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Coleção Documentos da Educação Brasileira Sociedade Brasileira de História da Educação FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIAL DOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860) Cláudia Engler Cury Mauricéia Ananias Antonio Carlos Ferreira Pinheiro (Organizadores)

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

Sociedade Brasileira de História da Educação

FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIALDOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)

Cláudia Engler CuryMauricéia Ananias

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro(Organizadores)

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Cláudia Engler Cury

Mauricéia Ananias

Possui Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais, 1984 e 1991, respectivamente pela Universidade Estadual de Campinas (1984). Licenciatura em História (1996), Mestrado em Educação e doutorado e m E d u c a ç ã o t a m b é m p e l a Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é membro da Comissão de Editoração da Revista SAECULUM. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em História da UFPB no biênio 2005-2007. É P r o f e s s o r a A s s o c i a d a I I d o Departamento de História e membro efetivo dos Programas de Pós-G ra d u a çã o e m H i stó r i a e e m Educação ambos da Universidade Federal da Paraíba. Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação no biênio 2013-2015 (Tesoureira). Coordenadora do Grupo de Pesquisa em História da Educação no Nordeste Oitocentista (GHENO)/CNPq.Endereço eletrônico:[email protected]

Atualmente é professora Adjunta do Centro de Educação e membro do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba. Possui graduação em Licenciatura Plena em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC - (1994), mestrado (2000) e doutorado (2005) em H i s t ó r i a d a E d u c a ç ã o p e l a Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.). Compõe a Comissão Editorial da Revista HISTEDBR On-line UNICAMP/SP. Integra os Grupos de pesquisa: História da Educação no Nordeste Oitocentista- GHENO e Estudos e Pesquisas História da Educação da Paraíba- HISTEDBR/PB, ambos radicados na Universidade Federal da Paraíba e registrados no Diretório de Grupos do CNPq.Endereço eletrônico: [email protected]

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIAL: DOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

Comissão Editorial: Heloísa Helena Pimenta Rocha (Universidade Estadual de Campinas)

Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (Universidade Federal de Sergipe)

Cynthia Greive Veiga (Universidade Federal de Minas Gerais)

Flávia Obino Corrêa Werle (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)

Capa: Omar Schneider

Imagem da capa: Cidade da Paraíba (1634).

Fonte: Claes Jansz Visscher - Mapoteca do Itamarati. Ministério das Relações Exteriores, Rio de Janeiro.

Programação visual e de interface: Omar Schneider

Editoração Eletrônica: Wagner dos Santos

Contatos: [email protected]

Todos os direitos reservados aos organizadores.

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

F683

Fontes para a história da educação da Paraíba imperial [recurso eletrônico] : documentos diversos (1821-1860) / Cláudia Engler Cury, Maruricéia Ananias, Antonio Carlos Ferreira Pinheiro (orgs.). - 1. ed. - Dados eletrônicos. - Vitória, ES : SBHE/Virtual Livros, 2015.

174 p. - (Coleção documentos da Educação Brasileira; 11) ISBN: 978-85-67757-05-6 Modo de acesso: <http://virtuallivros.com.br/> e <http://sbhe.org.br/> 1. Educação – Paraíba - Fontes de informação - 1821-1860. 2. Documentos

públicos – Paraíba - Fontes de informação - 1821-1860. I. Cury, Cláudia Engler, 1961-. II. Ananias, Maruricéia, 1971-. III. Pinheiro, Antonio Carlos Ferreira, 1960-. IV. Série.

CDU: 37(813.3)

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

Cláudia Engler Cury Mauricéia Ananias

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro (Organizadores)

FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIAL: DOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)

Paraíba 2015

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Diretoria da SBHE: Biênio 2013-2015

Presidente José Gonçalves Gondra (UERJ) Vice-Presidente Carlos Eduardo Vieira (UFPR) Secretária Regina Helena Silva Simões (UFES) Tesoureiro Claudia Engler Cury (UFPB)

Regionais Regional Norte José Silvério Bahia Horta (UFAM) Clarice Nascimento de Melo (UFPA) Regional Centro-Oeste Eurize Caldas Pessanha (UFMS) Wolney Honório Filho (UFG) Regional Nordeste César Augusto Castro (UFMA) Zuleide Fernandes Queiroz (URCA) Regional Sudeste Carlos Henrique de Carvalho (UFU) Bruno Bontempi Júnior (USP) Regional Sul Beatriz Terezinha Daudt Fischer (UNISINOS) Gladys Mary Ghizoni Teive (UDESC)

Endereço: Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Educação Secretaria da Sociedade Brasileira de História da Educação Av. Fernando Ferrari, 514 Goiabeiras 29060-970, Vitória, Brasil http://www.sbhe.org.br

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

SUMÁRIO

Apresentação da coleção ...................................................................................................

07

Palavras iniciais aos leitores ..............................................................................................

09

Agradecimentos .................................................................................................................

11

DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860

Preservar para não esquecer: fontes para a história da educação na Paraíba Imperial .............................................................................................................................. Antonio Carlos Ferreira Pinheiro, Cláudia Engler Cury e Mauricéia Ananias

13

DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860 ............................................................................... 21

1821 .................................................................................................................................... 22

1822 .................................................................................................................................... 22

1825 .................................................................................................................................... 28

1826 .................................................................................................................................... 30

1827 .................................................................................................................................... 33

1828 .................................................................................................................................... 34

1829 .................................................................................................................................... 35

1833 .................................................................................................................................... 38

1834 .................................................................................................................................... 39

1835 .................................................................................................................................... 45

1836 .................................................................................................................................... 47

1837 .................................................................................................................................... 48

1838 .................................................................................................................................... 67

1839 .................................................................................................................................... 68

1840 .................................................................................................................................... 70

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

1842 .................................................................................................................................... 75

1843 .................................................................................................................................... 77

1845-1868 / Caderno de matrícula do Lyceu .................................................................... 84

1845 .................................................................................................................................... 109

1846 .................................................................................................................................... 116

1847 .................................................................................................................................... 132

1848 .................................................................................................................................... 133

1849 .................................................................................................................................... 138

1850 .................................................................................................................................... 139

1851 .................................................................................................................................... 140

1852 .................................................................................................................................... 142

1853 .................................................................................................................................... 143

1854 .................................................................................................................................... 146

1855 .................................................................................................................................... 147

1856 .................................................................................................................................... 151

1857 .................................................................................................................................... 153

1858 .................................................................................................................................... 154

1859 .................................................................................................................................... 161

1860 .................................................................................................................................... 166

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

Nos últimos anos, é possível observar um incremento e amadurecimento da pesquisa

histórica no campo da educação, bem como o aparecimento e aprofundamento de reflexões

sobre o ensino de história da educação no Brasil. Nesse movimento, o debate teórico se

converteu em um elemento obrigatório da agenda das/os historiadoras/es da educação. Um

aspecto dessa agenda complexa e necessária remete à concepção, localização e tratamento

das fontes, condição primária para constituir modos de pensar, fazer, escrever e ensinar

história da educação em suas múltiplas manifestações.

Nessa direção, desde sua fundação, em 1999, a Sociedade Brasileira de História da

Educação (SBHE) assumiu o compromisso e responsabilidade de estimular as iniciativas

voltadas para organização de coleções de documentos nos planos local e regional, com vistas a

reunir e dar visibilidade a corpus documentais dispersos e, alguns, de difícil acesso. Com isso,

assume uma tarefa de relevo, sobressaltada pela baixa tradição de políticas públicas estáveis e

de larga duração voltada para a seleção, guarda e preservação do patrimônio educacional.

Essa tarefa vem contando com a colaboração imprescindível de diversas equipes que

têm compartilhado o desafio de dar seguimento ao projeto editorial da SBHE. Nessa linha, a

série “Documentos da Educação Brasileira”, se constitui atualmente de 10 títulos, a saber:

1. Coletânea da documentação educacional paranaense no período de 1854 a

1889, sob a organização de Maria Elizabeth Blank Miguel (2000).

2. Leis e Regulamentos da Instrução Pública de Mato Grosso, organizado por

Nicanor Palhares Sá e Elisabeth Madureira Siqueira (2000).

3. Legislação educacional da Província do Rio Grande do Norte, organizado por Eva

Cristini Arruda Camara Bastos, Maria Inês Sucupira Stamato, Marta Maria Araujo

e Rita Diana de Freitas Gurgel (2004).

4. Coletânea da documentação educacional paranaense no período de 1854 a

1889, sob a organização de Maria Elizabeth Blank Miguel e Sonia Dorotea Martin

(2004).

5. Leis e Regulamentos da Instrução da Paraíba no período imperial, organizado

por Antonio Carlos Ferreira Pinheiro e Cláudia Engler Cury (2004).

6. Leis, atos e regulamentos sobre educação no período imperial na Província de

São Pedro do Rio Grande do Sul, organizado por Elomar Tambara e Eduardo

Arriada (2004).

7. Documentos da política educacional do Ceará: Império e República, organizado

por Sofia Lerche Vieria e Isabel Maria Sabino de Farias (2006).

8. Documentos da educação do Pará imperial (1839-1889), organizado por Clarice

Nascimento de Melo, Karla Nazareth Correa de Almeida e Maria José Aviz do

Rosário (2012).

9. Relatório e ofícios da instrução pública do Paraná provincial (1854-1869),

organizado por Maria Elizabeth Blank Miguel (2013).

10. Relatório e ofícios da instrução pública do Paraná provincial (1870-1889),

organizado por Maria Elizabeth Blank Miguel (2013).

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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Os dois primeiros foram publicados na forma de livro. Os volumes entre 2004 e 2006

foram publicados na forma de CD-Rom e os três últimos se encontram na forma de e-book,

disponíveis na página oficial da SBHE (www.sbhe.org.br).

Nos marcos do investimento no acesso e democratização das fontes, celebramos a

edição dos volumes XI, XII e XIII da Coleção Documentos da Educação Brasileira e

parabenizamos seus organizadores que, ao aceitarem o desafio, oferecem mais uma

contribuição de indiscutível relevo para o campo, ampliando as possibilidades de investigação

da pesquisa histórica, com base no núcleo documental reunido, classificado e, ora,

disponibilizado para um público mais amplo. Por fim, convidamos todos a dialogar com as

referências plurais reunidas nestes volumes, de modo a fortalecer ainda mais o campo da

história da educação no Brasil.

José Gonçalves Gondra

Presidente da Sociedade Brasileira de História da Educação

Rio de Janeiro, 08 de abril de 2015.

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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PALAVRAS INICIAIS AOS LEITORES

É com muita satisfação que tornamos público um conjunto de documentos relativos à

história da educação paraibana. Este material é resultante de muitos anos de trabalho

desenvolvido coletivamente pelo Grupo de Pesquisa História da Educação no Nordeste

Oitocentista – GHENO –, que foi fundado em 2004 e encontra-se cadastrado no diretório do

CNPq.

A presente Coleção encontra-se estruturado em três volumes. No primeiro, estão os

documentos que foram coletados no Arquivo Público do Estado da Paraíba, hoje denominado

Arquivo Público Waldemar Bispo Duarte, vinculado à Fundação Espaço Cultural – FUNESC.

Nele, verificamos a existência de uma riquíssima documentação ainda pouco explorada pelos

pesquisadores da história da educação, especialmente no que se refere ao período imperial.

No segundo volume, estão aqui disponibilizados os discursos, as falas e os relatórios de

presidentes da Província da Parahyba do Norte relativos ao período de 1837-1889. Esse

material não foi encontrado de forma serial nos arquivos acima mencionados. Entretanto,

alguns deles encontram-se no conjunto da documentação do Arquivo Waldemar Bispo Duarte,

bem como no IHGP. Dessa forma, foi necessário recorrermos ao site do Brazilian government

serial documents digitization project, que foi digitalizada pelo Latin americam microform

project (LAMP), do Center for research libraries (CRL).

E, finalmente, brindamos os nossos estudiosos da história da educação brasileira com

um estado da arte relativo à história da educação da população negra no Brasil, no período de

1989 a 2012. Apesar de não se constituir em um estudo específico sobre o período imperial,

consideramos relevante a sua publicação, neste livro, no sentido de contribuirmos para o

fortalecimento e para a consolidação desse importantíssimo tema, o qual está intrinsecamente

relacionado com a história do período imperial brasileiro.

Nesse sentido, esperamos que essa documentação possibilite o desenvolvimento de

muitos outros estudos e pesquisas acerca da nossa história educacional brasileira.

Cláudia Engler Cury

Mauricéia Ananias

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro

(Organizadores da série)

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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AGRADECIMENTOS

Depois de pouco mais de uma década de trabalho dedicada à identificação, transcrição,

digitação e correção do conjunto documental aqui apresentado aos leitores, gostaríamos de

agradecer a todos os pesquisadores e pesquisadoras que nos acompanharam ao longo dessa

trajetória. Alguns deles começaram como bolsistas de Iniciação Científica e hoje já estão nos

mestrados e doutorados, outros se tornaram nossos colegas professores nos mais diversos

níveis de ensino, incluindo o nível superior. A trajetória desses pesquisadores muito nos honra

porque foi com eles e com curiosidades juvenis que aprendemos muito acerca da

documentação que agora se apresenta como um e-book para que se ampliem as

possibilidades de consulta.

Os nossos sinceros agradecimentos:

Primeira Fase

Cristiano Ferronato,

Guaraciane Mendonça de Lima,

Jandynéa de Paula Carvalho Gomes,

Nayana Rodrigues Cordeiro Mariano,

Philipe Henrique Teixeira do Egito,

Ramsés Nunes da Silva,

Segunda Fase

Cristiano Ferronato

Itacyara Viana Miranda

Janyne Paula Pereira Leite Barbosa

Maday de Souza Morais

Mariana Marques Teixeira

Michelle Lima da Silva

Rose Mary de Souza Araújo

Surya Aaronovich Pombo de Barros

Thayná Cavalcanti Peixoto

Thiago Oliveira de Souza

Wellington Oliveira de Souza

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PRESERVAR PARA NÃO ESQUECER: FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA PARAÍBA IMPERIAL

Antonio Carlos Ferreira Pinheiro - UFPB

Cláudia Engler Cury - UFPB

Mauricéia Ananias - UFPB

O levantamento e a catalogação de fontes para a história educacional paraibana no

período imperial se constituem um importante movimento realizado por pesquisadores do

Grupo de pesquisa em história da educação no nordeste oitocentista – GHENO. A ideia da

constituição do referido Grupo surgiu de uma atividade desenvolvida no interior do Grupo de

estudos e pesquisas da história da educação da Paraíba – HISTEDBR-PB (diretório do CNPq),

uma vez que, em 2001, a partir de sugestão do Professor Dermeval Saviani, realizamos um

levantamento e a catalogação de fontes acerca das leis e regulamentos referentes à instrução

no período imperial paraibano1, que foi publicado em 2004, pelo Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, com o apoio da Sociedade Brasileira de

História da Educação – SBHE.

A realização desse tipo de pesquisa, que objetiva levantar, transcrever e catalogar

documentos, era necessária e urgente, já afirmava Saviani (2004, p. 4), ao destacar que a

formulação e a implementação de uma política de fontes para a história da educação

brasileira emergia ‘‘como um problema de transcendental relevância para o incremento

quantitativo e qualitativo da historiografia da educação brasileira.” Todavia, nos parece que

uma política de preservação do nosso patrimônio documental encontra-se ainda muito longe

de ser plenamente efetivada pelos nossos legisladores e gestores públicos. Nesse sentido,

quando os pesquisadores adentram nos arquivos brasileiros, enfrentam a desorganização, o

descaso e o descuido, ou seja, são quase sempre ambientes insalubres, tomados pelo mofo,

pelas traças, pelos fungos, pelas infiltrações, colocando, não raras vezes, em risco a sua

própria saúde. Outra dificuldade dos que frequentam esse tipo de instituição refere-se à má

vontade daqueles que deveriam ser os “cuidadores da documentação”, muitos deles

desqualificados e cristalizados pela inércia e pouca sensibilidade acerca da importância dos

acervos com os quais trabalham. Toda essa situação fica ainda mais precária em virtude da

escassez de recursos públicos e privados destinados à manutenção e à higienização da

documentação.

Daí a relevância do trabalho aqui realizado, uma vez que estamos trabalhando no

sentido de preservar essa documentação e de torná-la pública para todos aqueles que

desejem desenvolver pesquisas no âmbito da educação e, mais particularmente, no campo da

história da educação.

1A sugestão foi feita ao professor Antonio Carlos Ferreira Pinheiro, que havia recentemente se doutorado sob a sua

orientação. Como o trabalho era grande e exaustivo, foi convidada para participar da empreitada a professora Cláudia Engler Cury, também recém-doutora pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Nesse sentido, todo o trabalho foi realizado no período de 2001 a 2002. Em 2003, foi encaminhando à professora Dra. Diana Gonçalves Vidal, presidente da SBHE à época, que procedeu todos os esforços para a publicação do conjunto de discos compactos (CDs) relativos à Coleção documentos da educação brasileira.

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

14

Concomitantemente ao início do levantamento que começamos a realizar em 2004,

processava-se a estruturação e a organização do Programa de pós-graduação em história, da

Universidade Federal da Paraíba, constituído em duas linhas de pesquisas, sendo uma delas

denominada: Ensino de História e Saberes Históricos. Foi a ela, portanto, que se vinculou o

Grupo de pesquisa em história da educação na Paraíba imperial (século XIX), que, a partir de

janeiro de 2010, passou a ter a atual denominação – GHENO.

Durante a realização da referida pesquisa documental, foram visitadas inúmeras

instituições responsáveis por guardar os vestígios e memórias do passado educacional

brasileiro e, mais especialmente, paraibano, tais como: o Núcleo de Documentação e

Informação Histórica Regional – NIDHIR2, a Biblioteca Central, ambos vinculados à

Universidade Federal da Paraíba. O Arquivo dos Governadores, além da biblioteca da

Fundação Casa de José Américo, o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, o Arquivo

Público do Estado da Paraíba e a Biblioteca Juarez da Gama Batista, pertencentes à Fundação

Espaço Cultural – FUNESC, todos localizados na cidade de João Pessoa e a biblioteca da

Faculdade de Direito de Recife, da Universidade Federal de Pernambuco. Assim, dentre todas

essas bibliotecas e arquivos visitados, um nos chamou muito a atenção. Tratava-se do Arquivo

público do Estado da Paraíba, hoje denominado Arquivo Público Waldemar Bispo Duarte. Nele,

verificamos a existência de uma riquíssima documentação ainda pouco explorada pelos

pesquisadores da história da educação, especialmente no que se referia ao período imperial.

O acervo encontra-se parcialmente organizado em estantes de ferro fechadas e está

armazenado em caixas plásticas, do tipo caixa arquivo, as quais recebem uma numeração e o

ano ao qual, em tese, se referem os documentos. Entretanto, trata-se de uma miscelânea de

documentos, tanto em relação aos tipos (autorizações, projetos de leis, de regulamentos, de

decretos, ofícios, memorandos, requerimentos, pedidos, tabelas, orçamentos, relatórios, atas,

listas de livros, de matérias de escola e de professores, entre tantos outros), quanto à sua

origem, isto é, no contexto do aparato administrativo, ou seja, relativos à saúde, à segurança,

às obras públicas, entre outras, bem como na instância do legislativo, aspectos esses que

retomaremos um pouco mais adiante.

Assim, diante de tão grande variedade, tanto relativa à origem dos documentos quanto

relacionada aos seus tipos, era necessário, antes de tudo, realizarmos a leitura dos

documentos, mesmo que parcialmente, para identificarmos se se tratava de algo relativo à

instrução/educação para, em seguida, procedermos à paleografia e à transcrição do

documento e, finalmente, à sua posterior digitação3.

O transcorrer de quase dez anos para concluir o trabalho que ora publicamos se deveu a

vários fatores. O primeiro deles refere-se ao número de pesquisadores envolvidos no árduo

trabalho, uma vez que éramos apenas dois, nos dois primeiros anos. Entretanto, após a sua

institucionalização junto ao Programa de Pós-graduação em História - PPGH passamos a contar

2Durante algum tempo o HISTEDBR-PB (2002-2004) e o pequeno grupo que passou a coletar documentos sobre o

século XIX utilizou as suas dependências para a realização de suas reuniões. 3Naquele primeiro momento já dispúnhamos de máquinas fotográficas digitais, todavia elas tinham baixa resolução

e capacidade de memória. Também, era muito difícil a utilização de escâner, uma vez que era um equipamento muito caro, grande e que exigia a disponibilidade de computadores no ambiente do próprio arquivo. Os computadores portáteis (notebooks) também não eram fáceis de serem adquiridos.

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com a colaboração voluntária de alguns de seus alunos, como também daqueles vinculados ao

Programa de Pós-graduação em Educação.4

Somente a partir de 2007, passamos a contar com a colaboração de mais uma

pesquisadora que havia sido contratada pelo Centro de Educação, em 2006. A partir desses

anos, outros professores/pesquisadores, também oriundos do referido Centro, integraram o

Grupo, como também uma pesquisadora, vinculada ao Departamento e a Pós-graduação em

História, passou a compor a equipe de professores do GHENO.5 Hoje, perfazemos o total de

nove professores.

Com o desenvolvimento de projetos de iniciação científica (PIBIC), passamos a contar

com os alunos da graduação dos cursos de licenciatura em história e em pedagogia. Nesse

ínterim, o GHENO começou a ter projeção, pelo menos no âmbito local, em virtude dos

resultados dos trabalhos de iniciação científica que terminaram por influenciar na produção de

trabalhos de conclusão de curso, bem como de dissertações de mestrado e teses de

doutoramento. Muitos artigos publicados em periódicos e, principalmente, na forma de

comunicações e mesas redondas nos mais importantes congressos regionais, nacionais e

internacionais do campo da história da educação foram também muito importantes para o seu

processo de consolidação.

Sob a batuta do GHENO, também foram organizados dois Encontros de História do

Império Brasileiro, o primeiro, em 2008, e o segundo, em 2010. Outros importantes momentos

para o Grupo foram as publicações dos seus livros, em 2008 e 2014, intitulados : Temas sobre

a Instrução no Brasil Imperial (1822-1889), volumes 1 e 2, que reuniu os trabalhos até então

realizados pelos seus componentes.

Podemos, assim, afirmar, sem medo de sermos pretensiosos, que a criação do GHENO, o

seu vínculo com a Pós-graduação em História e com alguns professores da Pós-graduação em

Educação bem como a recente produção historiográfica acerca da história da educação

referente ao período imperial paraibano estão intimamente relacionados com a organização

desse imenso conjunto de documentos, que abrange os anos de 1821 a 1888 e fica em torno

de 1000 títulos, sobre os quais passamos a tecer algumas considerações acerca do seu vínculo

com o movimento mais amplo processado no âmbito da história e, especialmente, no campo

da história da educação brasileira.

A historiografia da história da educação, acompanhando os percalços realizados pela

“revolução documental” na história (LE GOFF, 1992, p. 542), tem demonstrado um intenso

debate acerca da necessidade de ampliação, diversidade e crítica dos usos das fontes para os

estudos em educação.

Os pesquisadores têm buscado nos arquivos os inúmeros documentos que, por diversos

ângulos, trataram das múltiplas formas de educação presentes ao longo de toda a história do

Brasil. Da Colônia ao Brasil contemporâneo, pode-se afirmar que houve a produção de uma

vasta documentação que permite, ao pesquisador, escrever, hoje, a história da educação.

4 Oriundos desse Programa de pós-graduação foram concluídos, em 2006, a dissertação de mestrado de Cristiano

de Jesus Ferronato e a de Adriano Correia da Silva, em 2013. Duas importantes teses de doutoramento, a primeira de Rose Mary de Souza Araújo, defendida em 2010, e a segunda, de Cristiano de Jesus Ferronato, defendida em 2012. Recentemente, foram defendidas mais duas dissertações de mestrado no Programa de Pós-graduação em História; são elas as de Itacyara Viana Miranda, em 2012, e de Thiago Oliveira de Souza, em 2013. 5Tratam-se dos professores doutores Mauricéia Ananias, Jean Carlo de Carvalho Costa, Surya Aaronovich Pombo de

Barros e Carla Mary S. de Oliveira, respectivamente.

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Para além de uma história quantitativa, a documentação que oferecemos nesse volume

versa, principalmente, sobre o cotidiano político e administrativo da instrução/ educação da

então Província da Parahyba do Norte. Também não é exagero afirmarmos que a

documentação disponível demonstra uma intensa atividade para a instituição da instrução

pública e particular na referida Província nos anos de 1822 a 1889. Se não configurada em

séries documentais, mas, ainda que dispersos, um vasto conjunto de tipos de documentos,

conforme elencamos acima, tal conjunto documental foi produzido, prioritariamente, pelo

aparato governamental, encetado desde o início do século XIX, visando à constituição de

espaços públicos de legitimação do Estado e dos governos que comandaram a Província,

passando, em especial, pelas câmaras municipais e pelas diversas sessões da Assembleia

legislativa provincial paraibana.

Considerando a realidade da situação dos acervos/ e arquivos da Paraíba

contemporânea, para esses dois últimos conjuntos – das câmaras e da Assembleia provincial –

nos parece que a documentação encontrada é a única referência para o conhecimento do que

foi debatido, aprovado e, consequentemente, produzido como documento, por essas duas

casas no período imperial.

Nesse sentido, esse volume, além de resguardar essa documentação de um possível

esquecimento, situa a produção parlamentar, legislativa e governamental como, também,

fontes e possíveis objetos dos estudos e pesquisas em história da educação.

Por essa orientação, os documentos oficiais encontrados nesses espaços foram

compreendidos como “documentos/ monumentos” (LE GOFF, 1992, p. 545), pois a própria

ação e registro – do que ficou –, que marcaram suas concepções, também os instituíram como

memória coletiva de uma determinada época e sociedade. Portanto, estão engendrados, tanto

na origem como na preservação, em relações de mando e poder.

[...] O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham o poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa (LE GOFF, 1992, p. 545).

Por esse feito, para a Província da Parahyba do Norte, os documentos oficiais podem ser

compreendidos como base fundamental para a reconstrução da história da instrução/

educação no nosso país, considerando, sempre, a perspectiva de alargamento das

possibilidades de uso dessa documentação. Não só seus limites e empecilhos devem ser

lembrados, mas, também, suas possibilidades de abrir novos horizontes para compreender a

constituição da escola e da escolarização da província paraibana em suas diversas facetas: no

campo da cultura escolar, das origens e funcionamento das instituições educativas e escolares,

da formação de professores, da carreira docente, e tantos outros que podem ser elaborados a

partir das análises feitas pelos pesquisadores que, doravante, terão acesso a esse rico material.

Podemos afirmar que, para o caso paraibano, quase oitenta por cento da documentação

identificada pelo GHENO consiste em material produzido pelas autoridades, restringindo o

pesquisador ao trabalho com as fontes escritas e oficiais.

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As fontes trabalhadas, na maioria das vezes, são aquelas resultantes do gerenciamento

ou da organização da instrução que, ao longo do século XIX, era engendrada pelo estado

provincial e pelo poder central no Município da Corte, das quais pouco se pode apreender

acerca da vida cotidiana de mestres e alunos, ou melhor, das apropriações que estabelecem

com as normas e regras. Sabemos, também, da necessidade de considerarmos a possibilidade

do lugar social de produção desses documentos, que, certamente, estavam submetidos às

circunstâncias contextuais de posses, conveniências e oportunidades existentes nas mais

veladas intencionalidades nas quais estavam imbricadas durante sua produção e efetivação.

Todavia, como estamos sempre nos deparando com a fragmentação de informações e de

registros – mesmo os oficiais –, precisamos aproveitar da melhor maneira possível qualquer

vestígio dessas temáticas encontradas nas caixas do Arquivo com o qual trabalhamos e buscar,

nos jornais e nos textos dos memorialistas, uma segunda possibilidade de fugirmos das

amarras da legislação oficial.

Segundo já afirmou Cury (2010), arriscamos dizer que essas possíveis apropriações

poderiam ser encontradas, por exemplo, no movimento interno que a documentação oficial

deixa escapar nas entrelinhas, tendo, de um lado, a pena dos legisladores e das autoridades

provinciais, ou da Corte, e, de outro lado, mestres, alunos, pais de alunos, homens letrados,

pessoas comuns das vilas do interior e da capital da Província. Esses lados não são

necessariamente opostos, mas se reinventam o tempo todo, até porque o preenchimento dos

cargos públicos ligados à instrução pública na Província era feito por pessoas comuns da

sociedade local, desde que fossem letradas e estivessem na condição de homens livres. Além

disso, acreditava-se no caráter pedagógico da norma e da lei como pilar fundamental de

consolidação de uma nação civilizada.

Salta aos olhos do pesquisador a frequência e a quantidade enorme de petições

empreendidas por professores com pedidos de afastamento definitivo de suas funções por

falta de pagamento de seus vencimentos, de pedidos de licenças para tratamento de doenças

bem como petições dos pais de alunos, solicitando abertura de cadeiras e provimento de aulas

cujos professores se encontravam ausentes.

As autoridades provinciais procuravam responder às demandas que lhes chegavam às

mãos de várias formas, por exemplo, indicando imediatamente outro professor para substituir

a cadeira que ficou “órfã” de seu mestre, indeferindo/negando ou reduzindo pela metade o

tempo dos pedidos de licença médica, remanejando professor de uma vila para outra onde

havia um número significativo de alunos sem aulas.

Dessa forma, as prescrições contidas nas leis, nos regulamentos e nas reformas da

instrução pública e particular paraibana incidiram sobre o cotidiano das aulas, sobre os

comportamentos e as condutas dos mestres e dos alunos e, provavelmente, tiveram um papel

importante na consolidação de culturas escolares para a Província.

Nessa direção, entendemos que o conjunto documental que doravante tornamos

público possibilita vários olhares na direção, por exemplo, da constituição dos currículos, da

formação histórica das disciplinas escolares, do cotidiano institucional, do exercício diário de

ensinar e aprender de professores(as) e alunos(as), da materialidade da escola e dos recursos

metodológicos que foram utilizados no processo de constituição da escola moderna. A

multiplicidade dos temas e problemas pode ser visualizada numa primeira contemplação do

conjunto de informações presentes nesse acervo.

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Para garantir essa visão panorâmica, não fizemos aqui um recorte por assuntos ou

questões da instrução/ educação, mas, sim, disponibilizamos tudo o que foi encontrado sobre

essa temática com uma intenção – portanto, sem neutralidade –, a de que os pesquisadores

possam compreender essa produção tal como a entendemos, como fruto da ação de homens e

mulheres que, em diversas – e dispersas – situações tiveram a instrução/ educação como

campo de preocupação e debate na tentativa de construção do incipiente Estado nacional

brasileiro, aqui demonstrado a partir da especificidade do caso paraibano.

Em contribuição à própria conformação do campo da história da educação, e coerentes

com a concepção de documento apresentada, defendemos, como tantos já o fizeram, a

necessidade da crítica e do cotejamento dessa documentação com outras fontes.

Para a atualidade, os pesquisadores da Paraíba – e de todo o país – também terão

acesso a mais dois conjuntos de documentos: os registros sobre instrução/ educação

selecionados nos relatórios e produzidos pelos presidentes da Província entre os anos de 1837

a 1889.

Mesmo que a quantidade de documentos apresentada sobre a educação/ instrução seja

grande, ainda assim, muitas buscas ainda há para serem feitas.6

Para a Paraíba imperial – no caso específico da instrução –, ainda hoje, não tivemos

acesso aos arquivos privados, aos acervos das igrejas, cartórios e tribunais de justiça.

Desconfiamos da riqueza com que esses lugares podem nos presentear. Talvez com as

pistas dos documentos já conhecidos, possamos detalhar ainda mais o processo de

escolarização ocorrido na Província, responder dúvidas, criar séries documentais, elucidar os

vácuos temporais, levantar outros problemas, construir novos temas, propiciar novas

abordagens.

Enfim, campo em aberto, maravilha que a continuidade da pesquisa pode indicar para

todos que acreditam na importância da busca, na organização e na conservação dos

documentos que podem, a partir de análise e crítica rigorosas, “dar sentido” (HOBSBAWM,

1998, p. 22) ao nosso passado educacional.

Concluídas essas breves reflexões acerca da organização da documentação (1821-1860),

que se encontra na primeira parte desta obra, passamos, a seguir, a informar o nosso leitor

acerca de alguns procedimentos que foram adotados durante a realização da transcrição e da

digitação da documentação coletada no Arquivo Waldemar Bispo Duarte – FUNESC/João

Pessoa/PB:

1. Optamos por não atualizar a grafia. Assim, todos os documentos foram transcritos,

mantendo-se a grafia original da época de sua elaboração;

2. Os documentos que foram localizados no referido Arquivo encontram-se

organizados em caixas arquivos numeradas e também indicadas por anos. No

entanto, aqui, não adotamos totalmente essa organização e nos detivemos tão

somente em considerar os anos. Assim, alguns documentos que se encontravam de

6Encontra-se já organizado, para breve publicação um conjunto de notícias sobre a educação/instrução de diversos

jornais paraibanos que circularam no período imperial brasileiro.

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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forma equivocada em uma determinada caixa, mas que pertenciam a outro ano,

foram por nós deslocados para o ano correspondente7;

3. Os documentos em duplicidade, já publicados de outra forma, foram excluídos

dessa publicação, especialmente decretos, leis e regulamentos que se encontram no

volume Paraíba, da Coleção documentos da educação brasileira, publicado pelo

INEP/SBHE, em 2004;

4. Utilizamos NO (Nota dos organizadores) no rodapé, quando algum comentário foi

necessário;

5. Alguns documentos no original se encontram com as concordâncias nominal e

verbal incorretas, não se constituindo, portanto, em erro de quem transcreveu o

referido documento;

6. Todos os registros que apareceram à margem ou na lateral do texto fazem parte da

estrutura original do documento;

7. Todos os documentos em que apareceu a palavra “cópia”, normalmente, no seu

topo e que não conseguimos identificar do que se tratava, foram retirados durante o

processo de transcrição e de digitação dos mesmos; ao mesmo tempo, efetivamos

apenas uma única transcrição, quando percebemos que se tratava do mesmo

documento (conteúdo e forma) copiado mais de uma vez;

8. Durante a transcrição, quando optamos por copiar apenas uma parte dos

documentos, como, por exemplo, os orçamentos presidenciais e as atas da

Assembleia legislativa utilizaram-se colchetes [...];

9. Em casos de partes ilegíveis dos documentos, utilizamos um traço com 6 espaços

______ e naqueles em que não foram encontradas referências de datas, colocamos

3 pontos ...;

10. Segundo o Diccionario da Lingua Portugueza por Antonio de Moraes Silva (natural

do Rio de Janeiro), oitava edição revista e melhorada, vol. de A-E, Editora Empreza

Litteraria Fluminense de A. A. da Silva Lobo. Séde Rio de Janeiro, rua 7 de Setembro,

81. Succursal – Lisboa, rua dos Retrozeiros, 125, 1890, o cifrão era um sinal ($) usado

em Portugal e Brasil para separar os milhares das centenas, por exemplo, 22$400.

Também servia de abreviatura quando os 3 últimos eram zeros (cifras): 1$

corresponde a 1$000.

Referências

ARAÚJO, Rose Mary de Souza. Escola normal na Parahyba do Norte: movimento e

constituição da formação de professores no século XIX. João Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2010.

(Tese de doutorado em educação).

7Procuramos, sempre que possível, deslocar também o documento original para a sua caixa arquivo

correspondente. Como não há uma listagem (numeração dos documentos) ou uma catalogação realizada pelo próprio Arquivo, entendemos que não houve prejuízo ao Arquivo e aos pesquisadores, ao deslocarmos um documento de uma caixa arquivo para outra. Consideramos que, com esse procedimento, contribuímos, mesmo que de forma singela, com a melhor organização do referido acervo.

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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CURY, Cláudia Engler. “Desafios da Pesquisa com cultura escolar na documentação da

Parahyba Oitocentista”. In: História das Culturas Escolares no Brasil. VIDAL, Diana Gonçalves e

SCHWARTZ, Cleonara Maria (orgs.). Vitória, ES: EDUFES; 2010. p. 37 - 58.

FERRONATO, Cristiano de Jesus. Construindo uma nova ordem: o debate educacional na

Assembleia Constituinte de 1823. João Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2006. (Dissertação de

mestrado em educação).

FERRONATO, Cristiano de Jesus. Das aulas avulsas ao Lyceu Provincial: as primeiras

configurações da instrução secundária na Província da Parahyba do Norte (1836-1884). João

Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2012. (Tese de doutorado em educação).

HOBSBAWM, Eric. Sobre a história. Tradução Cid Knipel Moreira. São Paulo, SP: Companhia

das Letras, 1998.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução Bernardo Leitão [et al.]. Campinas, SP:

Editora da Unicamp, 1992.

MIRANDA, Itacyara Viana Miranda. Instrução, disciplina e civilização: uma perspectiva de

leitura acerca das aulas públicas e particulares na Parahyba do Norte (1860-1889). João

Pessoa, PB: UFPB/PPGH, 2012. (Dissertação de mestrado em história).

PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira e CURY, Cláudia Engler. Leis e regulamentos da instrução da

Paraíba no período imperial. Brasília, DF: MEC/ INEP; SBHE, 2004. (Coleção documentos da

educação brasileira). CD-ROM.

PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira e FERRONATO, Cristiano de Jesus. Temas sobre a instrução

no Brasil imperial (1822-1889). João Pessoa, PB: Universitária – UFPB, 2008.

SAVIANI, Dermeval. Breves considerações sobre fontes para a história da educação. In:

LOMBARDI, José Claudinei e NASCIMENTO, Maria Isabel Moura. (org.) Fontes, história e

historiografia da educação. Campinas, SP: Autores Associados: Histedbr: Curitiba, 2004.

(Coleção memória da educação). p. 3 - 35.

SOUZA, Thiago Oliveira de. Imprensa e instrução na Parahyba do Norte: cultura educacional e

culturas políticas nos anos de 1880. João Pessoa, PB: UFPB/PPGH, 2013. (Dissertação de

mestrado em história).

SILVA, Adriano Soares da. O processo de escolarização na Província da Parahyba do Norte:

aulas de primeiras letras (1834 - 1849). João Pessoa, PB: UFPB/ PPGE, 2013. (Dissertação de

mestrado em educação).

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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1821

Comarca do Pilar, 11 de setembro de 1821.

Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores

O dever que nos impõem as leis de vigiarmos sobre os interesses do Povo que estão a

nosso cuidado, nos obriga a irmos oficialmente a V. Exc. notificar-lhes a necessidade que há

nesta Villa e seu termo de uma cadeira de primeiras letras para a instrução dos meninos que a

falta dela gemem ______ debaixo da ignorância em que hoje se tem conservado esta Villa,

sendo da Província uma das mais bem povoadas, e de maior nome, e muito mais digo muito

digna da atenção de V. Exc. sobre objeto de tamanha poderação. Rogamos pois a V. Excs. que

atendendo, ao estado da ignorância em que faz a mocidade e o estado digo a mocidade e a

necessidade de que há de ser ilustrado provam uma cadeira ao menos de primeiras letras

nesta Villa, com ordenado suficiente o que convencendo um homem bom a empregar-se com

toda a força no exercício de ensinar de bom grado os meninos, e fazer-lhes ver os benefícios

que se colhem da instrucção das primeiras letras, por meio dos quais se tornem habis para o

emprego publico da Província para os anos futuros: são o nossos sentimentos que os expomos

a V. Exc. na certeza de que serão olhados benigmamente.

Deus guarde a V. Exc.

Villa do Pilar em vereação de 11 de novembro de 1821 e eu João

Jacinto Moniz de Souza

Escrivão da comarca o escrevi

De Vossa Exc.

Respeitadores súditos

José Pedro dos Reis Carneiro da Cunha

Brás Alves de Ponce

Domingos Jose ______ Chaves

Antonio José de Brito

1822

Comarca de Campina - 1822

Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores.

Em conseqüência do respeitável despacho de 4 de dezembro próximo passado exarado

no requerimento de Manoel de Mendonça e Figueredo, opositor a cadeira de Primeiras Letras

desta Villa, em que nos manda informar sobre a sua adesão a nossa Independência, em causa

publica deste Império, e sobre a sua capacidade e instrução: informam-me que não consta ao

termo se tem lançado no competente livro, que ele suplicante jurasse a Constituição, e nem as

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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suas instruções a vista de seu exame terá lugar e informação. Por enquanto podemos dizer a V.

Exc. que mandarão o que forem servidos.

Villa Nova da Rainha em vereação de 13 de janeiro de 1822.

