaEdo polit ica daF\IMO podem ftresnto assim ser encontraCas nos textos quepublicantos, em especial no da conlerdncia proJ'erida recen'temente pelo nosso Presidente. Quanto ao projecto deconstittt iEdo polit ica, t 'at o nrcsnto ser prtlt l icado em sepa-rado e etn te-yto completo pelo que esperanlos iniciar jri nopr6xinto Boletim a prtblicaqdo de comenrcirios sectoriaissobre tdo irnportante doutmento para o .t'uturo polftico cleil loqanftique.

O problenn cla religicTo ent l l loqatrtbique, pela sua acti-v idade nc ntome17ta presett te. t r tet ' t :cJ-nas dps:( ' i " . ' : : \ l ' ' ( . -cial e por is.so op(trece traraclo ent r '! ivt 't ' .sos te"rit,t^r it i , i tte,'ss.A ,:onfet'0ncia .id re.l.eride e e etI!t ' , ' \ 'r ' t; ' ((tt ' t , i : 'r. ' 1i 'r, '"1',- 'sdo documentos cie gruttcle actuul;t. lade e Lleret]l st 'r ' i i i lu.gcont gronde ponclerajdo pelos milituntes e simpati:cuttes.O corttributo destes ncTo se f 'ez esperar e ossirtt a continui'dacle c]o colutta clo reJugiaclo, os te.yto.t ,,Apelo,,, <Bilhetesclc \/isita,t, <1 I'is5.sa Lrttct,, e o poento <Se,t.

Dep. Relaq:oes Publ icas, infornraqdo e Propaganda.

10

11

11

12

12

O Para i so do Jamor

MENSAGEM DO PRESIDENTE t ContirttraEdo dct prig. artterior )

coordenada face ds dificuldades materiais e at6 i hostili-dade de paises vizinhos cuja posigfro esperamos ver embreve alterada.

E chegado mais do que nunca o imperativo de unidadede todos os mogambicanos. A actuaqio dispersa, em vir-tude de diferengas de concepgio politica e militarn tem dedar lugar i uniio e reforgo da acgio no campo de batalha.E preciso para isso um esforgo s6rio de reflexdot para queos resistentes saib.am identificar os verdadeiros interessesde Mogambique e excluir as motivag6es baseadas no inte-resse pessoal ou de pot6ncias estrangeiras,, vizinhas oudistantes. E 6 urgente que essa uniio se caracterize ii nosprimeiros meses de 1979.

Todo o movimento de oposigio tem de ter um pro-grama politico que substancie os anseios daqueles a que sedestina. No programa da FUMO, em vias de actualizagio,cabem todos os verdadeiros mogambicanos amantes dademocracia, da paz,, do progresso, da liberdade e da justigasocial. Ele procura traduzir anseios que sdo comuns aospovos africanos que lutam contra a exploragfro e o totali-tarismo. Por isso, a nossa acqdo ndo 6 isolada, antes secompreende no contexto de toda a Alrica onde 6 justosalientar a her6ica luta da UI\ITA, movimento irmio emAngola, liderada pelo Dr. Jonas Savimbi. Tamb6m nosmerece especial refer€ncia a futura Zimbabwe-Rod6sia,onde a intelig6ncia dos principais l ideres da maioria negratem pontuado por um realismo nem sempre compreendidopelos goyernos do mundo ocidental. A eles ficaremos adever a olicializagio da nossa representaglo local,, logo queo nol'o go!'erno tome posse.

Uma palavra especial para os respons6veis e crentes dasv6rias religiOes representadas em i\Ioqambique. A violentarepressio de que t6m sido objecto

-nos irltimos tempos

demontra bem a importincia da liberdade de pensamentoe de religiio num pais l ivre. E por isso qrre os re$inrescomunistas se apressam a eliminar tamb6m aquelas liber-dades, cientes de que as mesmas constituem uma barreiraimportante na denirncia do totalitarismo,, como o foram emboa parte da exploragio social. A coragem at6 aqui de-monstrada ter6r a sua compensagio, sendo certo que aFUMO garantir6 a liberdade ae ritigiao no futuro regimemogambicano.

Em 1979 a acg6o politica da FUMO prosseguiri semdesfalecimentos, apesar dos obst6culos el das criticas dealguns menos esclarecidos. A ac95o militar seri ampliadaem bases s6lidas e nio aventureiristas que garantam avit6ria final. Continuar6 tamb6m o esforgo de reorganiza-g5o' a revisf,o e actualizag6o de documentos fundamentaiscomo o programa e o projecto de constituigio politica, esteagora finalizado. Esperamos ainda dar forma concreta aoprograma de governo,, com uma melhor estruturagio dogoverno no exilio, e ao planeamento das grandes tarefas dereconstrugdo nacional. Para tudo isto,, a 6poca 6 de uniio enesse sentido deixo o meu veemente apelo aos mogambi-canos e a todos os que por opgio consideram Mogambiquea sua p6tria.

DEilIOCRACIA. PAZ. PROGRESSO E LIBERDADEPARA i\IOQAMBIQLJE.

MOCAMBIQUET HOJE E O FUTUROde Imprensa, pelo Dr. Dorningos Arouca

mente. que muito em breve possantos encontrarmo-nos denovo em Maputo, onde n6o existe actualmente uma Im-prensa Li l ' re.

MOQAITBTQUE - HOIE

O Saque e o Desastre Econ6mico

Depois de quase 4 anos de dominio por um regimemarxista pro-R0ssia, N4oqambique enfrenta a fa lOnciaeconomica. Os cofres do Banco Central estao agora vazios:a delapidagdo das reservas foi fe i ta apenas em benef ic io danova classe dir igente; nenhum invest intento fo i concre-t izado para benef ic io do Povo de \ ' loqambique.

Logo apos a independ€ncia. os novos dir igentes aperce-beram-se que os cofres estavam a encher-se com o produtodo trabalho dos rnineiros que ainda sio enviados para aAfr ica do Sul e com as ofe r tas generosas dos paises Ar4bese N6rdicos. Uma das pr i rneiras medidzrs tomadas pelogoverno da FRELIN' IO consist iu enl nomear umn comissaoespecial para o abastecirnento put-r l ico. a qual inclui nr in is-t ros e menrLr ros do Comi t6 Cer t t ra l do par t ido . O ob jec t i roera dupl t r : e stc 'S incl i r iCuos. c lacla a sua estr i ta ohe . l i inci i t aoPltr t id i i . i lssegr lntv i t r l ) QUr-r a i r i ; . t i t t r [ ) i l r te. ] t )S vair) i ' r ) , i ; ' . . . . , .1-lat los Sc'r i t g i is t i l n i t coi t tpra dr ' ntercrtdor ias dt>: p:r ls. 'sc t n - i u i " l i s i . l r s . s d i n i ) r - : i r i ' i ' - i o s ' 1 c t i , - , . . " - ' . , . . . 1 ' o I ' ; i - . . i r , - r ' -c l rdor ias ni lo t ivcssent qualquer interesse para o l ta is; ptrroutro laclrr . esses indiv iduos garant ianr qLie as comiss6es clecLrrrpras ser i r r r r r nrant idas em brras rnios. ent moeda fortedepcs i rada cnr bancos Su iqos .

De.sta iorn- i : r nunt ano se gastaram ce rca de 500 nr i i l rOcsde d(t lares, t - - desapareceranr 23 toleiacias de ouro. i iss i rn

Declaraglo Preliminar para Confer0ncia

TNTRODUgAO

ivroQAMBrQUE - HOJE

O Saque e o Desastre Econ6micoEducagdo e Saride PirblicaSistema Judiciir io e PenalLiberdades e Direitos HumanosPolit ica Exterior

MOqAMBTQUE - O FT.ITURO

Reformas Polit icas e SociaisProgresso e Desenvolvimento Econ6micoEducagio e Sairde Pirtrl icaInformagio PirblicaPol i t ica Exter ior

Oslo - 28 de lVlargo de 1979

Senhoras e Senhores .

Antc :s de in ic ia r o ten ta des te encont ro . qos tar ia deexl)ressirr . e ln ncrnle da Frente Unida Dentoc16t ica r le\ loc i r r t tb ic lue , , i :U \ IO, , e eu propr io , o nosso agradec imc l l topeic l conr i te par;" t cstar prescnte nesta confertncia cont rrsrepr r ' sc ) ' r ta i t tes c la I t lp rensa Norue guesa e de ou t ros pa is rs .

Tenhrt ent gratrde apreqo o col l t . lc to cont os nrenrbr( . tsr la I rn i r re 'nsi l e expresso a minha admiraqio peio seu impor-talrtd pupe I na inforntaqirtl. l te e-\prc.ssiio cla opiniict Priblica.e na sa lvaguarda c los D i re i tos Humanos. Espero , s incera-

2

como o produto das exportaqOes e da venda de servigos(portos e caminhos de ferro). Os gastos foram orientadosprincipalmente para artigos de consumo (carne. aves, teci-dos, peixe, milho, arroz, batatas, e outros produtos que opais costumava produzir em quantidade suficiente pdraconsumo interno), para artigos de luxo (carros, electrodo-m6sticos. perfumes, equipamentos estereof6nicos e whisky).Tamb6m foram importados alguns equipamentos mas cedose revelaram inoperativos (tractores que nunca chegaram atrabalhar, camiOes e jeeps que ficaram imobil izados porfaita de assist€ncia t6cnica, m6quinas agricolas que ficamarmazenadas ap6s a sua chegada).

O panorama econ6mico 6 terrivel: a produqdo de carnefoi reduzida drasticamente, uma vez que o Povo passou aconsiderar o gado como um valor real que ndo quer trocarpor dinheiro sem valor e com o qual nada pode comprar:al6m disso, e uma vez que ndo podem confiar na novaestrutura que mant6m o poder ((manu militanti,>, o Povoconsome agora tudo, pois que receia lhe possa ser roubadoe passou de novo a um sistema econ6mico de auto-abas-tecimento.

Entretanto. a Alemanha Oriental e a Rrissia infi l tra-ram-se em todos os niveis da estrutura econ6mica para acontrolar e beneficio pr6prio. A Rrissia vendeu o habitualferro-veiho. ou seja armamento pesado. Nao h6 caf6 emMaputo mas pode encontrar-se cafeteiras el6ctricas fabri-cadas na Alemanha Oriental: n6o hA pio mas pode com-prar-se torradeiras el6ctricas fabricadas na AlemanhaOriental: os,<famosos> cami6es IFA da Alemanha Oriental.que ningu€m se atreve a comprar, contam-se pelas cente-nas em Moqambique. Produziu-se em tempos em Moqam-bique sabdo e sabonete de boa qualidade; agora essesartigos ndo se encontram, excepto no que se refere a sabo-nete que 6 importado da Alemanha Oriental. Entretanto.t€cnicos incompetentes da Bulg6r ia, Rom6nia e Cuba estaoa Ser pagos a ((preQo de ouroD transferindo a maior partedos seus salArios para o estrangeiro. Durante o .<boom,,econ6mico em 1950-1960, a classe m6dia ganhava salhriosmensais entre 2500500 e 6000500. Antes da independdncia.os salArios mais altos variavam entre 15 000$00 e 20 000500.ganhos por uma minoria mas na sua maior parte gastos nopais. Hoje em dia, os novos <rt6cnicos> ganham entre50 000500 e 70 000500, pagos em d6lares.

O governo da FRELIMO desistiu de um projecto paraconstruir uma frota de pesca nacional para entregar aosrussos a exploragio dos nossos recursos marit imos. que elesacumulam com o control da Rota do Petr6leo do Indico.

A produq5o de algodio. ch6, marisco, sisal e carvdoest6 prat icamente reduzida a zero: a produqao de aqircar.copra e cajrS baixou em mais de 50;"/".

O pais est5, pois. em falOncia, e ndo h6 esperanqas derecuperaQdo a nao ser que haja uma alteraqio drastica nossistemas economico e pol i t ico.

Resul ta dai que o Povo morre d fome, o que obviamentenao acontece com os estrangeiros e os novos dir igentes quepodem ainda manter um al to nir e l de v ida.

Educagio e Sairde Pfiblica

Segundo SAIVIORA NIACHEL, a l ingua nao faz parteda cul tura do pais. A razio para esta enormidade esta emque a l ingua e af inal usirda como factor de opresst l tL) .Incapaz- c ic se fazer er i tencler por dois terqos d? Povtr . t r1 i \ -CF{EL cr) i lser\ '? o portLr i lu0s cor lo l ingua of ic ia l rna.s nlro. juer p i l r t i l har o se u cOnhec in len to com a ml i iOr ia . - \ss i t t - t ,; ' r iz crs seus discursL)s ern portr igues e o intEr l j r . te laz ai raduqao para l ingua na t iva .

nen) autor izado o seu uso em l ivros ou correspondOncia;ser ia t r ibal ismo! 56 nos centros urbanos sdo mant idas esco-las, onde professores incapazes tentam, sem sucesso, trans-mitir algum conhecimento. Ha. evidentemente, boas escolaspara os fi lhos de gente importante, onde 6 cuidada a quali-dade do ensino: e centenas de cr iangas sdo apartadas dosseus pais e enviadas para Cuba para garant ia futura docomunismo em Moqambique.

O drama 6 ainda maior no que respeita a sarlde priblica.H6, no pais, menos de 300 m6dicos para uma populaqao de9 milhoes! A maior parte deles concentra-se em Maputoe na Beira. Nas areas rurais. um m6dico residente 6 comoum milagre. O antigo pessoal para-m6dico, em nfmerorazoSvel e bem treinado tecnicamente (at6 Machel o reco-nheceu) foi banido, desprezado e substituido pelos ((espe-cialistas> da FRELIMO, ou seja enfermeiros da tropa deguerri lha. incompetentes e sem motivaqao para o trabalhonormal ou para o sacrif icio.

Mais uma vez os resultados sdo horriveis; a titulo deexemplo, refira-se a taxa de mortalidade infanti l no hospitalde Maputo que era d volta de 39,'" e ultrapassa agora os 709'".

Sistemas Judiciirio e Penal

Ivloqambique 6, agora, um pais onde as pessoas sdopresas sem direito a defesa: para 90% das pris6es ndo 6constituido processo legal; quando este existe as pessoasndo podem nomear advogado.

As pris6es herdadas do periodo colonial estao agorasuper lotadas. A PIC (Pol ic ia de Invest igaqdo Criminal) e aSNASP (Pol ic ia Pol i t ica) ul t rapassam em muito a PIDE(Pol ic ia Pol i t ica do Per iodo Colonial) . As pr isdes da Ma-chava. Ibo. N' labalene. T0te. Beira e Maputo. usadas pelaPIC. contdm hoje t r€s vezes mais pessoas do que a m6diaat ingida nos i r l t imos anos do per iodo colonial : os presosvivem em condigoes sub-humanas. Al6m disso. ha os novos,,Gulags,, of ic ia lmente chamados de ((campos de trabalho,>os quais sao de facto verdadeiros campos de concentraqio.Dezenas de milhares de Nlogambicanos e estrangeiros esteoencarcerados nesses campos. onde sao forqados a trabalhare a m o r r e r d f o m e .

As brutal idades s6o habi tuais: choques el6ctr icos, chi-cote. o atar os membros com arame e sal (geralmente pro-vocando a gangrena). Em N{oqambique. antes de estabele-cerem a pena de morte. ja as pessoas eram executadas pelacalada da noi te. Uma tortura favor i ta consiste na simula-qdo de morte por fusi lamento.

