o livro didático de ciências e a problematização · a problematização vai além de uma...
TRANSCRIPT
O Livro Didático de Ciências e a Problematização
Prof. Valery Munhoz da Cruz Oliveira1
Prof. Vera Lúcia Bahl de Oliveira2
Resumo: Trata da aplicação de uma metodologia problematizadora, aliada ao uso do livro didático, com o objetivo de desenvolver os conteúdos de Ciências por meio de uma prática pedagógica mais participativa e que proporcione um aprendizado significativo aos alunos. A problematização vai além de uma proposta apenas motivacional, propicia a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. Baseando-se em um método pedagógico apoiado na perspectiva histórico-crítica, essa sugestão de mudança metodológica utiliza-se da problematização para propor uma ruptura de práticas de ensino tradicionais no uso do livro didático, propiciando um enriquecimento qualitativo no ensino de Ciências. Todos esses aspectos puderam ser constatados através da aplicação desta metodologia junto a alunos das quintas séries (sexto ano) de uma escola pública estadual de Londrina – PR.
Palavras-Chave: Metodologia de ensino. Problematização. Livro Didático.
Abstract: This work discusses the application of a problem based methodology, combined with the use of didactic book , with the aim of developing the contents of Sciences by means of a more participative pedagogic practice which provides a significative learning to the students. The problematization overcomes a simple motivational proposal and facilitates the approaching between the acquirements from the students and the scientific knowledge to be taught. From a pedagogic method based on a historic-critical perspective, this current suggestion employs the problematization to propose a rupture in the traditional uses of the didactic book, propitiating a qualitative enrichment in the Sciences learning. All these aspects could be verified through the application of this methodology to fifth degree students (6th year) in a public school of Londrina – PR.
Key words: Methodology of teaching. Problematization. Didactic book.
1 Professora participante do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE / 2007, ofertado pela Secretaria
de Estado da Educação - SEED - PR, na disciplina de Ciências. 2 Professora Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE pela Universidade Estadual de
Londrina - UEL.
1. Introdução
A educação científica nos dias de hoje vem recebendo propostas de
modificações em seus objetivos. Fala-se em um ensino de Ciências que vise a
“aculturação científica”, opondo-se a uma visão tradicional de ensino que prioriza a
acumulação de conteúdos.
Essa mudança refletiu-se na seleção dos conteúdos escolares. Junto
ao aprendizado dos conceitos científicos (dimensão conceitual), inclui-se agora
novas dimensões, como a procedimental e a atitudinal. A dimensão procedimental
exige que o aluno participe do processo de construção do seu conteúdo conceitual.
Também se entende que o ensino de Ciências deve proporcionar, associado ao
aprendizado dos conceitos científicos, a discussão de valores do próprio conteúdo
(dimensão atitudinal).
Assim, para conseguir atingir todas essas dimensões do conteúdo,
exige-se uma nova postura em como ensinar a Ciência, na metodologia de ensino.
Uma forma de realizar uma prática pedagógica diferenciada em Ciências, que
estimule no aluno um caráter investigativo e reflexivo, motivando-o para uma
participação ativa no desenvolvimento dos conteúdos, é através da utilização de
uma metodologia problematizadora.
O professor pode dispor de uma estratégia de ensino que utilize
situações problemáticas abertas para gerar o interesse do aluno, estimular sua
participação ativa na busca de solução e proporcionar-lhe uma aprendizagem
significativa. A utilização do livro didático como recurso pedagógico a ser utilizado
juntamente com uma metodologia problematizadora, contribui para garantir a
consecução dos objetivos pretendidos.
É importante ressaltar que as ações didático-pedagógicas e a
disponibilização dos recursos necessários para que o aluno cumpra esses objetivos
são direcionados pelo professor, através de sua condução desse processo,
propiciando aos alunos o desenvolvimento de novas atitudes e mudanças
metodológicas, além de novos conhecimentos.
Desta forma, essa proposta de implementação na escola busca uma
mudança metodológica no ensino de Ciências, apoiando-se nas reflexões e no
aprofundamento teórico proporcionado pela participação no Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE, permitindo a busca de alternativas práticas
que contribuam com uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem.
Esse é um desafio que exige novas práticas e um novo ambiente de
ensino e aprendizagem. Ao mesmo tempo em que gera novas dificuldades ao
professor, pode também representar uma busca motivadora de melhorar sua prática
pedagógica.
2. Fundamentação Teórica
2.1 A Problematização
O início de toda mudança metodológica na prática pedagógica passa
pela ação do professor. É dele que partem as decisões práticas para o ensino. De
acordo com seus objetivos, seleciona os conteúdos a serem abordados, as técnicas
de ensino e recursos didáticos necessários para atingi-los. Para tanto, utiliza sua
experiência e criatividade.
