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1 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE CIJ Corte Internacional de Justiça

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

CIJCorte Internacional de Justiça

03, 04, 05 e 06 de junho de 2015São Paulo

[email protected]

(11) 3662-7262

GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

CONSELHO DE CURADORES

PresidenteSra. Celita Procopio de Carvalho

IntegrantesDr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno

Dr. Octávio Plínio Botelho do AmaralDr. José Antonio de Seixas Pereira Neto

Sra. Maria Christina Farah Nassif FioravantiEmbaixador Paulo Tarso Flecha de Lima

DIRETORIA EXECUTIVA

Diretor-PresidenteDr. Antonio Bias Bueno Guillon

ASSESSORIA DA DIRETORIA

Assessor Administrativo e FinanceiroSr. Tomio Ogassavara

Assessor de Assuntos AcadêmicosProf. Rogério Massaro Suriani

Diretor do Conselho de EnsinoProf. Victor Mirshawka

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE

ORGANIZADORES

SecretariadoVictor Dias Grinberg – Secretário-Geral Acadêmico

José Victor Rosa Vilches – Secretário-Geral Administrativo

STAFF ADMINISTRATIVO

André de Melo Reis Bueno Filho – Diretor FinanceiroHenrique Tilelli de Almeida Anacleto – Diretor de Estrutura

Julia Pereira Borges – Diretora de Comunicação

STAFF ACADÊMICO

Agência Internacional de Energia AtômicaRaquel Pereira Silva Dell’Agli

Taís Duarte GreccoIsabela de Oliveira Maia

Assembleia Geral das Nações UnidasLeticia Astolfi Santana

Madalena Rodrigues DerziCarolina Andreosi

Rachel Naddeo GomesGabriele Sampaio

Comitê de ImprensaJulia Pereira Borges

Priscila Tiemo Lopes KawakamiVictoria Junqueira F. Ribeiro

Conselho de Direitos HumanosJúlio César Bardini Cuginotti

Bethânia KopkeCarolina de Faveri Siqueira

Conselho EuropeuThayná Mesquita de AbreuYann Lucas Siqueira SeveroVictoria Fontes Rodrigues

Corte Internacional de JustiçaLuana Assunção Teodoro Souza

Marcela da Costa ValenteNatália Brazinski de Andrade

Gabriella Caterina Longobrado

Counter-Terrorism CommitteeGuilherme de Pinho Vieira Silva

Renato Gonzales Raposo de MelloMatheus D`Agostino Martins

Gabinete RussoThaís Mingoti DutraRafael Facuri Villela

Thiago Godoy

Organização Internacional do TrabalhoGabriela Lotaif

Manoela Meirelles V. de Azevedo

Organização Mundial da SaúdeGuiliano Guidi Braga

Maiara Mayumi Ribeiro ShimoteRayanne C. Morales

Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

Bárbara Ilana Molitor PeriniFernanda Alves de Oliveira

Jéssica Tozatti

Terceiro SetorFernanda Cardoso de Oliveira

Bruno RossettoCarolina Comitre

União das Nações Sul-AmericanasGiovanni de Oliveira Furlani

Heitor P. FelippeMarcos Vinícius Alexandre Santos

United Nations Security CouncilRenan Yukio Nakano

Gabriella Lemos BrackmanLuiza Oliveira Damasceno

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Senhores juízes sejam bem-vindos à Corte Internacional de Justiça (CIJ) no XI Fórum FAAP de Discussão Estudantil.

Pois é, como é possível perceber em nossa saudação, na CIJ os senhores não serão chamados simples-mente de delegados. Como se trata de um organismo jurídico, os senhores representarão juízes e se comportarão do mesmo modo que um juiz da CIJ. Neste comitê a capacidade de negociação depende muito mais de oratória, colheita de argumentos e provas, além de disciplina jurídica, do que simples-mente da realização de alianças com outros países, como ocorre em outros comitês.

Depois de muito tempo fora do Fórum FAAP, a CIJ voltou na XI edição para dinamizar os tipos de comi-tês presentes. As discussões serão realizadas por meio de arbitragem, porém com as regras apresentadas no Guia de Regras.

Produzimos este guia para esclarecer alguns pontos que poderiam ser de dificuldade para os senhores, podendo ser uma fonte de auxílio nas pesquisas e na elaboração de seus argumentos durante sua pre-paração prévia para o comitê.

A mesa será composta por Marcela Valente, Natália Andrade e Gabriella Longobrado, três estudantes de Direito na FAAP que propuseram a volta da CIJ para o Fórum, para complementar a simulação com a parte jurídica.

No XI Fórum FAAP, a CIJ discutirá “A Questão Marítima entre Peru e Chile”, sendo que este guia possui as informações necessárias para que os senhores possam realizar uma pesquisa objetiva e organizada acerca do tema.

