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Coleção Documentos da Educação Brasileira
Sociedade Brasileira de História da Educação
FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIALDOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)
Cláudia Engler CuryMauricéia Ananias
Antonio Carlos Ferreira Pinheiro(Organizadores)
Cláudia Engler Cury
Mauricéia Ananias
Possui Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais, 1984 e 1991, respectivamente pela Universidade Estadual de Campinas (1984). Licenciatura em História (1996), Mestrado em Educação e doutorado e m E d u c a ç ã o t a m b é m p e l a Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é membro da Comissão de Editoração da Revista SAECULUM. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em História da UFPB no biênio 2005-2007. É P r o f e s s o r a A s s o c i a d a I I d o Departamento de História e membro efetivo dos Programas de Pós-G ra d u a çã o e m H i stó r i a e e m Educação ambos da Universidade Federal da Paraíba. Membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação no biênio 2013-2015 (Tesoureira). Coordenadora do Grupo de Pesquisa em História da Educação no Nordeste Oitocentista (GHENO)/CNPq.Endereço eletrônico:[email protected]
Atualmente é professora Adjunta do Centro de Educação e membro do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba. Possui graduação em Licenciatura Plena em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUCC - (1994), mestrado (2000) e doutorado (2005) em H i s t ó r i a d a E d u c a ç ã o p e l a Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP.). Compõe a Comissão Editorial da Revista HISTEDBR On-line UNICAMP/SP. Integra os Grupos de pesquisa: História da Educação no Nordeste Oitocentista- GHENO e Estudos e Pesquisas História da Educação da Paraíba- HISTEDBR/PB, ambos radicados na Universidade Federal da Paraíba e registrados no Diretório de Grupos do CNPq.Endereço eletrônico: [email protected]
Coleção Documentos da Educação Brasileira
FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIAL: DOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)
Coleção Documentos da Educação Brasileira
Comissão Editorial: Heloísa Helena Pimenta Rocha (Universidade Estadual de Campinas)
Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (Universidade Federal de Sergipe)
Cynthia Greive Veiga (Universidade Federal de Minas Gerais)
Flávia Obino Corrêa Werle (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Capa: Omar Schneider
Imagem da capa: Cidade da Paraíba (1634).
Fonte: Claes Jansz Visscher - Mapoteca do Itamarati. Ministério das Relações Exteriores, Rio de Janeiro.
Programação visual e de interface: Omar Schneider
Editoração Eletrônica: Wagner dos Santos
Contatos: [email protected]
Todos os direitos reservados aos organizadores.
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) (Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)
F683
Fontes para a história da educação da Paraíba imperial [recurso eletrônico] : documentos diversos (1821-1860) / Cláudia Engler Cury, Maruricéia Ananias, Antonio Carlos Ferreira Pinheiro (orgs.). - 1. ed. - Dados eletrônicos. - Vitória, ES : SBHE/Virtual Livros, 2015.
174 p. - (Coleção documentos da Educação Brasileira; 11) ISBN: 978-85-67757-05-6 Modo de acesso: <http://virtuallivros.com.br/> e <http://sbhe.org.br/> 1. Educação – Paraíba - Fontes de informação - 1821-1860. 2. Documentos
públicos – Paraíba - Fontes de informação - 1821-1860. I. Cury, Cláudia Engler, 1961-. II. Ananias, Maruricéia, 1971-. III. Pinheiro, Antonio Carlos Ferreira, 1960-. IV. Série.
CDU: 37(813.3)
Coleção Documentos da Educação Brasileira
Cláudia Engler Cury Mauricéia Ananias
Antonio Carlos Ferreira Pinheiro (Organizadores)
FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA PARAÍBA IMPERIAL: DOCUMENTOS DIVERSOS (1821-1860)
Paraíba 2015
Coleção Documentos da Educação Brasileira
Diretoria da SBHE: Biênio 2013-2015
Presidente José Gonçalves Gondra (UERJ) Vice-Presidente Carlos Eduardo Vieira (UFPR) Secretária Regina Helena Silva Simões (UFES) Tesoureiro Claudia Engler Cury (UFPB)
Regionais Regional Norte José Silvério Bahia Horta (UFAM) Clarice Nascimento de Melo (UFPA) Regional Centro-Oeste Eurize Caldas Pessanha (UFMS) Wolney Honório Filho (UFG) Regional Nordeste César Augusto Castro (UFMA) Zuleide Fernandes Queiroz (URCA) Regional Sudeste Carlos Henrique de Carvalho (UFU) Bruno Bontempi Júnior (USP) Regional Sul Beatriz Terezinha Daudt Fischer (UNISINOS) Gladys Mary Ghizoni Teive (UDESC)
Endereço: Universidade Federal do Espírito Santo Programa de Pós-Graduação em Educação Secretaria da Sociedade Brasileira de História da Educação Av. Fernando Ferrari, 514 Goiabeiras 29060-970, Vitória, Brasil http://www.sbhe.org.br
Coleção Documentos da Educação Brasileira
SUMÁRIO
Apresentação da coleção ...................................................................................................
07
Palavras iniciais aos leitores ..............................................................................................
09
Agradecimentos .................................................................................................................
11
DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860
Preservar para não esquecer: fontes para a história da educação na Paraíba Imperial .............................................................................................................................. Antonio Carlos Ferreira Pinheiro, Cláudia Engler Cury e Mauricéia Ananias
13
DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860 ............................................................................... 21
1821 .................................................................................................................................... 22
1822 .................................................................................................................................... 22
1825 .................................................................................................................................... 28
1826 .................................................................................................................................... 30
1827 .................................................................................................................................... 33
1828 .................................................................................................................................... 34
1829 .................................................................................................................................... 35
1833 .................................................................................................................................... 38
1834 .................................................................................................................................... 39
1835 .................................................................................................................................... 45
1836 .................................................................................................................................... 47
1837 .................................................................................................................................... 48
1838 .................................................................................................................................... 67
1839 .................................................................................................................................... 68
1840 .................................................................................................................................... 70
Coleção Documentos da Educação Brasileira
1842 .................................................................................................................................... 75
1843 .................................................................................................................................... 77
1845-1868 / Caderno de matrícula do Lyceu .................................................................... 84
1845 .................................................................................................................................... 109
1846 .................................................................................................................................... 116
1847 .................................................................................................................................... 132
1848 .................................................................................................................................... 133
1849 .................................................................................................................................... 138
1850 .................................................................................................................................... 139
1851 .................................................................................................................................... 140
1852 .................................................................................................................................... 142
1853 .................................................................................................................................... 143
1854 .................................................................................................................................... 146
1855 .................................................................................................................................... 147
1856 .................................................................................................................................... 151
1857 .................................................................................................................................... 153
1858 .................................................................................................................................... 154
1859 .................................................................................................................................... 161
1860 .................................................................................................................................... 166
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO
Nos últimos anos, é possível observar um incremento e amadurecimento da pesquisa
histórica no campo da educação, bem como o aparecimento e aprofundamento de reflexões
sobre o ensino de história da educação no Brasil. Nesse movimento, o debate teórico se
converteu em um elemento obrigatório da agenda das/os historiadoras/es da educação. Um
aspecto dessa agenda complexa e necessária remete à concepção, localização e tratamento
das fontes, condição primária para constituir modos de pensar, fazer, escrever e ensinar
história da educação em suas múltiplas manifestações.
Nessa direção, desde sua fundação, em 1999, a Sociedade Brasileira de História da
Educação (SBHE) assumiu o compromisso e responsabilidade de estimular as iniciativas
voltadas para organização de coleções de documentos nos planos local e regional, com vistas a
reunir e dar visibilidade a corpus documentais dispersos e, alguns, de difícil acesso. Com isso,
assume uma tarefa de relevo, sobressaltada pela baixa tradição de políticas públicas estáveis e
de larga duração voltada para a seleção, guarda e preservação do patrimônio educacional.
Essa tarefa vem contando com a colaboração imprescindível de diversas equipes que
têm compartilhado o desafio de dar seguimento ao projeto editorial da SBHE. Nessa linha, a
série “Documentos da Educação Brasileira”, se constitui atualmente de 10 títulos, a saber:
1. Coletânea da documentação educacional paranaense no período de 1854 a
1889, sob a organização de Maria Elizabeth Blank Miguel (2000).
2. Leis e Regulamentos da Instrução Pública de Mato Grosso, organizado por
Nicanor Palhares Sá e Elisabeth Madureira Siqueira (2000).
3. Legislação educacional da Província do Rio Grande do Norte, organizado por Eva
Cristini Arruda Camara Bastos, Maria Inês Sucupira Stamato, Marta Maria Araujo
e Rita Diana de Freitas Gurgel (2004).
4. Coletânea da documentação educacional paranaense no período de 1854 a
1889, sob a organização de Maria Elizabeth Blank Miguel e Sonia Dorotea Martin
(2004).
5. Leis e Regulamentos da Instrução da Paraíba no período imperial, organizado
por Antonio Carlos Ferreira Pinheiro e Cláudia Engler Cury (2004).
6. Leis, atos e regulamentos sobre educação no período imperial na Província de
São Pedro do Rio Grande do Sul, organizado por Elomar Tambara e Eduardo
Arriada (2004).
7. Documentos da política educacional do Ceará: Império e República, organizado
por Sofia Lerche Vieria e Isabel Maria Sabino de Farias (2006).
8. Documentos da educação do Pará imperial (1839-1889), organizado por Clarice
Nascimento de Melo, Karla Nazareth Correa de Almeida e Maria José Aviz do
Rosário (2012).
9. Relatório e ofícios da instrução pública do Paraná provincial (1854-1869),
organizado por Maria Elizabeth Blank Miguel (2013).
10. Relatório e ofícios da instrução pública do Paraná provincial (1870-1889),
organizado por Maria Elizabeth Blank Miguel (2013).
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Os dois primeiros foram publicados na forma de livro. Os volumes entre 2004 e 2006
foram publicados na forma de CD-Rom e os três últimos se encontram na forma de e-book,
disponíveis na página oficial da SBHE (www.sbhe.org.br).
Nos marcos do investimento no acesso e democratização das fontes, celebramos a
edição dos volumes XI, XII e XIII da Coleção Documentos da Educação Brasileira e
parabenizamos seus organizadores que, ao aceitarem o desafio, oferecem mais uma
contribuição de indiscutível relevo para o campo, ampliando as possibilidades de investigação
da pesquisa histórica, com base no núcleo documental reunido, classificado e, ora,
disponibilizado para um público mais amplo. Por fim, convidamos todos a dialogar com as
referências plurais reunidas nestes volumes, de modo a fortalecer ainda mais o campo da
história da educação no Brasil.
José Gonçalves Gondra
Presidente da Sociedade Brasileira de História da Educação
Rio de Janeiro, 08 de abril de 2015.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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PALAVRAS INICIAIS AOS LEITORES
É com muita satisfação que tornamos público um conjunto de documentos relativos à
história da educação paraibana. Este material é resultante de muitos anos de trabalho
desenvolvido coletivamente pelo Grupo de Pesquisa História da Educação no Nordeste
Oitocentista – GHENO –, que foi fundado em 2004 e encontra-se cadastrado no diretório do
CNPq.
A presente Coleção encontra-se estruturado em três volumes. No primeiro, estão os
documentos que foram coletados no Arquivo Público do Estado da Paraíba, hoje denominado
Arquivo Público Waldemar Bispo Duarte, vinculado à Fundação Espaço Cultural – FUNESC.
Nele, verificamos a existência de uma riquíssima documentação ainda pouco explorada pelos
pesquisadores da história da educação, especialmente no que se refere ao período imperial.
No segundo volume, estão aqui disponibilizados os discursos, as falas e os relatórios de
presidentes da Província da Parahyba do Norte relativos ao período de 1837-1889. Esse
material não foi encontrado de forma serial nos arquivos acima mencionados. Entretanto,
alguns deles encontram-se no conjunto da documentação do Arquivo Waldemar Bispo Duarte,
bem como no IHGP. Dessa forma, foi necessário recorrermos ao site do Brazilian government
serial documents digitization project, que foi digitalizada pelo Latin americam microform
project (LAMP), do Center for research libraries (CRL).
E, finalmente, brindamos os nossos estudiosos da história da educação brasileira com
um estado da arte relativo à história da educação da população negra no Brasil, no período de
1989 a 2012. Apesar de não se constituir em um estudo específico sobre o período imperial,
consideramos relevante a sua publicação, neste livro, no sentido de contribuirmos para o
fortalecimento e para a consolidação desse importantíssimo tema, o qual está intrinsecamente
relacionado com a história do período imperial brasileiro.
Nesse sentido, esperamos que essa documentação possibilite o desenvolvimento de
muitos outros estudos e pesquisas acerca da nossa história educacional brasileira.
Cláudia Engler Cury
Mauricéia Ananias
Antonio Carlos Ferreira Pinheiro
(Organizadores da série)
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Coleção Documentos da Educação Brasileira
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AGRADECIMENTOS
Depois de pouco mais de uma década de trabalho dedicada à identificação, transcrição,
digitação e correção do conjunto documental aqui apresentado aos leitores, gostaríamos de
agradecer a todos os pesquisadores e pesquisadoras que nos acompanharam ao longo dessa
trajetória. Alguns deles começaram como bolsistas de Iniciação Científica e hoje já estão nos
mestrados e doutorados, outros se tornaram nossos colegas professores nos mais diversos
níveis de ensino, incluindo o nível superior. A trajetória desses pesquisadores muito nos honra
porque foi com eles e com curiosidades juvenis que aprendemos muito acerca da
documentação que agora se apresenta como um e-book para que se ampliem as
possibilidades de consulta.
Os nossos sinceros agradecimentos:
Primeira Fase
Cristiano Ferronato,
Guaraciane Mendonça de Lima,
Jandynéa de Paula Carvalho Gomes,
Nayana Rodrigues Cordeiro Mariano,
Philipe Henrique Teixeira do Egito,
Ramsés Nunes da Silva,
Segunda Fase
Cristiano Ferronato
Itacyara Viana Miranda
Janyne Paula Pereira Leite Barbosa
Maday de Souza Morais
Mariana Marques Teixeira
Michelle Lima da Silva
Rose Mary de Souza Araújo
Surya Aaronovich Pombo de Barros
Thayná Cavalcanti Peixoto
Thiago Oliveira de Souza
Wellington Oliveira de Souza
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Coleção Documentos da Educação Brasileira
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PRESERVAR PARA NÃO ESQUECER: FONTES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NA PARAÍBA IMPERIAL
Antonio Carlos Ferreira Pinheiro - UFPB
Cláudia Engler Cury - UFPB
Mauricéia Ananias - UFPB
O levantamento e a catalogação de fontes para a história educacional paraibana no
período imperial se constituem um importante movimento realizado por pesquisadores do
Grupo de pesquisa em história da educação no nordeste oitocentista – GHENO. A ideia da
constituição do referido Grupo surgiu de uma atividade desenvolvida no interior do Grupo de
estudos e pesquisas da história da educação da Paraíba – HISTEDBR-PB (diretório do CNPq),
uma vez que, em 2001, a partir de sugestão do Professor Dermeval Saviani, realizamos um
levantamento e a catalogação de fontes acerca das leis e regulamentos referentes à instrução
no período imperial paraibano1, que foi publicado em 2004, pelo Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP, com o apoio da Sociedade Brasileira de
História da Educação – SBHE.
A realização desse tipo de pesquisa, que objetiva levantar, transcrever e catalogar
documentos, era necessária e urgente, já afirmava Saviani (2004, p. 4), ao destacar que a
formulação e a implementação de uma política de fontes para a história da educação
brasileira emergia ‘‘como um problema de transcendental relevância para o incremento
quantitativo e qualitativo da historiografia da educação brasileira.” Todavia, nos parece que
uma política de preservação do nosso patrimônio documental encontra-se ainda muito longe
de ser plenamente efetivada pelos nossos legisladores e gestores públicos. Nesse sentido,
quando os pesquisadores adentram nos arquivos brasileiros, enfrentam a desorganização, o
descaso e o descuido, ou seja, são quase sempre ambientes insalubres, tomados pelo mofo,
pelas traças, pelos fungos, pelas infiltrações, colocando, não raras vezes, em risco a sua
própria saúde. Outra dificuldade dos que frequentam esse tipo de instituição refere-se à má
vontade daqueles que deveriam ser os “cuidadores da documentação”, muitos deles
desqualificados e cristalizados pela inércia e pouca sensibilidade acerca da importância dos
acervos com os quais trabalham. Toda essa situação fica ainda mais precária em virtude da
escassez de recursos públicos e privados destinados à manutenção e à higienização da
documentação.
Daí a relevância do trabalho aqui realizado, uma vez que estamos trabalhando no
sentido de preservar essa documentação e de torná-la pública para todos aqueles que
desejem desenvolver pesquisas no âmbito da educação e, mais particularmente, no campo da
história da educação.
1A sugestão foi feita ao professor Antonio Carlos Ferreira Pinheiro, que havia recentemente se doutorado sob a sua
orientação. Como o trabalho era grande e exaustivo, foi convidada para participar da empreitada a professora Cláudia Engler Cury, também recém-doutora pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Nesse sentido, todo o trabalho foi realizado no período de 2001 a 2002. Em 2003, foi encaminhando à professora Dra. Diana Gonçalves Vidal, presidente da SBHE à época, que procedeu todos os esforços para a publicação do conjunto de discos compactos (CDs) relativos à Coleção documentos da educação brasileira.
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Concomitantemente ao início do levantamento que começamos a realizar em 2004,
processava-se a estruturação e a organização do Programa de pós-graduação em história, da
Universidade Federal da Paraíba, constituído em duas linhas de pesquisas, sendo uma delas
denominada: Ensino de História e Saberes Históricos. Foi a ela, portanto, que se vinculou o
Grupo de pesquisa em história da educação na Paraíba imperial (século XIX), que, a partir de
janeiro de 2010, passou a ter a atual denominação – GHENO.
Durante a realização da referida pesquisa documental, foram visitadas inúmeras
instituições responsáveis por guardar os vestígios e memórias do passado educacional
brasileiro e, mais especialmente, paraibano, tais como: o Núcleo de Documentação e
Informação Histórica Regional – NIDHIR2, a Biblioteca Central, ambos vinculados à
Universidade Federal da Paraíba. O Arquivo dos Governadores, além da biblioteca da
Fundação Casa de José Américo, o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano – IHGP, o Arquivo
Público do Estado da Paraíba e a Biblioteca Juarez da Gama Batista, pertencentes à Fundação
Espaço Cultural – FUNESC, todos localizados na cidade de João Pessoa e a biblioteca da
Faculdade de Direito de Recife, da Universidade Federal de Pernambuco. Assim, dentre todas
essas bibliotecas e arquivos visitados, um nos chamou muito a atenção. Tratava-se do Arquivo
público do Estado da Paraíba, hoje denominado Arquivo Público Waldemar Bispo Duarte. Nele,
verificamos a existência de uma riquíssima documentação ainda pouco explorada pelos
pesquisadores da história da educação, especialmente no que se referia ao período imperial.
O acervo encontra-se parcialmente organizado em estantes de ferro fechadas e está
armazenado em caixas plásticas, do tipo caixa arquivo, as quais recebem uma numeração e o
ano ao qual, em tese, se referem os documentos. Entretanto, trata-se de uma miscelânea de
documentos, tanto em relação aos tipos (autorizações, projetos de leis, de regulamentos, de
decretos, ofícios, memorandos, requerimentos, pedidos, tabelas, orçamentos, relatórios, atas,
listas de livros, de matérias de escola e de professores, entre tantos outros), quanto à sua
origem, isto é, no contexto do aparato administrativo, ou seja, relativos à saúde, à segurança,
às obras públicas, entre outras, bem como na instância do legislativo, aspectos esses que
retomaremos um pouco mais adiante.
Assim, diante de tão grande variedade, tanto relativa à origem dos documentos quanto
relacionada aos seus tipos, era necessário, antes de tudo, realizarmos a leitura dos
documentos, mesmo que parcialmente, para identificarmos se se tratava de algo relativo à
instrução/educação para, em seguida, procedermos à paleografia e à transcrição do
documento e, finalmente, à sua posterior digitação3.
O transcorrer de quase dez anos para concluir o trabalho que ora publicamos se deveu a
vários fatores. O primeiro deles refere-se ao número de pesquisadores envolvidos no árduo
trabalho, uma vez que éramos apenas dois, nos dois primeiros anos. Entretanto, após a sua
institucionalização junto ao Programa de Pós-graduação em História - PPGH passamos a contar
2Durante algum tempo o HISTEDBR-PB (2002-2004) e o pequeno grupo que passou a coletar documentos sobre o
século XIX utilizou as suas dependências para a realização de suas reuniões. 3Naquele primeiro momento já dispúnhamos de máquinas fotográficas digitais, todavia elas tinham baixa resolução
e capacidade de memória. Também, era muito difícil a utilização de escâner, uma vez que era um equipamento muito caro, grande e que exigia a disponibilidade de computadores no ambiente do próprio arquivo. Os computadores portáteis (notebooks) também não eram fáceis de serem adquiridos.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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com a colaboração voluntária de alguns de seus alunos, como também daqueles vinculados ao
Programa de Pós-graduação em Educação.4
Somente a partir de 2007, passamos a contar com a colaboração de mais uma
pesquisadora que havia sido contratada pelo Centro de Educação, em 2006. A partir desses
anos, outros professores/pesquisadores, também oriundos do referido Centro, integraram o
Grupo, como também uma pesquisadora, vinculada ao Departamento e a Pós-graduação em
História, passou a compor a equipe de professores do GHENO.5 Hoje, perfazemos o total de
nove professores.
Com o desenvolvimento de projetos de iniciação científica (PIBIC), passamos a contar
com os alunos da graduação dos cursos de licenciatura em história e em pedagogia. Nesse
ínterim, o GHENO começou a ter projeção, pelo menos no âmbito local, em virtude dos
resultados dos trabalhos de iniciação científica que terminaram por influenciar na produção de
trabalhos de conclusão de curso, bem como de dissertações de mestrado e teses de
doutoramento. Muitos artigos publicados em periódicos e, principalmente, na forma de
comunicações e mesas redondas nos mais importantes congressos regionais, nacionais e
internacionais do campo da história da educação foram também muito importantes para o seu
processo de consolidação.