Com o objetivo de despertar o interesse do aluno e estimular sua
participação na aula, o professor pode optar por colocar um problema aberto sobre o
que está sendo estudado como ponto de partida para a construção do
conhecimento. Partindo de atividades problematizadoras, o educando pode formular
hipóteses e analisar os resultados, sendo papel do professor sistematizar as
explicações dadas, no sentido de selecionar as informações, orientando o aluno na
aquisição dos conceitos. “A problematização é um desafio, ou seja, é a criação de
uma necessidade para que ele, através de sua ação, busque o conhecimento”
(GASPARIN, 2002, p.37).
É necessário compreender primeiramente o significado do termo
problema. Segundo Pozo (1998), trata-se de uma situação nova ou diferente que o
aluno, para resolvê-la, não encontra solução imediata, mas na busca por respostas
se exige dele reflexão, tomada de decisão quanto à forma de efetuar sua resolução
e o uso de técnicas e estratégias específicas para tal.
Assim, a apresentação de uma situação aberta para o aluno representa
uma demanda cognitiva e motivacional maior, pois problemas verdadeiros utilizam
diversas habilidades em sua resolução, não apenas a memorização. As estratégias
de resolução devem advir de uma reflexão consciente por parte dele, de forma não-
superficial: fazendo análises críticas, formulando hipóteses explicativas, superando
evidências do senso comum.
Pelas orientações propostas nas Diretrizes Curriculares de Ciências
para a Educação Básica do Paraná, a problematização que orientará o processo
educativo deve contribuir de forma significativa para melhorar as condições de
aprendizagem dos estudantes, indo além de uma proposta apenas motivacional,
propiciando a construção de significados. “A ação de problematizar é mais do que a
mera motivação para se iniciar um novo conteúdo. Esta ação possibilita a
aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o conhecimento
científico escolar que se pretende ensinar” (DCE - Ciências, 2008, p.24).
Assim, trabalhar com situações problemáticas abertas contribui para
levá-los a uma aprendizagem significativa pois em muitas situações colocam em
confronto as suas concepções espontâneas com os resultados das atividades.
A construção de significados que propicia a aprendizagem se beneficia
quando o professor estabelece uma ampla rede de interações, através de relações
conceituais, interdisciplinares e contextuais ofertadas aos estudantes por meio das
estratégias que propõe para o ensino. A problematização permite ainda aos
professores trabalhar os conteúdos específicos estabelecendo relações entre os
conhecimentos físicos, químicos e biológicos (que estabelecem a compreensão dos
fenômenos naturais), partindo do questionamento proposto por problemas reais, da
prática social do aluno.
A aplicação de propostas diferenciadas na prática pedagógica do
professor pode apresentar, ao início, dificuldades e resistências. Para tanto, ele deve
preparar-se, de forma teórica e prática, buscando propostas, técnicas, recursos
didáticos, encaminhamentos metodológicos que venham a enriquecer
qualitativamente seu trabalho como educador em Ciências.
2.2 O Livro Didático como Recurso Pedagógico
No momento atual é possível perceber que o livro didático é o material
de apoio mais freqüentemente disponibilizado nas escolas públicas, podendo ser
dessa maneira, considerado um recurso pedagógico valioso na execução do
processo de ensino e aprendizagem. Assim, é necessário repensar sobre a forma
como esse recurso tem sido utilizado na prática pedagógica, na orientação do
trabalho do professor, se pretendemos desenvolver nos alunos a criticidade, a
autonomia e um conhecimento aprofundado e significativo.
A leitura motivada do livro didático é sempre enriquecedora na medida
em que estimula a reflexão, incrementa a capacidade de compreensão e o
aperfeiçoamento do vocabulário, integra e sistematiza os conteúdos por serem
colocados numa seqüência ordenada, facilita revisões periódicas e pode
desenvolver no aluno características de independência e de autonomia, além de
desenvolver a criatividade (Romanatto, 2007).
Segundo Sapelli (2007), o que se observa ainda hoje no cotidiano
escolar é que alguns professores tendem a direcionar todo o seu trabalho em sala
de aula apenas pelo conteúdo do livro didático, que passa a ocupar o papel de
instrumento que define o trabalho docente.
Há também muita discussão nos meios acadêmicos, quanto à
qualidade desse material didático. Para Fracalanza (2003), mais preocupante que as
incorreções conceituais que por vezes se pode notar nas coleções didáticas (que
podem ser observadas e trabalhadas pelo professor), são os aspectos de caráter
teórico-metodológico.
Na maioria dos livros didáticos observa-se que o conhecimento é
enfocado como um produto final da atividade científica (acabado, imutável,
descontextualizado), oriundo de forma empírica e indutivista, numa abordagem
metodológica que não considera a participação ativa do aluno na prática
pedagógica. Cabe ao professor, então, em seu trabalho, em sala de aula, fazer uso
do livro didático de forma consciente e criteriosa, pois ele mesmo poderá fazer a
correção dos pontos que devem ser melhorados.
Segundo Amaral (2007), a utilização de um recurso didático nunca é
aleatória e casual, pode prestar-se a variadas perspectivas educacionais. O livro
didático pode prestar-se tanto à transmissão e memorização de nomes, informações
e conceitos, numa prática metodológica tradicional, como pode romper com esse
papel didático, presente muitas vezes de forma acrítica nas escolas, e ser um
recurso auxiliar importante no desenvolvimento de atividades desafiadoras, que
estimule a curiosidade, a criatividade e o interesse em aprender nos alunos.