A pena de morte fo i estabelecida recentemente. A le i ,que inclui outras penal idades. tem efei tos retroact i l 'os.Dest ina-se a ser apl icada por t r ibunais populares revolu-cionirr ios. quer a nacionais quer a estrangeiros. Antes deposta em vigor. procederam a uma canrpanha atrav6s dar i rd io e jornais do estado inao ha iprensa pr ivada) parafazer crer aos obsen'adores erter iores que o Povo estavareclamando severas penal idades contra aqueles que lutamcontra o regime comunista.

Const i tu i nosso object ivo estabelecer em lv loqambiqueum regime moderado em total respei to pelos Direi tosHumanos. O nosso prc-r jecto Consi i tucional c laramentees tabe lece , ,o d i re i to a v ida e in tegr idade f i s ica , r {Ar t igo 1- l } ., ,n ingu6m se ia pun ido c r in r ina ln re i r te a nao ser cont baseem le i eu t te r io r , ' { - \ r t igo 15d r . , rn i - }o havr ' : ' ; i i tu . - : . ' 1 , ) ( lL reret i rc a l rberclar ic r 'nt tc i 'ntos perpetu()s ne n, pu, ' . l i rnt , . l - ioi l in t i tada ou i i r Jc i i r r ida ' , t . \ r t i so 15c) . c i l t l rn i t i r l t ) , r . , i1111- rq , ' ;15CL)r 'pLlS), tArt igo 16t. Os nOSSL)s Estaiuios cstaucleuCnl r lL lc.,A vicla huntanir 6 inviolAi'el e \tue erri citso aigunr haveripena de nrtrr te, , .

Fora dos centros principais ningu€m aprende a ler ou a Tenos para consulta o texto complcto desta aboninirveliscreler. O ensino consiste agora principalmente em can- lei a tlual certanlcnte foi copiada ou ditada peios russcrs ou'i,!ras e danQas nlas nao hl ensino ou aprendi2agem da alemdes odentais que. de facto. cli io ordens a MACHEL'ingua

portuguesa. As l inguas nativas nao sao ensinadas sendo os seus verdadeiros senhores.

Ao abrigo desta lei MACHEL j6 executou. no passadodia 13 de Marqo. o comandante GRUVETA ex-governadorda Provincia da Zamblziajuntamente com outros dissiden-tes da FRELINIO, preparando-se para executar muitosoutros individuos dezafectos ao seu regime.

Liberdades e Direitos Humanos

Em Moqambique, as l iberdades mais elementares foram'eliminadas. A comunicagdo social estS agora reduzida a 4entidades do estado: Noticias, Noticias da Beira e Tempo(ornais) e Rfrdio Mogambique. Todos controlados pelopartido rinico. A mentira militante 6 a fnica regra deconduta. Os jornais, que quase ningu6m lC, tOm umatiragem ridicula. A r6dio 6 escutada por causa da mirsica.Os noticiSrios, contudo, essencialmente salientando a<,excel0ncia> do governo, tOm de ser emitidos simultanea-mente pelas tr0s estaqdes, pois caso contr6rio, as pessoasprocurariam de imediato outro programa.

Todo e qualquer culto religioso 6, considerado comoum inimigo. As escolas e miss6es dirigidas pelas diferentesIgrejas foram fechadas ou sujeitas d interferOncia do Estado.As testemunhas de Jeov6 foram levadas para campos decocentraqao por recusarem a sua f6 ou aderir ds organi-zaq6es politicas. As Igrejas Cat6licas foram nacionalizadase o culto apenas permitido em condiqoes definidas peloPartido. Uma parte significativa da populagSo que sempreseguiu o culto lslAmico 6, agora, sujeita i perseguiqdo per-manente. Sinceramente, 6 dif ici l compreender-se porqu0 asIgrejas Cristis. e em particular o Conselho Mundial dasIgrejas, continuam a dar apoio financeiro a movimentoscomunistas em Africa. Dinheiro que estes uti l izam paradestruir as Igrejas, em vez da alimentarem e educar ospovos.

A circulaqdo de pessoas entre cidades diferentes requeruma autorrzagl,o especial. Associaq6es fora da esfera doPartido n6o sdo permitidas e tao pouco alguEm se arrisca aconstitui-las.

A vida humana nao merece qualquer respeito da partedestes criminosos. O Presidente Mondlane foi morto quandose op6s aos comunistas dentro do Partido. Outro liders Iheseguiram o caminho. Muito recentemente a Dra. JoanaSimeao, segundo consta, morreu devido aos maus tratossofridos num campo de concentraqio. Receia-se por UriasSimango. outro l ider que se op6e a Machel e esta preso nomesmo r<Qulag)) tal como outros. No fim do ano passado, omeu irmdo miis velho. Ant6nio Arouca, nao pode sobre-viver a 30 dias de torturas na prisSo da Machal'a.

Crimes contra o direito d integridade fisica s6o bemexemplif icados pela esteri l izaqdo das mulheres-soldadosdo quartel da Nloamba feita por uma equipa m€dica vindada Alemanha Oriental .

A l is ta 6 longa; nenhum dos direi tos incluidos na Decla-raqdo Universal dos Direitos do Homem ficou intacto. Ndoadmira, ivloqambique est6 sob um regime comunista!

Polit ica Exterior

A pol i t ica exter ior seguida pelo governo da FRELIMO€ desastrosa. A Frel imo decidiu adoptar sanqOes econ6-ni icas contra a Roci€sia. sem ter procedido a uma correctac'st inrat ivrr c los preirr izos que dai advir iam para lv loqambi-que. Qua: ,do CHlSS, . l r l , f ) {n r jn is t ro dos es t ranse i ros) apre-sentou nas Naqires Unidas ,- , c i i lculo dos prejuizos esperadosfoi de in"rediato c lesment ido pcios especial istas da ONU clueestimar:ln-r LlJlr valor cJe tr0s vezes superior ao reclarl i lr lo.

Outro erros sucessivos podem ser apontados. Ao cia.rapoio a I lobert NIugabe, a FRELIMO t inha como object ivr-rcont io lar a Rodcsi i . Conro o saque de i \ , loqambique har iasido prc ' ' r 'e i toso. \ IACF{EL estava preparado para receber a

4

sua parte no saque da Rod6sia. Assim, prometeu quecomeria peru em Salisburia pelo Natal de 1977, e quecorreria com os 275 000 racistis da Rod6sia (ou seja todosos brancos; os mistos e os indianos iriam a seguir). Parti lharas riquezas abandonadas por 275 000 fugitivos foi o acordoentre MACHEL e MUGABE. e ate NKOMO. abandona-ram Mugabe. A frente Patri6tica esta desfeita: lvloqam-bique 6 constantemente atacada pelas tropas da Rod6sia, asquais j6 chegaram a 200km de Maputo. O Povo sofregrandemente mas os l iders comunistas continuam a suavida luxuosa guardados de perto pelos alemies orientaise cubanos.

Muito estranhas sdo as relac6es entre a FRELIMO e aracista Africa do Sul. A Africa do Sul dirige o porto deMaputo, os caminhos de ferro, compra a energia de CaboraBassa. Fornece a Machel todos os tipos de alimentos econtinua a recrutar homens em Moqambique para traba-lharem nas suas minas de ouro, pagando directamente dFrelimo uma parte significativa dos seus salArios. Trata-sedo pacto do diabo! Machel refere-se aos sul-africanos comoracistas mas aperta-ihes a mdo enquanto estes o alimen-tarem.

H5 at€ indicaq6es de ser ele um dos primeiros a infor-mar o governo sul-africano, sobre o que 6 discutido entre os<<paises da l inha da frente'>. A Africa do Sul ndo poderia termelhor amigo e delator e vai ganhando tempo para prosse-guir com a politica do apharteid.

O envolvimento da Rissia. de Cuba e da AlemanhaOriental 6 cada vez maior. Os russos patrulham a fronteiraNoroeste com a Rod6sia, mant€m uma base de tanquespesados a 30km do Chimoio. e estSo construindo umagigantesca base militar em Nacala 9 9ue lhes dar6 ocontrole total da Rota do Petr6leo do Indico. Os alemaesorientais sdo os verdadeiros c6rebros por detr6s dos liderspolit icos da FRELIMO. Organizam em detalhe todas asreuniOes do Partido e ontros encontros polit icos: contro-lam e dirigem a policia polit ica: os guardas pessoais deMachel sdo todos recrutados na Alemanha Oriental. cercade 200.

Potencialmente pr6speros. a Zimbia e Moqambiquesdo as principais vit imas das sang6es contra a Rod6sia.E a situaqSo 6 tao s6ria que a Zimbia foi forqada a reabriras suas fronteiras com a Rod6sia, ndo para despachar osseus produtos atrav6s de Maputo ou da Beira como anti-gamente. mas atrav6s de East London na Africa do Sul.

MOQAI{BIQUE - O FUTURO

Nao hA drivida de que a FRELIMO 6 incap az de condu-zir o processo de l ibertaqdo necessario apos a indepen-d6ncia do nosso pais. Eles apenas substituiram Lisboa porMoscovo e estabeleceram um furioso regime neo-colonia-l ista. segundo os principios do manismo-leninismo. Uni ver-dadeiro programa de salvaqao nacional serf necessariopara conduzir o pais ao desenvolv imento, progresso, paze just iga social . Para at ingir estes object ivos propomos unlprograma completo e integrado o qual incluiri, entre outras.as seguintes medidas.

Reformas Polit icas e Sociais

Amnist iu para todos os preso: i pol i t icos.Regresso de todos os lv logantbicanos i io pais.Abol iqao do sistema de autct t ' i ; ' : l tqtJes narA t i i . : : . 'ent e

residOncia, restabelecendo-se o direi to de l i i re c i rcuiaqi i . rde pessoas dentro do pais.

Abol iqao de todas as formas de racisrno, com reconhe-cimento do direi to d ident idade e cul turas propr ias dasminor ias 6tnicas.

Recrutamcnto intensivo de tecnicos i rn igrantes conce-dendo-se faci i idades Dara a sua f ix;rcao def in i t i r ,a no oais.

Liberdade de associaqdo tendo em conta a saivaguardados interesses de Mogambique.

Liberdade para todos os cultos religiosos. incluindo odireito de manterem as suas pr6prias escolas.

Liberdade de expressdo incluindo imprensa livre eprivada.

Ningu6m poder6 ser preso a ndo ser que a sua culpa sejaprovada, excepto em casos e condiqdes previstos na le i . .

Encerramento de todos os ((campos de trabalho>r.Todo o cidadao ter6 o direito de se defender em todas

as acq6es em tribunal.Proibiqao de confiscaqio de propriedades, a ndo ser

que baseadas em procedimento judicial.Facto e actos s6 poderdo ser considerados como crimi-

nosos. desde que pieuistos em lei anterior aos mesmos.Participaq6o de todos os cidadios adultos na definiqdo

polit ica e conduqdo do pais atrav6s de 6rgdos eleitos.Garantia a todos os estrangeiros dos mesmos direitos

dos cidaddos nacionais. excepto os direitos polit icos.

Progresso e Desenvolvimento Econ6mico

Respeito pela propriedade privada e garantia ao inves-t imento estrangeiro.

Como pais que vende serviqos a terceiros, Moqambiquemantera todas as suas vias de comunicaqdo abertas ao tr6-fego internacional .

Desenvolvimento da agricultura e da indristria trans-formadora de produtos agricolas.

RescisSo dos actuais acordos de pesca com os russose construqdo de uma fropta pesqueira nacional. capaz deassegurar a exploraqao dos recursos marit imos em bene-f ic io de N{oqambique.

Estudo e elaboraqao de um plano econ6mico. recor-rendo a cooperaqdo internacional, para a regido centraldo pais, baseado no potencial energEtico de Cabora Bassa.

Estabelecimento de um novo sistema comercial e dis-tribuiqdo cobrindo todo o pais.

Devoluqao das pequenas e m6dias empresas aos seuspropriet6rios.

Reorganizaqd.o das grandes empresas nacionalizadase sua transformaqao em sociedades de capital misto.

Recuperaqao da indristria da construqdo civil. comespecial incid€ncia na conversdo das zonas sub-urbanas.

Estabelecimento de uma zona aduaneira l ivre emMaputo.

Estabelecimento de zonas industriais em regioes sub-desenvolv idas. incluindo benef ic ios f iscais.

Construqao da l igaqio ferroviaria entre IVIaputo e aBeira.

Const i tu iqdo de uma empresa nacional de navegaqdopara operar entre os portos nacionais.

In ic iaqao de discussoes tendo em vista a cr iaqao de umaAssociaqdo de Com€rcio Lirre na Afr ica Austral .

Emissao de moeda propr ia.Reorganizaqi.o das actividades banc6rias deixando nas

rndos do Estado os mecanismos necess6rios para regula-inentar e controlar o mercado f inanceiro e a economia.mas admit indo-se bancos pr ivados.' iducagio e Saride Priblica

Recrutanlento t ie professoles suf ic ientes para assegurar. r ens ino pr in rar io a todus as c r ianqas .

Fornecimento de refc iqCres a todas as cr ianqas que fre-, lucn tan l o ens ino pr in rar io .

Cr iaq:ao de urna Faculdade de Agr icui tura ent Lichinqa; no Chint t>i<-r : c lc ut t r inst i tutr t de Transportes e Contuni-- 'eg'ois e rn In l - ianibane: e de unra Faculdade de Ci incias naleira c urna i :scola de l t lagist€r i r> Pr inrar io em Quei intane.

Autorizagio de escolas privadas incluindo religiosas.Abertura de Liceus e Escolas Comerciais e Industriais

em todas as capitais estaduais e noutros centros popula-cionais importantes.

Reequipamento e reorganizaqio dos Hospitais e dosInstitutos Especiais de Saride e reforqo da medicina pre-vent iva.

Grandes esforeos na construqio fe infra-estruturas desaneamento b6sico.

Criagdo do Serviqo M6dico A6reo e da assistOncia((porta ? port?>r.

Obrigaqao de todos os m6dicos e outro pessoal m6dicoresidindo no pais de trabalhar pelo menos um dia porsemana para o sistema de saride do Estado,, na 6rea da suaresid€ncia, em paralelo com um corpo m6dico de sairdepriblica.

Informagio Pirblica

Criacao de um sistema nacional de televisdo.Orientaqio da R6dio Moqambique como meio cuitural,

recreativo e did6ctico, servindo os interesses do Povo deMoqambique.

Ampla l iberdade e completa responsabil izaq6o de todosos que trabalham na informaqdo priblica.

Politica Exterior

A nossa polit ica de relaq6es exteriores ser6 baseada em:- Relaq6es diplomaticas com todos os paises repre-

sentados na ONU:- Recurso a negociaqOes para soluqao de quaisquer

conflitos;-Ndo interferOncia nos assuntos internos dos outros

paises.Como regra basica, tanto para o efeito interno como

externo, a luta contra todas as formas de racismo. negro oubranco, no campo das ideias e por pressao polit ica eideol6gica, com recusa de recurso d forqa ou intervenqdomilitar.

A just iqa deve ser alcangada na P AZ e a Afr ica Australnecessi ta de PAZ e de JUSTICA.

O reconhecimento do regime do Zimbabwe-Rod6siabaseado em eleiqoes democraticas.

Repudio de todas as formas de neo-colonialismo. impe-rialismo, hegemonismo e totalitarismo.

Firme defesa dos DIREITOS HUMANOS em qualquerlocal do Mundo.

CONCLUSAO

Tendo em conta o N{oqambique de hoje e o Moqam-bique que queremos construir no futuro, consideramoscomo absolutamente essencial para a fe l ic idade do nossoPovo a el iminaq5o do regime comunista da Frel imo emlv{oqambique.