Sob a batuta do GHENO, também foram organizados dois Encontros de História do
Império Brasileiro, o primeiro, em 2008, e o segundo, em 2010. Outros importantes momentos
para o Grupo foram as publicações dos seus livros, em 2008 e 2014, intitulados : Temas sobre
a Instrução no Brasil Imperial (1822-1889), volumes 1 e 2, que reuniu os trabalhos até então
realizados pelos seus componentes.
Podemos, assim, afirmar, sem medo de sermos pretensiosos, que a criação do GHENO, o
seu vínculo com a Pós-graduação em História e com alguns professores da Pós-graduação em
Educação bem como a recente produção historiográfica acerca da história da educação
referente ao período imperial paraibano estão intimamente relacionados com a organização
desse imenso conjunto de documentos, que abrange os anos de 1821 a 1888 e fica em torno
de 1000 títulos, sobre os quais passamos a tecer algumas considerações acerca do seu vínculo
com o movimento mais amplo processado no âmbito da história e, especialmente, no campo
da história da educação brasileira.
A historiografia da história da educação, acompanhando os percalços realizados pela
“revolução documental” na história (LE GOFF, 1992, p. 542), tem demonstrado um intenso
debate acerca da necessidade de ampliação, diversidade e crítica dos usos das fontes para os
estudos em educação.
Os pesquisadores têm buscado nos arquivos os inúmeros documentos que, por diversos
ângulos, trataram das múltiplas formas de educação presentes ao longo de toda a história do
Brasil. Da Colônia ao Brasil contemporâneo, pode-se afirmar que houve a produção de uma
vasta documentação que permite, ao pesquisador, escrever, hoje, a história da educação.
4 Oriundos desse Programa de pós-graduação foram concluídos, em 2006, a dissertação de mestrado de Cristiano
de Jesus Ferronato e a de Adriano Correia da Silva, em 2013. Duas importantes teses de doutoramento, a primeira de Rose Mary de Souza Araújo, defendida em 2010, e a segunda, de Cristiano de Jesus Ferronato, defendida em 2012. Recentemente, foram defendidas mais duas dissertações de mestrado no Programa de Pós-graduação em História; são elas as de Itacyara Viana Miranda, em 2012, e de Thiago Oliveira de Souza, em 2013. 5Tratam-se dos professores doutores Mauricéia Ananias, Jean Carlo de Carvalho Costa, Surya Aaronovich Pombo de
Barros e Carla Mary S. de Oliveira, respectivamente.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Para além de uma história quantitativa, a documentação que oferecemos nesse volume
versa, principalmente, sobre o cotidiano político e administrativo da instrução/ educação da
então Província da Parahyba do Norte. Também não é exagero afirmarmos que a
documentação disponível demonstra uma intensa atividade para a instituição da instrução
pública e particular na referida Província nos anos de 1822 a 1889. Se não configurada em
séries documentais, mas, ainda que dispersos, um vasto conjunto de tipos de documentos,
conforme elencamos acima, tal conjunto documental foi produzido, prioritariamente, pelo
aparato governamental, encetado desde o início do século XIX, visando à constituição de
espaços públicos de legitimação do Estado e dos governos que comandaram a Província,
passando, em especial, pelas câmaras municipais e pelas diversas sessões da Assembleia
legislativa provincial paraibana.
Considerando a realidade da situação dos acervos/ e arquivos da Paraíba
contemporânea, para esses dois últimos conjuntos – das câmaras e da Assembleia provincial –
nos parece que a documentação encontrada é a única referência para o conhecimento do que
foi debatido, aprovado e, consequentemente, produzido como documento, por essas duas
casas no período imperial.
Nesse sentido, esse volume, além de resguardar essa documentação de um possível
esquecimento, situa a produção parlamentar, legislativa e governamental como, também,
fontes e possíveis objetos dos estudos e pesquisas em história da educação.
Por essa orientação, os documentos oficiais encontrados nesses espaços foram
compreendidos como “documentos/ monumentos” (LE GOFF, 1992, p. 545), pois a própria
ação e registro – do que ficou –, que marcaram suas concepções, também os instituíram como
memória coletiva de uma determinada época e sociedade. Portanto, estão engendrados, tanto
na origem como na preservação, em relações de mando e poder.
[...] O documento não é qualquer coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as relações de forças que aí detinham o poder. Só a análise do documento enquanto monumento permite à memória coletiva recuperá-lo e ao historiador usá-lo cientificamente, isto é, com pleno conhecimento de causa (LE GOFF, 1992, p. 545).
Por esse feito, para a Província da Parahyba do Norte, os documentos oficiais podem ser
compreendidos como base fundamental para a reconstrução da história da instrução/
educação no nosso país, considerando, sempre, a perspectiva de alargamento das
possibilidades de uso dessa documentação. Não só seus limites e empecilhos devem ser
lembrados, mas, também, suas possibilidades de abrir novos horizontes para compreender a
constituição da escola e da escolarização da província paraibana em suas diversas facetas: no
campo da cultura escolar, das origens e funcionamento das instituições educativas e escolares,
da formação de professores, da carreira docente, e tantos outros que podem ser elaborados a
partir das análises feitas pelos pesquisadores que, doravante, terão acesso a esse rico material.
Podemos afirmar que, para o caso paraibano, quase oitenta por cento da documentação
identificada pelo GHENO consiste em material produzido pelas autoridades, restringindo o
pesquisador ao trabalho com as fontes escritas e oficiais.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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As fontes trabalhadas, na maioria das vezes, são aquelas resultantes do gerenciamento
ou da organização da instrução que, ao longo do século XIX, era engendrada pelo estado
provincial e pelo poder central no Município da Corte, das quais pouco se pode apreender
acerca da vida cotidiana de mestres e alunos, ou melhor, das apropriações que estabelecem
com as normas e regras. Sabemos, também, da necessidade de considerarmos a possibilidade
do lugar social de produção desses documentos, que, certamente, estavam submetidos às
circunstâncias contextuais de posses, conveniências e oportunidades existentes nas mais
veladas intencionalidades nas quais estavam imbricadas durante sua produção e efetivação.
Todavia, como estamos sempre nos deparando com a fragmentação de informações e de
registros – mesmo os oficiais –, precisamos aproveitar da melhor maneira possível qualquer
vestígio dessas temáticas encontradas nas caixas do Arquivo com o qual trabalhamos e buscar,
nos jornais e nos textos dos memorialistas, uma segunda possibilidade de fugirmos das
amarras da legislação oficial.
Segundo já afirmou Cury (2010), arriscamos dizer que essas possíveis apropriações
poderiam ser encontradas, por exemplo, no movimento interno que a documentação oficial
deixa escapar nas entrelinhas, tendo, de um lado, a pena dos legisladores e das autoridades
provinciais, ou da Corte, e, de outro lado, mestres, alunos, pais de alunos, homens letrados,
pessoas comuns das vilas do interior e da capital da Província. Esses lados não são
necessariamente opostos, mas se reinventam o tempo todo, até porque o preenchimento dos
cargos públicos ligados à instrução pública na Província era feito por pessoas comuns da
sociedade local, desde que fossem letradas e estivessem na condição de homens livres. Além
disso, acreditava-se no caráter pedagógico da norma e da lei como pilar fundamental de
consolidação de uma nação civilizada.
Salta aos olhos do pesquisador a frequência e a quantidade enorme de petições
empreendidas por professores com pedidos de afastamento definitivo de suas funções por
falta de pagamento de seus vencimentos, de pedidos de licenças para tratamento de doenças
bem como petições dos pais de alunos, solicitando abertura de cadeiras e provimento de aulas
cujos professores se encontravam ausentes.
As autoridades provinciais procuravam responder às demandas que lhes chegavam às
mãos de várias formas, por exemplo, indicando imediatamente outro professor para substituir
a cadeira que ficou “órfã” de seu mestre, indeferindo/negando ou reduzindo pela metade o
tempo dos pedidos de licença médica, remanejando professor de uma vila para outra onde
havia um número significativo de alunos sem aulas.
Dessa forma, as prescrições contidas nas leis, nos regulamentos e nas reformas da
instrução pública e particular paraibana incidiram sobre o cotidiano das aulas, sobre os
comportamentos e as condutas dos mestres e dos alunos e, provavelmente, tiveram um papel
importante na consolidação de culturas escolares para a Província.
Nessa direção, entendemos que o conjunto documental que doravante tornamos
público possibilita vários olhares na direção, por exemplo, da constituição dos currículos, da
formação histórica das disciplinas escolares, do cotidiano institucional, do exercício diário de
ensinar e aprender de professores(as) e alunos(as), da materialidade da escola e dos recursos
metodológicos que foram utilizados no processo de constituição da escola moderna. A
multiplicidade dos temas e problemas pode ser visualizada numa primeira contemplação do
conjunto de informações presentes nesse acervo.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
18
Para garantir essa visão panorâmica, não fizemos aqui um recorte por assuntos ou
questões da instrução/ educação, mas, sim, disponibilizamos tudo o que foi encontrado sobre
essa temática com uma intenção – portanto, sem neutralidade –, a de que os pesquisadores
possam compreender essa produção tal como a entendemos, como fruto da ação de homens e
mulheres que, em diversas – e dispersas – situações tiveram a instrução/ educação como
campo de preocupação e debate na tentativa de construção do incipiente Estado nacional
brasileiro, aqui demonstrado a partir da especificidade do caso paraibano.
Em contribuição à própria conformação do campo da história da educação, e coerentes
com a concepção de documento apresentada, defendemos, como tantos já o fizeram, a
necessidade da crítica e do cotejamento dessa documentação com outras fontes.
Para a atualidade, os pesquisadores da Paraíba – e de todo o país – também terão
acesso a mais dois conjuntos de documentos: os registros sobre instrução/ educação
selecionados nos relatórios e produzidos pelos presidentes da Província entre os anos de 1837
a 1889.
Mesmo que a quantidade de documentos apresentada sobre a educação/ instrução seja
grande, ainda assim, muitas buscas ainda há para serem feitas.6
Para a Paraíba imperial – no caso específico da instrução –, ainda hoje, não tivemos
acesso aos arquivos privados, aos acervos das igrejas, cartórios e tribunais de justiça.
Desconfiamos da riqueza com que esses lugares podem nos presentear. Talvez com as
pistas dos documentos já conhecidos, possamos detalhar ainda mais o processo de
escolarização ocorrido na Província, responder dúvidas, criar séries documentais, elucidar os
vácuos temporais, levantar outros problemas, construir novos temas, propiciar novas
abordagens.
Enfim, campo em aberto, maravilha que a continuidade da pesquisa pode indicar para
todos que acreditam na importância da busca, na organização e na conservação dos
documentos que podem, a partir de análise e crítica rigorosas, “dar sentido” (HOBSBAWM,
1998, p. 22) ao nosso passado educacional.
Concluídas essas breves reflexões acerca da organização da documentação (1821-1860),
que se encontra na primeira parte desta obra, passamos, a seguir, a informar o nosso leitor
acerca de alguns procedimentos que foram adotados durante a realização da transcrição e da
digitação da documentação coletada no Arquivo Waldemar Bispo Duarte – FUNESC/João
Pessoa/PB:
1. Optamos por não atualizar a grafia. Assim, todos os documentos foram transcritos,
mantendo-se a grafia original da época de sua elaboração;
2. Os documentos que foram localizados no referido Arquivo encontram-se
organizados em caixas arquivos numeradas e também indicadas por anos. No
entanto, aqui, não adotamos totalmente essa organização e nos detivemos tão
somente em considerar os anos. Assim, alguns documentos que se encontravam de
6Encontra-se já organizado, para breve publicação um conjunto de notícias sobre a educação/instrução de diversos
jornais paraibanos que circularam no período imperial brasileiro.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
19
forma equivocada em uma determinada caixa, mas que pertenciam a outro ano,
foram por nós deslocados para o ano correspondente7;
3. Os documentos em duplicidade, já publicados de outra forma, foram excluídos
dessa publicação, especialmente decretos, leis e regulamentos que se encontram no
volume Paraíba, da Coleção documentos da educação brasileira, publicado pelo
INEP/SBHE, em 2004;
4. Utilizamos NO (Nota dos organizadores) no rodapé, quando algum comentário foi
necessário;
5. Alguns documentos no original se encontram com as concordâncias nominal e
verbal incorretas, não se constituindo, portanto, em erro de quem transcreveu o
referido documento;
6. Todos os registros que apareceram à margem ou na lateral do texto fazem parte da
estrutura original do documento;
7. Todos os documentos em que apareceu a palavra “cópia”, normalmente, no seu
topo e que não conseguimos identificar do que se tratava, foram retirados durante o
processo de transcrição e de digitação dos mesmos; ao mesmo tempo, efetivamos
apenas uma única transcrição, quando percebemos que se tratava do mesmo
documento (conteúdo e forma) copiado mais de uma vez;
8. Durante a transcrição, quando optamos por copiar apenas uma parte dos
documentos, como, por exemplo, os orçamentos presidenciais e as atas da
Assembleia legislativa utilizaram-se colchetes [...];
9. Em casos de partes ilegíveis dos documentos, utilizamos um traço com 6 espaços
______ e naqueles em que não foram encontradas referências de datas, colocamos
3 pontos ...;
10. Segundo o Diccionario da Lingua Portugueza por Antonio de Moraes Silva (natural
do Rio de Janeiro), oitava edição revista e melhorada, vol. de A-E, Editora Empreza
Litteraria Fluminense de A. A. da Silva Lobo. Séde Rio de Janeiro, rua 7 de Setembro,
81. Succursal – Lisboa, rua dos Retrozeiros, 125, 1890, o cifrão era um sinal ($) usado
em Portugal e Brasil para separar os milhares das centenas, por exemplo, 22$400.
Também servia de abreviatura quando os 3 últimos eram zeros (cifras): 1$
corresponde a 1$000.
Referências
ARAÚJO, Rose Mary de Souza. Escola normal na Parahyba do Norte: movimento e
constituição da formação de professores no século XIX. João Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2010.
(Tese de doutorado em educação).
7Procuramos, sempre que possível, deslocar também o documento original para a sua caixa arquivo
correspondente. Como não há uma listagem (numeração dos documentos) ou uma catalogação realizada pelo próprio Arquivo, entendemos que não houve prejuízo ao Arquivo e aos pesquisadores, ao deslocarmos um documento de uma caixa arquivo para outra. Consideramos que, com esse procedimento, contribuímos, mesmo que de forma singela, com a melhor organização do referido acervo.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
20
CURY, Cláudia Engler. “Desafios da Pesquisa com cultura escolar na documentação da
Parahyba Oitocentista”. In: História das Culturas Escolares no Brasil. VIDAL, Diana Gonçalves e
SCHWARTZ, Cleonara Maria (orgs.). Vitória, ES: EDUFES; 2010. p. 37 - 58.
FERRONATO, Cristiano de Jesus. Construindo uma nova ordem: o debate educacional na
Assembleia Constituinte de 1823. João Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2006. (Dissertação de
mestrado em educação).
FERRONATO, Cristiano de Jesus. Das aulas avulsas ao Lyceu Provincial: as primeiras
configurações da instrução secundária na Província da Parahyba do Norte (1836-1884). João
Pessoa, PB: UFPB/PPGE, 2012. (Tese de doutorado em educação).
HOBSBAWM, Eric. Sobre a história. Tradução Cid Knipel Moreira. São Paulo, SP: Companhia
das Letras, 1998.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Tradução Bernardo Leitão [et al.]. Campinas, SP:
Editora da Unicamp, 1992.
MIRANDA, Itacyara Viana Miranda. Instrução, disciplina e civilização: uma perspectiva de
leitura acerca das aulas públicas e particulares na Parahyba do Norte (1860-1889). João
Pessoa, PB: UFPB/PPGH, 2012. (Dissertação de mestrado em história).
PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira e CURY, Cláudia Engler. Leis e regulamentos da instrução da
Paraíba no período imperial. Brasília, DF: MEC/ INEP; SBHE, 2004. (Coleção documentos da
educação brasileira). CD-ROM.
PINHEIRO, Antonio Carlos Ferreira e FERRONATO, Cristiano de Jesus. Temas sobre a instrução
no Brasil imperial (1822-1889). João Pessoa, PB: Universitária – UFPB, 2008.
SAVIANI, Dermeval. Breves considerações sobre fontes para a história da educação. In:
LOMBARDI, José Claudinei e NASCIMENTO, Maria Isabel Moura. (org.) Fontes, história e
historiografia da educação. Campinas, SP: Autores Associados: Histedbr: Curitiba, 2004.
(Coleção memória da educação). p. 3 - 35.
SOUZA, Thiago Oliveira de. Imprensa e instrução na Parahyba do Norte: cultura educacional e
culturas políticas nos anos de 1880. João Pessoa, PB: UFPB/PPGH, 2013. (Dissertação de
mestrado em história).
SILVA, Adriano Soares da. O processo de escolarização na Província da Parahyba do Norte:
aulas de primeiras letras (1834 - 1849). João Pessoa, PB: UFPB/ PPGE, 2013. (Dissertação de
mestrado em educação).
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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DOCUMENTOS DIVERSOS: 1821-1860
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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1821
Comarca do Pilar, 11 de setembro de 1821.
Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores
O dever que nos impõem as leis de vigiarmos sobre os interesses do Povo que estão a
nosso cuidado, nos obriga a irmos oficialmente a V. Exc. notificar-lhes a necessidade que há
nesta Villa e seu termo de uma cadeira de primeiras letras para a instrução dos meninos que a
falta dela gemem ______ debaixo da ignorância em que hoje se tem conservado esta Villa,
sendo da Província uma das mais bem povoadas, e de maior nome, e muito mais digo muito
digna da atenção de V. Exc. sobre objeto de tamanha poderação. Rogamos pois a V. Excs. que
atendendo, ao estado da ignorância em que faz a mocidade e o estado digo a mocidade e a
necessidade de que há de ser ilustrado provam uma cadeira ao menos de primeiras letras
nesta Villa, com ordenado suficiente o que convencendo um homem bom a empregar-se com
toda a força no exercício de ensinar de bom grado os meninos, e fazer-lhes ver os benefícios
que se colhem da instrucção das primeiras letras, por meio dos quais se tornem habis para o
emprego publico da Província para os anos futuros: são o nossos sentimentos que os expomos
a V. Exc. na certeza de que serão olhados benigmamente.
Deus guarde a V. Exc.
Villa do Pilar em vereação de 11 de novembro de 1821 e eu João
Jacinto Moniz de Souza
Escrivão da comarca o escrevi
De Vossa Exc.
Respeitadores súditos
José Pedro dos Reis Carneiro da Cunha
Brás Alves de Ponce
Domingos Jose ______ Chaves
Antonio José de Brito
1822
Comarca de Campina - 1822
Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores.
Em conseqüência do respeitável despacho de 4 de dezembro próximo passado exarado
no requerimento de Manoel de Mendonça e Figueredo, opositor a cadeira de Primeiras Letras
desta Villa, em que nos manda informar sobre a sua adesão a nossa Independência, em causa
publica deste Império, e sobre a sua capacidade e instrução: informam-me que não consta ao
termo se tem lançado no competente livro, que ele suplicante jurasse a Constituição, e nem as
Coleção Documentos da Educação Brasileira
23
suas instruções a vista de seu exame terá lugar e informação. Por enquanto podemos dizer a V.
Exc. que mandarão o que forem servidos.
Villa Nova da Rainha em vereação de 13 de janeiro de 1822.
Estevão José Gomes de Siqueira
Antonio ______ Araújo
João Monteiro Torres Junio
Antonio Alves Vianna
Antonio José Gomes Barbosa
Antonio José ______ Nobre
Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores
Vila do Conde
A instrução pública é um dos objetivos mais recomendáveis da Constituição. Esta Vila
com território habitado não só de índios, como de grande número de povo de toda qualidade
que desgraçadamente vive na maior ______ .Por não haver aqui uma escola pública ao menos
nas primeiras letras: e como seja este um dos nossos deveres apresentamos a vossas ______ e
excelências para providenciarem um negócio tão útil e necessário ao bem público desta
mesma Vila.
Da mesma forma seja necessário e útil que haja nesta para instrução dos meninos índios
que com este pretexto são desprezados mas que jamais tornam a voltar e quando assim
aconteça de a ______ do opróbio e males que trás consigo a prostituição a que são seduzidos.
Esta casa se pode estabelecer nesta mesma Vila sem despesa do estado pois que dos ______
do patrimônio dos mesmos índios podemos estabelecer uma porção a mostrar e a quantas
educar. Vossas excelências porém determinaram o que julgarem mais conveniente.
Vila do Conde em vereação de 19 de Janeiro de 1822.
Manuel Batista de Miranda
Escrivão, escrevi.
12/04/1822
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Recebemos o ofício de Vossa Excelência que por ordem da Excelentíssima Junta
Provisória desta Província lhe foi determinado o ofício datado de 26 de Agosto do corrente ano
no qual se nos pede a informação da importância do total de Rendimento do Contrato do
subsídio literário desta vila termo cuja informação não nós é possível dar em razão de não ser
cobrado ______ rendimento para esta ______ e sim pela junta ______ das Rendas Públicas
desta Província por ordem de quem se arremata dito contrato nesta vila cuja arrematação é
remetida a mesma junta para ser aprovada Difusão ______ memória ______.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
24
Deus guarde a Vossa Excelência ______ em sessão de 12 de Abril de 1822.
Manoel Miz Lopes
Antonio Joaquim de Azevedo
Antonio José de Souza
João Ferreira da Silva
Joaquim José Correia
Comarca de Campina – 1822.
Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores.
Os habitantes desta Villa, e de toda a compreensão do seu termo altamente persuadidos
de que a ignorancia é o maior dos entraves, que há na vida humana, não só para em habituar
os cidadão nos empregos públicos, como para estorvar qualquer duração feliz, que alguns
indivíduos iluminados queiram dar a sua Pátria se não menos convencido de que Vossas
Excelências, como administradores do governos civil e político desta Província, podem,
querem, e devem querer fazer-lhes todo o bem possível, não hesitarão em recorrer a nós para
fazermos a seguinte representação, como órgão que somos dos seus sentimentos.
