fratura do Úmero
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FISIOTERAPIATRANSCRIPT
ARTÉRIA BRAQUIAL
Artéria Axilar
Artéria Braquial
Artéria Braquial Profunda
Artéria colateral radial
Artéria Colateral Ulnar Superior
Artéria Colateral Ulnar Inferior
Epidemiologia
• 4 – 5% de todas as fraturas
• 70% das fraturas de úmero
Em jovens,
• Trauma de alta energia
• Lesões mais graves: cominuição e luxações associadas
• Choques elétricos e crises convulsivas
17,0%
Fraturas mais prevalentes: 1ª: traço único no colo
cirúrgico (50%) 2ª:traço único no tubérculo
maior (21%) 3ª:fratura em 3 partes
(17%)
Acomete idosos
• 10% de todas as fraturas acima dos 65 anos
• 3ª mais frequente em idosos
• 2x mais comum em mulheres
• Comorbidade:
Osteoporose
• Mecanismo:
queda apoiando sobre a mão ou cotovelo
Quadro Clínico e Exame Físico
Inspeção
• Dor, edema e equimose.
• Deformidades e desvios ósseos não são normalmente observados
Palpação e Mobilidade Articular
• Crepitação, caso não impactada
• Rotação e elevação do braço limitados
• Colo cirúrgico
Quadro Clínico e Exame Físico
Exame neurovascular
• N. Axilar
“sensação preservada sobre o deltoide não exclui lesão do nervo axilar”
• Parestesia e perda da sensibilidade
• Trauma grave: - ausência de pulso radial
- Perda da sensibilidade na área cutânea do deltóide
Exame Radiográfico
Radiografias
• AP do ombro
• Série-trauma do ombro
TC
• Cominuição da cabeça do úmero
• Afundamento da cabeça do úmero, fraturas do lábio glenoidal, fraturas head split
Classificação de Neer (1970)
• Quatro partes do úmero proximal descritas por Codman (1934).
• Número de fragmentos e no deslocamento entre eles. Critérios para fraturas deslocadas:
-deslocamento > 1cm
- mais de 45° de angulação
• Se deslocamento <1cm ou angulação <45° : fratura minimamente deslocada
Tratamento
Fraturas minimamente deslocadas*
Fraturas desviadas:
• Fraturas em 02 partes
- No colo anatômico
- No colo cirúrgico
- No tubérculo maior
- No tubérculo menor
• Fraturas em 03 partes
• Fraturas em 04 partes
Fraturas minimamente deslocadas
• Tipóia ou Velpeu por 2 a 3 semanas
• Movimentação do punho e do cotovelo deve ser encorajada imediatamente (bolinha de borracha)
• A partir do período de imobilização: exercícios passivos para obter mobilidade
• Controle radiográfico
Fraturas em 02 partes – colo anatômico
• Raras
• Não há método de escolha
• < 40 anos:
- Fixação Aberta: Pinos ou parafusos intramedulares
- Fixação Fechada: pinagem percutânea
• >75 anos:
-hemiartroplastia
Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico
• Tratamento conservador
Em idosos, pode-se optar por tratamento conservador se a consolidação for possível, apesar da angulação.
• Critérios para uma possível não consolidação:
- Osso muito osteopênico
- Traço de fratura muito proximal
- Desvio significativo
• Tratamento cirúrgico
• Redução possível, mas fratura instável:
- Pinagem percutânea
Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico
• Redução fechada impossível ou cominuição significante:
-Placa-lâmina
-Pino intramedular associado a amarria sob tensão
Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico
Fratura em 02 partes – tubérculo maior e menor
*Desvios acima de 0,5 cm são consideradas cirúrgicas
- Fixação interna com amarria
- Evita-se o uso de parafusos
Tubérculo menor
- Raras
- Ressecção do fragmento com
reinserção do subescapular
Fraturas em 03 partes
• Risco de necrose avascular da cabeça do úmero (27%)
ou
• Pacientes idosos: hemiartroplastia
Fraturas em 04 partes
Epidemiologia
• 3% do total de fraturas
• 20% das fraturas do úmero em adultos
Predominantemente homens
Predominantemente mulheres
Mecanismo de trauma
Homens (21 -30 anos):
- Trauma de alta energia, ex: acidentes automobilísticos
- Maior cominuição óssea
- Maior instabilidade
Mulheres (60-80 anos)
-Trauma de baixa energia, ex: queda sobre braço ou sobre mão espalmada
-Alinhamento e comprimento preservados
* 5% são fraturas expostas
Mecanismo de trauma
“ O mecanismo de trauma deve condizer com o padrão da fratura”
• Força angular
-trauma direto
• Força Torcional
-queda apoiando no braço
-braço atrás das costas
• Combinação Torcional + Angular
Quadro Clínico e Exame Físico
• Dor, edema, deformidade, crepitação e mobilidade anormal
• Exame neurológico:
Nervo Radial Nervo Mediano Nervo Ulnar
Exame Radiográfico
• AP e Perfil do úmero
- Articulações do ombro e do cotovelo
- Não mobilizar o membro
- Tração em fraturas muito cominutas
*série-trauma do ombro
Classificação
“Não existe uma classificação universalmente aceita”
Fratura definida, considerando:
• Localização do traço: terço proximal, médio, ou distal?