Assim, solenemente apelo aos representantes da Im-prensa Livre para que denunciem publ icamente os cr imescontra os Direi tos Humanos que estSo a ser perpretados emN' loqambique: aos paises ocidentais. e em part icular aospaises escandinavos. pi l ra qLre restr in jam a sua rr jucla aNloqambique aos al inte ntos L ' i lLt t t \ )s prrociuios t tsSt, ' r ' t t l i is dequc o Pol 'o de N{ogl i r r r l r ique ui ' r r lesr:speradanrentc ; r iues-Si ta . Ce f t i f iCa f fdc . -Se l c - r l l i e r ' , ,S . -S ! ' r t t - l r - : t t - l s S i i . , , . . . r " i , I -

mente distr ibuidos l rc lo Povo: c aos gLrvernos clemocr i i -t icos. ds associaqOes pol i r icas. economicas e rel ig iosastespeciahnente <-r Coirselho Nlundial das Igrejas) do N' lundoLivre, para que conccdant o seu apoio posi t ivo aos movi-mentos que se opOern ao reqinre comunista em Moqam-bique. e ajudem o n()sso Pais a juntar-se as naq6es l ivres epn)gressistas. e para ( lue f inalnrente possa viver em PAZ.

e

c

Texto integra Ipelo Dr. Domingos

da Confer0ncia pronunciadaArouca na Universidade de 0slo

(em 30 de Margo de 1979)

Ntinhas Senhoras e melrs Senhores:

Comeqarei por agradecer a vossa presenga e interesseem escutarem lrma voz africana que' ao longo da sua vida,,tem lutado pela l iberdade do seu pais e pela efectivagdo dosagrado direito dos seus compatriotas a viverem em paz ecom a dignidade inerente a todo o ser humano.

Para mim. assume particular interesse falar-vos, pois seido inestim6vel contributo material e moral da Noruegapara a causa da emancipaqio africana em geral e deNlogambique em particular.

Venho proferir algumas palavras, forgosamente brevespara o muito que haveria a dizer. Mas 6 necessirio quesejam ditas, que os presentes conhegim, ainda que emlinhas mrrito gerais,, a verdade do que se passa hoje naminha terra, pela qual me bati e continuo a bater-me.Passei oito longos e amargurados anos de prisdo duranteo regime colonial portugu6s. Como eu. outros sofreram,nas matas, os rigores e perigos de uma luta de mais de dezanos. Nluitos e muitos pagaram com a vida o desejo daliberdade e da honra de terem uma nacionalidade legitima,sua. derivada da Pitria a que pertenciam. onde nasceram.

Chegados ao termo da luta, quando a Revolugio Por-tuguesa de 25 de Abril de 1974 permitiu que, f inalmente, ospovos das suas possess6es africanas pudessem pacifica-mente ascender n independ€ncia. as forqas comunistasd Portugal e de Nlogambique, infi l tradas entre as tropasportuguesas e na Frelimo. €rr perfeita sincronia que s6 umrigoroso e experiente internacionalismo sabem manejar,arrebataram as l iderangas de cada um daqueles Movimen-tos, convertendo-os em instrumentos da hegemonia comu-nista no mundo. E o resultado viu-se: em N{ogambique osdirigentes da Frelimo de formaglo nacionalista e democri-t ica foram afastados e tiveram de ir sentir os rigores doexil io. como 6 o meu casoi outros foram internados emcampos de concentraqio, onde sio submetidos a torturase humilhag6es indescrit iveis e outros ainda. apesar de tudomais desventurados, pagaram com a vida a ousadia dequererem viver em l iberdade na sua propr ia terra.

Entretanto em Portugal,, os militares progressistasapoiados pelo Partido Comunista, fortemente organizadoe detentor ent io de verbas fabulosas. foram-se'mantendoviolentamente no Governo, at6 que os seus territ6rios afri-canos proclamaram a sua independ€ncia sob a 6gide einflu6ncia de Nloscovo. Repare-se que o chamado regimeGongalvista se manteve no poder pela torga. at6 que airlt ima das colonias africanas se emancipou e., portanto,perdeu todos os laqos com a l letr6pole. mas s6 depois deficarem llenr seguros os regimes pro-Nloscol'o qrre as tropasportuguesas I i instalaram.

Angola. a f r l t ima a tornar-se independente. conhecerra ret i rada das tropas portuguesas em 11 de Novembro.So a 25 de Novembro se derr o golpe mi l i tar qrre dernrbou oGongah' ismo. Portanto. depois de assegurada a incorpo-ragio de Angola na 6r l l i ta sovi6t ica. a ind:r que. para tanto,hajam recorr ido a descarada intcrvengao clas t ropus cuba-nas que clrsprrdor:rdamente possuenr o t t : r r i tor io : . , l lgoln ' rope las ann i ls . De ) loqanr l l iq r re j i r l l r : sco lo se i r ; i .u r i [ , t ] s -sado enr l5 r le J r rnho.

D i r -n ;c - io c l r rc t r rc lo i s to fo i fe i to c , ;m o . l - ' i . ' , , "J ; { lt l lyez Eresnro a conir 6ncia clos tristados l.rnidos da Arn6-r ica. Acei to. Infel iz-rnenrc" ta l conto na Confer0ncia deBerl im de lE8-1. conro na Sociedade das Nagdes e_. nraistarde. menos ostensi l 'amente, , ern jogadas srrcessi l 'as osimperial ist : rs tOm p.rr t i lhado a Afr ica. Dai o af i rmar-se hoieque a l r r ta niei 6 de povos, nlas de Inrp6r ios. E at6 a pr6pr ia

. ; ' . . ,.,;:.;, -. .'

Errropa nao foge a esse flagelo. Veja'se' por exemPlo. osEstados Unidos segttirenr a tictica de enfraqttecer finan-ceiramente os setts velhos e fi6is aliados etlropells, atral '6sdo iogo da desvalorizagio do dolar, para assim assegtlra-rem o predominio econ6mico mundial.

Essa tictica comegott a concretizar-se is portas do Suezcom a qrrestio da nacionalizagdo do petr6leo irabe.No esquema esteve tamlt6m a polit ica de promoglo daperda da influOncia ettropeia em Africa e agora a entrega.desta i sttzerania sovi,6tica.

- Foi o qlte acontecett is possess6es portugrtesas emAfrica. na qual se inclui a minha Pitria. Sio estas as reali:dades de que nos vamos apercebendo, sem conttrdo ascompreender por violarem as regras da l6gica. E tudo istoem nome da NOVA ORDEM.

Quando lutivamos na mata, diziam-nos que era pelaliberdade da nossa Nagio. Agora que esta conhece a maioroperagio de sempre, depois de nos terem negado o pro-metido referendo democrit ico para dispormos livrementede n6s mesmos., v6m-nos falar da NOVA ORDENI INTER-NACIONAL, qu-e ningu6m percebe,, que ningu6m sabeexactamente o que seja. E isto confunde-nosr a n6s afri-canos, que acreditamos na democracia e por ela nos bate-mosr sofremos e mrritos de n6s morreram. E essa confttslono nosso espirito cada dia que passa toma foros de maiorgrandeza,, atingindo uma profundidade quase monstruosaqlre nos leva a n{o acreditar em mais nada, pois a realidadedas coisas nfro corresponde i tem6tica que tem informadoa nossa luta e que o Ocidente sempre nos disse ser correctae a nossa razio assim o entendeu tamb6m. Que se pretende,afinal? Langar o Homem na angirstia que o arrastari aor<cataclismo c6smico universal do pensamentor de quefalava i lIax Scheler? Ou conqrristar o mundo pela subjuga-gio e neutralizagio total do l lomem?

Nio sabemos.O que podemos, por ora, 6 fornecer l idimo testemunho

da amargura que o povo mogambicano sofre em mal con-tida revolta contra a opressio de que esti a ser vit ima,opressio essa que lhe loi imposta e 6 mantida pela forga dasarmas sovieticas, nio sabemos se com ou sem a crrmpli-cidade dos Estados [Jnidos da Am6rica.

Do qrre nlo temos dirvida 6 de qtre o 6 com o benepli-cito e ajuda material da Africa do Sul. E este pais que ajudaeconomicamente l\ logambique em beneficio directo daclasse dirigentet enquanto os paises do Pacto de Vars6viao mant6m no aspecto militar. Um d6-lhe o pdo' o outroas armas.

Entretantot o povo oprimido e faminto, reage comopode. O poderio militar estatal 6 enorme para as dimens6esafricanas. E a espera, a paciGncia, a resignagio 6 umat:ictica. at6 que algu6m o ajude a quebrar as gri lhetas e alangar para o c6u, bem alto, o grito da vinganga - do ajtrstede contas. O povo cle Nlogambique ji entrou em glrerracontra a Frel imo. A cisdo 6 evidente. Quando, no esforgot le guerra, o I I I Reich decretorr a pena de morte por cr imesde traicfro ' esse regime condenou-se imediatamente aocolapso. [. lm governo ndo pode abrir guerra ao povo queqovernai tem, isso sim, de ser emanagdo dele e f t tnciona-rem como uma s6 pega, uma s6 forqa.

Pois o governo comrrnista de Samora N'Iachcl, cindin-r lo- .sc cada vez mais do por o de Nlogambique quer pelainiust ica soci : r ln pela inseguranca clas pessoas. pelas pr isOes:rbi t r i r ias, pel : r ostentegf io insul tuosa dos cl i r igentes em, 'ontruste com : l l r i is6r ia repugnnnte dos hurrr i ldes, a prc-rot6ncia. o abrrso. a imoral idade. a corrupgio, o suborno,is pcrseguicGes por mot ivos rel ig iososr 6tnicos e r ic icos, ,, incomnetCncia, o regresso a imposigOes de cpraclros cul tu-, ':t is e it leol6gicos absolutanrcnte fora da sensibil iclacle;opl t lar , o Corerno de Samora Nlachel , t l iz iarnos, acabaie ddctrarar l luerra total ao po! 'o, , decretando a pena de

morte. A pena de nrorte' otl l l leslno a tortura, indispensir-veis na 6poca colonial,, sio agora moeda de troca a aplicarao massacrado povo de mogambicano.

Ji t iveram lugar execttgdes pfiblicasl por ftrzilamento,,num campo de futebol de Quelimaner com convite ex-presso feito ao bispo cat6lico local para assistir. Agorar porlei,, a pena de morte aplica-se ao casos de alta traig6o,atentado contra o Chefe de Estado e dirigentes do Partidootr do Estado, rebeli lo armada, motins. levantamento outtso da forga, terrorismo, espionagem e pirataria. merce-narismo, rapto, agitagio, boato,, tribalismo, racismo e divi-sionismo. E esta lei aplica-se tanto aos cidadios mogam-bicanos como estrangeiros...

56 em estado de beligerincia tais medidas sio tomadas.O governo comunista do Naputo esti em guerra. Em gtrerracontra o seu pr6prio povo.

E isto que o Ocidente tem de saber. E isto qtte os inte-lectuais elrropelrs, o Conselho Mundial das lgrejas, osdirigentes dos paises l ivres da Europa, o povo de cada umadas nagdes europeias tem de saber. E tem de saber, paraqlte nos diga a n6s, africanos democratas, se foi para istoqtre derr o seu dinheiro, a sua ajtrda,, o seu conselho. o seuapoio moral e material aos que. de armas na mdo,, comba-teram durante dez anos nos matagais de Africa, perecendona luta nio s6 as tropas de ocrrpaqdo portuguesar mastamb6m populagOes mogambicanas inocentes, pois a sorteda guerra nem sempre permite seleccionar e fixar o inimigoa altater.

Nlembro da Frelimo da primeira hora, honrado pelaReitoria da [Jniversidade de Oslo a trazer aqui a palavrada Africa oprimida pela influ6ncia belicista de Moscovo,nlo posso deixar de proclamar bem alto. a revolta qlle nosvai na alman a confuslo que nos absorve o espirito simples,de sabermos por que lutirmos. para qrre lutirmos: por n6sorr por l loscovo?

Esta pergunta toma agora mais acuidade ao vermosinfimeras portas a fccharem-se-nos, escudos invisiveis quese nos interpdem em todas as dil igOncias que desenl'olve-mos para dar a verdadeira paz e independ0ncia i nossaterra.

N6s. os democratas africanos, aqui deixamos o nossoapelo: ajudai-nos. A resist€ncia. a resignaglo e a capaci-dade de sofrimento chegou ao fim.

AJI.]DAI.NOS:

Dottt i t tgr t s . . \ t , t tr t ' t t t l iu lr . t ,Jtt t tdr.t L' ()t tr o Prr., t . Jir t t- l - t ' , , r t r ! l t , , i , t t

APOIO DO CONSELHO MUNDIAL DASHGRE.IAS AO

::.:::::] r|r

:::::::::::]::.: b : . : :

at"

coMuNrsMoMUNDIALE m B r o o k l i n , E U A , O l i d e rt e r r o r i s t a J o s h u a N k o m o

recebe 4000 do la res da lg re j aLord Pen tecos ta l , p rometendo

e m p r e g 6 - l o s n o ( a b r i g o eves tua r ioD de 20 000 c r iangasr e f u g i a d a s q u e e s t 6 a t r e i n a r

p a r a a g u e r r i l h a .Aba ixo : o padrSo de

d i s t r i b u i c S o d o C o n s e l h oM u n d i a l d a s l g r e j a s n a A f r i c a

A u s t r a l .

II

t

-'--tt-

O quadro acima demonstra bcm o tipo de forga a €nlrentar na luta contra o comunismo munditl. A scturl situagio de r€voltr d€ :rlBumasigreils e contribuintes. que se deram cont! da traiq;io €m qu€ foram lev{dos. permite contudo, esperar razoirleis alt€ragdesnum fuauro brev€

' ' ,. . . i . . . . . . . . , , . , , . . r . ,

M I L I T A N T E S E S I M P A T I Z A N T E $ . , , . ' . . . . . .t t t - - . . , . t t , t

: ' : , , , : : . .

promove um jantar de confraternizageo entre mil i tantes, simpatizantes e seus famil iares,na sexta- fe i ra, d ia 4 de Maio pelas 19 horas, no HOTEL ROMA.

uo programa consta para al6m da audif6o de m6sica mogambieana, a exibigSo. - em sesseo especia l . - do f i fme pol6mico do conhecido:c ineasta,Cour inha Ramos

( M C I q A M B I O U E - D O C U M E N T O V I V O D .Os mil i tante$ e simpatizantes interessados neste convivio, dever6o fazer a resar\ra

dss seus lugares at rav6s dos tef e fones 767761 /2. /3 , a te ao d ia 30 de Ai . , r i i ,A ex ib ig l lo tJo f i lme comegara inrpreter ive!mante is 19 horas.

Prego p t : r pessoa 300$00 ( jan tar inc lu indo beb idas) . ' - . . , , , l

coM As No$sA$ MELHORES SAUDASSES MOSAMBTCATUAS

A d i s t r i bu i g6o de dona t i vosmone t6 r i os pe lo Conse lho

Mund ia l das l g re j asna Af r ica Aust ra l F

A N G O L A - O C o n s e l h of e z d o n a t i v o s m o n e t 5 r i o sa o m a r x i s t a M P L A a t 6 ds u a t o m a d a d o p o d e r .E m 1 9 7 1 a F N L A r e c u s o uu m d o n a t i v o i r r i s 6 r i o .

M O Z A M B I O U E - O C o n -se lho faz dona t i vos dF R E L I M O m a r x i s t ae r e c u s a - o s A C O R E M O .

S O U T H W E S T A F R I C A( N a m i b i a ) - O C o n s e l h oc o n c e d e d o n a t i v o s aS W A P O m a r x i s t a , m a sn a d a a o S W A N U .

R H O D E S I A - O C o n s e l h oconcede dona t i vos mone-t6 r ios aos marx i s tas ZANe Z A P U m a s n a d a a o smov im€n tos moderadosd e M u z o r e w a o u S i t h o l e .