Há 30 anos que esta freguesia esta erecto em Villa, sua população tem demonstrado
prodigiosamente subindo hoje a mais de 68 habitantes; e ainda não tem um professor de
Primeiras Letras ao menos, quanto menos um professor de Latim não estava ocioso, visto que
há muitos pais de famílias, que desejam dar uma educação liberal a seus filhos, e que o não
fazem por falta de Mestres, vindo a ser muito despendioso a sustenção de um filho nas Praças,
além da repugnancia que a natureza lhes inspira para não se apartarem de seus filhos,
mormente em uma cidade, em que a firmeza dos costumes corre o maior perigo. È pois sobre
este objetivo que nós reclamamos e fazemos ver a Vossas Excelências, que nenhuma razão
tem havido da parte do antigo governo, para ter-se olvidado de um estabelecimento tão útil
como necessário.
Os dízimos do algodão que faz a riqueza do pais, cujas grossas somas ______ dos rostos
dos nossos honrados agricultores outrora faziam o prazer de um dia ou talvez de um
momento, dos cortesão do Rio de Janeiro; os tributos, bem como a contratos, décimas, sisas,
novos impostos, subsídios literários, ______ que eram outros tantos diferentes, que
desaguaram no grande golfo, donde nenhum bem tirávamos; enfim todas as contribuições
ontem extorquidas para o vício e para a grandeza de vis aduladores devem ser hoje aplicada o
benefício dos mesmos que põem no tesouro Publico, onde estão, como em deposito, para
servir de bem a Nação em todas as necessidades, bem como esta, que não é freguesia, pois
sendo os homens, como diz o ______ pouco inferiores aos Anjos, pela sua ignorancia podem
dizer que pouco distam dos brutos.
Contam-se nesta Villa mais de 40 meninos capazes de escolas sem fazer menção de
outras muito que já passam do tempo próprio, e julgam-se perdidos por falta dessa
providencia, por cujo motivo o nosso Excelentissmo Deputado Vergenio Roiz Campello antes
de se retirar desta frequesia nos fez uma fala sobre o mesmo objeto em que nos fez prometer
Coleção Documentos da Educação Brasileira
25
duzentos mil rés anuais, comprometendo-se alguns particulares o outros duzentos a fim de
mandarmos vir um mestre hábil, instruído para educador da mocidade porem nós
reflexionando depois sobre a promessa que fizemos, julgamos não poder fazer esta despesa
sem ordem superior, principalmente sendo de dever de vossas excelências curar do bem
publico. Portanto, excelentissimos Senhores, não julgamos necessário expandir mais razões
para mostrar a necessidade, que temos do que queremos pois que Vossas Exc. saibam o
quanto convem a Pátria a propagação das Luzes as quais só se delatam com a cultura das
Letras. A vista do exposto V. Exc. determinarão o que for de razão e de festiço. Deus guarde
Vossa Excelência. Villa Nova da Rainha. 19 de abril de 1822.
Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores do Governo da Junta Provincial.
Em observância do respeitável oficio de Vossas Excelencias com data de vinte e cinco de
junho do corrente acompanhado com os exemplos respondemos que nesta vila tem porção
vultosa de mocidade capazes de exercerem as primeiras letras e pelo modo na povoação de
Serra da Raiz deste termo. Este senado só tem de rendimento a ordinária de setenta seis mil e
setecentos reis, por ano que paga a fazenda publica, e esta mesma quantia desde o ano de mil
oitocentos e quatorze que se não paga alguns vencimentos que há neste conselho não negam
para despeza anual do mesmo conselho, hé o que podemos informar a Vossas Excelência que
mandarão que forem servidos.
Villa de São Miguel em Câmara de 2 de Julho de 1822. Deus guarde a V. Excmos.
Obedientes súditos
Joaquim José da Silva
Manuel Freire Santos
José Madeira Costa
Miguel Sabino Socre
18/07/1822 – Ilustríssimo e Excelentíssimos Senhores
Câmara de Campina
Como Vossa Excelência no ofício de 25 de junho do corrente ano nos pedem uma exata
informação sobre as circunstâncias desta freguesia, para nela se estabelecerem aulas de
primeiras letras, informamos o seguinte pelos mesmos artigos do dito ofício. Primeiro: Esta
Vila, e seu contorno não só apresenta uma numerosa mocidade para as primeiras letras, como
até para gramática latina, pois que o Reverendíssimo Pároco desta Freguesia Virgínio
Rodrigues Campello, quando aqui chegou da primeira vez, contava quase trinta alunos que
ensinava gratuitamente; sendo então a população muito menor, e além disto como esta vila é
o ponto central do Sertão do Cariri nenhum outro é tão adequado para esse estabelecimento,
como ela. Segundo: ______ torna a povoação, que não é nem consideráveis a exceção de
Alagoa Nova, porém todas elas apresentaram a mesma necessidade; pela falta de meios, que
Coleção Documentos da Educação Brasileira
26
tem muitos pais ______ ______ filhos fora de suas casas, e estas Povoações são em primeiro
lugar a Alagoa Nova, em segundo o Brejo de Fagundez e em terceiro a de Cabaceiras. Terceiro:
este Senado não tem ríditos (rendimentos) suficientes para os honorários dos professores,
uma vez, que ordenados honorários sejam tais, que convidem a bons Mestres; mais poderá em
parte satisfazer aos Professores de primeiras letras, e latim, que se criarem nesta Vila pela
necessidade que deles há, uma vez que se ponha em uso o contrato das aguardentes
estabelecido desde a execução desta Vila pelo Diretor que foi então o Doutor Antonio Felipe
de Andrade Bredarades, por isso que não é ______ aos seus ______ habitantes, e recai sobre
uma classe de homens ordinariamente ínfimos, e não é gênero de primeira necessidade que
utilize a todos como novo imposto das carnes, que ainda se conservam.
Esperamos portanto que Vossas Excelências se dignem mandar por uma praça aquele
contrato de aguardentes, único subsídio de que se podem fazer as despesas deste senado.
Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos Vila Nova da Rainha. Em vereação de 18 de
julho de 1822.
Ilustríssimos e Excelentíssimos Senhores Presidente e mais vogais do Governo Provincial.
Felipe Joaquim de Souza
Joaquim Ribeiro de Mello
Antonio Joze Gomes Barbosa
Joze Ferreira da Silva
Martinho da Costa Agra
T.D. Ofício – Correspondência.
Ilmo Sr.
Tendo este Senado em consideração e muito respeitável ofício de V. Excia. de 25 de
junho passado, aqui não tem sido possível responder com aquela brevidade que exige o
mesmo ofício pelas grandes inúmeras ações que tem impedido haver adjunto de Câmara nesta
Vila o que agora fazemos informando primeiramente a V. Excia. que esta Vila presença porção
suficiente de mocidade quando uma escola das primeiras letras! Segundo que há duas
Povoações que se faz infalível em cada uma delas outra Escola: terceiro que tendo anualmente
este Conselho de Rendimento de 62$00 avultam quase as despesas do mesmo destes
rendimentos.
Deus guarde felizmente a V. Excia. Pilar 20 de julho de 1822.
Ilmo. Exmo. Sr.
Augusto Xavier de Carvalho – secretário com voto na Junta do Governo.
Antonio José de Mello
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Sua Alteza Real o Príncipe Regente tomando em consideração a utilidade, que resultará
a este Reino do Brasil da circulação dos periódicos, e outros escritos, nos quais não só de
ofereçam ao público elementos de instrução, e armas para se destruírem os abusos
conhecidos até aqui na Educação pública, mas também se consultem com argumentos
enérgicos e patrióticos os princípios desorganizadores, e opostos aos verdadeiros interesses da
grande causa do Brasil: E reconhecendo-se ter entre eles um lugar muito distinto novo
periódico denominado = Regulador Brasílico Luso = publicado nesta cidade: manda pela
Secretaria d’Estados dos negócios do Reino remeter ao governo provisório da Província da
Paraíba do Norte os exemplares inclusos da 1º e 2º números do referida periódico, á fim de
que o mesmo governo, ficando inteirado dos importantes objetos, que neles se tratam
dirigidos ao estabelecimento de uma monarquia constitucional, como firma senhor da
segurança pública, e a sustentar a Dignidade e os Direitos deste Reino, não se facilita a sua
circulação pelos Povos da dita província, mas promova pela parte que lhe cabe a sua
subscrição voluntária na forma anunciada nos respectivos prospectos. Palácio do Rio de
Janeiro em 5 de Agosto de 1822.
José Bonifácio de Andrade e Silva.
26/08/1822 – Ilustríssimo Senhor Augusto Xavier de Carvalho
Recebemos os impressos da ______ e Santo Padre Pio 7º fica a Paróquia desta Freguezia
entendida desse conteúdo.
Quanto a mocidade é ______ e por isso passamos a informar a Vossa Senhoria que esta
Vila tem porção de mocidade que exige ______ e uma aula de primeiras letras e quando ao
rendimento este finado não a tem mas é nestes ______ o rendimento das ______ de ______.
É o que temos de informar a Vossa Senhoria Vereação ______ em secção de 26 de
Agosto de 1822.
Manoel Miz Lopes
Antonio José de Souza
João Ferreira da Silva
Joaquim Pereira da Cunha
12/11/1822 – Governo Provisório da Paraíba do Norte
Manda sua majestade o Imperador pela Secretaria de Estado dos Negócios do Império
remeter ao Governo Provisório da Paraíba do Norte o exemplar incluso ______.
Portaria de 11 do corrente relativa a ______ que se deve proceder nas diferentes
Províncias sobre a facção de anarquistas e ______ coberta nesta Corte para que ______.
Governo do seu conteúdo lhe dê ______ e devida execução. Palácio do Rio de Janeiro 12
de novembro de 1822.
José Bonifácio de Andrade e Silva.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
28
1825
1825 – Janeiro – 31
Manda sua Magestade o Imperador pela Secretaria de Estados dos Negócios do Império
remeter ao Presidente da Província da Paraíba os exemplares inclusos da Obra Intitulada =
Socorros as pessoas envenenadas, e asfixiadas para que as faça circular a fim de se
divulgarem as suas matérias, o poderem os Povos colher as utilidades, que elas
proporcionarão: e igualmente se remetem para o mesmo fim os exemplares das Reflexões
sobre as cousas do Brasil. Palácio do Rio de Janeiro 31 de janeiro de 1825.
Estevão Ribeiro Rezende.
Cumpra-se, e registre-se. Paraíba 6 de Abril de 1825.
P. Alexandre Francisco de Seixas Machado.
Registrada em 1º de Agosto de 1825.
Registrado a Folha 120 do Livro 2º dos Avisos Imperiais.
Antonio José Henriques.
1825 – Fevereiro – 26
Sendo a educação da Mocidade um dos primeiros objetos da attenção particular de Sua
Magestade o Imperador, por sua directa influência sobre os costumes e consequentimente
sobre a propriedade e a glória dos Estados, como o tem sempre atendido os verdadeiros
Legisladores em todas as idades: é considerado o mesmo Augusto Senhor que para o acerto de
providências gerais, que regulem por toda a extensão do Império o ensino público, é
indispensável o conhecimento do que já se acha estabelecido, para se melhorarem ou
aumentarem os meios de instrução, segundo as necessidades e circunstâncias particulares das
diferentes povoações: à por bem que os Presidentes das Províncias, fazendo a este respeito as
observações que julgarem convenientes, remetam com a possível brevidade uma relação de
todas as Cadeiras de Primeiras Letras, e de Gramática, Latim, Retórica, Lógica, Geometria e
Linguas Estrangeiras; notando tanto os lugares, em que se acham instituídas, como os que por
sua população merecem a criação de outras, e declarando os ordenados dos professores, e o
rendimento do subsídio literário, ou de quaisquer outros impostos a favor das ditas Escolas; a
fim de ser tudo presente à Assembléia Legislativa, e poder esta, cabalmente informada, dirigir-
se com sabedoria em tão importante matéria, facilitando e generalizando a instrução, como
origem infalível e fecunda da felicidade dos povos. E assim o manda pela Secretaria de Estado
dos Negócios do Império participar ao Presidente da Província da Paraíba para sua inteligência
e devida execução na parte que lhe toca. Palácio do Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1825.
Estevão Ribeiro Rezende
Cumpra-se, e registre-se. Parahiba 11 de abril de 1825.
P. Alexandre Francisco de Seixas Machado.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Registrada a Folha 148 do Livro 2º de Avisos Imperiais.
Antonio José Henriques.
Respondido em 11 de abril de 1826.
Correspondência ao Senado da Vila do Pilar ao Presidente da Província da Paraíba em
11/5/1825, respondendo ofício recebido pedindo informações sobre escolas
necessárias ao termo.
T.O ofício
T.A correspondência
Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Em observância da portaria do Secretário do Estado
dos Negócios do Império, e a Vossa Excelência dirigido a este Senado de quinze de abril de mil
oitocentos e vinte e cinco, em que determina que informemos sobre a educação das escolas
necessárias deste termo, ao que passamos a responder: 1º que se achando providos os lugares
nesta vila e provação de Itabaiana, e a povoação de Gurinhém, se acha vaga, por se achar
preso o serventuário dela, e as mais que a necessidade que o paz exige, consta da relação da
junta e sobre os rendimentos deste termo; só existem os subsídios literários, que estes
mesmos estão hoje afetas ao erário Nacional desta província.
Deus guarde a vossa excelência como é mister.
Vila do Pilar em vereação de onze de maio de mil oitocentos e vinte e cinco.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr. Coronel Alexandre Francisco de Seixas Machado.
Presidente do governo da Província.
Joaquim Joze Ribeiro Pessoa
Joze D’Orlando Cavalcanti
Antonio Francisco Pereira
João Coelho de Souza
José Francisco de Barros
18 de setembro de 1825
Sua Majestade o Imperador, reconhecendo a grande utilidade que resulta aos seus fiéis
súditos, do estabelecimento de Escola Públicas de Primeiras Letras pelo methodo
Lancasteriano; que, achando-se geralmente admittidas em todas as Nações civilizadas, tem a
experiência mostrado serem muito próprias para imprimir na Mocidade os primeiros
conhecimentos: Manda pela Secretaria de Estado dos negócios do Império que o Presidente da
Província da Parahíba promova quando for possível a introdução e estabellecimento das
referidas Escolas, de cujos benefícios hajam de aproveitar os habitantes da dita Província.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Palácio do Rio de Janeiro em 22 de Agosto de 1825.
Estevão Ribeiro de Rezende
Cumpra-se, e registre-se. Paraíba
18 de setembro de 1825
Alexandre Francisco de Seixas Machado
Registrada a Folha 140 do Livro 2º de Avisos Imperiais
Antonio José Henriques.
Concedendo sua Majestade o Imperador, a Joaquim José d’Oliveira 1º Tenente de Artilharia
da Linha da Província da Paraíba do Norte, ora adido nesta Corte ao Batalhão de Caçadores de
1ª Linha nº 18 Licença para freqüentar a ela os Estudos Matemáticos da Academia Militar o
manda pela Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra participar ao Comandante das Armas
da referida Província para seu conhecimento, e a fim de que se ganham as competentes
declarações aos assentos daquele oficial.
Palácio do Rio de Janeiro 14 de Novembro de 1825.
Barão de Lages
Cumpra-se, e registre-se. Paraíba do Norte, 29 de março de 1826. Trajano Antonio
Gonçalves de Medeiros.
Comandante das Armas da Província.
1826
T.A correspondência
T.O.Oficio
1826 – janeiro
Ilustríssimo e Excelentíssimo sr.
Por imediata resolução de 29 de dezembro ultimo houve sua Majestade o Imperador
por bem conformando-se com o parecer da mesa do Desembargo do Paço, sobre o ofício de
Vossa Excelência de 09/10 do ano passado, decidir, quanto a cadeira da Gramática Latina,
dessa capital, que se ponha a concurso, para ser conferido ao mais digno, e quanto ao
emprego de capelão do Regimento de 1º Linha, que se solicite o seu provimento pelo
repartição competente. O que participo a Vossa Excelência para sua inteligência e governo.
Deus guarde a Vossa Excelência.
Palácio do Rio de Janeiro em 10/01/1826.
Visconde de Barbacena
Cumpra-se e registre-se
Coleção Documentos da Educação Brasileira
31
Parahyba- 22/02/1826
Alexandre Francisco de Seixas Machado
Presidente da Província da Parahyba
Termo de Vereação
Documento ministerial
Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr.
Em cumprimento ao respeitável despacho de Vossa Excelência informamos que a
cadeira que o suplicante pretende é criação nova naquela povoação, e que assaz necessária
pela abundancia de alunos, e que ainda não houve quem o requeresse porém, que é certo foi
mandada criar, e em todas as povoações notáveis.
Vila Nova da Rainha em Vereança de 15/03/1826.
Ignácio Inaujenio de Vasconcelos
Manoel Nunes Pereira
Luiz Jozé de Almeida
Jozé Ferreira Pittre.
10 de janeiro de 1826.
Por imediata resolução de 29 de dezembro último, honra sua Majestade o Imperador
por bem conformando-se com o parecer da pessoa do Desembargador do Paço, sobre o ofício
de Vossa Excelência de 9 de outubro do ano passado decidiu, quanto a cadeira de Gramática
Latina, dessa Capital, que se ponha a concurso para ser conferida aos mais digno, e quanto ao
emprego de Capelão do Regimento de 1ª Linha, que se solicite o seu provimento pela
repartição competente. O que participo a Vossa Excelência para sua inteligência e governo.
Deus guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 10 de janeiro de 1826.
Visconde de Barbacena
Cumpra-se e registre-se
Paraíba 22 de fevereiro de 1826
Alexandre Francisco de Seixas Machado. Presidente da Província da Paraíba
1826 – fevereiro – 28
Tendo sua Magestade o Imperador determinado, por portaria de 26 de fevereiro do ano
próximo passado, que Vossa Excelência remetesse a esta Secretaria de Estado dos Negócios do
Império, com a possível brevidade, uma relação de todas as Cadeiras de Primeiras Letras,
Gramática Latina, Retórica, Lógica, Geometria e Línguas Estrangeiras, notando tanto os lugares
em que se acham já instituídas, como os que por sua população merecem criação de outras, e
Coleção Documentos da Educação Brasileira
32
declarando os ordenados dos professores e o rendimento do subsídio literário ou de qualquer
outro imposto a favor das ditas Escolas. E sendo de maior urgência a remessa da dita relação,
para ser apresentado a Assembléia Geral Legislativa, próxima a instalar-se, a fim de tomar
conhecimento de tão importante objeto. Cumpre que Vossa Excelência sem perda de tempo
expeça as competentes ordens para o pronto cumprimento desta Imperial determinação.
Deus Guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1826.
Visconde de Carvalho
Cumpra-se e registre-se. Paraíba 11 de abril de 1826.
Alexandre Francisco Seixas Machado
Sr. Alexandre Francisco de Seixas Machado. Presidente da Província da Paraíba.
1826 – maio – 26
Dom Pedro pela graça de Deus e unânime aclamação dos Povos Imperador
Constitucional e Defensor Perpétuo do Império do Brasil. Faça saber a vós Presidente da
Província da Paraíba do Norte: Que sendo-me presente em consulta da mesa do
Desembargador do Paço o vosso ofício datado de nove de outubro de mil oitocentos e vinte e
quatro em que expande as razões que vos obrigarão a prover na cadeira de Gramática Latina
do Padre José Ignácio de Brito Barocha, e que exerço a minha Imperial confirmação: E
conformando-me com o parecer da referida mesa interposto na mencionada consulta em que
foi ouvido o desembargador Procurador da Coroa Soberana, e Fazenda Nacional, por minha
imediata Resolução de vinte e nove de dezembro ano próximo passado; hei por bem ordenar-
vos mandeis, por a concurso, na forma das ordens existentes, a cadeira de que se trata, para
ser conferido ao mais digno: cumpre-o assim. O Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo
do Império do Brasil e mandou por seu especial mandado pelos ministros abaixo assinados do
seu Conselho e seu Desembargador do Paço Henrique Anastácio de Novaes e fez do Rio de
Janeiro a 26 de maio de mil oitocentos e vinte e seis, quinto da Independência e do Império.
Joze Caetano d’Andrade Pinto
E fez escrever Bernardo José de Gusmão Novais
Domingos Antonio José de Miranda
Cumpra-se registre-se. Parahyba cinco de julho de mil oitocentos e vinte e seis.
Alexandre Francisco de Seixas Machado
Registrado a folha 184 volume do livro segundo de Avisos Imperiais
Antonio José Henriques
Por imediata resolução de sua majestade Imperial de vinte e nove de dezembro de mil
oitocentos e vinte e cinco, tomado em consulta da mesa dos Desembargadores do Paço, e
despacho da Dita mesa de doze de janeiro de mil oitocentos e vinte e seis.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
33
1826 – Agosto – 21
Dom Pedro pela graça de Deus e unânime aclamação dos Povos, Imperador
Constitucional e defensor Perpétuo do Império do Brasil: Faço saber a vós presidente da
Província da Parahyba do Norte: que sendo-me presente em consulta da mesa do
Desembargador do Paço o requerimento do Padre José Ignácio de Brito Barocha em que me
suplicava a confirmação da Cadeira de Gramática Latina dessa cidade. E visto a informação que
de vós se houve a que sobre tudo respondeu o desembargador da Coroa Soberana e Fazenda
Nacional. Houve por bem por minha imediata resolução de oito de abril do corrente ano
tomado na minha consulta, determinar que se processe o concurso a referida cadeira de
Gramática Latina dessa cidade. Pelo que vos ordeno o ponhais a concurso, na conformidade
das ordens, existentes. Cumpre-o assim. O Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do
Império do Brasil o mandou por seu especial mandado pelos ministros abaixo assinado do seu
Conselho e seus desembargadores do Paço.
Henrique Anastácio de Novaes a fez no Rio de Janeiro a vinte e um de agosto de mil
oitocentos e vinte e seis; quinto da Independência e do Império.