Portanto, desejamos a todos os juízes da CIJ bons estudos e esperamos que tenhamos uma boa discussão durante os dias do fórum.

Marcela da Costa ValenteNatália Bazinski de AndradeGabriella Caterina LongobradoDiretoras da CIJ

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HISTÓRICO DO COMITÊ

Vista a necessidade de encontrar interesses seme-lhantes entre os países, em sua maioria europeus, após um período de intensas crises políticas, sociais e econômicas, Woodrow Wilson propôs a criação de um organismo em que proporcionasse aos Esta-dos um espaço para discussão de suas necessidades e interesses. De acordo com o liberalismo wilsonia-no, os países deveriam ser orientados por uma Or-ganização Internacional que pudesse, por meio do Direito Internacional, organizar o Sistema de Esta-dos para que não houvesse um novo conflito como a Primeira Guerra Mundial. Desse modo, em 1919 foi criada a Liga das Nações e, dentro da Liga, para abordar a pauta do direito internacional, foi criada a Corte Permanente de Justiça Internacional (CPJI).1

A CPJI foi o órgão pertencente à Liga das Na-ções que foi considerado historicamente como o mais efetivo do sistema. Sua composição se dava pela indicação de juristas pelos países membros, devendo ser aprovados pelo Conselho e pela As-sembleia. Os membros do Conselho da CPJI eram Itália, França, Reino Unido, Japão e os Estados Uni-dos. A presença desses países no Conselho fazia com que prioritariamente, juristas indicados por eles fossem aprovados como membros da corte.2

Foi na CPJI que foi criado o conceito de “Juiz ad hoc”, que estabelece que se o país que estiver en-volvido em litígio apresentar um juiz na compo-sição da Corte, a outra parte envolvida, no caso de não possuir, pode indicar um juiz para acompa-nhar o caso dentro da CPJI.3

Com os conflitos na Polônia, referentes às invasões alemãs pelo exército nazista, a CPJI foi obrigada a realizar seus últimos esforços para conter uma possível guerra. Duas resoluções foram estabele-cidas para retaliar a Alemanha pelo dito episódio (agosto de 1925 e maio de 1926), e foram de certo

modo efetivas, pois conseguiram postergar o iní-cio da Segunda Guerra Mundial para 1939. Apesar disso, a Corte já percebia uma retomada das ten-sões entre os países europeus4.

No ano de 1939, com o início da Guerra, a CPJI teve que ser extinta, pois seus propósitos de concilia-ção já não eram mais efetivos para a contenção do conflito. Desse modo, o sistema Liga das Nações foi juntamente extinto, voltando os países para um sistema internacional sem uma organização supranacional, como Wilson previa.

Desse modo, após o fim da Segunda Guerra, foi identificada a necessidade de haver uma Orga-nização Internacional que efetivamente tivesse a participação de todos os países, e não somente eu-ropeus ou selecionados, como no caso da Liga das Nações. Nesse sentido foi criada a ONU em 1945. Exportando de Wilson a ideia de que teria de ha-ver um órgão supranacional que resolvesse litígios de modo jurídico e pacífico, foi inserida no siste-ma ONU a Corte Internacional de Justiça (CIJ), se mostrando como o principal órgão judiciário com competência intergovernamental5.

De acordo com o Artigo 22º do estatuto da CIJ, a sede do organismo é localizada em Haia, Países Baixos. Por esse motivo, a CIJ pode ser conhecida e citada como Corte de Haia ou Tribunal de Haia. Sua fundação jurídica pode ser encontrada no arti-go 92º da Carta das Nações Unidas, o qual institui:

“A Corte Internacional de Justiça constitui o órgão

judiciário principal das Nações Unidas. Funciona de

acordo com um Estatuto estabelecido com base no

Estatuto da Corte Permanente de Justiça Internacional

e anexado à presente Carta da qual faz parte

integrante.” (ONU, 1945)6.

Em seu estatuto, estão localizadas certas particu-laridades que a diferem de sua antecessora, a CPJI.

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Primeiramente, quanto à sua composição, é estabe-lecido no Artigo 3º que a Corte deverá ser composta por quinze membros de nacionalidades diferentes, sendo que não poderão haver dois membros da mesma nacionalidade. Os membros da Corte de-verão ser eleitos respectivamente pela Assembleia Geral e pelo Conselho de Segurança, sendo que sua indicação deverá ser realizada pela Corte Perma-nente de Arbitragem. Serão considerados eleitos os candidatos que obtiverem maioria simples, tanto na Assembleia Geral como no Conselho de Segurança, como disposto no Artigo 10º do estatuto da Corte7.