Estevão José Gomes de Siqueira

Antonio ______ Araújo

João Monteiro Torres Junio

Antonio Alves Vianna

Antonio José Gomes Barbosa

Antonio José ______ Nobre

Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores

Vila do Conde

A instrução pública é um dos objetivos mais recomendáveis da Constituição. Esta Vila

com território habitado não só de índios, como de grande número de povo de toda qualidade

que desgraçadamente vive na maior ______ .Por não haver aqui uma escola pública ao menos

nas primeiras letras: e como seja este um dos nossos deveres apresentamos a vossas ______ e

excelências para providenciarem um negócio tão útil e necessário ao bem público desta

mesma Vila.

Da mesma forma seja necessário e útil que haja nesta para instrução dos meninos índios

que com este pretexto são desprezados mas que jamais tornam a voltar e quando assim

aconteça de a ______ do opróbio e males que trás consigo a prostituição a que são seduzidos.

Esta casa se pode estabelecer nesta mesma Vila sem despesa do estado pois que dos ______

do patrimônio dos mesmos índios podemos estabelecer uma porção a mostrar e a quantas

educar. Vossas excelências porém determinaram o que julgarem mais conveniente.

Vila do Conde em vereação de 19 de Janeiro de 1822.

Manuel Batista de Miranda

Escrivão, escrevi.

12/04/1822

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Recebemos o ofício de Vossa Excelência que por ordem da Excelentíssima Junta

Provisória desta Província lhe foi determinado o ofício datado de 26 de Agosto do corrente ano

no qual se nos pede a informação da importância do total de Rendimento do Contrato do

subsídio literário desta vila termo cuja informação não nós é possível dar em razão de não ser

cobrado ______ rendimento para esta ______ e sim pela junta ______ das Rendas Públicas

desta Província por ordem de quem se arremata dito contrato nesta vila cuja arrematação é

remetida a mesma junta para ser aprovada Difusão ______ memória ______.

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Deus guarde a Vossa Excelência ______ em sessão de 12 de Abril de 1822.

Manoel Miz Lopes

Antonio Joaquim de Azevedo

Antonio José de Souza

João Ferreira da Silva

Joaquim José Correia

Comarca de Campina – 1822.

Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores.

Os habitantes desta Villa, e de toda a compreensão do seu termo altamente persuadidos

de que a ignorancia é o maior dos entraves, que há na vida humana, não só para em habituar

os cidadão nos empregos públicos, como para estorvar qualquer duração feliz, que alguns

indivíduos iluminados queiram dar a sua Pátria se não menos convencido de que Vossas

Excelências, como administradores do governos civil e político desta Província, podem,

querem, e devem querer fazer-lhes todo o bem possível, não hesitarão em recorrer a nós para

fazermos a seguinte representação, como órgão que somos dos seus sentimentos.

Há 30 anos que esta freguesia esta erecto em Villa, sua população tem demonstrado

prodigiosamente subindo hoje a mais de 68 habitantes; e ainda não tem um professor de

Primeiras Letras ao menos, quanto menos um professor de Latim não estava ocioso, visto que

há muitos pais de famílias, que desejam dar uma educação liberal a seus filhos, e que o não

fazem por falta de Mestres, vindo a ser muito despendioso a sustenção de um filho nas Praças,

além da repugnancia que a natureza lhes inspira para não se apartarem de seus filhos,

mormente em uma cidade, em que a firmeza dos costumes corre o maior perigo. È pois sobre

este objetivo que nós reclamamos e fazemos ver a Vossas Excelências, que nenhuma razão

tem havido da parte do antigo governo, para ter-se olvidado de um estabelecimento tão útil

como necessário.

Os dízimos do algodão que faz a riqueza do pais, cujas grossas somas ______ dos rostos

dos nossos honrados agricultores outrora faziam o prazer de um dia ou talvez de um

momento, dos cortesão do Rio de Janeiro; os tributos, bem como a contratos, décimas, sisas,

novos impostos, subsídios literários, ______ que eram outros tantos diferentes, que

desaguaram no grande golfo, donde nenhum bem tirávamos; enfim todas as contribuições

ontem extorquidas para o vício e para a grandeza de vis aduladores devem ser hoje aplicada o

benefício dos mesmos que põem no tesouro Publico, onde estão, como em deposito, para

servir de bem a Nação em todas as necessidades, bem como esta, que não é freguesia, pois

sendo os homens, como diz o ______ pouco inferiores aos Anjos, pela sua ignorancia podem

dizer que pouco distam dos brutos.

Contam-se nesta Villa mais de 40 meninos capazes de escolas sem fazer menção de

outras muito que já passam do tempo próprio, e julgam-se perdidos por falta dessa

providencia, por cujo motivo o nosso Excelentissmo Deputado Vergenio Roiz Campello antes

de se retirar desta frequesia nos fez uma fala sobre o mesmo objeto em que nos fez prometer

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

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duzentos mil rés anuais, comprometendo-se alguns particulares o outros duzentos a fim de

mandarmos vir um mestre hábil, instruído para educador da mocidade porem nós

reflexionando depois sobre a promessa que fizemos, julgamos não poder fazer esta despesa

sem ordem superior, principalmente sendo de dever de vossas excelências curar do bem

publico. Portanto, excelentissimos Senhores, não julgamos necessário expandir mais razões

para mostrar a necessidade, que temos do que queremos pois que Vossas Exc. saibam o

quanto convem a Pátria a propagação das Luzes as quais só se delatam com a cultura das

Letras. A vista do exposto V. Exc. determinarão o que for de razão e de festiço. Deus guarde

Vossa Excelência. Villa Nova da Rainha. 19 de abril de 1822.

Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores do Governo da Junta Provincial.

Em observância do respeitável oficio de Vossas Excelencias com data de vinte e cinco de

junho do corrente acompanhado com os exemplos respondemos que nesta vila tem porção

vultosa de mocidade capazes de exercerem as primeiras letras e pelo modo na povoação de

Serra da Raiz deste termo. Este senado só tem de rendimento a ordinária de setenta seis mil e

setecentos reis, por ano que paga a fazenda publica, e esta mesma quantia desde o ano de mil

oitocentos e quatorze que se não paga alguns vencimentos que há neste conselho não negam

para despeza anual do mesmo conselho, hé o que podemos informar a Vossas Excelência que

mandarão que forem servidos.

Villa de São Miguel em Câmara de 2 de Julho de 1822. Deus guarde a V. Excmos.

Obedientes súditos

Joaquim José da Silva

Manuel Freire Santos

José Madeira Costa

Miguel Sabino Socre

18/07/1822 – Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores

Câmara de Campina

Como Vossa Excelência no ofício de 25 de junho do corrente ano nos pedem uma exata

informação sobre as circunstâncias desta freguesia, para nela se estabelecerem aulas de

primeiras letras, informamos o seguinte pelos mesmos artigos do dito ofício. Primeiro: Esta

Vila, e seu contorno não só apresenta uma numerosa mocidade para as primeiras letras, como

até para gramática latina, pois que o Reverendíssimo Pároco desta Freguesia Virgínio

Rodrigues Campello, quando aqui chegou da primeira vez, contava quase trinta alunos que

ensinava gratuitamente; sendo então a população muito menor, e além disto como esta vila é

o ponto central do Sertão do Cariri nenhum outro é tão adequado para esse estabelecimento,

como ela. Segundo: ______ torna a povoação, que não é nem consideráveis a exceção de

Alagoa Nova, porém todas elas apresentaram a mesma necessidade; pela falta de meios, que

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tem muitos pais ______ ______ filhos fora de suas casas, e estas Povoações são em primeiro

lugar a Alagoa Nova, em segundo o Brejo de Fagundez e em terceiro a de Cabaceiras. Terceiro:

este Senado não tem ríditos (rendimentos) suficientes para os honorários dos professores,

uma vez, que ordenados honorários sejam tais, que convidem a bons Mestres; mais poderá em

parte satisfazer aos Professores de primeiras letras, e latim, que se criarem nesta Vila pela

necessidade que deles há, uma vez que se ponha em uso o contrato das aguardentes

estabelecido desde a execução desta Vila pelo Diretor que foi então o Doutor Antonio Felipe

de Andrade Bredarades, por isso que não é ______ aos seus ______ habitantes, e recai sobre

uma classe de homens ordinariamente ínfimos, e não é gênero de primeira necessidade que

utilize a todos como novo imposto das carnes, que ainda se conservam.

Esperamos portanto que Vossas Excelências se dignem mandar por uma praça aquele

contrato de aguardentes, único subsídio de que se podem fazer as despesas deste senado.

Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos Vila Nova da Rainha. Em vereação de 18 de

julho de 1822.

Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores Presidente e mais vogais do Governo Provincial.

Felipe Joaquim de Souza

Joaquim Ribeiro de Mello

Antonio Joze Gomes Barbosa

Joze Ferreira da Silva

Martinho da Costa Agra

T.D. Ofício – Correspondência.

Ilmo Sr.

Tendo este Senado em consideração e muito respeitável ofício de V. Excia. de 25 de

junho passado, aqui não tem sido possível responder com aquela brevidade que exige o

mesmo ofício pelas grandes inúmeras ações que tem impedido haver adjunto de Câmara nesta

Vila o que agora fazemos informando primeiramente a V. Excia. que esta Vila presença porção

suficiente de mocidade quando uma escola das primeiras letras! Segundo que há duas

Povoações que se faz infalível em cada uma delas outra Escola: terceiro que tendo anualmente

este Conselho de Rendimento de 62$00 avultam quase as despesas do mesmo destes

rendimentos.

Deus guarde felizmente a V. Excia. Pilar 20 de julho de 1822.

Ilmo. Exmo. Sr.

Augusto Xavier de Carvalho – secretário com voto na Junta do Governo.

Antonio José de Mello

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Sua Alteza Real o Príncipe Regente tomando em consideração a utilidade, que resultará

a este Reino do Brasil da circulação dos periódicos, e outros escritos, nos quais não só de

ofereçam ao público elementos de instrução, e armas para se destruírem os abusos

conhecidos até aqui na Educação pública, mas também se consultem com argumentos

enérgicos e patrióticos os princípios desorganizadores, e opostos aos verdadeiros interesses da

grande causa do Brasil: E reconhecendo-se ter entre eles um lugar muito distinto novo

periódico denominado = Regulador Brasílico Luso = publicado nesta cidade: manda pela

Secretaria d’Estados dos negócios do Reino remeter ao governo provisório da Província da

Paraíba do Norte os exemplares inclusos da 1º e 2º números do referida periódico, á fim de

que o mesmo governo, ficando inteirado dos importantes objetos, que neles se tratam

dirigidos ao estabelecimento de uma monarquia constitucional, como firma senhor da

segurança pública, e a sustentar a Dignidade e os Direitos deste Reino, não se facilita a sua

circulação pelos Povos da dita província, mas promova pela parte que lhe cabe a sua

subscrição voluntária na forma anunciada nos respectivos prospectos. Palácio do Rio de

Janeiro em 5 de Agosto de 1822.

José Bonifácio de Andrade e Silva.

26/08/1822 – Ilustríssimo Senhor Augusto Xavier de Carvalho

Recebemos os impressos da ______ e Santo Padre Pio 7º fica a Paróquia desta Freguezia

entendida desse conteúdo.

Quanto a mocidade é ______ e por isso passamos a informar a Vossa Senhoria que esta

Vila tem porção de mocidade que exige ______ e uma aula de primeiras letras e quando ao

rendimento este finado não a tem mas é nestes ______ o rendimento das ______ de ______.

É o que temos de informar a Vossa Senhoria Vereação ______ em secção de 26 de

Agosto de 1822.

Manoel Miz Lopes

Antonio José de Souza

João Ferreira da Silva

Joaquim Pereira da Cunha

12/11/1822 – Governo Provisório da Paraíba do Norte

Manda sua majestade o Imperador pela Secretaria de Estado dos Negócios do Império

remeter ao Governo Provisório da Paraíba do Norte o exemplar incluso ______.

Portaria de 11 do corrente relativa a ______ que se deve proceder nas diferentes

Províncias sobre a facção de anarquistas e ______ coberta nesta Corte para que ______.

Governo do seu conteúdo lhe dê ______ e devida execução. Palácio do Rio de Janeiro 12

de novembro de 1822.

José Bonifácio de Andrade e Silva.

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28

1825

1825 – Janeiro – 31

Manda sua Magestade o Imperador pela Secretaria de Estados dos Negócios do Império

remeter ao Presidente da Província da Paraíba os exemplares inclusos da Obra Intitulada =

Socorros as pessoas envenenadas, e asfixiadas para que as faça circular a fim de se

divulgarem as suas matérias, o poderem os Povos colher as utilidades, que elas

proporcionarão: e igualmente se remetem para o mesmo fim os exemplares das Reflexões

sobre as cousas do Brasil. Palácio do Rio de Janeiro 31 de janeiro de 1825.

Estevão Ribeiro Rezende.

Cumpra-se, e registre-se. Paraíba 6 de Abril de 1825.

P. Alexandre Francisco de Seixas Machado.

Registrada em 1º de Agosto de 1825.

Registrado a Folha 120 do Livro 2º dos Avisos Imperiais.

Antonio José Henriques.

1825 – Fevereiro – 26

Sendo a educação da Mocidade um dos primeiros objetos da attenção particular de Sua

Magestade o Imperador, por sua directa influência sobre os costumes e consequentimente

sobre a propriedade e a glória dos Estados, como o tem sempre atendido os verdadeiros

Legisladores em todas as idades: é considerado o mesmo Augusto Senhor que para o acerto de

providências gerais, que regulem por toda a extensão do Império o ensino público, é

indispensável o conhecimento do que já se acha estabelecido, para se melhorarem ou

aumentarem os meios de instrução, segundo as necessidades e circunstâncias particulares das

diferentes povoações: à por bem que os Presidentes das Províncias, fazendo a este respeito as

observações que julgarem convenientes, remetam com a possível brevidade uma relação de

todas as Cadeiras de Primeiras Letras, e de Gramática, Latim, Retórica, Lógica, Geometria e

Linguas Estrangeiras; notando tanto os lugares, em que se acham instituídas, como os que por

sua população merecem a criação de outras, e declarando os ordenados dos professores, e o

rendimento do subsídio literário, ou de quaisquer outros impostos a favor das ditas Escolas; a

fim de ser tudo presente à Assembléia Legislativa, e poder esta, cabalmente informada, dirigir-

se com sabedoria em tão importante matéria, facilitando e generalizando a instrução, como

origem infalível e fecunda da felicidade dos povos. E assim o manda pela Secretaria de Estado

dos Negócios do Império participar ao Presidente da Província da Paraíba para sua inteligência

e devida execução na parte que lhe toca. Palácio do Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1825.

Estevão Ribeiro Rezende

Cumpra-se, e registre-se. Parahiba 11 de abril de 1825.

P. Alexandre Francisco de Seixas Machado.

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29

Registrada a Folha 148 do Livro 2º de Avisos Imperiais.

Antonio José Henriques.

Respondido em 11 de abril de 1826.

Correspondência ao Senado da Vila do Pilar ao Presidente da Província da Paraíba em

11/5/1825, respondendo ofício recebido pedindo informações sobre escolas

necessárias ao termo.

T.O ofício

T.A correspondência

Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Em observância da portaria do Secretário do Estado

dos Negócios do Império, e a Vossa Excelência dirigido a este Senado de quinze de abril de mil

oitocentos e vinte e cinco, em que determina que informemos sobre a educação das escolas

necessárias deste termo, ao que passamos a responder: 1º que se achando providos os lugares

nesta vila e provação de Itabaiana, e a povoação de Gurinhém, se acha vaga, por se achar

preso o serventuário dela, e as mais que a necessidade que o paz exige, consta da relação da

junta e sobre os rendimentos deste termo; só existem os subsídios literários, que estes

mesmos estão hoje afetas ao erário Nacional desta província.

Deus guarde a vossa excelência como é mister.

Vila do Pilar em vereação de onze de maio de mil oitocentos e vinte e cinco.

Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr. Coronel Alexandre Francisco de Seixas Machado.

Presidente do governo da Província.

Joaquim Joze Ribeiro Pessoa

Joze D’Orlando Cavalcanti

Antonio Francisco Pereira

João Coelho de Souza

José Francisco de Barros

18 de setembro de 1825

Sua Majestade o Imperador, reconhecendo a grande utilidade que resulta aos seus fiéis

súditos, do estabelecimento de Escola Públicas de Primeiras Letras pelo methodo

Lancasteriano; que, achando-se geralmente admittidas em todas as Nações civilizadas, tem a

experiência mostrado serem muito próprias para imprimir na Mocidade os primeiros

conhecimentos: Manda pela Secretaria de Estado dos negócios do Império que o Presidente da

Província da Parahíba promova quando for possível a introdução e estabellecimento das

referidas Escolas, de cujos benefícios hajam de aproveitar os habitantes da dita Província.

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30

Palácio do Rio de Janeiro em 22 de Agosto de 1825.

Estevão Ribeiro de Rezende

Cumpra-se, e registre-se. Paraíba

18 de setembro de 1825

Alexandre Francisco de Seixas Machado

Registrada a Folha 140 do Livro 2º de Avisos Imperiais

Antonio José Henriques.

Concedendo sua Majestade o Imperador, a Joaquim José d’Oliveira 1º Tenente de Artilharia

da Linha da Província da Paraíba do Norte, ora adido nesta Corte ao Batalhão de Caçadores de

1ª Linha nº 18 Licença para freqüentar a ela os Estudos Matemáticos da Academia Militar o

manda pela Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra participar ao Comandante das Armas

da referida Província para seu conhecimento, e a fim de que se ganham as competentes

declarações aos assentos daquele oficial.

Palácio do Rio de Janeiro 14 de Novembro de 1825.

Barão de Lages

Cumpra-se, e registre-se. Paraíba do Norte, 29 de março de 1826. Trajano Antonio

Gonçalves de Medeiros.

Comandante das Armas da Província.

1826

T.A correspondência

T.O.Oficio

1826 – janeiro

Ilustríssimo e Excelentíssimo sr.

Por imediata resolução de 29 de dezembro ultimo houve sua Majestade o Imperador

por bem conformando-se com o parecer da mesa do Desembargo do Paço, sobre o ofício de

Vossa Excelência de 09/10 do ano passado, decidir, quanto a cadeira da Gramática Latina,

dessa capital, que se ponha a concurso, para ser conferido ao mais digno, e quanto ao

emprego de capelão do Regimento de 1º Linha, que se solicite o seu provimento pelo

repartição competente. O que participo a Vossa Excelência para sua inteligência e governo.

Deus guarde a Vossa Excelência.

Palácio do Rio de Janeiro em 10/01/1826.

Visconde de Barbacena

Cumpra-se e registre-se

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Parahyba- 22/02/1826

Alexandre Francisco de Seixas Machado

Presidente da Província da Parahyba

Termo de Vereação

Documento ministerial

Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr.

Em cumprimento ao respeitável despacho de Vossa Excelência informamos que a

cadeira que o suplicante pretende é criação nova naquela povoação, e que assaz necessária

pela abundancia de alunos, e que ainda não houve quem o requeresse porém, que é certo foi

mandada criar, e em todas as povoações notáveis.

Vila Nova da Rainha em Vereança de 15/03/1826.

Ignácio Inaujenio de Vasconcelos

Manoel Nunes Pereira

Luiz Jozé de Almeida

Jozé Ferreira Pittre.

10 de janeiro de 1826.

Por imediata resolução de 29 de dezembro último, honra sua Majestade o Imperador

por bem conformando-se com o parecer da pessoa do Desembargador do Paço, sobre o ofício

de Vossa Excelência de 9 de outubro do ano passado decidiu, quanto a cadeira de Gramática

Latina, dessa Capital, que se ponha a concurso para ser conferida aos mais digno, e quanto ao

emprego de Capelão do Regimento de 1ª Linha, que se solicite o seu provimento pela

repartição competente. O que participo a Vossa Excelência para sua inteligência e governo.

Deus guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 10 de janeiro de 1826.

Visconde de Barbacena

Cumpra-se e registre-se

Paraíba 22 de fevereiro de 1826

Alexandre Francisco de Seixas Machado. Presidente da Província da Paraíba

1826 – fevereiro – 28

Tendo sua Magestade o Imperador determinado, por portaria de 26 de fevereiro do ano

próximo passado, que Vossa Excelência remetesse a esta Secretaria de Estado dos Negócios do

Império, com a possível brevidade, uma relação de todas as Cadeiras de Primeiras Letras,

Gramática Latina, Retórica, Lógica, Geometria e Línguas Estrangeiras, notando tanto os lugares

em que se acham já instituídas, como os que por sua população merecem criação de outras, e

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declarando os ordenados dos professores e o rendimento do subsídio literário ou de qualquer

outro imposto a favor das ditas Escolas. E sendo de maior urgência a remessa da dita relação,

para ser apresentado a Assembléia Geral Legislativa, próxima a instalar-se, a fim de tomar

conhecimento de tão importante objeto. Cumpre que Vossa Excelência sem perda de tempo

expeça as competentes ordens para o pronto cumprimento desta Imperial determinação.

Deus Guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1826.

Visconde de Carvalho

Cumpra-se e registre-se. Paraíba 11 de abril de 1826.

Alexandre Francisco Seixas Machado

Sr. Alexandre Francisco de Seixas Machado. Presidente da Província da Paraíba.

1826 – maio – 26

Dom Pedro pela graça de Deus e unânime aclamação dos Povos Imperador

Constitucional e Defensor Perpétuo do Império do Brasil. Faça saber a vós Presidente da

Província da Paraíba do Norte: Que sendo-me presente em consulta da mesa do

Desembargador do Paço o vosso ofício datado de nove de outubro de mil oitocentos e vinte e

quatro em que expande as razões que vos obrigarão a prover na cadeira de Gramática Latina

do Padre José Ignácio de Brito Barocha, e que exerço a minha Imperial confirmação: E

conformando-me com o parecer da referida mesa interposto na mencionada consulta em que

foi ouvido o desembargador Procurador da Coroa Soberana, e Fazenda Nacional, por minha

imediata Resolução de vinte e nove de dezembro ano próximo passado; hei por bem ordenar-

vos mandeis, por a concurso, na forma das ordens existentes, a cadeira de que se trata, para

ser conferido ao mais digno: cumpre-o assim. O Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo

do Império do Brasil e mandou por seu especial mandado pelos ministros abaixo assinados do

seu Conselho e seu Desembargador do Paço Henrique Anastácio de Novaes e fez do Rio de

Janeiro a 26 de maio de mil oitocentos e vinte e seis, quinto da Independência e do Império.

Joze Caetano d’Andrade Pinto

E fez escrever Bernardo José de Gusmão Novais

Domingos Antonio José de Miranda

Cumpra-se registre-se. Parahyba cinco de julho de mil oitocentos e vinte e seis.

Alexandre Francisco de Seixas Machado

Registrado a folha 184 volume do livro segundo de Avisos Imperiais

Antonio José Henriques

Por imediata resolução de sua majestade Imperial de vinte e nove de dezembro de mil

oitocentos e vinte e cinco, tomado em consulta da mesa dos Desembargadores do Paço, e

despacho da Dita mesa de doze de janeiro de mil oitocentos e vinte e seis.

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33

1826 – Agosto – 21

Dom Pedro pela graça de Deus e unânime aclamação dos Povos, Imperador

Constitucional e defensor Perpétuo do Império do Brasil: Faço saber a vós presidente da

Província da Parahyba do Norte: que sendo-me presente em consulta da mesa do

Desembargador do Paço o requerimento do Padre José Ignácio de Brito Barocha em que me

suplicava a confirmação da Cadeira de Gramática Latina dessa cidade. E visto a informação que

de vós se houve a que sobre tudo respondeu o desembargador da Coroa Soberana e Fazenda

Nacional. Houve por bem por minha imediata resolução de oito de abril do corrente ano

tomado na minha consulta, determinar que se processe o concurso a referida cadeira de

Gramática Latina dessa cidade. Pelo que vos ordeno o ponhais a concurso, na conformidade

das ordens, existentes. Cumpre-o assim. O Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do

Império do Brasil o mandou por seu especial mandado pelos ministros abaixo assinado do seu

Conselho e seus desembargadores do Paço.

Henrique Anastácio de Novaes a fez no Rio de Janeiro a vinte e um de agosto de mil

oitocentos e vinte e seis; quinto da Independência e do Império.

José Caetano de Andrade Pinto afez escrever

Dr. Antonio José de Miranda

Cláudio Joze Pereira da Costa

Pela imediata resolução da mesa do desembargador do Paço e despacho da referida

mesa de vinte e quatro de maio.

1827

1827 – Agosto – 28

Manda sua Majestade, pela Secretaria d’Estado dos Negócios do Império, remeter ao

Vice Presidente da Província da Paraíba, os cinco exemplares juntos da obra denominada =

Estatutos da Sociedade Anônima formada em Bruxelas em execução do Real Decreto de 28 de

agosto de 1882 = que compreende idéias de pública utilidade. E há por bem que o mesmo Vice

Presidente procure a sua vulgarização, fazendo-a chegar ao conhecimento das pessoas que

poderão empregar a sua doutrina em benefício público. Palácio do Rio de Janeiro em 28 de

agosto de 1827.

Visconde de S Leopoldo

Cumpra-se e registre-se. Paraíba 15 de outubro de 1827.

Vice Presidente Francisco de Assis Pereira Rocha

Respondido em 14 de janeiro de 1828.

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1827 setembro 11 –

Sendo presente a sua Majestade o Imperador o ofício, datado em 11 de agosto próximo

passado, do Vice Presidente da Província da Paraíba relativo a criação de várias cadeiras de

Primeiras Letras e de Gramática Latina em diferentes Vilas, Povoações e lugares da mesma

Província: manda pela Secretária d’Estado dos Negócios do Império participar ao referido Vice

Presidente que na data d’hoje foi o sobredito ofício remetido a Câmara dos Deputados, d’onde

emanará a competente decisão por ser objeto da sua privativa atribuição. Palácio do Rio de

Janeiro em 11 de setembro 1827.

Visconde de S. Leopoldo

Cumpra-se e registre-se

Paraíba 17 de novembro de 1827

Vice-Presidente Francisco de Assis Pereira Rocha.

1828

Manda sua Majestade o Imperador, pela Secretaria do Estado dos Negócios do Império que o

Vice-Presidente da Província da Parahiba informe pela mesma Secretaria qual será o melhor

lugar da Vila da dita Província para estabelecimento de um Colegio d’Estudos menores;

devendo atender-se nesta averiguação assim a algum edifício, que nela exista, e que possa

aproveitar-se para aquele fim, como a salubridade do lugar, e barateza de viveres para

cômodo dos alunos.

Palácio do Rio de Janeiro em 17 de março de 1828.

Pedro Araújo Lima

Cumpra-se e registre-se. Parahiba 28 de abril de 1828.

V.P. Francisco de Assis Pereira Rocha

Julho 1828

Tendo sabido a Presença de Sua Majestade o Imperador diversos requerimentos de

Letras criadas de novo com ordenados pelos Presidentes em Conselho, e de outras providas

pelos mesmos em cadeiras já estabelecidas, pedindo a aprovação do Governo; e não havendo

participado alguns Presidentes, como é de sua obrigação, tais criações, e provimentos, para

serem, aquelas, presentes a Assembléia Geral, e estes, legalmente aprovados, na

conformidade dos artigos 2º, 3º e 7º da Lei de 15 de outubro de 1827: Há por bem: o mesmo

Augusto Senhor recomendar o cumprimento das citadas determinações para se não repetirem

no futuro semelhante faltas. O que se participa pela Secretaria de Estado dos Negócios do

Império ao Vice Presidente da Província da Paraíba, para sua inteligência. Palácio do Rio de

Janeiro em 7 de julho de 1828.

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35

Joze Clemente Pereira

Cumpra-se, e registre-se. Paraíba 26 de agosto de 1828.

Vice Presidente – Francisco de Assis Pereira Rocha

Respondida em 3 de setembro de 1828.

1829

Tendo sua Majestade o Imperador por Decreto da data de hoje, confirmando na cadeira de

mestra de meninas da cidade da Paraíba do Norte, a Maria da Conceição Cabral, com o

ordenado de trezentos mil réis. Manda pela Secretaria de Estado dos Negócios do Império

participa-lo ao Vice Presidente da Província da Paraiba para sua inteligência, a expedição das

ordens necessárias, depois que a referida mestra apresentar o citado Decreto. Palácio do Rio

de Janeiro em 18 de novembro de 1828

Joze Clemente Pereira

Cumpra-se e Registre-se

Paraíba 9 de fevereiro de 1829

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.

Ilmº e Exmo Sr.

Sua Majestade o Imperador, a quem foi presente o requerimento do Procurador da

Confraria do Sr. Dos Martírios dessa cidade, que acompanha o Ofício de V. Excia de 22 de

janeiro último. Há por bem conceder a referida confraria o uso e administração da Igreja do Sr.

Jesus do Bonfim, que pedia sem prejuízo porém da propriedade Nacional, e Imperial Padroado,

que deverão ser conservados. O que participo a V. Excia. para sua inteligência, e para o fazer

constar ao sobredito Procurador.

Deus guarde a V. Excia. Palácio do Rio de Janeiro em 13 de março de 1829.

Luiz Soares ______.

Cumpra-se e Registre-se

Paraíba 25 de abril de 1829

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Respondido em 28 de abril de 1829.

Participação a justiça da Fazenda, ao Comandante das Armas e ao Procurador da

Irmandade.

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17 de agosto – 1829

Ilmo Sr.

Acuso a recepção do Ofício de V. Excia de 27 de junho deste ano com o requerimento de

Antonio José Gomes Barbosa, professor de Primeiras Letras na Vila Nova da Rainha, que pode

ser confirmado na Cadeira d’Ensino Mútuo criada pelo Conselho do Governo. E participa a V.

Exª que deve o Suplicante ajuntar o Título do seu Provimento na forma do estilo.

Deus guarde a Vossa Excelência Palácio do Rio de Janeiro em 17 de agosto de 1829.

José Clemente Pereira

C. Registre-se Paraíba 20 de setembro de 1829.

Gabriel Getulio Monteiro de Mendonça

Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Respondido em 25 de setembro de 1829.

Set. 1829

Ilmo Sr.

Tendo presente a sua Majestade o Imperador o Ofício de V. Exª nº 61 na data de 14 do

mês passado em que informa sobre o Requerimento de Henrique da Silva Ferreira Rebelo

professor de Ensino Mútuo na Cadeira de 1ªs Letras da Cidade da Paraíba, que pede se leve em

conta o tempo que serviu de professor Público em Pernambuco, a fim de poder ser

contemplado com a gratificação estabelecida pela lei de 15 de outubro de 1829. Há o mesmo

Senhor por bem que se leve em conta ao Suplicante o tempo de serviço desde o dia em que

começar a servir na 1ª Cadeira, que ocupou não tendo estado desempregado. O que participa

a V. Excia para sua inteligência e execução.

Deus Guarde a V. Exª Palácio do Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1829.

José Clemente Pereira

C. Registre-se. Paraíba 17 de outubro de 1829

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.

Imo Exmo Sr.

Sua Majestade o Imperador houve por bem, por Decreto da data de hoje, fazer mercê

da Cadeira de Primeiras Letras de Vila Nova da Rainha dessa Província a Antônio José Gomes

Barbosa, com o ordenado anual de duzentos mil réis. O que participo a V. Exª para sua

inteligência.

Deus guarde a V. Exª - Paço em 30 d’Outubro de 1829.

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José Clementino Pereira

C. Registre-se. Paraíba 25 de janeiro de 1830

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Barros

25 de novembro de 1829

Ilmo e Exmo Sr.

Constando a sua Majestade o Imperador que em alguma Província deste Império só tem

praticado o abuso de serem aprovados para Professores de Primeiras Letras. Opositores que se

não mostram instruídos em todas as matérias do Artigo 6º da Lei de 15 de Outubro de 1827.

Há por bens que V. Exa. faça evitar semelhante abuso recomendando mui positivamente que

nos exames dos ditos Opositores não sejam aprovados aqueles que não satisfizerem aos

quesitos do mencionado Artigo.

Deus guarde a V. Exa. Palácio do Rio de Janeiro em 25 de novembro de 1829.

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.

Novembro 26/11/1829

Ilmo e Exmo Snr.

Sendo presente a sua Majestade o Imperador o ofício de V. Excelência de 30 de outubro

último, em que participando a deliberação tomada em conselho de se criar na Vila de Alhandra

mais uma Cadeira de Primeiras Letras, com o ordenado anual de duzentos mil réis, por assim o

ter pedido a Câmara Municipal da dita Vila, pergunta Vossa Excelência se bastará comunicar

somente a este Secretaria d’Estado as criações de tais cadeiras e seus ordenados ou se é

também necessário leva-los diretamente ao conhecimento de cada uma das Câmaras da

Assembléia Legislativa. Mandar o mesmo senhor responder a Vossa Excelência que no sentido

literal da Lei de 15 de outubro de 1827, deve Vossa Excelência dirigir-se a referida Assembléia

ficando porém na inteligência de que satisfará àquele dever, fazendo a respectiva

comunicação a qualquer das suas duas Câmaras.

Deus guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1829.

José Clemente Pereira

Snr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça

Cumpra-se e Registre-se. Paraíba 25 de fevereiro de 1830.

Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.

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1833

● 1/10/1833

Ilmo. Exmo Snr.

Alem da Escola, que só trabalha com arma acha-se outra prompta para o mesmo fim, e

por visto sirva-se V. Sª. ordenar aos respectivos comandantes de Companhias para que os

Guardas pertencentes a Ditta escola venhão armados nos dias marcados para o ensino, tenho

a dizer a V.Sa. que algguns guardas pertencentes a primeira escola só comparecem aos

exercícios com granadeiros faltando-lhe o ______, falta esta bem sensível pois jamais podem

aprenderem certos manejos com o bem = armas, baioneta, escorvas e carregar e ______ a

vista do expendido V.Sa. queira dar as precisas ordens, e espero sejam satisfatórios pois não

devo esperar menos do seu acrisolado patriotismo. A pessoa de V.Sa. Deus Guarde Felizmente.

Vila de Bananeiras,

1º de outubro de 1833.

Ilmo. Senhor Leonardo Bezerra Cavalcanti

Tenente Coronel Comandante do Batalhão de Guardas Nacionais

Ernesto Emiliano de Medeiros

Alferes Instrutor do mesmo batalhão.

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Esta Câmara conhecendo as obrigações que tem de inspecionar sobre as aulas públicas,

não pode deixar de levar ao conhecimento de Vossa Excelência, a má conduta com que se tem

por todo o Professor de Primeiras Letras Gaudêncio Gonçalves Chaves, convencido

publicamente de incontinência habitual, com uma mulher traída e mantida escandalosamente,

dando mau exemplo aos inocentes alunos, além de se ter portado parcial de entregar, falta de

respeito as autoridades constituídas, e não convindo a esta câmara semelhante empregado

tão precioso a Moral Pública e a tranqüilidade vai rogar a Vossa Excelência a sua suspensão e

substituir outro de melhor moralidade e conduta.

Deus guarde a Vossa Excelência. Pombal em sessão extraordinária de 9 de dezembro de

1833.

Francisco Leite Ferreira Mello

Presidente

Antonio Jacome ______

Joaquim Francisco Pereira

Joze da Silva Pereira

Feles Rodrigues dos Santos

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● Francisco José Meira, Vice Presidente da Provincia da Paraiba do Norte por Sua Magestade

ou o Imperador Constitucional, que Deus guarde______. Havendo atenção a ter sido

examinado, e aprovado o Padre Manoel de Carvalho e Silva na forma da Lei de 15 de Outubro

de 1827 para Professor de 1as Letras do Ensino Mútuo da Povoação da Serra da Raiz, termo da

Vila do São Miguel da Baia da Traição pelo método Lancaster. Hei por bem por esta prove-lo,

como provido tenho, na conformidade da resolução do Conselho de 5 do corrente na dita

Cadeira, criada em virtude da Resolução de 13 de Outubro do anno de 1831, gozando elle por

esta do Ordenado de trezentos mil r$, estabelecido por Decreto de 11 de Novembro do

mencionado anno. As Authoridades, aquém compettir, como tal o reconheção, e a Camara

respectiva em virtude das ordens, tome todas as cautelas, afim de conhecer, se o dito

Professor, cumpre exatamente os seus deveres, indo esta por mim assinada, e selada com o

sello das Armas do Império, se registrará na Secretaria deste Governo, na da Junta da Fazenda

Publica, e Camara respectiva. Dada na Cidade da Paraiba aos 7 dias do mês de Fevereiro do

Anno do Nascimentos de Nosso Senhor Jezus Christo de 1833. ______Decimo da

Independencia e do Imperio. Subscrevi e assignei no impedimento do Secretario do Governo,

Joaquim Francisco Monteiro da Franca, 2º Official da Secretaria.

Francisco José Meira

Provizão pela qual V.Exa. Há por bem prover ao Pe.Manoel de Carvalho e Silva na

Cadeira de 1as Letras do Ensino Mutuo da Povoação da Serra da Raiz, termo da Villa de S.

Miguel, como acima de declarou.

Para V. ExaVer.

1834

24 de janeiro de 1834

Ilmº Exma Sor

Esta Câmara zelosa do bem público de seu Município não pode dispensar de levar ao

conhecimento de V. Exa o desprezível estado em que se acha a aula de primeiras letras desta

vila motivado pelo desleixo do professor da mesma José Francisco Marinho Falcão, que

deixando de se empregar nas obrigações de que se acha encarregado para o ensino de seus

alunos, entretem-se em passeios ilícitos, de sorte que tem com este procedimento feito

ausentar os alunos que concorreram para o estudo, entrando-se proximamente um número

muito diminuto. Ante que expendido espera esta Câmara que V.Ex.cia tome em consideração a

providência que exige tão importante tarefa.

Deus Guarde a V. EX.cia muitos anos. Vila de Brejo de Areia em sessão extraordinária de

11 de junho de 1834.

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Ilustríssimo e EX.mo Senhor Bento Correia Lima

Vice Presidente da Província.

Francisco Xavier de Miranda Henriques

Francisco Lins Fialho

Antonio José da Cunha

Francisco Coelho de Albuquerque

Ignácio Evaristo Monteiro.

● Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Tendo-se retirado desta Vila a 12 de dezembro próximo passado, o professor de

primeiras letras Antonio da Costa Rego e Moura, e não tendo até hoje aparecido para entrar

no exercício de suas funções o que tem causado notável atrasamento em seus alunos também

principiados. Esta Câmara vai rogar a Vossa Excelência promptas providências afim de os

habitantes desta vila não ajão de “sorte?” Os filhos escravos da ignorância que tanto avilta o

cidadão livre.

Deus Guarde a Vossa Excelência muitos anos.

Paço da Câmara Municipal da Vila de Piancó, em secção ordinária de 12 de março de

1834.

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Presidente da Província.

Respondendo em 4 de julho de 1834

Saturnino Roz dos Santos Feliz José de Arantes Joaquim de Souza Pereira Manoel Leonardo de Oliveira Pedro Vieira da Costa Antonio ______ de Souza

Resumo: Correspondência do Paço da Câmara ao Presidente da Província datada de 12 de

março de 1834 pedindo providências para que volte o professor de primeiras letras.

● Convento São Francisco

Pelo ministério do Império

Folha da Mestre Carpinteiro, oficial do dito servente e mais despesa que se fez com o

convento da escadaria onde se sobre para as aulas de Filosofia, Francês, Geometria e Retórica

no Convento de Stº Antonio desta cidade.

A saber

Mestre Carpinteiro “ José Antonio das Neves............. ........................2 dias

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Oficial do dito “ José Joaquim de Lima

Servente “ José, escravo de Moraes

Por uma taboa que se comprou para os degraus da escada acima dita...... # 600

Soma ............................................................................................................ # 1.920

Nacional da Paraíba do Norte 18 de março de 1834.

Gonçalo Severo de Moraes

Capitão Inspetor do Trem

A saber

... 2 dias... a 1.100 .................................................. # 200

... 1 dia ... a 500 .................................................. # 500

... 2 dias ... a 320 .................................................. # 640

Soma ........................................................................ # 1.940

● 3/4/1834

Ilustríssimo Senhor constando a Câmara Municipal, que alguns dos professores das aulas

maiores não só não cumprem com os seus deveres, como até quase não ensinam todas as

matérias da Faculdade que se comprometeram a ensinar; e convindo remediar um abuso tão

pernicioso a instrução da mocidade manda a mesma Câmara encarregar a Vossa Senhoria

inspecionar aos referidos professores, e examinar qual deles deixam de se empregar como

deve no exercício de seu magistério, e de ensinar todas as matérias da Faculdade a que se

comprometeu, e assim mais vossa senhoria encarregado de participar no último dia de cada

trimestre as faltas que encontrar, não só nos mencionados professores das escolas maiores,

como também nas do ensino primário, para a vista desta participação poder a Câmara atestar

aos mesmos professores como foi de justiça: O amor pela instrução da mocidade, e o

patriotismo de vossa senhoria, dão a Câmara bem fundadas esperanças de que empregará

toda energia, a fim de que não progrida a malversação dos empregados, na instrução dos

nossos jovens patrícios. Deus Guarde a Vossa Senhoria. Paço das Sessões da Câmara da cidade

da Paraíba 3 de abril de 1834.