José Caetano de Andrade Pinto afez escrever
Dr. Antonio José de Miranda
Cláudio Joze Pereira da Costa
Pela imediata resolução da mesa do desembargador do Paço e despacho da referida
mesa de vinte e quatro de maio.
1827
1827 – Agosto – 28
Manda sua Majestade, pela Secretaria d’Estado dos Negócios do Império, remeter ao
Vice Presidente da Província da Paraíba, os cinco exemplares juntos da obra denominada =
Estatutos da Sociedade Anônima formada em Bruxelas em execução do Real Decreto de 28 de
agosto de 1882 = que compreende idéias de pública utilidade. E há por bem que o mesmo Vice
Presidente procure a sua vulgarização, fazendo-a chegar ao conhecimento das pessoas que
poderão empregar a sua doutrina em benefício público. Palácio do Rio de Janeiro em 28 de
agosto de 1827.
Visconde de S Leopoldo
Cumpra-se e registre-se. Paraíba 15 de outubro de 1827.
Vice Presidente Francisco de Assis Pereira Rocha
Respondido em 14 de janeiro de 1828.
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34
1827 setembro 11 –
Sendo presente a sua Majestade o Imperador o ofício, datado em 11 de agosto próximo
passado, do Vice Presidente da Província da Paraíba relativo a criação de várias cadeiras de
Primeiras Letras e de Gramática Latina em diferentes Vilas, Povoações e lugares da mesma
Província: manda pela Secretária d’Estado dos Negócios do Império participar ao referido Vice
Presidente que na data d’hoje foi o sobredito ofício remetido a Câmara dos Deputados, d’onde
emanará a competente decisão por ser objeto da sua privativa atribuição. Palácio do Rio de
Janeiro em 11 de setembro 1827.
Visconde de S. Leopoldo
Cumpra-se e registre-se
Paraíba 17 de novembro de 1827
Vice-Presidente Francisco de Assis Pereira Rocha.
1828
Manda sua Majestade o Imperador, pela Secretaria do Estado dos Negócios do Império que o
Vice-Presidente da Província da Parahiba informe pela mesma Secretaria qual será o melhor
lugar da Vila da dita Província para estabelecimento de um Colegio d’Estudos menores;
devendo atender-se nesta averiguação assim a algum edifício, que nela exista, e que possa
aproveitar-se para aquele fim, como a salubridade do lugar, e barateza de viveres para
cômodo dos alunos.
Palácio do Rio de Janeiro em 17 de março de 1828.
Pedro Araújo Lima
Cumpra-se e registre-se. Parahiba 28 de abril de 1828.
V.P. Francisco de Assis Pereira Rocha
Julho 1828
Tendo sabido a Presença de Sua Majestade o Imperador diversos requerimentos de
Letras criadas de novo com ordenados pelos Presidentes em Conselho, e de outras providas
pelos mesmos em cadeiras já estabelecidas, pedindo a aprovação do Governo; e não havendo
participado alguns Presidentes, como é de sua obrigação, tais criações, e provimentos, para
serem, aquelas, presentes a Assembléia Geral, e estes, legalmente aprovados, na
conformidade dos artigos 2º, 3º e 7º da Lei de 15 de outubro de 1827: Há por bem: o mesmo
Augusto Senhor recomendar o cumprimento das citadas determinações para se não repetirem
no futuro semelhante faltas. O que se participa pela Secretaria de Estado dos Negócios do
Império ao Vice Presidente da Província da Paraíba, para sua inteligência. Palácio do Rio de
Janeiro em 7 de julho de 1828.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
35
Joze Clemente Pereira
Cumpra-se, e registre-se. Paraíba 26 de agosto de 1828.
Vice Presidente – Francisco de Assis Pereira Rocha
Respondida em 3 de setembro de 1828.
1829
Tendo sua Majestade o Imperador por Decreto da data de hoje, confirmando na cadeira de
mestra de meninas da cidade da Paraíba do Norte, a Maria da Conceição Cabral, com o
ordenado de trezentos mil réis. Manda pela Secretaria de Estado dos Negócios do Império
participa-lo ao Vice Presidente da Província da Paraiba para sua inteligência, a expedição das
ordens necessárias, depois que a referida mestra apresentar o citado Decreto. Palácio do Rio
de Janeiro em 18 de novembro de 1828
Joze Clemente Pereira
Cumpra-se e Registre-se
Paraíba 9 de fevereiro de 1829
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.
Ilmº e Exmo Sr.
Sua Majestade o Imperador, a quem foi presente o requerimento do Procurador da
Confraria do Sr. Dos Martírios dessa cidade, que acompanha o Ofício de V. Excia de 22 de
janeiro último. Há por bem conceder a referida confraria o uso e administração da Igreja do Sr.
Jesus do Bonfim, que pedia sem prejuízo porém da propriedade Nacional, e Imperial Padroado,
que deverão ser conservados. O que participo a V. Excia. para sua inteligência, e para o fazer
constar ao sobredito Procurador.
Deus guarde a V. Excia. Palácio do Rio de Janeiro em 13 de março de 1829.
Luiz Soares ______.
Cumpra-se e Registre-se
Paraíba 25 de abril de 1829
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Respondido em 28 de abril de 1829.
Participação a justiça da Fazenda, ao Comandante das Armas e ao Procurador da
Irmandade.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
36
17 de agosto – 1829
Ilmo Sr.
Acuso a recepção do Ofício de V. Excia de 27 de junho deste ano com o requerimento de
Antonio José Gomes Barbosa, professor de Primeiras Letras na Vila Nova da Rainha, que pode
ser confirmado na Cadeira d’Ensino Mútuo criada pelo Conselho do Governo. E participa a V.
Exª que deve o Suplicante ajuntar o Título do seu Provimento na forma do estilo.
Deus guarde a Vossa Excelência Palácio do Rio de Janeiro em 17 de agosto de 1829.
José Clemente Pereira
C. Registre-se Paraíba 20 de setembro de 1829.
Gabriel Getulio Monteiro de Mendonça
Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Respondido em 25 de setembro de 1829.
Set. 1829
Ilmo Sr.
Tendo presente a sua Majestade o Imperador o Ofício de V. Exª nº 61 na data de 14 do
mês passado em que informa sobre o Requerimento de Henrique da Silva Ferreira Rebelo
professor de Ensino Mútuo na Cadeira de 1ªs Letras da Cidade da Paraíba, que pede se leve em
conta o tempo que serviu de professor Público em Pernambuco, a fim de poder ser
contemplado com a gratificação estabelecida pela lei de 15 de outubro de 1829. Há o mesmo
Senhor por bem que se leve em conta ao Suplicante o tempo de serviço desde o dia em que
começar a servir na 1ª Cadeira, que ocupou não tendo estado desempregado. O que participa
a V. Excia para sua inteligência e execução.
Deus Guarde a V. Exª Palácio do Rio de Janeiro em 22 de setembro de 1829.
José Clemente Pereira
C. Registre-se. Paraíba 17 de outubro de 1829
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.
Imo Exmo Sr.
Sua Majestade o Imperador houve por bem, por Decreto da data de hoje, fazer mercê
da Cadeira de Primeiras Letras de Vila Nova da Rainha dessa Província a Antônio José Gomes
Barbosa, com o ordenado anual de duzentos mil réis. O que participo a V. Exª para sua
inteligência.
Deus guarde a V. Exª - Paço em 30 d’Outubro de 1829.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
37
José Clementino Pereira
C. Registre-se. Paraíba 25 de janeiro de 1830
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Barros
25 de novembro de 1829
Ilmo e Exmo Sr.
Constando a sua Majestade o Imperador que em alguma Província deste Império só tem
praticado o abuso de serem aprovados para Professores de Primeiras Letras. Opositores que se
não mostram instruídos em todas as matérias do Artigo 6º da Lei de 15 de Outubro de 1827.
Há por bens que V. Exa. faça evitar semelhante abuso recomendando mui positivamente que
nos exames dos ditos Opositores não sejam aprovados aqueles que não satisfizerem aos
quesitos do mencionado Artigo.
Deus guarde a V. Exa. Palácio do Rio de Janeiro em 25 de novembro de 1829.
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Sr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.
Novembro 26/11/1829
Ilmo e Exmo Snr.
Sendo presente a sua Majestade o Imperador o ofício de V. Excelência de 30 de outubro
último, em que participando a deliberação tomada em conselho de se criar na Vila de Alhandra
mais uma Cadeira de Primeiras Letras, com o ordenado anual de duzentos mil réis, por assim o
ter pedido a Câmara Municipal da dita Vila, pergunta Vossa Excelência se bastará comunicar
somente a este Secretaria d’Estado as criações de tais cadeiras e seus ordenados ou se é
também necessário leva-los diretamente ao conhecimento de cada uma das Câmaras da
Assembléia Legislativa. Mandar o mesmo senhor responder a Vossa Excelência que no sentido
literal da Lei de 15 de outubro de 1827, deve Vossa Excelência dirigir-se a referida Assembléia
ficando porém na inteligência de que satisfará àquele dever, fazendo a respectiva
comunicação a qualquer das suas duas Câmaras.
Deus guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 26 de novembro de 1829.
José Clemente Pereira
Snr. Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça
Cumpra-se e Registre-se. Paraíba 25 de fevereiro de 1830.
Gabriel Getúlio Monteiro de Mendonça.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
38
1833
● 1/10/1833
Ilmo. Exmo Snr.
Alem da Escola, que só trabalha com arma acha-se outra prompta para o mesmo fim, e
por visto sirva-se V. Sª. ordenar aos respectivos comandantes de Companhias para que os
Guardas pertencentes a Ditta escola venhão armados nos dias marcados para o ensino, tenho
a dizer a V.Sa. que algguns guardas pertencentes a primeira escola só comparecem aos
exercícios com granadeiros faltando-lhe o ______, falta esta bem sensível pois jamais podem
aprenderem certos manejos com o bem = armas, baioneta, escorvas e carregar e ______ a
vista do expendido V.Sa. queira dar as precisas ordens, e espero sejam satisfatórios pois não
devo esperar menos do seu acrisolado patriotismo. A pessoa de V.Sa. Deus Guarde Felizmente.
Vila de Bananeiras,
1º de outubro de 1833.
Ilmo. Senhor Leonardo Bezerra Cavalcanti
Tenente Coronel Comandante do Batalhão de Guardas Nacionais
Ernesto Emiliano de Medeiros
Alferes Instrutor do mesmo batalhão.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Esta Câmara conhecendo as obrigações que tem de inspecionar sobre as aulas públicas,
não pode deixar de levar ao conhecimento de Vossa Excelência, a má conduta com que se tem
por todo o Professor de Primeiras Letras Gaudêncio Gonçalves Chaves, convencido
publicamente de incontinência habitual, com uma mulher traída e mantida escandalosamente,
dando mau exemplo aos inocentes alunos, além de se ter portado parcial de entregar, falta de
respeito as autoridades constituídas, e não convindo a esta câmara semelhante empregado
tão precioso a Moral Pública e a tranqüilidade vai rogar a Vossa Excelência a sua suspensão e
substituir outro de melhor moralidade e conduta.
Deus guarde a Vossa Excelência. Pombal em sessão extraordinária de 9 de dezembro de
1833.
Francisco Leite Ferreira Mello
Presidente
Antonio Jacome ______
Joaquim Francisco Pereira
Joze da Silva Pereira
Feles Rodrigues dos Santos
Coleção Documentos da Educação Brasileira
39
● Francisco José Meira, Vice Presidente da Provincia da Paraiba do Norte por Sua Magestade
ou o Imperador Constitucional, que Deus guarde______. Havendo atenção a ter sido
examinado, e aprovado o Padre Manoel de Carvalho e Silva na forma da Lei de 15 de Outubro
de 1827 para Professor de 1as Letras do Ensino Mútuo da Povoação da Serra da Raiz, termo da
Vila do São Miguel da Baia da Traição pelo método Lancaster. Hei por bem por esta prove-lo,
como provido tenho, na conformidade da resolução do Conselho de 5 do corrente na dita
Cadeira, criada em virtude da Resolução de 13 de Outubro do anno de 1831, gozando elle por
esta do Ordenado de trezentos mil r$, estabelecido por Decreto de 11 de Novembro do
mencionado anno. As Authoridades, aquém compettir, como tal o reconheção, e a Camara
respectiva em virtude das ordens, tome todas as cautelas, afim de conhecer, se o dito
Professor, cumpre exatamente os seus deveres, indo esta por mim assinada, e selada com o
sello das Armas do Império, se registrará na Secretaria deste Governo, na da Junta da Fazenda
Publica, e Camara respectiva. Dada na Cidade da Paraiba aos 7 dias do mês de Fevereiro do
Anno do Nascimentos de Nosso Senhor Jezus Christo de 1833. ______Decimo da
Independencia e do Imperio. Subscrevi e assignei no impedimento do Secretario do Governo,
Joaquim Francisco Monteiro da Franca, 2º Official da Secretaria.
Francisco José Meira
Provizão pela qual V.Exa. Há por bem prover ao Pe.Manoel de Carvalho e Silva na
Cadeira de 1as Letras do Ensino Mutuo da Povoação da Serra da Raiz, termo da Villa de S.
Miguel, como acima de declarou.
Para V. ExaVer.
1834
24 de janeiro de 1834
Ilmº Exma Sor
Esta Câmara zelosa do bem público de seu Município não pode dispensar de levar ao
conhecimento de V. Exa o desprezível estado em que se acha a aula de primeiras letras desta
vila motivado pelo desleixo do professor da mesma José Francisco Marinho Falcão, que
deixando de se empregar nas obrigações de que se acha encarregado para o ensino de seus
alunos, entretem-se em passeios ilícitos, de sorte que tem com este procedimento feito
ausentar os alunos que concorreram para o estudo, entrando-se proximamente um número
muito diminuto. Ante que expendido espera esta Câmara que V.Ex.cia tome em consideração a
providência que exige tão importante tarefa.
Deus Guarde a V. EX.cia muitos anos. Vila de Brejo de Areia em sessão extraordinária de
11 de junho de 1834.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
40
Ilustríssimo e EX.mo Senhor Bento Correia Lima
Vice Presidente da Província.
Francisco Xavier de Miranda Henriques
Francisco Lins Fialho
Antonio José da Cunha
Francisco Coelho de Albuquerque
Ignácio Evaristo Monteiro.
● Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Tendo-se retirado desta Vila a 12 de dezembro próximo passado, o professor de
primeiras letras Antonio da Costa Rego e Moura, e não tendo até hoje aparecido para entrar
no exercício de suas funções o que tem causado notável atrasamento em seus alunos também
principiados. Esta Câmara vai rogar a Vossa Excelência promptas providências afim de os
habitantes desta vila não ajão de “sorte?” Os filhos escravos da ignorância que tanto avilta o
cidadão livre.
Deus Guarde a Vossa Excelência muitos anos.
Paço da Câmara Municipal da Vila de Piancó, em secção ordinária de 12 de março de
1834.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Presidente da Província.
Respondendo em 4 de julho de 1834
Saturnino Roz dos Santos Feliz José de Arantes Joaquim de Souza Pereira Manoel Leonardo de Oliveira Pedro Vieira da Costa Antonio ______ de Souza
Resumo: Correspondência do Paço da Câmara ao Presidente da Província datada de 12 de
março de 1834 pedindo providências para que volte o professor de primeiras letras.
● Convento São Francisco
Pelo ministério do Império
Folha da Mestre Carpinteiro, oficial do dito servente e mais despesa que se fez com o
convento da escadaria onde se sobre para as aulas de Filosofia, Francês, Geometria e Retórica
no Convento de Stº Antonio desta cidade.
A saber
Mestre Carpinteiro “ José Antonio das Neves............. ........................2 dias
Coleção Documentos da Educação Brasileira
41
Oficial do dito “ José Joaquim de Lima
Servente “ José, escravo de Moraes
Por uma taboa que se comprou para os degraus da escada acima dita...... # 600
Soma ............................................................................................................ # 1.920
Nacional da Paraíba do Norte 18 de março de 1834.
Gonçalo Severo de Moraes
Capitão Inspetor do Trem
A saber
... 2 dias... a 1.100 .................................................. # 200
... 1 dia ... a 500 .................................................. # 500
... 2 dias ... a 320 .................................................. # 640
Soma ........................................................................ # 1.940
● 3/4/1834
Ilustríssimo Senhor constando a Câmara Municipal, que alguns dos professores das aulas
maiores não só não cumprem com os seus deveres, como até quase não ensinam todas as
matérias da Faculdade que se comprometeram a ensinar; e convindo remediar um abuso tão
pernicioso a instrução da mocidade manda a mesma Câmara encarregar a Vossa Senhoria
inspecionar aos referidos professores, e examinar qual deles deixam de se empregar como
deve no exercício de seu magistério, e de ensinar todas as matérias da Faculdade a que se
comprometeu, e assim mais vossa senhoria encarregado de participar no último dia de cada
trimestre as faltas que encontrar, não só nos mencionados professores das escolas maiores,
como também nas do ensino primário, para a vista desta participação poder a Câmara atestar
aos mesmos professores como foi de justiça: O amor pela instrução da mocidade, e o
patriotismo de vossa senhoria, dão a Câmara bem fundadas esperanças de que empregará
toda energia, a fim de que não progrida a malversação dos empregados, na instrução dos
nossos jovens patrícios. Deus Guarde a Vossa Senhoria. Paço das Sessões da Câmara da cidade
da Paraíba 3 de abril de 1834.
Ilustríssimo Senhor Francisco José Meira, Inspetor das Escolas do Município = João
Coêlho Bastos, presidente = Manoel Francisco de Oliveira e Mello Secretário.
Esta conforme Francisco Manoel Oliveira e Mello. Secretário.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
42
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Esta Câmara Municipal a quem foi presente os ofícios de Vossa Excelência, de 12 de
junho findo, e de 8 do corrente aquele para que esta corporação atue ao Inspetor das aulas
______, a fim de que examine se os professores cumprem exatamente os seus deveres,
enquanto particularmente se o professor da Cadeira de Retórica dá lições de todas as matérias
inerente a seu magistério, e este sobre o mesmo ano objeto, previne Vossa Excelência que
independente desta dupla recomendação havia esta mesma Câmara em 3 de abril ordenado
ao Inspetor das aulas Francisco Jozé Meira, o que consta do ofício por cópia junto.
Tendo porém aquele inspetor pedido escusa, que lhe foi concedida acha-se nomeado o
Bacharel Francisco de Assis Pereira Rocha Junior para o substituir, e a este feitas estão as
necessárias recomendações de acordo com os supracitados ofícios de Vossa Excelência.
Deus Guarde a Vossa Excelência. Paraíba em sessão ordinária de 9 de julho de 1834.
Ilustríssimo Excelentíssimo Senhor Bento Correia Lima. Vice Presidente do Governo da
Província.
Processo de Avaliação de Utensílios para Escola
Aos vinte e seis dias do mês de julho de mil e oitocentos e trinta e quatro em casa da
residência do cidadão Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque Juiz de Paz deste Distrito de
Gurinhém. Termo da Vila do Pilar Comarca da cidade da Paraíba onde eu Escrivão ______
vindo e ai aparecem José Francisco de Barros e Jozé de Mello Vasconcelos moradores nesta
Povoação e nomeados para árbitros pelo dito Juiz para avaliação dos utensílios mais
necessários e indispensáveis para a aula do ensino mutuo das primeiras letras desta Povoação
e aprovada pelo dito Juiz em audiência hoje e pelo mesmo se foram deferido os juramentos
dos Santos Evangelhos ______ ao bem e fielmente examinar e avaliar o orçamento da
importância dos bancos, banquinha, para cadeira do mestre. Taboa de operações, tendo-se
atenção as circunstancias do lugar na sua população para que nem padeça falta de
comodidade os alunos, e nem haja excesso que prejudiquem a Fazenda Pública, para a cuja
conservação não só este Governo como todo bom Cidadão deve concorrer este incumbe a V.
S. esta tarefa do orçamento recomendando-lhe possível brevidade e espera que se prestava
com aquele zelo que é próprio de cidadãos zelosos do bem, e utilidade Pública.
Deus guarde a Vossas Senhorias. Palácio do Governo da Paraíba. 10 de julho de 1834.
Bento Correia Lima – Ilustríssimo Senhores
Presidente e Vereadores da Vila Pilar. Este contrato o Senhor ______ Camara
Presidente Gabéneo da Veiga.
Juízo de Paz
e autuamento de um ofício de Câmara deste município ao Juiz de Paz deste distrito.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
43
Escrivão Silva.
Ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil e oitocentos e trinta a quatro
aos vinte e seis dias do mês de julho do dito ano nesta Povoação do Gurinhém termo da Vila
de Pilar do Taipu. Comarca e Província da Paraíba do Norte em casa de residência do Juiz de
Paz Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque onde eu escrivão do seu Correa abaixo declarado
e assinado ______ vindo e sendo ai por parte da Comarca deste município me foi entregue um
oficio de que e ______ fora de estilo e é o que adiante se segue de que passo a constar fiz este
autuamento eu Francisco Jose da Silva.
Escrivão
Aos vinte seus dias do mês de julho de mil e oitocentos e trinta e quatro em casa de
residência do cidadão Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque Juiz de Paz deste Distrito do
Gurinhém. Termo da Vila de Pilar Comarca da cidade de Paraíba onde eu escrivão ______
vindo e ai apareceu Joze Francisco de Barros e Joze de Mello de Vasconcelos moradores nesta
povoação e nomeados para árbitros pelo dito Juiz para avaliação dos utensílios mais
necessários ou indispensáveis para a aula do ensino de primeiras letras desta Povoação e
aprovado pelo dito Juiz em audiência de hoje e pelo mesmo se foram deferidos os juramentos
dos Santos Evangelhos ______ do bem e fielmente examinar e avaliar o orçamento da
importância dos bancos, banquinha, para a cadeira do mestre, taboa de operações obra de
pedreiro marceneiro para a dita aula e sendo por ele Juiz recebido dito para muito o ______
prometeram debaixo ______ guardar e cumprir com tanto zelo e dizer ter esse parte apor e só
com vistas no bem público e neste mesmo termo recebeu o mesmo Juiz o juramento de um
perito pela falta que aqui há da ______ tanto de marceneiro ______ e pedreiro que pelo
mesmo juiz foi nomeado e Inspetor Braz Alves de Paiva que prometeu também debaixo o
mesmo juramento desempenhar o que pelo dito Juiz já foi encarregado e para constar mandai
o dito Juiz lavrar este termo em que todos com o mesmo Juiz assinaram e eu Francisco Joze da
Silva Escrivão que a escrevi.