Cabe ao professor ainda, segundo Moreira (2006), em sua prática
docente, observar que a “centralização” no livro didático acaba por vezes
estimulando a aprendizagem mecânica, pela transmissão de verdades, certezas e
sem proporcionar questionamentos. A utilização de materiais diversificados e
selecionados de acordo com os objetivos propostos para cada aula, pode favorecer
uma aprendizagem significativa e ao mesmo tempo crítica.
Essa mudança de postura é um desafio que se propõe aos professores
ao utilizar o livro didático, e uma metodologia problematizadora pode auxiliá-lo nessa
busca por um ensino de Ciências significativo e motivador. Para tanto, o livro deve
ser base para discussão, e não apenas uma fonte de informações. O professor
necessita desenvolver a capacidade crítica nos alunos, propor questões geradoras
de debate, estimular o raciocínio e desenvolvimento de idéias próprias, a partir das
leituras realizadas no livro didático.
3. Desenvolvimento
3.1 A Proposta de Intervenção
Essa proposta de implementação na escola buscou uma mudança na
realidade escolar e embasada no aprofundamento teórico proposto no PDE.
O maior objetivo ao propor esta forma de desenvolvimento dos
conteúdos para turmas da disciplina de Ciências era o de proporcionar um
aprendizado dos conhecimentos científicos aos alunos aliado a uma participação
mais ativa, estimulando também o desenvolvimento das dimensões procedimental e
atitudinal. Ainda, permitir uma maior autonomia e uma postura mais crítica, ao
mesmo tempo em que possibilitasse a eles perceber uma relação maior entre os
conhecimentos adquiridos e a sua realidade cotidiana.
Dessa forma, a proposta partiu de questões problematizadoras para o
desenvolvimento dos conteúdos, permitindo que o processo de ensino e
aprendizagem não estivesse tão focado na ação do professor e numa abordagem
tradicional da utilização do livro didático, proporcionando ao aluno uma
aprendizagem significativa.
A proposta foi direcionada à disciplina de Ciências do Ensino
Fundamental - Anos Finais. Sua implementação aconteceu junto a alunos das 5ª
séries, período vespertino, do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Londrina -
PR, durante o primeiro bimestre de 2008, perfazendo uma carga horária total de 32
horas.
A implementação da proposta junto a esses alunos apoiou-se na
aplicação de planos de aula preparados a partir do planejamento proposto para o
desenvolvimento de conteúdos da 5ª série do Ensino Fundamental. O planejamento
foi elaborado a partir dos conteúdos estruturantes e conteúdos específicos
relacionados nas Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências para o Estado do
Paraná - DCE.
O enfoque metodológico proposto foi o da problematização,
fundamentando-se no método pedagógico proposto na perspectiva histórico-crítica
conforme o trabalho desenvolvido por Gasparin (2002).
Nesta proposta, o professor possibilita que o aluno desenvolva atitudes
e atividades que estimulem a investigação, a reflexão crítica e a sua participação
ativa, articulando os novos conceitos com os que os alunos já trazem consigo,
possibilitando a compreensão da realidade em todas as suas dimensões. Para tanto,
permite transformar o conteúdo a ser trabalhado em desafios aos alunos, em
questões problematizadoras. Assim, o conteúdo desenvolvido pelo professor apóia-
se num Plano de Unidade que se desenvolve ao longo de cinco etapas de trabalho
com os alunos: a prática social inicial, a problematização, a instrumentalização, a
catarse e a prática social final do conteúdo.
Um Plano de Unidade foi desenvolvido sobre o tema “Astronomia”,
sendo este tema escolhido por constar, no Planejamento realizado, como o
conteúdo a ser trabalhado ao início do 1º Bimestre nas quintas séries.
Como recurso didático utilizado nas aulas, foi empregado de forma
especial o livro didático adotado pela escola, demonstrando que esse material pode
ser considerado um recurso auxiliar importante na consecução de um ensino de
qualidade ao ser utilizado numa abordagem não tradicional. Ainda assim, de acordo
com a necessidade, para garantir ao aluno o desenvolvimento de novas atitudes e
conhecimentos, foram ainda utilizados outros recursos (vídeos, livros didáticos de
outros autores, livros paradidáticos, etc).
3.2 A Implementação em sala de aula
3.2.1 Prática Social Inicial do Conteúdo
Esta etapa do trabalho pedagógico propicia o primeiro contato do aluno
com o conteúdo, preparando-o e mobilizando-o para a construção do conhecimento.
Nesta fase, o aluno manifesta sua percepção sobre o tema (freqüentemente uma
visão de senso comum), a partir do anúncio, pelo professor, dos conteúdos que
serão trabalhados.