Ilustríssimo Senhor Francisco José Meira, Inspetor das Escolas do Município = João

Coêlho Bastos, presidente = Manoel Francisco de Oliveira e Mello Secretário.

Esta conforme Francisco Manoel Oliveira e Mello. Secretário.

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Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Esta Câmara Municipal a quem foi presente os ofícios de Vossa Excelência, de 12 de

junho findo, e de 8 do corrente aquele para que esta corporação atue ao Inspetor das aulas

______, a fim de que examine se os professores cumprem exatamente os seus deveres,

enquanto particularmente se o professor da Cadeira de Retórica dá lições de todas as matérias

inerente a seu magistério, e este sobre o mesmo ano objeto, previne Vossa Excelência que

independente desta dupla recomendação havia esta mesma Câmara em 3 de abril ordenado

ao Inspetor das aulas Francisco Jozé Meira, o que consta do ofício por cópia junto.

Tendo porém aquele inspetor pedido escusa, que lhe foi concedida acha-se nomeado o

Bacharel Francisco de Assis Pereira Rocha Junior para o substituir, e a este feitas estão as

necessárias recomendações de acordo com os supracitados ofícios de Vossa Excelência.

Deus Guarde a Vossa Excelência. Paraíba em sessão ordinária de 9 de julho de 1834.

Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor Bento Correia Lima. Vice Presidente do Governo da

Província.

Processo de Avaliação de Utensílios para Escola

Aos vinte e seis dias do mês de julho de mil e oitocentos e trinta e quatro em casa da

residência do cidadão Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque Juiz de Paz deste Distrito de

Gurinhém. Termo da Vila do Pilar Comarca da cidade da Paraíba onde eu Escrivão ______

vindo e ai aparecem José Francisco de Barros e Jozé de Mello Vasconcelos moradores nesta

Povoação e nomeados para árbitros pelo dito Juiz para avaliação dos utensílios mais

necessários e indispensáveis para a aula do ensino mutuo das primeiras letras desta Povoação

e aprovada pelo dito Juiz em audiência hoje e pelo mesmo se foram deferido os juramentos

dos Santos Evangelhos ______ ao bem e fielmente examinar e avaliar o orçamento da

importância dos bancos, banquinha, para cadeira do mestre. Taboa de operações, tendo-se

atenção as circunstancias do lugar na sua população para que nem padeça falta de

comodidade os alunos, e nem haja excesso que prejudiquem a Fazenda Pública, para a cuja

conservação não só este Governo como todo bom Cidadão deve concorrer este incumbe a V.

S. esta tarefa do orçamento recomendando-lhe possível brevidade e espera que se prestava

com aquele zelo que é próprio de cidadãos zelosos do bem, e utilidade Pública.

Deus guarde a Vossas Senhorias. Palácio do Governo da Paraíba. 10 de julho de 1834.

Bento Correia Lima – Ilustríssimo Senhores

Presidente e Vereadores da Vila Pilar. Este contrato o Senhor ______ Camara

Presidente Gabéneo da Veiga.

Juízo de Paz

e autuamento de um ofício de Câmara deste município ao Juiz de Paz deste distrito.

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Escrivão Silva.

Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e oitocentos e trinta a quatro

aos vinte e seis dias do mês de julho do dito ano nesta Povoação do Gurinhém termo da Vila

de Pilar do Taipu. Comarca e Província da Paraíba do Norte em casa de residência do Juiz de

Paz Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque onde eu escrivão do seu Correa abaixo declarado

e assinado ______ vindo e sendo ai por parte da Comarca deste município me foi entregue um

oficio de que e ______ fora de estilo e é o que adiante se segue de que passo a constar fiz este

autuamento eu Francisco Jose da Silva.

Escrivão

Aos vinte seus dias do mês de julho de mil e oitocentos e trinta e quatro em casa de

residência do cidadão Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque Juiz de Paz deste Distrito do

Gurinhém. Termo da Vila de Pilar Comarca da cidade de Paraíba onde eu escrivão ______

vindo e ai apareceu Joze Francisco de Barros e Joze de Mello de Vasconcelos moradores nesta

povoação e nomeados para árbitros pelo dito Juiz para avaliação dos utensílios mais

necessários ou indispensáveis para a aula do ensino de primeiras letras desta Povoação e

aprovado pelo dito Juiz em audiência de hoje e pelo mesmo se foram deferidos os juramentos

dos Santos Evangelhos ______ do bem e fielmente examinar e avaliar o orçamento da

importância dos bancos, banquinha, para a cadeira do mestre, taboa de operações obra de

pedreiro marceneiro para a dita aula e sendo por ele Juiz recebido dito para muito o ______

prometeram debaixo ______ guardar e cumprir com tanto zelo e dizer ter esse parte apor e só

com vistas no bem público e neste mesmo termo recebeu o mesmo Juiz o juramento de um

perito pela falta que aqui há da ______ tanto de marceneiro ______ e pedreiro que pelo

mesmo juiz foi nomeado e Inspetor Braz Alves de Paiva que prometeu também debaixo o

mesmo juramento desempenhar o que pelo dito Juiz já foi encarregado e para constar mandai

o dito Juiz lavrar este termo em que todos com o mesmo Juiz assinaram e eu Francisco Joze da

Silva Escrivão que a escrevi.

Diogo Velho Cavalcante Albuquerque

Joze Francisco de Barros

Agosto de 1834

Ilustríssimos Senhores

Remeto a Vossas Senhorias o orçamento dos utensílios mais indispensáveis para montar

as aulas das Primeiras Letras desta Povoação do nada a que se acha.

Pela cópia do Ofício do Excelentíssimo Vice Presidente que Nossas Senhorias me

transmitiram não posso entender o orçamento da obra necessária para o ensino atendendo as

circunstâncias e população deste Distrito pois tendo este método 8 Classe não podia deixar

sessão de fazer dito orçamento por inteiro mais vejo a falta que há em toda a Província ainda

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mesmo na Capital de Aulas Completas para semelhante método e que nunca chegaria para

esta Povoação julguei somente fazer mais ______ como Vossas Senhorias seram a fim de que

com brevidade se efetue a obra que não há expressões para expor-lhes sua grande falta

instável prejuízo da mocidade e incômodos do Professor ______ que há nesta Povoação mais

capaz e melhor para montar a Aula por ______ algum conserto, que lhes ______ for ter grande

termo ao que atendendo que e dono ______ mais nunca ______ embora uso mandar fazer

também o orçamento de tais reparos que vai tudo unido com os utensílios da dita aula para

depois fazer-se o desconto no arrendamento ao proprietário que visto se conformou e até

nem uma dúvida tem de vender dita casa por preço razoável caso Vossas Senhorias achem

melhor fazer-se tal compra pois além de serem de boas madeiras e suficiente para mais

adiante _______ arranjada a aula pelo método estabelecido a demora que tem havido de

minha parte em remeter dito orçamento tem sido a falta de pessoas inteligentes ______ para

avaliação de tudo e por isso queriam-se dispensar de não ______ dito orçamento mais

informa.

Deus Guarde a Vossas Senhorias. Gurinhém 9 de agosto de 1834.

Ilustríssimos Senhores Presidente e Vereadores da Comarca da Vila do Pilar.

Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque.

8 DE NOVEMBRO DE 1834

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Temos presente o ofício de Vossa Excelência dirigido a esta Câmara com data de 10 e

julho próximo passado; e sobre o seu conteúdo passo a responder a Vossa Excelência como

dependervos.

Com bastante satisfação foi recebido o ofício em que Vossa Excelência dá a entender

que quando avivar uma instituição tão justa, qual a instrução pública, que lhe apresente ter

estado em inteiro abandono, e parece ter sido mania dos ______ governos mistos; para por

este meio virem se podem executar seus sinistros projetos.

Não tendo, Excelentíssimo Senhor esta Câmara inteiro conhecimento das causas

necessárias para ______ mútuo; resolveu nomear uma comissão composta de cidadãos que

mais entenderem da matéria e que mais interesse mostrassem em ver progredir a instrução

pública único elemento capaz de fazer uma forte barreira aos despropósitos que tanto se

empenham para aterra a mesma instrução que eles consideram uma forte arma contra seus

desvarios.

A Comissão houve de com a brevidade, que expõe exigia o negócio apresentou o

resultado de seus trabalhos, que parece a esta Câmara, estar, não foi favorável a Fazenda

Nacional, como útil a instrução.

Esta Câmara deliberou remeter a Vossa Excelência não foi o relato, que a Comissão

apresentou, como também o orçamento, e pedir a Vossa Excelência a aprovação do mesmo

orçamento. Deus guarde Vossa Excelência muito anos. Paço da Câmara Municipal da Vila

Constitucional de Santo Antônio do Piancó. Em sessão ordinária de 8 de novembro de 1834.

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Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Província da Paraíba do Norte.

Feliz José de Arantes

Vice-Presidente Custódio Ângelo dos Santos

Antonio ______ Souza.

Pedro Vieira da Costa

José Pedro de Souza

Orçamento para o fabrico de aula do ensino mútuo Vila Constitucional de Santo

Antonio de Piancó.

Sessenta taboas as para as obras em geral, importando cada uma a importância 38$000

Vem a ser as obras

Oito classes, contendo oito bancos, e oito lousas. Uma carteira. Uma taboa de operações de

aritmética. Quatro moédas. Sete telégrafos. A cadeira do Professor. Tornos para chapear. Oito

semicírculos com ponteiros e casas para os sustentar a 2500.

Madeira para os pés dos bancos, e mesa, e travejamento da cadeira e mais obra ______

31600 mão de obra entrando o mais 60000

Soma_________

Vila C. de Santo Antonio de Piancó. 9 de novembro de 1834.

Antonio Joaquim

Francisco ______

Gregório ______

Relator

1835

● 05/09/1835

Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr. tenho em vista o ofício de V. Excia de 4 do mês findo, o

qual acompanhou a relação dos misteres e utensílios de que carece a aula do Ensino mútuo

desta cidade, e revendo exemplares que nesta tesouraria existem, apenas achei oito de letra

de chapa com o alfabeto maiúsculo, e outros tantos do minúsculo assim como vinte de

sentenças moraes, e alguns cadernos em oitavo com o alfabeto também maiúsculo e

minúsculo. Taboada, valores das moedas, e divisão dos pesos, e medidas, contendo além disto

os números, os quais podem ser entregues ao respectivo professor quando em virtude da

citada ordem de V. Excia os venha receber.

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Quanto por aos outros objetos, como sejam regras ______ de palhinha, tiras de tábua,

talha para agoa, e imagens de Cristo, eu creio ser mais regular ordenar V. Excia o seu

suprimento pelo tesouro nacional.

Deus guarde a V. Exc. Tesouraria da Paraíba 5 de setembro de 1835.

Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Luiz Alvares de Carvalho.

Vice-presidente desta província

N. 202 Antonio José Henriques

● Por ______ de ______ do corrente se ______ o requerimento do suplicante, por

______ pela ______ próxima da ______ provincial.

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Informando sobre a matéria do requerimento que acompanham ao ofício de Vossa

Excelência de 17 do mês findo pelo qual pretendo o substituto, que fora da cadeira de Filosofia

desta cidade ser pago de ordenado que como tal julga por ______

______ em virtude da Lei Provincial de 18 de abril do corrente ano, e que por esta

tesouraria lhe fora denegado, cumpre-me declarar a Vossa Excelência em cumprimento ao seu

referido ofício que legalmente foi indeferida ______ do suplicante, ______ proibido ______ e

diferentes leis ainda em vigor a acumulação de ordenados, e recebendo como recebe, aquele

ex-substituto pela Fazenda Pública o ordenado de professor da cadeira do 1º ano de ______, é

obvio que ______ ______ esta violação das leis referidas, cujas disposições esta tesouraria

muito respeita, jamais efetuar-se poderia e pagando requerido.

Eu conheço, que a lei provincial de 28 de abril é posterior ao decreto de 19 de julho de

1668 Carta Régia de 13 de setembro do mesmo ano, e lei de 22 de novembro de 1763 no título

4º, que tal proibição fizeram, mas eu sei também, e é regra ______ ______ da ______ jurídica,

que as leis posteriores nem sempre ______, ou derrogam as anteriores que só se podem dizer

pelas promulgações daquelas ignoradas e, como se existentes não fossem, ou quando assim é

positivamente declarado, ou quando a doutrina das mais modernas traz consigo autonomia,

ou absurdo com a das mais antigas e não se dando, como reconhecidamente se não dá, nem

uma nem outra causa nas disposições das leis referidas que tratam de objetos mui distintos, e

diferentes, é manifesto, que existindo as subreditas leis antigas, com elas coexistir poder a

moderníssima de 28 de abril do último ______ ______ a proibição da acumulação de dois, ou

mais ordenados em um mesmo sujeito não implica na mais ligeira idéia com a concessão feita

ao substituto do vencimento do ordenado do professor proprietário, durante o impedimento

deste na assembléia provincial, tanto mais declarado mui expressamente a lei referida de 28

de abril no artigo 3º, que ela há derrogado as outras disposições legislativas, que contrarias lhe

sejam, e não ao certo aquelas, como a de que venho de faltar, que com ela esta em a mais

completa harmonia.

Que a paga do suplicante requer é ordenado, ninguém em boa fé duvida-lo pede, e eu

que tenho ______ dever de considerar atentamente as disposições das leis ter a ______ como

______ ______ de meus atos estou desse princípio convencido sem que muitos importem

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razões de ______, ordinariamente vagas a ______ cada um das feições, que lhe parece, e

______ a medida de seus desejos ______ mais a vistas da Resolução da Assembléia Provincial

de 4 de maio do ano corrente da qual se manifesta que a mesma assembléia na íntima

convicção de não poder o suplicante ou outro qualquer seus títulos em idênticas circunstancias

perceber da Fazenda Pública ordenado estabelecido em a referida lei de 28 de abril; tentou,

interpretando a esta, fazer extensiva a substitutos tais a disposições da lei citado dando ao

ordenado que esta estabelecerá o ______ de gratificação ficando assim em vigor as Leis Gerais

que a acumulação de ordens mui ______ ______. Digo tentou a Assembléia Provincial, e não

______ ______ por meio da resolução mencionada a lei sobredita de 28 de abril por ______

______ o poder Legislativo das províncias conferido as assembléias provinciais, e ______

Excelentíssima presidente ______ salvo os casos únicos, de que tratam as excepções ao artigo

13 da lei de 12 de agosto de 1834; e dependendo realmente as resoluções da ______ da

mesma maneira que seus projetos de lei da sanção dos Excelentíssimos Presidentes com

expresso no mesmo artigo 13 da dita lei de 12 de agosto, é evidente que não sendo, como não

foi sancionada pelo Excelentíssimo Governo desta província a sobredita Resolução e nem

observando-se a respeito dela o disposto no artigo 19 da Lei da Reforma Constitucional, não

pode ela contravir de maneira alguma, e na mais pequena coisa a Lei Provincial de 28 de abril

que está em seu inteiro vigor e em vigor as Leis Gerais apontadas, como ______ demonstrado.

As razões expedidas ponderosas na verdade, e nas ______ esta firme tesouraria até que

a Assembléia Provincial a quem toca interpretar as Leis respectivas, resolva o contrário,

motivaram o indeferimento do suplicante, que, como creio, Vossa Excelência achará de inteira

justiça.

É o que devo informar a Vossa Excelência em cumprimento ao ______ ofício de 17 de

novembro findo.

Deus guarde a Vossa Excelência

Tesouraria da Paraíba 14 de dez. de 1835

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Francisco José Meira

Vice-presidente da Província

Antonio Joze Henriques

1836

Nós os professores de Retórica e de 1ªs Letras por ______ e ______

Certificamos que examinamos a professora Joaquina Correia de Fojos nas matérias

exigidas para o exercício de Cadeira de 1ªs Letras desta Vila, à achamos suficientemente apta

para o dito lugar.

Brejo, 11 de janeiro de 1836.

Bento ______

Lente de Belas Letras

Fase Faustino. ______ Falcão

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● Posse Provincial, Palácio do Governo Provincial da Paraíba, 16 de janeiro de 1836.

Meira NP

Ilmo. e Exmo.

Procedendo esta Câmara ao exame de Joaquina de Fojos Correia nas matérias exigidas

na Lei de 15 de outubro de 1827 para professora de meninas desta Vila como determina o

Decreto de 20 de junho de 1834 e Despacho de V. Excia a respeito, fora a mesma examinada

aprovada, e julgada apta para exercer o referido emprego como verá V.Excia do Atestado junto

e a vista do que V.Excia determinará o que justo for.

Deus guarde a V. Excia muitos anos Vila do Brejo de Areia em sessão ordinária de 12 de

janeiro de 1836.

Ilmo e Exmo Sr. Francisco José Meira - Vice Presidente da Província da Paraíba.

Joaquim José Cavalcante Lourtte

Presidente

Francisco Mello Muniz

José Joaquim de ______

José Inácio Ponce de Lion

Bernardo da Veiga Leitão Armôzo

1837

● 4ª Sessão Ordinária feita em 18 de janeiro de 1837

Presidência do Senhor Avandano

Feita a chamada as duas horas e meia da manhã compareceram os senhores Deputados,

faltando com a causa o Senhor Coelho Bastos e Simplício e sem ela os senhores Lucas, Luis

Álvares Rabello, Bento Correia e .................8 o senhor 1º secretário, ocupando a cadeira da

Presidência; declarou aberta a sessão e lida a Ata da antecedente, depois de algumas

reflexões, foi aprovada. Compareceram os senhores Lucas Rabello, Bento Correia.

[...].

Um ofício da Câmara de São João, pedindo uma cadeira de primeiras letras à Comissão

de instrução Pública [...].

8 N.O: no original está pontilhado.

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Jozé Lucas de Souza Rangel.

Presidente

Joaquim Baptista Avondano

1º Secretário

Padre Domingos Álvares Vieira

2º Secretário

● Respondida em 21 de janeiro de 1837

Ilustríssimo Senhor

Nº 7 Remeterão-se os Estatutos em 9 de março

A Assembléia Legislativa Provincial resolveu em sessão de hontem se dicesse ao governo

que empregue todos os meios a seu alcance afim de que sejam apresentados na presente

sessão estatutos para todas as escolas de primeiras letras digne-se Vossa Excelência levar o

expedido ao conhecimento de sua excelência o Senhor Presidente da Província.

Deus guarde a Vossa Senhoria

Secretário da Assembléia Provincial da Paraíba 20 de janeiro de 1837.

Ilustríssimo Senhor Jerônimo Rodrigues Chaves

Secretário Geral da Província

Joaquim Baptista Avondano

1º SECRETÁRIO.

● Respondeu-se, e remeterão-se todos os documentos exigidos em 24 dito

Nº 10 Ilustríssimo Senhor

Resolveo a Assembléia Legislativa desta Província em sessão de 21 do corrente, se

pedisse ao governo, que informe a mesma Assembléia, em que Lei se fundou para conceder ao

Professor de Primeiras Letras da Cidade Alta, uma gratificação, e que remeta todos os

documentos que o mesmo professor anexou ao seu requerimento.

Sirva-se participar a sua excelência o senhor presidente da Província, o que venho de

expor para sua inteligência.

Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos.

Secretaria da Assembléia da Província da Paraíba, 23 de janeiro de 1837.

Ilustríssimo Senhor Jerônimo José Rodrigues Chaves.

Secretário do Governo da Paraíba.

José Baptista Avondano

1º Secretário.

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● 25 de janeiro de 1837

Cópia da segunda parte do parecer da comissão de Fazenda, dado sobre a pretensão do

professor de primeiras letras da cidade baixa = quanto a segunda parte do requerimento julgar

a comissão que sendo conforme as regras da justiça que o suplicante seja indenizado do que

dispendeu um em proveito de sua aula, o governo deve mandar fazer esta indenização

justificando o suplicante o que realmente dispendeu com os gêneros que alega aos

empregados no seu serviço de sua dita aula.

Sala dos Coronéis. 25 de janeiro de 1837

Francisco de Assis Pereira Roxa Junior.

Relator Manoel Lobo de Miranda Henriques. com restrições = Frederico de Almeida e

Albuquerque.

Esta conforme

No impedimento do oficial maior.

Felinto Leôncio Victor Pereira

2º Oficial

● 10ª Sessão ordinária em 25 de janeiro de 1837.

Presidência do Senhor Rangel

Feita a chamada às 10 horas e 5 minutos da manhã, acharam-se presentes 24 senhores

Deputados, faltando sem causa motivada os senhores Henriques d’Almeida, Bitancourt e

Presidente. Lida a Acta da antecedente, foi approvada.

Entrou. Expediente.

[...] respondendo a requisição desta Assembléia à cerca da gratificação que ora percebe

o professor de primeiras letras da Cidade Alta, Henrique Ferreira da Silva Rabello; de que ficou

a Câmara inteirada fazendo-se entrega dos documentos ao Sr. Frederico d’Almeida que havê-

los requerido, o senhor Frederico leu e enviou a Mesa um Requerimento / nº 1 que foi

aprovado e depois de discutido foi aprovado, o mesmo senhor leu e enviou à Mesa um Projeto

a respeito dos Professores de primeiras letras, o qual na forma do Regimento passou a 2ª

leitura. [...] O senhor Assis como um dos membros da Comissão da Fazenda leu e mandou a

Mesa um parecer a respeito da pretensão do professor de primeiras letras da Cidade Baixa de

modo seguinte o que sendo aposto em discussão, ficam adiado por haver pedido a palavra o

Sr. Deputado Roriz de Sousa. O Sr. Assis pediu a palavra para ler um Projeto, que enviou a

Mesa, tendentes aos Professores das aulas de 1ªs lettras e maiores ao qual na forma do

Regimento passou a 2ª leitura. O Sr. Rabello leô, e mandou a Mesa um requerimento / nº 2

que foi apoiado: O senhor Meira enviou à Mesa um aditamento. Ao Requerimento do Senhor

Rabello / nº 3/ que foi apoiado: e posto ambos em discussão; foram aprovados. O Sr. Vieira leu

e mandou à mesa um Requerimento / nº 4 que foi apoiado e depois de discutido foi aprovado.

O Senhor Presidente convidou a respeitável comissão para quanto antes de apresentar o seu

parecer. O senhor Assis leu e mandou à Mesa um Requerimento / nº 5 / que foi apoiado e

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depois de discutido foi aprovado. O Sr. Padre Chacon leu e mandou à Mesa um Requerimento

/ nº 6/ que foi apoiado e depois de discutidas, foi aprovado. O Senhor Presidente consultou a

Assembléia se a nomeação deveria ser feita para ello ou por escrutíneo secreto na forma do

Regimento, e dicidiu-se que fosse feita pelo Sr. Presidente pelo que o Sr. Presidente nomeou o

Sr. Coelho Bastos, o qual pedindo a palavra leu e mandou a Mesa um Regimento / nº 7/ que foi

apoiado e depois de discutido foi aprovado. Por conseqüência o Senhor Presidente passou a

nomear o Sr. Borborema. [...].

Logo depois continuando a sessão, entrou em discussão um parecer adiado a respeito

do diretor do Licêo o Professor Bento Bandeira de Mello de Catolé e depois de uma longa

discussão o Sr. Rabello requereu que ficasse a matéria em questão adiada para a Sessão

seguinte e assim se vencêo. E por estar dada a hora o senhor Presidente levantou a Sessão

dando pela ordem do dia a 2ª discussão das propostas nº 7 e 46 de 1835. 3ª discussão da

proposta nº 28 do mesmo ano. 3ª leitura das propostas do corrente ano e pareceres adiados.

Pe. Domingos Álvares Vieira.

2º Secretário

Joaquim Batista ______

1º Secretário

José Lucas de Sousa Rangel

Presidente

● 26/janeiro de 1837.

Presidencia do Senhor Coelho Bastos

Feita a chamada [...] entrou o expediente [...].

O Senhor primeiro secretário fez a menção [...] compareceram os senhores Henrique

d’Almeida e Padre Emiliano. Leu mais o ______ secretária outro oficio da Câmara desta cidade

a fim de se ______ ordenado de seu médico de Partido. A Comissão de Fazenda e orçamento

fez menção de uma representação do professor de Primeiras lettras da Vila de Brejo da Areia

em que pedia maior aumento de ordenado. Compareceu o Senhor Lucas, que ocupou a

cadeira da Presidência / a Comissão de Instrução Pública e de Fazenda [...].

Compareceu o senhor presidente, o senhor 1º secretário fez a leitura de uma proposta

da Comissão de Instrucção Publica da sessão passado acerca da criação de uma cadeira de

primeiras lettras de meninas na cidade baixa o qual passou para a segunda leitura.

Padre Domingos Álvares Vieira

2ª Secretário

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Joaquim Baptista Avondano

1º Secretário

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● 30 de janeiro de 1837.

14 – Sessão Ordinária em 30 de janeiro de 1837

Feita a chamada

[...].

Ordem do dia

[...] passou-se as segundas leituras das propostas [...] continuou a sessão o senhor Padre

Emiliano sobre a criação de uma cadeira de primeiras letras na povoação da Serra do Teixeira,

Freguesia de Patos, o qual sendo julgada matéria de deliberação da Assembléia, passou a

Terceira leitura. Também teve a 2º leitura a proposta do Senhor Frederico, a respeito dos

professores de primeiras letras que sendo julgada matéria de deliberação passou a 3ª leitura –

igual destino tiveram as seguintes propostas, uma do senhor Assis Junior tendente aos

professores de primeiras lettras e das aulas maiores: [...] a 3ª do senhor ______ a cerca da

criação de uma cadeira de meninas no Varadouro ou cidade baixa [...].

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Joaquim Baptista Avondano

1º Secretário

Padre Domingos Álvares Vieira

2º Secretário

Emenda ao Parecer.

Havendo sido criado o emprego de porteiro ao Liceu pelo artigo 1º da Lei Provincial de

24 de março de 1836, e marcando-se no artigo 4º ______ ordenado de 3 ______ determinado

foi nesse ______ esse porteiro merecesse mesmo emprego de ______ maiores [...].

● 31 de janeiro de 1837

15ª Sessão Ordinária em 31 de janeiro de 1837.

Presidencia do senhor Coelho Bastos

Feita a chamada as 10 horas e um quarto em manhã acharam-se presentes 20 senhores

deputados faltando com causa motivada os senhores Magalhães e Rodrigues de Souza e sem

ela os senhores Lucas = Henrique d’Almeida = Padre Guimarães = ______ ─ Presidente e Padre

Emiliano – lida a ata da antecedente (compareceram os senhores Padre Guimarães e Padre

Emiliano) depois de algumas reflexões foi aprovada.

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Não houve expediente

O senhor Marinho leu e mandou à mesa um Requerimento (nº 1) que foi apoiado

(compareceu o senhor Henrique d’Almeida) o senhor padre Emiliano leu e mandou à mesa

uma emenda / nº 2 = no requerimento que foi igualmente apoiado, e depois de discutido o

Requerimento como a emenda foram ambas aprovadas. O senhor 1º secretário, leu a redação

do parecer à falta do presidente da Província, que sendo posta em discussão, ficou aprovado,

determinando-se que o autografo fosse acompanhado de um ofício para o presidente da

Província assinado pelos membros da mesa. O senhor Rabello tendo de mandar a mesa um

projeto requereu ser dispensado de fazer a leitura por estar encomendado, o que lhe foi

concedido e lida pelo Decreto na forma de regimento passou para a segunda leitura. O senhor

Assis Junior, com um dos membros da comissão especial encarregado de dar o seu parecer

sobre a representação que dirigia a esta assembléia a Câmara Municipal da capital tendente as

últimas eleições para os Deputados Gerais e Provinciais para esta Província deu e mandou à

mesa um requerimento/ nº 3 que foi apoiado e depois de discussão aprovado.

Ordem do dia

Entrou em discussão o parecer segunda vez adiado a respeito do Professor de retórica,

e diretor do Liceu da capital Bento Bandeira de Mello de Caheté. O senhor Rabello leu e

mandou a mesa uma Emenda ao parecer / nº 4/ que foi apoiado, compareceu o senhor Lucas,

que ocupou a cadeira da presidência e depois de discutida, precedendo um longo debate,

posta a votos não foi aprovada e sem o parecer da comissão. Pôs-se em discussão o parecer

adiado a respeito do professor de 1ª letras da cidade baixa que pede uma gratificação pelos

seus bons serviços na cadeira, posta a votar o parecer não foi aprovado, ficando para entrar na

ordem dos trabalhos um projeto a respeito oferecido o ano passado pela comissão de

Instrucção Publica. Leu mais a vossa senhoria 1º secretário um outro parecer tendendo a

pretensão do ______ da Irmandade do ______ Bom Jesus dos Martírios, que foi posto em

discussão e depois de algum debate, o Senhor Coelho Bastos leu e mandou à mesa um

requerimento; que o senhor presidente não ofereceu ao apoiamento por estar fora do

regimento. O senhor Jacome Pessoa leu e a mesa uma emenda / nº 5/que foi apoiado. O

senhor Padre Guimarães leu e mandou à mesa um requerimento /nº 6/ que foi apoiado. O

senhor Meira leu e mandou à mesa um requerimento do Senhor Padre Guimarães/ nº 7/ que

também foi apoiado. Depois de discutidas todas as emendas foi posto a votos o parecer

______, emenda foi aprovada. Posta a votos a emenda do senhor Meira. Entrou em terceira

discussão o projeto / nº 28/ a cerca da nova Inspeção. O Senhor Padre Chacon leu e mandou a

mesa um Requerimento / nº 8/ que sendo apoiado depois de discutido, ficou aprovado. Entrou

em 1ª discussão a proposta / nº 09/ deste ano, que passou a 2ª discussão tendo o

determinado no artigo 66 do Regimento. Procedeu-se a 1ª leitura do parecer da comissão de

Instrucção Publica, sobre a gratificação do professor de primeiras letras da cidade baixa e

passou a 2ª leitura. Teve a 2ª leitura a proposta / nº 11/ deste presente ano a respeito de

projetos, que passou para o 3ª leitura. Teve a 3ª leitura a proposta nº 11 sobre objetos

policiais e passou para a 1ª discussão. Teve a 3ª leitura a proposta / nº 4 / sobre a criação de

uma cadeira de primeira letras que passou para a 1ª discussão, igual destino tiveram as

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propostas nº 5, 7 e 8; a primeira sobre deveres dos professores de primeiras letras e a segunda

a cerca de reuniões de Distritos de Paz da Freguesia de Taipú, e a 3ª a respeito da criação de

uma cadeira de primeiras letras de meninas na cidade Baixa. Tendo dado a hora o senhor

presidente deu pela ordem do dia. 2ª discussão da proposta nº 46/ de 1835. 1ª discussão das

propostas nºs 1,2,3,4,5,6,7 – leituras das propostas deste ano. 3ª discussão da proposta nº 7 de

1835 e discussão da redação da proposta / Nº 22 de 1836.

Levantou-se a sessão

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Joze Jerônimo d’Albuquerque Borborema

1º Secretário

Padre Domingos Álvares Pereira

2º Secretário

Antonio ______ Almeida

2º Secretário Suplente.

● 1º de fevereiro

16ª Sessão ordinária em 1º de fevereiro de 1837

Presidência Senhor Rangel.

Feita a chamada [...].

O mesmo ______ como relator da Comissão de Instrucção Publica, leu e mandou a mesa

um parecer com emendas em forma de proposta reformando alguns artigos dos Estatuto do

Lyceo [...].

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Joaquim Baptista Avondano

1ª Secretário

Padre Domingos Álvares Vieira

2º Secretário

● 18ª Sessão Ordinária em 4 de fevereiro de 1837

Presidencia do Senhor Lucas

Feita a chamada as 10 horas e um quarto da manhã, achavão-se presentes 19 senhores

Deputados faltando com causa motivada os senhores Magalhães e Padre Guimarães; e sem ela

os senhores Frederico, Rabello, Assis Junior, Henrique d’Almeida e Correia Lima. O senhor

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Presidente declarou aberta a sessão. Lida a Ata da antecedente/compareceram os senhores

Assis Junior, Rabello, e Henrique d’Almeida foi aprovada.

[...].

Ordem do dia

[...].

Fes-se a 2ª leitura da proposta /nº 13 / a respeito da gratificação que deve ser dada ao

Professor de 1ªs letras da cidade Baixa, a qual passou para a 3ª leitura, observadas o Artigo 41

do Regimento. Fes-se a 2ª leitura da proposta nº 14 / que passou para a 3ª leitura. Fes-se a 2ª

leitura da proposta nº 16, tendente a Freguesia do Taipú o qual passou a 3ª leitura depois de

observação do Artigo 41 do Regimento. Entrou em discussão a proposta/ nº 4 / sobre a criação

de uma cadeira de primeiras letras na povoação da Serra do Teixeira, Freguesia de Patos, que

passou a 2ª discussão depois de observar-se o Artigo 66 do Regimento. Entrou em 1ª discussão

a proposta nº 5 acerca dos deveres dos professores de primeiras letras e mais providências a

respeito.

[...].

a 2ª discussão da proposta número 9 – 1ª discussão dos estatutos do Liceu e suas

Emendas.

Joaquim Baptista Avondano

Presidente

Padre Domingos Álvares Vieira

2º Secretário

Jozé Jerônimo Albuquerque Borborema

3º Secretário

● 07/02/1837

2º Sessão ordinária em 7 de fevereiro de 1837

Presidência do Senhor Lucas.

Feita a chamada as 10 horas da manhã, acharam-se presentes 25 senhores deputados,

faltando sem causa motivada os senhores deputados Almeida Albuquerque e Correia Lima.

O senhor Presidente declarou aberta a sessão. Lida a Ata antecedente foi aprovada.

Expediente

[...].

Ordem do dia

[...] O Senhor presidente deu pela ordem do dia a mesma da antecedente e mais a 2ª

discussão da proposta / nº 5/ sobre os estatutos do Liceu = 2º discussão da proposta / nº 4 / a

respeito da criação de uma cadeira de primeiras letras, na Serra do Teixeira, Freguesia de

Patos = 2º discussão da proposta / nº 08 / sobre a criação de uma cadeira de meninas no

Varadouro.

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Leitura de proposta e parecer adiados. Levantou-se a sessão as 2 horas da tarde.

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Joaquim Baptista Avandono

1º Secretário

Padre Domingos Álvares Vieira

2º Secretário

● 26 de fevereiro de 1837

Fevereiro dito

N. 64

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

Da seção de 31 de janeiro próximo passado foi pela Assembléia Legislativa Provincial

aprovada a segunda parte do parecer da Comissão de fazenda que vai junto por cópia dado

sobre o requerimento do professor de primeiras letras da cidade baixa, cuja aprovação foi

novamente ratificada em sessão de 24 do corrente ano por se não haver dado cumprimento a

primeira resolução o que comunica a vossa excelência para sua inteligência.

Deus guarde a vossa Excelência muitos anos.

Secretaria da Assembléia Legislativa Provincial da Paraíba. 26 de fevereiro de 1837.

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Bazilio Quaresma Torreão

Presidente da Província

Antonio Henrique Almeida

1º Secretário

● Nº 13 - 19 de abril de 1837.

Bazilio Quaresma Torreão, prezidente da Província da Parahiba do Norte, Faço saber á

todos os seus Habitantes que a Assemblea Legislativa Provincial Decretou, e Eu Sancioneu a Lei

seguinte.

Capítulo 1º

Das Matrículas

Art. 1º - As matrículas começarão no dia 20 de janeiro, e no outro dia, quando aquelle

seja impedido, e durarão até o dia 3 de fevereiro. Aquelle que se propuser freqüentar qualquer

das aulas do Lyceo, requererá ao Director para mandar matricular, contendo o requerimento

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seu nome, idade, naturalidade e filiação. O Director o mandará matricular a vista d’este

simples requerimento.

Art. 2º - O Bedel em hum livro rubricado pelo Director lavrará termo de matrícula de

cada hum matriculando, fazendo menção de seu nome, Pai, Pátria, e idade, assim como da

faculdade, ou arte, á que elle pretende dedicar-se, sendo o termo assignado por elle

matriculando, e Bedel.

Art. 3º - Finda a matrícula, entregará o Bedel no dia seguinte aos Professores listas dos

alumnos matriculados em as respectivas aulas.

Art. 4º - Nas aulas de Latim, e Francez poder se hão matricular os estudantes durante

todo o anno lectivo; podendo também serem matriculados nas demais aulas oito dias depois

de finda a matrícula por despacho do Director.

Art. 5º - Pretendendo qualquer estudante matricular-se já fora deferido tempo, poderá

a congregação julgando que elle tem os princípios necessários, admitil-os a matricula.

Capítulo 2º

Da Abertura das Aulas

Art. 6º - A solenidade da abertura das aulas terá lugar no dia 4 de Fevereiro, e, sendo

este feriado, no seguinte dia letivo. Para este fim reuni-se hão na sala, que servir para os actos

do Lycêo, a Congregação, e os alumnos matriculados. O professor, que tiver sido encarregado

pela congregação, recitará, em voz clara, e intelligivel hum discurso, no qual attingirá as

noçoens mais geraes, e abstractas das faculdades, e artes do Lycêo, mostrando sua utilidade, e

vantagens, concluindos por estimular os estudantes a se applicarem com empenho aos

estudos, á que se propõem.

Art. 7º - Depois de recitado o discurso, o Bedel em voz alta lerá os nomes dos

matriculados nas diferentes aulas, começando pela matrícula d’aula de Grammatica Latina,

depois da de Francez, Rhetorica, Philosophia, e Geometria.

Art. 8º - Findo a leitura da matricula, os Professores com seus alumnos se dirigirão aos

saloens das aulas respectivas, e passarão a primeira lição para o seguinte dia lectivo, depois do

que se darão por concluídos os exercícios d’áquelle dia.

Capítulo 3º

Das Aulas

Art. 9º - Depois do dia da abertura das aulas, continuando os seus exercícios, estes terão

lugar hua vez diariamente, durando nas aulas de Latim por espaço de quatro horas, na de

Francez por três, e nas outras por duas.

Art. 10 – Feito no sino do Lycêo o signal da entrada d’aula, o Professor respectivo se

aprezentará ao mais tardar hum quarto de hora depois; e subindo a cadeira fará chamada de

seus alumnos, notando os que faltarem, depois do que começará o exercício diário.

Art. 11 – Se durante o tempo d’aula, qualquer estudante ausentar-se sem previa licença

do Professor ser-lhe-há marcada a falta, como se não tivesse comparecido: assim como se

riscará também a falta d’aquelle, que, não tendo comparecido a chamada, o fizer depois.

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Art. 12 – No fim de cada semana haverá hum exercício, em que se recordem as

matérias, estudadas na mesma semana. Estes exercícios porém não terão lugar senão depois

dos primeiros quinze dias, contados do dia d’abertura das aulas.

Art. 13 – Os professores de Philosophia, e Rhetorica darão mensalmente aos seus

discípulos pontos escolhidos entre as doutrinas, que lhes houverem explicado, para

dissertações. Estas dissertações devem ser aprezentadas aos respectivos Professores no prazo

de trinta dias, e ficarão no archivo do Lycêo, assignadas por seu author.

Capítulo 4º

Da Congregação

Art. 14 – Os professores Cathedraticos, e substitutos, reunidos compoem a

Congregação. He em geral de sua attribuição: 1º zelar na guarda e execução d’estes Estatutos:

2º prover aquellas faltas, que não tenhão sido previnidas nos mesmos: 3º resolver tudo o que

for vantajozo ao govêrno, e economia do Lycêo: 4º fixar a hora da entrada de qualquer das

aulas do Lycêo.

Art. 15 – A Congregação fica authorizada a adptar para as aulas do Lycêo os compêndios,

que julgar mais próprios, tanto pela sua concizão, clareza, e profundidade, como pela armonia

com a sciência do século prezente, ficando dependente d’approvação da Assembléa Provincial.

Art. 16 – Os Professores proprietários, e substitutos são rigorozamente obrigados a

comparecer nas reuniões da Congregação, sendo escusados somente quando provarem seu

impedimento perante a Congregação. Fica o infractor d’este artigo sugerido pela primeira vez

a representação do Director, e pela segunda, e mais vezes a reprehenção da Congregação.

Art. 17 – Os duos terços dos professores proprietários, e substitutos do Lycêo são

indispensaveis para haver Congregação, quando senão preencher este numero, o Secretario

fará d’isto expressa menção em hum termo, que será assignado pelo Director, e membros da

Congregação, que se acharem presentes.