Lisboa, Margo de 1979

FRENTE UNIDA DEMI]CRATICADE M0gAMBI0UE (FUM0)

COMUNICADO

nEra,gOES rlroQAMBIeuE-poRTUGAL

O Presidente da FUMO reuniu com os membros doConselho Permanente e os responsAveis do Departamentode Relagoes lnternacionais para apreciagSo das relag6esentre a RPM e Portugal, tendo decidido tomar posigaooficial sobre as mesmas.

Os respons6veis da FUMO tdm acompanhado de pertoas iniciativas dos portugueses para uma aproximaqdo ecooperaQ6o com a actual regime marxista da RPM. Nomea-damente atrav6s de entidades portuguesas conotadas como imperialismo sovi6tico e, recentemente, atrav6s do gene-ral Sousa menezes, conhecido como um dos responsiveispela entrega de Moqambique d Frelimo na sequOncia doacordo de Lusaka, e na repressdo do levantamento de 7 deSetembro de 1974.

A actuagSo dos primeiros ndo constituiu mais do queuma tentativa de, em acordo com a Frelimo, pressionar asautoridades portuguesas para uma capitulaqSo total peranteos designios sovi6ticos. lsso s6 nao foi possivel porque arestauraqio democr6tica em Portugal impediu a conti-nuaqSo de tal polit ica. Mesmo assim, foi possivel anulartoda e qualquer defesa dos nacionais portugueses ou dosmoqambicanos apesar do compromisso assinado em Lusaka.

As poucas l ibertagdes de presos polit icos pela RPMapenas foram possiveis por press6o da- opinido pirblicamundial e por estrategia ign6bil da RPM.

E foi apenas a lei 5i77 da RPM, nacionalizando osdepartamentos banc6rios dos bancos nacionalizados por-tugueses, que pelas suas consequ€ncias levou as entidadesportuguesas a darem-se conta e a reagir, ainda que timida-mente. ao ataque da RPM. Mais ainda, comeqam a dar-seconta que Cabora-Bassa. com a responsabil idade assumidade 30 milhoes de contos, 6 verdadeiramente o golpe dachantagem final que a RPM reserva para levar Portugal aposiqao de humiihaqdo total. Dai o recurso a uma entidademilitar ndo comprometida com o comunismo sovi6tico,mas com provas dadas de colaboraqdo na entrega de Mo-qambique ao regime totalit6rio da Frelimo.

Apesar das trfrgicas consequ€ncias advindas para osdois paises do processo de descolonizaqio e do desenvol-vimento das suas reiaq6es nos flt imos tempos. a FUMOconsidera que os portugueses tiveram oportunidade irnicade aprender uma ligno hist6rica. Assim, passaram de umaposiqao de exploraqdo e opressdo colonial para uma situa-qao de drasticamente penalizados e humilhantemente apo-dados de vencidos. Mas, irreversiveis que sdo diversassituaqoes de facto. todo este drama vir6 facil i tar as relaqdesfuturas, quando a FUlvlO conquistar o poder em lvloqam-bique para instaurar um regime democrat ico, garante dal ibe rdade, da paz e da just iqa social para os moqambicanos.Salvaguardados os respectivos interesses nacionais, asrelag6es com Portugal poderio entdo caracterizar-se pelas:lorunas da amizade e respeito mfituo, pela verdadeiracooperaglo entre os dois povos.

E por isso que a FUiv ' IO desenvolve junto do Povo)",{ogarnbicano um esforqo de esclarecimento quc leve aiaci l i tar esse entendimento futuro. pois os longos anos clei : r ius t i ca ndo chesarao para des t ru i r os verdade i ros e los de,rr i ru, i . cr iados] Esse esforqo 6. a l i is . faci i i tat lo pelos- 'xemplos v iv idos e concretos dos racistas russos e de outrosamb€m di tos social istas, apenas conl a exciusao honrosa,os c idad6os da Repf ib l ica Popul : r r da China.

APELO AOS MOCAMBICANOSE AMIGOS DE MOCAMBIOUE !

M o c a m b i q u e e n c o n t r a - s e s o b o j u g o f e r o zd a m a i s s e r v i l e s c r a v i d S o i m p o s t a p e l o s i n -t e r e s s e s d o i m p e r i a l i s m o s o v i e t i c o e p e l a t r a i -g 5 o d o d i t a d o r S A M O R A M A C H E L e s u ac a m a r i l h a d e l a c a i o s s o c i a i s - f a s c i s t a s .

C h e g o u a h o r a p a r a t o d o s o s h o m e n s emu lheres mogambicanos , a fas tados da nossaP6t r ia pe los p rocessos ma is b6rbaros , de nosr e u n i r m o s a v o l t a d a F U M O , q u e c o n t i n u aa s imbo l i za r a ve rdade i ra lu ta de l i be r tagSos e g u n d o a l i n h a d e M O N D L A N E , a g o r a s u f o -cada e amordacada em ta n tos campos deconcen t rag6o pe los que nos t ra i ram e ven-d e r a m a o i m p e r i a l i s m o r u s s o .

A F U M O a p e l a p a r a t o d o s o s q u e d e f e n -d e m a l i b e r d a d e e m M o q a m b i q u e c o m o u md o s p r i n c l p i o s d o s D i r e i t o s C i v i c o s d o H o m e me a l e r t a a o s m o g a m b i c a n o s e a m i g o s d e M o -g a m b i q u e p a r a a s t a r e f a s d a v e r d a d e i r a l i b e r -tagSo que tan to dese jamos , n6o s6 os quev ivemos a fas tados da nossa P5 t r ia como oso i t o m i l h 6 e s d e c o m p a t r i o t a s n o s s o s o p r i m i -d o s p e l a d i t a d u r a c o m a n d a d a d e M o s c o v o ,s o b a c h e f i a d o f a n t o c h e m e g a l 6 m a n o S A -M O R A M A C H E L , a o s e r v i c o d a U n i 6 oSov i 6 t i ca .

P o r i s s o , a F U M O m o b i l i z a o c o r a c o e ac o n s c i G n c i a d e t o d o s o s q u e n a s c e r a m o uv i v e r a m e m M o g a m b i q u e , a g o r a r e f u g i a d o sem Por tuga l e nos res tan tes pa fses do M undo ,no sen t ido de congregarem es fo rgos e me iospara apo io de todos os que nas f l o res tas ,v i l a s , c i d a d e s e c a m p o s c o n s t i t u e m o b r a g oa r m a d o n a l u t a c o n t r a a t i r a n i a d o d i t a d o rs o c i a l - f a s c i s t a S A M O R A M A C H E L .

N 6 o b a s t a d e s e j a r a m o r t e d a F R E L I M Oe d o g o v e r n o r e s p o n s 6 v e i s p e l a r u i n a a p a r a -t o s a d e M o g a m b i q u e , s u j e i t a n d o o p o v o ef o m e e a t i r a n i a q u e o M u n d o l i v r e n 5 o p o d ei g n o r a r . N 5 o , n 5 o b a s t a .

Torna-se necess6r io ace i ta r a par t i c ipacdon a l u t a p e l a v o l u n t 5 r i a a d e s S o a F U M O , o q u et raduz a dec is6o de cada um de n6s , nes tahora suprema de opgSo en t re um Presen tee s c r a v i z a d o o u u m F u t u r o p r 6 x i m o d e l i b e r -d a d e e m M o c a m b i q u e .

Xavier M ucu mbe

NIas o apelo da FUII{O dirige-se tamb6m aos 6rgaos,associaq6es e cidaddos democraticos em Portugal. Paraque colaborem e exijam dos seus respons6l'eis uma actuaqiotendente a ajudar a l iberdade do Povo N{oqambicano e aestabelecer f inalmente relaQoes fraternas entfe os nossospoVos.

DEMOCRAbiA, PAZ, PROGRESSO E LIBERDADEPARA IvIOQANIBIQUE.

FRENTE UNIDA DEIv{OCRATICA DE }v{OCAN,{-BrQUE (FUMO).

Janeiro de 1919

C O M U N I C A D O1 . O C o n s e l h o P e r m a n e n t e d a

F R E N T E U N I D A D E M O C R A T I C A D EM O q A M B I O U E ( ; U M O ) ) c o n d e n a v e e n -t e m e n t e o f u z i l a m e n t o d e s e t e m o c a m -b i c a n o s , d o i s r o d e s i a n o s e u m p o r t u g u B sl e v a d o a c a b o p e l o r e g i m e c o m u n i s t a d aF R E L I M O e m c i r c u n s t A n c i a s m a i s u m avez a ten ta t6 r ias dos ma is e lementa resD i r e i t o s H u m a n o s . D e r e c o r d a r q u e ap r o p r i a < l e i d o s c r i m e s c o n t r a a s e g u -r a n g a d o p o v o e d o e s t a d o p o p u l a r > , n os e u a r t i g o 5 . o , f i x a o p r a z o d e 5 d i a spara recurso da sen tenga condena t6 r ia .O r a , o s r 6 u s f o r a m j u l g a d o s n u m d i a ee x e c u t a d o s n o d i a s e g u i n t e , o q u e d i s -p e n s a c o m e n t 6 r i o s .

2 . J e n o p a s s a d o d i a 2 8 d e M a r g o ,e m c o m u n i c a d o e m O s l o , a F U M O h a v i aa l e r t a d o a o p i n i S o p 0 b l i c a m u n d i a l p a r aa d r a m 6 t i c a s i t u a c S o d e m i l h a r e s d ep r e s o s p o l i t i c o s e m M o c a m b i q u e . C o me f e i t o , a q u e l a l e i d e s t i n a - s e a d a r c i n i c ac o b e r t u r a a e l i m i n a c S o f l s i c a d e t o d o so s q u e h e r o i c a m e n t e s e o p 6 e m e d i t a -d u r a t o t a l i t 6 r i a , e a v i o l a c S o s i s t e m 6 -t i c a d o s D i r e i t o s H u m a n o s .

3 . O C o n s e l h o P e r m a n e n t e d aF U M O n d o p o d e d e i x a r d e l a m e n t a r s oa g o r a P o r t u g a l s e a t r e v e r a t o m a r u m ap o s i c S o f i r m e p e r a n t e a s a r b i t r a r i e d a d e sd o r e g i m e m a r x i s t a - l e n i n i s t a d a F R E -L I M O o q u a l , a o l o n g o d o s 0 l t i m o sq u a t r o a n o s , t e m v i o l e n t a m e n t e p e n a -l i zado pessoas e bens de mocambicanose d e p o r t u g u e s e s .

4 . O C o n s e l h o P e r m a n e n t e d aF U M O a p r e c i o u m u i t o p o s i t i v a m e n t e ap o s i g S o f i r m e e c o e r e n t e a s s u m i d a p e l oP a r t i d o S o c i a l D e m o c r a t a e m P o r t u g a l ,t i m i d a m e n t e s e g u i d a p e l o C e n t r o D e -m o c r 6 t i c o S o c i a l .

5 . C o n f o r m e o C o n s e l h o P e r m a -n e n t e d a F U M O j 6 p r e v i a , o G o v e r n o d aF R E L I M O p r e p a r a a s b a s e s p a r a s e a p o s -s a r t o t a l m e n t e d a b a r r a g e m d e C a b o r aB a s s a , g o l p e f i n a l q u e e s t 5 p r e s t e s as e r v i a v e l a t r a v 6 s d a c o o p e r a g S o , p e l oa p o i o . t 6 c n i c o e s p e c i a l i z a d o , e d a p r o -p r i a A f r i c a d o S u l q u e , p a r a a l e m d ae s t r e i t a c o o p e r a g S o q u e t e m m a n t i d oc o m a F R E L I M O , n 5 o d e i x a 1 6 d e a d q u i r i ra e n e r g i a d a q u e l a b a r r a g e m .

6 . O C o n s e l h o P e r m a n e n t e d aF U M O e x o r t a a s a u t o r i d a d e s P o r t u g u e -s a s e d o s p a i s e s d o m u n d o l i v r e p a r aq u e a j u d e m a e s t a b e l e c e r e m M o c a m -b i q u e u m r e g i m e m o d e r a d o , d e m o c r 6 -t i c o e r e s p e i t a d o r d o s D i r e i t o s H u m a n o sc o n f o r n l e p r e c o n i z a d o p e l a F U M O . S oe n t a o s e p o d e r 6 c o n s i d e r a r o e s t a b e l e -c i m e n t o d e r e l a c 6 e s d e v e r d a d e i r a f r a -t e r n i d a d e , c o o p e r a c S o e r e s p e i t o m u t u oe n t r e M o c a n r b i q u e e P o r t u g a l .

E m 5 d e A b r i l d e 1 9 7 9C O N S E L H O P E R M A N E N T E D A F U M O

FRELIMONOVO ALIADO

DAAFRICA DO SUL

A de.f'irtiqdo correcta dos adv,ersrirfos e da suct /'orqa,e essertcictl para umtt ntelhor aplicoEcio dos nteios cle cluedisporrtos t1o contbate presente.

Itlo combate pela liberdade do Poyo .,\lopanfuicano, aFLllvlO enfrenta principalntente tr)s adrersdrios. Algunsndo poderdo encarar-se coftto inimigos, t?rus mesnto qssint,pelas posipOes adrersas ou de indrcia, reqlterem um ataqueadequado, qttontas yezes nnis desgastador do que o eslorgoque hri-de aplicat'se ne confrontaEdo cortt o verdadeiroinintigo.

O printeiro adverscirio a enfrentar somos n6s prdprios,moqambicanos. A nossa I'irme vontade de lutar contra aopressdo 6 o elentento essencial da vit6ria _t'inal. Por isso, hcique lutar contra o desdnitno, a misdria, q inercia. O medo,a tortura e a repressdo ttdo poderdo de fortna algumaanular o nosso querer, a nossa vontede de dar a lvloEanrbiqtte e ao seu Povo ttnt regime progressilo, de paz, liber-dade e justipa.

I'lesse sentido v,ai o actual esl'orqo de reorgani:aEdoe de ntobil i:aEao dentro de lvloqantbique e e preciso queele se repercLtta tuntbent naqtte'les que, rivendo e-uilados,desejant o resresso d sua Pcitria de rnscitrtento ou de opEdo.

Pela adv'ersidacle com que nos encara hci, aittda, queenl'rentat'o sdrio e duro adyerscirio que e o reginte Sul-uJ'ri-cano, ntais propriamente os seus principoi., responsciyeis.Con/'undidos pela yiolenta cantpunlta ntundial. corttra o seusi.stenta de segregaEcTo de raqas, condu:ida pela Rissia eI'avorecida pela ambiguidade dcts paises ocidentais, os Sul--af'ricanos I'i:eratn o pacto do diabo cottt o reqime "frelintistct.Cont ef'eito. tAnt em Suntora lvlachel urrt verdadeiro aliado,dado que este estti contpletantente dependente do suporteI' inanceiro e alimerttar do pofs yi: inho, uo qual apenasverbalntente eteca e apenas pera guctrdar us ap:ar)ncias,A situaqao d tao crintinosa que a Frelitrto. diro partidontarxisto-leninista, continua, tal cotrto o artriqo regitne colo-ni:ador, a f 'ornecer a ntAo-de-obra escrero pora qtte o vizi-nho capitulista possa ntenter a procluEdo nas sucts minasde ouro.