Ao elaborar o Plano de Unidade - Astronomia, os conteúdos foram
selecionados, assim como os objetivos específicos que se pretendia alcançar,
procurando relacioná-los a situações mais próximas do cotidiano do aluno. Após
apresentar os conteúdos a serem trabalhados, procurou-se levantar a vivência que
já possuíam sobre o tema (o que já sabiam e o que gostariam de saber a mais).
Ao propor essa discussão foi possível registrar termos importantes
citados pelos alunos, que demonstravam que a maioria já havia apresentado um
primeiro contato com a Astronomia, possivelmente nas séries iniciais. Esse fato
também se justifica por ser este um tema amplamente divulgado na mídia, o que fez,
por outro lado, que já de início despertasse nos alunos interesse sobre as
discussões que seriam realizadas posteriormente. Por outro lado, também ficou
evidente que determinados conceitos científicos precisavam ser explorados ou
aprofundados com os alunos com a finalidade de trabalhar certas incorreções e
dúvidas que surgiram nesta discussão.
Nesta fase, os questionamentos levantados pelos alunos não foram
respondidos, mas representou um momento importante para despertar o interesse
deles na realização das etapas posteriores. Foi um momento fundamental para
“ouvir” o aluno, dar espaço para as suas expectativas, assim como possibilitar o
levantamento prévio do que o aluno já sabia, informações importantes para a
próxima etapa do trabalho.
3.2.2 Problematização
Nesta etapa da implementação da Proposta, a fim de levar o aluno a
apropriar-se do conteúdo de forma motivadora e que estimulasse sua participação
ativa no processo, foi formulado a cada aula, duas a três questões abertas a respeito
do tema proposto, antes que se iniciasse a explicação do conteúdo.
A formulação dessas questões foi fundamentada nos objetivos
propostos, sem esquecer dos questionamentos levantados pelos alunos na etapa
anterior. Por meio da apresentação dessas questões problematizadoras, foi
possível criar motivos para que os alunos se envolvessem com o conteúdo e
passassem a desenvolvê-lo a partir de sua ação na busca de soluções, com a
intermediação do professor.
A busca de solução para essas questões foi realizada com o auxílio do
livro didático do aluno, pois dessa maneira ele pode confrontar, complementar,
ampliar e modificar seus conhecimentos prévios sobre o conteúdo a partir do saber
sistematizado que o livro lhe disponibilizava.
A aplicação dessas questões, permitiu ainda a ele desenvolver outras
dimensões do conteúdo, a partir dos vários contextos que o envolvem, das múltiplas
faces que podem ser exploradas, possibilitando que os conhecimentos científicos
fossem compreendidos em sua totalidade. De acordo com o conteúdo e objetivos,
foram selecionadas as dimensões mais apropriadas, que embasaram a formulação
das perguntas desafiadoras em que foi transformado o conteúdo. Ao desenvolver o
tema Astronomia, além da dimensão científica / conceitual, foi possível abordar as
dimensões histórica, social e biológica, como podemos observar nestes exemplos:
- Dimensão Científica / Conceitual: O que estuda a Astronomia? Que elementos
formam o Universo?
- Dimensão Histórica: Qual a importância para o homem, no passado, dos
conhecimentos sobre Astronomia?
- Dimensão Econômica / Social: Que benefícios trouxeram ao homem os avanços
tecnológicos proporcionados pela investigação espacial?
- Dimensão Biológica: De que forma os movimentos da Terra influenciam os ritmos
biológicos dos seres vivos?
3.2.3 Instrumentalização
Segundo Gasparin (2002, p.107), “é nesta fase que, de fato, ocorre a
aprendizagem do conhecimento científico, ou seja, dos conceitos científicos”. Para
tanto, é necessária a aplicação de uma série de ações didático-pedagógicas,
selecionadas pelo professor, a fim de que o aluno possa confrontar o seu
conhecimento cotidiano com o conteúdo científico, e dessa forma efetivar a
construção do conhecimento científico. Assim, nessa fase a orientação do professor
é fundamental para que o aluno realize as ações necessárias à aprendizagem.
Entre as ações propostas nesta etapa do desenvolvimento do trabalho
pedagógico com os alunos, foi possível realizar: exposição do conteúdo pelo
professor, realização de demonstrações práticas com os alunos, leitura de textos e
realização de exercícios, exibição de vídeos pedagógicos, discussão / debates sobre
os temas levantados, realização de pesquisas orientadas, elaboração de relatórios e
textos sobre o tema, confecção de mapas conceituais e realização de jogos
pedagógicos.
Ainda assim, na implementação desta proposta a fase de
instrumentalização deu-se especialmente através da busca de solução às questões
problematizadoras propostas aos alunos com o auxílio do livro didático, de forma
individual ou em duplas. Com isso, este importante recurso didático pode ser
utilizado numa perspectiva pedagógica diferente, afastando-se da abordagem
tradicional, de leitura e discussão, partindo de conceitos já elaborados, que
habitualmente observamos em sala de aula.