Art. 18 – A Congregação será prezidida pelo Director, que dirigirá seus trabalhos na

melhor ordem possível, e suas decisoens serão tomadas e maioria de votos. O Director terá

voto, e no cazo de empate ficará a matéria adiada para outra reunião, e se tornar a ficar

empatada se-entenderá, que foi regeitada. Nas actas se declararão os nomes dos Lentes, que

votarão pró, e contra.

Art. 19 – Além das reuniões prescritas n’estes Estatutos, a Congregação deverá reunir-se

todas as vezes que for convocada pelo Director, para tratar de alguns dos objectos, que lhe

incumbem estes Estatutos.

Capítulo 5º

Dos Exames

Art. 20 – No último dia lectivo do mez de outubro reunir-se ha a Congregação, para

tomar medidas acerca dos exames; que sempre terão fim no último dia lectivo do mez de

novembro: marcará o dia, em que devem principiar a ordem, em que se devem effectuar, e

designará para examinadas das matérias de cada huã das aulas, á hum de entre os membros

da Congregação, sendo examinados, natu o substituto respectivo.

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Art. 21 – Vinte quatro horas antes de hora marcada para os exames mandará o

respectivo Professor tirar por hum dos examinandos de hua urna onde deverão estar todas as

propoziçoens principaes das matérias, dadas em sua aula, três ponto que serão entregues aos

estudantes examinandos, para serem no seguinte dia examinados, cada hum indistintamente,

n’hua das três propoziçoens sorteadas. O mesmo Professor enviará estas propoziçoens aos

dous ecaminadores.

Art. 22 – Os exames d’Arithemetica, Logica, Rhetorica, Latim e Francez serão vagos,

sendo os três primeiros nos compêndios, por que aquelas matérias tiveram sido estudadas nas

aulas do Lyceo.

Art. 23 – Os dous examinadores com os estudantes examinandos comparecerão no dia e

hora, marcada para os exames na sala dos actos do Lyceo, e achando-se presente. Professor

proprietário, o Director, que prezidirá no acto, se dara começo aos exames.

Art. 24 – Os exames serão feitos por turmas, que constarão de tres examinantes das

mesmas materiais, e durante duas horas e hum quarto.

Art. 25. Findos os exames, retirar-se hão da sala dos actos todos os estudantes, e

espectadores: O Bedel fechará a porta, e destribuirá á cada examinador, e ao Lente da

materia, em que se fez o exame, hua esfera preta, e outra branca, e em uma bolsa receberá os

votos, depois de voltar a bolsa, mostrará as esferas, para se conhecer a votação, e recolherá

as outras esferas da mesma forma. Esta votação era feita sôbre cada hum dos alumnos

examinados, e apparecendo tres esferas brancas, está plenamente approvado o examinado;

havendo huã só esfera preta, está simplesmente approvado, e se mais esferas pretas, será o

indício de reprovação.

Art. 26 – O Bedel lavrará em livro competente o termo do exame de cada alumno, no

qual declarará o resultado da votação com hua d’estas formulas = approvada plenamente =

approvada simplesmente = reprovado = Declarará igualmente o nome do examinado, idade,

naturalidade, e filiação, e datará o termo, que será assignado pelo Prezidente do acto, e

examinadores.

Capítulo 6º

Das Férias

Art. 27 – Terminados os exames começarão as férias gerais, que durarão até o dia tres

de fevereiro do ano seguinte.

Art. 28 – Além d’estas, haverão as do entrudo até quarta-feira de cinzas, inclusive, as da

semana Santa, que começarão na sexta feira proximamente anterior ao Domingo de Ramos

até a segunda oitava da Páscoa. Serão também feriado, além dos Domingos, e dias Santos, os

dias de Festividade, ou luto nacional, e as quintas-feiras de todas as semanas, que não tiverem

dous santos, ou feriados.

Art. 29. As dispozições dos dous artigos antecedentes, são extensivos a todas as aulas de

Latim, e Francez da Provincia.

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Capítulo 7º

Do Director (?)

Art. 30 – Ao Director compete, além das obrigações marcadas no corpo destes

Estatutos: 1º convocar a Congregação todas as vezes que houver de reunir-se: 2º ativar os

empregados negligentes em cumprir seus deveres; 3º atestar sobre cumprimentos de deveres

dos professores, e mais empregados do Lyceo, para poderem perceber seus ordenados

conforme a Lei: 4º assignar os termos de abertura dos livros, e rubrica-los: 5º mandar passar

certidões de exames, sendo requeridos.

Art. 31 – O Lente encarregado a Directoria gozará do mesmo privilégio, que todos os

chefes das Repartições Públicas.

Art. 32 – Sua autoridade durará somente hum ano, no fim do qual se procederá a nova

eleição, assim como a de um Secretário de entre os substitutos.

Art. 33 – Todas as atribuições, que nestes Estatutos competem ao Director, ficam em

seu impedimento pertencendo ao vice-diretor.

Capítulo 8º

Dos Professores

Art. 34 - Fica elevado o ordenado do professor de Latim a quinhentos mil reis.

Art. 35 – Achando-se qualquer professor impossibilitado de ir a sua aula, participará

imediatamente ao Director que fará avisar ao substituto, que o deve substituir.

Art. 36 – O substituto, que substituiu ao Lente proprietário, terá uma gratificação anual,

que com o seu ordenado prefaça a quantia do ordenado, que compete ao lente substituído, se

este não tiver direito ao ordenado, durante o seu impedimento.

Art. 37 – Se qualquer dos Professores ou substitutos do Lycêo transgredir o art. 10 do

cap. 3º destes Estatutos, disto tomará notas o Director para no fim do ano letivo apresentá-las

à Congregação a qual, achando, que as faltas chegarem a vinte sem motivo algum que as possa

justificar madará, que o secretário as mencione em acta, e tal ano não será contado ao

Professor quando pretender jubilar-se.

Capítulo 9º

Do Secretário

Art. 38 – Além dos Empregados criado pela Lei de 24 de março de 1836, haverá um

Secretário que será nomeado de entre os Substitutos pela Congregação por escrutínio à

maioria relativa de votos.

Art. 39 – Ao Secretário compete: 1º redigir as atas das Seções da Congregação que serão

assignadas pelos membros presentes: 2º escrever as correspondências oficiais da mesma

Congregação e assina-las com o Diretor: 3º cuidar da guarda, e boa ordem dos livros e mais

papeis dos arquivos.

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Capítulo 10

Do Bedel

Art. 40 – Ao Bedel, além de outras atribuições, que lhe incumbem estes Estatutos

pertence: 1º conservar ocorridas as aulas, salas e corredores do Lyceo: 2º fazer no sino do

Lyceo o sinal de entrada das aulas: 3º cumprir as ordens do Director no que for tendente a

negócio do Lyceo: 4º passar certidões de exames quando lhe for apresentado despacho do

Director, por cada uma das quais perceberá seis centos reis: 5º fornecer o Lyceo de papel,

penas, tintas, e agóa, para o que perceberá a gratificação anual de cem mil reis.

Art. 41 – O Bedel poderá ter huã pessoa paga a sua custa para servir nos seus

impedimentos, e sob sua responsabilidade.

Art. 42 – Ao Bedel compete: notar as faltas dos que não assistirem ás aulas,

comparecendo n’ellas à hora da chamada; ou logo depois, quando entre mais de huã aula ao

mesmo tempo.

Art. 43 – Durante qualquer trabalho do Lyceo, o Bedel he restrictamente obrigado a

achar-se presente, a fim de cumprir o, que lhe for ordenado pela Congregação, Director, ou

pelos Professores no exercício de seu magistério. Em seu poder estarão as chaves do Lycêo á

fim de abrir, e fechar as portas, quando for conveniente assim como o archivo sob a inspeção

do Secretário.

Capítulo 11

Da Policia das aulas

Art. 44 – Durante o exercício de qualquer aula, os alumnos se portarão com a mais

rigorosa attenção ás aplicações do Professor respectivo e cazo não apresentem a gravidade

preciza deverá o Professor advertil-os, e chamal-os à ordem.

Art. 45 – Se não obstante a advertência do Professor o alumno continuar sem respeito, a

attenção ás admoestações do seu Professor, este o mandará retirar d’aula; e cazo o estudante

o não obedeça logo o Professor, tendo empregado os meios convenientes, suspenderá por

aquelle dia o exercício de sua aula, e dará do acontecido parte ao Director.

Art. 46 – Dentre do recinto do Lyceo os estudantes se portarão com toda a decência e

circumpecção, tratando com maior respeito, e civilidade os Professores do mesmo Lycêo,

ficando obrigado o Bedel á participar qualquer infracção d’este artigo ao Director.

Art. 47 – O Director, logo que receber alguã das participações mencionadas nos artigos

45 e 46, mandará vir a sua presença o estudante, e emprehenderá severamente se porém,

depois de ser gravemente reprehendido pelo Director o estudante se não corrigir, continuando

a conduzir-se da mesma maneira, que anteriormente o Director mandará riscal-o da matricula

d’aula, que se achar freqüentando; ficando inhibido de matricular-se em qualquer das aulas do

Lycêo por espaço de hum anno com recurso para a Congregação.

Art. 48 – A mesma pena do art. Antecedente será imposto ao estudante, que, estando

incurso nenhum dos artigos 45 e 46 e sendo chamado a presença do Director não obedecer a

chamada.

Art. 49 – Se tendo o Director mandado eliminar da matrícula qualquer estudante, este

continuar a apresentar-se em qualquer das aulas pertubando-a, o Professor o mandará

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civilmente retirar-se, cazo o não faça logo, e se mostre pertinaz em persistir n’aula, o Professor

suspenderá o exercício de sua aula, e participará o acontecido ao Director, o qual dará conta

d’isto inume diamente ao Prezidente da Província.

Art. 50 – O Bedel tem de obrigação fazer com que durante os exercícios do Lycêo, haja o

mais profundo silêncio nos corredores, não consentindo, que pessoa alguma perturbe, e

interrompa o trabalho do Lyceo.

Art.51 – As disposições dos artigos 45, 46, 47, 48 e 49 não comprehendem os estudantes

d’aula de Latim, menores de 14 annos, que poderão ser castigados pelos respectivos

Professores com palmatoadas, não excedendo estas número de seis em hum mesmo dia.

Disposições Gerais

Art. 52 – Reunida a Congregação, que deve tratar dos exames na conformidade do art.

20 do Cap. 5, o Bedel apresentará a lista dos estudantes, matriculados no Lyceo, durante o

anno lectivo, com suas faltas correspondentes notadas á margem, sendo dividida em tantas

sessoens quantas forem as aulas do Lycêo - esta lista se combinará c m as dos Professores, e

aquelles dos alumnos, que tiverem comettido quarenta faltas ficarão inhibidos de fazer exame,

assim como aquelles, que tiverem comettido trinta faltas sem motivo justificado.

Art. 53 – A falta de dissertação no tempo marcado equivale a duas faltas; a falta

absoluta da mesma dissertação equivale a cinco: marcar-se-hão também tres faltas a aquelle

estudante, que não comparecer as sabatinas: Estas faltas podem ser justificáveis, ou não,

conforme for ou não justo o motivo d’ellas.

Art. 54 – Depois da Congregação providenciar sobre os exames, procederá a noemação

do Director, Vice-Director, e Secretário para o anno seguinte.

Art. 55 – O Presidente da Província inspeccionará o Lyceo, e velará na execução dos

presentes Estatutos, providenciando sobre o que não estiver n’elles providenciado.

Art. 56 – Ficão revogados as dispozições em contrario.

Mando por tanto a todas as Authoridades, á quem o conhecimento, e execução da

referida Lei pertencer, que a cumprão e fação cumprir, e guardar tão inteiramente, como

n’ella se contem. O Secretário d’esta Província a faça imprimir, publicar e correr. Palacio do

Governo da província da Parahiba do Norte aos 19 dias do mez de Abril de 1837. Decimo sexto

da Independencia, e do Imperio.

Bazílio Quaresma Torreão

Sellada n’estta Secretaria do Governo da Provincia aos 19 de Abril de 1837.

Severino Jozé Roiz Chaves

Nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte foi publicada a prezente

Lei aos 19 dias do mez de Abril de 1837.

Severino Jozé Roiz Chaves

Registrada no livro competente. Secretaria do Governo da Província, 19 de Abril de

1837.

Severino Jozé Roiz Chaves.

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63

● Orçamento da Receita e Despeza Provincial

Da Thesouraria da Província da Paraíba. Do Norte, Para o Anno Financeiro de 1837 a 1838.

Impresso na Typografia Paraibana

Rua Nova n° 26 – Ano de 18379

Orçamento da Receita Provincial

Da Thezouraria da Provincia da Paraiba do Norte. Para o Anno Financeiro de 1° de Julho de

1837, a 30 de Junho de 1838.

Impresso na Tipografia Paraibana

Rua Nova n° 26. Anno de 183710

Objeto da Despeza

Legislação Despeza annual

Somas parciaes

Total Observações

Ordenado do Lente da Cadeira de Filozofia

Lei de 15 de Outubro de 1827, e Decreto de 7 de Junho de 1834

1:700$00 8.870$00 A Despeza com a Instrucção Publica foi orçada em atenção ao numero de cadeiras creadas na Provincia, assim pelas Leis Geraes, como Provinciaes; suposto não conste na Thezouraria estarem todas providas; sendo de notar que - a quantia orçada para as despezas com generos das duas Aulas do ensino mutuo da Capital, e a mais necessaria para as Aulas de primeiras Letras, foi com atenção as quantias para os mesmos objectos fixadas na Lei Provincial de 29 de 1836, para o anno de 1836 e 1837.

Idem, idem da de Retorica

Idem, idem, e artigo 16 da Lei Provincial de 16 de Março de 1836

Idem, idem da de Geometria

Lei de 15 de Outubro de 1827; e Decreto de 11 de Novembro de 1834.

Idem, idem da de Francez

Idem, e Decreto de 7 de Junho de 1831

Idem do Proffessor de Latim da Cidade

Decreto de 25 de Outubro de 1831

Idem do substituto das de Filozofia, e Geometria da Cidade

Lei Provincial de 24 de Março de 1836

Idem, idem, das de Retorica, Francez, e Latim, idem

9 N.O. Informações contidas na capa do documento.

10 N.O. Informações contidas na contracapa do documento.

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64

Continuação da Tabela anterior.

Objecto da Despeza

Legislação Despeza annual

Somas parciaes

Total Observações

Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica

Transporte 8:500$00 14:020$000

Ordenado, e gratificação do Professor das cadeiras de Latim, e Francez da Villa de Souza.

Lei Provincial de 19 de Maio de 1835

500$000

Idem, idem, idem, do Pillar.

500$000

Idem, do Brejo d’Areia

500,000

Idem, idem, de Mamangoape

500$000

Idem do Professor de Latim da Villa de Pombal.

Lei de15 de Outubro de 1826, e Rezolução de Governo da Provincia de 9 de Agosto de 1835.

400$000

Idem, idem, de Campina

400$000

Idem, e grattificação do Professor de primeiras Letras, pelo ensino mutuo da Cidade alta.

500$000

Idem da Cidade Baixa

Idem, e Decreto de 14 de Novembro de 1831.

400$000

Idem do Proffessor pelo Ensino vulgar da Villa de Pillar

300$000

Idem da Villa do Brejo d’Areia

300$000

Idem da Povoação de Mamangoape

300$000

Lei de 15 de Outubro de 1827, e Decreto de 11 de Novembro de 1834

300$000

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65

Continuação da Tabela anterior. Idem, da Praia de Lucena

300$000

Idem da Povoação de Cabedello

300$000

Idem da Villa do

Conde

300$000

Idem, idem de Bananeiras

300$000

Idem, idem de Pombal

300$000

Idem, idem de Campina

300$00 9.900$00 14.020$000

Objecto da Despeza

Legislação Despeza annual

Somas parciaes

Total Observações

Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica

Transporte 15:900$00 14:020$000

Ordenado do Professor de primeiras Letras pelo ensino vulgar da Povoação de Mizericordia

Lei Provincial de 19 de Março de 1836

300$000

Idem, idem de S. Luzia

300$000

Idem, idem, do Congo

300$000

Idem, idem, da Boa Vista

300$000

Idem, idem de Araçagi

Lei Provincial de 14 de Março de 1836

300$000

Idem, idem da Professora de primeiras Letras da Cidade

Lei de 15 de Outubro de 1827, Decreto de 19 de Outubro de 1832

Idem, idem, da Villa do Pillar

Decreto de 20 de Junho de 1834

400$000

Idem, idem, da de Campina

Decreto de 20 de Junho de 1834

300$000

Idem, idem, de Souza

Decreto de 20 de Junho de 1834

300$000

Idem, idem, do Brejo d’Areia

Decreto de 20 de Junho de 1834

300$000

Idem, idem de Mamanguape

Lei Provincial de 24 de Março de 1836

300$000

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66

Continuação da Tabela anterior. Ordenado do Porteiro, Bedel, e Bibliotecario do Liceu

Lei Provincial de 24 de Março de 1836

300$000

Generos necessarios as 2 Escolas do Ensino mutuo, alugueis de cazas, em que se achão as de primeiras Letras, e outras despezas pertinentes a instrucção primaria

Lei de 15 de Outubro de 1827

1:030$00 20:630$000

34:650$000

Objecto da Despeza

Legislação Despeza annual

Somas parciaes

Total Observações

Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica

Transporte 9:900$00 14:020$000

Ordenado do Professor pelo Ensino Vulgar da Villa de Souza

300$000

Idem, idem, d’Alhandra

300$000

Idem, idem do Piancó

300,000

Idem, idem, de S. Miguel

300$000

Idem, idem, de Tambaú

300$000

Idem, idem, de St. Rita

300$000

Idem, idem, de Gurinhem

300$000

Idem, idem, de Lagoa Grande. P.có

Lei de 15 de Outubro de 1827, a Decreto de 11 de Novembro de 1831

300$000

Idem, idem de Itabaiana

300$000

Idem, idem, Guarabira

300$000

Idem, idem, da Cruz do Espírito Santo

300$000

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67

Continuação da Tabela anterior.

Idem, da Alagoa Nova

300$000

Idem, idem, da Villa de São João

300$000

Idem, idem, da de Patos

300$000

Idem, idem, da Povoação do Coité

300$000

Idem, idem, do Ingá

300$000

Idem, idem, da Serra da Raiz

300$000

Idem, idem, de S. Jozé

Lei Provincial de 19 de Maio de 1836

300$000

Idem, idem, do Catolé do Rocha

300$000

15:900$000 14:020$00

1838

● Nº 14 Ilmº e Exmo Senhor

Na sessão de hoje a Assembléia resolveu que se requisitasse a V. Exª com urgência os

documentos em que assentou esse governo a Jubilação concedida ao Professor de Primeiras

Letras da cidade alta Henrique da Silva Ferreira Rabelo, quanto ao tempo de serviço do mesmo

Jubilado, o que comunico a V. Exª para sua inteligência.

Deus guarde a V. Exª muitos anos. Secretaria da Assembléia Legislativa da Paraíba do

Norte, 2 de Julho de 1838.

Ilmo. e Exmo. Senhor Doutor Joaquim Teixeira Peixoto de Albuquerque. Presidente da

Província.

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

● Ilmo e Exmo. Senhor

Nº 31 Arquivi-se

A Assembléia Provincial resolveu que se exigisse de V. Exª informação de quais são as

cadeiras de Ensino Vúlgar, Latim, Francês e meninos que ainda se acham vagas, e se alguma

está em concurso; o que comunico a V. Exª como me cumpre.

Arq

uiv

i-se

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68

Deus guarde a V. Exª muitos anos.

Secretaria da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba, 6 de Julho de 1838.

Ilmo e Exmo Senhor Doutor Joaquim Teixeira Peixoto de Albuquerque. Presidente da

Província.

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

1839

Sanciono, e publique-se como Lei. Palácio do Governo da Paraíba 23 de Março de

1839.

Manoel Lobo de Miranda Henriques.

A Assembléia Legislativa Provincial

Decreta

Art. 1º - Haverá no Liceu desta cidade mais duas cadeiras, uma de Inglês e outra de

Geografia, Cronologia, e História, ficando a cadeira, que tem a seu cargo o ensino destas

matérias, limitada ao de Retórica e Poética.

Art. 2º - Para o ensino, e explicação de Geografia e Cronologia o professor servir-se-á do

Globo Terrestre e Celeste dos Mapas Geográficos e Tábuas Cronológicas mais exatas, e

acreditadas. O professor de Inglês ensinará tanto a gramática, e tradução desta língua, como a

sua pronúncia.

Art. 3º - As disposições da Lei Provincial de 19 de abril de 1837, nº 13, relativas aos

professores do Liceu, ficam extensivas aos das novas cadeiras as que lhes for aplicável.

Art. 4º - Para o concurso delas se observará o disposto no artigo 2º a Lei Provincial de 6

de maio de 1837 nº 20. sendo provido o candidato, que mais muito tiver.

Art. 5º - Os Sacerdotes Regulares podem ser providos nas cadeiras do Liceu.

Art. 6º - O professor de Geografia terá 600$000 de ordenado, e o de Inglês 500$000.

Art. 7º - O atual professor de Retórica terá opção entre esta, e a nova cadeira de

Geografia, e não assim o substituto, que deve continuar na substituição de uma, e outra.

Art. 8º - Ficam revogadas as Leis e Disposições em contrário.

Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 22 de Março de 1839.

José Lucas de Sousa Rangel

Presidente

Antonio José Henriques

1º Secretário

Balduíno José Meira

2º Secretário

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● Nº 06

A Assembléia Legislativa Provincial

Decreta

Art. 1º O Presidente da Província é autorizado a despender no ano financeiro do 1º de

Julho de 1839 ao último de junho de 1840 da maneira seguinte:

[...]

§§ 4º - Com os professores de Gramática Latina, e 1ªs Letras da Província, compreendida

a Escola de meninas da Cidade Baixa, e incluída a gratificação de 50$000 ao professor de

Ensino Mútuo da mesma cidade ........................................... 16:150$000

[...]

Art. 3º - O Presidente da Província é igualmente autorizado a despender no ano

financeiro da presente Lei.

§§ 6º - Com as Aulas do Ensino Mútuo da Cidade, e Primeiras Letras da Província a

quantia necessária para indenização do aluguel de casas, e utensílios, com que dantes eram

suprimidas, e cujas despesas ficam substituídas com as cotas seguintes; a saber: com Aulas de

Ensino Mutuo da cidade na razão de 50$000 por cada 40 alunos na mesma forma, que se acha

estabelecida sem prejuízo de aluguel da casa do Varadouro, que continuará a ser pago pela

Fazenda: com as de meninas da cidade 60$000 para cada uma, e com as mais Aulas de

Primeiras Letras das Villas e povoações da Província 50$000 também para cada uma sendo

porém excetuadas aquelas do Ensino Vulgar, que existirem em edifício público, as quais

continuarão a ter somente 10$000 para utensílios e ficando entendido, que pelos utensílios,

de que se trata entenderão aqueles de que precisam as Aulas para se manterem, como mesas

bancos, e cadeiras as quais continuarão a ser fornecidas pela Fazenda Pública.

[...]

§§ 18º - Matrícula dos Estudantes das Aulas do Liceu na cidade, na razão de 3$200 por

cada um ______ a exceção das de Latim, que a pagarão uma vês somente: Este rendimento

será aplicado para a compra de livros para a Biblioteca Pública do mesmo Liceu.

Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba, 27 de Março de 1839.

José Lucas de Souza Rangel

Presidente

Antonio José Henriques

1º Secretário

Balduino José Meira

2º Secretário

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1840

● O vice Prezidente da Província, attendendo ao que lhe requereu o Professor d’aula de 1ª

Lettras da Villa de Pombal Gaudêncio Gonçalves Chaves; há por bem conceder-lhe demissão da

referida Cadeira, que como tal será posta em concurso, afim de ser novamente provida.

Palácio do governo da Paraíba 5 de fevereiro de 1840.

Trajano de Holanda Chacon

Nº 19

A Assembléia Legislativa da Província da Parahyba do Norte

Decreta

Art. 5º Com o ordenado de professores de Latim da cidade de Areia, e vilas de Pombal e

Souza ______ 1.200,000.

Art. 6º Com os ordenados, e gratificações aos professores, e professoras de 1ªs Letras,

incluindo o aluguel das casas para as escolas da cidade alta, e Varadouro, e ficando o cargo de

professor do Pilar o pagamento do aluguel da casa da sua escola para o que perceberá a

mesma gratificação que os demais professores ______ 8:638, 000.

Paço da Assembléia Legislativa da Parahyba do Norte em 3 de Julho de 1840.

Joaquim Batista Avondano

Presidente

● Nº 6

A Assembléia Legislativa Provincial

Decreta

Art. Único – Ao professor de Filosofia racional e moral do Liceu desta cidade Padre

Domingos Álvares Vieira se contará, como de exercício continuado, e não interrompido para a

aposentadoria, o tempo que sérvio na Cidade de Goianna como substituto da referida

Faculdade e como professor da Língua Latina desde 2 de agosto de 1820 até 26 de janeiro de

1825; revogados para este cazo as disposições que lhe forem contrárias.

Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Paraíba do Norte 30 de outubro de 1840.

Sancciono e se publique como Lei Palácio do Governo da Província da Paraíba do Norte

31 de outubro de 1840.

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71

Francisco Xavier Monteiro da Franca

Benedito Marques da Silva ______

Vice-presidente

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

Antonio ______

Nº 4 31 de Outubro11

O Capm Mor Francisco Xavier Monteiro da Franca Prezidente da Província da Parahyba

do Norte. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial

Decretou, e eu Sancionei a Lei seguinte =

Art. Único – Ao Professor de Philozofia racional, e moral, do Lyceo desta cidade, Pe

Domingos Alves Vieira, recontará, como de exercício continuado, serão interrompido, para

aposentadoria, o tempo que serviu na cidade de Goiana, como substituto da referida

faculdade, e como professor de Língua Latina, desde 2 de Agosto de 1820, até 26 de Janeiro de

1825, revogadas para este caso as disposições que lhe foram contrarias.

Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento, e execução da referida

Lei pertencer que a cumprão, e façam cumprir tão inteiramente como nesta se contem.

O secretário da Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo da

Província da Paraíba do Norte, 31 de Outubro de 1840 =

Decimo ano da Independência e do Império = L. de S = Francisco Xavier Monteiro da

Franca = Selada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba aos 31 de Outubro de

1840 = Felizardo Toscano de Brito = Fiz publicada a presente Lei nesta Secretaria do Governo

da Província da Paraíba em 31 de Outubro de 1840 = Felizardo Toscano de Brito =

● Nº 17

A Assembléa Legislativa Provincial Decreta

Capítulo 1º

Despesa Provincial

Art. 1º A despeza Provincial para o ano financeiro, que será do 1º de dezembro de 1840

ao último de novembro de 1841 e fixada na quantia de 212.069$000.

Título 4º

Instrucção Publica

§ 11 com o Licêo nesta cidade 9:100$000

§ 12 com o expediente 120$000

11

N.O.: Consta no documento original o termo Copia – 1840

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72

Ficão desde já creadas e serão provindas no Licêo duas cadeiras huma de gramatica da

Língua Nacional; outra de comercio.

O ordenado dos Lentes das cadeiras de sciencias e artes será de ora em diante de

700$000, e o das línguas 600$000. Alem das substitutas já creadas haverão mais dous com o

ordenado cada um dos quatro de 500$000. Um dos substitutos servirá para as cadeiras de

gramática de Língua Nacional, e comercio; outro para as de Francês e Inglês, outro para as de

Latim, História e Geografia; e o quarto para as de Filosofia e Geometria. Vagando a qualquer

das duas cadeiras de História, ou de Geografia não será mais provida; e o governo da Provincia

as reunirá como antes, sob a regência do Lente que ficar. O ordenado e do Bedel fica elevado a

480$000; ficando além disto a seu cargo a quantia orsada para o expediente.

§ 13 Com os professores e professoras de 1ª letras 19.360$000

§ 14 com as de Latim 3.000$000

Fica creada mais uma cadeira de 1ª letras para meninos nesta cidade com o ordenado

anual de 500$000, ao qual fica elevado as das outras duas existentes. O ordenado dos mais

Professores de 1ª letras da Província elevado a 400$000, criada mais uma cadeira na Serra do

Teixeira, com o referido ordenado de 400$000. Contenham as professoras de meninas na

Província com o ordenado que ora tem. [...]

Paço d’Assembléa Legislativa Provincial da Paraíba do Norte 19 de novembro de 1840.

Antonio Henrique Almeida

Vice-Presidente

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

Antonio Manuel Oliveira Mello

2º Secretário

Sanciono e publique-se como Lei

Palácio do governo da Província da Paraíba 28 de novembro de 1840.

Monteiro da Franca.

● Nº 23

A Assemblea Legislativa Provincial Decreta

Art. 1º Os Professores do ensino Publico terão, findos dez anos de serviço interrompido

uma gratificação correspondente a quarta parte do respectivo ordenado, e findos vinte annos

se poderão apozentar com ordenado por inteiro. Sessa neste caso a gratificação.

Art. 2º Os que continuarem, além de vinte annos, terão a gratificação de hum terço do

ordenado e poderão ser aposentados aos trinta annos de serviço, com todo o ordenado, e

mais hum quarto d’elle.

Art. 3º Se continuarem perseberão ordenado dobrado e findos quarenta annos, serão

aposentados com todo elle.

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73

Art. 4º Os que passarem de hum emprego Provincial para occupar o de Professor,

contarão o serviço prestado no emprego, que deixão.

Art. 5º Não se considera interrompido o tempo, que perdeu o Professor na passagem de

huma para outra cadeira dentro da Província.

Art. 6º Esta e comprehende os actuaes professores, e os substitutos.

Art. 7º Ficão revogados quaes quer despozições em contrario.

Paço d’Assemblea Legislativa da Província da Paraíba do Norte 20 de novembro de 1840.

Antonio Henrique de Almeida

Vice-presidente

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

Antonio Manoel Oliveira Mello

2º Secretário

Sanciono, e publique-se como Lei.

Palácio do Governo do Paraíba 21 de novembro de 1840.

Monteiro da Franca

● Nº 14

A Assemblea Legislativa Provincial – Decreta

Art. 1º Fica aprovada a jubilação do professor do ensino mutuo desta cidade Henrique

da Silva Ferreira Rabello, com o vencimento anual de Trezentos e sessenta mil reis.

Art. 2º E garantido ao referido professor a diferença do ordenado e a gratificação que

lhe competia desde o decreto da jubilação até a data da promulgação d’esta lei.

Art. 3º Ficam revogados quais quer Leis, ordens e disposições em contrário.

Paço d’Assemblea Legislativa da Província da Paraíba do Norte 23 de novembro de 1840.

Sanciono, e publique-se

Como lei. Palácio do governo da Paraíba, 26 de novembro de 1840.

Benedito Marques da Silva Acahuã

Presidente

Joaquim Batista Avondano

1º Secretário

Antonio Manuel Oliveira Mello

2º Secretário

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● Título 12º 12

Aposentados

Artigo 36 – A congregação do Liceu reformará os respectivos estatutos aprezentando a

reforma athé o dia 7 de abril vindouro.

[...].

Título 14º

Extraordinarios

§56º Gratificação ao Pe. José Antonio Lopes da Silveira pelo compendio de Gramática da

Língua Nacional, que compôs a qual fica adaptado como compendio

Provincial.............................................................................................................600$00

Capítulo 5

Artigo 12º Os professores e professoras são obrigados a dar mensalmente mapas a

respeito do estado de seus alunos ao governo da Província, bem como os vigários mapas dos

nascimentos, casamentos ...

●1º Pacote – documento endereçado ao vice-presidente Benício da Fonseca Galvão

Ilmo Exm. Senr.

A Comissão indicadora de medidas, tendentes ao serviço de socorros publicos tendo

estudado o terceiro ponto por V. Excem. indicado em officio de 2 do corrente resolveu

inicialmente que fossem submetidos a apreciação de V. Exc. As seguintes providências que

julgar urgentes e eficazes [...].

Os meninos orphãos que não encontrarem tutores ou quem os queira receber a

soldada, deverão ser recolhidos a um azilo, ou colônias agrícolas orphanologicas sobre cuja

organização a Comissão tratará de outra vez mais detidamente. [...]

Deus guarde a V. Excia

Ilmo Excmo Sr. Pe. Felippe Benício da Fonseca Galvão, Vice-presidente da Província.

Lindolfo José Corrêa das Neves

Presidente da Comissão

José Peregrino de Araújo

Secretário

Silvino ______ C. da Cunha

Antonio da ______ Cordeiro

12

N.O.: Trata-se de fragmento de um documento.

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75

1842

● Nº 12

A Assembléia Legislativa da Província da Paraíba Decreta.

Título 1º

Despesas da Província

Art. 1º - O presidente da província é autorizado a despender no corrente ano financeiro

de 1º de Janeiro do último de dezembro a quantia de.......................................................

99:030,,207.

[...].

§ 3º - Com o Lyceo da cidade .............................................................................. 6:760:000

§ 4º - Com os professores de Gramática Latina das duas comarcas do centro ...... 800:000

§ 5º - Com os professores e professoras de 1ªs Letras, incluídas as gratificações

concedidas para alugueis de casas................................................................................ 9:356:000

● O presidente da Província há por bem nomear ao Padre Antonio da Trindade

Antunes Meira Diretor do Lyceo desta cidade.

Palácio do Governo da Província da Parahiba 21 de Fevereiro de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves

● O Presidente da Província, autorizado pelo Art. 1º da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro

do ano passado há por bem nomear para a regência das cadeiras do Lyceo, conservadas pela

reforma dos Estatutos datados de hoje, os indivíduos constantes da relação junta, assinadas

pelo secretário interino desta Presidência, Joze Antonio Baptista. Palácio do Governo da

Paraíba, 21 de Fevereiro de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves

Relação dos professores do Lyceo nomeados, por portaria desta data

1ª Cadeira João Gomes de Almeida

2ª Cadeira Severino Antonio da Gama e Mello

3ª Cadeira

4ª Cadeira Manoel Porfírio Aranha

5ª Cadeira João do Rego Moura

6ª Cadeira Mourique Victor de Lima

Substituto Joze Bento Meira de Vasconcelos

Secretaria do Governo da Paraíba, 21 de Fevereiro de 1842

O Secretário interino

Joze Antonio Baptista

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76

● O presidente da Província há por bem apresentar os professores do Lyceo desta cidade

Padre Domingos Alves Vieira, Adriano Francisco Ferreira Neves, Manoel Caetano Veloso,

_______ Frutuoso da Solidade Segismundo, Padre Jozé Antonio Lopes da Silveira, Antonio

Borges da Fonseca, João Antonio da Gama, e Felisardo Toscano de Brito com o ordenado que

lhes competir na forma do Art. 11 da Lei Provincial nº 8 de 8 de Novembro do ano passado.

Palácio do Governo da Parahiba, 21 de Fevereiro de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves.

● Não tendo os professores do Lyceo Padre Domingos Álvares Vieira, Padre José Antonio

Lopes da Silveira, Manoel Caetano Velloso, Felizardo Toscano de Britto, Frutuoso da Solidade

Sisgismundo, Adriano Francisco Ferreira Neves, Antonio Borges da Fonseca, e João Antonio da

Gama aposentado por portaria desta presidencia de 21 de Fevereiro deste ano, solicitando os

seus títulos de aposentadoria no prazo marcado no artigo 23 da Lei Provincial nº 8 de 8 de

novembro do ano passado, o Presidente da Província de conformidade com o citado art. Julga

os mencionados professores sem mais direito as aposentadorias concedidas, o que assim se

cumpra.

Palácio do Governo da Parahíba 18 de junho de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves.

● O presidente da Província haja bem demitir a Justina Umbelina de Mello do lugar a

professora de meninos da Vila de Mamanguape por não ter requerido a licença de que trata o

artigo 16 da Lei Provincial nº 8 de 8 de Novembro do ano passado. Palácio do Governo da

Paraiba, 3 de novembro de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves

RESUMO: Ato do Governo da Paraíba demitindo a professora Justina Umbelina de Melo

datado de 3 de novembro de 1842.

● O presidente da Província há por bem demitir a Américo d’ Araújo Lima do lugar de

professor de 1ªs Letras da povoação da Misericórdia por não ter requerido a licença de que

trata o Art 16 da Lei provincial nº 08 de 8 de Novembro do ano passado. Palácio do governo da

Província da Paraíba, 3 de novembro de 1842.

Pedro Roriz Francisco Chaves

RESUMO: Ato do Presidente da Província demitindo Américo d’Araujo Lima do lugar do

professor de 1ªs Letras da povoação. Datado de 3 de novembro de 1842

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77

● Nº 3, 22 de Dezembro

Pedro Rodrigues Fernandes Chaves Presidente da Província da Paraiba do Norte. Faça

saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial. Decretou e Eu

Sancionei a Lei seguinte.

Artigo Único

Ficam aprovadas as seguintes aposentadorias concedidas pelo governo da Província, em

virtude do disposto no Artigo 16 da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro de 1841. A saber ao

Professor da Povoação Tambaú Antonio Victor Pereira Junior com o ordenado de reis

106#746,2 a professora da Vila de Pilar Roza Flora Cavalcante Chaves com o ordenado de reis

61#340, a professora da Vila de Campina Grande Roza Egidia de Almeida com o ordenado de

reis 77#505 e a professora da Vila de Souza Maria José de Jesus com o ordenado de reis

75#800 reis, e revogada quaisquer Leis e disposições em contrário.

Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento, e execução da referida

Lei pertencer que a cumpram, e façam cumprir tão inteiramente como nela se contem. O

Secretário desta Província a faça imprimir, púbica e correr.

Palácio do Governo da Província da Paraiba do Norte 22 de Dezembro de 1842.

Vigésimo primeiro da Independência do Império =Lugar do Selo –

Pedro Rodrigues Fernandes Chaves = Selado nesta Secretaria do Governo da Paraíba aos

22 de Dezembro de 1842. O Secretário interino José Antonio Batista = nesta Secretaria do

Governo da Paraíba foi publicado a presente Lei aos 22 de Dezembro de 1842. O Secretário

interno José Antonio Batista = Registrada as folhas 167 do Livro competente. Secretaria do

Governo da Província da Paraíba, 22 de Dezembro de 1842. No impedimento do oficial maior

Antonio Costa Cabral. 2º oficial.

1843

● 21/01/1843

Nº 9

A Assembléia Legislativa da Província da Paraíba do Norte

Resolve

Art. Único. Enquanto a Assembléia Legislativa Provincial não tomar conhecimento dos

estatutos do Lyceo desta cidade feitos pelo govêrno da Provincia em virtude da facilidade que

lhe foi concedida pelo Art. 10 da Lei de 8 de Novembro de 1841, he o mesmo governo

autorizado a reformar as disposições dos mesmos estatutos que julgar em oppozição a boa

marcha e regular andamento d’aquelle estabelecimento; revogadas para este fim quaisquer

Leis e disposições em contrario.

Paço da Assemblea Legislativa da Província da Parahiba do Norte 21 de Janeiro de 1843.

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Antonio Thomaz de Luna

Presidente

Manoel Simplicio Jácome e Pessoa

1º Secretário

Francisco Tavares Bernardes

2º Secretário

● 1843 Nº 9 23 de Janeiro

Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, presidente da Província da Parahyba do Norte: Faço

saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou, e Eu

Sancionei a Resolução seguinte:

Artigo Único – Enquanto a Assembléia Legislativa Provincial não tomar conhecimento

dos Estatudos do Lyceo desta cidade feito pelo governo da província, em virtude da faculdade,

que lhe foi concedida pelo Artigo 10 da Lei de 08 de novembro de 1841, é o mesmo governo

autorizado a reformar as suposições dos mesmos Estatutos, que julga em oposição a boa

marcha e regular andamento d’aquelle estabelecimento, revogadas para este fim quaisquer

Leis e disposições em contrário.

Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida

solução pertencer que a compram, e a façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se

contém. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo da

Província da Parahiba do Norte 23 de Janeiro de 1843.

Vigésimo segundo da Independência e do Império.

Pedro Rodrigues Fernandes Chaves.

● Fl. 213

3º Termo

Aos 22 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Paraíba do Norte, João

Baptista Ferreira de Mello; filho de Lurenço Ferreira de Mello de idade 19 anos, natural desta

Província apresentou-me seu despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame da _______ _________ e conhecimento de ter pago na administração

____ os três mil e duzentos rs, tudo de conformidade com o disposto no Art. 4º dos Estatutos

respectivos, do que _____ constar haver o presente termo, em que ele assina comigo ______.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

João Baptista Ferreira de Mello

13

N.O.: Documento incompleto.

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79

4.

