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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO PIBID: VIVENCIANDO A PESQUISA NA TRANSFORMAÇÃO DO RIO IMBOAÇU Debora Cristina Vieira Simas Mestranda em Geografia UERJ-FFP [email protected] INTRODUÇÃO O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a ponte universidade-escola, e demonstrar a importância desta aproximação em busca da desconstrução construção- reconstrução do espaço escolar, em que possa refletir junto à escola e a comunidade, propondo uma transformação que começa no ensino da disciplina de Geografia de maneira crítica através da práxis dos seus professores. Ao debruçar sobre a análise do papel do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBD) na atuação dos professores de Geografia, propõe-se refletir sobre o seu papel na escola básica e a importância da ponte universidade-escola para a construção de uma Geografia Escolar em que de fato seja este mais crítico e autônomo. Através de práticas curriculares que relacionam os conteúdos escolares com a realidade em que a escola está inserida, o presente trabalho problematiza a práxis da Geografia Escolar trazendo à luz a prática e a pesquisa proposta pelo projeto Saber Escolar e Formação Docente” do PIBID-UERJ de Geografia no ano de 2015. A metodologia envolve três abordagens específicas para este trabalho: 1. A apresentação do PIBID e a proposta utilizada pelo projeto de Geografia “Saber Escolar e Formação Docente”; 2. As estratégias de trabalho do ano de 2015, no Instituto de Educação Clélia Nanci (IECN); 3. A relação do programa com a formação inicial e continuada dos professores de Geografia. O PIBID

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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES DE

GEOGRAFIA NO PIBID: VIVENCIANDO A PESQUISA NA

TRANSFORMAÇÃO DO RIO IMBOAÇU

Debora Cristina Vieira Simas

Mestranda em Geografia UERJ-FFP

[email protected]

INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho é refletir sobre a ponte universidade-escola, e

demonstrar a importância desta aproximação em busca da desconstrução – construção-

reconstrução do espaço escolar, em que possa refletir junto à escola e a comunidade,

propondo uma transformação que começa no ensino da disciplina de Geografia de

maneira crítica através da práxis dos seus professores.

Ao debruçar sobre a análise do papel do Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência (PIBD) na atuação dos professores de Geografia, propõe-se refletir

sobre o seu papel na escola básica e a importância da ponte universidade-escola para a

construção de uma Geografia Escolar em que de fato seja este mais crítico e autônomo.

Através de práticas curriculares que relacionam os conteúdos escolares com a realidade

em que a escola está inserida, o presente trabalho problematiza a práxis da Geografia

Escolar trazendo à luz a prática e a pesquisa proposta pelo projeto “Saber Escolar e

Formação Docente” do PIBID-UERJ de Geografia no ano de 2015.

A metodologia envolve três abordagens específicas para este trabalho:

1. A apresentação do PIBID e a proposta utilizada pelo projeto de

Geografia “Saber Escolar e Formação Docente”;

2. As estratégias de trabalho do ano de 2015, no Instituto de Educação

Clélia Nanci (IECN);

3. A relação do programa com a formação inicial e continuada dos

professores de Geografia.

O PIBID

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O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) apresenta-se

como uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores

para a Educação Básica. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura

participantes de projetos de iniciação à docência, desenvolvidos por Instituições de

Educação Superior (IES) em parceria com escolas de Educação Básica da Rede Pública

de Ensino.

Segundo o site da CAPES, “como premissas, os projetos devem promover a

inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação

acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um

docente da licenciatura e de um professor da escola”. Posto isso, o programa tem como

objetivos principais: Incentivar a formação de docentes em nível superior para a

educação básica; contribuir para a valorização do magistério; elevar a qualidade da

formação inicial de professores, promovendo a integração entre educação superior e

educação básica; inserir os licenciandos no cotidiano de escolas; mobilizar seus

professores como protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério;

contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes,

elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.

Na tabela a seguir (Figura 1), pode-se observar o número de Instituição de

Ensino Superior e projetos participantes do projeto:

Figura 1

Número de IES e projetos participantes do PIBID 2014

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Figura 1: FONTE: http://www.CAPES.gov.br/educacao-

basica/CAPESPIBID/relatorios-e-dados

Para uma IES interessada em participar do PIBID é necessário apresentar a

CAPES seus projetos de iniciação à docência conforme os editais de seleção publicados.