Na elaboração das respostas às questões, o aluno muitas vezes partia
de conceitos que trazia consigo, e buscava complementá-lo com informações que
conseguia do texto do livro, que entendia estar relacionado à questão proposta. Isso
podia ser observado através da utilização de argumentos que partiam de termos do
vocabulário do próprio aluno, que se complementavam com termos observados na
construção do texto do livro. Também o fato dele elaborar as respostas a partir de
termos próprios (“suas próprias palavras”), demonstra como esse momento foi
importante para a reflexão em busca de argumentos possibilitando dessa forma a
elaboração do conhecimento, demonstrando que não houve apenas memorização,
percebida pela simples cópia de trechos do texto do livro didático.
Depois de possibilitar aos alunos o contato com o conteúdo para a
elaboração das respostas, retornava-se à discussão dos conceitos ouvindo várias
das respostas obtidas. Dessa forma, era possível retomar pontos que ficaram
incertos e complementar aspectos significativos do tema que não foram
profundamente explorados por eles. Eram registrados no quadro os pontos
importantes que fundamentavam os conceitos trabalhados, a fim de que pudessem
confrontar suas respostas e dessa forma complementá-las ou mesmo fazer sua
alteração, se necessário.
Todo este trabalho possibilitou aos alunos uma maior autonomia na
aprendizagem, a partir de uma participação ativa nesse processo, ainda que a ação
do professor na mediação pedagógica visando a apropriação dos conhecimentos
também fosse necessária.
3.2.4 Catarse
Nessa fase do trabalho pedagógico, os alunos são levado a demonstrar
o quanto se aproximaram dos objetivos propostos, expressando o quanto
incorporaram os conteúdos trabalhados, a compreensão que tiveram de todo o
processo, manifestando o novo conceito adquirido.
Uma das atividades desenvolvidas com eles nesta etapa do trabalho foi
a elaboração de mapas conceituais, a fim de verificar e acompanhar o aprendizado.
“Mapas conceituais devem ser entendidos como diagramas bidimensionais que
procuram mostrar relações hierárquicas entre conceitos de uma disciplina”
(MOREIRA, 2006, p.46) e podem ser utilizados como instrumentos de ensino e / ou
aprendizagem, sendo uma importante estratégia facilitadora da aprendizagem
significativa. Segundo Moreira (2006), podem ser usados como recursos didáticos,
acompanhados das explicações do professor, ou ainda podem expressar outras
possibilidades, como a avaliação da aprendizagem.
Nessa perspectiva, na avaliação por meio dos mapas conceituais, é
possível ter maior clareza quanto ao que o aluno se apropriou em termos
conceituais, assim como as relações que estabeleceu e a forma como organizou
esses conhecimentos, representados em sua estrutura cognitiva. Também possibilita
uma representação do conhecimento prévio, e as mudanças que efetivou durante o
desenvolvimento do conteúdo.
Dessa forma, foi solicitada aos alunos a elaboração de mapas
conceituais ao término de alguns tópicos propostos ao longo da unidade
“Astronomia”. Esta atividade possibilitou ao professor acompanhar o quanto eles
haviam se aproximado dos objetivos propostos, assim como, com base nas
informações obtidas na análise dos mapas, permitiu a realimentação do trabalho que
estava sendo desenvolvido, a fim de traçar novas estratégias, quando necessário,
garantindo o aprendizado dos alunos.
Também com a finalidade de que o aluno demonstrasse a síntese
mental que elaborou sobre o tema (catarse), além dos mapas conceituais, outras
atividades complementares foram efetivadas, como a realização de exercícios
propostos pela professora em sala, a realização de provas escritas e a produção de
textos, reunindo as informações trabalhadas nas aulas, além da montagem de um
painel explicativo sobre o tema.
3.2.5 Prática Social Final do Conteúdo
Nesta etapa do trabalho com os alunos, é importante que “a
compreensão teórica se traduza em atos” (GASPARIN, 2002, p.144) , já que a
prática vai auxiliar os alunos na compreensão da teoria, possibilitando uma análise
agora mais crítica da realidade, visto que o aluno já dispõe de uma nova maneira de
pensar e entender os conceitos, depois de toda a fundamentação que obteve no
trabalho pedagógico realizado em sala.
O aluno pode demonstrar essa nova atitude, sua nova visão do
conteúdo, por meio de uma ação mental (demonstrando que ampliou sua
conscientização sobre o tema, ou ainda que deixou conceitos do senso comum e
passou a utilizar-se de conceitos mais próximos dos científicos) ou ainda através de
ações concretas.
Nesta fase, partindo do objetivo de desenvolver nos alunos a intenção
de conhecer mais sobre Astronomia, as ações desenvolvidas por eles foram a de
uma visita ao Planetário da Universidade Estadual de Londrina e a montagem de um
painel explicativo relacionando os avanços da pesquisa espacial em aplicações no
seu cotidiano.
Na visita ao Planetário de Londrina os alunos puderam visualizar
diversos conceitos abordados de forma teórica na fase de problematização e
instrumentalização. Esta atividade tornou-se muito prazerosa a eles ,já que permitiu
aliar a teoria à prática, além de possibilitar uma atividade motivadora e de
integração, ampliando a vivência e o relacionamento social dos mesmos .