Aos 25 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Paraíba do Norte, Mathias

Carlos de Araujo; filho legítimo de Manoel Ignacio de Andrade de idade de 17 anos, natural

desta província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado

na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, que trazia juntos, certidão

de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na Administração de Rendas Provinciais a

quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se assina comigo.

José Lurenço Meira de Vasconcelos

5.

Aos 25 dias do mês de Fevereiro de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Andre de

Albuquerque ________, _________; filho legítimo de André Albuquerque________ ________

de idade 19 anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor,

mandando fosse matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua

petição, a que acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na

administração de rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz

este termo em que ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Andre Albuquerque

6.

Aos 25 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Antonio

Felipe de Albuquerque Maranhão; filho legítimo de André de Albuquerque Maranhão de idade

17 anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando

fosse matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Antonio Felipe de Albuquerque Maranhão

7.

Aos 3 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Zeferino

Aureliano de Figueiredo e Mello, filho de Manoel de Christo ______ Mello, de idade 26 anos,

natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse

matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

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80

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Zeferino Aureliano de Figueiredo e Mello

8.

Aos 03 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, José

Gonsalves de Medeiros; filho de João Gonsalves de Medeiros, de idade 18 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

José Gonsalves de Medeiros

9

Aos 03 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Manoel

Simplício Jácome Pessoa Junior; filho legítimo de Manoel Simplicio Jácome Pessoa de idade 17

anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse

matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Manoel Simplício Jácome Pessoa Jácome.

10.

Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Rufino Olavo

da Costa Maxado; filho legítimo de José da Costa Maxado, de idade 17 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Rufino Olavo da Costa Maxado

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11

Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, João Alves

Sanches Massa; filho legítimo de Antonio Galdim Silva da _______ de idade 21 anos, natural

desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado

na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

João Alves Sanches Massa

12.

Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, João da

Matta Corrêa_________, filho legítimo de José Maria Corrêa de idade 14 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

João da Matta Corrêa

1844

1º Termo

Aos 15 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, José

Ribeiro da Costa Junior; filho legítimo de José Ribeiro da Costa de idade 15 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

José Ribeiro da Costa Junior

2.

Aos 15 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Joaquim

Ribeiro da Costa; filho legítimo de José Ribeiro da Costa, de idade 13 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

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certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Joaquim Ribeiro da Costa

3.

Aos 27 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Joaquim

Ribeiro Pessôa de Lacerda; filho legítimo de Antonio Ribeiro Pessoa de Lacerda de idade 16

anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse

matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Joaquim Ribeiro Pessoa de Lacerda

4.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Olynto

José Meira; filho legítimo de José ______ Meira de Vasconcelos de idade 15 anos, natural

desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado

na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Olynto José Meira

5.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Francisco

José Meira Junior; filho legítimo de Francisco José Meira de idade 14 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Francisco José Meira Junior

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6.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Antero

Manoel de Medeiros; filho legítimo de Manoel de Medeiros Furtado de idade 14 anos, natural

desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado

na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Antero Manoel de Medeiros

7.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Amaro

Gomes da Silveira; filho legítimo de Joaquim Gomes da Silveira de idade 18 anos, natural desta

Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na

aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Amaro Gomes da Silveira

8.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Adelino

Antonio de Luna Freire ; filho legítimo de Antonio Thomaz de Luna Freire de idade 15 anos,

natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse

matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Adelino Antonio de Luna Freire

9.

Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, João

Severiano Carneiro da Cunha; filho legítimo de Diôgo Soares de Albuquerque de idade 14 anos,

natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse

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matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que

acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de

rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que

ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

João Severiano Carneiro da Cunha

10.

Aos 28 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, _____

Xavier Bizerra, filho legítimo de Manoel Fernandes de idade 20 anos, natural desta Província

apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na aula de

Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam certidão de

exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas Provinciais a quantia

de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

______ Xavier Bizerra

11.

Aos 28 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte José

Francisco Pereira _____; filho legítimo de José Francisco Pereira de idade 19 anos, natural

desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado

na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam

certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas

Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se

assina comigo.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Francisco Pereira ___________

1845- 1868 / Caderno de matrícula do Lyceu

● 184514

No primeiro de março de mil oitocentos e quarenta e quatro nesta Secretária do Lyceu

da Parahyba do Norte appareceu Diogo Velho Cavalcanti D`Albuquerque; com a idade de

quinze anos, natural desta Província, apresentou um despacho de Sr, Diretor, mandando que

seja matriculado n `aula de Philosophia, como requereu na petição a qual trazia conhecimento

14

N.O.: Trata-se de uma espécie de caderno de matrículas do Liceu Provincial.

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de ter pago o imposto de três mil e duzentos reis e por quanto fez o presente termo, que vai

para elle: assignado comigo Secretário.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Diogo Velho Cavalcanti

1845

1° Termo

Aos dias de fevereiro, digo aos oito dias de Fevereiro de mil oito centos e quarenta e

cinco, na Secretaria do Lyceu da Parahyba do Norte compareceu Antero Manoel de Medeiros;

filho legítimo de Manuel de Madeiros Furtado; de idade de quinze anos natural d´esta

Província apresentou-me um despacho do Sr. Director, mandando que fosse matriculado na

Aula de Philosophia como requeria em sua petição, com a qual se achava a verba de pago o

imposto de três mil e duzentos reis e para constar levarei o presente termo que vai por esse

assinado comigo Secretario.

Jose Lourenço Meira de Vasconcelos

Antero Manoel de Medeiros

Aos quinze dias de fevereiro de mil oito centos e quarenta e cinco na Secretaria do Lyceu

d´esta cidade compareceu Francisco Lucas de Souza Rangel, filho de José Lucas de Souza

Rangel; de idade de dezesseis annos; natural desta Província, apresentou despacho do Sr.

Director mandando que fosse matriculado n´esta aula de Philosophia, como requeria em sua

petição e justa a qual se achava certidão de exame de Latim pela requerida cadeira e

conhecimento do despacho o imposto de três mil e duzentos reis; para constar levarei o

referente termo, que vai por elle assinado comigo. Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcelos

Francisco Lucas de Souza Rangel

Aos dezenove dias do mês de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na

Secretaria do Lyceu desta cidade da Parahiba do Norte compareceu Luiz da Veiga Pessôa

Cavalcante d´Albuquerque; filho legitimo de Manuel Simplicio Jacóme Pessôa; de idade de

dezesete annos; natural desta Província, apresentou despacho do Diretor do mesmo Lyceu em

que mandava que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como se queria em sua petição na

qual se achava inscrita a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis; e para constar

lavrei o prezente termo que vai por elle assinado comigo Secretário.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Luiz Veiga Pessôa Carvalho d´Albuquerque

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Aos vinte e hum de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e quatro, digo, cinco na

Secretaria do Lyceu d´esta cidade da Parahiba do Norte compareceu João José Pachêco

d`Aragão; filho legítimo de Henrique José Pacheco de Aragão; de idade de quinze annos;

natural desta Província, e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta

a verba de ter pago imposto de trêz mil e duzentos reis, e para constar lavrei o presente

termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

João José Pachêco de Aragão

Aos vinte e hum dias de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta cidade da Paraiba do Norte compareceu João Baptista Pereira de Carvalho; filho

legítimo de José Fluotonio de Carvalho; de edade de dezeseis annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Director, mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez

mil duzentos reis; e para constar lavrei o prezente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

João Baptista de Carvalho

Aos vinte e hum dias de fevereiro mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu da Parahiba do Norte appareceu José Vicente Pereira de Carvalho; filho legítimo de José

Antonio de Carvalho; de idade de quinze annos; natural desta província e apresentando

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, na qual se achava a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos

réis e para constar lavrei o prezente termo, que vai assignado elle Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

José Vicente Pereira de Carvalho

Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu da Parahiba do Norte compareceu José Lourenço da Silva Pinto Filho; filho legitimo de

João Pinto Monteiro da Silva; de idade de dezoito annos; natural desta Província e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

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requeria em sua petição, e certidão da segunda cadeira de Latim e para qual na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

José Lourenço da Silva Pinto

Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Jozé Lucas de Souza Rangel Filho;

filho legítimo de José Lucas de Souza Rangel; de idade de dezesete annos; natural desta

Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão de exame da segunda Cadeira de Latim

e para a qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Jozé Lourenço da Silva Pinto

José Lucas de Souza Rangel

Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Auezir Sallatiel Carneiro da Cunha;

filho legitimo de Manuel Florentino Carneiro da Cunha; de idade de quinze annos; natural

desta Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na

Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão d´exame de Latim da segunda

cadeira e para qual na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Auezir Sallatiel Carneiro da Cunha

10°

Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Julio da Costa Cirne; filho legitimo de

Thomaz Cirne; de idade de vinte annos; natural desta Provincia e apresentou despacho do Sr.

Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua

petição, e certidão d´ exame da segunda Cadeira de Latim e para qual na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Julio da Costa Cirne

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11°

Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco Xavier de Andrade Junior;

filho legitimo de Francisco Xavier de Andrade; de idade de vinte annos; natural desta Provincia

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão d´exame de Latim pela segunda

Cadeira na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Francisco Xavier de Andrade Junior

12° e 13°

Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceram Leocadio Rodrigues Chaves e João

Rodrigues Chaves; com idade, o primeiro de dezeseis e o segundo de quatorze annos naturais

desta Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na

Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, e certidões d´exames de Latim para

segunda Cadeira; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Leocádio Roiz Chaves

João Brás Chaves

14°

Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Fernandes Teixeira; filho

legitimo de João Fernandes Teixeira; de idade de vinte e dois annos; natural desta Provincia e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame de Latim para segunda

Cadeira; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Antonio Fernandez Teixeira

15°

Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Jozé Gomes; filho legitimo

de Antonio Jozé Gomes de Farias; de idade de dezesseis annos; natural desta Provincia e

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89

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame de Latim; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Antonio Jozé Gomes

16°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Trajano de Figueredo Lima ; filho

legitimo de Manuel Francisco de Figueredo; de idade de vinte e dous annos; natural desta

Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição e certidão de idade e d´exame da Segunda

Cadeira; de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Trajano de Figueredo Lima

17°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francelino Coelho Vianna; de idade

de vinte e hum annos; natural desta Província e apresentou despacho do Sr. Director

mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição e

certidão d´exame da segunda Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Francelino Coelho Vianna

18°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Angelo Baptista Avondando; filho

natural de Thomázia Maria de Mello; de idade de vinte e dous annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame da segunda Cadeira de

Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Angelo Bapta Avondano

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19°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francisco Pinto Pessôa Cezar; filho

natural de Joab Nepomuceno Corrêa Cezar; de idade de dezesete annos; natural desta

Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela segunda

Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

José Lourenço Meira de Vasconcellos

Francisco Pinto Pessoa Cezar

1846

1° Termo

Aos dez dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Luis de França de Souza Falcão; filho

natural de Maria Roz de Jesus; de idade de dezesete annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame da Cadeira de Latim; na qual

se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim ______.

Luis de França de Souza Falcão

Aos vinte e cinco de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Manuel de Medeiros; filho natural

de Manoel de Medeiros Furtado; de idade de vinte annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Antonio Manoel de Medeiros

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Aos vinte e seis dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Bellarmino Peregrino da Gama e

Mello; filho natural de José de Mello; de idade de dezenove annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Bellarmino Peregrino da Gama e Mello

4° e 5°

Aos vinte e seis dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceram José Lucas de Souza Rangel e

Francisco Lucas de Souza Rangel; filhos naturais de José Lucas de Souza Rangel; o primeiro com

idade de dezoito annos, e o segundo com idade de dezesete annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Jose Lucas de Souza Rangel

Francisco Lucas de Souza Rangel

Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Lourenço da Silva Pinto; filho

natural de João Pinto Monteiro e Silva ; de idade de dezoito annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição e certidão d´exame pela cadeira de Latim; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Jozé Lourenço da Silva Pinto

Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Carneiro Monteiro; filho natural

de Moacir Antonio Carneiro Monteiro; de idade de dezesete annos; natural desta Província e

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92

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

José Carneiro Monteiro

Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João Luis Rangel Junior; filho natural

de João Lins Rangel; de idade de dezoito annos; natural da cidade do Recife e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição e certidão d´exame pela cadeira de Latim; na qual se achava inscripta

a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente

termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

João Luis Rangel Junior

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João José Pacheco de Aragão; filho

natural de Henrique Jose Pacheco de Aragão; de idade de dezeseis annos; natural desta

Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

João José Pacheco de Aragão

10°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João Baptista de Carvalho; filho

natural de José Theotonio de Carvalho Silva ; de idade de dezesete annos; natural desta

Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

João Baptista de Carvalho

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11°

Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Maria Xavier de Andrade; filho

natural de Francisco Xavier de Andrade; de idade de dezenove annos; natural desta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez

mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

José M. Xavier de Andrade

12°

Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Feliciano Correa Cabral; filho

natural de Antonio Correa Cabral; de idade de vinte annos; natural d’esta Província e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhanva certidão d´exame pela cadeira de Latim; na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

José Feliciano Correa Cabral

1847

Aos treze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e sete na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francisco Serafim de Miranda, filho de

Maria Magdalena natural desta cidade; de idade de dezeseis annos; e apresentou despacho do

Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua

petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado commigo Secretario interino.

Severiano______ da Gama e Mello

Francisco Serafim ______ de Miranda

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1848

1° Termo

Aos onze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio José Lins; natural d´esta cidade; de

idade de dezenove annos; natural desta Província e apresentou despacho do Sr. Director

mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Feliciano José Lopez

2° Termo

Aos doze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Feliciano Caliope Monteiro; filho legitimo

de João Sabino Monteiro de Mello; de idade de dezeseis annos; natural desta Cidade e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira de Latim e

Frances; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Feliciano José Monteiro

3° Termo

Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Bezerra Carneiro da Cunha

Junior; filho legítimo de Antonio Bezerra Carneiro da Cunha; com idade de dezenove annos;

natural desta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado

na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela

Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Antonio Bezerra Carneiro da Cunha Junior

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95

Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Claudiano Joaquim Bezerra

Cavalcante; filho legítimo de Leonardo Bezerra Cavalcante; com idade de vinte annos; natural

desta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula

de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira

de Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo

Secretario.

Severiano Antonio da Gama e Mello

Claudiano Bezerra Cavalcante

1849

Aos doze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e nove na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio da Cruz Cordeiro; filho legítimo de

João da Cruz Cordeiro; com idade de dezesete annos; natural desta Cidade e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e Frances; na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Antonio da Cruz Cordeiro

Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e nove na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Feliciano José Lopes; filho legítimo

de Antonio José Lopes; com idade de vinte annos; natural desta Cidade e apresentou despacho

do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em

sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e Frances; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Feliciano Jozé Lopes

1850

Primeiro Termo

Aos quatro dias de do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Laudelino Tertuliano Marinho Falcão;

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filho natural de Manuela Florentino de Assis; com idade de dezoito annos; natural desta

Cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de

Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos

reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Rufino Olavo da Costa Maxado

Laudelino Tertuliano Marinho Falcão

2° ______

3° ______

Aos quatro dias de do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Epaminondas de Souza Gouveia; filho

natural de Ignacio de Souza Gouveia; natural d´esta Cidade; com idade de dezenove annos; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e

Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Rufino Olavo da Costa Maxado

Epaminondas de Souza Gouveia

1851

1° Termo

Aos quatro dias do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e um na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Epaminondas de Souza Gouveia; filho

natural de Ignácio de Souza Gouveia; natural d´esta Cidade; com idade de vinte annos; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e

Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e

para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Aos vinte e trez dias do mez agosto de mil oitocentos e cinqüenta um na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio da Cunha Xavier de

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Andrade; filho natural de Francisco Xavier de Andrade; natural d´esta cidade; com idade de

vinte annos; natural d´esta Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que

fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Rufino Olavo da Costa Maxado

1852

1° Termo

Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Henriques de Almeida; filho

legitimo de Antonio ______ de Almeida; natural d´esta cidade; com idade de vinte e hú annos

de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de

Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos

reis, e para constar lavrei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Antonio Henriques de Almeida ______

Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Felippe da Cunha ______ filho

legitimo de Antonio ______ Viriato; natural d´esta cidade; com idade de vinte e dois annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assinado comigo Secretario.

Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante

Felippe ______

3° Termo

Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Ismael Victor Pereira; filho de

Antonio Victor ______; natural d´esta cidade; com idade de vinte annos de idade; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

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como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assinado comigo Secretario.

Claudino

Ismael Victo Pereira

Aos quatorze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Benjamim ______ de _____ filho

legitimo Maria ______

1852

1° Termo

Aos quatorze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e dois na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Fernandes Lima;

filho legitimo de Francisco Andrade Lima natural d´esta cidade; com idade vinte annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assinado comigo Secretario da Instrução Pública

Rufino Olavo da Costa Maxado

João Fernandes Lima

2° Termo

Aos vinte e dois dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e dois na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio da Trindade

Antunes Meira Henrique; filho natural de Luzia Inocencia da Luz; com idade dezessete annos;

natural d´esta cidade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado

na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Rufino Olavo da Costa Maxado

Antonio da Trindade Antunes Meira Henrique

3° Termo

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1853

Aos cinco dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Theodolino Antonio da Silveira

Ramos; filho legitimo de Antonio Francisco Ramos; com idade de vinte e dois annos; natural

d´esta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula

de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Rufino Olavo da Costa Maxado

Theodolino Antonio da Silveira Ramos

1854

1° Termo

Aos quinze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Frederico d´Almeida de

Albuquerque Junior; filho legitimo de Frederico de Almeida Albuquerque; natural d´esta

Província com idade de dezoito annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que

fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Frederico de Almeida Albuquerque Junior

Aos quinze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Elias Frederico d´Almeida de

Albuquerque; filho legitimo de Frederico de Almeida Albuquerque; natural d´esta Província

com idade de dezessete annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Elias Frederico de Almeida Albuquerque

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100

Aos vinte e quatro dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco Tavares

Franco; filho legítimo de José Tavares d’Andrade, natural d´esta cidade, com dezenove annos;

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Francisco Tavares Franco

Aos nove dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Thomas Ferreira Neves Júnior;

filho legítimo de José Thomas Ferreira Neves, natural d´esta Província, com dezoito annos; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

José Thomas Ferreira Neves Junior

Dezembro

1854

1° Termo

Aos sete dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco de Assis e Silva; filho

legítimo de Joanna Maria do Carmo, natural d´esta cidade, com dezoito annos; e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Francisco de Assis e Silva

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101

2° Termo

Aos vinte e três dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio José Baptista,

filho legítimo do falecido José Antonio Baptista, natural d´esta Província, com dezoito annos; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Antonio José Baptista

3° Termo

Aos vinte e três dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio José Lopes,

filho legítimo de Antonio Lopes, natural d´esta cidade, com vinte annos; e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

Antonio José Lopes

1856

1° Termo

Aos vinte e quatro dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e cinco na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Alípio Antonio José

d´Avila Bitencourt, filho legítimo de Francisco José d´Ávila Bitencourt, natural de

Mamanquape, com dezoito annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que

fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Thomas d´Aquino Mindello

Alípio Antonio José d´Avila Bitencourt

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102

2° Termo

Aos cinco dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceram João Pinto Monteiro Silva Junior e

Thomás Lourenço da Silva Pinto, filhos legítimos de João Pinto Monteiro e Silva, naturais d´esta

cidade, com idade, o primeiro, de dezenove annos, e o segundo de dezoito; e apresentaram

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

João Pinto Monteiro e Silva

Thomás Lourenço da Silva Pinto

3° Termo

Aos sete dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Soares de Pinho, filho legítimo

de Antonio Soares Pinho, natural d´esta cidade, com quinze annos de idade; e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Thomas d´Aquino Mindello

João Soares de Pinho

4° Termo

Aos trinta e um dias do mez de março de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco de Assis Pereira Rocha

Junior, filho legítimo de Francisco de Assis Pereira Rocha, natural d´esta Província, com

dezenove annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Thomas d´Aquino Mindello

Francisco de Assis Pereira Rocha Junior

Matrículas do anno de 1857

1° Termo

Aos trinta dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Joaquim Moreira Lima Junior,

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103

filho legítimo de Joaquim Moreira Lima, natural d´esta cidade, com dezesete annos de idade; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Gervazio Victor da Natividade

Joaquim Moreira Lima Junior

2° Termo

Aos trinta dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Cavalcante de Albuquerque

Vasconcelos Junior, filho legítimo de João Cavalcante de Albuquerque Vasconcelos, natural

d´esta cidade, com vinte annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando

que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando;

na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para

constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução

Pública

Gervazio Victor da Natividade

João Cavalcante de Albuquerque Vasconcelos Junior

3° Termo

Aos trinta e um dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Joaquim Germano

Ramos, filho legítimo de Joaquim Germano Ramos, natural da Província do Rio Grande do

Norte, com dezenove annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que

fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na

qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar

levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Gervasio Victor da Natividade

Joaquim Germano Ramos

1858

1° Termo

Aos vinte e nove dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e oito na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Feliciano Aniceto de

Albuquerque Henriques, filho legítimo de João José Henriques, natural d´esta cidade, com

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104

dezessete annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Gervasio Victor da Natividade

Feliciano Aniceto de Albuquerque Henriques

2° Termo

Aos vinte e sete dias do mez de março de mil oitocentos e cinqüenta e oito na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio de Mello Rogers, filho

legítimo de Ricardo Borges, natural d´esta cidade, com vinte e um annos de edade; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Gervasio Victor da Natividade

Antonio de Mello Rorgers

1859

1° Termo

Aos quatorze dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e nove na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Ivo Magno Borges da

Fonceca, filho legítimo de Gregório Magno Borges da Fonceca, natural d´esta cidade, com

dezenove annos de edade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Gervasio Victor da Natividade

Ivo Magno Borges da Fonceca

2° Termo

Aos dezenove dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e nove na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Luis Ignacio de Moura ,

filho natural de Manoela Ramalho, natural d´esta cidade, com dezenove annos de edade; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

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105

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Gervasio Victor da Natividade

1862

1° Termo

Aos vinte e quatro dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e um na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Manoel Coêlho

Bandeira de Mello, filho legítimo de Gregório Magno Borges da Fonceca, natural d´esta cidade,

com 19 annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse

matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se

achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei

o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica

Carlos Auxencio Monteiro da Franca

Manoel Coêlho Bandeira de Mello

2° Termo

Ao primeiro dia do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Graciliano Fontino Lordão, filho

natural de Agueda Inocência dos Martírios, natural d´esta cidade, com dezoito annos de idade;

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca

Graciliano Fontino Lordão

Aos três dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Mamede Cabral de

Vasconcelos, filho legítimo do Tenente Coronel Nicolas Valentino de Vasconcelos, natural

d´esta cidade, com dezoito annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando

que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando;

na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para

constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução

Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Franca

Antonio Mamede Cabral de Vasconcelos

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106

4° Termo

Ao primeiro dia do mez de março de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Baptista Regueira Costa, filho

legítimo de José Nicolau Regueira Costa, natural da Província de Pernambuco, com dezeseis

annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na

Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava

inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o

presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Franca

João Baptista Regueira Costa

1863

1° Termo

Ao 31 dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e três na Secretaria do Lyceu

d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Manoel Juvenal Rodrigues da Silva, filho

legítimo de José Pedro Rodrigues da Silva natural d´esta cidade com dezenove annos de idade;

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca

Manoel Juvenal Rodrigues da Silva

Aos vinte e quatro dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e três na

Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Guilherme Rogers filho

legítimo de Ricardo Rogers natural desta cidade com vinte e um annos de idade; e apresentou

despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como

requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca

Guilherme Rogers

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107

1864

Aos dez dias do mez de maio de mil oitocentos e sessenta e quatro na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Hamilton, filho de João

Hamilton, natural d´esta cidade, com ______ annos de idade; e apresentou despacho do Sr.

Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua

petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e

duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo

Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca

João Hamilton

1865

Aos doze dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João da Silva Guimarães Ferreira,

filho legítimo de Joaquim da Silva Guimarães Ferreira, natural d´esta cidade, com 21 annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos A. Monteiro da Franca

João da Silva Guimarães Ferreira

Ao trinta e um dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio de Souza Gouveia Filho,

filho legítimo de Antonio de Souza Gouveia, natural d´esta cidade, com ______ annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos A. Monteiro da Franca

Antonio de Souza Gouveia Filho

Ao oito dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Pedro Baptista Gonsalves,

natural d´esta cidade, filho legítimo de Luis de França Gonçalves, com ______ annos de idade;

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

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108

Carlos A. Monteiro da Franca

Aos vinte e um dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco José Meira, filho

legítimo do falecido Dr. Balduíno José Meira, natural d´esta cidade, com 21 annos de idade; e

apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,

como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago

imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle

assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Franca

Francisco José Meira

1866

Aos trinta e um dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e seis na Secretaria

do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Alexandrino Ribeiro

Lima, filho legítimo de Antonio Alexandrino Lima, natural d´esta cidade, com ______ annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos A. Monteiro da Franca

Antonio Alexandrino Ribeiro Lima

Aos treze dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e seis na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Eugenio Augusto de Magalhães

Silva, filho legítimo de Frederico Augusto Neiva, natural d´esta cidade, com ______ annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos Auxencio Monteiro da Franca

1867

Aos quatro dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e sete na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Joaquim de Vasconcelos,

filho legítimo de João Francisco de Vasconcelos natural d´esta Provincia, com ______ annos de

idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

109

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos A. Monteiro da Franca

Antonio Joaquim de Vasconcellos

1868

Aos treze dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e oito na Secretaria do

Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Maria Corrêa das Neves, filho

legítimo de Lindolfo José Corrêa das Neves, natural d´esta cidade, com ______ annos de idade;

e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de

Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a

verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,

que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública

Carlos A. Monteiro da Franca

1845

● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte15

Decreta

Título Primeiro

Despesa Provincial

Art. 1º - O presidente da Província é autorizado a despender do 1º de Janeiro a 31 de

Dezembro de 1845 a quantia de Rs.......................................................................... 104:296,805

§ 4º Com o Lyceo desta cidade, e seu expediente .........................................................6:96,800

§ 5º Com três cadeiras de latim nas Vilas do Brejo de Areia, Pombal e Sousa...............1:200,000

§ 6º Com ordenados e gratificações à professores, e professoras de 1ªs Letras, e alugueis, de

casa para as aulas de meninos da cidade alta e baixa...................................................... 9.754,00

[...]

§ 27º 3$200 réis pela matrícula dos estudantes do Lyceu.

15

N.O.: Documento encontrado na caixa de 1844 como projeção orçamentária para 1845

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110

● 2ª Secção – Guerra

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Havendo Sua magestade O Imperador concedido licença ao Cadete das companhias

Provisória de linha dessa Província José d’Avila Bitancourte Vieira, para regressar ai, e estudar

os preparatórios necessarios para poder-se matricular na Escola Militar: assim o comunico a

Vossa Excelência na inteligencia de que o mencionado cadete, fica obrigado aos exercícios, e

paradas do Corpo. Deus Guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 5 de março

de 1845.

Jeronimo Francisco Coelho

Ilmo. Presidente da Província da Parahyba

Acc. Em 10 de abril de 1845 _______

[no verso]

Cumpra-se, e registre-se. Palácio do Governo da Parahyba 8 de abril de 1845.

_________Campos.

● Batalhão de Guarda Nacional do Município da Villa do Catolé do Rocha da Província

da Parahyba do Norte.

Proposta que tenho a honra de fazer subir a presença do Exmo Senhor Presidente da

Província em virtude da Lei Provincial de 14 de março de 1837.

[...]

Para o posto de Promotor proponho a Plácido

Francisco de Assis Andrada

Hé criador, fazendeiro Professor particular

de Latim, e guarda 2ª Companhia

[...]

Para o posto de Alferes Secretario proponho a

Antonio Gomes Monteiro

Hé criador fazendeiro tem bastante

instrucção e é guarda da 5ª companhia.

[...]

Companhias

Para Capitão da 4ª Companhia proponho a

Joaquim Gomes de Farias

Hé proprietário tem bastante instrução e é

guarda da mesma companhia.

[...]

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

111

Quartel do Batalhão de Guarda Nacionais da Villa do Catolé do Rocha em 14 de

abril de 1845.

Tenente José de Sá Cavalcante

Coronel Comandante do Batalhão.

● Mande Vmce pagar a importancia da incluza Folha da despeza do Lyceu feita no

próprio mez..

Deus guarde a Vmce do Governo da Parahyba. 4 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Portaria ao Thezouro em

5 ______.

Ilmo. Sr. Inspetor Interino da Administração das Rendas.

● Autorizo a mandar fazer o pagamento dos vencimentos que tiverão os Professores de 1ªs

Letras das Vilas do Brejo d’Areia, Alhandra e da Povoação do Cruz do Espírito Santo, no mez do

ano passado, segundo sua requisição, feita em 2 do corrente.

Deus guarde a Vmce Palácio da Presidência da Parahyba, 7 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Senhores Inspetores e Instrutores da

Administração de Rendas Provinciais.

● Pode Vmece mandar pagar os vencimento do Cirurgião Mor Diretor da Vaccina, dos

professores de 1as Letras do Brejo de Areia, e Alhandra, do Capelão da Ermida dos Pezos d’esta

Cidade, no mês de junho p.p. à professora de 1ª Letras da Cidade Alta, e ao Professor da Serra

da Raiz, de março a junho e a Camara Municipal d’esta cidade a sua ordinária correspondente

ao mês de junho próximo passado.

Deus guarde a Vmce Palácio da Prezidência da Parahyba, 7 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Snr. Inspector Intro da Admam de Rendas Provinciais.

● Autorizo a Vmce como requisitou em seu ofício de 5 de corrente, nº 129 a mandar efetuar o

pagamento dos vencimentos dos professores de 1as Letras de Pombal, Cabaceira e Pilar, em

cujo pagamento, como em todos os mais que por essa Repartição houveram de ter logar de

ordenados, atrasados para que houver quota destinada, Vmce. determinará que se faça por

prestações logo que excederem a três os mezes de ordenados vencidos tendo nisso atenção ao

estado do cofre e quantia do ordenado.

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112

Igualmente o autoriso mandar pagar a viúva de João Roiz Chaves a quantia de quarenta

e dois mil seiscentos e sessenta e seis réis vencida pelo dito seu falecido marido no mez de

novembro de 1842 na qualidade de Inspetor Interino dessa Admao, e a Antonio Henriques

d’Almeida e de quarenta e sete mil e trezentos réis de apontamentos e protestos de letras

vencidas pertencentes a essa Admao.

Deus Guarde a Vmce Palácio do Governo da Parahyba, 7 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Snr. Inspector Interino da Admao de Rendas Provinciais.

● Tendo sido removidos para assim requererem para a Villa de Pombal o professor de 1ª

Letras da Villa de Piancó Antonio de Holanda Cavalcanti e para estes e d’aquela Estevam

Coelho de Mello, o que se verifica por Despacho d’esta Presidencia de 7 do corrente assim

comunico a Vmce para que n’este sentido faça as necessarias clarezas no assentamento

respectivo.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba em 10 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Portaria para a contadoria

em 12 de julho de 1845.

Sr. Inspector da Administração de Rendas.

● Tendo nesta data ordenado ao Professor interino de 1ªs Letras de Vmce de S. João Felix Jozé

Pereira a suspensão de seu exercicio, e do vencimento, visto ser-lhe dificultoso a continuação

em conseqüência da grande seca que tem sofrido aquela Vila conforme me representa

devendo continuar o mesmo exercício e a perceber os vencimentos logo que cessar a seca e a

______ concurso de peso.

Ponho nesta mesma data encarregado da fiscalização desse negocio a Camara ______ o

que lhe comunico por sua inteligencia.

Deus guarde a Vmce Palácio do Governo da Paraiba. 19 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Snr. Inspetor da Administração de Renda Provinciais.

● Conformando-me com o que Vossa Excelência ponderou em seu ofício de 17 do corrente nº

143, tenho determinado que a escola de 1as Letras da Cidade Baixa seja removida para outra

casa cujo aluguel seja menos gravoza aos cofres publicos, e cuja situação seja mais comoda aos

que a frequentam. Dê portanto Vmce as providencias e ordens necessarias para que assim se

cumpra.

Deus Guarde a Vmce. Palacio do Governo da Paraíba, 19 de julho de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Snr. Inspetor da Administração de Rendas Provinciais.

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113

● Mande Vmce pagar ao Porteiro do Lyceo Gervazio Victor da Natividade a quantia de mil reis

importancia das despezas feita no mesmo Lyceo no mez de julho findo.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahiba 4 de agosto de 1845.

Frederico Carneiro de Campos.

Sr. Inspector da Administração de Rendas Provinciais.

● Havendo esta Presidencia em data de ontem concedido tres mezes de licença sem

vencimento ao Professor de 1as letras da Vila de Catolé do Rocha, Jozé Torquato de Sá

Cavalcanti, assim o comunica à Vmce por sua inteligencia. A licença concedida deve principiar a

contar-se do 1º de setembro vindouro em diante: n’este sentido pois mandará fazer as verbas

precizas.

Deus Guarde a Vmce Palacio da Presidencia da Parahyba, 14 de agosto de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Comunicou-se a contadoria em 18 de agosto

Snr. Inspetoria d’Administração de Rendas Provinciais.

● Atendendo ao que me representou o Professor de 1ªs Letras da Vª de Patos Francisco

Herculano de Medeiros. Tendo-lhe nesta data concedido tres mezes de Licença com metade

do respectivo ordenado.

Nesta inteligência Vmce mandará proceder as verbas do costume.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba – 16 de agosto de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Snr. Inspector da Administração das Rendas Provinciais.

● 1ª Secção Guerra Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Sua Magestade o Imperador atendendo ao que lhe representou o Tenente reformado

Manuel Antonio Marinho Falcão, cujo requerimento acompanhou o seu ofício nº 73 de 27 de

julho ultimo ha por bem conceder-lhe a graça pedida de lhe ser abonado pela pagadoria militar

da Província de Pernambuco, para subsistência de seu filho matriculado no Curso Jurídico de

Olinda, o saldo da sua patente, devendo para esse fim V. Excelência ordenar que a mencionada

pagadoria seja remetido a guia do suplicante.

Deus guarde a V. Excelência. Palacio do Rio de Janeiro em 18 de agosto de 1845.

Antonio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti d’Albuquerque

Sr. Presidente da Província da Paraíba.

Cumpra-se e registre-se. Palácio do Governo da Paraiba 12 de setembro de 1845.

Ass

ina

___

___

de

____

__

18

45

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114

Comunico a Vmce- para sua intelligencia e para que mando proceder as verbas necessarias, que

tenho, concedido as seguintes licenças do Professor de 1as Letras da Cruz do Espírito Santo

Raimundo Primo Cavalcanti em 21 de junho do corrente ano quinze dias com vencimento a

contar de 23 do mesmo mez em 1º do corrente mais 15 dias seus vencimentos ao professor:

de 1as Letras da Villa de Piancó Estevam Coelho de Mello em 24 de julho trinta dias com

vencimentos em 25 do corrente sessenta sem vencimentos ao professor de Latim da Vila de

Souza Amaro Gomes dos Santos em data de ontem dois mezes sem vencimento.

Deus guarde a Umce Palácio do Governo da Parahyba 27 de agosto de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Com vencimentos de Contadoria em 28 de agosto de 1845.

Sr. Inspector da Administração de Rendas Provinciais.

● Comunico a Vmce para sua inteligência e para que mande proceder as verbas necessarias,

que tenho concedido as seguintes licenças ao professor de 1ªs Letras de Cruz do Espirito Santo

Raimundo Primo Cavalcanti em 21 de junho do corrente ano quinze dias com vencimento a

contar de 23 do mesmo mez em 1º do corrente mais 15 dias sem vencimento ao professor de

1ªs Letras da Villa do Piancó Estevam Coelho de Mello em 24 de julho tinha dias, com

vencimento em 25 do corrente sessenta sem vencimento ao Professor de Latim da Vila de

Souza Amaro Gomes dos Santos em data de ontem dois meses sem vencimento.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba de 27 de agosto de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Com vencimento de

Contadoria em 28 de agosto de 1845

Sr. Imspetor da Administração de Rendas Provinciais.

● Tendo nesta data concedido a demissão que pediu Romualdo Primo Cavalvante do Profo de

1as Letras da Cruz do Espirito Santo assim o comunico a Vmce para sua inteligencia.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Proa de 2 de Setembro de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Portra. a Contadoria

Snr. Inspector da Adm.no de Rendas Prov.a

● Mande Vmce ajustar contas, e pagar o que se deve de seus ordenados ao ex.professor 1ªs

Letras ______ do Lyceo d’esta Cidade Joam Gomes de Almeida.

Fique Vmce na inteligencia que tenha concedido ______ licença por 30 dias ao

Escriturario desta Admam Manoel Deodato d’Almeida ______ ______ a correr do dia 11 do

presente mez.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo na Paraiba, 12 de setembro de 1845.

No verso

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115

Comunicou-se a Contadoria e Thesouraria parte da 2ª Contadoria - em 15 de setembro

de 1845.

Senhor Inspetor da A Adm.am de Rendas Provinciais.

● Tendo nesta concedido ao Professor de 1ªs Letras da Povoação d’Alagoa Nova, Jozé Soares

Alves de Almeida sessenta dias de licença sem vencimento a principiar do dia 21 do corrente

em diante, assim lhe comunico para sua inteligencia.

Deus Guarde a Vmce Palácio do Governo da Parahyba 16 de setembro de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Snr. Inspector D’Admam de Rendas Provinciais.

● Comunica-lhe por sua inteligencia que em data de 16 do corrente concedi cincoentas dias de

licença com metade dos seus vencimentos ao Professor de 1as Letras Bernardino José ______

Limeira devendo contar-se do dia 18 do corrente em diante.

Deus Guarde a Vmce Palacio da Presidencia da Parahyba 20 de outubro de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Portaria a ______

______ 21 de ______

Snr. Inspetor d’Admam de Rendas Provinciais.

● Mande V. Eª. ajustar contas ao substituto que foi do Lyceu d’esta Cidade Jozé Lourenço

Meira de Vasconcelos, que por Portaria de hontem foi dimitido por assim o haver requerido.

Deus Guarde a V. Eª Palacio do Governo da Paraiba.

22 de outubro de 1845

Frederico Carneiro de Campos

Snr. Inspector da Admam de Rendas Provinciais

● Comunico a Vmce para sua inteligencia que por Despacho de ontem concedi sessenta

dias de licença sem vencimento ao Professor de primeiras letras da Vila de Piancó Estevão

Coelho de Mello.

Deus Guarde a Vmce Palacio do Govêrno da Parahyba em 25 de outubro de 1845.

Comunicou-se a

Contadoria em 27 de outubro

Frederico Carneiro de Campos

Snr. Inspector da

Administração de Rendas.

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116

● Manda VExe pagar o porteiro do Lyceu d’esta cidade Gervazio Victor da Natividade a quantia

de mil novecentos e oitenta das despezas que fez no mesmo Lyceu durante o mez de

Setembro findo.

Deus Guarde a VExa. Palacio do Governo da Paraiba – de outubro de 1845.

Frederico Carneiro de Campos

Portaria de pagamento em 6 de abril de 1845.

Snr. Inspector da Admam de Rendas Provinciais.

1846

● Ilmo. Exmo. Snr.

Sua majestade o Imperador manda remeter a Vossa Excelência a inclusa cópia do Termo

que assignou na secretaria do Polícia desta Corte, José Feliciano Dias da Costa com collégio

particular de meninos e meninas na Povoação do Sabão nº 164. E há por bem que V.

Excelência espeça os mais terminantes ordens as Authoridades Policiais em todas as partes

dessa Província afim de que jamais consintão que o dito José Feliciano Dias da Costa abra

Collegio Casa de Educação de qualquer outro estabelecimento, seja com que titulo for, onde

houver passo aluno educados ou titulandos, que sua guarda ou direcção estejam confiados,

devendo as referidas Autoridades, no caso de infração do Termo, proceder logo contra o

mencionado Jose Feliciano pela maneira ali indicada.

Deus guarde a Vossa Exc. Palácio do Rio de Janeiro em, 13 de janeiro de 1846.

Manuel ______ Branco

Snr. Presidente da Província da Parahyba.

● Ilmo e Exmª Snr.

Liceu

40

No dia 2 do corrente lugar da abertura do Lycêo. Acharão-se presentes a este acto todos

os Professores actuaes. Logo depois da leitura e aprovação da acta da sessão antecedente fez-

se a publicação dos Estatutos remetidos por V. Excia que farão acolhidos pela Congregação com

respeito e reconhecimento.

Concluídos os trabalhos que fizerão o objeto da reunião, recitei o discurso que incluso

remetto a V. Excia, o qual não é em verdade prescricto por Lei, mas tal tem sido a prática,

entendi dever continuar, pois que concorre para tornar mais solemne o acto da abertura geral

do Lyceo.