A CIJ tem como competência estabelecida em esta-tuto, atender os casos que sejam levantados apenas por Estados. Nenhum particular pode levantar um procedimento na Corte. Os temas que se apresen-tam como de alçada da CIJ, são todas as ações liti-giosas submetidas pelos membros da Corte com os assuntos previstos na Carta das Nações Unidas e em convenções e tratados acordados anteriormente8.

Outra ação de competência da CIJ é a emissão de pa-receres jurídicos sobre casos apontados pela Assem-bleia Geral e pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. No estatuto da Corte, tal mecanismo está definido como “Opiniões Consultivas”. Tais pareceres servem para que os países membros da ONU possu-am um argumento jurídico para auxiliar nas decisões dos casos apresentados. Os pareceres têm legitimida-de legal, mas possuem caráter recomendatório9.

Quanto à sua composição, como dito anteriormen-te, os 15 (quinze) juízes que comporão a CIJ devem ser indicados pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pelo Conselho de Segurança, devendo vencer uma votação realizada por maioria simples entre os membros. Cada candidato a juiz da CIJ possui notória relevância em seu país, sendo um importante nome acerca do Direito Internacional. Quando eleitos, os juízes deverão exercer o cargo por um período total de 9 (nove) anos, podendo

ser reeleitos, seguindo os procedimentos compre-endidos no Artigo 13º do estatuto da Corte10.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

No XI Fórum FAAP, o tema que será discutido pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) será “A Ques-tão Marítima entre Peru e Chile”, caso que teve grande repercussão tanto jurídica, quando se re-fere às complicações do caso apresentado, como diplomática, na medida em que aumentaram-se as tensões entre os países.

As raízes para a disputa em questão podem ser encontradas no século XIX, mais precisamente no ano de 1883, com o fim da Guerra do Pacífico, que teve início em 187911.

O conflito foi causado pela disputa territorial en-tre Peru, Chile e Bolívia por um espaço no Deser-to do Atacama que possuía grande quantidade de recursos minerais. Neste espaço, havia o controle de indústrias chilenas, financiadas por capital bri-tânico, que impunha altas taxações para o uso destes minerais por outros países. Em retaliação à especulação comercial dos minérios na região, o governo Boliviano, no ano de 1878 declarou um aumento nas taxas de exploração às indústrias chi-lenas que se encontravam em território boliviano. As empresas chilenas que lá estavam localizadas se recusaram a pagar a taxa extra, fazendo com que o governo boliviano retaliasse de modo a confiscar todas as suas propriedades. Em resposta ao confis-co, o Chile enviou um navio de guerra para a costa boliviana para declarar o conflito entre a Bolívia12.

No ano de 1879, obtendo o apoio do Peru, já que o conflito já se alastrava para a costa peruana, a Bolívia declara guerra ao Chile, conflito este co-nhecido como Guerra do Pacífico. O conflito durou 4 (quatro) anos, encerrando-se em 1883. Como

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consequência da guerra, houve a vitória chilena e a anexação por parte do Chile da porção terri-torial que compreendia uma parte do litoral sul do Peru e a única passagem que a Bolívia possuía como acesso ao mar. Ainda em 1883, Peru e Chile assinaram um acordo que delegava a jurisdição de cada país sobre os territórios de Tacna e Arica13.

O Chile, após a assinatura dos tratados supraci-tados, não os cumpriu, devendo a comunidade internacional intervir para que um novo acordo pudesse ser firmado para resolver a disputa terri-torial entre os dois países. Com essa intervenção, principalmente dos EUA, levou os países a assina-rem o Tratado de Lima, no ano de 1929 somen-te, para que pudessem ser definidas as fronteiras terrestres dos dois países. Pela parte terrestre, a jurisdição de cada país já estava definida, porém, os tratados não celebraram nenhuma parte sobre a questão das fronteiras marítimas de cada país14.

Ao longo dos anos, com o avanço da tecnologia de exploração marítima, os interesses que antes esta-vam sobre a terra, se debruçaram sobre o mar. No ano de 1947, Peru e Chile foram dois dos primeiros países a estabelecer sua jurisdição marítima de-marcada em 200 (duzentas) milhas náuticas. Com o intuito de legalizar perante a justiça internacio-nal, assinaram no ano de 1952 a Declaração de Santiago, que estabelecia a proteção do território marítimo de Peru e Chile a respeito das empresas estrangeiras de pesquisa e de caça às baleias. A declaração nada afirmou a respeito da delimitação entre ambos os territórios na interpretação perua-na, já que delimitava sobre os recursos naturais, já que foi reconhecida ao território em questão, uma importância pesqueira singular, sendo uma região economicamente de interesse para ambos os paí-ses, transformando essa disputa em uma disputa com alto teor econômico.15

Em relação a outro tratado celebrado entre as par-tes no ano de 1954, o Convênio sobre Zona Especial Fronteiriça Marítima, estabeleceu que as embar-cações pesqueiras de pequeno porte provindas de ambos os territórios que passarem pelo espaço ma-rítimo comum entre ambos os países devem não de-vem sofrer fricções entre os países, não delegando nada sobre as fronteiras marítimas de cada país16.

