fraturas de antebraço em adultos e crianças e ... - … · bado ii: variação da luxação...

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Fraturas De Antebraço Em Adultos E Crianças E Fraturas De Metacarpos E Falanges

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Fraturas De Antebraço Em Adultos E Crianças E Fraturas De

Metacarpos E Falanges

Fraturas do Antebraço em Adultos

l  Anatomia: –  Estabilizadores radioulnares:

l  Proximais: cápsula da articulação do cotovelo e ligamento anular.

l  Distais: cápsula da articulação do punho, ligamentos radioulnares anterior e posterior, complexo da fibrocartilagem triangular.

l  Membrana interóssea : Faixa central (lesão diminui a estabilidade em 71%). FIG9-3

Anatomia

l  Óssea: Arco l  radial: l  Muscular:

–  Origem e inserção radioulnares: l  Supinador, pronador redondo e quadrado: além das próprias

funções aproximam os ossos fraturados. –  Origem no lado palmar na ulna e inserção no lado radial do

punho ou mão: l  Flexor radial do carpo: força pronadora.

–  Origem ulnar dorsal e inserção radial dorsal: l  Abdutores e extensor do polegar: força supinadora.

–  Bíceps: poderoso supinador

Ação muscular

l  Fx entre a

inserção do supinador e do pronador redondo: o fragmento proximal fica supinado e o distal pronado

l  Fx entre as

inserções do pronador redondo e quadrado: fragmento proximal em posição intermediária.

Fraturas de ambos os ossos

l  Mecanismo de lesão: acidentes de trânsito l  Classificação: nível da lesão, grau de desvio e

angulação, grau de cominuição, exposição. l  Sinais e sintomas: raramente sem desvio,

raramente há lesão nervosa. l  RX: Forame nutrício do rádio: Na incidência

AP, 1/3 proximal para médio, entra oblíquamente de distal para proximal

Fraturas de ambos os ossos

l  Tratamento –  Fx sem desvio: gesso BP com argola proximal à fratura.

Controles semanais. –  Fx com desvio:

l  Redução fechada e imobilização: resultados ruins, exceto por Sarmiento.

l  Redução aberta e fixação interna: método de escolha. –  Indicações: Fratura de ambos os ossos, fratura isolada desviada

(rodada) de qualquer um dos ossos, Monteggia, Galeazzi, expostas.

–  Tempo: o atraso em mais de 8h parece aumentar o risco de sinostose.

Métodos de fixação

l  Hastes intramedulares: –  Sage: triangular, mantém arco do rádio, necessita

redução aberta e gesso subseqüente. –  Street: boa estabilidade, porém não mantém tão

bem o arco como a haste de Sage. l  Placas e parafusos:

–  DCP ou LC-DCP de 3,5mm com 7-8 furos (seis corticais de cada lado) ou PC-Fix.

Abordagens

l  Ulna: placa dorsolateral l  Rádio:

–  Médio-distal: acesso lateral com placa dorsolateral ou acesso palmar de Henry.

–  Proximal: Acesso palmar de Henry, placa ventral l  Rádio e Ulna: incisões separadas. l  OBS:

–  iniciar pela fratura mais simples –  Observar freqüentemente a rotação do antebraço –  Parafuso de tração através do orifício central da placa –  Evitar remoção do implante.

Fraturas expostas

l  Indicação: placas se houver possibilidade de cobertura de partes moles ou fixador externo e posterior conversão do método.

l  Evolução depende da lesão de partes moles, desperiostização, contaminação...

Complicações

l  Infecção l  Pseudoartrose l  Lesão nervosa l  Lesão vascular l  Sínd. Compartimental l  Sinostose (raras, porém de difícil tratamento) l  Lesão tendinosa

Fratura isolada da ulna

l  “Fratura do cassetete” l  Trauma direto l  Observar atentamente articulações proximal e distal l  Tratamento:

–  Sem desvio: tratamento com gesso por 3 meses. l  Distal: luva ou órtese de Sarmiento. l  Proximal: Gesso BP

–  Com desvio (mais que 10° ou menos que 50% de contato): cirúrgico.

Fratura de Monteggia

l  Fratura do terço proximal da ulna com luxação anterior da cabeça do rádio.

l  Classificação de Bado: –  I (60%): Luxação anterior da cabeça do rádio com fratura

diafisária ulnar em qualquer nível com angulação anterior. –  II (15%): Luxação posterior ou póstero-lateral da cabeça do

rádio com fratura diafisária ulnar de angulação posterior –  III (20%): Luxação lateral ou ântero-lateral da cabeça do rádio

com fratura metafisária ulnar. –  IV (5%): Luxação anterior da cabeça do rádio Com fratura

proximal da ulna e rádio no mesmo nível.

Mecanismo de Lesão

l  Bado I: pronação forçada durante uma queda ou golpe direto.

l  Bado II: variação da luxação posterior do cotovelo. l  Bado III: golpe direto em face interna do cotovelo

(ppalmente em crianças) ou varo + hiperpronação. l  Bado IV: Fratura secundária ao Bado I por golpe

adicional?

Lesão nervosa

l  Paralisia do ramo profundo do N. radial –  Mais comum –  Auto-limitada

l  N. interósseo posterior.

