fratura do Úmero

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Renan Lobo 2012.1

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FISIOTERAPIA

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Renan Lobo 2012.1

Anatomia

• Maior mobilidade do corpo, mas umas das mais vulneráveis

Anatomia

ARTÉRIA BRAQUIAL

Artéria Axilar

Artéria Braquial

Artéria Braquial Profunda

Artéria colateral radial

Artéria Colateral Ulnar Superior

Artéria Colateral Ulnar Inferior

Fraturas de Úmero Proximal

Epidemiologia

• 4 – 5% de todas as fraturas

• 70% das fraturas de úmero

Em jovens,

• Trauma de alta energia

• Lesões mais graves: cominuição e luxações associadas

• Choques elétricos e crises convulsivas

17,0%

Fraturas mais prevalentes: 1ª: traço único no colo

cirúrgico (50%) 2ª:traço único no tubérculo

maior (21%) 3ª:fratura em 3 partes

(17%)

Acomete idosos

• 10% de todas as fraturas acima dos 65 anos

• 3ª mais frequente em idosos

• 2x mais comum em mulheres

• Comorbidade:

Osteoporose

• Mecanismo:

queda apoiando sobre a mão ou cotovelo

Quadro Clínico e Exame Físico

Inspeção

• Dor, edema e equimose.

• Deformidades e desvios ósseos não são normalmente observados

Palpação e Mobilidade Articular

• Crepitação, caso não impactada

• Rotação e elevação do braço limitados

• Colo cirúrgico

Quadro Clínico e Exame Físico

Exame neurovascular

• N. Axilar

“sensação preservada sobre o deltoide não exclui lesão do nervo axilar”

• Parestesia e perda da sensibilidade

• Trauma grave: - ausência de pulso radial

- Perda da sensibilidade na área cutânea do deltóide

Exame Radiográfico

Radiografias

• AP do ombro

• Série-trauma do ombro

TC

• Cominuição da cabeça do úmero

• Afundamento da cabeça do úmero, fraturas do lábio glenoidal, fraturas head split

Série-Trauma do Ombro

AP verdadeiro Perfil da escápula Axilar

Classificação de Neer (1970)

• Quatro partes do úmero proximal descritas por Codman (1934).

• Número de fragmentos e no deslocamento entre eles. Critérios para fraturas deslocadas:

-deslocamento > 1cm

- mais de 45° de angulação

• Se deslocamento <1cm ou angulação <45° : fratura minimamente deslocada

Classificação de Neer (1970)

Tratamento

Fraturas minimamente deslocadas*

Fraturas desviadas:

• Fraturas em 02 partes

- No colo anatômico

- No colo cirúrgico

- No tubérculo maior

- No tubérculo menor

• Fraturas em 03 partes

• Fraturas em 04 partes

Fraturas minimamente deslocadas

• Tipóia ou Velpeu por 2 a 3 semanas

• Movimentação do punho e do cotovelo deve ser encorajada imediatamente (bolinha de borracha)

• A partir do período de imobilização: exercícios passivos para obter mobilidade

• Controle radiográfico

Fraturas minimamente deslocadas

Fraturas em 02 partes – colo anatômico

• Raras

• Não há método de escolha

• < 40 anos:

- Fixação Aberta: Pinos ou parafusos intramedulares

- Fixação Fechada: pinagem percutânea

• >75 anos:

-hemiartroplastia

Fraturas em 02 partes – colo anatômico

Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico

• Tratamento conservador

Em idosos, pode-se optar por tratamento conservador se a consolidação for possível, apesar da angulação.

• Critérios para uma possível não consolidação:

- Osso muito osteopênico

- Traço de fratura muito proximal

- Desvio significativo

Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico

• Tratamento cirúrgico

• Redução possível, mas fratura instável:

- Pinagem percutânea

Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico

• Redução fechada impossível ou cominuição significante:

-Placa-lâmina

-Pino intramedular associado a amarria sob tensão

Fraturas em 02 partes – colo cirúrgico

Fratura em 02 partes – tubérculo maior e menor

*Desvios acima de 0,5 cm são consideradas cirúrgicas

- Fixação interna com amarria

- Evita-se o uso de parafusos

Tubérculo menor

- Raras

- Ressecção do fragmento com

reinserção do subescapular

Fraturas em 03 partes

• Risco de necrose avascular da cabeça do úmero (27%)

ou

• Pacientes idosos: hemiartroplastia

Fraturas em 04 partes

Fraturas da diáfise do úmero

Epidemiologia

• 3% do total de fraturas

• 20% das fraturas do úmero em adultos

Predominantemente homens

Predominantemente mulheres

Mecanismo de trauma

Homens (21 -30 anos):

- Trauma de alta energia, ex: acidentes automobilísticos

- Maior cominuição óssea

- Maior instabilidade

Mulheres (60-80 anos)