Com a vinda da Convenção das Nações Unidas para o Direito do Mar (CNUDM) em 1982, que estabele-cia a jurisdição e soberania dos países perante seu território no mar. Foi acertado que as fronteiras marítimas deveriam ser estabelecidas utilizando linhas de base para a delimitação territorial. Pela primeira vez, o Peru reconheceu que havia uma delimitação territorial a ser cumprida, porém nada havia sido discutido quanto aos territórios maríti-mos da região Chile-Peru17.

Na interpretação chilena, no entanto, a Declaração de Santiago, já havia uma linha a qual delimitava que a fronteira marítima seria uma linha paralela à Linha do Equador, alegando que já deveria haver um acordo entre ambos os países sobre o assunto.

Somente no ano de 2008, com a paralisia das ne-gociações bilaterais entre Peru e Chile, que o Peru leva a questão à CIJ. O argumento peruano era o de que não havia nenhuma documentação reco-nhecida legítima pelo Peru que acordava sobre a fronteira marítima em questão, pedindo à CIJ para que chegasse em um consenso sobre a delimitação territorial e que apresentasse a tese aos países, criando um meio termo entre a delimitação dos países, obedecendo o nível de 200 milhas náuticas. Já o argumento chileno, como apresentado ante-riormente, era de que já havia uma delimitação acordada na Declaração de Santiago que estabe-lecia uma linha paralela ao Equador18.

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O mapa acima ilustra o argumento chileno e a de-limitação estabelecida pelo país juntamente com o contra argumento peruano. Pela imagem é pos-sível observar que a linha de delimitação se en-contra entre os territórios de Tacna e Arica, base territorial do conflito da Guerra do Pacífico, fican-do respectivamente em jurisdição do Peru e Chile. Nesse sentido, busca-se uma delimitação em mar para resolver a questão e acabar com os resquícios da Guerra.

DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Na Corte Internacional de Justiça (CIJ), o caso tra-zido pelo Peru foi colocado em minuciosa análise sendo que sua decisão foi proferida somente em 27 de Janeiro de 2014.

A decisão final da CIJ acatou o argumento chileno que retomava a Declaração de Santiago de 1952, e utilizou a delimitação territorial proposta pelo Chile como base para a decisão final20.

Delimitação territorial de acordo com cada um dos países da disputa.19

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Disputa marítima Peru X Chile21

O mapa acima ilustra o conflito jurídico em ques-tão, sendo que a linha cinza contínua delimita a primeira divisão apresentada pelo Chile, que uti-lizava a linha paralela ao Equador. Já a área pre-enchida com uma cor mais clara exprime o que o Peru alegava que deveria ser seu território. A linha contínua azul exprime a lei internacional de 200 milhas náuticas como território marítimo.

A decisão da Corte de Haia representou um meio termo entre os pedidos de ambos os países. De acordo com a CIJ, a delimitação proposta pelo Chi-le era condizente ao antigo tratado de deliberação marítima dos anos 50 (cinquenta), que estabelecia 80 (oitenta) milhas marítimas de usufruto. Tal parâ-metro deixou de fazer sentido com a assinatura da CNUDM no ano de 1982, que estabelecia as 200 mi-lhas marítimas. Por esse motivo, a CIJ reorganizou os argumentos e delimitou que a fronteira seria re-alizada a partir de uma linha equidistante à costa de ambos os países, sendo que se inicia paralela-mente ao Equador inclinando-se a sudeste como mostra a linha pontilhada azul no mapa acima22.

Uma medida cogitada pela Corte, após a decisão tomada, foi a criação de um farol para delimitar em

que ponto se dá a divisão entre fronteiras maríti-mas, se mostrando como um modo de facilitar a de-limitação. Porém a Corte ainda não emitiu nenhum parecer sobre a construção ou não deste farol, fi-cando essa questão em aberto, necessitando ser in-clusa nas futuras pautas de discussão sobre o caso.

Processo Decisório

Tendo conhecimento da decisão final da CIJ, é ne-cessário agora entender como foi dado seu pro-cesso decisório em relação ao litígio Peru X Chile que está em pauta neste documento.

Primeiramente, como disposto em estatuto, o pro-cesso decisório se dá, em primeira fase, pela apre-sentação do caso à CIJ por um ou mais Estados Membros. Após apresentado e verificado sua le-gítima importância, as partes e os juízes membros da Corte são convocados para uma reunião primá-ria de apresentação do caso. As partes do proces-so poderão ter representação perante a Corte por meio de advogados23.