Desta maneira, podem se candidatar IES públicas e privadas com e sem fins lucrativos

que ofereçam cursos de licenciatura. Assim, as instituições aprovadas pela CAPES

recebem cotas de bolsas e recursos de custeio e capital para o desenvolvimento das

atividades do projeto.

O PIBID nasce de uma portaria da CAPES de nº72 de 09/04/2010 onde a

CAPES proprõe- se a dar bolsas para professor da Educação Básica, preocupando-se

com a formação continuada de professores, vinculada as Instituições de Ensino Superior

estabelecendo assim uma verdadeira ponte da Escola Básica com a universidade. Como

apresentado no recorte do documento a seguir:

...a indução e o fomento à formação para o magistério da

educação básica, em observância às prescrições dos Decretos nº

6.094, de 24 de abril de 2007 e nº 6.755, de 29 de janeiro de

2009, e considerando, ainda, o disposto na Resolução nº 22, de

24 de abril de 2009 e na Portaria nº 9, de 30 de junho de 2009,

resolve:

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Art. 1º Instituir, no âmbito da CAPES, o Programa Institucional

de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID que tem por

finalidade apoiar a iniciação à docência de estudantes de

licenciatura plena das instituições de educação superior federais,

estaduais, municipais e comunitárias sem fins lucrativos,

visando aprimorar a formação dos docentes, valorizar o

magistério e contribuir para a elevação do padrão de qualidade

da educação básica. ( PORTARIA No- 72, DE 9 DE ABRIL DE

2010)

Desta forma o PIBID se insere nesta “nova CAPES” preocupada com a melhoria

da Educação Básica relacionando desde a formação inicial de um professor na

universidade, tendo um formato participativo, processual, contínuo, regular e

diversificado, em que os alunos de graduação vão à escola, o professor da escola básica

retorna e participa da universidade, tendo os mais diversos vieses. Este formato

diferenciado do PIBID proporciona a problematização dos baixos níveis da Educação

Básica brasileira, podendo ser tratada de maneiras diversas: desde a tradicional ortodoxa

ou as mais holísticas abordagens cognitivas, ficando assim a cargo dos projetos.

Apoiando-se no pensamento de NÓVOA (1998), Schön, Rosa e Schnetzler

(2003) defendem que para romper com a racionalidade técnica, uma possibilidade é a

ideia de parceria colaborativa. Nesta parceria colaborativa, a partir da interação entre

pares que assumem papéis específicos no processo: a reflexão e a intervenção na

realidade se viabilizam.

PROJETO SABER ESCOLAR E FORMAÇÃO DOCENTE

Presente no relatório da UNESCO “EDUCAÇÃO UM TESOURO A

DESCOBRIR Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação

para o século XXI”, o prefácio de Dellors destaca a preocupação com as tensões latentes

no mundo como um todo. Delors (1996, p.13- 14) afirma:

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“as tensões permanecem latentes e explodem, tanto entre

nações como entre grupos étnicos, ou a propósito de injustiças

acumuladas no plano econômico e social. É dever de todos os

responsáveis, num contexto marcado pela crescente interdependência

dos povos e pela globalização dos problemas, avaliar os riscos

apontados e organizar-se de modo a afastá-los. Mas como aprender a

viver juntos nesta “aldeia global”, se não somos capazes de viver nas

comunidades naturais a que pertencemos: nação, região, cidade, aldeia,

vizinhança? A questão central da democracia é saber se queremos, se

podemos participar na vida em comunidade. Querê-lo ou não, é bom

não o esquecer, depende do sentido de responsabilidade de cada um. ”

Desta forma, questionando a realidade posta, o projeto do PIBID de Geografia

“Saber Escolar e Formação Docente” vinculado ao Laboratório de Ensino de Geografia

da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade do Estado do Rio de

Janeiro (UERJ), tem como objetivo a melhoria dos processos de ensino-aprendizagem

dos conteúdos escolares que contribua ao fortalecimento da qualidade da escola pública

no leste da baía de Guanabara, nos municípios de São Gonçalo, Itaboraí, Niterói e

Tanguá. Sendo os mesmos, periferia da metrópole do Rio de Janeiro, região em que os

indicadores sócio-econômico-educacionais expressam baixos níveis de qualidade dos

serviços públicos e, consequentemente, da qualidade de vida.

Este projeto elegeu como estratégia explicitar, problematizar e reconstruir a

relação conteúdo-método e currículo-didática nas práticas educativas na escola publica,

em que são experimentadas diversas situações de aprendizagem dos conteúdos escolares

baseadas na metodologia de problematização da prática social dos alunos.