-Trauma de baixa energia, ex: queda sobre braço ou sobre mão espalmada

-Alinhamento e comprimento preservados

* 5% são fraturas expostas

Mecanismo de trauma

“ O mecanismo de trauma deve condizer com o padrão da fratura”

• Força angular

-trauma direto

• Força Torcional

-queda apoiando no braço

-braço atrás das costas

• Combinação Torcional + Angular

Quadro Clínico e Exame Físico

• Dor, edema, deformidade, crepitação e mobilidade anormal

• Exame neurológico:

Nervo Radial Nervo Mediano Nervo Ulnar

Quadro Clínico e Exame Físico

Avalição da motricidade

N. Mediano N. Radial N. Ulnar

Exame Radiográfico

• AP e Perfil do úmero

- Articulações do ombro e do cotovelo

- Não mobilizar o membro

- Tração em fraturas muito cominutas

*série-trauma do ombro

Classificação

“Não existe uma classificação universalmente aceita”

Fratura definida, considerando:

• Localização do traço: terço proximal, médio, ou distal?

• Traço da fratura: transverso, oblíquo, espiral, segmentar?

• Exposição

• Lesão de partes moles: Gustillo I,II ou III?

• Lesão nervosa: qual nervo?

• Lesão arterial: qual vaso?

• Condição do osso: osso normal ou patológico?

Tratamento

Fratura

• Características da fratura • Idade • Lesões associadas • Nível funcional

Tratamento conservador

Tratamento cirúrgico

Tratamento Conservador

• Fraturas não-deslocadas evoluem com chance de consolidação em 90-100%

• Desvios aceitos:

- 10-20° de desvio anterior

- 10-30° de desvio varo

• Aceita-se um encurtamento de até 2,5 cm

Tratamento conservador

Tratamento Cirúrgico

• Indicações

- Fraturas segmentares

- Fraturas oblíquas do terço distal do úmero

- Fraturas patológicas

- Lesão neurovascular

- Lesões associadas em membro superior, que necessitem de mobilização precoce

- Fraturas expostas

Tratamento cirúrgico

• Fixação com placa de compressão (DCP)

- 84-100% de consolidação

• Fixação intramedular

- 69-100% de consolidação

- Osteopenia significativa, fraturas patológicas

- Diminui o risco de lesão do nervo radial e evita trauma muscular

• Fixador externo

- Fraturas expostas / pseudoatrose infectada

Luxação glenoumeral

Epidemiologia

• Maiores índices de luxação

• Luxações inferiores e superiores são raras.

Formas de Apresentação

Traumática - 1,5-2% da população em geral - impacto direto, queda - Lesões associadas

Atraumática - Episódios de subluxações - Capsula articular considerada “maior” – hipermóvel - Associação com frouxidão ligamentar em outras articulações

Recidivante - 80% dos casos de luxação traumática recidivam - Luxações causadas por traumas menos violentos (sono, mão atrás da

cabeça)

Fatores de risco: luxações recidivantes

• Idade do paciente

“Quanto mais cedo ocorrer a 1ª luxação, maiores serão as chances de novas luxações”

• Intensidade do trauma inicial

- Ruptura capsular de extensão variável

- Lesão do lábio glenoidal

• Reabilitação funcional: fisioterapia

Lesões associadas

Classificação

Anterior

- Posição subcoracóide

- Queda sobre a mão, com

membro em rotação externa

Posterior

- Posição subacromial

- Queda sobre a mão, com

membro em rotação interna

Inferior

Superior

Quadro Clínico e Exame Físico

• Anamnese

• Posição do braço deslocado

- Rotação externa: luxação anterior

- Rotação interna: luxação posterior

• Sinal da dragona: luxação anterior

*luxação posterior pode passar despercebida

• Palpação do pulso radial e procura da sensibilidade do nervo axilar

Exame Radiográfico

Radiografias

• AP do ombro

• Série-trauma do ombro

TC

• Fragmentos intra-articulares

• Afundamento da cabeça do úmero, fraturas do lábio glenoidal

Tratamento - Redução

• Pode ser obtida facilmente, sem anestesia

• 1ª luxação traumática: redução incruenta difícil

Manobras

- Tração e Contratração

- Manobra de Stimson

Tratamento - Imobilização

• Tipóia, velpeau por 2 – 3 semanas

-utilizar de maneira intermitente

-objetivo alívio da dor, cicatrização de tecidos

• Não ocorre cicatrização entre o lábio cartilaginoso e a borda da cavidade glenoidal

Tratamento Cirúrgico

• Indicações:

- Fratura do tubérculo maior desviada

- Redução impossibilitada por interposição de tecido mole

- Fratura do lábio da glenoide maior que 0,5 cm

• Artroscopia

Obrigado