O procedimento se dá em duas partes: uma Escrita e outra Oral. A parte escrita compreende a apre-sentação de todos os documentos pelas partes no processo, podendo ser memórias históricas ou documentos recém-criados contanto que tenha pertinência e auxilie a parte no caso envolvido. A parte oral diz respeito à audiência composta por testemunhos, agentes, peritos e advogados que participam do caso24.

Se for necessária a obtenção de provas para o auxí-lio da decisão da CIJ, uma petição deve ser encami-nhada para ao Estado em que a investigação se faz necessária, sendo que estas provas devem ser apre-sentadas dentro de um prazo fixado pela Corte com consentimento das partes. Se houver consentimento do Estado, a investigação poderá ser realizada, em caso contrário, não poderão ser obtidas as provas25.

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Após realizada as apresentações necessárias, a Corte se retira para realizar a deliberação sobre o caso. Esse processo se dá de forma privada e se-creta, sendo pública somente a decisão final acor-dada pela CIJ. A deliberação se dá por votação de maioria entre os presentes. No caso de empate, fica a cargo do presidente ou de seu substituto desempatar a votação26.

Deliberado sobre o caso, os juízes da CIJ incenti-vam a produção da sentença final. Uma vez escrita a sentença, ela deverá ser assinada pelo presiden-te e pelo secretário, devendo ser apresentada a todos os juízes. Uma vez aprovada, a sentença é final, inalterável e inapelável27.

Processo Decisório na Questão Marítima Peru X Chile

O ponto de partida dado para esse caso foi por parte do Peru, que levou o litígio à CIJ. Após apre-sentado, foram convocados todos os membros, in-cluindo um juiz ad hoc para cada uma das partes, já que não possuíam uma representação perma-nente perante a Corte28.

Após a convocação das partes, o Peru apresentou seus argumentos, dizendo que não haviam trata-dos que delimitassem a fronteira marítima entre os dois países em litígio. Já o Chile, apresentou que as fronteiras já haviam sido divididas como apresentado na declaração de 195229.

Realizadas as apresentações das partes, a corte se isolou para deliberar o caso. Nesse ponto, a corte discutiu a existência de uma fronteira marítima entre os países, devendo identificar o ponto de partida do referido limite territorial. A CIJ concorda que ambas as partes apresentaram um acordo para o Tratado de Lima, reconhecendo a presença de uma fronteira marítima para cada um dos países. Foi identificado pela Corte um ponto de partida para a delimita-

ção, que denominaram “Concordia”, localizado a 10 (dez) quilômetros ao norte da ponte do rio “Lluta”, no Chile, bem próximo da fronteira com o Peru30.

A CIJ ainda retoma que no Tratado de Lima, foi concordado uma demarcação por Comissão Mis-ta, ou seja, realizada por um demarcador físico, chamado de “Boundary Marker”. No entanto, du-rante a deliberação, as partes não concordaram quanto à localização de “Concordia”, o Bounda-ry Marker em questão. Portanto, a Corte delegou que a marcação seria realizada a partir do paralelo que passava por “Concordia”, mas que se limitava à parte do paralelo que passava sobre o mar31.

PANORAMAS

Diferentemente dos outros comitês do XI Fórum FAAP em que os panoramas demonstram a posi-ção dos países ou das regiões em relação ao tema que está sendo discutido pelo comitê, a CIJ apre-senta uma pequena apresentação sobre cada um dos juízes que irão compor a discussão, dispondo de uma pequena biografia e seu voto na disputa em questão. Esta parte do guia serve para que os senhores possam delimitar sua pesquisa na vasta imensidão da internet e auxiliar em como os se-nhores devem se portar durante os dias na CIJ.

Peter Tomka / Presidente

É da Eslováquia, nascido em Banská Bystrica, em 01 de junho de 1956. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2003; vice-presidente de 06 de feve-reiro de 2009 a 05 de fevereiro de 2012; reeleito de 06 de fevereiro de 2012; Presidente do Tribunal desde 06 de fevereiro de 2012 – 2015.

VOTO: Concorda com a conclusão do Tribunal de que a fronteira marítima única entre Peru e Chile começa na interseção do paralelo de latitude pas-

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sando por Boundary Marker No. 1 com a linha de baixa-mar. Ele também concorda que a única fron-teira marítima é a que segue o paralelo de latitude.

Bernardo Sepúlveda Amor / Vice-Presidente

É do México, nascido na Cidade do México em 14 de dezembro de 1941. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2006; vice-presidente desde 06 de fevereiro de 2012 – 2015.

VOTO: Ele aceita que, nas circunstâncias apropria-das, uma fronteira marítima pode ser feita me-diante acordo tácito. Mas ele rejeita que o Acordo Especial Marítima Frontier Zona 1954 comprova a existência de tal acordo que criaria essa fronteira.