A montagem de um Painel, exposto aos demais alunos no pátio do
Colégio, possibilitou compartilhar os conhecimentos trabalhados. O tema proposto
foi o de estabelecer relações entre o atual desenvolvimento tecnológico e a
contribuição obtida através do avanço das técnicas de exploração e pesquisa
espacial (na medicina, no vestuário, na confecção de utensílios domésticos, nas
telecomunicações, etc.). A partir de pesquisas realizadas pelos alunos, inúmeros
exemplos foram encontrados e demonstrados através de informações escritas e
gravuras ilustrativas no Painel. Dessa forma, puderam estabelecer uma ampla
relação entre o conteúdo desenvolvido (Astronomia) e as dimensões histórica e
social do tema, observada em exemplos do seu cotidiano.
4. Conclusão
4.1 Refletindo sobre os Resultados
Como todo trabalho que se inicia, surgiram de início algumas
dificuldades. No início do ano letivo de 2007, constatou-se a falta de livros didáticos
a serem distribuídos a todos os alunos das quintas séries participantes dessa
proposta. Ainda assim, esse fato pode ser resolvido depois de algum tempo. A
decisão tomada foi no sentido da adoção de coleções didáticas de dois autores
diferentes, de acordo com o material disponibilizado pela escola e que pode ser
distribuído a todos os alunos. Dessa forma, puderam fazer leituras complementares
e utilizar o livro como apoio a exercícios propostos pela professora, aprofundando as
discussões da aula. Quando necessário, os conteúdos foram complementados a
partir de outros recursos didáticos, como vídeos pedagógicos, pesquisas
extraclasse, exposição oral, etc.
A problematização efetivada nesta Unidade, dentro da perspectiva
metodológica proposta para a pedagogia histórico-crítica, enfocou especialmente os
objetivos propostos para o desenvolvimento dos conteúdos em seu caráter
conceitual e em suas múltiplas dimensões. E, na medida do possível, buscou
aproximar, como na proposta de Gasparin, com a realidade social do aluno, visando
sua compreensão crítica e transformação. As etapas de Problematização e
Instrumentalização foram subdivididas em várias aulas, sendo assim as fases que
ocuparam um tempo maior no desenvolvimento da implementação da proposta.
A busca às respostas dessas questões, partindo do seu conhecimento
prévio e da consulta ao livro didático, não se constituiu ao início do trabalho, numa
tarefa fácil para o aluno. Por se tratar de questões abertas, mobilizavam várias
habilidades dos alunos, indo além da simples memorização, que necessitava partir
da leitura compreensiva do texto, refletir sobre o que leu, selecionar as informações
e estabelecer relações entre elas, confrontá-las com seus conhecimentos prévios,
entre outros, a fim de elaborar sua resposta. Dessa forma, não era possível dispor
de respostas prontas e ordenadas, de acordo com o texto didático. Assim, na busca
da solução, o aluno desenvolveu habilidades diversas, como a compreensão, a
interpretação e a reflexão sobre o tema a fim de elaborar sua idéia. Dessa forma, o
aprendizado ocorreu de forma muito mais consistente.
Com o decorrer das aulas, as dificuldades foram se minimizando e eles
passaram a colocar também em suas respostas os conhecimentos que já possuíam
e complementá-las com o aprofundamento proporcionado pela consulta ao livro e
outros materiais, tudo com mais facilidade. Essa dificuldade inicial se deu por tratar-
se de uma proposta de trabalho diferenciada, que demandou dos alunos um período
de adaptação à exigência de novas potencialidades até então não trabalhadas
freqüentemente.
Também para o professor a elaboração dessas questões exigiu um
trabalho criterioso pela necessidade de elaborar uma questão problematizadora, que
ao mesmo tempo em que despertasse o interesse do aluno, não se tornasse
excessivamente aberta desestimulando-o da procura da resposta por não encontrar
subsídios que o auxiliassem no livro e que não o fizesse desviar - se dos objetivos
propostos, proporcionando-lhe apropriar-se desse conhecimento.
Outro ponto que chamou a atenção foi o tempo utilizado para o
desenvolvimento da unidade Astronomia, percebendo-se a necessidade de um
período maior para garantir a abordagem dos conteúdos, visto que esta proposta
metodológica partiu da ação do aluno, em sua busca às soluções dos problemas
propostos, com posterior discussão e complementação das diferentes abordagens e
dimensões do conteúdo. Assim, tornou-se necessário um tempo maior para que
todas essas etapas do desenvolvimento do conteúdo se concretizassem. Observou-
se que o processo de aprendizagem se deu diferentemente de uma aula expositiva,
onde o professor disponibiliza ao aluno todo o tema de forma já elaborada, sem
necessidade de um tempo maior para sua interação com o conteúdo e construção
do conhecimento.