Diogo Velho Cavalcante Albuquerque
Joze Francisco de Barros
Agosto de 1834
Ilustríssimos Senhores
Remeto a Vossas Senhorias o orçamento dos utensílios mais indispensáveis para montar
as aulas das Primeiras Letras desta Povoação do nada a que se acha.
Pela cópia do Ofício do Excelentíssimo Vice Presidente que Nossas Senhorias me
transmitiram não posso entender o orçamento da obra necessária para o ensino atendendo as
circunstâncias e população deste Distrito pois tendo este método 8 Classe não podia deixar
sessão de fazer dito orçamento por inteiro mais vejo a falta que há em toda a Província ainda
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mesmo na Capital de Aulas Completas para semelhante método e que nunca chegaria para
esta Povoação julguei somente fazer mais ______ como Vossas Senhorias seram a fim de que
com brevidade se efetue a obra que não há expressões para expor-lhes sua grande falta
instável prejuízo da mocidade e incômodos do Professor ______ que há nesta Povoação mais
capaz e melhor para montar a Aula por ______ algum conserto, que lhes ______ for ter grande
termo ao que atendendo que e dono ______ mais nunca ______ embora uso mandar fazer
também o orçamento de tais reparos que vai tudo unido com os utensílios da dita aula para
depois fazer-se o desconto no arrendamento ao proprietário que visto se conformou e até
nem uma dúvida tem de vender dita casa por preço razoável caso Vossas Senhorias achem
melhor fazer-se tal compra pois além de serem de boas madeiras e suficiente para mais
adiante _______ arranjada a aula pelo método estabelecido a demora que tem havido de
minha parte em remeter dito orçamento tem sido a falta de pessoas inteligentes ______ para
avaliação de tudo e por isso queriam-se dispensar de não ______ dito orçamento mais
informa.
Deus Guarde a Vossas Senhorias. Gurinhém 9 de agosto de 1834.
Ilustríssimos Senhores Presidente e Vereadores da Comarca da Vila do Pilar.
Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque.
8 DE NOVEMBRO DE 1834
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Temos presente o ofício de Vossa Excelência dirigido a esta Câmara com data de 10 e
julho próximo passado; e sobre o seu conteúdo passo a responder a Vossa Excelência como
dependervos.
Com bastante satisfação foi recebido o ofício em que Vossa Excelência dá a entender
que quando avivar uma instituição tão justa, qual a instrução pública, que lhe apresente ter
estado em inteiro abandono, e parece ter sido mania dos ______ governos mistos; para por
este meio virem se podem executar seus sinistros projetos.
Não tendo, Excelentíssimo Senhor esta Câmara inteiro conhecimento das causas
necessárias para ______ mútuo; resolveu nomear uma comissão composta de cidadãos que
mais entenderem da matéria e que mais interesse mostrassem em ver progredir a instrução
pública único elemento capaz de fazer uma forte barreira aos despropósitos que tanto se
empenham para aterra a mesma instrução que eles consideram uma forte arma contra seus
desvarios.
A Comissão houve de com a brevidade, que expõe exigia o negócio apresentou o
resultado de seus trabalhos, que parece a esta Câmara, estar, não foi favorável a Fazenda
Nacional, como útil a instrução.
Esta Câmara deliberou remeter a Vossa Excelência não foi o relato, que a Comissão
apresentou, como também o orçamento, e pedir a Vossa Excelência a aprovação do mesmo
orçamento. Deus guarde Vossa Excelência muito anos. Paço da Câmara Municipal da Vila
Constitucional de Santo Antônio do Piancó. Em sessão ordinária de 8 de novembro de 1834.
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Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Província da Paraíba do Norte.
Feliz José de Arantes
Vice-Presidente Custódio Ângelo dos Santos
Antonio ______ Souza.
Pedro Vieira da Costa
José Pedro de Souza
Orçamento para o fabrico de aula do ensino mútuo Vila Constitucional de Santo
Antonio de Piancó.
Sessenta taboas as para as obras em geral, importando cada uma a importância 38$000
Vem a ser as obras
Oito classes, contendo oito bancos, e oito lousas. Uma carteira. Uma taboa de operações de
aritmética. Quatro moédas. Sete telégrafos. A cadeira do Professor. Tornos para chapear. Oito
semicírculos com ponteiros e casas para os sustentar a 2500.
Madeira para os pés dos bancos, e mesa, e travejamento da cadeira e mais obra ______
31600 mão de obra entrando o mais 60000
Soma_________
Vila C. de Santo Antonio de Piancó. 9 de novembro de 1834.
Antonio Joaquim
Francisco ______
Gregório ______
Relator
1835
● 05/09/1835
Ilustríssimo e Excelentíssimo Sr. tenho em vista o ofício de V. Excia de 4 do mês findo, o
qual acompanhou a relação dos misteres e utensílios de que carece a aula do Ensino mútuo
desta cidade, e revendo exemplares que nesta tesouraria existem, apenas achei oito de letra
de chapa com o alfabeto maiúsculo, e outros tantos do minúsculo assim como vinte de
sentenças moraes, e alguns cadernos em oitavo com o alfabeto também maiúsculo e
minúsculo. Taboada, valores das moedas, e divisão dos pesos, e medidas, contendo além disto
os números, os quais podem ser entregues ao respectivo professor quando em virtude da
citada ordem de V. Excia os venha receber.
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46
Quanto por aos outros objetos, como sejam regras ______ de palhinha, tiras de tábua,
talha para agoa, e imagens de Cristo, eu creio ser mais regular ordenar V. Excia o seu
suprimento pelo tesouro nacional.
Deus guarde a V. Exc. Tesouraria da Paraíba 5 de setembro de 1835.
Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Luiz Alvares de Carvalho.
Vice-presidente desta província
N. 202 Antonio José Henriques
● Por ______ de ______ do corrente se ______ o requerimento do suplicante, por
______ pela ______ próxima da ______ provincial.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Informando sobre a matéria do requerimento que acompanham ao ofício de Vossa
Excelência de 17 do mês findo pelo qual pretendo o substituto, que fora da cadeira de Filosofia
desta cidade ser pago de ordenado que como tal julga por ______
______ em virtude da Lei Provincial de 18 de abril do corrente ano, e que por esta
tesouraria lhe fora denegado, cumpre-me declarar a Vossa Excelência em cumprimento ao seu
referido ofício que legalmente foi indeferida ______ do suplicante, ______ proibido ______ e
diferentes leis ainda em vigor a acumulação de ordenados, e recebendo como recebe, aquele
ex-substituto pela Fazenda Pública o ordenado de professor da cadeira do 1º ano de ______, é
obvio que ______ ______ esta violação das leis referidas, cujas disposições esta tesouraria
muito respeita, jamais efetuar-se poderia e pagando requerido.
Eu conheço, que a lei provincial de 28 de abril é posterior ao decreto de 19 de julho de
1668 Carta Régia de 13 de setembro do mesmo ano, e lei de 22 de novembro de 1763 no título
4º, que tal proibição fizeram, mas eu sei também, e é regra ______ ______ da ______ jurídica,
que as leis posteriores nem sempre ______, ou derrogam as anteriores que só se podem dizer
pelas promulgações daquelas ignoradas e, como se existentes não fossem, ou quando assim é
positivamente declarado, ou quando a doutrina das mais modernas traz consigo autonomia,
ou absurdo com a das mais antigas e não se dando, como reconhecidamente se não dá, nem
uma nem outra causa nas disposições das leis referidas que tratam de objetos mui distintos, e
diferentes, é manifesto, que existindo as subreditas leis antigas, com elas coexistir poder a
moderníssima de 28 de abril do último ______ ______ a proibição da acumulação de dois, ou
mais ordenados em um mesmo sujeito não implica na mais ligeira idéia com a concessão feita
ao substituto do vencimento do ordenado do professor proprietário, durante o impedimento
deste na assembléia provincial, tanto mais declarado mui expressamente a lei referida de 28
de abril no artigo 3º, que ela há derrogado as outras disposições legislativas, que contrarias lhe
sejam, e não ao certo aquelas, como a de que venho de faltar, que com ela esta em a mais
completa harmonia.
Que a paga do suplicante requer é ordenado, ninguém em boa fé duvida-lo pede, e eu
que tenho ______ dever de considerar atentamente as disposições das leis ter a ______ como
______ ______ de meus atos estou desse princípio convencido sem que muitos importem
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razões de ______, ordinariamente vagas a ______ cada um das feições, que lhe parece, e
______ a medida de seus desejos ______ mais a vistas da Resolução da Assembléia Provincial
de 4 de maio do ano corrente da qual se manifesta que a mesma assembléia na íntima
convicção de não poder o suplicante ou outro qualquer seus títulos em idênticas circunstancias
perceber da Fazenda Pública ordenado estabelecido em a referida lei de 28 de abril; tentou,
interpretando a esta, fazer extensiva a substitutos tais a disposições da lei citado dando ao
ordenado que esta estabelecerá o ______ de gratificação ficando assim em vigor as Leis Gerais
que a acumulação de ordens mui ______ ______. Digo tentou a Assembléia Provincial, e não
______ ______ por meio da resolução mencionada a lei sobredita de 28 de abril por ______
______ o poder Legislativo das províncias conferido as assembléias provinciais, e ______
Excelentíssima presidente ______ salvo os casos únicos, de que tratam as excepções ao artigo
13 da lei de 12 de agosto de 1834; e dependendo realmente as resoluções da ______ da
mesma maneira que seus projetos de lei da sanção dos Excelentíssimos Presidentes com
expresso no mesmo artigo 13 da dita lei de 12 de agosto, é evidente que não sendo, como não
foi sancionada pelo Excelentíssimo Governo desta província a sobredita Resolução e nem
observando-se a respeito dela o disposto no artigo 19 da Lei da Reforma Constitucional, não
pode ela contravir de maneira alguma, e na mais pequena coisa a Lei Provincial de 28 de abril
que está em seu inteiro vigor e em vigor as Leis Gerais apontadas, como ______ demonstrado.
As razões expedidas ponderosas na verdade, e nas ______ esta firme tesouraria até que
a Assembléia Provincial a quem toca interpretar as Leis respectivas, resolva o contrário,
motivaram o indeferimento do suplicante, que, como creio, Vossa Excelência achará de inteira
justiça.
É o que devo informar a Vossa Excelência em cumprimento ao ______ ofício de 17 de
novembro findo.
Deus guarde a Vossa Excelência
Tesouraria da Paraíba 14 de dez. de 1835
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor Francisco José Meira
Vice-presidente da Província
Antonio Joze Henriques
1836
Nós os professores de Retórica e de 1ªs Letras por ______ e ______
Certificamos que examinamos a professora Joaquina Correia de Fojos nas matérias
exigidas para o exercício de Cadeira de 1ªs Letras desta Vila, à achamos suficientemente apta
para o dito lugar.
Brejo, 11 de janeiro de 1836.
Bento ______
Lente de Belas Letras
Fase Faustino. ______ Falcão
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● Posse Provincial, Palácio do Governo Provincial da Paraíba, 16 de janeiro de 1836.
Meira NP
Ilmo. e Exmo.
Procedendo esta Câmara ao exame de Joaquina de Fojos Correia nas matérias exigidas
na Lei de 15 de outubro de 1827 para professora de meninas desta Vila como determina o
Decreto de 20 de junho de 1834 e Despacho de V. Excia a respeito, fora a mesma examinada
aprovada, e julgada apta para exercer o referido emprego como verá V.Excia do Atestado junto
e a vista do que V.Excia determinará o que justo for.
Deus guarde a V. Excia muitos anos Vila do Brejo de Areia em sessão ordinária de 12 de
janeiro de 1836.
Ilmo e Exmo Sr. Francisco José Meira - Vice Presidente da Província da Paraíba.
Joaquim José Cavalcante Lourtte
Presidente
Francisco Mello Muniz
José Joaquim de ______
José Inácio Ponce de Lion
Bernardo da Veiga Leitão Armôzo
1837
● 4ª Sessão Ordinária feita em 18 de janeiro de 1837
Presidência do Senhor Avandano
Feita a chamada as duas horas e meia da manhã compareceram os senhores Deputados,
faltando com a causa o Senhor Coelho Bastos e Simplício e sem ela os senhores Lucas, Luis
Álvares Rabello, Bento Correia e .................8 o senhor 1º secretário, ocupando a cadeira da
Presidência; declarou aberta a sessão e lida a Ata da antecedente, depois de algumas
reflexões, foi aprovada. Compareceram os senhores Lucas Rabello, Bento Correia.
[...].
Um ofício da Câmara de São João, pedindo uma cadeira de primeiras letras à Comissão
de instrução Pública [...].
8 N.O: no original está pontilhado.
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Jozé Lucas de Souza Rangel.
Presidente
Joaquim Baptista Avondano
1º Secretário
Padre Domingos Álvares Vieira
2º Secretário
● Respondida em 21 de janeiro de 1837
Ilustríssimo Senhor
Nº 7 Remeterão-se os Estatutos em 9 de março
A Assembléia Legislativa Provincial resolveu em sessão de hontem se dicesse ao governo
que empregue todos os meios a seu alcance afim de que sejam apresentados na presente
sessão estatutos para todas as escolas de primeiras letras digne-se Vossa Excelência levar o
expedido ao conhecimento de sua excelência o Senhor Presidente da Província.
Deus guarde a Vossa Senhoria
Secretário da Assembléia Provincial da Paraíba 20 de janeiro de 1837.
Ilustríssimo Senhor Jerônimo Rodrigues Chaves
Secretário Geral da Província
Joaquim Baptista Avondano
1º SECRETÁRIO.
● Respondeu-se, e remeterão-se todos os documentos exigidos em 24 dito
Nº 10 Ilustríssimo Senhor
Resolveo a Assembléia Legislativa desta Província em sessão de 21 do corrente, se
pedisse ao governo, que informe a mesma Assembléia, em que Lei se fundou para conceder ao
Professor de Primeiras Letras da Cidade Alta, uma gratificação, e que remeta todos os
documentos que o mesmo professor anexou ao seu requerimento.
Sirva-se participar a sua excelência o senhor presidente da Província, o que venho de
expor para sua inteligência.
Deus guarde a Vossa Excelência muitos anos.
Secretaria da Assembléia da Província da Paraíba, 23 de janeiro de 1837.
Ilustríssimo Senhor Jerônimo José Rodrigues Chaves.
Secretário do Governo da Paraíba.
José Baptista Avondano
1º Secretário.
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● 25 de janeiro de 1837
Cópia da segunda parte do parecer da comissão de Fazenda, dado sobre a pretensão do
professor de primeiras letras da cidade baixa = quanto a segunda parte do requerimento julgar
a comissão que sendo conforme as regras da justiça que o suplicante seja indenizado do que
dispendeu um em proveito de sua aula, o governo deve mandar fazer esta indenização
justificando o suplicante o que realmente dispendeu com os gêneros que alega aos
empregados no seu serviço de sua dita aula.
Sala dos Coronéis. 25 de janeiro de 1837
Francisco de Assis Pereira Roxa Junior.
Relator Manoel Lobo de Miranda Henriques. com restrições = Frederico de Almeida e
Albuquerque.
Esta conforme
No impedimento do oficial maior.
Felinto Leôncio Victor Pereira
2º Oficial
● 10ª Sessão ordinária em 25 de janeiro de 1837.
Presidência do Senhor Rangel
Feita a chamada às 10 horas e 5 minutos da manhã, acharam-se presentes 24 senhores
Deputados, faltando sem causa motivada os senhores Henriques d’Almeida, Bitancourt e
Presidente. Lida a Acta da antecedente, foi approvada.
Entrou. Expediente.
[...] respondendo a requisição desta Assembléia à cerca da gratificação que ora percebe
o professor de primeiras letras da Cidade Alta, Henrique Ferreira da Silva Rabello; de que ficou
a Câmara inteirada fazendo-se entrega dos documentos ao Sr. Frederico d’Almeida que havê-
los requerido, o senhor Frederico leu e enviou a Mesa um Requerimento / nº 1 que foi
aprovado e depois de discutido foi aprovado, o mesmo senhor leu e enviou à Mesa um Projeto
a respeito dos Professores de primeiras letras, o qual na forma do Regimento passou a 2ª
leitura. [...] O senhor Assis como um dos membros da Comissão da Fazenda leu e mandou a
Mesa um parecer a respeito da pretensão do professor de primeiras letras da Cidade Baixa de
modo seguinte o que sendo aposto em discussão, ficam adiado por haver pedido a palavra o
Sr. Deputado Roriz de Sousa. O Sr. Assis pediu a palavra para ler um Projeto, que enviou a
Mesa, tendentes aos Professores das aulas de 1ªs lettras e maiores ao qual na forma do
Regimento passou a 2ª leitura. O Sr. Rabello leô, e mandou a Mesa um requerimento / nº 2
que foi apoiado: O senhor Meira enviou à Mesa um aditamento. Ao Requerimento do Senhor
Rabello / nº 3/ que foi apoiado: e posto ambos em discussão; foram aprovados. O Sr. Vieira leu
e mandou à mesa um Requerimento / nº 4 que foi apoiado e depois de discutido foi aprovado.
O Senhor Presidente convidou a respeitável comissão para quanto antes de apresentar o seu
parecer. O senhor Assis leu e mandou à Mesa um Requerimento / nº 5 / que foi apoiado e
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51
depois de discutido foi aprovado. O Sr. Padre Chacon leu e mandou à Mesa um Requerimento
/ nº 6/ que foi apoiado e depois de discutidas, foi aprovado. O Senhor Presidente consultou a
Assembléia se a nomeação deveria ser feita para ello ou por escrutíneo secreto na forma do
Regimento, e dicidiu-se que fosse feita pelo Sr. Presidente pelo que o Sr. Presidente nomeou o
Sr. Coelho Bastos, o qual pedindo a palavra leu e mandou a Mesa um Regimento / nº 7/ que foi
apoiado e depois de discutido foi aprovado. Por conseqüência o Senhor Presidente passou a
nomear o Sr. Borborema. [...].
Logo depois continuando a sessão, entrou em discussão um parecer adiado a respeito
do diretor do Licêo o Professor Bento Bandeira de Mello de Catolé e depois de uma longa
discussão o Sr. Rabello requereu que ficasse a matéria em questão adiada para a Sessão
seguinte e assim se vencêo. E por estar dada a hora o senhor Presidente levantou a Sessão
dando pela ordem do dia a 2ª discussão das propostas nº 7 e 46 de 1835. 3ª discussão da
proposta nº 28 do mesmo ano. 3ª leitura das propostas do corrente ano e pareceres adiados.
Pe. Domingos Álvares Vieira.
2º Secretário
Joaquim Batista ______
1º Secretário
José Lucas de Sousa Rangel
Presidente
● 26/janeiro de 1837.
Presidencia do Senhor Coelho Bastos
Feita a chamada [...] entrou o expediente [...].
O Senhor primeiro secretário fez a menção [...] compareceram os senhores Henrique
d’Almeida e Padre Emiliano. Leu mais o ______ secretária outro oficio da Câmara desta cidade
a fim de se ______ ordenado de seu médico de Partido. A Comissão de Fazenda e orçamento
fez menção de uma representação do professor de Primeiras lettras da Vila de Brejo da Areia
em que pedia maior aumento de ordenado. Compareceu o Senhor Lucas, que ocupou a
cadeira da Presidência / a Comissão de Instrução Pública e de Fazenda [...].
Compareceu o senhor presidente, o senhor 1º secretário fez a leitura de uma proposta
da Comissão de Instrucção Publica da sessão passado acerca da criação de uma cadeira de
primeiras lettras de meninas na cidade baixa o qual passou para a segunda leitura.
Padre Domingos Álvares Vieira
2ª Secretário
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Joaquim Baptista Avondano
1º Secretário
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● 30 de janeiro de 1837.
14 – Sessão Ordinária em 30 de janeiro de 1837
Feita a chamada
[...].
Ordem do dia
[...] passou-se as segundas leituras das propostas [...] continuou a sessão o senhor Padre
Emiliano sobre a criação de uma cadeira de primeiras letras na povoação da Serra do Teixeira,
Freguesia de Patos, o qual sendo julgada matéria de deliberação da Assembléia, passou a
Terceira leitura. Também teve a 2º leitura a proposta do Senhor Frederico, a respeito dos
professores de primeiras letras que sendo julgada matéria de deliberação passou a 3ª leitura –
igual destino tiveram as seguintes propostas, uma do senhor Assis Junior tendente aos
professores de primeiras lettras e das aulas maiores: [...] a 3ª do senhor ______ a cerca da
criação de uma cadeira de meninas no Varadouro ou cidade baixa [...].
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Joaquim Baptista Avondano
1º Secretário
Padre Domingos Álvares Vieira
2º Secretário
Emenda ao Parecer.
Havendo sido criado o emprego de porteiro ao Liceu pelo artigo 1º da Lei Provincial de
24 de março de 1836, e marcando-se no artigo 4º ______ ordenado de 3 ______ determinado
foi nesse ______ esse porteiro merecesse mesmo emprego de ______ maiores [...].
● 31 de janeiro de 1837
15ª Sessão Ordinária em 31 de janeiro de 1837.
Presidencia do senhor Coelho Bastos
Feita a chamada as 10 horas e um quarto em manhã acharam-se presentes 20 senhores
deputados faltando com causa motivada os senhores Magalhães e Rodrigues de Souza e sem
ela os senhores Lucas = Henrique d’Almeida = Padre Guimarães = ______ ─ Presidente e Padre
Emiliano – lida a ata da antecedente (compareceram os senhores Padre Guimarães e Padre
Emiliano) depois de algumas reflexões foi aprovada.