Obtdm, assittt. a A.f) ' ica do Sul a garantia de boa vi: i-nhanqa e de colaborctEdo. gatthattdo tetnpo para dei-tararre.t 'ecet'os dttitttos e atetttur a outros probletttcts. Pactua,nssinr, cotrt Sarttora IIacltel. Pior aindu. le,, 'o e.sse pacto aoponto de de.sctpoiur o Zintbab*'e-Roddsirt rrct seu projectode trattsiEcTo para unt gorenlo de maiorio. corrto aincia. twottpoiando. perseeLtir o.s tttot,irnentos que lutatrt contra aFrelimo. Sclo irttitneros os exentplos de terttatit'cts paraespiarent as /ros.tcs ctctiviclocles ntilitcu'e.s ciosos de e,Jraclu-retn eos seus ttot'c-ts ,,onti:1os>, ntlo hesitanclct ent 7r1's1i61er os/losJ-o.t nt i I i t tt n i e s.

Su tt t o ru :\ l u c lte / L' o .\ ? u t'L' ! i n t ? :; tt r,t. ct-f i. ntt l. r t u tl y c t'.\ d ri anteno.t cl ir ict! . ulesur clo oltoie, nt i l i . tur t lot nt. : , ; .sr).s. cttbutios e( ) I t t t 'O. \ L ' ( )n1ut7 i . \ lLLt ' t t 'udI l : i t l r - t e t t t t l ' tL1t11 t :> Qt ' i : ' , ' i ) i i ' r , , ' , .S t ' ] t , Ctapoio clo Poyo tt tTo .sult .si .st i t ' r i o reginte clu Frel into portrtoior que se.ict o rel ' tre.tsaio. O Poyo ,\ loc'rt t t tbicatto estci.

, iut ' to clu.f 'ortrc. ci t t tr t i .seri t t c 'cle tortut '( t : cle pu,4ar t t cot ' t ' t tpScio,o clespurlor e u upul0ttc: i t t clo.s t loros c:eres. O Povo l loqatrt-bicotto t tcturtult t . i r f errt .si o f 'orqa que l t t i -cle etn breyeclcrntbur o e.\;pantalltct _trelirtti.sttt a o.r .rcr/J ttlgo:r'.s.

{c

SAMORA MACHELdecidiu destruira lgreja Mocambicana

A l g r e j a ' e m M o g a m b i q u e e s t 6 a s o f r e r h o r a spenosas . As no t (c ias que de la chegam cada vezn o s c o n f i r m a m e s s a t r i s t e r e a l i d a d e . V e m - n o s ,a g o r a , u m a c a r t a d e u m m i s s i o n 6 r i o q u e e u ml a m e n t o q u e t r a d u z a t r a g e d i a q u e c a i u s o b r ea q u e l a c o m u n i d a d e a q u e e s t a m o s a r r e i g a d o s eq u e d e p o i s d a d e s c o l o n i z a c a o e n c o n t r o u a d i t a d u r ama is fe roz , deba ixo da pa ta fe r rada do comun ismo.D i z - n o s o m i s s i o n 6 r i o :

( . . . N u v e n s n e g r a s p a i r a m s o b r e a j e b e mp r o v a d a l g r e j a d e M o c a m b i q u e . E m p r i n c i p i o s d e s t ew e s d e D e z e m b r o , r e a l i z o u - s e u m ( g r a n d e > e n c o n -t r o e n t r e o G o v e r n o d e M o g a m b i q u e e a C o n f e r 6 n -c i a E p i s c o p a l . O m i n i s t r o S o u s a V i e i r a , e m n o m ed e t o d o o G o v e r n o e d o C o m i t e C e n t r a l d o P a r t i d o ,p e r o r o u p o r m a i s d e d u a s h o r a s . p r o c u r a n d o d e -m o n s t r a r p o r a m a i s b , q u e a l g r e j a f o i i n i m i g a d oP o v o m o c a m b r c a n o d e s d e o s i n i c r o s d o p e r l o d oc o l o n i a l , q u e o f o i i g u a l m e n t e d u r a n t e a g u e r r a d ei i b e r t a c a o e q u e c o n t i n u o u ( e c o n t i n u a ) a s e - l oa p o s a I n d e p e n d e n c i a . P a r a t i r a r a s e g u i n t e c o n -c l u s a o : A l g r e j a . i n i m i g a d o P o v o , r e a c c i o n 6 r i a ea l i a d a a o i m p e r i a l i s m o i n t e r n a c i o n a l , n a o t e m d i -r e i t o a l i b e r d a d e . A p a r t i r d a q u i e f a c i l p r e v e r aq u e c o n c l u s O e s c h e g a r i a , S o u s a V i e i r a , d i v i d i u - a se m 7 p o n t o s q u e e u v o u p r o c u r a r r e s u m i r . P o d e r a sC e s t a m a n e i r a f i c a r c o m u m a i d e i a d e d e s g r a c a q u et r A d e s a b a r s o b r e a l g r e j a m o c a m b i c a n a .

C E N S U R A , A B O L T q A O D E A S S O C T A q o E SR E L I G I O S A S E D I F I C U L D A D E S

N O R E C R U T A M E N T O D A S V O C A Q o T S

1 . - l m p r e n s a . F i c a r a t o t a l m e n t e s o b r e c o n -t r o l o d o P a r t i d o o u d o E s t a d o . O u a l q u e r p u b l i c a q a oe c l e s i a s t i c a i m p r e s s a o u c i c l o s t i l a d a t e r a d e s es u b m e t e r a c e n s u r a o f i c i a l . O u a l q u e r i m p o r t a c S o .g r a t u i t a m e s m o , d e l i v r o s e r e v r s t a s t e r a d e s ef a z e r s o b o s a u s p i c i o s d a s e s t r u t u r a s g o v e r n a m e n -t a i s c o m p e t e n t e s . T u d o i s t o p a r a a j u d a r a l g r e j a ai i v r a r - s e d a p e c h a d o r e a c c i o n a r i s r n o p r i m i t i v o q u ea a f o g a . .

2 - A s s o c i a c 6 e s r e l i g i o s a s . F i c a m c o m p l e -t a m e n t e a b o l i d a s D a q u i p a r a a f r e n t e p o n t i f i c a r a oa s a s s o c i a c o e s e s t a t a i s d o g e n e r o d a O J . M . O r g a -n i z a c a o d a J u v e n t u d e M o c a m b i c a n a ) o u d a O . M . M .( O r g a n i z a c l o d a M u l h e r M o c a m b i c a n a ) . P r o i b i d a sr g u a l m e n t e q u a i s q u e r r e u n i o e s e c u m e n r c a s .

3 - V o c a c 6 e s . A e n t r a d a n a v i d a r e l i g i o s a, l u n o s s e m i n a r i o s f i c a s u b o r d i n a d a a s s e g u i n t e s. - o n c i i c o e s : u m r n f n i m o d e 1 B a n o s ; t e r c u m p r i d or s e r v i c o r r i i i t a r ; t e r c o n c l u i d o p e l o n r e n o s a 9 u- ' i a s s e d e e s c o l a r i c j a d e , a p o s o q u e t e r a d e s e r v i rr E s t a c j o d r - r r a n t e o s a n o s q u e e s t e a c h a r c o n v e -r r e n t e s . . , a f i m d e s e c o m p e n s a r e r n a s c j e s p e s a s .' ' . 4 a i s . a s b o l s a s c i e e s t u d o , n o P a i s o u n o e s t r a n -i e i r o , t e r a o c i e e s t a r d e a c o r d o c o m o s i n i e r e s s e sr r o r i t a r r o s d o E s t a d o .

VITORIAS DIPLOMATICAS DA FUNIOPROJECTO DE CONSTTTT.jTQAO POLITTCA

O projecto de Constituiqno Politica da Repir-blica de Mogambique,, elaborado por um grupo dejuristas da FUMO, foi ia traduzido em ingl€s.Este projecto ser6 muito brevemente publicado,nas linguas portuguesa e inglesa, sob os auspiciosde uma famosa L]niversidade americana.

NATURAIS E EX.RESIDENTESDE MOQAMBIQUE EM PORTUGAL

Centena e meia de naturais e ex-residentes deMogambique, reuniram-se em Lisboa em 12 deJaneiro. Para'al6m da oportunidade de convivio,decidiram constituir-se em delegagio da AI\ERM,associagio de mogambicanos i6 constituida e comsede em Braga. Os seus objectivos principais s5o oconvivio e a inter-ajuda, as pr6ticas desportivas,culturais, recreativas e outras realizagdes de inte-resse social.

Nio foi excluida a eventual intervengio po-

A FUMO considera do maior interesse para auniEo de todos os mogambicanos no exilio a ade-sio generalizada d Ar\ERI!I. Virios dos seus mili-tantes e simpatizantes participaram na reuni6o,assim como o Presidente Dr. Domingos Arouca,,que., embora chegando j6 no final dos trabalhos,foi recebido com espontinea e calorosa aclama-gio e saudado amistosamente pela maioria dospresentes.

C O N F I S C O D E A J U D A S I N T E R N A C I O N A I SE p R O T B T Q A O D E A C T T V T D A D E R E L t c t O S A

4 . - A c g 6 o S o c i a l . A l g r e l a d e v e c a n a l i z a rq u a i s q u e r a J u d a s d e o r g a n i s m o s i n t e r n a c i o n a i s p a r aa s e s t r u t u r a s g o v e r n a m e n t a r s c o m p e t e n t e s , d a d oq u e s o e s t a s c o n h e c e m a s r e a r s n e c e s s i d a d e s d oP a l s . D e s t a m a n e i r a s e e v i t a r a o - ( ( n o j e n t o > p r o s e -l i t i s m o r e l i g i o s o , c o m b a s e n a o f e r t a

'

5 . - A c t i v i d a d e R e l i g i o s a . F i c a r a t o t a l m e n t ec i r c u n s c r i t a a o s l o c a i s d e c u l t o q u e s e r 6 o e x p l i -c i t a d o s p e l o E s t a d o . R e z a r , e n s i n a r a c a t e q u e s e ,a d m i n i s t r a r o S s a c r a m e n t o s , s o n e s s e s l o c a i s . O u a l -f l l l A r r n a n i f o c f ; 1 n i n ' n l i ^ i ^ - ^ f n . . r l a l o c A + e. r v v , , , , u , , , , - - r - c i l L ) r g l l g l o s a , l u t d u e t e s , e t g r m l n a n -t e m e n t e p r o i b i d a e , n a t u r a l r n e n t e , s u j e i t a a s a n -c o e s . C o n s t i t u i c r i m e d e l e s a r n a l e s t a d e q u a l q u e rs i n t o m a d e ( ( o b s c u r a n t i s m o , n a s a l d e i a s c o m u n a i s .n a s z o n a s l i b e r t a d a s , n a s u n i d a d e s e s c o l a r e s , c e n -t r o s d e f o r r n a c 6 o e p r o m o c a o , o u n o s q u a r t e i s .

T o d o s o s l u g a r e s d e c u l t o , a p a r t i r d e a g o r a ,p a s s a m a s e r c o n s i d e r a d o s p a t r i m o n i o n a c i o -n a l ; o E s t a d o , a o m e n o s p o r e n q u a n t o , e n t r e g a - o sa a d m i n i s t r a c a o d a l g r - e r a , o q u e n 5 o i m p e d e q u ee s t e o u a q u e l e , p o r n t o t i v o s h i s t o r i c o s o r v a l o ra r t l s t i c o v e n h a a s e r i r a n s ; , r n t a i , ] 3 - r r t l , . , : , _ r S o uc o n s i d e r a c l c s n t o n u m e n t o s i t a c i _ r - a l s . R a z a c i c j e s t a sm e d i d a s c r r a s t i c a s : < n i o s i c ' ' . , _ : S : S - 3 S f j , : j . . Sf r u t o d o s a n g u e d o p o v o f r r o c a r l o i c a n o ? r >

6 . - E n t r a d a d e p e s s o a l m i s s i o n 6 r i o . P o rs i n 5 o e s t a p r o i o i d a T e r - s e - a d e c o n t a c t a r c o m o sr n i n i s t e r i o s l i g a d o s a e m i g r a c S o . E v i d e n t e m e n t e q u e ,n a a c e i t a c a o c j e e s t r a n g e i r o s , h a q u e a t e n d e r a l e id a s p r i o r r d a d e s : p r i r n e i r o , e n s i n o ; s e q u n d o , a s s i s -

1 1

l",ili'';i3'il!?;,,131",,i;, )?;? "#,,?,i,irl,",Y'l NOTICIAS DO GH|MOIOM I N I S T E R I O D O S C U L T O S S O V I E T I C O S

J a f o i c r i a d o u m o r g a n i s m o o f i c i a l , u m a e s p e c i ed e M i n i s t e r i o d o s C u l t o s s o v i e t i c o , q u e t e r 6 p o re n c a r g o v e l a r p e l a < c o r r e c t a > r v i v e n c i a d a v i d a c r i s t ao u r e l i g i o s a e m M o q a m b i q u e .

lgnoro se es tas (no rmas p rS t i cas ) s5o ex tens ivasa s d e m a i s l g r e j a s e r e l i g i o e s . S o s e i q u e e s t a s f o r a ma p r e s e n t a d a s p e l o G o v e r n o a C o n f e r e n c i a E p i s -c o p a l . E s p e r a - s e , a t o d o o m o m e n t o , a p u b l i c a c a oo f i c i a l d a s ( n o r m a s ) . D i r - s e - i a q u e M o c a m b i q u e ,n o v i g o n o m u n d o s o c i a l i s t a , v o l t a a o s < b o n s t e m -pos> . da e ra es ta l i n i s ta .

E c o n s c i e n t e d o c a r 6 c t e r d i v i n o d a l g r e j a , q u eme deu para comparar o Governo mocambicanoa q u e l e v e l h o r a c i o n a l i s t a d o s e c . X I X q u e s e d i z i ac a p a z d e a p a g a r a s e s t r e l a s c o m u m a p a g a d o r d esacr i s tSo perne ta ) .

VIOLAQAO DE MENORES NO HOSPITALDE VILA PERY

Durante o m6s de Novembro p.p.r algo de horrendose passou no Hospital desta cidade. Nlenores com idadesentre os 14115 anos que estavam internadas no Hospital,algumas na sala de reanimagio, queixaram-se aos m6dicosde dores na regiiio dos 6rg6os sexuais. Devidamente obser-vadas, verificou-se que tinham sido violentadas enquantodormiam sob efeitos de calmantes.

Descobertos os autores do hediondo atentado, enfer-meiros progressistas da Frelimo,, foram severa e selvatica-mente castigados por ordem do Governador Manuel Ant6-nio, num acto que fez esquecer de longe os m6todos daPIDE. Tal severidade provocou a ira das populag6es, dese-josa de justiga mas nio desta forma, fazendo com que ocobarde l\{anuel Ant6nio niio comparecesse a um comicioconvocado para discutir o caso! com receio de enfrentar aspoprrlagdes em revolta.

Saiu uma ordem para a policia, dizendo que quem forapanhado a falar nestes aconteciumentos deveri ser presoe condenado a 8 anos de prisio.

PRISAO DE PROFESSORES

Nos recentes exames da 4.' classe, uma das perguntaspolit icas do ponto era:

Quem matou Eduardo Mondlane?Por unanimidade e para surpresa geral os alunos res-

ponderam:Foi o presidente Samora Mois6s i l lachel por ambigio

do poder.Parece anedota mas 6 verdade, a comprovi-la estio as

posteriores pris6es dos prolessores acusados de teremensinado os alunos a responderem daquela forma.

A contestagio contra a ditadrrra da Frelimo generali-za-se e estende-se a todas as camadas do povo. A sementeda revolta contra a mentira e prepotdncias nasce na nossajuventude, suporte da nossa luta e certeza de continrridadefutura.