Remetto tambem a relação dos Alumnos matriculados até o presente em todas as Aulas

do Lyceo em numero não inferior ao dos matriculados o anno proximo findo.

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117

Os trabalhos das Aulas seguem sem curso regular, interrompidas as lições na 2ª cadeira

por se acharem o actual substituto regendo a 1ª cujo Professor proprietario está gravemente

infermo. Esta interrupção tem de durar pouco, pois que me consta que o substituto

ultimamente nomeado chega breve e será encarregado de continuar as licções na 2ª cadeira.

Vai igualmente a folha das despezas do mez findo a fim de V.Excia expediu a ordem

precisa para ser paga na Repartição competente.

He aqui ocorre comunica a V.Excia a quem reitero os meus protestos de respeito, estima

e obediência.

Deus guarde a V. Excia, Lyceo 13 de março de 1846.

Ilustríssimo, Exmo. Snr. Presidente Coronel Frederico Carneiro de Campos. Presidente

desta Província.

Manreque Victor de Lima

Director

Relação dos Alumnos matriculados no Lyceo no corrente anno de 1846.

1ª Cadeira de Latim

1. Hermínio Jose Pereira

2. João Licinio Velloso

3. Simplicio Narciso de Carvalho

4. Feliciano Jose Lopes

5. Jose Antonio Baptista Junior

6. Olegário Selecto Cirne

7. Leonardo Bizerra Cavalcanti Junior

8. Claudiano Bizerra Cavalcanti

9. Adelino Bizerra Cavalcanti

10. Antonio Bizerra Cavalcanti

11. Domiciano Nunes de Souza Rangel

12. Augusto Cavalcanti d’Almeida e Albuquerque

13. Epiminondas de Souza Gouvêa

14. Francisco Serafim de Miranda

15. Filippe da Cunha Ribeiro

16. José Bento dos Passos Lima

17. Antonio José de Souza

18. Antonio José de Rodrigues Chaves Junior

19. Joze Rodrigues Chaves

20. Henrique Agnello Brayner

21. Manoel de Moura Rezende Junior

22. Severiano Tranquilino de Lima

23. Plinio Augusto Cavalcanti de Albuquerque

24. Francisco Clementino de Vasconcelos

25. Francisco Antonio da Costa

26. José d’Oliveira Diniz

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118

27. Antonio Paulino Delfim Henriques

28. Luiz José d’Oliveira Diniz Jr.

29. João Jose Ferreira França

30. Luis Francisco Vasconcelos

31. Antonio Teixeira de Vasconcelos

32. João Monteiro de Franca e Vasconcelos

33. Francisco Antonio Gonçalves de Medeiros

34. Antonio Henriques d’Almeida Jr.

35. Francisco Jose Delfino da Silva

36. Jose Martins da Silva

37. Antonio da Cunha e Vasconcelos

38. Manoel da Fonseca Souza

39. Vicente Ferreira da Costa

40. Feliciano Jose Coelho

41. Amaro Gomes Coutinho Cezar

42. Jose Luiz Pereira

43. Joaquim Ignácio de Lima

44. Frederico Justo d’Almeida e Albuquerque

45. Alvaro Nestor d’Almeida e Albuquerque

2ª Cadeira de Francez

1. Vicente Borges Gurjão

2. João Luiz Rangel Jr

3. Joze Vicente Pereira de Carvalho

3ª Cadeira de Rethorica

1. Adelino Antonio de Lima Ferreira

2. Mathias da Gama Cabral de Vasconcelos

3. Leocadio Rodrigues Chaves

4. João Rodrigues Chaves

5. Francisco Joze Maia Jr.

6. Angelo Baptista Avandano

7. Julio da Costa Lima

8. Francisco Xavier de Andrade Jr.

4ª Cadeira de Philosophia

1. Antonio Manuel de Medeiros

2. Belarmino Peregrino da Gama e Melo

3. Luiz da França de Souza Falcão

4. Francisco Lucas de Souza Rangel

5. Joze Lucas de Souza Rangel Jr.

6. Joze Lourenço de Souza Pinto

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119

7. Joze Carneiro Monteiro

8. João Luiz Rangel Jr.

9. João Joze Pacheco de Arajão

10. João Baptista de Carvalho

11. Joze Maria Xavier d’Almeida

12. Joze Feliciano Correia de Cabral

5º Cadeira de Geometria

1. Joze Tarcino Monteiro de Melo

2. Feliciano Baptista Monteiro de Melo

3. João de Malta Correia Lima

4. Luis da Veiga Pessoa Carneiro

5. Thomaz Fluminense Bandeira Xavez

6. Joze d’Avila Bitancourt e Neiva

7. Francisco Antonio Fernandes Jr.

8. Francisco Pinto Pessoa Cezar

9. Joze Soares e Neiva.

Lyceo, 02 de março de 1846.

Secretario

Claudiano Joaquim

● Discurso recitado no dia da abertura do Lyceo 2 de março de 1846.

Em consequencia do disposto no Artigo 1 da Resolução de 11 de septembro do anno

passado havendo a Directoria do Lyceo recaido a num como professor mais antigo, vi-me

revestido deste cargo devo falar-vos com franqueza, não sem huma satisfação extrema, não

tanto por ter a presunção extrema de desempenhar satisfatoriamente os devers difficeis

ligados ao lugar que ocupa o de chefe de um dos mais importantes Estabelecimentos da

Província, e muito menos ainda pelo prazer tão doce a tanto de ocupar huma posição que lhes

dá alguma preminência entre seus iguais, como unicamente pela persuassão de que podia ser

d’alguma utilidade, ainda que medíocre do Lyceo. Talves os impulsos de meu coração, os meus

bons desejos tenhão sido nessa ocasião mais consultados, como creio do que a possibilidade

de os levar a effeito, talves me tenha enganado, mas meu erro não deve depreciar ao menos a

pureza e retidão de minhas intenções favoráves.

Entretanto alguns melhoramentos se tem realisado, eu não tenho a pretensão de as

referir a num só, como seu único autor, não, bem pelo contrário; alguns tem partido de vós

mesmos, por vós mesmos tem sido propostos, outros tem emanado espontâneamente do

governo da província possuído, como não tem cessado de dar-me reflectidos demonstrações

do desejo mais constante e mais solhato de collocar o Lyceo na ponta de ellevação que

corresponde a alta característica de sua missão ao duplo fim de cultivar o espírito, e formar o

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coração da mocidade, eu não tenho feito se não solicitá-los com aquelle empenho e diligência

que serão seguramente desenvolvidas para qualquer de vós em maior grau e com aquelle

interesse que deve naturalmente animar a hum empregado antigo, cuja carreira tem sido toda

consagrada e sem partilha, as funções do magistério, e que nenhuma outra espécie de glória

mais ambiciosa do que ver solidamente firmada a reputação nascente e progressiva do Lyceo.

As alterações ultimamente operadas irão imperiosamente exigidas pelos mas instantes

necessidades, esta corporação se achava, em consequência d’algumas disposições que

felizmente estão derrocadas colocadas no mais humilhante situação ella tenha sido despojada,

já não digo daquelas immunidades, prerrogativas e vantagens que mesmo no interesse da

instrução pública lhe são garantidas nos países civilisados, maes, causa notável! até mesmo do

que se não recusa ao menor Empregado da mais insignificante Estabelecimento ou Repartição

Pública. Pra que referimos exemplos, citar-vos e disposições que ainda estão mui vivas nas

lembranças de todos? Um sentimento de inconmesurado effeito de medidas excessivamente

coercitivas, não menos injustas que inúteis e degradantes comprimia o nosso espírito d’hum

modo que só a mais resignada paciência podia suportar não ousamos alçar o vós para

advogarmos a nossa própria causa, um tímido receio no-lo embargava maes a nossa situação

era tão extraordinariamente nova tão singularmente estranha que chegou a revoltar as

pessoas maes indiferentes. Alguns artigos forão sucessivamente alterados, professarão por

modificações que temperarão algum tanto o seu rigor excessivo e pouco a pouco fomos saindo

da obsessão em que se nos havia lançado, fomos como que renascendo na ordem civil na qual

parecia querer se provar-nos de vida.

Hoje possui este Estabelecimento huns Estatutos, não perfeito (e que obra sendo do

homem, se pode refutar tal!) mais inconstetavelmente muito melhoradas. O que há de

melhor, de mais vantajoso e aproveitável nos Estatutos que nos região foi adaptado; algumas

outras disposições forão rejeitados, isto he aquella contra as quais a razão, o tempo e a

experiência se tenhão decalrado; muitas outras e mui importantes forão acrescentadas, e

deste modo se não temos hum regimento completo em que tudo tenha sido previsto e

providenciado, em huma palavra, que nada deixam a desejar, ao menos teme-lo tal qual

comportão as circunstâncias atuais, sem que se tenhão omitido medida alguma fundamental

daquelas mais urgentemente reclamados.

Votemos sinceros agradecimentos do Governo da Província pelos seus constantes

esforços, por huma vontade que parece não abandoná-lo hum só instante de dar toda

consideração ao Lyceo, de torna lo um Estabelecimento respeitável, como aquelle de que

devem derivar-se as mais importantes vantagens para a Província a que de mais serve

ornamento e decoro. Mil graças, Senhores, ao protetor das luses, à aquelle que os honrar,

honrandos os que as cultivam. De que modo podemos melhor testemunhar o nosso presto

reconhecimento do que entregando-nos nesta ocasião solene as effusões ingenuas do nosso

coração? Que elogios mais puros, mais dignos, mais merecidos do aqueles que não são

arrancados pela violência, não são ensinados pelo lisonja nem aconselhados por hum calculo

vil e que são o escocto e fiel expressão dos sentimentos unanimes d’huma coorporação

destincta, cujos membros tem dado em todas as ocasiões as provas mais decisivas do seu

caracter elevado e independente?

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Como vosso companheiro, como quem item de partilhar todos os vossos trabalhos, de

receber o valioso auxílio dos vossos conselhos é, para mim um objecto do mais vivo

contentamento a presente reunião. Entramos hoje senhores, no período anual de nossas

fadigas literárias, este dia memorável, tão fausto, tão aprazível deve ser saudado em cânticos

de alegria, com os mais entusiásticos aplausos! De que bem não he elle augem!... Perguntou a

essa mocidade tão viva, tão mimada, tão cheia d’ardor e de esperança qual o motivo da

satisfação que se manifesta em seu semblante? Ou antes senhores interrogai a vós mesmos.

Quem de vós na situação em que elles se achão não sentiu tão bem as mesmas emoções que

elles hoje sentem? Então pensáveis vós, e pensáveis bem que na carreira de ilustração em que

vós vieis empenhar-vos não haveria honras, dignidade, grandeza, celebridade e finalmente

espécie alguma de glória que se não podesse tornar o objecto de vossas aspirações. O futuro

não era para vós um ser metafisico meramente possível, a previdência vos fazia gozar

antecipadamente como d’huma causa real de todos os bens que huma imaginação brilhante

finge e que as esperanças nutre.

Hoje os mesmos pensamentos os ocupão, as mesmas esperanças os animão. E não

pensamentos vãos hum ilusórias. A cultura das ciências e das letras he a origem fecunda dos

bens mais preciosos e ao mesmo tempo mais solidos e mais duradouros. O tempo e as

adversidades tudo destroem, a fortuna zomba de tudo, a sabedoria só domina sobre tudo;

sem ella a felicidade dos particulares, o poder das nações a gloria dos monarcas tem um brilho

ephemero, possão, como a sombra, sem restar, o mais leve vestígio; e a grandeza mais

colossal sem seu apoio está inevitavelmente esposta a absmar-se, finalmente contra ela, a

mesma força do destino he impotente, por que o destino impera tanto cauzas e dos

acontecimentos a sabedoria que tudo prevê, calcula e dirige.

Ao principiarmos os nossos trabalhos, sres, não vos recomendo mais zelo, mais

diligencia, mais actividade no desempenho dos nossos deveres, maiores interesses pelo

adiantamento e progresso dos nossos alumnos; a vossa conduta nos anos anteriores, garante

ao publico e especialmente a mocidade cuja educação vós está confiada, a continuação dos

esforços que reproduzireis incessantemente no anno lectivo corrente a fim de que os vossos

trabalhos sejão profícuos, vosso lições eficazes, e segura o aproveitamento dos alumnos.

Ninguem, mais que vós, he interessado em manter e sustentar com hum brilho sempre

crescente a reputação que os nossos cuidados e deligência, tem adquirido este Lyceo, que

deve ser tão caro, tão precioso a nossos comprovincianos e especialmente a nós mesmo que

somos do amor mais viva pelas sciências e do gosto mais aprumado pelos bellas lettras e pela

litteratura.

Abramos senhores a esta mocidade a vida as fontes abundantes onde elles tem de

beber huma instrução sólida e educação culta, que molas com os nossos conselhos, com o

auxílio da nossa experiência e instrução pelo risonho das lettras a gloriosa templo da

sabedoria, prodegalezemos-lhe as nossas mais sollícitos cuidados, formando principalmente os

seus costumes, inspirando-lhes essa urbanidade, essa ______ e doçura, que fazem a

amenidade da sociedade, seja a nossa dedicação tão decidida, o nosso empenho em ilustra-los

tão ardente. tão perseverante, que lhes seja impossível esquecer jamais o que de apreciável

devem a este. Estabelecimento, que em qualquer cidade ou situação em que ______ O futuro

se achem collocados, sejam sempre dominados d’hum sentimento de gratidão pelos desvelos

assíduos dos seus preceptores, de quem sempre lhes vos tem recordações agradáveis.

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122

Se desempenhardes a missão de que vos achaes encubidos, bem dóceis serão as vossas

recompensas! Que prazer mais delicioso, que satisfação mais pura do que ver elevados aos

cargos mais eminentes do Estado, ou celebrisados na republica das lettras, ou enfim

ennobrecidos por ações que as recomendem perante a posteridade, a homens cujos primeiros

passos ______ tenham sido guiados e esclarecidos por vós! o brilho de sua glória não parece

lançar-se sobre vós? ou ao menos não temos direito de reclamar huma parte dessa glória, para

que mais ou menos temos concorrido? Não nos enche de ufania a ter contribuido para formar

cidadão prestantes à Pátria? Sim, senhores he lisonjeiro! Todos nós sabemos que o concurso

da fortuna é necessário para formar os grandes homens, porem os heróis mais celebres, todos

tem tido preceptores não menos célebres; e a influência da educação sobre o caráter e as

acções dos indivíduos he huma desta verdades d’huma comprehensão tão fácil e tão genial,

que passo por hum axíoma mesmo entre as pessoas vulgar instrução. Porque Philippe de

Macedonia noticiando a Aristoteles o nascimento de Alexandre lhe dizia: Agradeço menos aos

deoses por me haverem dado, do que por ma concederem no tempo de Aristóteles? Philippe

comprehendia mui bem que por melhores que sejão as disposições com que nos tenha dotado

a natureza, ellas são no decurso da vida, ou alteradas, ou suffocadas, se huma boa educação as

não cultiva, nutre e desenvolve.

Os nossos trabalhos, se abrem no corrente ano lectivo sob os mais felizes auspícios,

temos Estatutos que nos offerecem garantias de que estávamos privados, que são outros

tantos encorajamentos que nos animão na ardua tarefa de que estamos encarregados; a nossa

posição adquiria mais estabilidade e firmeza, não estamos como d’antes, n’huma espécie de

interinidade, que nos poderia ser funesta e que evidentemente não offerecia vantagem

alguma em favor da instrução que nos cumpre derramar achamo-nos consequentemente

revestidas daquelle grão de consideração que he indispensável, para que os nossos trabalhos

se desinvolvam mais livremente, com menos obstáculos e com mais profícuos e seguros

resultados; temos finalmente, senhores (e vos sabeis quanto isso importa) hum presidente que

não nos entrega ao abandono, que nos honra, nos considera, mas anima e que há feito o que

nas circunstancias actuais se poderia fazer em benefício deste Estabelecimento, posto que

esteja bem longe de haver sobre este ponto satisfeito a todos e os seus votos.

Se volvermos os olhos em torno de nós, o humo mocidade brilhante se nos apresenta

possuido do mais ardente desejo de instruir-se. Apresseme-nos, senhores, prestemos-lhes o

nosso auxílio no nobre empenho de escavarem a mina abundante das sciências, das artes e da

literatura os nossos trabalhos não serão sem fructos; tesouros incomparavelmente mais

preciosos do que os que encerram as minas de Golcondo e do Peru, ali se encontrarão; seja

para nós um título de glória que não pode e nem deve perecer os progressos e a reputação dos

nossos alumnos. Mostreme-nos finalmente dignos da confiança do governo que nos revestiu

do importante cargo de educadores da mocidade, do reconhecimento e estima dos nossos

concidadãos, e dos elogios dos vindouros.

Manrique Victor de Lima

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2ª Secção

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Sua Magestade o Imperador atendendo ao que lhe foi presente por parte do 4º Cadete

Feliciano Quintino Ladislao Henriques. Há por bem prorrogar lhe por mais um ano a licença

que obteve para frequentar os estudos do Liceu nessa província, ficando todavia obrigado as

formaturas gerais e exercicios da companhia a que pertence. O que comunico a Vossa

Excelencia para seu conhecimento e execução.

Deus guarde a Vossa Excelência

Palacio do Rio de Janeiro em 16 de maio de 1846.

João Paulo dos Santos Barreto

Senhor Presidente da Província da Parahyba do Norte.

Cumpra-se e registre-se, palacio do governo da Parahyba do Norte, 9 de junho de 1846.

______ Carneiro de Campos

● Ilmo e Exmo Snr.

N. 255

Satisfazendo ao despacho de Vossa Excelencia sobre a petição de Antonio Luiz de M.

Professor de 1as lettras da Vila de São Miguel da Baia da Traição devo informar que he verdade

que o suplicante obtiveram de Vossa Exc uma licença por 10 dias ______ o mês de janeiro do

corrente e não sem vencimento ______ V. Excia tem de comunicar a esta repartição; assim

como que elle não usara da mesma licença seguindo-se dependendo do attestado da

respectiva Camera municipal que contou os mesmos dez dias como de frequencia, pelo que

estou persuadido, que tem elle direitto do ordenado respectivo: não obstante, ordenará V.

Excia o que for servido. Deus guarde mui felizmente a V. Excia. Administrador das Rendas.

Provincia da Parahiba.

09 de novembro de 1846.

Ilmo e Exmo Snr. Coronel Frederico Carneiro de Campos

Presidente da Província

O inspector

José da Costa Maxado

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● MAPPA DOS ALUNNOS QUE FREQÜENTARÃO A AULA DE LATIM DO LYCEO

DESTA CIDADE NO MÊS D’ AGOSTO DE 1846

Nomes

Filiações

Natura- lidade

Matricula

Faltas

Observação

Dia Mez Ano

01 Herminio Joze Pereira Jozé Joaquim Pereira PB 14 Fev. 1846

8 Bom comportamento mas pouca aplicação

02 João Licinio Vellozo Antonio Joze Vellozo PB 16 “ “ 2 Idem e alguma applicação

03 Simplicio Narciso de Carvalho José Narciso de Carvalho PB 19 “ “ 1 Idem e aplicação

04 Feliciano Joze Lopes Antonio Lopes PB 21 “ “ 1 Idem, idem

05 Joze Antonio Baptista Junior Joze Antonio Baptista PB ” “ “ 1 Idem e alguma applicação

06 Olegario Selecto Cirne Silverio da Costa Cirne PB 25 “ “ 5 Idem mas pouca aplicação

07 Leonardo Bezerra Cavalcante Jr. Leonardo Bezerra Cavalcante

PB “ “ “ 2 Idem e aplicação

08 Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante Idem PB “ “ “ 9 Idem Idem

09 Adelino Candido Bezerra Cavalcante Idem PB “ “ “ “ “ “

10 Antonio Bezerra Carneiro da Cunha Jr. Antonio Bezerra Carneiro da Cunha

PB “ “ “ “ “ “

11 Domiciano Nunes de Souza Rangel Joze Lucas de Souza Rangel PB 26 “ “ 1 Idem mas pouco aplicação

12 Augusto Cavalcante D’Almeida Albuquer. Francisco Antonio D’Almeida Albuq.

PB “ “ “ 2 Idem e aplicação

13 Epaminondas de Souza Gouveia Ignacio de Souza Gouveia PB “ “ “ 1 Idem, idem

14 Francisco Serafim de Miranda Maria Magdalena PB “ “ “ 1 Idem, idem

15 Felippe da Cunha Ribeiro Antonio de Meirelles Peixoto

PB “ “ “ 3 Idem, mas pouca applicação

16 Joze Bento dos Passos Lima Jozé Antonio Lima PB “ “ “ 13 Idem, idem

17 Antonio Joze de Souza Leandro Joze de Souza PB “ “ “ 1 Idem, idem

18 Joze Rodrigues Chaves Trajano Joze Rodrigues Chaves

PB “ “ “ Idem, idem

19 Antonio Joze Rodrigues Chaves Idem PB “ “ “ Idem, idem

20 Henrique Agnello Brayner Joana Martins Buriz PB “ “ “ 1 Idem e alguma aplicação

21 Manuel de Moura Resend Jr. Manuel de Moura Resende PE “ “ “ 2 Idem e applicação

124 125

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Continuação da Tabela anterior. 22 Severiano Franquilino de Lima PB 27 “ “ 6 Idem mas pouca aplicação

23 Plínio Augusto Cavalcante de Albuquerque

Diogo Velho Cavalcante PB “ “ “ 1 Idem e applicação

24 Francisco Clementino Vasconcelos Chaves Joaquim Gonçalves Chaves PB “ “ “ 15 Idem, idem

25 Francisco Antonio da Costa Antonio de Deos da Costa PB “ “ “ 3 Idem, idem

26 Joze d’Oliveira Diniz Luiz Jozé d’Oliveira Diniz PB “ “ “ 14 Participou no dia 22 que não continuava mais

27 Antonio Paulino Delfino Henriques Jozé Thomaz Henriques PE “ “ “ 4 Bom comportamento e applicação

28 Luiz Joze d’Oliveira Diniz Jr. Luiz Joze d’Oliveira Diniz PB “ “ “ 1 Idem, alguma applicação

29 João Joze Ferreira França Pais incógnito PB “ “ “ 1 Idem, idem

30 Luiz Francisco de Vasconcellos Joze Teixeira de Vasconcellos

PB 28 “ “ 7 Idem, mas pouca applicação

31 Antonio Teixeira de Vasconcellos Idem PB “ “ “ 3 Idem, idem

32 João Monteiro de Franco e Vasconcellos Idem PB “ “ “ 5 Idem e applicação

33 Francisco Antonio Gonçalves Medeiros João Gonçalves de Medeiros PB “ “ “ 1 Idem, e applicação

34 Antonio Henriques d’Almeida Jr. Antonio Henrique d’Almeida PB “ “ 3 Idem e alguma applicação

35 Francisco Joze Delfino da Silva Antonio Joze da Silva PB “ “ 1 Idem e applicação

36 Jozé Martins da Silva Joanna Maria PB “ “ 1 Idem e alguma applicação

37 Antonio da Cunha e Vasconcellos Francisco Xavier de Andrade PB “ “ 1 Idem e applicação

38 Manuel da Fonseca e Souza Idem PB “ “ 1 Idem, idem

39 Vicente Ferreira da Costa Francisco Ferreira de Paula PE “ “ 1 Idem, idem

40 Feliciano Jozé Coelho Amaro Jozé Coelho PB “ “ 1 Idem, mas pouca applicação

41 Amaro Gomes Coutinho e César João Nepomuceno César PB “ “ 4 Idem, idem

42 Joze Luiz Pereira Antonio Luiz Pereira PB “ “ 1 Idem e aplicação

43 Joaquim Inácio de Lima Claudino Victor de Lima PB 3 Março “ 7 Idem idem

44 Frederico Justo d’Almeida Albuquerque Jozé Ponciano Gomes de Mello

PB “ “ “ 6 Idem e alguma applicação

45 Alvaro Nestor d’Almeida e Albuquerque Idem PB “ “ “ 3 Idem mas pouca applicação

46 Joaquim Jozé de Faria Jr. Joaquim Joze de Faria PB 18 “ “ 3 Idem e alguma applicação

47 Theofilo Olegario de Faria Idem PB “ “ “ 7 Idem, idem

48 Francisco Jozé do Rosário Jr. Francisco Joze do Rosário PB 23 “ “ 1 Idem, idem

49 Francisco de Assis da Silva Joanna Maria PB “ “ “ 21 Faltou todo mez

126 127

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Continuação da Tabela anterior. 50 Francisco Xavier de Medeiros Antonio Manuel d’ Silva

Medeiros PB 28 “ “ 1 Bom comportamento e aplicação

51 Jozé Geraldo Gomes Joze Geraldo Gomes PB 30 “. “ 1 Idem e alguma applicação

52 Feliciano Lautino Ladislau Henriques Joze Thomaz Henriques PB 32 Junho “ 4 Idem e applicação

Lyceo 4 de Septembro de 1846

Severiano Antonio da Gama Mello

● Mapa dos Alumnos que frequentarão a aula de Philosophia do Lyceo desta cidade no mes de julho de 1846

Nomes

Filiação

Natura- lidade

Matrícula

Faltas

Observação

Dia Mês Ano

01 Luiz de França de Souza Falcão Maria Roza de Jesus PB 16 Fev 1846 Bom comportamento e aplicação

02 Antonio Manoel de Medeiros Manoel de Medeiros PB 25 ‘’ “ Idem, idem

03 Belarmino Peregrino da Gama e Mello José de Mello Muniz PB 26 “ ‘’ 1 Idem, idem

04 José Lucas de Souza Rangel Jose Lucas de Souza Rangel PB ‘’’ “ “ Idem, idem

05 Francisco Lucas de Souza Rangel Idem PB ‘’’ “ “ Idem, idem

06 José Lourenço da Silva Pinto João Pinto Monteiro e Silva PB 27 “ “ Idem, idem

07 José Carneiro Monteiro Marcos Antonio Carneiro Monteiro PB ‘’’ “ “ 8 Idem, idem

08 João Luis Rangel Junior João Luiz Rangel PE ‘’’ “ “ 2 Idem, idem

09 João José Pacheco d’Aragão Henrique José Pacheco d’Aragão PB 28 “ “ Idem, idem

10 João Baptista de Carvalho José Theotonio de Carvalho PB ‘’’ “ “ Idem, idem

11 Jose Maria Xavier d’Andrade Francisco Xavier PB ‘’’ “ “ Idem, idem

12 José Feliciano Correia Cabral Antonio Correia Cabral PE ‘’’ “ “ Idem, idem

CIDADE DA PARAHYBA 03 DE AGOSTO DE 1846

Rufino Cláro ______ da Costa Machado

Substituto em exercício na aula de Philosophia

129 128

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● Illmo e Exmo Snr.

N 304

Informando à V. Exª sobre o que requer. Maria das Neves Manoela de Mello. Professora

de 1as letras do Varadouro, cumpre-me dizer, que he verdade, que a Suplicante apenas se acha

paga de seu ordenado relativo a quatro meses do corrente ano, e que nas mesmas

circunstâncias, e talves piores. estão os demais Empregados da Provincia com excepção dos da

Secretaria, Administração de --- de Primeiras letras e Lyceos, que já forão pagas do mês de

Maio e os oficiais do Corpo de Policia, a quem ultimamente mandei pagar o mês de Setembro.

A suplicante tem o ordenado de 460$000 reis, e lhe foi dado, atendendo-se, que ela tinha de

pagar o aluguel da casa; em que houvem de dar aula, pois que antes, quando este encargo

pertencia ao Cofre Provincial, o seu ordenado apenas era de 400$000 res.

Hé isto o que tenho de informar sobre opredito requerimento, que devolvo a V. Exª; a

fim de que haja de deferir como julgar de ______

Deus guarde mui felismente a V. Exª. Administração da Primeiras letras da Província da

Paraiba, 11 de Dezembro de 1846.

Ilustríssimo e Exmo Dr. Tenente Coronel Frederico Carneiro de Campos

Presidente da Provincia

● Procuradoria Fiscal das Rendas

Ilmo Sr.

Acerca da duvida, constante do officio que V. Senhoria dirigio ao Ilmo Sr. Presidente da

Província, em 28 do mês passado, e que em virtude de ordem do mesmo ______

Quanto aos professores e professoras de instrução primária, estando, tanto estas como

aqueles nas mesmas circunstâncias, que os vigários, cabe-lhes justamente as observações, que

a respeito destes venho de apresentar, cumprindo-me, porém, notar, que pelo art. 21 dos

Estatutos das Aulas de primeiras letras, firmados em 6 de maio de 1837, o ano letivo acabara

em 6 de dezembro, e no dia imediato começaram as férias que duravam até 15 de janeiro

seguinte. Nada obstante, assento que a disposição daquele artigo muito bem se podia consiliar

com o preceito da lei de 28 de setembro de 1840, enviando os professores, e professoras os

mapas do Estado dos seus respectivos discipulos no ultimo dia do ano letivo. Não seguindo-se

um expediente, é fora de dúvida, que a disposição do art. 12 da precipitada lei seria sem afeito

e não rogava no mês de dezembro, não sendo possível que o legislador ______ ignorasse a

existência dos ditos Estatutos, e quisessem, que a disposição do artigo 21, prevalecesse contra

a do mesmo art. 12, ou ______

Em resultado é meu parecer que se não reconheço direito os parocos, professores,

professoras aos vencimentos dos meses de dezembro de 1840, e dezembro de 1841, sem que

______ Desses empregados que remeteram a presidencia os mapas requeridos pela lei de 28

de setembro de 1840, art. 12.

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Devolvo a V.Iº o seu oficio

Deus guarde a V. Exª Cidade da Paraíba.

22 de dezembro de 1846.

Ilmo Sr. dr. Jose Costa Machado Jr.

Inspetor d’Administração de Rendas provinciais.

O.P. Fiscal

Astolfo José Meira.

● Abono de Poderes16

Ilustríssimos Senhores Representantes da Província

O Padre Manoel Carvalho e Silva, Professor de 1.ª Letras da Vila de Patos, vem até vós

requerer sua aposentadoria, por não poder continuar no exercício do seu emprego, pelas

moléstias que sofre.

O suplicante foi provido na cadeira de 1as Letras da Povoação da Serra da Raiz, por

______, 1833 (documentos números 1) principiou a exercer o seu magistério no 1º de março

do mesmo, como ______ do dito documento, conservou-se no exercício de suas funções sem

interrupção, e sem que fosse argüido de falta de cumprimento de seus deveres, até que a Lei

Provincial n.º 12 de 20 de janeiro de 1846, suprimiu o cadeira em que o suplicante ensinava,

sem que lhe desse um destino, uma vez que contratando o suplicante com o Estado ensina

publicamente mediante uma diminuta paga não se podia sujeitar ao contrato sem que lhe

assegurasse a perpetuidade de seu emprego: e por isto o que justamente sucedeu quando se

mandou passar titulo vitalício na forma da Lei Geral de 15 de outubro de 1827, e o artigo 14

dessa Lei Provincial n.º 1 de 20 de agosto de 1830, instaurava a 2.º cadeira, entrou ele em

exercício como mostra pelo documento n.º 2, e continuou até que por resolução da

Presidência no ano próximo passado, foi mandado exercer seu magistério na cadeira da Vila de

Patos, já esse tempo o suplicante se achava com moléstias crônicas adquiridas no continuado

exercício do Professor como mostra pelo (documento n.º 3) e por esse motivo não foi exercer

seu magistério. ______

como conta ao ultimo (documento nº 4). Havendo agravado mais os males que ______

como consta ao referido documento numero 3, o suplicante pede sua aposentadoria com o

ordenado correspondente a vinte anos e cinco meses que é professor e espero Vossa Senhoria

imparcialidade espírito de certidão e justiça ______ .

E.R.Cuª

________________________

Procurador

16

N.O.: Consta no documento a observação “sem o original”.

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1847

● Gazeta Official do Imperio do Brasil

Quarta Feira, 15 de Setembro de 1847. N. 111

VOL. II

INTERIOR

Assembléa Geral Legislativa

Camara dos Srs Senadores

Sessão em 30 de Agosto

Presidência do Sr. José Carlos Pereira de Almeida Torres.

SUMMÁRIO.

[...]

EXPEDIENTE

Hum officio [...]

Mais dous officios do mesmo acompanhando duas proposições da mesma Camara: a 1ª

determinando que a provincia de Mato Grosso dê dous Deputados, a do Maranhão mais dous

e a do Rio Grande do Norte mais hum; e a 2ª autorizando o Governo a crear hum Lycêo

Nacional nesta Cortê.

São remettidas a 1ª resolução a Comissão de Constituição e a da 2ª a de Instrução

Pública.

● Império – Em 28 de outubro de 1847. Approva a decisão dada pelo Presidente da Provincia

de Santa Catharina ao Juiz de Paz de Canavieiras, sobre a Presidencia da mesa Parochial.

Ilmo e Exm. Sr. – Levei à Presença de Sua Magestade o Imperador, o Officio de V. Ex. de

23 de setembro ultimo, que acompanha o que lhe dirigia o Juiz de Paz da Freguezia de

Canavieiras André José Valente, perguntando se elle, ou o Juiz de Paz mais votado José

Henriques da Cunha, he que ha de presidir á Mesa Parochial; visto que este, ainda que mais

votado, he Professor Publico de Primeiras Letras, e na fórma da Lei Provincial de Primeiras

Letras, e na fórma da Lei Provincial nº 57 não podia exercer o cargo de Juiz de Paz sem deixar

de ser Professor: e o Mesmo Augusto Senhor Houve por bem Declarar, que com acerto julga V.

Ex., que o dito Juiz de Paz mais votado, que já presidio á Junta de Qualificação, he que deve

também presidir á Mesa Parochial; por quanto, dada a hypothese de vigorar, e dever ser

observada a citada Lei Provincial (aliás subordinada ás Leis Geraes, e com especialidade á

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Coleção Documentos da Educação Brasileira

133

Regulamentar das Eleições) o effeito seria ter o mencionado José Henriques da Cunha perdido

o direito á cadeira, logo que foi juramentada, e entrou na posse e exercicio do cargo de Juiz de

Paz; pois que, com o facto da aceitação d’este cargo; reputar-se-ia haver renunciado a esse

direito; d’onde se segue, que se em rigor se puder notar alguma illegalidade na accumulação

de ambos os Empregos, esta deverá verificar-se quanto ao exercicio da Cadeira, e não quanto

ao de Juiz de Paz. O que communico a V. Ex. para seu conhecimento e governo.

Deus Guarde a V. Ex. Palacio do Rio de Janeiro em 28 de outubro de 1847. – Manoel

Alves Branco. – Sr. Presidente da Provincia de Santa Catarina.

Rio de Janeiro. Na Typographia Nacional. 1847.

1848

● O Vice Presidente da Província tendo em consideração o que lhe representou D. Ana

Umbelina Cavalcante Chaves, e ao parecer do Doutor Procurador Fiscal a quem a respeito se

ouviu, e reconhecendo que o Artigo 12 da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro de 1841,

extinguindo provisoriamente a cadeira de 1as Letras de meninas da cidade de Areia, de que era

a suplicante professora e que esta cumpriu constantemente a segunda parte do Artigo 16 da

citada Lei, pedindo licença a este governo, durante o tempo daquela supressão; reconhecendo

mais que o Legislador Provincial na Lei nº 4 de 28 de Maio de 1847, não criando de novo, mas

reiterando a referida cadeira teve em vista repor tendo no estado anterior confirmado assim

ainda que tacitamente, o direito que a mesma cadeira tinha a peticionaria.

Há por bem que a mencionada Professora seja reintegre na cadeira de que se trata

entrando imediatamente em exercício, e isso independente de novo titulo conforme

determina o artigo 15 da Lei de 8 de novembro de 1841.

Palácio do Governo da Paraíba, 8 de Abril de 1848.

João Albuquerque Maranhão

●Ilmo. Senhor

Segundo na ordem de V.Sª, que me foi enviada com data de 31 de Agosto ultimo,

cobrindo o requerimento de Manoel Frederico Ferreira de Cuselio Caldas, dirigido a S.Exª o

Senhor Presidente da Província pedindo o procedimento do lugar de Guarda desta Alfândega

que se achou vago, informa, que pelo conhecimento pessoal que tenho do suplente, ele tem

tido boa conducta, e tem a capacidade precisa para o desempenho do lugar, que procura, por

que sei, que elle freqüentou a aula da língua latina, por bastante tempo Lyceu desta Cidade, e

é verdade, que vive por companhia paterna, e seu pai se acha enfermo, e é onerado de família.

Deus Guarde a V. Sª por muitos anos.

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Alferes da Paraíba 13 de Outubro de 1848.

Ilmº Senhor Jose Francisco de Moura

Inspector Interino da Tesouraria

José Lucas de Souza Rangel

● N= ______ 22 de Setembro de 1848

João Antonio de Vasconcelos Presidente da Província da Paraiba do Norte.

Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou

e eu sancionei a Lei seguinte.

Artigo 1º. Fica novamente criada na Povoação do Cabedelo a Cadeira de Instrução

primária, que será provida segundo as Leis em vigor.

Artigo 2º. O Professor terá o mesmo vencimento que os demais Professores da instrução

primária da Província.

Artigo 3º. Faço revogada as disposições em contrário.

Mando portanto a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da

presente Lei pertencer que a cumprão e facão cumprir, e guardar ao inteiramente como nela

se contem. O Secretario desta Província a faça imprimir, publicar e correr.

Palácio do Governo da Província da Parahyba, 22 de Setembro de 1848, vigésimo sétimo

da Independência e do Império.

João Antônio de Vasconcelos.

Sellada e Publicada nesta Secretaria do Governo da Provincia da Parahyba do Norte em

22 de Setembro de 1848.

No impedimento do Secretário.

Thomas Lorenço da Silva.

Reg. da a f. 94 do Livro de Semelhantes Secretaria do Gov. da Parahyba 23 de Setembro

de 1848.

No impedimento do Offal Maior

João Francisco Natividade

2º Oficial.

● N= 11 de 2 de Outubro de 1848

João Antônio de Vasconcelos. Presidente da Província da Parahyba do Norte. Faço saber

a todo os seus Habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou e eu Sancionei a

Lei seguinte:

Artigo 1º. Fica criada huma cadeira de primeiras letras para o sexo masculino na

Povoação da Boa Vista, Termo da Vila de Campina Grande.

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135

Artigo 2º. O Professor da Mencionada Cadeira perceberá o mesmo ordenado que os

demais Professores da Província.

Artigo3 º. Ficão revogadas quaisquer disposições em contrário.

Mando portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da

presente Lei pertencer, que a cumprão e facão cumprir, e guardar inteiramente como nela se

contem. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.

Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849. Vigésimo

7º da Independência e do Império.

João Antonio de Vasconcelos.

Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte aos 2

de outubro de 1848.

No impedimento do Secretário.

Felinto Lemos Victor Pereira

Rg.do a fl. 97 do Lº competente.

Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte 4 de Outubro de 1848.

No impedimento do Oficial Maior

Thomas Lourenço da Silva

● Relatório incompleto de um Presidente da Província da Paraíba que foi exonerado por

Decreto Imperial.

Instrucção Publica

Não tendo cumprido a lei nº 178 de 30 de Novembro do ______ proximo passado que

decretou a reforma da instrucção pública da Provincia, reduz-se à um extracto estatístico a que

tenho a dizer sôbre a materia deste artigo. A affuencia de trabalhos, com que me tenho visto

forçado diariamente à distrahir a minha attenção, obstou-me de confeccionar o regulamento,

de que depender a excecução da nova lei, e comprehende V. Exª que tratando-se de um

assumpto momentoso, que demanda estudo apurado e reflectido, não era conveniente que eu

o emprehendesse com atropello e preciptação.

Submeto entretanto à apreciação de V. Exª as observações que no seo relatorio faz o

digno Director interino á Instrucção Publica sobre alguns pontos da reforma, que lhe parecerão

dignos de ser alterados.

Meditando sobre a materia poderá a Assemblea Provincial rever o seu acto e modifica-

lo, como lhe parecer. Tendo passado a V. Exª no dia 22 do corrente mêz a administracção

desta Provincia de que fui exonerado por Decreto Imperial de 7 do mesmo mez, venho hoje,

em cumprimento ao disposto em aviso de 11 de março de 1848 prestar a V. Exª as seguintes

informações sobre as diversas ocurrencias do serviço publico.

Antes disso, porem corre-me o dever de declarar a V. Exª que até a ultima data da Corte

era lisongeiro o estado de saude de Suas Magestades.

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136

A nação applaudio, com verdadeiro jubilo o casamento das Princezas Augustas Filhas do

Senhor D. Pedro 2º.

