fratura de patela

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Page 1: Fratura de Patela

FRATURA DE PATELA

A patela é um pequeno osso com 5 cm de diâmetro (no homem adulto), de formato piramidal, possuindo um ápice e uma base sendo um osso curto, do tipo sesamóide e apresenta uma camada de substância compacta revestindo a substância esponjosa ,está situada profunda em relação as fibras tendinosas do reto da coxa e da fáscia lata, também se articula com o fémur, cobrindo e protegendo a parte anterior da articulação do joelho e atua como um eixo para aumentar a alavanca do grande músculo quadríceps femoral, cujo tendão está fixado à tuberosidade tibial da perna.

A patela proporciona uma vantagem mecânica ao aparelho extensor por dois mecanismos:ligação, pois a patela une quadríceps e o tendão patelar que vai se inserir na tíbia, permitindo a geração da força necessária para a extensão do joelho, do quadríceps para a tíbia; e desvio, pois a patela desvia essa ligação tendão quadríceps- tendão patelar para longe do eixo de rotação do joelho. Podemos fazer uma relação análoga à de uma polia, o que aumenta a força extensora do joelho.Para diagnosticar as fraturas de patela fazemos um exame físico completo, com auxilio de radiografias, avaliamos a pele, observando se há escoriações, contusões, bolhas (se o tratamento foi retardado), lesão articular aberta, fratura aberta, buscando a história da lesão que usualmente é uma queda ou uma pancada direta na patela.

Ao final do exame físico devemos saber qual o tipo de fratura, se há ou não, uma ruptura retinacular e se há ou não a presença de alguma ferida. 

As fraturas de patela são por trauma direto (golpe direto na patela) ou trauma indireto (uma contração violenta do músculo quadríceps). Essas fraturas se dividem em:

>> Fraturas sem desvio:

- Estrelada - Ocasionadas por golpe direto, normalmente não afetam o retináculo patelar, permitindo a extensão ativa do joelho. O desvio entre os fragmentos é menor que 3 mm e entre as superfícies articulares é menor que 2 mm.

- Transversa - Ocasionada pelo esforço de tração aplicada ao mecanismo extensor, não afeta o retináculo patelar e danifica muito pouco as superfícies articulares femural e patelar. O desvio entre os fragmentos é menor que 3mm e entre as superfícies articulares é menor que 2 mm.

- Vertical - Pode ocorrer por trauma direto e indireto. Nesta fratura observamos

Page 2: Fratura de Patela

um retináculo patelar intacto e uma diástase menor que 3 mm. Este tipo de fratura é despercebida em certas radiografias.

>> Fraturas com desvio

* Não cominutivas

- Transversas - Esta fratura apresenta um retináculo patelar rompido, o que ocasiona a perda da extensão ativa do joelho ( após aspiração). O desvio entre os fragmentos é maior que 3 mm, podendo chegar a 4 ou 5 mm e entre as superfícies articulares é maior que 2 mm.

* Polares proximais ou do pólo basal - Esta fratura surge por avulsão do mecanismo quadríceps - patela. Há ruptura retinacular.

* Polares distais ou apicais - Esta fratura surge por avulsões ósseas do tendão patelar proximal.

* Cominutivas

- Estreladas - Esta fratura é ocasionada por golpe direto e apresenta desvios com graus variados e um retináculo patelar intacto.

- Transversas / Polares - Esta fratura exibe graus variados de cominuição. A cominuição do fragmento superior apresenta fraturas adicionais minimamente desviadas. A cominuição do fragmento inferior é mais grave podendo estar associada a cominuição do pólo superior.

- Altamente cominutivas / Altamente desviadas - São fraturas transversas com cominuição maciça secundariamente a fratura de compressão ou estrelada com diástase maciça secundária a contração violenta do quadríceps. Há a separação por mais de 6 mm entre os fragmentos principais. Normalmente são lesões abertas.

Tratamento:

O tratamento das fraturas de patela são baseadas no tipo de lesão e visam reconstruir o mecanismo extensor e a superfície articular patelar. 

As fraturas abertas são tratadas cirurgicamente.

Page 3: Fratura de Patela

O tratamento não operatório é indicado para as fraturas patelares fechadas, não desviadas transversas, estreladas e verticais. Esse tratamento é feito por imobilização com gesso por um período de 4 a 6 semanas. Além de trabalho isométrico do quadríceps e elevações da perna estendida. Após esse período é retirado o gesso e iniciam-se exercícios de flexão ativa progressiva e fortalecimento do quadríceps.

O tratamento operatório é indicado para todas as fratura com desvio.

As fraturas não cominutivas transversas são tratadas com amarração em faixa de tensão anterior modificada.

As fraturas não Cominutivas polar apical e basal são tratadas com patelectomia parcial e amarração em faixa de tensão anterior modificada.

As fraturas cominutivas estreladas são tratadas com amarração em faixa de tensão anterior modificada e faixa de tensão longitudinal anterior mais cerclagem. 

