fraturas expostas ijot – instituto jundiaiense de ortopedia e traumatologia daniel machado - 2008
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Fraturas Expostas
IJOT – Instituto Jundiaiense de Ortopedia e Traumatologia
Daniel Machado - 2008
Fraturas Expostas• “ São aquelas em que
uma ruptura da pele e dos tecidos subjacentes se comunica diretamente com o osso fraturado e/ou seu hematoma”
Rockwood e Green, 5° edição
• Desafio para o ortopedista
• Associadas a politraumas
• Importância do tratamento inicial
• Alta energia X baixa energia
Fraturas Expostas
HISTÓRICO
Fraturas Expostas
• Contaminação por bactérias do ambiente externo
• Desvascularização tecidual
• Perda de função por lesão tecidual
SIGNIFICADO DA FRATURA EXPOSTA
Fraturas ExpostasCLASSIFICAÇÃO – GUSTILLO E ANDERSON
• Importância: Prognóstico, tratamento e linguagem universal
• Gustillo e Anderson - 1976
Fraturas Expostas
Tipo Ferida Contaminação Lesão de partes moles
Lesão óssea
I < 1 cm Limpa Mínima Simples
II 1 a 10 Moderada Moderada Moderada
III A > 10 cm Contaminada Grave + cobertura cutânea
possível
Multifragmentar
III B > 10 cm Contaminada Grave + cobertura de partes moles
deficiente
Multifragmentar
III C > 10 cm Contaminada Lesão vascular que requer reparo
Multifragmentar
CLASSIFICAÇÃO – GUSTILLO E ANDERSON
Fraturas Expostas• Controle das vias aéreas e a ressuscitação
urgente• Imobilizar a extremidade lesionada e aplicar
curativos estéreis • Administrar antibióticos intravenosos• Desbridamento e irrigação do ferimento, deixar
o ferimento aberto e estabilizar lesões instáveis• Repetir o desbridamento se necessário• Adiar o fechamento
• Pré-hospitalar
Cobertura da ferida
Imobilização provisória
Atendimento inicial precoce X infecção
Fraturas Expostas
• Fase hospitalar
ATLS
Documentação visual e descritiva da lesão
Exame completo da extremidade: pulso, perfusão,
temperatura, cor, sensibilidade, motricidade,
deformidades
Avaliação radiográfica
Antibiotico-profilaxia e tetanoprofilaxia
Fraturas Expostas
• Fase cirúrgica – Limpeza
SF 0,9% cerca de 10 a 20 litros
Solução degermante – sem contato com a ferida
Retirada de corpos estranhos
Tricotomia
Solução alcoólica e campos estéreis
Fraturas Expostas
• Fase cirúrgica – Incisão
Ampliar ferida para melhor
exploração
Cuidado com lesões
adicionais
Fraturas Expostas
• Fase cirúrgica – Debridamento
Remover corpos estranhos
Remover tecidos desvitalizados
Reduzir a contaminação bacteriana
Criar uma ferida vascularizada
Fraturas Expostas
• Fase cirúrgica – Debridamento
Avaliação da vitalidade tissular
Tecido muscular: 4 Cs
Retirar fragmentos ósseos desvitalizados
Novo debridamento em 48 horas se necessário
Fraturas Expostas
Antibiótico nunca deverá ser utilizado para substituir desbridamento e lavagem da
lesão
Fraturas Expostas
• Fase cirúrgica – Estabilização da fratura
Tração cutânea ou
esquelética
Talas ou gesso
RAFI: placas ou hastes
Fixadores externos: lineares ou circulares
Fraturas Expostas
Fraturas expostas
Fraturas Expostas
Amputação é indicação de tratamento
Escala MESS
• Fase hospitalar – Antibioticoterapia
Endovenosa
G I e II – Cefalosporinas de 1a geração por 48
horas – cobertura para Gram +
GIII – Aminoglicosídeo + Cefalosporina de 1a
geração + penicilina – cobertura para Gram + e –
por 72 horas
Fraturas Expostas
• Cuidados com a ferida
Curativos diários
Novos debridamentos
Cirurgia plástica reconstrutora
Fraturas Expostas
• Recuperação funcional do membro
Fisioterapia
Novas intervenções cirúrgicas
Adequação para atividade produtiva e social
Fraturas Expostas