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Não houve expediente
O senhor Marinho leu e mandou à mesa um Requerimento (nº 1) que foi apoiado
(compareceu o senhor Henrique d’Almeida) o senhor padre Emiliano leu e mandou à mesa
uma emenda / nº 2 = no requerimento que foi igualmente apoiado, e depois de discutido o
Requerimento como a emenda foram ambas aprovadas. O senhor 1º secretário, leu a redação
do parecer à falta do presidente da Província, que sendo posta em discussão, ficou aprovado,
determinando-se que o autografo fosse acompanhado de um ofício para o presidente da
Província assinado pelos membros da mesa. O senhor Rabello tendo de mandar a mesa um
projeto requereu ser dispensado de fazer a leitura por estar encomendado, o que lhe foi
concedido e lida pelo Decreto na forma de regimento passou para a segunda leitura. O senhor
Assis Junior, com um dos membros da comissão especial encarregado de dar o seu parecer
sobre a representação que dirigia a esta assembléia a Câmara Municipal da capital tendente as
últimas eleições para os Deputados Gerais e Provinciais para esta Província deu e mandou à
mesa um requerimento/ nº 3 que foi apoiado e depois de discussão aprovado.
Ordem do dia
Entrou em discussão o parecer segunda vez adiado a respeito do Professor de retórica,
e diretor do Liceu da capital Bento Bandeira de Mello de Caheté. O senhor Rabello leu e
mandou a mesa uma Emenda ao parecer / nº 4/ que foi apoiado, compareceu o senhor Lucas,
que ocupou a cadeira da presidência e depois de discutida, precedendo um longo debate,
posta a votos não foi aprovada e sem o parecer da comissão. Pôs-se em discussão o parecer
adiado a respeito do professor de 1ª letras da cidade baixa que pede uma gratificação pelos
seus bons serviços na cadeira, posta a votar o parecer não foi aprovado, ficando para entrar na
ordem dos trabalhos um projeto a respeito oferecido o ano passado pela comissão de
Instrucção Publica. Leu mais a vossa senhoria 1º secretário um outro parecer tendendo a
pretensão do ______ da Irmandade do ______ Bom Jesus dos Martírios, que foi posto em
discussão e depois de algum debate, o Senhor Coelho Bastos leu e mandou à mesa um
requerimento; que o senhor presidente não ofereceu ao apoiamento por estar fora do
regimento. O senhor Jacome Pessoa leu e a mesa uma emenda / nº 5/que foi apoiado. O
senhor Padre Guimarães leu e mandou à mesa um requerimento /nº 6/ que foi apoiado. O
senhor Meira leu e mandou à mesa um requerimento do Senhor Padre Guimarães/ nº 7/ que
também foi apoiado. Depois de discutidas todas as emendas foi posto a votos o parecer
______, emenda foi aprovada. Posta a votos a emenda do senhor Meira. Entrou em terceira
discussão o projeto / nº 28/ a cerca da nova Inspeção. O Senhor Padre Chacon leu e mandou a
mesa um Requerimento / nº 8/ que sendo apoiado depois de discutido, ficou aprovado. Entrou
em 1ª discussão a proposta / nº 09/ deste ano, que passou a 2ª discussão tendo o
determinado no artigo 66 do Regimento. Procedeu-se a 1ª leitura do parecer da comissão de
Instrucção Publica, sobre a gratificação do professor de primeiras letras da cidade baixa e
passou a 2ª leitura. Teve a 2ª leitura a proposta / nº 11/ deste presente ano a respeito de
projetos, que passou para o 3ª leitura. Teve a 3ª leitura a proposta nº 11 sobre objetos
policiais e passou para a 1ª discussão. Teve a 3ª leitura a proposta / nº 4 / sobre a criação de
uma cadeira de primeira letras que passou para a 1ª discussão, igual destino tiveram as
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propostas nº 5, 7 e 8; a primeira sobre deveres dos professores de primeiras letras e a segunda
a cerca de reuniões de Distritos de Paz da Freguesia de Taipú, e a 3ª a respeito da criação de
uma cadeira de primeiras letras de meninas na cidade Baixa. Tendo dado a hora o senhor
presidente deu pela ordem do dia. 2ª discussão da proposta nº 46/ de 1835. 1ª discussão das
propostas nºs 1,2,3,4,5,6,7 – leituras das propostas deste ano. 3ª discussão da proposta nº 7 de
1835 e discussão da redação da proposta / Nº 22 de 1836.
Levantou-se a sessão
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Joze Jerônimo d’Albuquerque Borborema
1º Secretário
Padre Domingos Álvares Pereira
2º Secretário
Antonio ______ Almeida
2º Secretário Suplente.
● 1º de fevereiro
16ª Sessão ordinária em 1º de fevereiro de 1837
Presidência Senhor Rangel.
Feita a chamada [...].
O mesmo ______ como relator da Comissão de Instrucção Publica, leu e mandou a mesa
um parecer com emendas em forma de proposta reformando alguns artigos dos Estatuto do
Lyceo [...].
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Joaquim Baptista Avondano
1ª Secretário
Padre Domingos Álvares Vieira
2º Secretário
● 18ª Sessão Ordinária em 4 de fevereiro de 1837
Presidencia do Senhor Lucas
Feita a chamada as 10 horas e um quarto da manhã, achavão-se presentes 19 senhores
Deputados faltando com causa motivada os senhores Magalhães e Padre Guimarães; e sem ela
os senhores Frederico, Rabello, Assis Junior, Henrique d’Almeida e Correia Lima. O senhor
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Presidente declarou aberta a sessão. Lida a Ata da antecedente/compareceram os senhores
Assis Junior, Rabello, e Henrique d’Almeida foi aprovada.
[...].
Ordem do dia
[...].
Fes-se a 2ª leitura da proposta /nº 13 / a respeito da gratificação que deve ser dada ao
Professor de 1ªs letras da cidade Baixa, a qual passou para a 3ª leitura, observadas o Artigo 41
do Regimento. Fes-se a 2ª leitura da proposta nº 14 / que passou para a 3ª leitura. Fes-se a 2ª
leitura da proposta nº 16, tendente a Freguesia do Taipú o qual passou a 3ª leitura depois de
observação do Artigo 41 do Regimento. Entrou em discussão a proposta/ nº 4 / sobre a criação
de uma cadeira de primeiras letras na povoação da Serra do Teixeira, Freguesia de Patos, que
passou a 2ª discussão depois de observar-se o Artigo 66 do Regimento. Entrou em 1ª discussão
a proposta nº 5 acerca dos deveres dos professores de primeiras letras e mais providências a
respeito.
[...].
a 2ª discussão da proposta número 9 – 1ª discussão dos estatutos do Liceu e suas
Emendas.
Joaquim Baptista Avondano
Presidente
Padre Domingos Álvares Vieira
2º Secretário
Jozé Jerônimo Albuquerque Borborema
3º Secretário
● 07/02/1837
2º Sessão ordinária em 7 de fevereiro de 1837
Presidência do Senhor Lucas.
Feita a chamada as 10 horas da manhã, acharam-se presentes 25 senhores deputados,
faltando sem causa motivada os senhores deputados Almeida Albuquerque e Correia Lima.
O senhor Presidente declarou aberta a sessão. Lida a Ata antecedente foi aprovada.
Expediente
[...].
Ordem do dia
[...] O Senhor presidente deu pela ordem do dia a mesma da antecedente e mais a 2ª
discussão da proposta / nº 5/ sobre os estatutos do Liceu = 2º discussão da proposta / nº 4 / a
respeito da criação de uma cadeira de primeiras letras, na Serra do Teixeira, Freguesia de
Patos = 2º discussão da proposta / nº 08 / sobre a criação de uma cadeira de meninas no
Varadouro.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Leitura de proposta e parecer adiados. Levantou-se a sessão as 2 horas da tarde.
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Joaquim Baptista Avandono
1º Secretário
Padre Domingos Álvares Vieira
2º Secretário
● 26 de fevereiro de 1837
Fevereiro dito
N. 64
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor.
Da seção de 31 de janeiro próximo passado foi pela Assembléia Legislativa Provincial
aprovada a segunda parte do parecer da Comissão de fazenda que vai junto por cópia dado
sobre o requerimento do professor de primeiras letras da cidade baixa, cuja aprovação foi
novamente ratificada em sessão de 24 do corrente ano por se não haver dado cumprimento a
primeira resolução o que comunica a vossa excelência para sua inteligência.
Deus guarde a vossa Excelência muitos anos.
Secretaria da Assembléia Legislativa Provincial da Paraíba. 26 de fevereiro de 1837.
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Bazilio Quaresma Torreão
Presidente da Província
Antonio Henrique Almeida
1º Secretário
● Nº 13 - 19 de abril de 1837.
Bazilio Quaresma Torreão, prezidente da Província da Parahiba do Norte, Faço saber á
todos os seus Habitantes que a Assemblea Legislativa Provincial Decretou, e Eu Sancioneu a Lei
seguinte.
Capítulo 1º
Das Matrículas
Art. 1º - As matrículas começarão no dia 20 de janeiro, e no outro dia, quando aquelle
seja impedido, e durarão até o dia 3 de fevereiro. Aquelle que se propuser freqüentar qualquer
das aulas do Lyceo, requererá ao Director para mandar matricular, contendo o requerimento
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seu nome, idade, naturalidade e filiação. O Director o mandará matricular a vista d’este
simples requerimento.
Art. 2º - O Bedel em hum livro rubricado pelo Director lavrará termo de matrícula de
cada hum matriculando, fazendo menção de seu nome, Pai, Pátria, e idade, assim como da
faculdade, ou arte, á que elle pretende dedicar-se, sendo o termo assignado por elle
matriculando, e Bedel.
Art. 3º - Finda a matrícula, entregará o Bedel no dia seguinte aos Professores listas dos
alumnos matriculados em as respectivas aulas.
Art. 4º - Nas aulas de Latim, e Francez poder se hão matricular os estudantes durante
todo o anno lectivo; podendo também serem matriculados nas demais aulas oito dias depois
de finda a matrícula por despacho do Director.
Art. 5º - Pretendendo qualquer estudante matricular-se já fora deferido tempo, poderá
a congregação julgando que elle tem os princípios necessários, admitil-os a matricula.
Capítulo 2º
Da Abertura das Aulas
Art. 6º - A solenidade da abertura das aulas terá lugar no dia 4 de Fevereiro, e, sendo
este feriado, no seguinte dia letivo. Para este fim reuni-se hão na sala, que servir para os actos
do Lycêo, a Congregação, e os alumnos matriculados. O professor, que tiver sido encarregado
pela congregação, recitará, em voz clara, e intelligivel hum discurso, no qual attingirá as
noçoens mais geraes, e abstractas das faculdades, e artes do Lycêo, mostrando sua utilidade, e
vantagens, concluindos por estimular os estudantes a se applicarem com empenho aos
estudos, á que se propõem.
Art. 7º - Depois de recitado o discurso, o Bedel em voz alta lerá os nomes dos
matriculados nas diferentes aulas, começando pela matrícula d’aula de Grammatica Latina,
depois da de Francez, Rhetorica, Philosophia, e Geometria.
Art. 8º - Findo a leitura da matricula, os Professores com seus alumnos se dirigirão aos
saloens das aulas respectivas, e passarão a primeira lição para o seguinte dia lectivo, depois do
que se darão por concluídos os exercícios d’áquelle dia.
Capítulo 3º
Das Aulas
Art. 9º - Depois do dia da abertura das aulas, continuando os seus exercícios, estes terão
lugar hua vez diariamente, durando nas aulas de Latim por espaço de quatro horas, na de
Francez por três, e nas outras por duas.
Art. 10 – Feito no sino do Lycêo o signal da entrada d’aula, o Professor respectivo se
aprezentará ao mais tardar hum quarto de hora depois; e subindo a cadeira fará chamada de
seus alumnos, notando os que faltarem, depois do que começará o exercício diário.
Art. 11 – Se durante o tempo d’aula, qualquer estudante ausentar-se sem previa licença
do Professor ser-lhe-há marcada a falta, como se não tivesse comparecido: assim como se
riscará também a falta d’aquelle, que, não tendo comparecido a chamada, o fizer depois.
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Art. 12 – No fim de cada semana haverá hum exercício, em que se recordem as
matérias, estudadas na mesma semana. Estes exercícios porém não terão lugar senão depois
dos primeiros quinze dias, contados do dia d’abertura das aulas.
Art. 13 – Os professores de Philosophia, e Rhetorica darão mensalmente aos seus
discípulos pontos escolhidos entre as doutrinas, que lhes houverem explicado, para
dissertações. Estas dissertações devem ser aprezentadas aos respectivos Professores no prazo
de trinta dias, e ficarão no archivo do Lycêo, assignadas por seu author.
Capítulo 4º
Da Congregação
Art. 14 – Os professores Cathedraticos, e substitutos, reunidos compoem a
Congregação. He em geral de sua attribuição: 1º zelar na guarda e execução d’estes Estatutos:
2º prover aquellas faltas, que não tenhão sido previnidas nos mesmos: 3º resolver tudo o que
for vantajozo ao govêrno, e economia do Lycêo: 4º fixar a hora da entrada de qualquer das
aulas do Lycêo.
Art. 15 – A Congregação fica authorizada a adptar para as aulas do Lycêo os compêndios,
que julgar mais próprios, tanto pela sua concizão, clareza, e profundidade, como pela armonia
com a sciência do século prezente, ficando dependente d’approvação da Assembléa Provincial.
Art. 16 – Os Professores proprietários, e substitutos são rigorozamente obrigados a
comparecer nas reuniões da Congregação, sendo escusados somente quando provarem seu
impedimento perante a Congregação. Fica o infractor d’este artigo sugerido pela primeira vez
a representação do Director, e pela segunda, e mais vezes a reprehenção da Congregação.
Art. 17 – Os duos terços dos professores proprietários, e substitutos do Lycêo são
indispensaveis para haver Congregação, quando senão preencher este numero, o Secretario
fará d’isto expressa menção em hum termo, que será assignado pelo Director, e membros da
Congregação, que se acharem presentes.
Art. 18 – A Congregação será prezidida pelo Director, que dirigirá seus trabalhos na
melhor ordem possível, e suas decisoens serão tomadas e maioria de votos. O Director terá
voto, e no cazo de empate ficará a matéria adiada para outra reunião, e se tornar a ficar
empatada se-entenderá, que foi regeitada. Nas actas se declararão os nomes dos Lentes, que
votarão pró, e contra.
Art. 19 – Além das reuniões prescritas n’estes Estatutos, a Congregação deverá reunir-se
todas as vezes que for convocada pelo Director, para tratar de alguns dos objectos, que lhe
incumbem estes Estatutos.
Capítulo 5º
Dos Exames
Art. 20 – No último dia lectivo do mez de outubro reunir-se ha a Congregação, para
tomar medidas acerca dos exames; que sempre terão fim no último dia lectivo do mez de
novembro: marcará o dia, em que devem principiar a ordem, em que se devem effectuar, e
designará para examinadas das matérias de cada huã das aulas, á hum de entre os membros
da Congregação, sendo examinados, natu o substituto respectivo.
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Art. 21 – Vinte quatro horas antes de hora marcada para os exames mandará o
respectivo Professor tirar por hum dos examinandos de hua urna onde deverão estar todas as
propoziçoens principaes das matérias, dadas em sua aula, três ponto que serão entregues aos
estudantes examinandos, para serem no seguinte dia examinados, cada hum indistintamente,
n’hua das três propoziçoens sorteadas. O mesmo Professor enviará estas propoziçoens aos
dous ecaminadores.
Art. 22 – Os exames d’Arithemetica, Logica, Rhetorica, Latim e Francez serão vagos,
sendo os três primeiros nos compêndios, por que aquelas matérias tiveram sido estudadas nas
aulas do Lyceo.
Art. 23 – Os dous examinadores com os estudantes examinandos comparecerão no dia e
hora, marcada para os exames na sala dos actos do Lyceo, e achando-se presente. Professor
proprietário, o Director, que prezidirá no acto, se dara começo aos exames.
Art. 24 – Os exames serão feitos por turmas, que constarão de tres examinantes das
mesmas materiais, e durante duas horas e hum quarto.
Art. 25. Findos os exames, retirar-se hão da sala dos actos todos os estudantes, e
espectadores: O Bedel fechará a porta, e destribuirá á cada examinador, e ao Lente da
materia, em que se fez o exame, hua esfera preta, e outra branca, e em uma bolsa receberá os
votos, depois de voltar a bolsa, mostrará as esferas, para se conhecer a votação, e recolherá
as outras esferas da mesma forma. Esta votação era feita sôbre cada hum dos alumnos
examinados, e apparecendo tres esferas brancas, está plenamente approvado o examinado;
havendo huã só esfera preta, está simplesmente approvado, e se mais esferas pretas, será o
indício de reprovação.
Art. 26 – O Bedel lavrará em livro competente o termo do exame de cada alumno, no
qual declarará o resultado da votação com hua d’estas formulas = approvada plenamente =
approvada simplesmente = reprovado = Declarará igualmente o nome do examinado, idade,
naturalidade, e filiação, e datará o termo, que será assignado pelo Prezidente do acto, e
examinadores.
Capítulo 6º
Das Férias
Art. 27 – Terminados os exames começarão as férias gerais, que durarão até o dia tres
de fevereiro do ano seguinte.
Art. 28 – Além d’estas, haverão as do entrudo até quarta-feira de cinzas, inclusive, as da
semana Santa, que começarão na sexta feira proximamente anterior ao Domingo de Ramos
até a segunda oitava da Páscoa. Serão também feriado, além dos Domingos, e dias Santos, os
dias de Festividade, ou luto nacional, e as quintas-feiras de todas as semanas, que não tiverem
dous santos, ou feriados.
Art. 29. As dispozições dos dous artigos antecedentes, são extensivos a todas as aulas de
Latim, e Francez da Provincia.
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Capítulo 7º
Do Director (?)
Art. 30 – Ao Director compete, além das obrigações marcadas no corpo destes
Estatutos: 1º convocar a Congregação todas as vezes que houver de reunir-se: 2º ativar os
empregados negligentes em cumprir seus deveres; 3º atestar sobre cumprimentos de deveres
dos professores, e mais empregados do Lyceo, para poderem perceber seus ordenados
conforme a Lei: 4º assignar os termos de abertura dos livros, e rubrica-los: 5º mandar passar
certidões de exames, sendo requeridos.
Art. 31 – O Lente encarregado a Directoria gozará do mesmo privilégio, que todos os
chefes das Repartições Públicas.
Art. 32 – Sua autoridade durará somente hum ano, no fim do qual se procederá a nova
eleição, assim como a de um Secretário de entre os substitutos.
Art. 33 – Todas as atribuições, que nestes Estatutos competem ao Director, ficam em
seu impedimento pertencendo ao vice-diretor.
Capítulo 8º
Dos Professores
Art. 34 - Fica elevado o ordenado do professor de Latim a quinhentos mil reis.
Art. 35 – Achando-se qualquer professor impossibilitado de ir a sua aula, participará
imediatamente ao Director que fará avisar ao substituto, que o deve substituir.
Art. 36 – O substituto, que substituiu ao Lente proprietário, terá uma gratificação anual,
que com o seu ordenado prefaça a quantia do ordenado, que compete ao lente substituído, se
este não tiver direito ao ordenado, durante o seu impedimento.
Art. 37 – Se qualquer dos Professores ou substitutos do Lycêo transgredir o art. 10 do
cap. 3º destes Estatutos, disto tomará notas o Director para no fim do ano letivo apresentá-las
à Congregação a qual, achando, que as faltas chegarem a vinte sem motivo algum que as possa
justificar madará, que o secretário as mencione em acta, e tal ano não será contado ao
Professor quando pretender jubilar-se.
Capítulo 9º
Do Secretário
Art. 38 – Além dos Empregados criado pela Lei de 24 de março de 1836, haverá um
Secretário que será nomeado de entre os Substitutos pela Congregação por escrutínio à
maioria relativa de votos.
Art. 39 – Ao Secretário compete: 1º redigir as atas das Seções da Congregação que serão
assignadas pelos membros presentes: 2º escrever as correspondências oficiais da mesma
Congregação e assina-las com o Diretor: 3º cuidar da guarda, e boa ordem dos livros e mais
papeis dos arquivos.
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Capítulo 10
Do Bedel
Art. 40 – Ao Bedel, além de outras atribuições, que lhe incumbem estes Estatutos
pertence: 1º conservar ocorridas as aulas, salas e corredores do Lyceo: 2º fazer no sino do
Lyceo o sinal de entrada das aulas: 3º cumprir as ordens do Director no que for tendente a
negócio do Lyceo: 4º passar certidões de exames quando lhe for apresentado despacho do
Director, por cada uma das quais perceberá seis centos reis: 5º fornecer o Lyceo de papel,
penas, tintas, e agóa, para o que perceberá a gratificação anual de cem mil reis.
Art. 41 – O Bedel poderá ter huã pessoa paga a sua custa para servir nos seus
impedimentos, e sob sua responsabilidade.
Art. 42 – Ao Bedel compete: notar as faltas dos que não assistirem ás aulas,
comparecendo n’ellas à hora da chamada; ou logo depois, quando entre mais de huã aula ao
mesmo tempo.
Art. 43 – Durante qualquer trabalho do Lyceo, o Bedel he restrictamente obrigado a
achar-se presente, a fim de cumprir o, que lhe for ordenado pela Congregação, Director, ou
pelos Professores no exercício de seu magistério. Em seu poder estarão as chaves do Lycêo á
fim de abrir, e fechar as portas, quando for conveniente assim como o archivo sob a inspeção
do Secretário.
Capítulo 11
Da Policia das aulas
Art. 44 – Durante o exercício de qualquer aula, os alumnos se portarão com a mais
rigorosa attenção ás aplicações do Professor respectivo e cazo não apresentem a gravidade
preciza deverá o Professor advertil-os, e chamal-os à ordem.
Art. 45 – Se não obstante a advertência do Professor o alumno continuar sem respeito, a
attenção ás admoestações do seu Professor, este o mandará retirar d’aula; e cazo o estudante
o não obedeça logo o Professor, tendo empregado os meios convenientes, suspenderá por
aquelle dia o exercício de sua aula, e dará do acontecido parte ao Director.