• Traço da fratura: transverso, oblíquo, espiral, segmentar?
• Exposição
• Lesão de partes moles: Gustillo I,II ou III?
• Lesão nervosa: qual nervo?
• Lesão arterial: qual vaso?
• Condição do osso: osso normal ou patológico?
Tratamento
Fratura
• Características da fratura • Idade • Lesões associadas • Nível funcional
Tratamento conservador
Tratamento cirúrgico
Tratamento Conservador
• Fraturas não-deslocadas evoluem com chance de consolidação em 90-100%
• Desvios aceitos:
- 10-20° de desvio anterior
- 10-30° de desvio varo
• Aceita-se um encurtamento de até 2,5 cm
Tratamento Cirúrgico
• Indicações
- Fraturas segmentares
- Fraturas oblíquas do terço distal do úmero
- Fraturas patológicas
- Lesão neurovascular
- Lesões associadas em membro superior, que necessitem de mobilização precoce
- Fraturas expostas
Tratamento cirúrgico
• Fixação com placa de compressão (DCP)
- 84-100% de consolidação
• Fixação intramedular
- 69-100% de consolidação
- Osteopenia significativa, fraturas patológicas
- Diminui o risco de lesão do nervo radial e evita trauma muscular
• Fixador externo
- Fraturas expostas / pseudoatrose infectada
Formas de Apresentação
Traumática - 1,5-2% da população em geral - impacto direto, queda - Lesões associadas
Atraumática - Episódios de subluxações - Capsula articular considerada “maior” – hipermóvel - Associação com frouxidão ligamentar em outras articulações
Recidivante - 80% dos casos de luxação traumática recidivam - Luxações causadas por traumas menos violentos (sono, mão atrás da
cabeça)
Fatores de risco: luxações recidivantes
• Idade do paciente
“Quanto mais cedo ocorrer a 1ª luxação, maiores serão as chances de novas luxações”
• Intensidade do trauma inicial
- Ruptura capsular de extensão variável
- Lesão do lábio glenoidal
• Reabilitação funcional: fisioterapia
Classificação
Anterior
- Posição subcoracóide
- Queda sobre a mão, com
membro em rotação externa
Posterior
- Posição subacromial
- Queda sobre a mão, com
membro em rotação interna
Inferior
Superior
Quadro Clínico e Exame Físico
• Anamnese
• Posição do braço deslocado
- Rotação externa: luxação anterior
- Rotação interna: luxação posterior
• Sinal da dragona: luxação anterior
*luxação posterior pode passar despercebida
• Palpação do pulso radial e procura da sensibilidade do nervo axilar
Exame Radiográfico
Radiografias
• AP do ombro
• Série-trauma do ombro
TC
• Fragmentos intra-articulares
• Afundamento da cabeça do úmero, fraturas do lábio glenoidal
Tratamento - Redução
• Pode ser obtida facilmente, sem anestesia
• 1ª luxação traumática: redução incruenta difícil
Manobras
- Tração e Contratração
- Manobra de Stimson
Tratamento - Imobilização
• Tipóia, velpeau por 2 – 3 semanas
-utilizar de maneira intermitente
-objetivo alívio da dor, cicatrização de tecidos
• Não ocorre cicatrização entre o lábio cartilaginoso e a borda da cavidade glenoidal
Tratamento Cirúrgico
• Indicações:
- Fratura do tubérculo maior desviada
- Redução impossibilitada por interposição de tecido mole
- Fratura do lábio da glenoide maior que 0,5 cm
• Artroscopia