Associando os seos destinos à sorte da Familia Imperial não podião os brasileiros ser

indiferentes a tão faustoso acontecimento.

Nesta Provincia não forão as manifestações menos sinceras.

Reina paz no interior do paiz; e de que ella perdurará e garantia segura a indole da

população, os seos hábitos e amor que consagra as instituições.

[...]

Instrucção Primária – Há em toda Provincia 54 escolas publicas do sexo masculino, e 17

do sexo feminino, ao todo 71, das quaes estao providas effectivamente 51, e 20

interinamente.

Por proposta do Director, e de conformidade com o artº 3º do regulamento de 11 de

Março de 1852, forão restabelecidas as cadeiras do sexo masculino das povoações de Santa

Luzia, S. José de Piranhas e Cuité da Independência; e creadas as das povoações de Taipú e

Pedra Lavrada.

Se o estado do cofre provincial aconselhou a suppressão de algumas cadeiras com o fim

de reduzir a despeza publica, hoje q. as finanças têm melhorado era de justiça que o beneficio

da instrucção fosse restituído às localidades, que forão d’elle privadas, e ampliado à outras

que o merecião.

Durante o anno findo as escolas foram freqüentadas por 1.922 alumnos, cabendo 1.564

para o sexo masculino e 428 para o feminino.

É diminuto o número d’aquelles, que recebem instrução primária na Província, facto

esse acha natural explicação na dispersão da população por tão extenso território, além da

negligencia de muitos Paes em mandarem seus filhos para as escolas.

O augmento do numero das cadeiras, como um meio de resouver esse mal, não deve

por certo ser adaptado, por importar acrescimo da despesa já não pequena, que se fas com

esse ramo da administração

Autorisei a distribuição de utensílios com as escolas do Teixeira, Fagundes, Alagoa do

Monteiro, Taipú, Gurinhém, na importancia de 362$780 reis.

Parecendo-me o resumo de grammatica portuguesa, organisado por Pedro de Souza

Guimarães, preferível à outras que existem, pelo methodo e clareza da exposição,

acommodada à intelligencia pouca desenvolvida dos meninos, autorsei ao Inspector do

Thesouro Provincial a acquisição de 500 exemplos desta obrinha para uso das escolas

primarias da Provincia.

Em virtude de representação do Director foi demettido, por abandono da cadeira, o

Professor da povoação de Itabaiana, e por irregularidade de conduta a Professora da villa de

Piancó, que ainda não gozava do direito de vitaliciedade.

Tendo o professor de Cachoeira de Cebolas, Luis da Veiga Pessôa, se offerecido como

volunctario da patria, em attenção ao nobre sentimento, que levou à dar esse passo, digno por

certo de ellogio, tomei a responsabilidade de conceder-lhe uma licença pelo tempo, que

estiver ao serviço da guerra, em que se acha o pais envolvido.

Licenciadas pela Presidencia existem 3 escolas particulares do sexo masculino, e 4 do

feminino, frequentadas aquellas por 86 alumnos e estas por 84.

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Instrucção Secundaria – É dada no Lycêo desta Capital, no qual se ensina Latim, Frances,

Ingles, Geometria, Philosophia, Geographia e Rhetorica. Há também 3 cadeiras de Latim nas

cidades de Mamanguape, Areia e Pombal.

O movimento do Lyceo foi o seguinte:

Matricularam-se nas cadeiras:

De Latim .............................................. 04 alumnos

De Francez ........................................... 43 alumnos

De Inglez .............................................. 10 alumnos

De Geometria ...................................... 07 alumnos

De Geographia ..................................... 05 alumnos

De Rhetorica ........................................ 03 alumos

TOTAL.................................................... 136 alumnos

Nas tres cadeiras de Latim do interior estudarão 40 alumnos, sendo 12 nas de

Mamanguape, 24 na d´Areia e 4 na de Pombal.

A frequencia desta ultima cadeira é insuficiente, e não vale por tão pouco manter-se um

Professor. Parece-me, pois, conveniente a suppressão d’ella, passando o respectivo Professor

para a cadeira de Latim de Sousa, que neste caso deve ser restabelecida.

Á requisição da Directoria da Instrucção Publica, autorizei-a à fazer encommenda para o

Lycêo de um Atlas, Cartas corographicas e topographicas do Império, e dous compendios, um

de historia universal, e outro de historia do Brasil por alguns dos autores mais seguidos.

Requerendo o Professor de Latim da cidade d´Areia Joaquim José Henriques da Silva, a

sua aposentadoria autorisada pela lei nº 155 do anno passado, tive de concedê-la, e nomeei

interinamente para substitui-lo o cidadão José Francisco Alves Gama, proposto pelo Director.

O professor de Philosophia do Lycêo, Dor João do Rego Moura, nos termos do artigo 63

do regulamento de 11 de Março de 1852, entrou no gozo da gratificação de metade do

respectivo ordenado, visto ter provado 20 annos de effectivo exercicio.

Falleceo o substituto do Lyceo Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcanti.

Achando-se com assunto na Camara Temporaria, de que é membro o Director da

Instrucção Publica, Dor João Leite Ferreira, serve satisfactoriamente a substituição o Professor

de Inglez, Fr. Fructuoso da Soledade Segismundo, que foi por mim designado.

Devo finalmente mencionar aqui o collegeo particular do Pe Ignacio de Souza Rolim,

estabelecido na villa de Cajazeiras, do qual colhe a mocidade não pequeno proveito, graças ao

zêlo e solicitude do director, que se esmera por dar-lhe toda regularidade.

Neste collegio aprende-se Latim, Francez, Geometria, Philosophia e Rhetorica, e

frequentado por 54 alumnos.

Casa de Educandos Artifices.

Ninguem contesta a conveniencia do estabelecimento de uma Casa de Educandos

Artifices nesta Capital.

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138

Abonada pelo exemplo de outras Provincias, em que se acha admiltida, essa instituição

utilissima será o complemento da Santa Casa de Misericordia pelo lado da caridade, ao mesmo

tempo que preenche uma lacuna do ensino publico da Provincia, dotando-o com uma escola,

em que se desenvolvão e sejão aproveitadas as vocações industriaes.

No empenho da realisar esse melhoramento, à que sobre tudo ligava interesse, não

desviei d’elle a minha attenção. Está feita a requisição da propriedade “Cruz do Peixe”, na qual

deve ser fundado o estabelecimento.

Collocada em bella situação, e correndo-lhe proximo um regato de excellente água

potavel, essa propriedade, que custou á Provincia 7:200$000 réis, é sem contradicção

preferencial á qualquer outra desta cidade, e presta-se vantajosamente ao fim, á que é

destinada.

Cumpre todavia emprehender no edificio as obras, que são indispensaveis, no sentido

de torna-lo com mais accomodações, pois que o sobrado que existe não tem espaço para

receber as differentes officinas, que nelle devem ser estabelecidas, segundo o precisamento

da instituição.

1849

● Manda Sua Majestade o Imperador, pelo Conselho Supremo Militar, remeter ao Presidente

da Província da Parahyba, para sua intelligencia e devida execução, a cópia inclusa, assignada

pelo Coronel Baptista Ferreira, Official Maior desta Secretaria, da Provisão de 10 do corrente

mes, sobre conferir-se o Gráo de Bacharel, com direito ao de Doutor em mathematicas, aos

Alumnos que estudarão na Escola Militar e na antiga Academia, como na mesma se declara.

Secretaria do Conselho Supremo Militar em 28 de julho de 1849.

Manoel da Fonseca Lima e Silva.

Secretário de Guerra.

● N. 13 de 2 de outubro de 1848.

João Antônio de Vasconcelos. Presidente da Província da Parahyba do Norte. Faço saber

a todo os seus Habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou e eu Sancionei a

Lei seguinte.

Artigo 1º Fica criada huma cadeira de primeiras letras para o Sexo masculino na

Povoação da Barra de Natuba; outra na Povoação de Pitimbú Freguesia de Tanguara; e

instaurada a Cadeira também de primeiras letras na Freguesia da Jacoca do Município desta

Cidade.

Artigo 2º Os Professores das Cadeiras criadas terão os mesmos vencimentos q. os

demais da Província e serão providos conforme a Lei em vigor.

Artigo3 º. Ficão revogadas quaisquer disposições em contrário.

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139

Mando portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da

presente Lei pertencer, que a cumprão e facão cumprir, e guardar tão inteiramente como nela

se contem. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.

Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849. Vigésimo

7º da Independência e do Império.

João Antonio de Vasconcelos.

Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte aos 2

de outubro de 1848.

No impedimento do Secretário.

Felinto Lemos Victor Pereira

Reg.do a fls. 87 do L competente.

Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849.

No impedimento do Oficial Maior

Thomas Lourenço da Silva

1850

● Art. 117

Palacio do Governo da Parahiba 28 de Fevereiro de 1850 Illmo Emo Senhor.

[...]

Existem na provincia cadeiras da instrucção primaria: 54 para o sexo masculino e 14

para o feminino. As primeiras forão frequentadas durante o ano passado por 1:849 meninos;

as segundas por 362 meninas. Existe mais nesta capital um internato de meninas, ainda em

começo com 9 pensionistas = São 12 as escolas particulares conhecidas as quaes forão

frequentadas por 94 alunos do sexo masculino e 77 do Feminino = A instrucção secundária é

toda no Lyceo desta capital a qual se compõe das cadeiras de Latim, Francez, Inglez,

Geometria, Geografia e Historia, Philosophia e Rhetorica e Poética, frequentadas no anno

preterido por 100 alumnos – E tambem em tres cadeiras de Latim avulsas no interior

frequentadas por 47 alumnos = Nem o numero, nem a frequencia das escolas de instrucção

primaria correspondem à população da província que é computada em 240.000 - A frequencia

das aulas do Lyceo não guarda tambem a devida proporção com a mesma população = O

Estado portanto da instrucção publica na provincia não é satisfactório, absolutamente falando

= Tratarei de extender as causas que nomes entender, para isso concorrem = Em relação

alguma com a extensão do território os habitantes do centro achão-se muito dispersos por

toda a superficie da provincia onde poucos e pequenos focos de população apparecem - Em

uma Grande maioria rusticos e ignorantes não dão o devido apreço a aquisição de

conhecimentos - Ordinariamente indolentes e pobres utilizam-se muito cedo do trabalho dos

filhos ainda tenros para o serviço do campo, ou para qualquer outro mister immediatamente

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lucrativo e deixão de manda-las as escolas que ficam muitas vezes distantes da sua habitação e

para cujo exercicio, alem de roupa decente, são tambem necessarios livro, papel, pennas e

outros utensilios que nem sempre é possível fornecer, sem Desfalque do minguado producto

das economias da familia, ou sem empecilhos que se tem a contrair = O professorado, ou pela

natureza das suas funções, ou pelas diminutas vantagens, e poucas considerações, que

geralmente tem, não é procurado senão por quem encontra dificuldades em alcançar meios de

subsistência mais comodos e lucrativos e honorificos: sendo assim considerado antes como

uma profissão honerosa e transcendentalmente importante = D´isto resulta que o Professor

sem vocação, sem estimulos nobres, sem compreender a sua missão, e a sua dignidade,

limitar-se a satisfazer apenas aquela parte das suas obrigações, indispensável para dar-lhe

direito ao ordenado; quando as satisfazem! = Espalhados por todos os lugares, ainda os mais

remotos, e insignificantes, os Professores funcionam fora das vistas do seu chefe, longe do

Centro de inspecção, que só seria capaz de imprimir-lhes zelo, e actividade = D´ahi também o

seu descredito = Quanto a instrução secundária, uma casa especial atua para que sejão pouco

frequentadas as aulas do Lycêo; e é a vizinhança do Collégio das Artes da Faculdade de Direito

de Pernambuco, para onde correm a matricular-se os estudantes de preparatorios desta

Provincia, pela preferência que obtem e facilidade que encontram para os exames no fim de

anno = Autorizado, como me achava, pela Assembleia Provincial para reformar este

interessante ramo do serviço público, acabo de organizar para ele um novo regulamento, no

qual estão consignadas medidas, que me parecerão proficuas ao seu melhoramento = Como

medida a ser adaptada pelo Governo Imperial lembro a da ______ dos exames feitos n´aquele

estabelecimento para as matriculas nas Faculdades e Academias do Império: medida esta cuja

conveniência V.Ex.cia se servirá de apreciar = Além do exposto, e do que disse a Assembléia

Provincial no relatório com que abre sua última sessão ordinária sobre este importante ramo

do serviço publico, e para o que tenho a honra de chamar a esclarecida atenção de V.Ex.cia,

nada mais me ocorre a expor a V.Ex.cia, sendo-me mesmo insuficiente o tempo de que

disponho para os complicadissimos afazeres, da Presidencia para entrar em largo

desenvolvimento sobre assuntos de tanta ponderação = Deixo de remeter a V.Ex.cia um

exemplar do mensionado regulamento, por que ainda não está impresso; o que farei logo que

o esteja.

[...]

= Deus Guarde a V.Ex.cia = Illmo e Ex.mo Sr Conselheiro João d´Almeida Pereira Filho,

ministro e Secretário d´Estado dos Negócios do Império = O Presidente Ambrózio Leitão da

Cunha

1851

Ilmo.Exmo. Senhor

Perante V. Excia. vai Antonio de Olanda Cavalcanti Professor publico de 1ª letras desta Villa de

Souza, apresentar as suas fortissimas necessidades que sofre o Suplicante de não ser pago os

seus vencimentos a tempo, afim de suprir as principais urgencias de sua familia, por já não

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conhece mais pessôa naquella Cidade que o estabelêça como procurador em ir receber o

ordenado do Suplicante, por ora tem ora não tem, e certos ______ do Sr. Thesôreiro quando

não ha dito que se aborreça com isto, que com isto com dois ou tres mezes de recebimento

manda pedir que despence deste trabalhôzo serviço, por isso tem o Suplicante de alcançar da

benevolencia de V. Excia. uma ordem para o Sr. Inspetor mandar o Collector indemnizar o

Suplicante nesta Vila, a resta da legalidade de seu attestado, pois tirando o empregado do

grande cuidado que tem em receber o seu dinheiro pelo correio de mandar em proprio, e tem

vez que o procurador volta sem dinheiro por não haver, sujeito a toda e qualquer vicicitude de

perigo que possa apparecêr como o colector tem de fazer de tres em tres mezes remessar de

dinheiro, assento ser justo V. Excia. usar desta graça para com o Suplicante, do que espero em

V. Excia. como benigno administrador das rendas desta Provincia, socorre-lo neste pedido,

segundo a mumeroza familia que tem o Suplicante, carregado de filhos, e filhas, e de sua casa,

e tem dias que não se acha com dinheiro para as dispesas de sua casa, e tendo tres ou mais

mezes vencidos de seu ordenado sem lhe servir de utilidade, já tomando dinheiro emprestado

a hum e outro afim de não morrer de fome, e somente firnado na mesquinheza deste

trabalhozo ordenado, assim espero em V. Excia na prontissima ordem, a fim do Suplicante

principiar a receber logo o mez de julho do corrente ano.

Deus grande a V. Excia por feliz anno.

Vila de Souza 10 de julho de 1851.

Antonio de Olanda Cavalcanti.

Ilmo Exmo. Sr.

Em observancia ao disposto no oficio de V. Excia. de 31 de julho ultimo, a que

acompanham a representação do professor de 1ªs letras da Villa de Sousa, Antonio Holanda

Cavalcante, queixando-se de atraso em seus vencimentos, proviniente ate de ma vontade do

Tesouro, informo a V. Excia. que a queixa do suplicante é toda enfundada, como vera V. Excia.

da informação da contadoria que remeto em original, onde consta que esta por ser pago

somente do mês de julho findo, acrescentado mais que o suplicante sob informação desta

Inspetoria obteve do Exmo. antecessor de V. Excia. Em data de 27 de fevereiro deste ano, que

esta expedisse ordem em favor do mesmo para que lhe focem pagos os seus vencimentos pela

Coletoria daquela Vila mais ate o presente nem ele nem procurador seu se apresentou

solicitando a expedição da referida ordem, como lhe cumpria por ser negocio de parte. E o que

tenho de informar a V. Excia. que determinara o que entender de justo. Resalvo a V. Excia.

representação a que me refiro.

Deus guarde mui felismente a V. Excia.

Administração das Rendas Provincial, 19 de Agosto de 1851.

Ilmo. Exmo. Sr. Dr.

Antonio Coelho de Sá e Albuquerque.

Presidente da Provincia

O Inspetor

José da Costa Machado Junior.

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1852

● O Presidente da Prova, conformando-se com a proposta do Director da Instrucção Publica, e

autorizado pelo art.º 84 do Regulamento, de 11 de março do corrente, nomêa ao Instituto do

Lycêo, Rufino Mora da Costa Machado, para o cargo de Secretario da Instrucção Publica da

Prova, em cujo exercicio entrará tendo logo, solicitando entretanto seo titulo pela Secretaria da

Presidencia.

Palacio do Governo da Par. 16 de março de 1852.

Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque

● O Presidente da Provcia nomeia a Targino Augusto de Paula Freire para o emprego de

Professôr de 1as letras da V. do Pilar, visto ter sido approvado no concurso a que se propoz,

devendo solicitar titulo pela Secretaria da Presidência. Palacio do Govêrno da Parahyba 23 de

junho de 1852.

Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque.

● O Presidente da Prov.a nomêa ao cidadão Antonio Theodoro Lupa para o emprego de

Professor de 1as letras da Povoação da Barra de Natuba, visto ter sido approvado no concurso,

á que se propoz; devendo solicitar seo titulo pela Secretaria da Presidencia.

Palacio do Governo da Paraíba do Norte

23 de junho de 1852.

Antonio Coêlho de Sá Albuquerque.

● Illmo. Exmo. Sr.

Nº 189

Devolvo a V. Exa. o oficio e documentos que dirigio o Diretor da Instrução Publica a V.

Exa, acompanhado dos do Comissario de Bananeiras e da Independência ao mesmo Diretor

dirigidos, em quanto requisitão utencilios para as aulas de 1as Letras d’aquelas Villas, e em

cumprimento do que me ordenou V. Exª em officio de 27 de agosto ultimo, informo, que por

esta Administração, fornecimento algum de utencilios se tem feito para o uso d’aula da

Independência, sendo que para a de Bananeiras alguns se tem fornecido, como seja uma mêsa

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grande, quatro bancos, e duas palmatorias. Entendo que é justa a requisição feita, e se V. Exª

assim o julgar. Digne-se de dar-me as suas ordens, determinando a quota por onde se deve

fazer tal despesa visto não haver uma especial. Deos guarde mui felismente a V. Exa.

Administração das Rendas Provinciais, 23 de Setembro de 1852.

Illmo. Exmo. Sr. Dr. Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque.

Presidente da Provincia.

O Inspector

José da Costa Machado Junior.

●17[..] lhante actos, em vista dos dispostos no art.o 18 do Regulamento da Instrucção Publica

de 11 de Março de 1852.

Deos Guarde a Vm.ce

Sinval Odorico de Moura.

Snr. Dr. Director da Instrucção Publica.

1853

● Nº2

O Presidente da Provincia, autorizado pelo disposto no art. 2º da Lei Provincial nº 1 de

20 de agosto do anno passado, determina, que entre no exercicio da cadeira de 1ª Letras da

Serra da Raiz, instaurada pelo artigo 1º da citada lei, Pe. Manoel de Carvalho Silva, visto ter

assim requerido, e servira com o mesmo título com que requer a mencionada cadeira antes da

sua extinção.

Palacio do Governo da Paraiba, 11 de fevereiro de 1851.

Agostinho da Silva Neves

Nº 8 ______ 160

Pg. Cento e sessenta mil réis

Paraíba, 3 de Agosto de 1853

F. Serrano

● Nos abaixo assignados atesttamos que o Snr Padre Manoel de Carvalho e Silva, Professor de

primeiras letras na Villa de Patos, padece de Surdez em grão alto de ambos os ouvidos, e de

huma infiltração serosa em ambas as pernas e no ventre. A vista d’estes padecimentos

julgamos que não pode continuar no exercício de sua profissão. E por ser verdade o

antecedente passamos este prescrito em Fé da certo.

17

N.O.: Trata-se de um fragmento de documento.

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Paraiba 2 de Agosto de 1853

______

Doutor em medicina

João Jose Inocencio ______

N. 22

Pg. Cento e sessenta mil réis

Paraiba, 2 de Agosto de 1853

______ F. Serrano

● Ilmo. Srs es Deputados a Assembléa

Fr. Fructuoso da Solidade Segismundo, Professor da cadeira de Ingles e Frances em o

Lycêo desta cidade, inteiramente convencido de que essa venerada Assemblea em todas as

suas deliberações se tem sempre esmerado em faser prevalecer o direito e a justiça vem hoje

perante os Snres. Deputados Proves expor o gravoso ônus de seu magisterio, e pedir uma

medida, que reconhecendo valiosas as allegações do suppe, igualmente ______ seu grande

trabalho, sem a qual ser-lhe-hia impossivel desempenhar satisfatoriamente o dever que a lei

lhe impõe.

Reintegrado o suppe na cadeira da Lingua Inglesa pela Assemblea Provincial

extraordinariamente convocada em principio do anno de 1850, passou o supple , em virtude da

lei de 23 de Março da mesma legislatura a reger tambem a cadeira de Lingua Francesa e essa

addição que por onerosa talves indusa a pensar haver sido recebida de mau grado para o

supp.e, ao contrario, foi para elle um motivo de satisfação não so por ter sido imposta por uma

Assemblea que acabava de fazer-lhe um acto de clamorosa justiça mais tam bem por ser ver

considerado pelos Representes da Provca com a habilitação precisa para lecionar outra matéria

mui differente daquela de que já era professor.

Porem Dignissimos Senhores Deputados Prov.as q.m reflectir que em cumprimento

aquela citada lei de 23 de Mço de 1850 e juntamente em observancia do Art. 8º do novo

Regulamento da Instrucção Pública, que reunio em uma so aquelas duas cadeiras, q.m reflectir,

digo, que em virtude dessas disposições legislativas, tem o supp.e de lecionar em um mesmo

dia duas Linguas estrangeiras se differentes na gramatica muito mais ainda na pronunciação

q.m reflectir que o supp.e tem semanariamente duas sabatinas e oito lições e essas mesmas

subdivididas em diversas decurias segundo exige o adiantamento de um crescido numero de

alumnos, q.m refletir, finalmente que todas essas sabatinas e decurias são presididas e

explicadas unicamente pelos supp.e, ainda q.de se lhe não queira levar em conta o estudo e a

applic.am p.ar que deve faser todo professor que capricha no perfeito desempenho de seos

deveres e cuja applic.am deve ser tanto maior quanto mais numerosas forem as materias que

se houver de ensinar, forçoso he confessar, que so com extremosa deligencia se pode

preencher tam grande tarefa e que o supp.e subcarrega com um peso, de que talves não haja

exemplo em Lycêo algum do Imperio.

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Mas, he tam bem de simpples intuição que a recompensa deve andar sempre á par do

trabalho e o contrario não importaria menos do que obstar o progresso e desenvolvimento das

faculdades humanas, mormente as intelectuaes; quando se conhecesse que as vigilias e

fadigas, inseparaveis das arduas acquisições, erão equiparadas, á endolente e estupida

inacção. Porem, felismente para o supp.e, este principio de equilibrio não entrando mais em

duvida aos altos Funcionarios Prov.es, lhes tem servido de bussola em sua marcha

administrativa. Sim, Dign.mos Sns.es Deputados Prov.es, o supp.e chama attenção desta

veneranda Assemblea para as resoluções utimamente tomadas pela Adm.am Prov.al mandando

gratificar, por acrescimo de trabalho alem de outros, ao Off.al Maior da secretaria da

Presidencia com aq.ta de 200$000, bem como ao Director e Secretario da Instrução Publica, o

primeiro com a quantia de 480$000 e o segundo com a de 320$000, cujas resoluções so por si

são bastante significativas, e sem duvida bastarião para sediar ao supp.e invoca a lei de 19 de

Mo de 1835 premiando com a gratificação de 100$000 aos Professores de Latim das villas do

centro, que se quisessem prestar a lecionar tam bem a Lingua Francesa e faz especial menção

do Art. 31 da lei de 14 de Outubro de 1849, que mandou gratificar com a terça parte de seu

ordenado ao Professor Manoel Porfírio Aranha que hoje mui dignamente occupa um assento

neste recinto, por julgar sabiamente ser augmento de trabalho e onus, que lhes impos, de

lecionar um mesmo dia as materias de Rethorica e Geographia que então constituião o objecto

de sua cadeira.

Esta contemplação que por tantas veses se ha tido com tantos e diversos impregados

publicos, he o que para si pude hoje o supp.e a esta veneranda Assemblea e, decerto, não sera.

Ella, que transgredindo todas as regras da mais rigorosa justiça, deixe de decretar uma

remuneração condigna dos serviços do supp.e, M.o mas que do documento junto se evidencia a

veracidade do que se acaba de ______.

O Supp.e, por tanto, não querendo abusar por mais tempo da attenção desta veneranda

Assemblea, e confiando na inteiresa illustração de seos esclarecidos Membros, espera que seja

bem acolhido sua pretensão, mandando-se, por um acto de justiça, compensal-o como requer.

Parahyba 16 de Ag.to de 1853.

Fr. Fructuoso da Solidade Segismundo

● Ilmo Senhor Director da Instrucção Publica

Dis. Fr. Fructuoso da Soledade Sigismundo, que por bem de seu diretor se faz preciso

que Vossa Senhoria por seu despacho mande que o Secretário da Instrucção Publica, a vista do

que conta na Secretaria do Lycêo desta cidade, lhe de por certidão o seguinte: 1° se o

suplicante, em virtude da Lei n° 5 de 23 de Março de 1850, passou na qualidade da Lingua

Inglesa, a lecionar tam bem a aula de Frances, até que foi publicado o novo Regulamento pelo

que ora se rege a Instrucção Publica da Provincia. 2° Se depois da publicação do dito

Regulamento, que reuniu em uma só aquelas duas cadeiras, tem o suplicante continuando a

lecionar assídua e regularmente aquelas matérias como se constituíssem ainda cadeiras

separadas. 3° Qual o numero de alumnos que actualmente frequentão a aula do suppe . com

declaração das materias aquele se applicão pelo que.

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Peço a Vossa Senhoria, se digne a deferir ao suplicante que requereu.

Parahyba, 28 de Junho de 1853

Francisco Fructuoso da Soledade Sigismundo.

C. R. Me.

Em virtude do despacho supra do Ilmo. Senhor Director da Instrucção Pública, certifico

que desde o mês de abril do amno de 1850 passou o suppe que era Professor somente da

Lingua Inglesa a leccionar tam bem n’aula de Frances até que foi publicado o novo

Regulamento da Instrucção Publica, que depois da publicação d’esse Regulamento, que reunio

em uma só aquellas duas cadeiras, tem o suppe continuado a leccionar em ambas as línguas a

estudantes distintos, como se aquellas materias constituíssem ainda cadeiras separadas que o

suppe tem sido assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres de Professor havendo dado

desde então até ao presente um pequeno numero de faltas, e finalmente que conta em sua

aula 31 alumnos, sendo 21 de Frances, e 10 de Ingles. É o que a respeito do suppe consta n’esta

Secretaria da I. P.

Cidade da Parahiba 16 d’ agosto de 1853.

Thomás d’Aquino Mindêllo

Secretário da I. P.

N° 4

Parahyba. 16 de Ag.to de 1853

1854

● Ilmos . Senhores representantes da Provincia.

O Padre Manoel de Carvalho e Silva, Professor de 1as letras da Villa de Patos vem antes

vos requerer sua aposentadoria, por não poder continuar no exercício do seu emprego, pelas

molestia que soffre. O Supplicante foi _____ na cadeira de 1as letras da Povoação ______ 1833,

(documento numero 1) principiou a exercer o seu Magisterio no 1º de Março do mesmo, como

_____ do dito documento conservou-se no exercicio de suas funções sem interrupção, e sem

que fosse arguido de falta de cumprimento de seus deveres, até que a Lei Provincial nº12 de

20 de junho de 1846 supprimio a Cadeira em que o supplicante ensinara sem que lhe desse um

destino, uma ves que contratando o supplicante com o Estado ensinara publicamente

mediante uma deminuta paga, não se pudia sugestão ao contrato sem que se pudia sugeitar

ao contrato sem que se lhe assegurasse a perpetuidade de seu emprego e foi isto o justamente

sucedeo quando se mandou passar titulo vitalício na forma da Lei Geral de 15 de outubro de

1827, e o art. 14 dessa Lei lhe garantio a perpetuidade de seu ordenado. Havendo a Lei

Provincial nº 1 de 20 de Agosto de 1850 instaurado ______ Cadeira entrou elle em exercício

como mostra pelo documento nº 2 continuou ______ da Presidencia ______ foi mandado

exercer seu Magisterio na Cadeira da Vila de Patos; já nesse tempo o supplicante se achara

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147

com molestias cronicas adquiridas no continuar do exercicio de Professor como mostra pelo

documento nº 3; e por esse motivo não foi exercer seu ______ como conta da ultima,

(documento nº 4). Havendo se aggravado mais os males que padece como consta do referido

documento nº 3, ou suppe pede sua aposentadoria com o ordenado correspondente a ______

annos e cinco mezes que é Professor, e espera de Vossa emparcialidade, e espirito de retidão,

e justiça ser attendido.

______.

Anexo

Thezouraria dos Ordenados da Paraiba do Norte

As ______ de Velhos e Novos Direitos ______ carregado ao Thesoureiro respectivo,

______ de ______.

Cuja quantia de ______ dous mil oito centos recebeu a Thezouraria acima no enviado do

Pe Manoel de Carvalho Silva de seu Alvara ou Carta de Professor de primeiras Letras da

Povoação da Serra da Rais de Novos Direitos.

______ recebeu o dito Thezoureiro assignou comigo Escrivão este conhecimento.

Thezouro dos Ordenados da Pra 7 de Abril 1854.

Miguel Antonio da Costa.

Jose Epifanio da Sa.

1855

● Senhores Membros d´ Assemblea Provincial

Abono de Podêres

15 de Março de 1855

O Pinto

D. Anna Umbelina Cavalcanti Chaves, Professora da cadeira de instrução primaria para o

sexo feminino na Cidade d´Arêa, vem respeitosamente requerer-vos a graça de autorizardes o

Governo da Provincia à aposenta-la com o ordenado proporcional ao tempo de exercicio

effectivo contando-se como tal o durante em que a Supp. e esteve privada de sua cadeira em

virtude da Lei Provincial numero 8 de 8 de novembro de 1841 que a extiguio provisoriamente.

A Supp. e suppõe a sua pretenção baseada na justiça e equidade. Impossibilitada

absolutamente de continuar no exercicio penoso do magisterio por incomodos physicos

comprovados pelo documento junto - A - , ella será dever perdido inutilmente todo o tempo

em que à aquele se applicou, se para a sua aposentadoria não for computado esse espaço de

tempo, durante o qual esteve sem o seu emprego, contra sua vontade, sem que para isso

desse causa, mas antes soffrendo grave prejuizo em seus interesses. Si pela Lei Provincial

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148

numero 36 de 10 de julho de 1854, artigo 14, esta ilustre Assemblea reconheceo que a Supp. e

tinha direito ao recebimento dos ordenados correspondentes a esse tempo, mandando-lhes

pagar, e logico que acolhes complacentemente a sua supplica, pelo que espera

R. M

Manoel Odorico Cavalcanti d´Albuquerque

Procurador

______ o pagamento requer______ 14 de novembro de 1855

Antonio Henriques de Almeida

● Eu abaixo assignado Doutor em Medicina attesto que a Senhora D. Anna Umbelina

Cavalcanti Chaves, Professora de 1as lettras d´esta Cidade acha-se affectada de uma gastrite

cronica de ______ ______ por diversas regiões do corpo e d´uma erysipela na cabeça

moléstias essas que a impossibilitão de preencher os deveres inerentes á cadeira que ocupa

em certesa do que passei o presente attestado.

Cidade d´Arêa 14 de outubro de 1855

Do ______

● Ilustrissimo Senhor Inspetor

Diz Anna Umbelina Cavalcante Chaves, Professora da cadeira de instrução primária para

o sexo feminino na Cidade d´Areia requer que Vossa Senhoria mande dar por certidão o

seguinte:

1º Qual o dia, mez, anno em que a Supp.e entrou no exercício de sua cadeira.

2º Até que tempo se conservou antes de ser a mesma Cadeira extinta provisoriamente

pela Lei Provincial de 8 de Abril de 1842.

3º em que dia, mez, e anno assumia a supp.e novamente o exercicio de sua cadeira

depois que esta foi restaurada pela Lei Provincial de 29 de Maio de 1847.

4º Até que data tem a supp.e estado no exercicio de suas funções.

Pelo que peço a V. Sa assim o mande

R. Ma

Como Procurador

Inácio João Monteiro

● Illmo Senhor Inspector

Nº 3 R.S 160. Paraiba, 19 de outubro de 1855

Assis Carneiro

Franciso Pulquerio Gonsalves de Andrade tendo principiado a receber do cofre d´esta

Adm.ão de Rendas do dia 3 de novembro de 1854 em diante, mais a terça parte do seo

ordenado de Professor de 1as Letras da V.a de Mamanguape, em virtude do Despacho do

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149

Governo da Provincia da mesma data, por ter o supp.e completado vinte annos de effectivo

exercicio da referida cadeira em 31 de Maio de 1852 como dispõe o arto 60 do Regulamento

Provincial de 11 de Março de 1852 requer a V. Senhoria se sirva mandar passar por certidão o

tempo referido despacho do Governo em que deixa igualmente aos supplicante o direito salvo

para requerer a Assembleia Provincial de 1852 até aquella data; assim como se foi dito

despacho cumprido por esta Administração, e qual a sua data pelo que.

Peço V. S. se sirva mandar passar a certidão requerida.

E. R. Mce

Antonio Ferreira Serrano

Procurador

● Senhores Representantes da Provincia

Abono de Podêres

22 d´Outubro

O Capitão Francisco Pulqueiro Gonsalves de Andrade, Professor de Primeiras Letras da

Villa de Mamanguape desta, Provincia, tendo completado vinte annos de effectivo exercicio

em sua Cadeira em 31 de Maio de 1852, requerer ao respectivo Governo d´esta Provincia, em

o anno próximo passado, a terça parte de ordenado, concedida pelo art.o 60 do Regulamento

Provincial de 11 de Março de 1852, porem Senhores o mesmo Governo só lhe mandou

satisfazer dita terça parte depois de precedidas as dividas informações na Administração de

Rendas Provinciaes de 3 de Novembro de 1854 em diante, data essa do Despacho que lhe

difiriu a petição, e pelo que diz respeito ao espaço decorrido do 17 de Junho de 1852 até 2 de

Novembro de 1854, data anterior ao Despacho mencionado, reconheces unicamente o direito

que tem o Suplicante, e apenas lho deixou salvo p.a recorrer a esta Respeitavel Assembléa.

Sendo a mente do legislador a concessão da terça parte como uma gratificação, ou por

outra como um incentivo, que obrigando os Professores a permanecer no Magisterio, alivio

assim os cofres Nacionais de uma duplicada despesa, que terião de fazer, se o Professor que

completa os 20 annos requeresse a jubilação, como lhes faculta, e lhes é expressamente

permitido pelas leis em vigor, parece claro que devem os que completão os 20 annos começar

a gozar desde logo esse favor.

Nestas circunstancias requer o suplicante a Esta Ilustre Assemblea, haja por bem de

mandar-lhe pagar a terça parte não percebida desde o dia 1 de Junho de 1854, visto que pelo

documento junto prova que lhe não foi ainda satisfeita, o que parece compadecer-se com a

doutrina sancionada no Regulamento da construção publica.

Pede que sendo tomando em consideração o exposto, seja o suplicante deferido

favoravelmente.

E. R. M.ce

Antonio Ferreira Serrano

Procurador

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● Manoel Simplicio Jácome Pessoa, Secretario da Administração das Rendas Provinciais da

Paraiba do Norte, por S.M. I e C. , Que Deus os guarde.

Certifico quanto ao 1º quisito da petição retro, que a supplicante D. Anna Umbelina

Cavalcante Chaves, foi provida na Cadeira de primeiras letras da Cidade d´Arêa por por

provizão do governo da província de vinte de maio de mil oitocentos e quarenta, o que consta

do Livro primeiro dos assentamentos dos empregados publicos a folha duzentos e nove.

Quanto ao 2º quizito consta do mesmo livro e folha que a referida cadeira foi suprimida

pelo Artigo 13, da Lei Provincial, nº 8, de oito de novembro de mil oitocentos e quarenta e um.

Quanto ao 3º consta ao Livro segundo a folha oitenta e nove que a suplicante foi provida

de novo pelo governo em oito d´abril de mil oitocentos e quarenta e oito, com o mesmo titulo,

com que já tinha servido nessa mesma cadeira, passado em vinte de maio de mil oitocentos e

quarenta.

Quanto ao 4º não consta que o suplicante tenha sido desonrada do dito emprego de

professora hoje.

Secretaria da Administração das Rendas Provinciais 10 de novembro de 1855

Fiz escrever, subscrevi e assignei

Manoel Simplício Jácome Pessoa

● Meio Batalhão de Caçadores

Preciza-se para escola elementar deste Batalhão dos objectos abaixo mencionados de

conformidade com a tabela apresentada por avizo de 6 de março de 1854.

Papel almaço .......................................................................................... 6 resmas

Penas de ganços ..................................................................................... quatrocentos e dois

Tinta preta de escrever .......................................................................... seis

Lapis ....................................................................................................... seis dúzias

______ preta .......................................................................................... seis

Colecção de ______ para ....................................................................... vinte exemplares

Taboadas ................................................................................................ vinte exemplares

Grammactica Portuguesa por ______ .................................................... 6 exemplares

Compendio de Aritmética por ______, conforme o de 12 de junho de

1852 .......................................................................................................

6 exemplares

Pautas ..................................................................................................... seis

Exemplares de escrita por ...................................................................... ______

Pedra para escriptas ............................................................................... seis

Lapes das ______ ................................................................................... vinte e quatro.

Quartel na Cidade da Parahyba do Norte, 26 de setembro de 1855.

Ernesto Emiliano Medeiros.

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151

1856

● Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 4 de Outubro de 1856.

Illmo. e Exmo. Srs.

Diverssaz informações

Devendo este Ministério achar-se habilitado para informar ao Corpo Legislativo no

relatório que tem de ser apresentado na proxima sessão da Assembleia Geral acerca do estado

dos diversos ramos do serviço publico que dependem da Repartição dos Negócios do Império,

cumpre que Vossa Excelência remeta a esta Secretaria d’Estado a tempo de chegar à Corte

antes do fim de fevereiro do seguinte ano uma exposição circunstaciada sobre os objetos

abaixo declarados a posto das informações dessa Presidencia que servirão de base ao ultimo

relatório.

1º Qual o estado sanitário dessa Província [...].

2º Qual o estado do ensino primario e secundário com declaração do numero das

respectivas aulas ou escolas, a... sim publicas como particulares e dos alumnos de um e de

outro sexo que as frequentarão no corrente anno, sendo esta informação acompanhada de um

exemplar do Regulamento ou das Instrucções por que ahi se rege esta matéria, anunciando

Vossa Excelência sua opinião sobre as causas que tem concorrido para o progresso ou atraso

deste interessante ramo de serviço publico, e lembrando para o seu melhoramento alguma

medida que julgar efficaz e que por ventura dependa do Governo Geral.

3º Qual o estado de cada uma das obras publicas gerais [...].

4º Qual o estado das estradas e pontes principaes [...].

5º Qual o estado da navegação fluvial [...].

6º Qual o estado da industria de mineração [...].

7º Qual o estado do commercio [...].

8º Quais os limites dessa Provincia [...].

9º Qual a Divisão civil, judiciária e eclesiastica [...].

10º Qual o numero de collegios eleitorais [...].

11ºQual o numero de privilegios concedidos pela respectiva Assembléia [...].

12º Qual o numero e estado dos edificios e estabelecimentos destinados para recreio e

instrucção da população, como Jardins Botanicos, Bibliothecas, Museus, Theatros etc [...].

13º Qual finalmente o estado da vacinação na Provincia [...].

Recomendo a Vossa Excelência e espero de seu zelo que faça todo o esforço para a

remessa destas informações com a brevidade possivel, e no caso em que por circumstancias

independentes da vontade de Vossa Excelência não possão todas ellas ser enviadas em tempo

de aproveitar para o fim que tendo em vista, convém que Vossa Excelencia transmitta ao

menos as que já tiver colhido ou puder obter.

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152

Deus Guarde a Vossa Excelência.