Desse modo é muito importante ao professor fazer uma seleção
criteriosa de conteúdos e objetivos ao efetivar o seu planejamento, ao início da
Unidade. Assim, pode partir de um número menor de temas a serem abordados,
mas todos imprescindíveis à obtenção dos principais objetivos que permitem
compreensão do conteúdo, garantindo que o tempo previsto para o desenvolvimento
da Unidade seja suficiente, sem deixar de atender aos demais conteúdos que devem
ser trabalhados na série. Partindo desses conteúdos básicos selecionados, que se
apóiam nas Diretrizes Curriculares propostas para a disciplina de Ciências, o
professor pode ainda organizá-los de forma a abordar outras dimensões e aspectos
complementares, trazendo ao aluno uma visão mais ampla e completa do assunto.
4.2 Considerações Finais
A implementação dessa proposta na escola objetivava uma mudança
metodológica a fim de proporcionar aos alunos uma participação mais ativa e um
aprendizado significativo. Uma metodologia problematizadora, aliada ao uso de livro
didático, foi aplicada com a finalidade de atingir os objetivos esperados.
A seleção dos conteúdos, a escolha das estratégias de ensino e dos
recursos pedagógicos são aspectos fundamentais que competem ao professor em
sua prática docente, a fim de garantir melhores condições de aprendizagem dos
conteúdos científicos. Assim a problematização, partindo das observações feitas
após a aplicação desta proposta, mostrou-se como mais uma estratégia importante
que pode ser aplicada inclusive em alunos que iniciam o Ensino Fundamental -
Séries Finais, dentre a pluralidade de metodologias que o professor dispõe com a
finalidade de melhorar a prática docente, adequando a cada conteúdo e ao
desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Trabalhar o conteúdo partindo de questões problematizadoras mostrou-
se ser bastante produtivo e motivador, o que pode ser percebido pela ampla
participação na aula, pois o interesse crescente dos alunos pode ser observado por
meio dos inúmeros questionamentos que surgiram sobre os conteúdos
desenvolvidos, permitindo esclarecer dúvidas e explorar outras dimensões do
conteúdo. Essa proposta metodológica mostrou também ser uma forma importante
de utilizar-se do livro didático de maneira a distanciar-se das práticas tradicionais,
colaborando com um aprendizado significativo. Com isso, mostrou-se ser um recurso
importante que proporcionou um amplo enriquecimento à prática pedagógica em
Ciências.
Dessa forma, a proposta tornou-se viável em sua aplicação e
continuidade, visto que não dependeu de recursos onerosos e espaço apropriado
para sua execução. Fundamentou-se apenas na disposição do professor em buscar
um enriquecimento de sua atuação, através da implementação de uma proposta
diferenciada nas atividades de sala de aula, tornando o aprendizado mais
significativo ao aluno e trazendo mais qualidade ao ensino.
Esse desafio apresentou também algumas dificuldades, inclusive na
elaboração das questões e de todo o material a ser desenvolvido com os alunos. As
incertezas de estar conduzindo da melhor maneira as atividades, natural de todo
trabalho que se está iniciando, de tudo o que é novo, resultaram em certa
insegurança ao início, que se mostrou superada com a continuidade do trabalho.
Ainda assim, os resultados demonstraram que é preciso prosseguir neste caminho,
na busca de alternativas metodológicas para o desenvolvimento dos conteúdos
científicos, na tentativa de melhorar sempre a prática pedagógica em sala de aula,
garantindo o aprendizado dos alunos.
5. Referências Bibliográficas
AMARAL, I. A. do. Metodologia do Ensino de Ciências como produção social.
Disponível em: www.fe.unicamp.br/ensino/graduação/downloads/proesf-
MetodologiaEnsinoCiencias-Ivan.pdf. Acesso em: jun. 2007.
FRACALANZA, H.; MEGID NETO, J. O livro didático de ciências: o que nos
dizem os professores, as pesquisas acadêmicas e os documentos oficiais.
Disponível em: www.pg.cdr.unc.br/RevistaVirtual/NumeroDois/Artigo2.htm. Acesso
em: jun. 2007
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas
(SP): Autores Associados, 2002. (Coleção Educação Contemporânea).
MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa crítica. Disponível em:
http://www.if.ufrgs.br/~moreira/apsigcritport.pdf . Acesso em: dez.2007.
MOREIRA, Marco Antonio. A teoria da aprendizagem significativa e sua
implementação em sala de aula. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba:
SEED, 2008.
POZO, J.I. (org) A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para
aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ROMANATTO, M.C. O livro didático: alcances e limites. Disponível em:
www.sbempaulista.org.br/epem/anais/mesas_redondas/mr19-Mauro.doc . Acesso
em: mai. 2007.
SAPELLI, Marlene L.S.; NAPOLI, Ana P. Política Nacional do Livro Didático (1929 a
2004). In: SEMANA DA EDUCAÇÃO: Políticas e Gestão da Educação – dilemas e
perspectivas, IX, 2007, Londrina, PR. Anais... Londrina: UEL, 2007. CD-ROM.
ANEXO 1: Plano de Unidade
NOÇÕES DE ASTRONOMIA
Instituição: C.E. Barão do Rio Branco - Ensino Fundamental e Médio
Disciplina: Ciências
Unidade: Noções de Astronomia
Séries: 5ª TC, TD e TE (período vespertino)
Horas - Aula: 32
Professora: Valery Munhoz da Cruz Oliveira
Livro didático: BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson. Ciências: o meio ambiente.