TRABALHO NO IECN

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A escola assim como toda a educação ao longo dos tempos não foi, não é e

nunca teve a pretensão de ser um fenômeno neutro. Assim como o ensino da disciplina

de Geografia atende a um projeto de sociedade. Como colocado por Santana (2006,

s/p):

“Um mínimo de conhecimento sobre a ciência geográfica, os

seus fundamentos e sua evolução conceitual logo nos remete à sua

condição de saber estratégico e político. O que nos permite

compartilhar a idéia de que a sua produção e o seu ensino carecem

inevitavelmente de um projeto de sociedade.”

Na verdade a escola é uma instituição que serve e sofre com os efeitos da

ideologia a que está servindo numa dada atmosfera. Esta nova instituição é uma das

maiores e principais esferas da formação sócio-política. A ideia da escola não se

restringe a simples transmissão de conhecimentos, mas está ligada a todo um projeto de

formação moral, preparando este indivíduo para se adaptar a sociedade a qual pertence,

ou seja, o que se convencionou chamar de “formação cidadã” também tratado por

Santana (2006, s/p):

“Especialmente hoje, quando esta condição está praticamente

reduzida ao homem/mulher como consumidor(a). Há uma necessidade

de que os produtores do espaço – agrícola ou urbano – nele se vejam e

o compreendam para nele viver e não apenas transitar. Estas idéias

podem ser reafirmadas segundo a contribuição de Milton Santos em

Pensando o Espaço do Homem (SP: Hucitec. 1992).”

Santana (2006, s/p) expõe ainda que:

“O ensino de Geografia assim compreendido indica que a

prática docente está carregada de intencionalidade. É prática cultural e

política que não tem argumentos para neutralidade, não pode ser

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produto do acaso ou do improviso. Também aqui a questão da

cidadania tem relevância, afinal, o(a) educador(a)-geógrafo(a) em sua

relação dialógica com o educando(a) ensina-aprende-pratica na aula de

Geografia, seja qual for a sua estratégia para promover o ensino-

aprendizagem. Na complexidade desse ato, as condições concretas de

existência e reprodução desafiam os(as) professores(as) a viverem

dialeticamente as múltiplas dimensões da vida. Dito de outro modo:

ensinar Geografia é prática política e requer do(a) educador(a) que

considere as condições de trabalho (suas) e de aprendizagem (suas e

dos alunos), e que projete seu planejamento e sua intervenção para

além da aula, do livro, do mapa, do exercício.”

Desta forma o tema da Mostra de Trabalhos do PIBID – UERJ/ FFP e IECN

aborda o espaço de vivênvia do aluno, seu espaço banal. Para tratar do conceito de

espaço Banal recorremos ao Milton Santos (2000, p.108) que afirma que:

As horizontalidades são zonas da contiguidade que formam

extensões contínuas, ou seja, processos que ocorrem no espaço

cotidiano; as relações de solidariedade, de resistência, etc. (...) O

espaço banal seria o espaço de todos: empresas, instituições,

pessoas; o espaço das vivências*; são espaços que sustentam e

explicam um conjunto de produções localizadas,

interdependentes, dentro de uma área cujas características

constituem, também, um fator de produção. (SANTOS, 2000,

p.108)

Desta feita, justificou-se o uso deste referencial teórico, bem como se buscou

trabalhar com estes alunos no seu espaço comum, cotidiano, oferecendo resistência à

exploração e a falta de informação, para que o aluno internalize o conceito de cidadania

e entenda que faz parte da produção deste espaço, trabalhando assim a solidariedade

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orgânica que segundo Santos em “tais circunstâncias pode-se dizer que a partir do

espaço geográfico cria-se uma solidariedade orgânica, o conjunto sendo formado pela

existência comum dos agentes exercendo-se sobre um território comum.

Ao longo da pesquisa na escola evidenciou-se que estudar o espaço vivido e

banal era estimulante para os alunos. Ao fazer visitas em campo, entrevistar os

moradores e coletar dados em geral os alunos se envolveram e problematizaram as

dificuldades de entendimentos conceituais dos moradores e passaram a explicar por eles

mesmos o que haviam aprendido ao longo da pesquisa. A contribuição principal do

projeto para os alunos e a superação das dificuldades concernentes ao tema, a partir de

uma articulação entres os conceitos, os conteúdos disciplinares e a aplicabilidade prática

do assunto. Portanto neste trabalho propõe- se que tanto discente como docente são

produtores de conhecimento, apontando assim uma renovação na prática pedagógica,

visto que se trabalham os conteúdos de maneira crítica.