Luis Pedreira da Costta Ferreira

Cumpra-se e registre-se

Palácio do Governo da Província

22 de outubro de 1856.

● Nº 19= de 6 de Outubro de 1856.

Antonio da Costa Pinto Silva = Presidente da Provincia da Parahyba do Norte: Faço saber

a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial Decretou e eu sancionei a

Lei Seguinte =

Art. 1º O Presidente da Provincia é autorizado para despender com os objetos

constantes dos §§ seguintes no exercício de 1857 a quantia de 233:345$999

§1º Assembléia Provincial .............................................................................. 12:432$000

§2º Secretaria do governo ............................................................................. 8:940$000

§ 3º Instrução Publica = ficando desde já igualados os ordenados dos

professores de Instrução Primária das Cidades de Mame e Souza do da

cidade de Areia ..............................................................................................

34:827$999

§4º Culto Público ........................................................................................... 4:797$000

§5º Administração ......................................................................................... 26:100$000

§6º Força Policial ............................................................................................ 45:605$000

§7º Presos e cadeias ...................................................................................... 900$000

§8º Saúde Pública .......................................................................................... 900$000

§9º Iluminação Publica .................................................................................. 8:000$000

§10º Obras Publicas ....................................................................................... 40:000$000

§11º Colonisação ........................................................................................... 10:000$000

§12º Divida Passiva ........................................................................................ 19:000$000

§13º Aposentados e pensionistas .................................................................. 12:279$000

§14º Hospital de Caridade ............................................................................. 1:200$000

§15º Eventuais ............................................................................................... 6:000$000

[...].

● 2º Secção

Rio de Janeiro Ministério dos Negocios do Império em 30 de outubro de 1856

Cegos

Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor.

Achando-se creado nesta côrte um Instituto para a educação dos meninos cegos, e

tratando o governo de dividir pela Provincias do Império os logares de pensionistas gratuitos,

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153

creados no mesmo Instituto na proporção do numero destes infelizes que cada uma tiver,

cumpre que Vossa Exc., habilite para este fim fazendo organizar, e remettendo a esta

secretaria, uma estatistica de todos os menores cegos, existentes nesta Província, com a

especificação do nome, idade, filiação e naturalidade de cada um, da natureza da cegueira se é

natural ou accidental, curável ou incurável e finalmente com a declaração dos recursos

pecuniários de que podem dispor.

Deos Guarde a Vossa Excelencia.

Luis Pedreira da Costa Ferreira.

Senhor Presidente da Provincia da Parahyba.

1857

● Nº 22 de 15 de Outubro de 1857

Manuel Clementino Carneiro da Cunha: Vice-Presidente da Provincia da Parahyba do

Norte: Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial decretou

e eu sancionei a Lei Seguinte:

Art. 1º O Presidente da Provincia é autorizado a dispender no exercicio de 1858 a

quantia de Rs ......................................................................................

§1º Assembleia Provincial .............................................................................. 14:000$000

§2º Secretaria do Governo ............................................................................. 9:740$000

3º Instrução Publica ....................................................................................... 37:194$666

§4º Culto Publico ........................................................................................... 6:797$000

§5º Administração da Fazenda ...................................................................... 33:210$000

§6º Força Policial ............................................................................................ 54:500$000

§7º Presos e cadeias ...................................................................................... 13:000$000

§8º Saúde Publica .......................................................................................... 900$000

§9º Iluminação Pública .................................................................................. 8:000$000

§10º Obras Publicas ....................................................................................... 168:300$000

§11º Com a Colonização ................................................................................ 10:000$000

§12º. Aposentados e Pensionistas ................................................................. 20:300$000

§13º Divida Inscrita ........................................................................................ 1:000$000

§14º Caixa de Agricultura .............................................................................. 9:000$000

§15º Eventuais ............................................................................................... 6:000$000

§16º Exercicios findos .................................................................................... 000$000

Art 2º [...].

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154

● Circular 2ª Secção

Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 14 de Dezembro de 1857.

Instrução

Ilmo. Ex. Sr.

Representando o Conselho de Estado Inspector Geral da Instrucção Primária e

Secundária do Município da Corte, em Ofício de 10 do corrente, não ter até o presente tido a

devida execução o aviso circular de 26 de Fevereiro de 1855, pelo qual foi ordenado as

Presidências da Província que anualmente fizessem remeter, no Ofício e diretamente ao

referido Inspector Geral as informações e estatísticas da instrução primária e secundárias das

respectivas Províncias, a fim de o habilitar para dar cumprimento ao disposto no artigo 3º § e

5º do Regulamento de 17 de Fevereiro de 1854; e aproximando-se a época em que deve de ser

presente ao corpo Legislativo o Relatório do Ministério a meu cargo ordeno a V. Exca., que faça

quanto antes cumprir o referido Aviso circular de sorte que impreterivelmente até o fim do

mês de fevereiro próximo futuro se achar na Inspetoria Geral da instrucção do Município da

Corte todos os esclarecimentos relativos ao estudo e progresso da instrucção primária e

secundária dessa Província.

Deus Guarde a V. Exca.

______

Ilmo. Vice Presidente da Província da Parahyba

Cumpra-se e archive-se.

Palácio da Presidência da Parahiba 20 de Janeiro de 1858.

______

1858

● O professor de latim do Pilar, aposentado

Luiz Antonio Monteiro da Franca

Provido para titulo de governo de 6 de março de 1843

em virtude do mesmo titulo de ordenado annual.

102h124

1858

Abril 05 Recebeu os vencimentos de janeiro de março p.p. 25h531

Maio 03 Idem idem de abril p.p. 8h510

Junho 07 Idem idem de maio p.p. 8h510

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155

Continuação da Tabela anterior.

julho 02 Idem idem de junho p.p. 8h510

outubro 02 Idem idem de julho de setembro p.p. 25h531

1859

janeiro 02 Idem idem de outubro a dezembro p.p. 25h532

● A professora de 1as lettras do Pilar aposentada

D.Rosa Flora Cavalcante Chaves

Provida por título de Governo de 25 de maio de 1842

Em virtude do mesmo titulo vence d´ordenado annual.

N 61h340

1858

abril 05 Recebem os vencimentos de janeiro a março p.p.

15h333

maio 03 Idem idem a Abril p.p. 5h111

junho 07 Idem idem de maio p.p. 5h111

julho 02 Idem idem de junho p.p. 5h111

outubro 02 Idem idem de julho a setembro p.p. 15h335

1859

janeiro 02 Idem idem de outubro a dezembro p.p. 15h339

● A professora de 1as Lettras da Cidade alta aposentada

D.Maria da Conceição Cabral

Provida por titulo do Governo de 23 de julho de 1852

Em virtude do mesmo titulo e da lei provincial n.18 de 6 de julho de 1852 vence de

ordenado annual.

385h315

1858

Abril 08 Recebeu os vencimentos de janeiro a março p.p.

96h328

Maio 11 Idem idem de abril p.p. 32h109

Agosto 09 Idem idem de maio a julho p.p 96h328

Dezembro 10 Idem idem de agosto a novembro p.p. 128h438

1859

Março 02 Idem idem de dezembro p.p. 32h112

● A professora de 1as lettras da Cidade de Souza aposentada

D.Maria José de Jesus

Provida por titulo do governo de 1 d´agosto de 1842

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156

Em virtude do mesmo vence d´ordenado annual.

N 75h008

1858

Julho 12 Recebeu o ordenado de janeiro a maio 31h 253

Frederico Augusto Neiva J.

1859

Março 29 Idem idem de junho a dezembro 43h755

Frederico Augusto Neiva

●O professor de 1as Lettras de Campina, aposentado

Antonio Jose Gomes Barbosa

Provido por titulo do Governo de 22 de novembro de 1853

Em virtude do mesmo titulo vence de ordenado annual.

N 350h000

1858

fevereiro 22 Recebeu os vencimentos de jan. p . p. 29h166

março 27 Idem idem de fevereiro 29h166

abril 08 Idem idem de março p.p. 29h166

maio 06 Idem idem de abril p.p. 29h166

junho 07 Idem idem de maio p.p. 29h166

julho 19 Idem idem de junho p.p. 29h166

setembro 17 Idem idem de julho e agosto p.p. 58h333

outubro 21 Idem idem de setembro p.p. 29h166

dezembro 21 Idem idem de outubro e novembro 58h333

1859

fevereiro 25 Idem idem de desembro 29h172

● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba em 3

de janeiro de 1858

Tendo por portaria de 29 do mês de dezembro ultimo mandado passar titulo de

professor de primeiras lettras a Luiz Paulino de Figueiredo e Tibúrcio Naterciano da Silva

Dourado, aquelle para a cadeira da Povoação de São João, e o este para o de São José de

Piranhas, ambas do município de Souza, visto terem sido approvados na concurso a que para

isso se propuseram, comunico a Vosmecê para os fins convenientes.

Deos guarde vosmece

Henrique Beaurepaire Rohan

Inspector do Thesouro Provincial

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157

● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba em 29

de janeiro de 1858

Por portaria de hoje concedi ao 1º substituto do Lyceu desta cidade Claudianno Joaquim

Bezerra Cavalcanti de Alburquerque, trinta dias de licença sem vencimentos, os quais

começarão a ser contados da data em que foi ella apresentada a Directoria da Instrução

Publica, o que comunico a Vossa Excelência para os fins convenientes.

Deos Guarde a Vossa Excelência

Henrique de Beaurepaire Rohan

Note-se no assentamento e na folha respectiva

Thesouraria Geral em 30 de janeiro de 1858

Excelentíssimo Sr. José Carlos da Costa Ribeiro

Inspector do Thesouro Provincial

● Província da Parahyba do Norte – Palácio da Presidência na Cidade da Parahyba, em

22 de fevereiro de 1858

Nº 71

Tendo por Portaria de hoje concedido ao Professor Publico da cadeira de Latim da

cidade de Souza Amaro Gomes dos Santos, o anno de Licença, de que trata a lei provincial nº

13 de 3 de outubro do anno passado, visto ter elle satisfeito a condição do artigo 2º da mesma

lei, o communico a Vmce para os fins convenientes.

Deus Guarde a Vmce

Henrique Beaurepaire Rohan

A.1ª secção para averbar

Thes.º Provil. 23 de setembro de 1858

Cezar.

Senhor José Maria de Carvalho Cezar

Inspector interino do Thesouro Provincial

● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 23

de fevereiro de 1858.

Comunico a Vos-mece para os devidos effeitos que por portaria de hoje concedi 13 dias

de licença sem vencimentos ao substituto do Lyceu d´esta cidade Bacharel Francisco Lucas de

Souza Rangel

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Deos guarde a Vosmece

Henrique de Beaurepaire Rohan

Primeira sessão Provincial

24 de fevereiro de 1858

Senhor José Maria Carvalho Cezar

Inspector do Thesouro Provincial

● Província da Parahyba do Norte - Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 4

de março de 1858.

Tendo por portaria de hoje concedido aposentadoria com todo o ordenado, ao

Professor Publico de 1as lettras da Villa de Cabaceiras, Bernadino José Liveira, segundo me elle

requereo, visto contar já vinte cinco annos de effetivo exercício no seo magistério, o

communico a Vmce para os devidas effeitos.

Deus guarde a Vmce

Henrique Beaurepaire Rohan

A 1ª secção para fazer as convenientes verbas. Thesouro Provincial, 4 de março de 1858.

Cesar

Senhor José Maria de Carvalho Cezar

Inspector interino do Thesouro Provincial

● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 8

de março de 1858.

Tendo sido nomeado por portaria de hoje, o cidadão Jovino Limeira de Barros para reger

interinamente a cadeira de primeiras lettras da Vila de Cabaceiras, o comunico a Vossa

Excelência para os devidos fins convenientes.

Deos guarde a Vossa Excelência

Henrique Beaurepaire Rohan

A 1ª seção para averbar

Thesouro Provincial em 9 de março de 1858

Cezar

Servi

José Maria de Carvalho Cesar

Inspector Interino do Thesouro da Província

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● Província da Parahyba do Norte. Palacio da Presidência na cidade da Paraíba em 26

de setembro 1858.

Nº40

Tendo approvado a proposta, que por offício desta proposta data me faz o Director da

Instrução Publica da Província, de ser substituído o tratado de geomethria de Euclides pelo

curso de mathemática elementar de C. B. Ottoni, para o estudo d’esta sciência em o Lycêo

desta Cidade, cumpre que vois mecê pelos meio do seo alcance mande vir cincuenta

exemplares daquella obra, assim como uma tabua de logarithimo de Callett dos ditos

exemplares com a tabua de logaritimo serão entregues ao Lycêo, e os outros vendidos pelo

custo aos alumnos da aula de geometria, sendo as despesas respectivas levadas a competente

verba.

Deos Guarde a Vois Mecê

Henrique de Beaurepaire Roham

Expeça-se ordem ao agente fiscal em ______ para comprar os livros de que se tracta

Thesouro Provincial em 28 de janeiro de 1858.

Foi a mando do agente fiscal a 29.

Senhor doutor Jose Carlos da Costa Ribeiro

Inspector do Thesouro Provincial.

● Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 27 de setembro de 1858

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor.

Devendo este ministério achar-se habilitado para informar ao corpo Legislativo no

relatório que tem de ser apresentado na próxima sessão da Assembléa Geral, acerca do Estado

dos diversos ramos do Serviço Publico que dependem da Repartição dos Negócios do Império,

cumpre que Vossa Excelência remeta a esta corte antes do fim do mês de Fevereiro do

seguinte anno, uma exposição circunstanciada sobre os objetos abaixo declarados a partir das

informações dessa Presidencia, que serviram de base ao ultimo relatório.

1º Qual e estado sanitario desta Província [...].

2º Qual o estado do primário e secundário, com declaração do numero das respectivas

aulas, em escolas, assim publicas como particulares, e dos alunos de um de outros sexos, que

freqüentaram no corrente ano, sendo esta informação acompanhada de um exemplar do

regulamento, ou das Instruções porque ali se rege esta matéria, enunciando Vossa Excelência

sua opinião sobre as causas que tenham concorrido para o progresso, ou atraso deste

interessante ramo do serviço público, e lembrando para seu melhoramento, alguma medida

que fique eficaz, e que porventura dependa do governo geral.

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3º Qual o estado de cada uma das obras publicas [...].

4º Qual o estado das estradas [...].

5º Qual o Estado da Navegação [...].

6-º Qual o estado da Industria [...].

Recomendo a Vossa Excelência e espero de seu zelo que faça todo o esforço para a

remessa desta informação com brevidade possível.

Deus guarde a Vossa Excelência

Marques de Olinda

Cumpre-se e arquivi-se

Palácio da Presidência da Paraíba

14 de outubro de 1858

Henrique de Beaurepeaire Rohan

Presidente da Província da Parahyba

● De janeiro a Setembro de 1858

Assembléa 1:935$598

Secretaria do governo 7:136$373

Instruçao Pública 24:621$423

Culto Público 700$373

Fazenda 17:596$115

Policia 38:039$123

Prezos e cadeias 14:1200$166

Saúde Pública 600$000

Iluminação 3:860$725

Obras Públicas 19:169$596

Aposentados 12:021$795

Divida Passiva 236$732

Eventuais 1:650$800

Exercício Findo 1:640$533

Desapropiação (lei nº 22 de 57, art.5§5º) 4:066$000

Levantamento da planta da cidade (idem art.6§6) 212$120

Ante

Mel Bap

ta (idem art. 5§7º) 400$000

Insp.Chaves (Idem art.5§8) 600$000

Camara da Capital (idem de §9º) 600$000

Hospitais da Caridade 1:075$040

Aute Ruf

e (lei nº 15 de 1854) 40$000

Matriz de Santa Rita 1:000$000

Adiantamentos 1:703$8______

Indenização 5:044$400

Abastecimento 26:251$636

184:296$475

Pela Caixa 184:296$475

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Despesas de janeiro a dezembro de 1858

Assembléia provincial 14:916$750

Secretaria do governo 10:243$959

Instrução publica 37:339$959

Culto publico 1:027$791

Administração da fasenda 24:825$34

Força policial 53:002$34

Prezos e cadeias 19:157$12

Saúde publica 852$413

Iluminação pública 5:318$725

Obras Públicas 27:896$026

Colonização ______

Aposentados 18:104$345

Dívidas Inscriptas 236$732

Caixa d´agricultura ______

Eventuais (6:133$100)...8:215$949

Exercícios Findos 1:729$533

Diversos Créditos 16:541$487

Diversas Transações 31:613$586

274:020$442

6:133$100

267:887$342

AGENCIAS

Pernco comunicação.................................................................. 2:084$127

idem expedido...................................................................... 2:929$980

idem saques.............................................................................. 5:343$500 10:356$695

Aracaty- comunicação............................................................... 388$500 388$270

R- 306:490$396

D- 267:887$342

38:603$054

5:118$861

2;610$869

46:332$784

1859

● Resolução – Nº 15

A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte – Decreta:

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Título I

Despeza Provincial

Art. 1º O governo he autorisado a despender no exercício de 1860 observando a

distribuição feita nos artigos seguintes a quantia de rs.

Capitulo 3º

Instrucção Publica

Art. 4º Com a Instrução publica...................................... 72:890$000

§ 1º

Directoria.........................................................................

1:000$000

§ 2º Lyceo........................................................................ 10:700$000

§ 3º Aulas de latim avulças.......................................... 3:600$000

§ 4º Ditas de 1º lettras para o sexo masculino............ 43:600$000

§ 5º Ditas ditas para o feminino.................................. 11:400$000

§ 6º Gratificações de exercício.................................... 1:466$000

§ 7º Alluguel de cazas.................................................. 524$000

§8º Expediente e utensílios......................................... 600$000

Sala das Commissões 20 de agosto de 1859.

Meira Henriques.

Meira de Vasconcelos,

Francisco Gouveia

● Nº 7

A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte

Decreta

Art. 1º Fica o Presidente da Província authorizado a conceder ao Padre João do Rego e

Moura, Professor de Philosofhia do Lyceo desta cidade, em cada um dos annos, que lhe faltão

para terminar o curso da faculdade de Direito do recife, até seis meses de licença com

ordenado correspondente de oitocentos mil reis na conformidade do artigo 5º da lei nº 9 de

29 de outubro de 1858.

Art. 2º Revogão-se as leis em contrário

Paço d’Assemblea Provincial da Parahyba do Norte 25 de Agosto de 1859

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Felinto Henriques de Almeida

Presidente

João Leite Ferreiro

1º Secretário

Antonio de Souza Carvalho

2º Secretario.

● A Assemblea Legislativa Provincial da Parahyba do Norte

Nº 74 Decreta

Artº 1º Fica o governo autorizado a reintegrar ao magistério o professor aposentado de

instrução primária José Pereira da Silva Dourado.

Artº 2º O seu Provimento terá lugar independente de esame de novo título logo que

haver vaga ou creação em cada uma das cadeiras da Capital; uma vez effectuado cessará o

ordenado que actualmente recebe por força de sua aposentadoria.

Artº 3º Enquanto não for ele provido poderá ser empregado como adjuncto em

qualquer cadeira das existentes, se o governo assim entender coveniente sob informação da

directoria.

Artº 4º Revogão-se as disposições em contrário.

Paço da Assemblea Legislativa da província da Parahyba 25 de agosto de 1859

João Leite Ferreira

Secretario

Antonio de Souza Carvalho

2º Secretario

● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte

Nº 30

Decreto.

Art. Unico = Fica criada na Vila d’Alagoa Nova, a Cadeira de instrução primaria para o

sexo feminino.

Paço da assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 29 de agosto de 1859.

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Felinto Marques de Almeida

Presidente

João Leite Ferreira

1º Secretario

Antônio de Souza Carvalho

2º Secretario

● Volte à Assembléia L. Provincial

Palácio da Presidência da Parahyba

Em 2 de setembro de 1859

Ambrósio Leitão da Cunha.

Julgo necessário que este projeto seja reconsiderado pela Assembléia L. Provincial, por

me parecer inconstitucional visto como a atribuição conferida às Assembléias provinciais pelo

artigo 10 § 11 do acto addicional à Constituição do império por forma alguma as pode

authorizar para ______ resouverem a respeito da nomeação, despensão ou dimissão de cada

empregado ou particular; por que d’ahi resultaria o grave inconveniente ou se confundirem os

meus destinctos actos de legislar e executar.

Se a autorização concedida a Presidência neste projeto fosse relativo aos professores

apresentados em ______ o presidente julgasse no caso de serem aproveitados de novo no

magistério, com proveito da causa pública, teria a Assembléia legislado, nos termos do citado

artigo, dentro de suas atribuições constitucionais; mas desde que a autorização se refere em

particular do professor de primeiras letras me parece que se um excesso de atribuição com

invasão do poder administrativo.

Esta doutrina é a mesma do aviso imperial de 1 de março de 1848.

● Volte à assembléia L. Provincial

Palácio da presidência da Parahyba

Em 2 de setembro de 1859.

Ambrozio Leitão da Cunha

Este projeto deve, a meu ver, ser reconsiderado pela Assembléia provincial, por que o

tenho como contrário aos interesses da província.

No meu relatório a mesma Assembléia expuz considerações sufficientes para mostrar-

lhe o lastimo estado da instrução publica na província. Fiz, estas, ver que entre outras

inconvenientes cumpre aqui lutarmos a semelhante respeito dar-lhe o da má colocação das

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escolas no interior; tendo os lugares em que elas tão disponíveis, e estando privado deste

beneficio povoações mais importantes.

A Assembléia reconhecendo, como todos, esses incovenientes, discute em projeto de

reforma da instrução pública no qual entre outras authorisações que concede a presidência

apurem ______ do tracto d’qquela reforma, lhe dá a de reprimir cadeiras, e a de cria-la pelo

interior, como exigirem as conveniências públicas: resouver por tanto a mesma Assembléia em

tais circunstâncias que se dê a Alagoa Nova uma cadeira para meninas, sem que preceda o

estudo atende o que tem de entregar-se a presidência, por que as novas criações e extensões

de cadeiras seja resultado como deve ser a reforma da instrução pública na forma é, a meu

ver, um grande embaraço para a presidência, com prejuiso por aquele ramo do serviço, que

não pode deixar de ______ da criação de semelhante natureza, isolada, e tem pelas suas

circunstancias atuais.

● Registrado

A Assembléa Legislativa Provincial da Parahyba do Norte

Numero 09 Decreta

Art.01. Ficam creadas nas povoações da Matta Virgem do Termo de Cabaceiras e

Conceição do de Piancó duas cadeiras de primeiras lettras para o sexo masculino

Art.02 Os seus respectivos proffessores perceberão os mesmos vencimentos que os

demais da província

Art.03 Ficam revogadas as disposições em contrário

Paço d´Assemblea Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 2 de Setembro de 1859.

Felinto Henriques Almeida

Presidente

João Leite Ferreira

1 secretário

Antônio de Souza Carvalho

2 Secretário

● Voute a Assembléa Legislativa Provincial Palácio da Província da Parahyba em 5 de

setembro de 1859.

A inconveniência deste presente me parece manifesto.

Como expressa a Assembléa Legislativa Provincial meu relatório é geralmente admitir a

mais distribuição das escolas do ensino primário pelo interior da província. É reconhecendo-o a

Assembléa, incluso no presidente que em decente reforma da instrução publica uma

authorização ______ por reparar aquele mal.

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Não devendo esta Província seu resultado de meditado trabalho, e de informações

muito seguras; segue-se que seria um verdadeiro embaraço para a administração, e

consequentemente dar aquela reforma a creação, como a deste projecto previa, e deslocado

completamente do pelo que deve caracterizar a reforma de projectos.

Vossa Excelência com interesses da função, me parece que o projecto deve ser

reconsiderado pela Assembléa.

● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte

Nº 27

Decreta

Art. Unico. Os artigos 3º e 5º da lei nº 9 de 29 de outubro de 1858, não tem aplicação

aos professores que obtiverem licença com o anno de se faserem substituir a sua custa.

Paço d’Assembleia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 23 de Setembro de 1859.

Felinto Henriques de Almeida

Presidente

João Leite Ferreira

1º secretario

Antonio de Souza Carvalho

2º secretario

Sancione e publique se como lei

Palácio da Província da Parahyba em

27 de setembro 1858.

1860

● Julgamento de 27 de janeiro do corrente ano, devendo ser restituído a elas os

Respectivos professores.

Artigo 4º Fica o presidente da provincia autorizado a extinguir as cadeiras que entender

dispensaveis pela pouca utilidade que apresentam respeitando o direito adquirido “de

vitalidade” uma vez que não se acha os professores em algum dos casos especificado nos §§ 8º

e 9º do artigo 1º.

Artigo 5º Os alunos, que frequentarem com aproveitamento as matérias do ensino do

Lyceu e forem nelas aprovados, obtendo um diploma pelo modelo que o presidente da

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província der. Os que obtiverem este diploma será em igualdade de circunstancia proferido

sempre que concorrerem com outros individuos para o empregos públicos provinciais.

Artigo 6º Revogam-se as disposições em contrário.

Paço da Assembleia Provincial

Aos 17 de julho de 1860

Carneiro da Cunha

Holanda Chacon

Oliveira e Villar.

● 4º Secção – Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 28 de agosto de

1860.

Ilmo. Exmo. Snr.

Accusando o recebimento do officio datado de 13 do corrente, em que V. Ex. me comunica ter

a Assembléa Legislativa dessa Provincia creado 3 pensões para educação dos filhos da mesma

Provincia no Instituto dos Surdos Mudos, cabem agradecer a V. Exa. a diligencia que paz na

execução do Aviso circular de 13 de março ultimo.

Deus Guarde a V. Exa.

João Almeida Pereira Filho.

Snr. Presidente da Província

da Parahyba.

● Nº 195 Parahyba – Thesouro Provincial em 29 de agosto de 1860.

Vencimento

Professora

Como requer

Ao Inspr. Thesouro que pague na forma do seu parecer neste officio.

Ilmo. Exmo. Senhor.

Cumprindo a ordem de V. Excia. Nº 612 de 18 do corrente informo, que a vista da lei nº

12 de 8 do corrente, que suspende a execução do regulamento de 27 de janeiro deste ano

mandando vigorar a legislação anterior, ter a professora de instrução primaria da capital. D.

Alexandrina Casdina de Vasconcellos Chaves; direito ao vencimento annual que lhe está fixado

na tabela que acompanha a lei nº 9 de 29 de outubro de 1858, assim como a gratificação de

12$000 reis mensais que lhe é dada pelo §7º do artigo 4º da lei do orçamento vigente para

aluguel de cazas.

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168

Devolvo a petição, que acompanhou o referido officio de V. Excia.

Deus Guarde a V. Excia.

Ilmo. Exmo Senhor. Dro. Luis Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província

O Inspector

José Carlos da Costa Ribeiro

2º Secção18

Comunicou-se em data de 30

d’agosto a despeza lançada

na petição da Professora desta

capital D. Alexandrina Casdina

de Vasconcellos Chaves.

● Ilmo. Sr. Inspector

Do assentamento respectivo nesta por Joaquim Casado d’Almeida Nobre foi provido na

cadeira de 1ªs primeiras Letras na Vila de Piancó para titulo da presidencia de 21 de dezembro

de 1852, entrou em exercício em 25 de fevereiro de 1853, e servia sem interrupção até 22 de

julho de 1856. Foi removido por portaria de 9º de junho do mesmo anno. pa. a cadeira do

Bairro alto desta cide. Creada em virtude da resolução da presidencia de 7 junho do mesmo

anno, uma cadeira funcionou até 15 de setembro do mesmo anno, por ter sido jubilado em 15

por portaria da presidencia.

Servio pois na cadeira de Piancó 3 annos, 4 meses e na do bairro alto desta cidade 4

annos, 1 mes e 24 dias que sommam do prefaz 7 annos, 6 meses e 20 dias.

Obteve da presidencia diversas licenças por molestia a 1º em 27 de setembro de 1856

por 20 dias a 2º no 1º de março de 1859 por 30 dias- e a 3º em 25 de maio do corrente por

tres meses.

Abatendo-se esta ultima licença nos termos do artigo 5º da lei numero 10 de 12 de

junho de 1854, fica redusido o tempo de serviço a 7 annos, 3 meses e 20 dias, que calculado na

rasão de 600$000 e com attenção a base de 29 annos na forma do art. 39 do regulamento da

instrução publica de 11 de março de 1852, e art. 5º da lei nº 9 de 22 de outubro de 1858 acho

annualmente a quantia de cento setenta e cinco mil tresentos e quinse reis – 175$315.

Primeira Secção do Thesouro Provincial da Parahyba 26 de setembro de 1860.

Pe. Custodio de Sá Leitão.

Servindo de Chefe.

18

N.O.: Este trecho do documento encontra-se no verso do original.

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● Projeto n. 10

A Assembléa Legislativa da Província da Parahyba

Resolve

Título 1º

Despeza Provincial

Art. 1º. A despeza provincial que o governo fica autorisado a fazer no exercício de 1862,

será destribuida pelas verbas especificadas nos artigos seguintes na importância de Rs.

Capitulo 1º

Assembléa provincial

Art. 2ª. Com a Assembléa provincial 21:090$000

Capitulo 2º

Secretaria do governo

Art. 3º. Com a Secretaria do Governo 16:900$000

Capitulo 3º

Instrucção publica

Art. 4º Com a Instrucção publica 61:940$

§ 1º Directoria 1:600$

§ 2º Lycêo 11:900$

§ 3º Aulas de Latim avulsas 1:800$

§ 4º Ditas de primeiras lettras para sexo masculino 31:500$

§ 5º Ditas para sexo feminino 11:400$

§ 6º Aluguel de casas para os professores da capital 440$

§ 7º Dito para os professores da capital 330$

§ 8º Dito aos professores e professoras do outro 2:400$

§ 9º Expediente e utensilios 600$

Capitulo 4º

Culto publico

Art. 5º Com o Culto publico 10:900$

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Capitulo 5º

Prezos e Cadeas

Art. 6º Com prezos e Cadeas 24:271$

Capitulo 6º

Administração da Fazenda

Art. 7º Com a Administração da Fazenda 42:534$

Capitulo 7º

Força policial

Art.8º Com a força policial 40:808$500

Capitulo 8º

Saude publica

Art.9º Com o Cirurgião-mór da Província 1:200$

Capitulo 9º

Obras publicas

Art. 10º Com obras publicas 20:000$

Capitulo 10º

Aposentados e Pensionistas

Art. 11º Com os aposentados e pensionistas 26:009$

Capitulo 11º

Dívida passiva inscripta

Art. 12º Com o pagamento do capital e juros 1:664$097

Capitulo 12º

Cemiterio publico

Art. 13º Vencimentos do Administrador 1:000$

Capítulo 13º

Eventuaes

Art. 14º Com diversas despesas eventuaes, prorrogação da

Assembléia provincial, e sessões extraordinárias

6:000$

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Capítulo 14º

Depósitos

Art. 15º Restituição de depósitos 1:343$

Capítulo 15º

Exercícios findos

Art. 16º Serviços por pagar, [...]

TÍTULO 2º

Art. 17º [...]

§27º Matricula das aulas do Liceo

§ 37º Premio de lettras e de mora dos collectores e recebedores

[...]

§ 46º 10$ mito rs. sobre aulas particulares permittidas pelo Governo

TÍTULO 3º

Disposições gerais

Art.18º [...]

Art. 29º [...]

Epaminondas de Souza Gouveia

Elias Eliaco da Costa Ramos

João da Matta Corrêa Lima

Com restrições

● João Antônio Marques Professor de Francês do Lycêo d´esta Cidade requer a V.Ex.cia se Digne

mandar pagar lhe as gratificações, que recem, como tal de outubro à dezembro ao exercício

de 1860.

P. a V.Ex.cia lhe - defira na forma requerida

E. R. M. ce

Joaquim Tertuliano de ______

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● 1ª Seção Rio de Janeiro. Ministério dos Negócios do Império em 5 de outubro de

1860.

Tendo este Ministério de prestar à Assemblea Geral Legislativa no relatório que deve

apresentar na sua proxima sessão todas as possíveis informações acerca do estado dos

diversos ramos do serviço público da competência do mesmo Ministério, cumpre que V. Exa.

remetta a esta Secretaria d’Estado até o fim do mez de Fevereiro do seguinte anno exposição

circunstanciada relativamente aos objectos abaixo declarados, a qual deverá começar da data

das informações dessa Presidencia que servirão de base ao ultimo relatório.

1º Qual o estado sanitário desta Província, [...]

2º Qual o estado do ensino primario e secundario, com declaração do numero das

respectivas aulas ou escolas, assim publicas como particulares, e dos alumnos de um e de

outro sexo que as freqüentarão no corrente anno, enunciando V. Exa. sua opinião sobre as

causas que tenhão concorrido para o progresso ou atraso deste interessante ramo do serviço

publico lembrando para o seu melhoramento alguma medida que julgue eficaz, e que por

ventura dependa do Governo Geral.

Recomendo a V. Exa., e espero de seo zelo que faça todo o esforço para remessa destas

informações dentro do prazo marcado.

Deus Guarde a V. Exa.

João de Almeida Pereira Filho.

Cumpra-se: Palácio do Governo

da Parahyba 18 de outubro de 1860

______

Shr. Presidente da Provincia

da Parahyba.

● Nº 216 Parahyba - Thesouro Provincial, em 15 de outubro de 1860.

Ilm. Exm. Senh.

Tenho duvida em aceitar a incluza conta de Despesa de quatro mil reis feita pelo

engenheiro encarregado das obras publicas com o concerto do tecto do Lyceu, a qual

acompanhou o offício de V. Excia. N° 296 de hontem, por que não esta conforme com o

disposto no artigo 32 do Regulamento de 20 de janeiro deste anno, que exige a assinatura dos

operarios. Rogo a V. Excia. Que se digne de resolver como julgar acertado a respeito d’ella.

Deus guarde a V. Excia.

Illmo. Exmo Senh. Des. Luis Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província

O inspector

José Carlos da Costa Ribeiro

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173

● Nº 238 Parahyba Thesouro Provincial, em 19 de outubro de 1860.

Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor.

Dona Belmira Leopoldina Arantes requereu ao Thesouro o pagamento de seus

vencimentos como professora interina da cadeira de menina da Villa de Pianco Desde o Dia 20

de abril em que deixara aquela cadeira para vir a capital opor se ao concurso para provimento

definitivo da mesma, até o dia 14 de junho em que tendo sido efectivamente nomeada para a

referida cadeira entrara no exercício de sue novo cargo.

A contadoria em sua informação escripta no verso da petição entende que os referidos

vencimentos só podem ser contados até o dia do exame, por que nesse dia esperou- o seu

exercício interino, o fiscal porém entende, que o exercício interino pode ser considerado findo

no dia que começou o da professora efectiva.

Sendo submettida esta petição com aquelles pareceres a decizão da junta decidiu esta

na forma do parecer fiscal.

E porque o requerimento de 1 de março deste anno no artigo 9 § 2 exige approvação da

presidência para o cumprimento das decisões da junta proferida. Sobre pagamento de

ordenado em que ha dividas, tenho a honra de submetter o expedido a decisão de Vossa

Excelência.

Deus Guarde a Vossa Excelencia

Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor

Desembargador Luis Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província.

O Inspector

● Nº 245 Parahyba, Thesouro Provincial, em 25 de Outubro de 1860.

Vencimto do Professor

Exmo Emº Snro

Em cumprimento da ordem de V. Excia. nº 680 de 23 do corrente passo as mãos de V.

Excia. a conta do ordenado a que tem direito o professor de primeiras Letras ha pouco jubilado

Joaquim Casado D’Almeida Nobre.

Deus Guarde a V. Excia.

Il. Emº Snro Door. Luis Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província

O Inspector

Jose Carlos da Costa Ribeiro.

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● Pagamento nº 251

Parahyba Thesouro Provincial, em 31 de outubro de 1860.

Que no pagamento que se tem de effectua no principio do mez segte (amanhã) dê

preferencia aos que ainda não tiverem recebido o ordenado de setembro.

Ilmº e Exmo. Snr.

(Requerimento) “dirija-se ao Thesouro Provincial”

31 outubro

Cumprindo o despacho de V. Excia. lançado sobre a incluza petição da professora de

meninas D. Alexandrina Casdina de Vasconcellos Chaves, que, tendo deixado de receber seus

vencimentos de setembro, requer a V. Excia., que lhe’os mande pagar, visto lhe consta, que os

empregados do Thesouro e da Secretaria estão em dia, tenho honra de informar, que a

referida professora está em efeito por ser paga daquelles vencimentos; e se aquelles outros

empregados estão com seus vencimentos em dia, o que não é inteiramente exacto é porque

pertenceu elles as duas classes, que segundo a tabella de 10 de fevereiro de 1857, são pagas

nos dois dias primeiros dias uteis de cada mes, e aconteceu haver nos dois primeiros dias do

mes que hoje finda, dinheiro suficiente para ellas.

Neste momento não há no cofre um real.

Deus Guarde a V. Ecia.

Ilmo. Emº Snro Dr. Luis Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província

O Inspector

José Carlos da Costa Ribeiro 19

Em 31 de outubro mandou-se que no pagamento de novembro se dê preferencia a

quem estiver por pagar de novembro.

● Pagamento dos Aposentados

Nº 252 Parahyba Thesouro Provincial, em 31 de outubro de 1860

Autorizo a abrir o crédito necessario para que se possa effetuar um pagamento em

tempo competente. Comunique-se a Assembléa Provincial

19

N.O.: Este trecho do documento encontra-se no verso do original.

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31.000

Ilmo. Exmo Sen.

Cumprindo o officio de V. Excia nº 827 de hontem, informou que pagos os vencimentos

dos aposentados e pencionistas na razão de metade somente, restará em dezembro um saldo

na respectiva verba de 171:005$442 como diz a primeira secção na informação junta; e este

saldo será sufficiente para os vencimentos de novos aposentados que possam apparecer.

Mas si V.Excia me permettir, observarei, que há outra metade dos vencimentos que fica

em dívida deve ser pago mas tarde por conta do mesmo credito, que tem de ficar aberto até

junho de 1861 na forma dos artigos 56 e 57 do regulamento de 1 de março deste anno.

Deus Guarde a V. Excia

Ilmo e Exmo Senhor Desembargador Antonio da Silva Nunes.

Presidente desta Província

O Inspector

José Carlos da Costa Ribeiro

Illmo Inspector

Informo a V. Sª que effectuando-se os pagamentos até desembro do corrente anno em

razão de metade na forma ordenada pela Presidencia mais há déficit na rubrica –aposentados

- e sim um sala20. na importancia de um conto cinco mil quatrocentos quarenta e dous reis.

Cumpreme porém prevenir a V. Sª que posteriormente a data de nota apresentada a

Presidência forão jubilados alguns professores, cujos vencimentos ainda não está contados.

Primeira Secção de Thesouro Provincial. 31 de outubro de 1860.

O Chefe

José Messia de Carvalho César

20

N.O.: Encontrado desta forma no documento original.

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Antonio CarlosFerreira Pinheiro

Licenciatura em História pela U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e Pernambuco (1985). Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela U n i v e r s i d a d e C a t ó l i c a d e Pernambuco (1986), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1989) e doutorado em Educação na área de História da Educação pela Univers idade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é professor Associado III e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas História da Educação na Paraíba (Diretório do CNPq), vinculado ao HISTEDBR, no qual foi seu coordenador por duas gestões (2001-2005) e (2009-2012) . Membro fundador (em 2004) do Grupo de Pesquisa História da Educação no Nordeste Oitocentista - GHENO. Fez parte da Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação - SBHE (Tesoureiro), no período de 2009 a 2013.Endereço eletrônico: [email protected]

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Nos últimos anos, é possível observar um incremento e amadurecimento da pesquisa histórica no campo da educação, bem como o aparecimento e aprofundamento de reflexões sobre o ensino de história da educação no Brasil. Nesse movimento, o debate teórico se converteu em um elemento obrigatório da agenda das/os historiadoras/es da educação. Um aspecto dessa agenda complexa e necessária remete à concepção, localização e tratamento das fontes, condição primária para constituir modos de pensar, fazer, escrever e ensinar história da educação em suas múltiplas manifestações.

Nos marcos do investimento no acesso e democratização das fontes, celebramos a edição dos volumes XI, XII e XIII da Coleção Documentos da Educação Brasileira e parabenizamos seus organizadores que, ao aceitarem o desafio, oferecem mais uma contribuição de indiscutível relevo para o campo, ampliando as possibilidades de investigação da pesquisa histórica, com base no núcleo documental reunido, classificado e, ora, disponibilizado para um público mais amplo. Por fim, convidamos todos a dialogar com as referências plurais reunidas nestes volumes, de modo a fortalecer ainda mais o campo da história da educação no Brasil.

José Gonçalves GondraRio de Janeiro, 08 de abril de 2015

978- 85- 67757- 05- 6

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