Hisashi Owada

É do Japão, nascido em Niigata, em 18 de setembro de 1932. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2003; presidente de 06 de fevereiro de 2009 a 05 de fevereiro de 2012; reeleito de 06 de fevereiro de 2012.

VOTO: Embora ele tenha aceitado as conclusões da decisão do acórdão, ele ainda não tem sido capaz de associar-se plenamente com o raciocínio que levou o Tribunal a sua conclusão quanto à delimitação con-creta de a fronteira marítima única entre Peru e Chile.

Ronny Abraham

É da França, nascido em 05 de setembro de 1951 em Alexandria, no Egito. Membro da CIJ desde 15 de fevereiro de 2005; reeleito a partir de 06 de fevereiro de 2009.

VOTO: Concordou com a decisão de que a frontei-ra partisse da intersecção do paralelo de latitude passando por Boundary Marker No. 1 com a linha a baixo do mar.

Sir Kenneth Keith

É da Nova Zelândia, nascido em Auckland, em 19 de novembro de 1937. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2006.

VOTO: Votou de acordo com a decisão de que a fronteira marítima se inicia com o paralelo de la-titude passando por Boundary Marker nº 1 para o Ocidente.

Mohammed Bennouna

É do Marrocos, nascido em Marrakesh, em 29 de abril de 1943. Membro da CIJ desde 06 de feverei-ro de 2006.

VOTO: Concordou com a decisão de que o seg-mento inicial corre até um ponto situado a uma distância de 80 milhas náuticas do ponto de parti-da da fronteira marítima.

Leonid Skotnikov

É da Rússia, nascido em Kalinin, em 26 de março de 1951. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2006.

VOTO: Votou a favor das conclusões do Tribunal. No entanto, ele não concorda com o tratamento do Tribunal sobre a questão da extensão da fron-teira marítima entre Peru e Chile.

Antônio Augusto Cançado Trindade

É do Brasil, nascido em Belo Horizonte, em 17 de setembro de 1947. Membro da CIJ desde 06 de fe-vereiro de 2009.

VOTO: Decidiu de acordo com o Tribunal que o ponto de partida da fronteira marítima, é a inter-secção do paralelo de latitude passando por Boun-dary Marker no. 1 com a linha abaixo do mar.

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Abdulqawi Ahmed Yusuf

É da Somália, nascido em Eyl, 12 de setembro de 1948. Membro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2009.

VOTO: Votou em favor da decisão que diz que o segmento inicial da fronteira marítima segue o pa-ralelo de latitude passando por Boundary Marker no. 1 para o Ocidente.

Xue Hanqin

É da China, nascida em Xangai, em 15 de setem-bro de 1955. Membro da CIJ desde 29 de junho de 2010; reeleita a partir de 06 de fevereiro de 2012.

VOTO: Votou contra a decisão que diz que o seg-mento inicial corre até um ponto situado a uma distância de 80 milhas náuticas do ponto de parti-da da fronteira marítima.

Joan E. Donoghue

É dos Estados Unidos da América, nascida 12 de dezembro de 1956, Yonkers, Nova Iorque. Mem-bro da CIJ desde 09 de setembro de 2010.

VOTO: Tribunal concluiu que não há “provas con-vincentes” de acordo tácito para uma frontei-ra marítima, correndo ao longo do paralelo que atravessa Boundary Marker no. 1, de acordo com a norma que o Tribunal de Justiça havia articulado no caso de disputa territorial e marítima entre a Nicarágua e Honduras sobre mar do Caribe.

Julia Sebutinde

É da Uganda, nascida em Entebbe, em 28 de feve-reiro de 1954. Membro da CIJ desde 06 de feverei-ro de 2012.

VOTO: Em sua opinião divergente, o juiz expressa sua discordância com as conclusões do Tribunal.

Em particular, ele discorda sobre a conclusão do Tribunal de que uma fronteira marítima para to-dos os fins já existe entre as partes ao longo do paralelo de latitude que passa através do nº Boun-dary Marker 1, com base em um acordo tácito en-tre as partes.

Dalveer Bhandari

É da Índia, nascido 01 de outubro de 1947. Mem-bro da CIJ desde 27 de abril de 2012.

VOTO: Votou contra a decisão que diz que o seg-mento inicial corre até um ponto situado a uma distância de 80 milhas náuticas do ponto de parti-da da fronteira marítima.

Gilbert Guillaume / ad hoc

É da França, nascido em 4 de dezembro de 1930, em Bois-Colombe. Membro da Corte Internacional de Justiça desde 1987, sendo Presidente durante 2000 – 2003. É um juiz ad hoc escolhido por parte do Peru.

VOTO: Concorda com a decisão e ações do Tribu-nal. Ele observa, em particular, que o Chile não conseguiu demonstrar que o limite decorrente do acordo tácito entre as partes prorrogada para além de 60 a 80 milhas marítimas das costas.

