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FORMAÇÃO DE GRUPOS PROFA. ÉRIKA RAMOS

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FORMAÇÃO DE GRUPOS

PROFA. ÉRIKA RAMOS

GRUPO OU EQUIPE?

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O PROCESSO DE FORMAÇÃO GRUPAL

O primeiro ponto para um bom entendimento do comportamento de grupos é que são

formados por pessoas e, portanto, muitos fatores podem influenciar o seu

comportamento.

Outro aspecto importante na formação de um grupo é a comunicação. A troca de

mensagens entre as pessoas de um grupo é fundamental. A comunicação envolve

sempre um transmissor e um receptor. Ocorrendo falha em qualquer um dos dois,

obviamente a comunicação deixa de existir. Isto demonstra que, num grupo, as pessoas

devem ter um mesmo nível de entendimento para que se crie efetivamente uma boa

comunicação.

O PROCESSO DE FORMAÇÃO GRUPAL

Dois aspectos importantes no desenvolvimento do grupo são o conhecimento partilhado

e os processos desenvolvidos no trabalho em grupo. Ambos são importantes e nenhum é

mais do que o outro.

O conhecimento partilhado refere-se, basicamente, a informação partilhada e

cristalizada, análises efetuadas, decisões tomadas e o que está ser planeado.

O processo refere-se à maneira como o trabalho será feito, às decisões que serão

tomadas, ao nível de participação e aos padrões de comunicação estabelecidos.

FORMAÇÃO DO GRUPO

FORMAÇÃO DO GRUPO

O estádio da Formação (Forming) é caracterizado pelo investigador como uma fase inicialem que as pessoas procuram saber informações umas das outras, quem são, de ondevieram, o que sabem, o que pensam. É um estádio mais de busca de informação do quepropriamente de cometimento ao grupo. É pacífico dizer-se que se trata da fase do tacto oudo toque, da descoberta do desconhecido, ou seja, do grupo novo. O grupo depende doaparecimento natural de um líder, que tem um papel importante nesta fase, aproximando aspessoas e fazendo com que se conheçam. Também é a fase em que se define umaorientação para o grupo, através da definição de objetivos comuns e de tarefas para cadaum.

Após algum tempo juntos o grupo entra no estádio da Confusão (Storming) que correspondea uma fase adolescente. E como toda a adolescência, esta fase é conturbada, na qualocorrem os desafios à autoridade e às instituições. O grupo torna-se resistente à configuraçãodas atividades e à influência das vontades dominadoras, questionando-se com frequênciaquem deve ser o líder para assumir a posição de autoridade, cristalizando decisões eestabelecendo prioridades. E começa a construir a sua própria identidade, sendo frequenteverificarem-se desafios internos entre subgrupos, ou mesmo ataques ao líder, às tarefas e aosmétodos.

FORMAÇÃO DO GRUPO

Depois de sobreviver ao estádio anterior o grupo entra na Normalização (Norming),

ultrapassando a barreira da confusão. Resolvidos os problemas de poder e de controlo,

o grupo torna-se numa equipe de trabalho, em que as alianças e os vínculos fortes vão

ocorrendo à medida que se resolvem sucessivamente os conflitos e as diferenças de

opinião. A questão central para o grupo passa a ser o desenvolvimento da

coordenação e integração, para que o grupo possa atingir seus objetivos. Os

sentimentos afloram novamente, mas desta vez de forma positiva, trazendo um contato

mais próximo entre os membros do grupo. Surge o espírito de grupo e o fortalecimento

da sua identidade. E o trabalho do líder passa a ser de ajuda ao grupo na organização

e planeamento das suas tarefas, bem como da sua integração.

FORMAÇÃO DO GRUPO

À medida que o grupo vai revelando maior maturidade, entra-se no estádio da Execução

(Perfoming), que se revela como uma fase de maior produção. Os membros do grupo

passam a trabalhar melhor juntos e reconhecem o seu trabalho como o tempo suficiente

para saberem como se auxiliar uns aos outros na obtenção de melhores resultados. Pode-se

dizer que o grupo passa por uma fase energética. As pessoas sentem prazer em pertencer ao

grupo e sentem-se competentes. Sentem-se satisfeitas.