A II Mostra (Figura 2) foi marcada pela linguagem artística para a divulgação

das pesquisas realizadas em campo pelos alunos.

Figura 2

Cartaz da Mostra- Banner Oficial do Evento

Fig 3: Fonte: Arquivo pessoal

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A saber:

9º ano- Construção de recursos didáticos sobre a poluição mno rio Imboaçu que

chega a da Baía de Guanabara;

1º ano: Sensoriamento Remoto (SR) na Evolução da Paisagem da Baía de

Guanabara e Fotografias da produção do espaço;

2º ano: Problemas Urbanos ambientais com consequências na Baía de

Guanabara.

Trabalhos estes melhor especificados a seguir.

Para o SR da turma do 1º ano foi utilizado o Google Earth, visto que o tema

mapeamento e problemas ambientais são questões cruciais para o 1º ano do ensino

médio. Os alunos trabalharam durante toda a pesquisa no laboratório de informática da

própria escola sob a orientação das professoras e estagiárias para a coleta de dados de

satélite para a problematização da área e posterior ida a campo para a constatação do

que foi visto remotamente. No trabalho de campo os alunos fotografaram e

entrevistaram frequentadores de pontos importantes como o “Piscinão de São Gonçalo”,

comerciantes na circunvizinhança da escola no Rio Imboaçu e trabalhadores da ponte

Rio- Niterói. As turmas de 2º ano optaram por tratar de vídeos de curta-metragem e

exposição de fotografias que mostrassem problemas ao longo do curso do rio Imboaçu,

fazendo vídeos de conscientização da poluição doméstica e industrial.

Na produção dos curtas-metragens, os alunos do 2º ano filmaram no curso do

rio, em áreas próximas a escola para assim mostrar a grande quantidade de lixo

encontrada e assim tratar da consciência ambiental.

FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS PROFESSORES DE

GEOGRAFIA NO PIBID

Uma questão imprescindível no debate educacional é a qualidade da educação e

para tal precisa-se defender a importância da formação continuada dos professores,

sendo esta uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação. A escola

tem desempenhando variados e novos papéis na sociedade atual e ao professor tem

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cabid uma série de responsabilidades e papeis que extrapolam os muros da escola.

Sendo assim, professor e alunos estão no cerne da questão educacional. Para que ocorra

de fato uma melhoria na Educação se faz necessário uma formação inicial e continuada

de professores teórico-metodologicamente fundamentada, e com articulação permanente

entre espaços de formação e de atuação dos profissionais da educação. Propor novos

materiais didáticos, desenvolver inovadoras metodologias de ensino e problematizar

princípios de organização curricular constituem desafios. Desta forma o PIBID é um

dos braços que possibilitam a construção e a formação inicial e continuada dos agentes

escolares e principalmente do professor.

RESULTADOS PRELIMINARES

O projeto do PIBID de Geografia “Saber Escolar e Formação Docente” tem se

mostrado extremamente positivo dentro do universo da educação. Abarcando desde a

educação básica, passando pela educação superior e terminando como educação

continuada possibilida o diálogo entre a universidade e a escola com diversos atores.

O Ensino de Geografia exige do educador um empenho constante para o

processo ensino- aprendizagem que possibilite ao aluno a oportunidade de construir e

desenvolver o conhecimento de maneira problematizada e crítica, ao professor em

formação a experiência dentro da escola básica seus problemas e a troca com a

universidade e um professor regente e ao professor de escola básica a ponte com a

universidade o apoio de outros colegas da universidade e a continuidade de sua

formação. Neste caminho cria-se uma prática científica atrelada as práticas e saberes

espaciais problematizando as categorias e conceitos geográficos, tornando a Disciplina

de Geografia mais significativa para os discentes e docentes.

Desta forma busca-se diversas formas de construção de conhecimento:

valorizando a importância de motivar, provocar o interesse, a participação e o

envolvimento dos alunos na construção do seu conhecimento geográfico, visto que há a

proposição e experimentação de diversas situações de aprendizagem dos conteúdos

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escolares baseadas na metodologia de problematização da prática social dos alunos e

dos próprios professores.

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BIBLIOGRAFIA

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