QUADROS DA FRELIMO

Quando da transformaglo da Frelimo em Partido, de-ram-se ao luxo de querer seleccionar os militantes de 6lite.Contudo, f inda a euloria inicial e depois do apuramentodo saldo, deram pela verdade. de que os tais bons nlo che-gavam para encher a mesa de honra

Ent6o comegaram a recnrtar de empresa em empresa,de repartigio em repartigio. voluntirios obrigat6rios pres-sionando os elementos rnais competentes com ameagas echantagens, t io ao sabor dos sociais-fascistas. de que se niose increvessem como militantes perderiam os cargos.

Perante esta suja realidade. muitos tiveram de aderire quem se manteve neutro e firme ao lado do povo sacri-f icado, nio desejanclo comprometer-se com os opressores.to i mesmo para a rua ou para os campos de reeducagi io 'Ie ia-se concentraglo.

VIVA A CONSOLIDAQAO DAS ZONAS LIBERTADASNING{.JEII,I CALARA A VOZ DO POVO OPRI}IIDO

Vi la Perv. Dezenrhro de 1978

MAIS EXECUCOESEM MOQAMBIOUE

O t r i b u n a l r e v o l u c i o n 6 r i o d e M o -g a m b i q u e a n u n c i o u m a i s d e z c o n d e n a -g 6 e s e m o r t e p o r f u z i l a m e n t o : q u a t r or o d e s i a n o s e s e i s m o c a m b i c a n o s . O t r i -b u n a l , c r i a d o e m 2 9 d e M a r g o , d i v u l g o uh a v e r p r o n u n c i a d o a q u e l a s d e z c o n d e -n a c 6 e s , a p o s j u l g a m e n t o e f e c t u a d o e m4 e 5 d o c o r r e n t e . A l e i q u e c r i o u e s t et r i b u n a l e s t i p u l a q u e n 6 o h a r e c u r s odas sen tengas e que as mesmas devemser execu tadas den t ro de um per iodod e c i n c o d i a s . A s s i m , o s d e z c o n d e n a d o sj e d e v e m t e r s i d o f u z i l a d o s . O s r 6 u s eos c r imes de que f o ram cons ideradosc u l p a d o s s i o o s s e q u i n t e s : R o b v J o a -q u i m P e r e i r a , d e 2 8 a n o s , n a t u r a l d eM a p u t o , m e r c e n a r i s m o e a g i t a c d o ; A r -m a n d o M a p o s s e , d e 4 1 , G a z a , a l t a t r a i -g 5 o e m e r c e n a r i s m o ; F r a n k C h i l e n g u e .d e 2 1 , d a R o d 6 s i a , m e r c e n a r i s m o e e s -p i o n a g e m ; N i m i r o d e G e n a , d e 2 4 , d aR o d 6 s i a , e s p i o n a g e m ; J o s e p h M a p o s s e ,d e 3 6 , d e M a n i c a , e s p i o n a g e m ; L i C h u e m ,d e 2 5 , d e G a z a , e s p i o n a g e m ; C o n j a n eF r a n c i s c o Z i n o t e n g a , d e 2 0 , d e S o f a l a .a f t a t r a i c S o , N a m o M a c o p e , d e 2 0 , d aR o d 6 s i a , e s p i o n a g e m ; C h a b r e q u e S i -t h o l e , d e 3 4 , d a R o d 6 s i a , e s p i o n a g e m ,R e c o r d a - s e q u e o p r i m e i r o j u l g a m e n t op o r a q u e l e t r i b u n a l f o i e f e c t u a d o e m3 0 e 3 1 d e M a r c o p a s s a d o t e n d o t e r m i -n a d o p e l a c o n d e u L c S o a m o r t e e i m e -d i a t o ' t u z i l a m e n t o d e u m p o r t u g u 6 s , d o i sr o d e s i a n o s e s e t e m o c a m b i c a n o s . A e x e -c u c S o d o c i d a d A o p o r t u g u 6 s R u i M a -n u e l N u n e s d a S i l v a . s e r n q u e a s a u t o r i -d a d e s c l i p l o m 6 t i c a s o u c o n s u l a r e s p o r -t u g u e s a s e m M a p u t o t i v e s s e m t e m p od e l h e f a c u l t a r q u a l q u e r a s s i s t 6 n c i a o r i -

. g i n o u u f f r e n 6 r g i c o p r o t e s t o d o G o v e r n oC e L i s b o a .

12

ZACARI,'15 /Of,A.\'tr

A LINGUAGEM DAS ARMASE A LEGITIMA9AO DA VIOTENGTA

A o f i m d e m a i s d e q u a t r o a n o s d e d o m i n i osov ie t i co os pa lses a f r i canos de expressSopor tuguesa , exerc ido por in te rpos tos agen tese s t r a n g e i r o s , c o m e g a m a s u r g i r t o m a d a s d ep o s i g S o e a b e r t u r a s a r e a l i d a d e i n e l u d i v e l :esses pa ises n6o podem progred i r , nem se-q u e r v i v e r e m r e g i m e d e e s t a g n a g S o , e n q u a n t ofo rem pas to de rap ina dos invasores e dosq u e , n a s c i d o s e m b o r a n e s s e s t e r r i t 6 r i o s , n d opassam de mandare tes dos in te resses in te r -nac iona is que se rvem, man i fes tamente es t ra -n h o s a o b e m - e s t a r d o s p o v o s q u e g o v e r n a m .

N o c a s o d e A n g o l a , e o p o l i t i c o n o r t e - a m e -r i c a n o H e n r y K i s s i n g e r q u e a f i r m a : t < T e mg r a n d e i m p o r t d n c i a o f a c t o d e u m p e q u e n oe s t a d o d a s C a r a i b a s , c o m o C u b a , e n v i a r f o r -g a s e x p e d i c i o n S r i a s a t o d o o m u n d o p a r ac o m b a t e r a i n f l u O n c i a o c i d e n t a l . N 5 o p o d e -m o s c o n t i n u a r a a c e i t 6 - l o , p o i s 6 i n c o m p a t i v e lc o m a e x i s t 0 n c i a p a c i f i c a . A a c c 6 o c u b a n at e m d e s e r t r a v a d a > .

O s c a m i n h o s f n v i o s d o r a c i o c f n i o p l a s m a d od o s n o r t e - a m e r i c a n o s t e m n e s t a s p a l a v r a sum expoen te ca rac te r f s t i co : tudo reduzem ec o e x i s t 6 n c i a p a c i f i c a o u e q u i l i b r i o d e f o r g a s ,q u a n d o p r e t e n d e m o p o r - s e a o e x p a n s i o n i s m os o v i 6 t i c o ; q u a n d o p r o c u r a m o e n f r a q u e c i -m e n t o d o s s e u s p a r c e i r o s e v e l h o s a l i a d o s ,a q u e m a t r a i c o a m a c a d a i n s t a n t e , i n v o c a m od i r e i t o d o s p o v o s d i s p o r e m d e s i p 1 6 p r i o s o ua v i o l a c S o d o s d i r e i t o s h u m a n o s -

E s t a p r 6 t i c a p o r p a r t e d a a i n d a m a i s p o -d e r o s a n a c S o d o m u n d o t e m t r a z i d o s a c r i f i c i od e v i d a s e m t e r m o s a s t r o n o m i c o s q u e e mn a d a f i c a m a d e v e r a o s m o r t i c i n i o s d a s a n -t e r i o r e s g u e r r a s m u n d i a i s . S o q u e , d e s t a v e z ,a s v i t i m a s e s t S o b e m l o n g e d a c o m u n i d a d ea m e r i c a n a . S 5 o e u r o p e u s , a f r i c a n o s , l i b a n e s e se a s i a t i c o s .

A i n d a h e t e m p o s , c o m u m a h i p o c r i s i a s a -c r i s t a , C a r t e r a f i r m a v a , a c e r c a d a R o d e s i a ,q u e n 5 o t i n h a s i d o e l e q u e m c r i a r a a s i t u a c S oe x p l o s i v a q u e s e v i v e n a q u e l e p a i s . O u e m f o ie n t S o ? O u e m a r m o u a s g u e r r i l h a s ? O , u e m a ss u s t e n t a ? O u e m o b s t a a q u e , e m t o d o o s u ld a A f r i c a , o s n a c i o n a l i s t a s n 5 o c o m u n i s t a se s t e j a m i m p e d i d o s d e s e o r g a n i z a r , c o r t a n -c l o - l t r e s t o d o o a p o i o e a m e a c a n d o - o s a t e d a sr n a i s g r a v e s r e p r e s 6 l i a s ? O - u e m p e r m i t i u e a t ei o m e n t o u a d e s e s t a b i l i z a c S o d a q u e l a p a r t e: le l \ f r i ca? O,uenr abanc lonou o Govern 'o def - i s b o a , n e g a n d o - l h e t o d a a a j u d a q u e e n t 6 or r n p l o r a v a p a r a , d e n t r o d o p o s s i v e l , e v i t a r q u eM o c a n r b i q u e e A n g o l a c a i s s e m n o d o m i n i o d e, V l o s c o v o , c o m o e r a p r o p o s i t o d o s e l e m e n t o sl o r - r r u n i s t a s i n f i l t r a d o s n o a p a r e l h o d e E s t a d o

q u e e n t 6 o s e a p o s s a r a d o g o v e r n o p o r t u g u 6 s ?O u e m a t r a i c o o u a s t r o p a s s u l - a f r i c a n a s e mA n g o l a , t e n d o p r e s u a d i d o p r i m e i r o o g o v e r n os u l - a f r i c a n o a i n v a d i r a q u e l e p a i s p a r a v a r r e ro s c u b a n o s e p e r m i t i r e l e i g 6 e s l i v r e s e d e p o i sl h e s i m p 6 s a r e t i r a d a ? O u e m a d o p t o u o c a -m i n h o d a g u e r r i l h a c o n t r a P o r t u g a l , q u a n d op o d i a , p o r m e i o s d i p l o m 6 t i c o s , l e v a r o g o -v e r n o d e s t e p a ( s a d a r a i n d e p e n d 6 n c i a a o ss e u s t e r r i t o r i o s u l t r a m a r i n o s e m t e r m o s h o n -r o s o s e s e m p r o v o c a r o c o l a p s o q u e d e p o i ss u r g i u ?

Q u a n d o a s f o r c a s a m a n t e s d a l i b e r d a d e d eA n g o l a e M o c a m b i q u e s o l i c i t a m a a j u d a d o sp a i s e s q u e s e e n c a r n i c a m p e l a d e f e s a d o sd i r e i t o s d o H o m e m e p e l a n 6 o i n t e r f e r O n c i ad o s E s t a d o s n a v i d a p o l i t i c a d e o u t r o s p a i s e ssoberanos , a respos ta que agora se recebe 6s e m p r e a m e s m a : ( p e g u e m e m a r m a s e l u -t e m > , < < v 5 o p a r a a f r e n t e d e c o m b a t e > . E , a f i -n a l , a p r o c l a m a c S o e o i n c i t a m e n t o d l i n g u a -d a s a r m a s , a l e g i t i m a c 6 o d a v i o l 6 n c i a . l s t oq u a n d o h a o u t r a s f o r m a s d e a j u d a s e m s e rnecess5r io o recurso a mor te .

E m P o r t u g a l , o e q u i v o c o 6 o m e s m o . P r e -t e n d e - s e d i a l o g a r e c o l a b o r a r c o m o s g o v e r n o sd e s t r u i d o r e s d e A n g o l a e M o c a m b i q u e . D i a -l o g o i n u t i l e c o l a b o r a c S o i m p o s s i v e l . O m o -m e n t o e d e l u t a . O s c o m u n i s t a s s o a c e i t a mm e i o s d e p a z c o m o i n s t r u m e n t o d e g u e r r a .O p r o g r a m a 6 i n f i l t r a r , d e s t r u r , a n i q u i l a r .

U s a r l i n g u a g e m d i f e r e n t e 6 c a p i t u l a r .N o c a s o e s p e c i a l d a n o s s a t e r r a m o c a m b i -

c a n a , c a d a v e z m a i s P o r t u g a l s e v a i d i s t a n -c i a n d o d a s g e r a c 6 e s e g e r a c 6 e s d a c o m u n h S od e s e n t i m e n t o s , d o p r o g r e s s o e d a c u l t u r aq u e c o m s a c r i f i c i o s d e s 6 c u l o s s e c o n s e g u i u .A s p o p u l a c d e s s e n t e m o a b a n d o n o a q u e o ss e u s i r m S o s p o r t u g u e s e s a s t e m v o t a d o , d e i -x a n d o - a s n o m a i o r s o f r i m e n t o .

S e P o r t u g a l 6 d e n o v o s e n h o r d o s s e u sd e s t i n o s e d a s u a v o n t a d e n a c i o n a l n 6 s , m o -g a m b i c a n o s , p o d e m o s p e r g u n t a r : < < P o r q u 6 ,v e l h o e q u e r i d o i r m S o ? P o r q u e e s t e d e s i n -t e r e s s e , e s t a r e n f n c i a a v i d a c o m u m ? >

E o p o v o p o r t u g u 6 s q u e t e r 6 d e p r e s s i o n a ro s s e u s d i r i g e n t e s p o l i t i c o s p a r a q u e t e n t e ma i n d a s a l v a r o s l a c o s d e i d e n t i d a d e e n t r e a sd u a s n a c 6 e s .

l m p o e - s e q u e s e j a m o s n o m u n d o u m a o : e -s e n c a i d e o l 6 9 i c a , e c o n 6 r : ' ; r : a , : c t ; i z , i e ; c , l i ; . : ar e l e v a n t e . S e n 6 o n d o v a l e u a a p e n a c i n c os e c u l o s c l e v i d a d e b r a c o s d a d o s n o m e s m oe s f o r c o d e t r a b a l h o p a r a ' f a z e r u m p a i s l i v r e .

Fabiao Chiconela

13

RECON HECIM ENTO OFICIALDA FUMO NOS EUA

Foi aceite pelas autoridades americanas o re-gisto oficial da FLJNIO, ao abrigo da <ForeignAgent Registration Actr>r gu€r a partir de 'agora,

adquire o direito de manter uma Ag€ncia de Propa-ganda Polit ica em New York. Do facto foi dada adevida publicidade no jornal <<Legal Timesr deWashington, na sua edigdo de 10 de Setembrode 1978, nomeando como representantes legais oProfessor Albert P. Blaustein (da Faculdade deDireito da Rutgers Univerity)

" o Dr. Artur Vilan-

culos, tamtr6m professor universit6rio em NovaIorque, antigo militante da Frelimo, natural deInhambanei os objectivos principais consistem emobter o reconhecimento e divulgaglo dos objecti-vos politicos da FUMO.

NOS,OVIETNAMEOHEGEMONISMO SOVIETICO

C o m o s e m p r e . a m 6 q u i n a d a p r o p a g a n d a s o -v i e t i c a , d e c a l c a d a d o o r i g i n a l n a z i q u e s e a c o b e r t as o b a b a n d e i r a d a R e p u b l i c a D e m o c r 5 t i c a A l e m 5 ,p r o c u r a i n v e r t e r , n o s a r e o p a g o s i n t e r n a c i o n a i s , ac n m i n o s a i n v a s a o d o C a m b o j a p e l o V i e t n a m- ( A C u b a A s i a t it a g a o . .

N o s , m o c a m b i c a n o s , s e n t i m o s n a n o s s a a l m ae c a r n e o q u e q u e r d i z e r < < l i b e r t a c a o > s o v i e t i c a , t a lc o m o f o i t a m b e m a p l i c a d a e m A n g o l a , E t i o p i a ,A f e g a n i s t a o . l e m e n d o S u l e n o u t r a s z o n a s d og l o b o , a t r a v e s d a m e r c e n 6 r i a C u b a .