Métodos de tratamento

l  RAFI + imobilização externa por 6 semanas: –  I, III, IV: supinação + 110° de flexão –  II: 60º flexão

Fraturas isoladas do rádio

l  Proximal: raras l  Diáfise distal:

–  Fratura de Galeazzi: fratura associada a luxação ou subluxação radioulnar distal.

–  Desvios: l  1) Gravidade: angulação dorsal. l  2) Inserção do pronador quadrado: rotação ulnar + tração palmar

e proximal l  3) Braquio-radial: roda o fragmento distal e encurta. l  4) Abdutores e extensores do polegar:encurtam e relaxam o

colateral ulnar, impedindo a tensão de partes moles.

Galeazzi

l  Mecanismo de trauma: queda (pronação + mão estendida) ou trauma direto.

l  Tratamento: RAFI com DCP anterior

Fraturas do antebraço em crianças

l  Epi: –  45% de todas as fraturas na criança –  50% galho verde –  15% com lesão da fise distal do rádio

l  Classificação: –  Galho verde, deformidade plástica, compressão,

completa

Tratamento

l  Tratamento: –  Conservador –  Membrana interóssea tensa desde neutro até 30° de

supinação. –  Fraturas proximais: alinhar e imobilizar em supinação –  Fraturas do terço médio: posição neutra –  Fraturas distais: pronação.

l  Mecanismo: queda sobre a mão espalmada + pronação : Desvios rotacionais + angulares.

Remodelação óssea

l  Deformidade rotacional não se remodela! l  Quanto mais jovem e mais próximo da fise,

mais remodela. (8a) –  Até 5a. : 30% de angulação no plano coronal –  5-10a: até 15% –  Acima 10a. : 15° coronal e 10° radial

Fraturas distais do rádio:

l  Fratura instável de difícil redução l  Fragmento deslocado medialmente pela ação

do pronador quadrado, extensor longo do polegar e abdutor curto

l  A princípio seria imobilizada em pronação, porém deve-se manter em supinação para relaxar braquiorradial.

Fraturas da diáfise do rádio e ulna

l  Difícil manutenção em gesso (mesmo bem moldado)

l  Indicações de CX (10%) –  Falha na tentativa de redução em crianças acima

de 10a. –  Falha na manutenção da redução –  Expostas

Monteggia

l  Tratamento: –  Tração em extensão + supinação –  Cirúrgico se não houver sucesso

Galeazzi

l  Tratamento: –  Conservador

Fraturas de metacarpianos e falanges

l  Fraturas da falange distal –  Classificação: Kaplan

l  Longitudinal, cominutiva, transversa. –  Proteção por 3 semanas –  Redução incruenta nas transversas

Dedo em martelo ósseo

l  Fratura articular desviada pelo extensor l  Tratamento ?

–  Tratamento conservador com tala em extensão da ifd.

–  Cirurgia difícil, com potenciais complicações –  Aparentemente só indica-se cirurgia na vigência de

subluxação

Fraturas das falanges proximal e média

l  Desvios (flexor superficial)

Imobilização

l  Posição intrínseca-mais de James (JIP) –  MF: 70° flexão (previne rigidez) –  IFP: 15 a 20° flexão –  IFD: 5 10° flexão

Métodos de fixação

l  Indicações: –  Intraarticulares –  Fx múltiplas –  Fx exp –  Fx instáveis com desvio

Fx extra articulares

imobilizar

estável

redução fechada e fixação percutânea

redutível

rafi

irredutível

instável

satisfatória

rafi

insatisfatória

Redução fechada

Extra articular com desvio

Tratamento cirúrgico

l  Fraturas oblíquas espirais da falange proximal l  Fraturas tranversas do colo da falange

proximal (redução difícil de manter)

Fraturas intra-articulares

l  Sem desvio: exercícios precoces para adm l  Fraturas de côndilo: CX l  Fraturas por avulsão da base: CX se desvio.

Complicações

l  Fraturas menosprezadas e tratadas pelo cirurgião menos experiente

l  Consolidação viciosa: –  Má rotação –  Desvio lateral –  Recurvatum –  Encurtamento –  Pseudoartrose –  Aderência de tendão –  Interposição de partes moles –  Rigidez articular

Fraturas de metacarpianos

l  Fraturas da cabeça dos MTC –  Redução + fixação

l  Fraturas do colo dos MTC –  Fratura do boxeador: método de redução de Jahs (90-90°)

l  Fraturas diafisárias –  Angulam dorsalmente pela ação dos interósseos –  Evitar: encurtamento, angulação dorsal e desvio rotacional

l  Fraturas basais –  Observar se há desvio rotacional

Fraturas de Bennett

l  Mec: trauma axial contra mtc parcialmente fletido

l  Desvio pelo abdutor longo do polegar e adutor. l  Tratamento: CX

Fratura de Rolando

l  Bennett cominutiva. l  Tratamento Cirúrgico se houverem fragmentos

grandes, caso haja muita cominuição: contra-indicação.

Fraturas extra-articulares

l  Tratamento conservador l  Fx estáveis após redução l  Bons resultados