As fraturas cominutivas transversas, são tratadas com parafusos compressivos independentes mais amarração em faixa de tensão anterior modificada e patelectomia parcial.

As fraturas cominutivas polar são tratadas com patelectomia parcial.

As fraturas cominutivas altamente cominutivas / altamente desviadas são t ratadas com amarração em faixa de tensão anterior modificada, amarração em faixa de tensão anterior longitudinal, patelectomia parcial e patelectomia total.

O tratamento pós operatório consiste em exercícios isométricos do quadríceps e colocação de órtese removível para permitir a deambulação com sustentação do peso com a perna extendida, conforme tolerância do paciente. As dobradiças da órtese podem ser afrouxadas para permitir exercícios ativos de amplitude de movimento.

A partir da primeira ou segunda semana após a operação são feitos exercícios ativos de extensão e elevação da perna extendida, visando o fortalecimento do quadríceps.

Após três meses, a fratura já está consolidada , e o quadríceps está forte, é retirada a órtese. 

Quatro a seis meses após operação os esportes e exercícios vigorosos podem ser retomados. As complicações mais comuns são: perda de movimento, artrose e

Page 4: Fratura de Patela

pseudoartrose (fratura não consolida). 

DIAGNÓSTICO DE PATELA

Luxação de Patela

Deslocamento (subluxação) da patela que normalmente ocorre no lado externo da perna (lateralmente).

Causas, incidência e fatores de risco:

A luxação geralmente ocorre por causa de uma alteração repentina de direção ao correr, de uma lesão direta ou se o joelho estiver sob estresse. Durante essa manobra, a patela pode deslizar para o lado de fora do joelho. O primeiro episódio (os primeiros) é acompanhado por dor e incapacidade de andar. As luxações repetidas tendem a causar dor e incapacidade imediata se a condição que a causou não tiver for corrigida. No entanto, essas luxações continuam

Fratura de Stress da Patela

A fratura de stress da patela é uma lesão rara. Foi inicialmente descrita na literatura por Müller em 1943.

A síndrome da fratura de stress pode ser definida como um conjunto de sinais e sintomas que acometem um determinado osso, previamente normal, o qual foi submetido a esforços repetitivos que individualmente seriam incapazes de produzir fratura.

Além disso, a patela encontra-se em situação bastante peculiar no interior do aparelho extensor do joelho. A ação do músculo quadríceps e a reação em sentido oposto do tendão patelar produzem vetores cuja resultante é a compressão da patela contra os côndilos femorais. Até que estes vetores se equilibrem, há momentos axiais de força que tendem a ‘‘afastar” os pólos da patela desde sua superfície externa até a superfície articular. Estes fenômenos são especialmente intensos e potencialmente traumáticos quando os joelhos estão semifletidos (30 a 45 graus) e se faz necessário um aumento repentino da força muscular quadricipital.

Tendão Patelar

Page 5: Fratura de Patela

O tendão patelar é um ligamento que conecta dois ossos (patela e tíbia) e integra o aparelho extensor do joelho. Sua importância é fundamental nos movimentos do joelho.As rupturas do tendão patelar são relativamente raras e geralmente unilaterais. A verdadeira freqüência com que ocorre na população de esportistas é desconhecida, mas são observadas mais frequentemente numa população de indivíduos com idade inferior a 40 anos.O treinamento esportivo geralmente beneficia as qualidades e características dos tendões,porém, a intensidade e freqüência com que certas cargas são aplicadas aos tendões, podem ser, por vezes, perigosas e preocupantes. A capacidade de remodelação dos nossos tendões frente às cargas impostas é ainda motivo de pesquisas e interesse científico.A ruptura do tendão é totalmente incapacitante, resultando na inabilidade de realizar a extensão completa do joelho. Localiza-se no sítio de enfraquecimento do tendão, como resultado de degeneração crônica. Tal degeneração associa-se a microtraumas repetitivos e distúrbios de adaptação às cargas impostas durante a atividade física. O ponto de ruptura mais comum ocorre geralmente na transição entre o osso da patela (pólo inferior) e o início do tendão, mas pode ocorrer no meio do tendão ou na inserção óssea na tíbia .Outros fatores predisponentes às rupturas são descritos como: múltiplas infiltrações de corticosteróides, usuários de esteróides anabólicos, diabetes, insuficiência renal crônica, artrite.

CASO CLINICO ( em anexo)

POSICIONAMENTO

AP

Perfil

Tangencial

TÉCNICAS

Kv:Esp x 2+ C

Kv=8x2+30

Kv=46

Page 6: Fratura de Patela

mAs : Kv/2

mAs: 46/2=23

Tamanho do Filme: 18x24cm

DFoFi: 1 m

CONDUTA DO TÉCNOLOGO

Maca ou cadeira de roda Posicionar em decúbito dorsal Medir espessura Posicionar a parte Centralização do filme Raio Central

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

www.scielo.br /

http:// www.geocities.com

www.rbo.org.br

Trabalho realizado por:

Fabiane Alves Gobo

Gercilene Gobo Gregório

Jusciara Nascimento