Francisco Orrego Vicuña / ad hoc

É do Chile, nascido em 12 de abril de 1942, em Santiago do Chile. É um juiz ad hoc escolhido por parte do Chile.

VOTO: Em parte explica os aspectos do julgamen-to com o qual ele concorda, e em parte observa questões do qual ele discorda. Há, em primeiro lu-gar, o ponto de partida de delimitação marítima, estabelecida no ponto em que o paralelo que pas-sa por Boundary Marker no. 1 cruza com a linha de baixo-mar. Igual importância é ligado ao reconhe-

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cimento do paralelo como um critério para efetuar a delimitação marítima, em certa medida.

Giorgio Gaja

É da Itália, nascido em Lucerna, na Suíça, em 7 de dezembro de 1939, nacionalidade italiana. Mem-bro da CIJ desde 06 de fevereiro de 2012.

VOTO: Como explicado na opinião oposta, a delimi-tação marítima entre Chile e Peru de acordo com a Declaração de Santiago segue o paralelo que atraves-sa o ponto em que a fronteira terrestre atinge o mar.

Comportamento dos Juízes na Votação do Caso

Como no caso dos juízes, se torna mais difícil encon-trar históricos de decisões e, em se tratando de indi-víduos, não podemos ter uma linha tênue, como os países e suas respectivas políticas externas. Portanto apresentamos a seguir o comportamento dos juízes nas cláusulas votadas durante o caso, para auxiliá-los em seu comportamento durante os dias do fórum.

A CORTE

(1) Por quinze votos a um decide que o ponto de par-tida da única fronteira marítima delimitando as res-pectivas áreas marítimas entre a República do Peru e da República do Chile é a intersecção do paralelo que passa por Boundary Marker No. 1 com a linha de baixa-mar; A FAVOR: Presidente Tomka; Vice-presi-dente Sepúlveda-Amor; Juízes Owada, Abraão, Kei-th, Bennouna, Skotnikov, Cançado Trindade, Yusuf, Xue, Donoghue, Sebutinde, Bhandari; Juízes Guillau-me ad hoc, Orrego Vicuña; CONTRA: Juiz Gaja;

(2) Por quinze votos a um, decide que o segmento inicial da única fronteira marítima segue o parale-lo de latitude passando por Boundary Marker No. 1 para o ocidente; A FAVOR: Presidente Tomka;

Vice-presidente Sepúlveda-Amor; Juízes Owada, Abraão, Keith, Bennouna, Skotnikov, Cançado Trindade, Yusuf, Xue, Donoghue, Gaja, Bhandari; Juízes Guillaume ad hoc, Orrego Vicuña; CONTRA: Juiz Sebutinde.

(3) Por dez votos a seis, decide que este segmento inicial é executado até um ponto (Ponto A) situa-do a uma distância de 80 milhas náuticas do ponto de partida da única fronteira marítima; A FAVOR: Vice-Presidente Sepúlveda-Amor; Juízes Owada, Abraão, Keith, Bennouna, Skotnikov, Cançado Trindade, Yusuf, Donoghue; Juiz ad hoc Guillau-me; CONTRA: Presidente Tomka; Juízes Xue, Gaja, Sebutinde, Bhandari; Juiz ad hoc Orrego Vicuña.

(4) Por quinze votos a um, decide que, pelas razões expostas no parágrafo 189 [do mesmo acórdão], ele não precisa para se pronunciar sobre a segun-da apresentação definitiva da República do Peru. A FAVOR: Presidente Tomka; Vice-presidente Se-púlveda-Amor; Juízes Owada, Abraão, Keith, Ben-nouna, Skotnikov, Cançado Trindade, Yusuf, Xue, Donoghue, Gaja, Sebutinde, Bhandari; Juiz ad hoc Guillaume; CONTRA: Juiz ad hoc Orrego Vicuña.

DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL (DPO)

O documento de posição oficial (DPO) é o primeiro documento elaborado pelos senhores na condição de delegados do XI Fórum FAAP. Para sua partici-pação no fórum, os senhores devem realizar uma pesquisa prévia, utilizando-se deste guia como uma fonte inicial e de outras fontes para complementar a pesquisa realizada. No DPO deve estar contida a pes-quisa realizada que exprime a posição do juiz de que os senhores representarão expressamente o que foi debatido nas discussões. Ele deve ser uma ferramen-ta a partir da qual os outros delegados/juízes possam entender o seu posicionamento dentro do comitê.

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Nesta sessão do Guia de Estudos, os senhores verão 5 (cinco) perguntas para que elas possam guiá-los durante a elaboração dos trabalhos. Lembre-se que o DPO não deve ser realizado em meio de pergun-tas e respostas, mas sim os senhores deverão se uti-lizar dessas perguntas para montar o documento.