Art. 46 – Dentre do recinto do Lyceo os estudantes se portarão com toda a decência e
circumpecção, tratando com maior respeito, e civilidade os Professores do mesmo Lycêo,
ficando obrigado o Bedel á participar qualquer infracção d’este artigo ao Director.
Art. 47 – O Director, logo que receber alguã das participações mencionadas nos artigos
45 e 46, mandará vir a sua presença o estudante, e emprehenderá severamente se porém,
depois de ser gravemente reprehendido pelo Director o estudante se não corrigir, continuando
a conduzir-se da mesma maneira, que anteriormente o Director mandará riscal-o da matricula
d’aula, que se achar freqüentando; ficando inhibido de matricular-se em qualquer das aulas do
Lycêo por espaço de hum anno com recurso para a Congregação.
Art. 48 – A mesma pena do art. Antecedente será imposto ao estudante, que, estando
incurso nenhum dos artigos 45 e 46 e sendo chamado a presença do Director não obedecer a
chamada.
Art. 49 – Se tendo o Director mandado eliminar da matrícula qualquer estudante, este
continuar a apresentar-se em qualquer das aulas pertubando-a, o Professor o mandará
Coleção Documentos da Educação Brasileira
62
civilmente retirar-se, cazo o não faça logo, e se mostre pertinaz em persistir n’aula, o Professor
suspenderá o exercício de sua aula, e participará o acontecido ao Director, o qual dará conta
d’isto inume diamente ao Prezidente da Província.
Art. 50 – O Bedel tem de obrigação fazer com que durante os exercícios do Lycêo, haja o
mais profundo silêncio nos corredores, não consentindo, que pessoa alguma perturbe, e
interrompa o trabalho do Lyceo.
Art.51 – As disposições dos artigos 45, 46, 47, 48 e 49 não comprehendem os estudantes
d’aula de Latim, menores de 14 annos, que poderão ser castigados pelos respectivos
Professores com palmatoadas, não excedendo estas número de seis em hum mesmo dia.
Disposições Gerais
Art. 52 – Reunida a Congregação, que deve tratar dos exames na conformidade do art.
20 do Cap. 5, o Bedel apresentará a lista dos estudantes, matriculados no Lyceo, durante o
anno lectivo, com suas faltas correspondentes notadas á margem, sendo dividida em tantas
sessoens quantas forem as aulas do Lycêo - esta lista se combinará c m as dos Professores, e
aquelles dos alumnos, que tiverem comettido quarenta faltas ficarão inhibidos de fazer exame,
assim como aquelles, que tiverem comettido trinta faltas sem motivo justificado.
Art. 53 – A falta de dissertação no tempo marcado equivale a duas faltas; a falta
absoluta da mesma dissertação equivale a cinco: marcar-se-hão também tres faltas a aquelle
estudante, que não comparecer as sabatinas: Estas faltas podem ser justificáveis, ou não,
conforme for ou não justo o motivo d’ellas.
Art. 54 – Depois da Congregação providenciar sobre os exames, procederá a noemação
do Director, Vice-Director, e Secretário para o anno seguinte.
Art. 55 – O Presidente da Província inspeccionará o Lyceo, e velará na execução dos
presentes Estatutos, providenciando sobre o que não estiver n’elles providenciado.
Art. 56 – Ficão revogados as dispozições em contrario.
Mando por tanto a todas as Authoridades, á quem o conhecimento, e execução da
referida Lei pertencer, que a cumprão e fação cumprir, e guardar tão inteiramente, como
n’ella se contem. O Secretário d’esta Província a faça imprimir, publicar e correr. Palacio do
Governo da província da Parahiba do Norte aos 19 dias do mez de Abril de 1837. Decimo sexto
da Independencia, e do Imperio.
Bazílio Quaresma Torreão
Sellada n’estta Secretaria do Governo da Provincia aos 19 de Abril de 1837.
Severino Jozé Roiz Chaves
Nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte foi publicada a prezente
Lei aos 19 dias do mez de Abril de 1837.
Severino Jozé Roiz Chaves
Registrada no livro competente. Secretaria do Governo da Província, 19 de Abril de
1837.
Severino Jozé Roiz Chaves.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
63
● Orçamento da Receita e Despeza Provincial
Da Thesouraria da Província da Paraíba. Do Norte, Para o Anno Financeiro de 1837 a 1838.
Impresso na Typografia Paraibana
Rua Nova n° 26 – Ano de 18379
Orçamento da Receita Provincial
Da Thezouraria da Provincia da Paraiba do Norte. Para o Anno Financeiro de 1° de Julho de
1837, a 30 de Junho de 1838.
Impresso na Tipografia Paraibana
Rua Nova n° 26. Anno de 183710
Objeto da Despeza
Legislação Despeza annual
Somas parciaes
Total Observações
Ordenado do Lente da Cadeira de Filozofia
Lei de 15 de Outubro de 1827, e Decreto de 7 de Junho de 1834
1:700$00 8.870$00 A Despeza com a Instrucção Publica foi orçada em atenção ao numero de cadeiras creadas na Provincia, assim pelas Leis Geraes, como Provinciaes; suposto não conste na Thezouraria estarem todas providas; sendo de notar que - a quantia orçada para as despezas com generos das duas Aulas do ensino mutuo da Capital, e a mais necessaria para as Aulas de primeiras Letras, foi com atenção as quantias para os mesmos objectos fixadas na Lei Provincial de 29 de 1836, para o anno de 1836 e 1837.
Idem, idem da de Retorica
Idem, idem, e artigo 16 da Lei Provincial de 16 de Março de 1836
Idem, idem da de Geometria
Lei de 15 de Outubro de 1827; e Decreto de 11 de Novembro de 1834.
Idem, idem da de Francez
Idem, e Decreto de 7 de Junho de 1831
Idem do Proffessor de Latim da Cidade
Decreto de 25 de Outubro de 1831
Idem do substituto das de Filozofia, e Geometria da Cidade
Lei Provincial de 24 de Março de 1836
Idem, idem, das de Retorica, Francez, e Latim, idem
9 N.O. Informações contidas na capa do documento.
10 N.O. Informações contidas na contracapa do documento.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
64
Continuação da Tabela anterior.
Objecto da Despeza
Legislação Despeza annual
Somas parciaes
Total Observações
Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica
Transporte 8:500$00 14:020$000
Ordenado, e gratificação do Professor das cadeiras de Latim, e Francez da Villa de Souza.
Lei Provincial de 19 de Maio de 1835
500$000
Idem, idem, idem, do Pillar.
500$000
Idem, do Brejo d’Areia
500,000
Idem, idem, de Mamangoape
500$000
Idem do Professor de Latim da Villa de Pombal.
Lei de15 de Outubro de 1826, e Rezolução de Governo da Provincia de 9 de Agosto de 1835.
400$000
Idem, idem, de Campina
400$000
Idem, e grattificação do Professor de primeiras Letras, pelo ensino mutuo da Cidade alta.
500$000
Idem da Cidade Baixa
Idem, e Decreto de 14 de Novembro de 1831.
400$000
Idem do Proffessor pelo Ensino vulgar da Villa de Pillar
300$000
Idem da Villa do Brejo d’Areia
300$000
Idem da Povoação de Mamangoape
300$000
Lei de 15 de Outubro de 1827, e Decreto de 11 de Novembro de 1834
300$000
Coleção Documentos da Educação Brasileira
65
Continuação da Tabela anterior. Idem, da Praia de Lucena
300$000
Idem da Povoação de Cabedello
300$000
Idem da Villa do
Conde
300$000
Idem, idem de Bananeiras
300$000
Idem, idem de Pombal
300$000
Idem, idem de Campina
300$00 9.900$00 14.020$000
Objecto da Despeza
Legislação Despeza annual
Somas parciaes
Total Observações
Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica
Transporte 15:900$00 14:020$000
Ordenado do Professor de primeiras Letras pelo ensino vulgar da Povoação de Mizericordia
Lei Provincial de 19 de Março de 1836
300$000
Idem, idem de S. Luzia
300$000
Idem, idem, do Congo
300$000
Idem, idem, da Boa Vista
300$000
Idem, idem de Araçagi
Lei Provincial de 14 de Março de 1836
300$000
Idem, idem da Professora de primeiras Letras da Cidade
Lei de 15 de Outubro de 1827, Decreto de 19 de Outubro de 1832
Idem, idem, da Villa do Pillar
Decreto de 20 de Junho de 1834
400$000
Idem, idem, da de Campina
Decreto de 20 de Junho de 1834
300$000
Idem, idem, de Souza
Decreto de 20 de Junho de 1834
300$000
Idem, idem, do Brejo d’Areia
Decreto de 20 de Junho de 1834
300$000
Idem, idem de Mamanguape
Lei Provincial de 24 de Março de 1836
300$000
Coleção Documentos da Educação Brasileira
66
Continuação da Tabela anterior. Ordenado do Porteiro, Bedel, e Bibliotecario do Liceu
Lei Provincial de 24 de Março de 1836
300$000
Generos necessarios as 2 Escolas do Ensino mutuo, alugueis de cazas, em que se achão as de primeiras Letras, e outras despezas pertinentes a instrucção primaria
Lei de 15 de Outubro de 1827
1:030$00 20:630$000
34:650$000
Objecto da Despeza
Legislação Despeza annual
Somas parciaes
Total Observações
Ministerio do Imperio Ordinaria Instrucção Publica
Transporte 9:900$00 14:020$000
Ordenado do Professor pelo Ensino Vulgar da Villa de Souza
300$000
Idem, idem, d’Alhandra
300$000
Idem, idem do Piancó
300,000
Idem, idem, de S. Miguel
300$000
Idem, idem, de Tambaú
300$000
Idem, idem, de St. Rita
300$000
Idem, idem, de Gurinhem
300$000
Idem, idem, de Lagoa Grande. P.có
Lei de 15 de Outubro de 1827, a Decreto de 11 de Novembro de 1831
300$000
Idem, idem de Itabaiana
300$000
Idem, idem, Guarabira
300$000
Idem, idem, da Cruz do Espírito Santo
300$000
Coleção Documentos da Educação Brasileira
67
Continuação da Tabela anterior.
Idem, da Alagoa Nova
300$000
Idem, idem, da Villa de São João
300$000
Idem, idem, da de Patos
300$000
Idem, idem, da Povoação do Coité
300$000
Idem, idem, do Ingá
300$000
Idem, idem, da Serra da Raiz
300$000
Idem, idem, de S. Jozé
Lei Provincial de 19 de Maio de 1836
300$000
Idem, idem, do Catolé do Rocha
300$000
15:900$000 14:020$00
1838
● Nº 14 Ilmº e Exmo Senhor
Na sessão de hoje a Assembléia resolveu que se requisitasse a V. Exª com urgência os
documentos em que assentou esse governo a Jubilação concedida ao Professor de Primeiras
Letras da cidade alta Henrique da Silva Ferreira Rabelo, quanto ao tempo de serviço do mesmo
Jubilado, o que comunico a V. Exª para sua inteligência.
Deus guarde a V. Exª muitos anos. Secretaria da Assembléia Legislativa da Paraíba do
Norte, 2 de Julho de 1838.
Ilmo. e Exmo. Senhor Doutor Joaquim Teixeira Peixoto de Albuquerque. Presidente da
Província.
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
● Ilmo e Exmo. Senhor
Nº 31 Arquivi-se
A Assembléia Provincial resolveu que se exigisse de V. Exª informação de quais são as
cadeiras de Ensino Vúlgar, Latim, Francês e meninos que ainda se acham vagas, e se alguma
está em concurso; o que comunico a V. Exª como me cumpre.
Arq
uiv
i-se
Coleção Documentos da Educação Brasileira
68
Deus guarde a V. Exª muitos anos.
Secretaria da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba, 6 de Julho de 1838.
Ilmo e Exmo Senhor Doutor Joaquim Teixeira Peixoto de Albuquerque. Presidente da
Província.
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
1839
Sanciono, e publique-se como Lei. Palácio do Governo da Paraíba 23 de Março de
1839.
Manoel Lobo de Miranda Henriques.
A Assembléia Legislativa Provincial
Decreta
Art. 1º - Haverá no Liceu desta cidade mais duas cadeiras, uma de Inglês e outra de
Geografia, Cronologia, e História, ficando a cadeira, que tem a seu cargo o ensino destas
matérias, limitada ao de Retórica e Poética.
Art. 2º - Para o ensino, e explicação de Geografia e Cronologia o professor servir-se-á do
Globo Terrestre e Celeste dos Mapas Geográficos e Tábuas Cronológicas mais exatas, e
acreditadas. O professor de Inglês ensinará tanto a gramática, e tradução desta língua, como a
sua pronúncia.
Art. 3º - As disposições da Lei Provincial de 19 de abril de 1837, nº 13, relativas aos
professores do Liceu, ficam extensivas aos das novas cadeiras as que lhes for aplicável.
Art. 4º - Para o concurso delas se observará o disposto no artigo 2º a Lei Provincial de 6
de maio de 1837 nº 20. sendo provido o candidato, que mais muito tiver.
Art. 5º - Os Sacerdotes Regulares podem ser providos nas cadeiras do Liceu.
Art. 6º - O professor de Geografia terá 600$000 de ordenado, e o de Inglês 500$000.
Art. 7º - O atual professor de Retórica terá opção entre esta, e a nova cadeira de
Geografia, e não assim o substituto, que deve continuar na substituição de uma, e outra.
Art. 8º - Ficam revogadas as Leis e Disposições em contrário.
Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 22 de Março de 1839.
José Lucas de Sousa Rangel
Presidente
Antonio José Henriques
1º Secretário
Balduíno José Meira
2º Secretário
Coleção Documentos da Educação Brasileira
69
● Nº 06
A Assembléia Legislativa Provincial
Decreta
Art. 1º O Presidente da Província é autorizado a despender no ano financeiro do 1º de
Julho de 1839 ao último de junho de 1840 da maneira seguinte:
[...]
§§ 4º - Com os professores de Gramática Latina, e 1ªs Letras da Província, compreendida
a Escola de meninas da Cidade Baixa, e incluída a gratificação de 50$000 ao professor de
Ensino Mútuo da mesma cidade ........................................... 16:150$000
[...]
Art. 3º - O Presidente da Província é igualmente autorizado a despender no ano
financeiro da presente Lei.
§§ 6º - Com as Aulas do Ensino Mútuo da Cidade, e Primeiras Letras da Província a
quantia necessária para indenização do aluguel de casas, e utensílios, com que dantes eram
suprimidas, e cujas despesas ficam substituídas com as cotas seguintes; a saber: com Aulas de
Ensino Mutuo da cidade na razão de 50$000 por cada 40 alunos na mesma forma, que se acha
estabelecida sem prejuízo de aluguel da casa do Varadouro, que continuará a ser pago pela
Fazenda: com as de meninas da cidade 60$000 para cada uma, e com as mais Aulas de
Primeiras Letras das Villas e povoações da Província 50$000 também para cada uma sendo
porém excetuadas aquelas do Ensino Vulgar, que existirem em edifício público, as quais
continuarão a ter somente 10$000 para utensílios e ficando entendido, que pelos utensílios,
de que se trata entenderão aqueles de que precisam as Aulas para se manterem, como mesas
bancos, e cadeiras as quais continuarão a ser fornecidas pela Fazenda Pública.
[...]
§§ 18º - Matrícula dos Estudantes das Aulas do Liceu na cidade, na razão de 3$200 por
cada um ______ a exceção das de Latim, que a pagarão uma vês somente: Este rendimento
será aplicado para a compra de livros para a Biblioteca Pública do mesmo Liceu.
Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba, 27 de Março de 1839.
José Lucas de Souza Rangel
Presidente
Antonio José Henriques
1º Secretário
Balduino José Meira
2º Secretário
Coleção Documentos da Educação Brasileira
70
1840
● O vice Prezidente da Província, attendendo ao que lhe requereu o Professor d’aula de 1ª
Lettras da Villa de Pombal Gaudêncio Gonçalves Chaves; há por bem conceder-lhe demissão da
referida Cadeira, que como tal será posta em concurso, afim de ser novamente provida.
Palácio do governo da Paraíba 5 de fevereiro de 1840.
Trajano de Holanda Chacon
Nº 19
A Assembléia Legislativa da Província da Parahyba do Norte
Decreta
Art. 5º Com o ordenado de professores de Latim da cidade de Areia, e vilas de Pombal e
Souza ______ 1.200,000.
Art. 6º Com os ordenados, e gratificações aos professores, e professoras de 1ªs Letras,
incluindo o aluguel das casas para as escolas da cidade alta, e Varadouro, e ficando o cargo de
professor do Pilar o pagamento do aluguel da casa da sua escola para o que perceberá a
mesma gratificação que os demais professores ______ 8:638, 000.
Paço da Assembléia Legislativa da Parahyba do Norte em 3 de Julho de 1840.
Joaquim Batista Avondano
Presidente
● Nº 6
A Assembléia Legislativa Provincial
Decreta
Art. Único – Ao professor de Filosofia racional e moral do Liceu desta cidade Padre
Domingos Álvares Vieira se contará, como de exercício continuado, e não interrompido para a
aposentadoria, o tempo que sérvio na Cidade de Goianna como substituto da referida
Faculdade e como professor da Língua Latina desde 2 de agosto de 1820 até 26 de janeiro de
1825; revogados para este cazo as disposições que lhe forem contrárias.
Paço da Assembléia Legislativa Provincial da Paraíba do Norte 30 de outubro de 1840.
Sancciono e se publique como Lei Palácio do Governo da Província da Paraíba do Norte
31 de outubro de 1840.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
71
Francisco Xavier Monteiro da Franca
Benedito Marques da Silva ______
Vice-presidente
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
Antonio ______
Nº 4 31 de Outubro11
O Capm Mor Francisco Xavier Monteiro da Franca Prezidente da Província da Parahyba
do Norte. Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial
Decretou, e eu Sancionei a Lei seguinte =
Art. Único – Ao Professor de Philozofia racional, e moral, do Lyceo desta cidade, Pe
Domingos Alves Vieira, recontará, como de exercício continuado, serão interrompido, para
aposentadoria, o tempo que serviu na cidade de Goiana, como substituto da referida
faculdade, e como professor de Língua Latina, desde 2 de Agosto de 1820, até 26 de Janeiro de
1825, revogadas para este caso as disposições que lhe foram contrarias.
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento, e execução da referida
Lei pertencer que a cumprão, e façam cumprir tão inteiramente como nesta se contem.
O secretário da Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo da
Província da Paraíba do Norte, 31 de Outubro de 1840 =
Decimo ano da Independência e do Império = L. de S = Francisco Xavier Monteiro da
Franca = Selada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba aos 31 de Outubro de
1840 = Felizardo Toscano de Brito = Fiz publicada a presente Lei nesta Secretaria do Governo
da Província da Paraíba em 31 de Outubro de 1840 = Felizardo Toscano de Brito =
● Nº 17
A Assembléa Legislativa Provincial Decreta
Capítulo 1º
Despesa Provincial
Art. 1º A despeza Provincial para o ano financeiro, que será do 1º de dezembro de 1840
ao último de novembro de 1841 e fixada na quantia de 212.069$000.
Título 4º
Instrucção Publica
§ 11 com o Licêo nesta cidade 9:100$000
§ 12 com o expediente 120$000
11
N.O.: Consta no documento original o termo Copia – 1840
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72
Ficão desde já creadas e serão provindas no Licêo duas cadeiras huma de gramatica da
Língua Nacional; outra de comercio.
O ordenado dos Lentes das cadeiras de sciencias e artes será de ora em diante de
700$000, e o das línguas 600$000. Alem das substitutas já creadas haverão mais dous com o
ordenado cada um dos quatro de 500$000. Um dos substitutos servirá para as cadeiras de
gramática de Língua Nacional, e comercio; outro para as de Francês e Inglês, outro para as de
Latim, História e Geografia; e o quarto para as de Filosofia e Geometria. Vagando a qualquer
das duas cadeiras de História, ou de Geografia não será mais provida; e o governo da Provincia
as reunirá como antes, sob a regência do Lente que ficar. O ordenado e do Bedel fica elevado a
480$000; ficando além disto a seu cargo a quantia orsada para o expediente.
§ 13 Com os professores e professoras de 1ª letras 19.360$000
§ 14 com as de Latim 3.000$000
Fica creada mais uma cadeira de 1ª letras para meninos nesta cidade com o ordenado
anual de 500$000, ao qual fica elevado as das outras duas existentes. O ordenado dos mais
Professores de 1ª letras da Província elevado a 400$000, criada mais uma cadeira na Serra do
Teixeira, com o referido ordenado de 400$000. Contenham as professoras de meninas na
Província com o ordenado que ora tem. [...]
Paço d’Assembléa Legislativa Provincial da Paraíba do Norte 19 de novembro de 1840.
Antonio Henrique Almeida
Vice-Presidente
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
Antonio Manuel Oliveira Mello
2º Secretário
Sanciono e publique-se como Lei
Palácio do governo da Província da Paraíba 28 de novembro de 1840.
Monteiro da Franca.
● Nº 23
A Assemblea Legislativa Provincial Decreta
Art. 1º Os Professores do ensino Publico terão, findos dez anos de serviço interrompido
uma gratificação correspondente a quarta parte do respectivo ordenado, e findos vinte annos
se poderão apozentar com ordenado por inteiro. Sessa neste caso a gratificação.
Art. 2º Os que continuarem, além de vinte annos, terão a gratificação de hum terço do
ordenado e poderão ser aposentados aos trinta annos de serviço, com todo o ordenado, e
mais hum quarto d’elle.
Art. 3º Se continuarem perseberão ordenado dobrado e findos quarenta annos, serão
aposentados com todo elle.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
73
Art. 4º Os que passarem de hum emprego Provincial para occupar o de Professor,
contarão o serviço prestado no emprego, que deixão.
Art. 5º Não se considera interrompido o tempo, que perdeu o Professor na passagem de
huma para outra cadeira dentro da Província.
Art. 6º Esta e comprehende os actuaes professores, e os substitutos.
Art. 7º Ficão revogados quaes quer despozições em contrario.
Paço d’Assemblea Legislativa da Província da Paraíba do Norte 20 de novembro de 1840.