5ª série. Ed. reform. São Paulo: Ática, 2006.
Unidade VI : Universo - O ambiente maior (cap.23 e 24)
OBJETIVOS:
- Caracterizar diferentes corpos celestes que formam o Universo, situando o planeta
Terra no Sistema Solar.
- Compreender os movimentos da Terra que influenciam os seres vivos que habitam
nosso planeta.
- Conhecer alguns instrumentos de observação astronômica, assim como as
aplicações da investigação espacial no nosso cotidiano.
1. PRÁTICA SOCIAL INICIAL:
Conteúdos:
Conheciment
o
Físico
Conheciment
o Químico
Conheciment
o Biológico
Objetivos Específicos
- Elementos
do Universo:
os corpos
celestes.
- Diferenciar os corpos celestes (estrelas,
planetas, satélites, galáxias, asteróides,
meteoróides, cometas, etc.) possibilitando
ao aluno reconhecê-los a partir de suas
características.
- Sol
- Sistema
Solar
- Movimentos
da Terra
- Composição
química do
Sol
- Sol: fonte
de energia/
fotossíntese
- Ritmos
biológicos
- Reconhecer o Sol como estrela e fonte
de energia, a fim de que o aluno perceba
a importância desse astro para a
existência de vida na Terra.
- Identificar os componentes do S. Solar
para que o aluno tenha condições de
situar nosso planeta nesse sistema.
- Compreender os movimentos da Terra,
a fim de que o aluno possa associá-los
aos ritmos biológicos dos seres vivos.
- Identificar a Lua como satélite do nosso
planeta, permitindo ao aluno observar e
reconhecer as suas diferentes fases.
-
Instrumentos
para estudos
espaciais
- Aplicação
da
investigação
espacial no
cotidiano
- Reconhecer os principais instrumentos
de observação astronômica (luneta,
telescópio, satélite, foguete, estação
espacial), para que o aluno possa
compreender a possibilidade dos estudos
espaciais.
- Relacionar exemplos de aplicações das
investigações espaciais no
desenvolvimento de novas tecnologias, a
fim de que o aluno reconheça a
importância de sua utilização em
benefício do homem.
Vivência do conteúdo:
a) O que os alunos já sabem sobre o conteúdo?
Céu, estrela, Sol, Lua, estrela cadente, foguete, Plutão, ônibus espacial, planetas,
dia e noite, meteoro, astronauta, satélite, etc.
b) O que os alunos gostariam de saber a mais?
Existe vida em outro planeta?
Por que é dia no Brasil e noite no Japão?
Por que Plutão não é mais planeta?
É possível ao homem viver no espaço?
2. PROBLEMATIZAÇÃO
Discussão sobre o conteúdo:
Por que é importante estudar Astronomia?
Como o homem sabe tanta coisa sobre o Universo?
Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas:
Científica / Conceitual: O que estuda a Astronomia? Que elementos formam o
Universo?
Histórica: Qual a importância para o homem, no passado, dos conhecimentos sobre
Astronomia?
Econômica / Social: Que benefícios trouxeram ao homem os avanços
tecnológicos proporcionados pela investigação espacial?
Ambiental: De que forma os movimentos da Terra influenciam os ritmos biológicos
diário e anual dos seres vivos?
3. INSTRUMENTALIZAÇÃO
Ações Docentes e Discentes:
- Exposição do conteúdo pelo professor.
- Realização de demonstrações práticas com os alunos.
- Leitura de textos e realização de exercícios.
- Discussão / debates sobre os temas levantados.
- Realização de pesquisas orientadas.
- Elaboração de relatórios e textos sobre o tema.
- Realização de jogos pedagógicos.
Recursos:
Livros didáticos e paradidáticos, jornais, revistas, jogos pedagógicos, vídeos, etc.
4. CATARSE
Síntese mental do aluno:
Diferentes corpos celestes, com características específicas, compõem o Universo.
Nosso planeta, a Terra, é um deles e situa-se no Sistema Solar. Sem a energia
liberada pelo Sol, não haveria vida em nosso planeta. Os movimentos que a Terra
realiza em torno dessa estrela influenciam o ritmo biológico dos seres vivos no
planeta. Os estudos realizados para a exploração do espaço puderam ser aplicados
em benefícios do homem em seu cotidiano.
Expressão da síntese:
- Prova escrita sobre o tema.
- Realização de atividades diversas pelos alunos em sala.
- Construção de texto pelos alunos reunindo as informações trabalhadas nas aulas.
- Montagem de cartazes e painéis.
5. PRÁTICA SOCIAL FINAL DO CONTEÚDO
Intenções dos alunos:
- Conhecer mais sobre Astronomia.
- Respeitar a Terra como planeta que abriga a nossa espécie.
Ações dos alunos:
- Visitar o Planetário.
- Montar um painel a partir de informações sobre o tema levantadas pelos alunos.