Chegando ao fim dos trabalhos entra-se no estádio de Dissolução (Adjourning). Quando o

grupo começa a ultimar as suas tarefas conjuntas, atinge a fase em que o foco está voltado

para a própria finalização das interações conjuntas. É aqui que, por vezes, ocorre a repetição

de comportamentos de fases anteriores. O mau humor, os conflitos, todos estes sentimentos

podem voltar à superfície. O grupo que se está a dissolver precisa de encontrar meios de

marcar a sua dissolução. Festas, reflexões sobre o que foi vivido, são mecanismos de

amortecer este ponto final.

PAPEIS

As tarefas normalmente são visíveis e consideradas como principais, estando diretamenterelacionadas com os objetivos do grupo e da organização. Existem ainda as atividadespraticamente invisíveis, não discriminadas como atividades do grupo - atividades de autosustentação - que são essenciais para o bom funcionamento do grupo, como a recuperação deinformações, a coordenação de esforços individuais, o desenvolvimento de procedimentos, dentreoutras.

Alguns investigadores relatam que existem pelo menos quatro tipos de papéis-padrão que osmembros do grupo podem assumir: ativo, opositor, seguidor e apático. Por exemplo alguém dogrupo indica uma direção, um objetivo ou sugere como se proceder. Então o opositor apresentalogo os seus argumentos para não se fazer daquela forma. Se alguém diz “Vamos por aqui”, oopositor acrescenta logo "Não, vamos antes por ali, da última vez já fizemos assim". O seguidorreforça a ideia do ativo ou a do opositor dizendo "É isso. Vamos fazer assim!" ou "Esta é uma boarazão para fazermos assim". O apático age como uma testemunha, observando e não participaativamente em momento algum.

É importante reconhecer que estes papéis podem ser vividos por qualquer um dos membros dogrupo, em momentos diferentes, dependendo da afinidade ou não com o assunto, da suaexperiência e/ou de outros fatores (da motivação, por exemplo). Esta alternância de papéis ésaudável para ao grupo. Muitos grupos acabam por perder o seu potencial criador pelo facto dospapéis se cristalizarem.

NORMAS

As normas são outro aspecto muito importante do funcionamento do grupo. Todos os

grupos precisam de normas que indiquem comportamentos aceitáveis e não

aceitáveis. Isto funciona como uma padronização, ou pelo menos como uma tentativa

padronização, pois devemos recordar que estamos a lidar com pessoas e que elas têm

visões diferentes sobre um determinado assunto. Por outro lado, as normas não devem

opor-se a alguns costumes do grupo, assim como não devem gerar constrangimentos,

especialmente aqueles provocados em público.

LIDERANÇA

Outro aspecto sobejamente estudado na literatura científica relativa à formação de

grupos, é a liderança, que é tida como uma das chaves de sucesso de um grupo.

Embora seja difícil definir o que é um bom líder, é suposto que este deva estar apto para

entender os anseios do grupo de forma a mostrar-lhes o seu objetivo da forma mais

aceitável possível. Deve estar apto para induzir as tarefas a cada um conforme as suas

capacidades.

Obviamente, o que o grupo espera de um líder é que ele possa proporcionar as

condições para o desenvolvimento do seu trabalho. Ele deve fornecer os recursos

necessários para o bom andamento das atividades de grupo e tratar das dificuldades

de forma global e também as isoladas de cada membro do grupo. Deve dar ao grupo

o tratamento que o grupo espera dele e não pode distanciar o seu estilo de liderança

daquilo que o grupo entende por líder.

JANELA DE JOHARI

É uma técnica utilizada para promover o entendimento das relações

interpessoais e relacionamentos entre os participantes de um grupo ou

equipe de trabalho.

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