S e j a m o s c l a r o s : o s a r g u m e n t o s d a A l e m a n h ah i t l e r i a n a , i n v o c a d o s c o m o j u s t i f i c a c a o p a r a a d e -f e s a d a s m i n o r i a s a l e m a s e m v d r i o s o a f s e s e u r o -p e u s , s a o g e m e o s d o s q u e a R u s s i a a p r e g o aq u a n t o a < < l i b e r t a c a o > d o s p o v o s a f r i c a n o s . P o ri s s o , s a u d a m o s a d e c i s a o d a v e l h a e s 6 b i a C H I N A .a o o p o r - s e a o t r i u n f a l i s m o m o s c o v i t a , a g o r a , n oE x t r e m o O r i e n t e , e a o a c u s a r a R u s s i a c o m o f a u -t o r a d e u m e x p a n s i o n i s m o a g r e s s i v o e c r i m i n o s o ,s o b a b a n d e i r a d o i n t e r n a c i o n a l i s m o p o l ( t i c o , c u j of i m e a c o n q u i s t a e o d o m i n i o d o s p o v o s d o n o s s op l a n e t a , e s s e n c i a d o h e g e m o n i s m o p o l i t i c o s o c i a l -- f a s c i s t a , i r m i o g e m e o d o a r i a n i s m o h i t l e r i a n o .

A F R E N T E U N I D A D E M O C R A T I C A D E M O .C A M B I O U E - ( F U M O ) - h e r d e i r a h i s t o r i c a d al u t a d e l i b e r t a c a o i n i c i a d a p o r E D U A R D O M O N -D L A N E , s a u d a a a t i t u d e c o r a j o s a d a R e p u b l i c aP o p u l a r d a C h i n a e a p o i a a o p i n i S o d o M u n d oL i v r e q u e c o n d e n a a a g r e s s S o e o c u p a c S o d oC a n r b o l a p e l o V i e t n a m , s o b i n s t i g a g a o s o v i e t i c a .

A o c o n t r d r i o d a F R E L I M O - g o v e r n o f a n t o -c h e a o s e r v i c o o o s o c i a l - f a s c i s m o - a F U M Oa f i r r n a q u e a l i c a o d a d a p e l a C H I N A a o p r o v o -c a c j o r V I E T N A M , s e r v e a e s p e r a n c a d a l i b e r t a c S od o s p o v o s q u e , n o m u n d o , s a o c o i o n i a s r u s s a s ,e a r n d a a c e n e z a d e q u e s e i n i c i o u a c o n t a g e mr e g r e s s i v a p a r a a d e r r o c a d a f i n a l d o h e g e m o n t s m om o s c o v t t a , e c o m e s t a a l i b e r t a c a o d a p a t r i a q u e -r i d a i r e i \ l c c a r n b i q u e , p o r a g o r a e s c r a v i z a d a p e l ad r t a c j r ; r a e p e n a d e m o r t e d o f a n t o c h e M a c h e l .

1 4

BILHETES DE VISITA

D e v i s r t a , s i m s e n h o r e s , p o i s q u e n 5 o s o u d ac a s a . E n a o s o u i n t r u s o . o u t r o s s i m . p a r a a q u i f u rc o n v i d a d o p o r e s t i m a v e i s A m i g o s q u e t e n h c n aF U M O . a q u a l n a o p e r t e n c o m a s q u e m e m e r e c ea n a t u r a l s i m p a t i a q u e , c o s t u m a d a m e n t e , v o t o d scaus .as jus tas .

E d e b o m g r a d o q u e a c e i t o e s c r e v e r n e s t e< b o l e t i m i n f o r m a t i v o > . n o m e m o d e s t o . a m e u v e r .P o r q u e j a e q u a s e u m a < r e v i s t a > . p o u c o l h e f a l t a .

N 5 o s o u m o g a m b i c a n o ; m a s e s t o u l i g a d o aM o g a m b i q u e p e l o s v i n t e a n o s q u e l a v i v i a t r a b a -l h a r e , a l e m d i s s o , n a s c e r a m - m e t r e s n e t o s , e mL o u r e n g o M a r q u e s .

N a s c i n o C o n t i n e n t e , t e n h o a P 6 r t r i a q u e t e n h o .O u e , p o r s i n a l , e s t 5 a c t u a l m e n t e m u i t o p o r b a i x o ;m a s i s s o 6 a s s u n t o d o m e s t i c o . h a v e m o s n o s d er e s o l v e - l o . . .

O u e m p r e c i s a d e P a t r i a s a o o s m o c a m b i c a n o s .t a n t o o s q u e a n d a m d i s p e r s o s p o r e s s e m u n d o d ec r i s t o , c o m o o s q u e f i c a r a m e p e r m a n e c e m n a -q u e l e g r a n d e P a i s , e m e r c e d o P a r t i d o U n i c o q u ef i n g e g o v e r n 6 - l o , e e n t r e t a n t o s e g o v e r n a , a c u s t ad a m i s 6 r i a d o o o v o .

Por i sso , es tou com a FU M O. Coeren te -m e n t e , 1 i t q u e t a m b e m l u t e i p o r i d e a i s d e f u n d a -m e n t o i g u a l a o s s e u s . U m a N a g 6 o r e a l m e n t e i n d e -penden te , pa ra negros e b rancos . pa ra todos osq u e a l i l a b u t a m e v i v e m . C o m u m G o v e r n o e l e i t op e l o P O V O , s e m t r a p a c a s , s e m b a t o t a , s e m a r t i -m a n h a s . T o d o s d e m a o s d a d a s . p a r a u m a P 6 t r i aN o v a .

Ser ia essa a so lucao Cor rec ta , a un ica ve rda-d e i r a m e n t e h u m a n a , o a r a e n f r e n t a r u m a s i t u a c a oq u e . a f i n a l n e m e r a p r o b l e m a .

- M a s n a o : p o r q u e l o g o s u r g i u d o e s t e r c o u mg r u p e l h o b r a n c o q u e - d e b a n d e l a - d e u o p o d e ra u m o u t r o g r u p e l h o p r e t o . A m b o s s e m q u a l q u e rr e p r e s e n t a t i v i d a d e , q u e n a o a a m b i c a o e o o p o r -t u n i s m o , n u m a ( m e s a r e d o n d a > , a l g u r e s , n u m aL u s a k a q u e p a r a o c a s o n 5 o e r a c h a m a d a .

E , d e p r o n t o , a p a r e c e o p a d r i n h o m o s c o v i t a ,a d a r a b e n c a o a o c a r d u m e T u d o f e i t o n a sc o s t a s d o s m o c a m b i c a n o s e d o s p o r i u g u e s e s , t u d oa o o i a d o n a s G 3 e n a s K a l a s h - N i k o v d o a s o u e r o s oc o n l u i o .

E n t r e t a n t o , h o j e j e n i n g u 6 m a c r e d i t a q u e t a lc o i s a f o s s e < d e b a n d e j a > , d e g r a c a . M u i t o d e a q u i l oc o m q u e s e c o m p r a m o s m e l o e s . e s t a r S a b o mreca to nos Bancos da Su iga , respe i tave l o rgan tza -g e o b a n c a r i a q u e s e e n c a r r e g a d e a f e r r o l h a r d i -n h e i r o d e l a d r o e s , c o m o 6 s a b i d o .

P a s s o - a - p a s s o , t r o p e c a a q u i o u e s c o r r e g a a l l ,M o c a m b i q u e u d a d o d e d o n o , p a r a p i o r -r z . a i _ q p d o n r a d ^ ^ , { ^ ^ ^- a n o o s e m p a r a g e m , n a s u n n a s o ai n c o m p e t e n c i a e d o d e s p u d o r d e u m b a n d o , d ei n s t i n t o s p r i m 5 r i o s

[ " l a , e s t a t i c a m e n t e p r e s i d i d o p o r u m c r e t i n oq u a s e a n a l f a b e t o , o q u e n a o e o p i o r q u e p o d ea c o n t e c e r . . .

O p i o r ( d a s o i o r i a s ) r e s r d e n o f a c t o d e o t u l a n os e r u m A e s n e r ^ i p r - l e l p n n a r d o e s f o m e a d o p f r r n i d nu v r v r I r u v u y v u r v v v r v v Y u r v v I r v u v v v I v v r v v

d a j a u l a .D e v e s e r l i n d o , d e s p o l a d o d a p e l e n a t u r a l e

v e s t i d o p e l o a l f a i a r e p a r i s i e n s e d o n d e g a s t a . .

Manuel Laurentlno

Goluna do Refugiado

rrO PARAISO DO JAMORn< < V a l e d o J a m o r > - O u i n t a d o B a l t e i r o

M u i t o s e t e m d i t o e e s c r i t o s o b r e e s t e C A M P OD E R E F U G I A D O S ; m u i t o f a l t a a i n d a a c r e s c e n t a r .C a d a d i a h a m a i s u m p o u c o p a r a s a b e r a c e r c a d e s s ea g l o m e r a d o p o p u l a c i o n a l e d a s c o n d i c o e s e m q u es 5 o o b r i g a d o s a v i v e r , p o r i m p o s i c a o d o G O L P ED E E S T A D O F L O R I D O

O U I N T A D O B A L T E I R O , o c u l t o p e l a f o l h a g e md o s e u c a l i p t o s - p l a n t a d o s n a e n c o s t a q u e d 6 d eL I N D A - A - V E L H A p a r a o V A L E D O J A M O R -p a r e c e q u e r e r e n c o b r i r a s m i s e r i a s i m p o s t a s p o rd e s i g n i o s o b s c u r o s , n a o s e s a b e b e m p o r O U E Me p a r a q u e F I N S .

( C A M P O D A M O R T E L E N T A ) . ( C E M I T E R I OD E V I V O S ) , n o m e s q u e j a v 5 o s e n d o d a d o s aO U I N T A D O B A L T E I R O .

O l o c a l q u e n o V e r S o p o d e s e r a m e n o . n o I n -v e r n o e u m l a m a c a l . A s 6 9 u a s p l u v i a i s , d e s c e m e n -c o s t a a b a i x o . d e s d e L I N D A - A - V E L H A , p r e c i p i t a n -d o - s e n o r i o J a m o r , p a s s a n d o p e l o ( c a m p o ) )d e i x a n d o u m l a m a c a l , c o m o e o b v i o .

P a r a t u r i s t a v e r a C r u z V e r m e l h a m a n d o u e s -p a l h a r b r i t a n a r u a p r i n c i p a l m a s a q u a n t i d a d e ei n s u f i c i e n t e . P o r e n t r e a s < b a r r a c a s > a l a m a e op a v i m e n t o .

N o ( c a m p o ) v i v e m c e r c a d e 6 0 f a m i l i a s t i m o -r e n s e s e 3 0 d e a n g o l a n o s . O s m o q a m b i c a n o s , s 5 oc e r c a d e 1 5 0 f a m i l i a s . N a m a i o r o a r t e . s 5 o i n d i -v iduos desenra izados e nao se adao tam a v i ve r emP o r t u g a l . A l i m e n t a m t o d o s e l e s a e s p e r a n c a d e u md i a r e g r e s s a r e m a s t e r r a s d e o r r g e m o u o n d e v i v i a m

F a c i l m e n t e t e m s i d o m a n o b r a d o s a o s i n t e r e s s e sp a r t i d a r i o s e m n i t i d o p r e j u i z o d e l e s p r o p r i o s , f o m e n -t a n d o a d i v i s S o c o n s t a n t e , e v i t a n d o a p o s s i v e l u n i a oq u e n a t u r a l m e n t e t r a d u z i r i a < P E R I G O ) p a r a o p o d e ri n s t a l a d o , a c o m e c a r p e l o s D e p a r t a m e n t o s e n c a r -r e g a d o s d e m i n o r a r e m ( ? ) a s c o n d i c o e s a q u ef o r a m l e v a d o s .

A s h a b i t a c o e s s a o < b a r r a c a s > d e m a d e i r a p r e n -c : . 1 e n f c r o r - i c l e q n o l : Q r r 6 r ^ i a o N l n r r r a - r A o nw u u u , v r v , v v , v u - 1 - v v v , u v r r v , u . . , ] U e p o n -

p o s a m e n t e c r i s m a r a m d e ( c a s a s ) .A s < b a r r a c a s > r o f e r e c i d a s p e l a S u e c i a . m e t e m

d g u a , p e l o q u e s e c o s t u m a c h a m a r d e t e l h a d o .H a f a m i l i a s q u e v r v e m n a m e s m a < b a r r a c a ) s e n d oa s d r v i s o e s , a q u e c h a m a m ( q u a r t o s ) , s e p a r a d a sp o r m a n t a s p e n d u r a d a s

A m a i o r p a r t e d a s < b a r r a c a s > n 6 o p o s s u e m u m an ' r e s a e c a d e i r a s . o o r q u e n a o h a e o o r f a l t a c i ee s p a c o .

A s c a n r a s s a o b e l i c h e s d o t i p o m i l i t a r , a c a d ap e s s o a f o i d i s t r i b u i d o u m c o l c h a o , d u a s m a n t a s o r -J r n a r i a s , ( a b r o a q u i u m p a r e n t e s i s p a r a s u b l i n h a rq u e d a S u e c i a , F l o l a r i d a , D i n a m a r c a e N o r u e g a ,v i e r a r n g r a n d e s q u a n t i d a d e s d e b o a s m a n t a s m a sq u e n e n h u m a s d e l a s v i e r a m p a r a o ( c a m p o ) ; a sn r a n t a s d o ( c a r n o o > s 6 o a s u t i l i z a d a s n a s c a m a r a t a sd a s p r i s o e s e n o s q u a r t e i s ) d o i s l e n g o i s , u m a a l m o -i a d a ' e

u m a f r o n h a N a o h 6 c o b e r t a s o u c o l c h a s .

P a r a c a d a b a r r a c a f o i d i s t r i b u f d o u m a q u e c e d o ra pe t ro leo . mas como n5o fo rnecem o combus t l ve l .o u t e n s ( l i o 6 s o a p a r a t o p a r a < t u r i s t a > v e r .

P a r a c a d a b a r r a c a f o i d i s t r i b u i d o t a m b 6 m u mj a r r o d e p l 6 s t i c o e u m a b a c i a d e p l i i s t i c o c o m q u eo s m o r a d o r e s c a r r e g a m a 5 g u a e f a z e m a s s u a sa b l u g o e s .

P a r a c a d a s e i s p e s s o a s e d i s t r i b u f d o p o r s e -m a n a : U m q u i l o d e s a b a o , t r 6 s r o l o s d e p a p e lh i g i e n i c o , d o i s p a c o t e s p e q u e n o s d e d e t e r g e n t ee m p o e m e i o l i t r o d e l e x f v i a .

As bar racas t0m luz , mas es ta mu i tas vezesf a l t a e , p o r v e z e s . p o r l o n g o s p e r f o d o s . A c r e s c e n -t a - s e q u e n a s b a r r a c a s q u e t e m l u z , f o r a m o s m o r a -d o r e s o b r i g a d o s a p a g a r a i n s t a l a g a o e l e c t r i c a ;m e s m o a s s i m , s o o p u d e r a m f a z e r m e d i a n t e u m ad e c l a r a c S o e s c r i t a q u e s e r i a m o b r i g a d o s a d e i x a ra i n s t a l a c a o i n t a c t a e o u t r o s b e n e f f c i o s n a b a r r a c a .s e m q u a l q u e r i n d e m n i z a c a o , p o r p a r t e d a C r u z V e r -m e l h a . C a d a i n s t a l a c a o o r c o u c e r c a d e d o i s c o n t o sq u e o s r e t o r n a d o s p a g a r a m , p a r a t e r e m l u z n ab a r r a c a , f r a c a p o i s a l u z e d e c o r r e n t e c o n t i n u a .