O DPO deve seguir a formatação estabelecida no Guia de Regras do XI Fórum FAAP. No canto superior esquerdo deve estar contido o símbolo da CIJ. A for-matação deverá ser em Times New Roman 12, com espaçamento simples e margem superior e esquerda de 3cm e inferior e direita de 2cm. O delegado de-verá assinar o documento no canto inferior direito.

Seguem as 5 (cinco) perguntas que os auxiliarão na formulação do DPO:

1. Do ponto de vista histórico, qual dos países em questão mais usufruiu do território marítimo discutido e suas riquezas?

2. Na opinião de V. Ex., qual o país que perdeu mais território de abrangência nacional marítima?

3. Qual país foi mais prejudicado em questões econômicas pesqueiras? Qual deles mais se ba-seia na economia de pesca para abastecimen-to interno e externo?

4. Ambos, Chile e Peru, requerem o território por motivos econômicos, como demonstrado. Exis-te mais alguma razão para essa disputa?

5. Seria a população chilena ou a peruana que ficaria mais prejudicada na perda do território e seu usufruto?

A estrutura de texto recomendada para o DPO é que os senhores realizem uma pequena intro-dução, coloquem seus argumentos baseados nas perguntas em seguida e logo após elaborem uma

conclusão. Desse modo, o documento possuirá uma clareza e objetividade necessárias para o bom entendimento pela parte dos outros juízes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Acesso em 15/03/2015.

NOTAS

1. LIMA, L. C. “O surgimento da corte permanente

de justiça internacional: formação europeia e

fundamento voluntarista”. UFSM: 2013.

2. Idem. Ibidem.

3. Idem. Ibidem.

4. CIJ. “Decisões e resoluções da CPIJ” [on line].

Disponível em <http://www.icj-cij.org/pcij/series-a.

php?p1=9&p2=1> Acesso em 14/03/2015.

5. CIJ. “Histórico da Corte” [on line]. Disponível em

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6. ONU “Estatuto da CIJ” [on line]. Disponível em

<http://legal.un.org/avl/pdf/ha/ sicj/ icj_statute

_e.pdf> Acesso em 14/03/2015.

7. Idem. Ibidem

8. Idem. Ibidem

9. ONU “Estatuto da CIJ” [on line]. Disponível em

<http://legal.un.org/avl/pdf/ha/ sicj/ icj_statute

_e.pdf> Acesso em 14/03/2015.

10. Idem. Ibidem

11. EL PAIS “Caso Peru X Chile” [on line]. Disponível

em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/01/27/

internacional/1390836755_275707.html> Acesso em

15/03/2015.

12. JUS NAVIGANDI. “Resquícios da Guerra do Pacífico”

[on line]. Disponível em <http://jus.com.br/artigos/

26629/chile-peru-e-bolivia-a-questao-do-acesso-

soberano-ao-mar-resquicios-da-guerra-do-pacifico-

encontrando-solucoes> Acesso em 15/03/2015.

13. Idem. Ibidem

14. Idem. Ibidem

15. PERU. “O processo de Haia” [on line]. Disponível em

<http://www.presidencia.gob.pe/o-processo-da-

haia> Acesso em 15/03/2015.

16. Idem. Ibidem

17. MARINHA. “CNUDM” [on line] Acesso em <https://

www.egn.mar.mil.br/arquivos/cursos/csup/ CNUDM.

pdf> Acesso em 15/03/2015.

18. CAEI. “La disputa de Haia: Peru X Chile” [on line].

Disponível em < http://www.caei.com.ar/sites/default

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15/03/2015.

19. CAEI. “Mapa da disputa” [on line] Disponível em

<http://www.caei.com.ar/sites/default/files /working_

paper_ndeg_37.pdf> Acesso em 15/03/2015.

20. Idem. Ibidem

21. EL PAIS. “Mapa da disputa” [on line]. Disponível

em <http://brasil.elpais.com/brasil/2014/ 01/27/

internacional/1390836755_275707.html> Acesso em

15/03/2015.

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22. Idem. Ibidem

23. ONU “Estatuto da CIJ” [on line]. Disponível em

<http://legal.un.org/avl/pdf/ha/ sicj/ icj_statute

_e.pdf> Acesso em 14/03/2015.

24. Idem. Ibidem

25. Idem. Ibidem

26. Idem. Ibidem

27. ONU “Estatuto da CIJ” [on line]. Disponível em

<http://legal.un.org/avl/pdf/ha/ sicj/ icj_statute

_e.pdf> Acesso em 14/03/2015.

28. CAEI. “La disputa de Haia: Peru X Chile” [on line].

Disponível em < http://www.caei.com.ar/sites/default

/files/working_paper_ndeg_37.pdf> Acesso em

15/03/2015.

29. Idem. Ibidem

30. Idem. Ibidem

31. Idem. Ibidem

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