A a l i m e n t a g a o e d e p 6 s s i m a c o n f e c c a o . A s o p ae a b u n d a n t e m a s e m u i t o a g u a d a , o q u e e q u i v a l ea n i n g u t i m a c o m e r .

O p e q u e n o - a l m o c o c o n s i s t e n u m p a p o - s e c ob a r r a d o c o m m a r g a r i n a e u m p u c a r o c o m l e i t eo u c a f e .

O a l m o g o o u o j a n t a r e a ( s o p a d o c o s t u m e >e u m p r a t o e u m q u a r t o d e p a o e u m a m a q araq u i t i ca .

A c o n t e c e q u e a e s t a p a n o r a m i c a s e a c r e s c e n t ao < T E R R O R > p s i c o l o g i c o i n f l i g i d o n o d i a - a - d i a a o sd e s a l o j a d o s p o r p a r t e d o I A R N / C R U Z V E R M E L H A .H a a i n t e n s a o , P R E M E D I T A D A . d e m a n t e r o s d e -^ ^ l ^ ; ^ , - J ^ ^ ^ ^ r -s a r o J a o o s s o o I n s e g u r a n c a , n a o s o n o q u e r e s p e t t aa p a r c a a l i m e n t a c a o , m a s t a m b e m , a o m i s e r otecto.

A t a n t e - s e q u e , a s b a r r a c a s f o r a m o f e r e c i d a s ,p o r p a l s e s n o r d i c o s , p a r a o s d e s a l o j a d o s . F o r a r n o sd e s a l o j a d o s q u e a s m o n t a r a m , e n e l a s v i v e m e o sd e s a l o j a d o s a s j u l g a m s u a s . T o d a v i a , a C r u z V e r -m e l h a e o I A R N , n i o p e n s a m d a m e s m a m a n e i r a .D a i g u e o s s o l l c i t o s f u n c i o n 6 r i o s , p a r a m a n r e r o( E S P I R I T O D E T E R R O R ) v 5 o a m e a c a n d o . c o n s -+ ^ ^ + ^ M ^ ^ r n a n 't d n r u r n e n L e , d u t a n t a m p r a z o s a t e , p a r a a d e s o c u p a -g a o d o < c a m p o ) ) O s d e s a l o j a d o s , d e s t e m o d o . v a os e n i i n d c n o e s p i r i t o q u e o c a s e o r e t . i o e p a r ae l e s e n a o e d e l e s

? a r a o s d e s a l o j a d o s h a r o o t i l e r i n l , . i i i i o< S u b s i d i o d e l n t e g r a c a o > ( 2 5 c o n t o s ) , 3 0 c o n t o sp o r c a s a l .

A n o v a a m e a c a d a C r u z V e r m e l h a e q u e o s d e -s a l o l a d o s t e m d e s a i r d e q u a l q u e r m a n e i r a .O < c a m p o ) v a i f i c a r p a r a o s ( R E F U G I A D O S ) , d aO N U

1 5

A p e r g u n t a d o s d e s a l o j a d o s , - p a r a o n d ev 5 o ? - n a o r e s p o n d e m . D i z e m q u e i s s o 6 c o me l e s p r o p r i o s e , a c o n s e l h a m : R e c e b a m o s u b s f d i o ,e a u n i c a h i o o t e s e . . .

Ass im se faz e se tem fe i to , pa ra se l i v ra remd o s d e s a l o j a d o s e s e l i v r a r e m d e r e s p o n s a b i l i d a d e so s ( A L T O S ) ) D I G N A T A R I O S d o s G o v e r n o s q u et e m o s t i d o .

O s d e s a l o j a d o s j 6 f o r a m < d e v i d a m e n t e e s c l a r e -c i d o s > ( ? ) o u s a e m . a c e i t a n d o o s u b s f d i o o u e n t a o ,p a r a c o m e c a r . a a l i m e n t a g a o s e r - l h e s - 6 c o r t a d a ao a r t i r d e J a n e i r o .

E a s s i m q u e o s d e s a l o j a d o s v i v e m , u m a m b i e n t ed e < T E R R O R P S I C O L O G I C O ) ) c o n s t a n t e . d e m o l d ea e n f r a q u e c e r - l h e s a s r e s i s t 6 n c i a s p s i q u i c a s . f f s i c a se m o r a i s a t 6 . E n 5 o 6 s o . . . H 6 m a i s . - O u a n d oa l g u m d o e n t e n e c e s s i t a . a m b u l a n c i a , e s t a e m b o r av e l h i s s i m a , d i f i c i l m e n t e s e c o n s e g u e . C h e g a - s e a od e s p u d o r d e e x i g i r a o d o e n t e . q u e v 6 e l e p r o p r i o ,so l i c i ta r o t ranspor te .

E , se o doen te quase sem fo rcas o faz , l ogo ,a q u e l a s ( c a b e g a s > i n t e l i g e n t e m e n t e d i z e m < q u e n a oes tSo ass im t6o doen tes , v5o a p6> . <Ouem temp e r n a s p a r a v i r a q u i ( S e c r e t a r i a ) t a m b 6 m p o d e i ra p a n h a r o e l e c t r i c o o u o a u t o c a r r o > .

En fe rmar ia n5o ex is te ; : H5 um pseudo Pos tod e S o c o r r o s m a s , n e m u m a s i m p l e s a s p i r i n a t e m .5 6 t e m m e r c u r i o - c r o m o e a l g o d S o . O u e m p r e c i s a rd e u m p e n s o , i n j e c c a o o u a s p i r i n a . t e m q u e i r eO u i n t a d a G r a c a ; s u j e i t a r - s e a h o r a s n u m a < b i c h a >i n f e r n a l .

C O N C L U S A O | - N a o h 6 t e m p o p a r a s e f i c a rdoen te . Ou o o rgan ismo su .por ta ou se mor re .

M a s e s r e ( V A L E D E L A G R I M A S ) i m p o s t o a o sd e s a l o l a d o s . n a o f i c a p o r a q u i : C a d a v e z s e v a ire f i na ndo a per f i d i a .

E s t u d a m - s e n o v a s f o r m a s . a p l i c a m - s e n o v a srece i tas , es tudadas nos <Labora to r ios> do IAR N iI C R U Z V E R M E L H A , o s D e p a r t a m e n t o s q u e , p a -r e c e ( ? ) d e s t i n a d o s a m i n o r a r a s c a r e n c i a s e e n c o n -t r a r a m e l h o r f o r m a d e i n t e g r a r ( ? ) o s d e s a l o j a d o s .

A s s i m , c o n t i n u e m o s , a g o r a . n o r e s p e i t a n t e a o sa l u n o s d e E s c o l a s P r i m 6 r i a s e S e c u n d 6 r i a s . A m a i o rpar te das c r iangas s5o suba l imen tadas , po r ou t rasp a l a v r a s : P A S S A M F O M E . N a o b a s t a a c o m i d a s e rma. Os a lunos p r i vam-se mu i tas vezes de re fe icoes ,p a r a n a o f a l t a r a s a u l a s . O s h o 1 6 r i o s d a s a u l a sco inc idem com as horas das re fe ig6es e acon tece ,o u c o m e m a h o r a s e n a o v 5 o a e s c o l a o u v d o ae s c o l a e c o m e m d u a s o u t r e s h o r a s d e p o i s . N 5 oh 6 u m l a n c h e p a r a o s e s t u d a n t e s . A l g u n s , t 0 m asor te de o pa i receber os parcos escudos de 60 %d o s p e q u e n o s v e n c i m e n t o s q u e o E s t a d o p o rFAVO R de , aos q ue por se rv i cos p res tados aoE s t a d o , a i n d a v 6 o r e c e b e n d o . O s o u t r o s , s e m r e -c u r s o s , v e e m - s e a s m a e s o u i r m a s m a i s v e l h a s .p r o s t i t u i n d o o s e u c o r p o , p a r a a n g a r i a r m e i o s , p a r ai r e m v i v e n d o u m p o u c o m e l h o r , f u g i n d o a s s i m am i s e r 6 v e l v i d a d o < c a m p o ) e m q u e o s v a o o b r i g a n d oa v i v e r .

O u e m a i n d a c o n s e g u e m a n t e r a d i g n i d a d e , r e s -q u l c i o s d e u m p e s s a d o e d e u m a e d u c a g a o q u e| v e r a r n , p a s s a m T o m e .

D e o o r s d r s t o , e a i n d a r e l a c i o n a d o c o m o s q u oe s t u d a i ' r , d 6 - s e u r n a i d e i a d a a s s i s t e n c i a a o s a l u -n o s , a c o m e c a r p e l o t r a n s p o r t e . O t r a n s p o r t e d a sr : i i a n c a s e f e i t o a m o n t e , c o m o G A D O , n u m v e l h oc a m i a o m i l i t a r , t o d o l a t a s a a b a n a r . u f a n o d e s u a' " , e l h i c e , d i g n o d e s e r c o n s e r v a d o n u m f u 1 u s e u d eA n t i g . r r d a d e s i v l a i s v e l h o q u e a 2 . u G u e r r a i i / u n d i a l ,

, 6

p o d e r i a n a o s e r v i r p a r a n a d a m a s , p a r a o t r a n s p o r t ed e c r i a n c a s d e s a l o j a d a s , a C r u z V e r m e l h a , t e 1 6a c h a d o s e r m u i t o b o m , e m b o r a n a o o f e r e g a a s m f -n i m a s c o n d i c o e s d e s e g u r a n c a .

E t a n t o a s s i m e , q u e a C r u z V e r m e l h a d e c i d i u ,e l a p r o p r i a , n u m r a s g o d e g e n e r o d i d a d e , q u e j e 6a p a n 6 9 i o , o b r i g a r a s c r i a n g a s a p a g a r u m s e g u r o d ev i d a , d e v i d o a i n s e g u r a n g a d o t r a n s p o r t e u t i l i z a d o .

H 6 p e r i g o p a r a a s c r i a n q a s ? H A . N a o s o m o sn q s q u e d u v i d a m o s . S u b s t i t u i r o t r a n s p o r t e ? I S S ON A O I E m b o r a s e r e c o n h e c a s e r p e r i g g s o v i a j a r e mta l (CARCAQA)) , o me lhor 6 o seguro de v ida a( S A C A R > a s c r i a n g a s . P o d e m m o r r e r d e s c a n s a d a s .O s p a i s r e c e b e r S o ( ? ) p e l o s e u s a c r i f i c i o e , _ p o r q u en6o , es te macabro pensamento ? - TE.RAO D | -N H E I R O P A R A S E R E I N T E G R A R N A S O C I E D A D E .M a s e a r e s p e i t o d e s t e ( S E G U R O ) - q u e m n 5 o osubscrever jA nao pode usar o t ranspor te !

H 6 m u i t o m a i s c o i s a s p a r a e s c l a r e c e r . . . E n t r ee l a s , a s v e r b a s d i s p e n d i o s a s g a s t a s c o m o s d e s a -l o j a d o s n a o s e s a b e o n d e . M a s a v e r d a d e 6 c o m oo aze i te , d i z o Povo e com raz6o , h6 -de v i r as u o e r f i c i e . . .

A p a r d i s t o . 6 c l a r o q u e a s b a r r a c a s n 6 o t e msan i t6 r ios . Em todo o campo ex is tem t r6s san i ta r iosmas do is es tao com os esgo tos en tu p idos . Osexcrementos escor rem pe lo ch5o . Nao t6m luz ins -t a l a d a . O u e m t i v e r d e s e d e s l o c a r d e n o i t e , s oa s a p a l p a d e l a s .

B R A D A A O S C E U S t a n t a m i s e r i a , p r o v o c a d ae C O N S E N T I D A . F e t o s d e a b o r t o s t e m s i d o e n c o n -t rados nos san i t6 r ios . P ros t i tu iqao ex is te n5o so no( c a m p o ) c o m o e x t r a - a r a m e s .

O u a n d o s e d e d u z q u e e s t a s i t u a c a o e d e l i b e r a d a ,o c o r r e - n o s - E E S T A A E X P L I C A C A O O U E T E -M O S - s r n [ e r a f 5 c i l m a s , q u e e x p l i q u e m s o p a r aen tendermos .

P g r q u e j 6 s e g a s t a r a m c e n t e n a s - o u q u a n t i a ss u p e r i o r e s a u m e d o i s m i l h a p s 5 - f l s c o n t o s p o rF a m f l i a e s e . c o n t i n u a a m a n t e - l o s n a s m e s m a scond icoes . cada vez p io res , embora se v5 desem-b o l s a n d o q u e l e g i t i m a m e n t e d e v i a s e r e n t r e g u e a o sd e s a l o j a d o s , ^ p o i s a e l e s f o i d e s t i n a d o .

P O R O U E , q u e o A l t o - C o m i s s a r i o a n u l o u , p u r ae s i m p l e s m e n t e , c o m a d e s c u l p a d e n 5 o h a v e r d i -n h e i r o , p r o j e c t o s j 6 a u t o r i z a d o s p e l a C . l . F . R . E .q u a n d o s e s o u b e , q u e o s e s t u d o s e c o n o m i c o sapresen tados nas Repar t i c6es competen tes e den t rod o s p r a z o s e s t a b e l e c i d o s e r a m d e d e s a l o j a d o s d oB A L T E I R O e n 5 o s o .

F o r a m o s p r o j e c t o s f e i t o s p o r e c o n o m i s t a s c o m -p e t e n t e s q u e d e s i n t e r e s s a d a m e n t e , a l u d a r a m o s d e -s a l o j a d o s m a s , q u e o A l t o - C o m i s s d r i o . n a o e s t i li n t e r e s s a d o q u e t a l s e j a u m a r e a l i d a d e . E s t e p r o -j e c t o , a l i a d o a o u t r o s i r i a , n u m a p r i m e i r a f a s e( L I B E R T A R ) d o B A L T E I R O B O F A M I I I A S .

A n u l a n d o o f i n a n c i a m e n t o , d i s c r i c i o n a r i a m e n t e .o A l t o - C o m i s s d r i o , s o n 6 o i m p e d i u q u e d e s a l o j a d o ss e i n t e g r a s s e m , ( n u m p l a n o f e i t o p a r a o i n t e r e s s en a c i o n a l , c o n v e n h a m o s ) . m a s s i m , a c o n t i n u a c S on a s . c o n d i c o e s i n f r a - h u m a n a s e m q u e _ s 5 o o b r i g a d g sa v i v e r , e a s u p o r t a r o ( T E R R O R P S I C O L O G T C O >e n 5 o s o . p e l o g r a v e e n e f a n d o c r i m e c i e q u e r e -r e m s e r P o r t u g u e s e s , e n r b o r a a m a r o r i a s e j a J ec o r , n u n c a o l v i d a r a m o s a n g u e d e s e u s a v o s , es e m p r e p u s e r a m a P A T R I A , a c i m a d e I N T E R E S S E SP E S S O A I S . M a s i s t o j e 6 o u t r a m 0 s i c a , q u e t e r 6d e s e r o u v i d a D O A A O S O U V I D O S O U E D O E R E M I I I

It

t !

I It{I tl 1

[ 'i i

A. S atsima

, . - . t -

DEMOCRATICA''' . , . , , . . . , 1 , : t i : ' . " : , .. " . - i " - - ,

, i n", ' : \ ' ' . . , ,

ANIG. : ' t , " " t , - ' : . i ' :

C O N G R E S S O D A F U M O

R

A. Sul Rod6siaAm6r ica

POR UM MOgAMBTOUE EM0

POR UM REGRESSOCERTO@

POR UMA VIDA LIVRE

A NOSSA BANDEIRA

AOUELA QUE BREVEMENTE FLUTUanAMOCAMBIQUE

PAZ