Antonio Henrique de Almeida
Vice-presidente
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
Antonio Manoel Oliveira Mello
2º Secretário
Sanciono, e publique-se como Lei.
Palácio do Governo do Paraíba 21 de novembro de 1840.
Monteiro da Franca
● Nº 14
A Assemblea Legislativa Provincial – Decreta
Art. 1º Fica aprovada a jubilação do professor do ensino mutuo desta cidade Henrique
da Silva Ferreira Rabello, com o vencimento anual de Trezentos e sessenta mil reis.
Art. 2º E garantido ao referido professor a diferença do ordenado e a gratificação que
lhe competia desde o decreto da jubilação até a data da promulgação d’esta lei.
Art. 3º Ficam revogados quais quer Leis, ordens e disposições em contrário.
Paço d’Assemblea Legislativa da Província da Paraíba do Norte 23 de novembro de 1840.
Sanciono, e publique-se
Como lei. Palácio do governo da Paraíba, 26 de novembro de 1840.
Benedito Marques da Silva Acahuã
Presidente
Joaquim Batista Avondano
1º Secretário
Antonio Manuel Oliveira Mello
2º Secretário
Coleção Documentos da Educação Brasileira
74
● Título 12º 12
Aposentados
Artigo 36 – A congregação do Liceu reformará os respectivos estatutos aprezentando a
reforma athé o dia 7 de abril vindouro.
[...].
Título 14º
Extraordinarios
§56º Gratificação ao Pe. José Antonio Lopes da Silveira pelo compendio de Gramática da
Língua Nacional, que compôs a qual fica adaptado como compendio
Provincial.............................................................................................................600$00
Capítulo 5
Artigo 12º Os professores e professoras são obrigados a dar mensalmente mapas a
respeito do estado de seus alunos ao governo da Província, bem como os vigários mapas dos
nascimentos, casamentos ...
●1º Pacote – documento endereçado ao vice-presidente Benício da Fonseca Galvão
Ilmo Exm. Senr.
A Comissão indicadora de medidas, tendentes ao serviço de socorros publicos tendo
estudado o terceiro ponto por V. Excem. indicado em officio de 2 do corrente resolveu
inicialmente que fossem submetidos a apreciação de V. Exc. As seguintes providências que
julgar urgentes e eficazes [...].
Os meninos orphãos que não encontrarem tutores ou quem os queira receber a
soldada, deverão ser recolhidos a um azilo, ou colônias agrícolas orphanologicas sobre cuja
organização a Comissão tratará de outra vez mais detidamente. [...]
Deus guarde a V. Excia
Ilmo Excmo Sr. Pe. Felippe Benício da Fonseca Galvão, Vice-presidente da Província.
Lindolfo José Corrêa das Neves
Presidente da Comissão
José Peregrino de Araújo
Secretário
Silvino ______ C. da Cunha
Antonio da ______ Cordeiro
12
N.O.: Trata-se de fragmento de um documento.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
75
1842
● Nº 12
A Assembléia Legislativa da Província da Paraíba Decreta.
Título 1º
Despesas da Província
Art. 1º - O presidente da província é autorizado a despender no corrente ano financeiro
de 1º de Janeiro do último de dezembro a quantia de.......................................................
99:030,,207.
[...].
§ 3º - Com o Lyceo da cidade .............................................................................. 6:760:000
§ 4º - Com os professores de Gramática Latina das duas comarcas do centro ...... 800:000
§ 5º - Com os professores e professoras de 1ªs Letras, incluídas as gratificações
concedidas para alugueis de casas................................................................................ 9:356:000
● O presidente da Província há por bem nomear ao Padre Antonio da Trindade
Antunes Meira Diretor do Lyceo desta cidade.
Palácio do Governo da Província da Parahiba 21 de Fevereiro de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves
● O Presidente da Província, autorizado pelo Art. 1º da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro
do ano passado há por bem nomear para a regência das cadeiras do Lyceo, conservadas pela
reforma dos Estatutos datados de hoje, os indivíduos constantes da relação junta, assinadas
pelo secretário interino desta Presidência, Joze Antonio Baptista. Palácio do Governo da
Paraíba, 21 de Fevereiro de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves
Relação dos professores do Lyceo nomeados, por portaria desta data
1ª Cadeira João Gomes de Almeida
2ª Cadeira Severino Antonio da Gama e Mello
3ª Cadeira
4ª Cadeira Manoel Porfírio Aranha
5ª Cadeira João do Rego Moura
6ª Cadeira Mourique Victor de Lima
Substituto Joze Bento Meira de Vasconcelos
Secretaria do Governo da Paraíba, 21 de Fevereiro de 1842
O Secretário interino
Joze Antonio Baptista
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76
● O presidente da Província há por bem apresentar os professores do Lyceo desta cidade
Padre Domingos Alves Vieira, Adriano Francisco Ferreira Neves, Manoel Caetano Veloso,
_______ Frutuoso da Solidade Segismundo, Padre Jozé Antonio Lopes da Silveira, Antonio
Borges da Fonseca, João Antonio da Gama, e Felisardo Toscano de Brito com o ordenado que
lhes competir na forma do Art. 11 da Lei Provincial nº 8 de 8 de Novembro do ano passado.
Palácio do Governo da Parahiba, 21 de Fevereiro de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves.
● Não tendo os professores do Lyceo Padre Domingos Álvares Vieira, Padre José Antonio
Lopes da Silveira, Manoel Caetano Velloso, Felizardo Toscano de Britto, Frutuoso da Solidade
Sisgismundo, Adriano Francisco Ferreira Neves, Antonio Borges da Fonseca, e João Antonio da
Gama aposentado por portaria desta presidencia de 21 de Fevereiro deste ano, solicitando os
seus títulos de aposentadoria no prazo marcado no artigo 23 da Lei Provincial nº 8 de 8 de
novembro do ano passado, o Presidente da Província de conformidade com o citado art. Julga
os mencionados professores sem mais direito as aposentadorias concedidas, o que assim se
cumpra.
Palácio do Governo da Parahíba 18 de junho de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves.
● O presidente da Província haja bem demitir a Justina Umbelina de Mello do lugar a
professora de meninos da Vila de Mamanguape por não ter requerido a licença de que trata o
artigo 16 da Lei Provincial nº 8 de 8 de Novembro do ano passado. Palácio do Governo da
Paraiba, 3 de novembro de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves
RESUMO: Ato do Governo da Paraíba demitindo a professora Justina Umbelina de Melo
datado de 3 de novembro de 1842.
● O presidente da Província há por bem demitir a Américo d’ Araújo Lima do lugar de
professor de 1ªs Letras da povoação da Misericórdia por não ter requerido a licença de que
trata o Art 16 da Lei provincial nº 08 de 8 de Novembro do ano passado. Palácio do governo da
Província da Paraíba, 3 de novembro de 1842.
Pedro Roriz Francisco Chaves
RESUMO: Ato do Presidente da Província demitindo Américo d’Araujo Lima do lugar do
professor de 1ªs Letras da povoação. Datado de 3 de novembro de 1842
Coleção Documentos da Educação Brasileira
77
● Nº 3, 22 de Dezembro
Pedro Rodrigues Fernandes Chaves Presidente da Província da Paraiba do Norte. Faça
saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial. Decretou e Eu
Sancionei a Lei seguinte.
Artigo Único
Ficam aprovadas as seguintes aposentadorias concedidas pelo governo da Província, em
virtude do disposto no Artigo 16 da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro de 1841. A saber ao
Professor da Povoação Tambaú Antonio Victor Pereira Junior com o ordenado de reis
106#746,2 a professora da Vila de Pilar Roza Flora Cavalcante Chaves com o ordenado de reis
61#340, a professora da Vila de Campina Grande Roza Egidia de Almeida com o ordenado de
reis 77#505 e a professora da Vila de Souza Maria José de Jesus com o ordenado de reis
75#800 reis, e revogada quaisquer Leis e disposições em contrário.
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento, e execução da referida
Lei pertencer que a cumpram, e façam cumprir tão inteiramente como nela se contem. O
Secretário desta Província a faça imprimir, púbica e correr.
Palácio do Governo da Província da Paraiba do Norte 22 de Dezembro de 1842.
Vigésimo primeiro da Independência do Império =Lugar do Selo –
Pedro Rodrigues Fernandes Chaves = Selado nesta Secretaria do Governo da Paraíba aos
22 de Dezembro de 1842. O Secretário interino José Antonio Batista = nesta Secretaria do
Governo da Paraíba foi publicado a presente Lei aos 22 de Dezembro de 1842. O Secretário
interno José Antonio Batista = Registrada as folhas 167 do Livro competente. Secretaria do
Governo da Província da Paraíba, 22 de Dezembro de 1842. No impedimento do oficial maior
Antonio Costa Cabral. 2º oficial.
1843
● 21/01/1843
Nº 9
A Assembléia Legislativa da Província da Paraíba do Norte
Resolve
Art. Único. Enquanto a Assembléia Legislativa Provincial não tomar conhecimento dos
estatutos do Lyceo desta cidade feitos pelo govêrno da Provincia em virtude da facilidade que
lhe foi concedida pelo Art. 10 da Lei de 8 de Novembro de 1841, he o mesmo governo
autorizado a reformar as disposições dos mesmos estatutos que julgar em oppozição a boa
marcha e regular andamento d’aquelle estabelecimento; revogadas para este fim quaisquer
Leis e disposições em contrario.
Paço da Assemblea Legislativa da Província da Parahiba do Norte 21 de Janeiro de 1843.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
78
Antonio Thomaz de Luna
Presidente
Manoel Simplicio Jácome e Pessoa
1º Secretário
Francisco Tavares Bernardes
2º Secretário
● 1843 Nº 9 23 de Janeiro
Pedro Rodrigues Fernandes Chaves, presidente da Província da Parahyba do Norte: Faço
saber a todos os seus habitantes que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou, e Eu
Sancionei a Resolução seguinte:
Artigo Único – Enquanto a Assembléia Legislativa Provincial não tomar conhecimento
dos Estatudos do Lyceo desta cidade feito pelo governo da província, em virtude da faculdade,
que lhe foi concedida pelo Artigo 10 da Lei de 08 de novembro de 1841, é o mesmo governo
autorizado a reformar as suposições dos mesmos Estatutos, que julga em oposição a boa
marcha e regular andamento d’aquelle estabelecimento, revogadas para este fim quaisquer
Leis e disposições em contrário.
Mando portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida
solução pertencer que a compram, e a façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se
contém. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr. Palácio do Governo da
Província da Parahiba do Norte 23 de Janeiro de 1843.
Vigésimo segundo da Independência e do Império.
Pedro Rodrigues Fernandes Chaves.
● Fl. 213
3º Termo
Aos 22 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Paraíba do Norte, João
Baptista Ferreira de Mello; filho de Lurenço Ferreira de Mello de idade 19 anos, natural desta
Província apresentou-me seu despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame da _______ _________ e conhecimento de ter pago na administração
____ os três mil e duzentos rs, tudo de conformidade com o disposto no Art. 4º dos Estatutos
respectivos, do que _____ constar haver o presente termo, em que ele assina comigo ______.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
João Baptista Ferreira de Mello
13
N.O.: Documento incompleto.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
79
4.
Aos 25 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Paraíba do Norte, Mathias
Carlos de Araujo; filho legítimo de Manoel Ignacio de Andrade de idade de 17 anos, natural
desta província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado
na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, que trazia juntos, certidão
de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na Administração de Rendas Provinciais a
quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se assina comigo.
José Lurenço Meira de Vasconcelos
5.
Aos 25 dias do mês de Fevereiro de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Andre de
Albuquerque ________, _________; filho legítimo de André Albuquerque________ ________
de idade 19 anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor,
mandando fosse matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua
petição, a que acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na
administração de rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz
este termo em que ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Andre Albuquerque
6.
Aos 25 dias do mês de fevereiro de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Antonio
Felipe de Albuquerque Maranhão; filho legítimo de André de Albuquerque Maranhão de idade
17 anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando
fosse matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Antonio Felipe de Albuquerque Maranhão
7.
Aos 3 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Zeferino
Aureliano de Figueiredo e Mello, filho de Manoel de Christo ______ Mello, de idade 26 anos,
natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse
matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
Coleção Documentos da Educação Brasileira
80
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Zeferino Aureliano de Figueiredo e Mello
8.
Aos 03 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, José
Gonsalves de Medeiros; filho de João Gonsalves de Medeiros, de idade 18 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
José Gonsalves de Medeiros
9
Aos 03 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Manoel
Simplício Jácome Pessoa Junior; filho legítimo de Manoel Simplicio Jácome Pessoa de idade 17
anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse
matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Manoel Simplício Jácome Pessoa Jácome.
10.
Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, Rufino Olavo
da Costa Maxado; filho legítimo de José da Costa Maxado, de idade 17 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Rufino Olavo da Costa Maxado
Coleção Documentos da Educação Brasileira
81
11
Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, João Alves
Sanches Massa; filho legítimo de Antonio Galdim Silva da _______ de idade 21 anos, natural
desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado
na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
João Alves Sanches Massa
12.
Aos 04 dias do mês de março de 1843, nesta cidade da Parahyba do Norte, João da
Matta Corrêa_________, filho legítimo de José Maria Corrêa de idade 14 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
João da Matta Corrêa
1844
1º Termo
Aos 15 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, José
Ribeiro da Costa Junior; filho legítimo de José Ribeiro da Costa de idade 15 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
José Ribeiro da Costa Junior
2.
Aos 15 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Joaquim
Ribeiro da Costa; filho legítimo de José Ribeiro da Costa, de idade 13 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
Coleção Documentos da Educação Brasileira
82
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Joaquim Ribeiro da Costa
3.
Aos 27 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Joaquim
Ribeiro Pessôa de Lacerda; filho legítimo de Antonio Ribeiro Pessoa de Lacerda de idade 16
anos, natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse
matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Joaquim Ribeiro Pessoa de Lacerda
4.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Olynto
José Meira; filho legítimo de José ______ Meira de Vasconcelos de idade 15 anos, natural
desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado
na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Olynto José Meira
5.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Francisco
José Meira Junior; filho legítimo de Francisco José Meira de idade 14 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Francisco José Meira Junior
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6.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Antero
Manoel de Medeiros; filho legítimo de Manoel de Medeiros Furtado de idade 14 anos, natural
desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado
na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Antero Manoel de Medeiros
7.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Amaro
Gomes da Silveira; filho legítimo de Joaquim Gomes da Silveira de idade 18 anos, natural desta
Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na
aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Amaro Gomes da Silveira
8.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, Adelino
Antonio de Luna Freire ; filho legítimo de Antonio Thomaz de Luna Freire de idade 15 anos,
natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse
matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Adelino Antonio de Luna Freire
9.
Aos 28 dias do mês de fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, João
Severiano Carneiro da Cunha; filho legítimo de Diôgo Soares de Albuquerque de idade 14 anos,
natural desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse
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matriculado na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que
acompanharam certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de
rendas Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que
ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
João Severiano Carneiro da Cunha
10.
Aos 28 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte, _____
Xavier Bizerra, filho legítimo de Manoel Fernandes de idade 20 anos, natural desta Província
apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado na aula de
Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam certidão de
exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas Provinciais a quantia
de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
______ Xavier Bizerra
11.
Aos 28 dias do mês de Fevereiro de 1844, nesta cidade da Parahyba do Norte José
Francisco Pereira _____; filho legítimo de José Francisco Pereira de idade 19 anos, natural
desta Província apresentou-me um despacho do Senhor Diretor, mandando fosse matriculado
na aula de Philosophia deste Lyceo, como requeria em sua petição, a que acompanharam
certidão de exame de Latim, e conhecimento de ter pago na administração de rendas
Provinciais a quantia de três mil e duzentos reis, e para constar fiz este termo em que ele se
assina comigo.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Francisco Pereira ___________
1845- 1868 / Caderno de matrícula do Lyceu
● 184514
No primeiro de março de mil oitocentos e quarenta e quatro nesta Secretária do Lyceu
da Parahyba do Norte appareceu Diogo Velho Cavalcanti D`Albuquerque; com a idade de
quinze anos, natural desta Província, apresentou um despacho de Sr, Diretor, mandando que
seja matriculado n `aula de Philosophia, como requereu na petição a qual trazia conhecimento
14
N.O.: Trata-se de uma espécie de caderno de matrículas do Liceu Provincial.
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de ter pago o imposto de três mil e duzentos reis e por quanto fez o presente termo, que vai
para elle: assignado comigo Secretário.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Diogo Velho Cavalcanti
1845
1° Termo
Aos dias de fevereiro, digo aos oito dias de Fevereiro de mil oito centos e quarenta e
cinco, na Secretaria do Lyceu da Parahyba do Norte compareceu Antero Manoel de Medeiros;
filho legítimo de Manuel de Madeiros Furtado; de idade de quinze anos natural d´esta
Província apresentou-me um despacho do Sr. Director, mandando que fosse matriculado na
Aula de Philosophia como requeria em sua petição, com a qual se achava a verba de pago o
imposto de três mil e duzentos reis e para constar levarei o presente termo que vai por esse
assinado comigo Secretario.
Jose Lourenço Meira de Vasconcelos
Antero Manoel de Medeiros
2°
Aos quinze dias de fevereiro de mil oito centos e quarenta e cinco na Secretaria do Lyceu
d´esta cidade compareceu Francisco Lucas de Souza Rangel, filho de José Lucas de Souza
Rangel; de idade de dezesseis annos; natural desta Província, apresentou despacho do Sr.
Director mandando que fosse matriculado n´esta aula de Philosophia, como requeria em sua
petição e justa a qual se achava certidão de exame de Latim pela requerida cadeira e
conhecimento do despacho o imposto de três mil e duzentos reis; para constar levarei o
referente termo, que vai por elle assinado comigo. Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcelos
Francisco Lucas de Souza Rangel
3°
Aos dezenove dias do mês de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na
Secretaria do Lyceu desta cidade da Parahiba do Norte compareceu Luiz da Veiga Pessôa
Cavalcante d´Albuquerque; filho legitimo de Manuel Simplicio Jacóme Pessôa; de idade de
dezesete annos; natural desta Província, apresentou despacho do Diretor do mesmo Lyceu em
que mandava que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como se queria em sua petição na
qual se achava inscrita a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis; e para constar
lavrei o prezente termo que vai por elle assinado comigo Secretário.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Luiz Veiga Pessôa Carvalho d´Albuquerque
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4°
Aos vinte e hum de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e quatro, digo, cinco na
Secretaria do Lyceu d´esta cidade da Parahiba do Norte compareceu João José Pachêco
d`Aragão; filho legítimo de Henrique José Pacheco de Aragão; de idade de quinze annos;
natural desta Província, e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta
a verba de ter pago imposto de trêz mil e duzentos reis, e para constar lavrei o presente
termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
João José Pachêco de Aragão
5°
Aos vinte e hum dias de Fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta cidade da Paraiba do Norte compareceu João Baptista Pereira de Carvalho; filho
legítimo de José Fluotonio de Carvalho; de edade de dezeseis annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Director, mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez
mil duzentos reis; e para constar lavrei o prezente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
João Baptista de Carvalho
6°
Aos vinte e hum dias de fevereiro mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu da Parahiba do Norte appareceu José Vicente Pereira de Carvalho; filho legítimo de José
Antonio de Carvalho; de idade de quinze annos; natural desta província e apresentando
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, na qual se achava a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos
réis e para constar lavrei o prezente termo, que vai assignado elle Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
José Vicente Pereira de Carvalho
7°
Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu da Parahiba do Norte compareceu José Lourenço da Silva Pinto Filho; filho legitimo de
João Pinto Monteiro da Silva; de idade de dezoito annos; natural desta Província e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
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requeria em sua petição, e certidão da segunda cadeira de Latim e para qual na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
José Lourenço da Silva Pinto
8°
Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Jozé Lucas de Souza Rangel Filho;
filho legítimo de José Lucas de Souza Rangel; de idade de dezesete annos; natural desta
Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão de exame da segunda Cadeira de Latim
e para a qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Jozé Lourenço da Silva Pinto
José Lucas de Souza Rangel
9°
Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Auezir Sallatiel Carneiro da Cunha;
filho legitimo de Manuel Florentino Carneiro da Cunha; de idade de quinze annos; natural
desta Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na
Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão d´exame de Latim da segunda
cadeira e para qual na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Auezir Sallatiel Carneiro da Cunha
10°
Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Julio da Costa Cirne; filho legitimo de
Thomaz Cirne; de idade de vinte annos; natural desta Provincia e apresentou despacho do Sr.
Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua
petição, e certidão d´ exame da segunda Cadeira de Latim e para qual na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Julio da Costa Cirne
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11°
Aos vinte e dous dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco Xavier de Andrade Junior;
filho legitimo de Francisco Xavier de Andrade; de idade de vinte annos; natural desta Provincia
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, e certidão d´exame de Latim pela segunda
Cadeira na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Francisco Xavier de Andrade Junior
12° e 13°
Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceram Leocadio Rodrigues Chaves e João
Rodrigues Chaves; com idade, o primeiro de dezeseis e o segundo de quatorze annos naturais
desta Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na
Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, e certidões d´exames de Latim para
segunda Cadeira; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Leocádio Roiz Chaves
João Brás Chaves
14°
Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Fernandes Teixeira; filho
legitimo de João Fernandes Teixeira; de idade de vinte e dois annos; natural desta Provincia e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame de Latim para segunda
Cadeira; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Antonio Fernandez Teixeira
15°
Aos vinte e cinco dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Jozé Gomes; filho legitimo
de Antonio Jozé Gomes de Farias; de idade de dezesseis annos; natural desta Provincia e
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame de Latim; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Antonio Jozé Gomes
16°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Trajano de Figueredo Lima ; filho
legitimo de Manuel Francisco de Figueredo; de idade de vinte e dous annos; natural desta
Provincia e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição e certidão de idade e d´exame da Segunda
Cadeira; de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Trajano de Figueredo Lima
17°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francelino Coelho Vianna; de idade
de vinte e hum annos; natural desta Província e apresentou despacho do Sr. Director
mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição e
certidão d´exame da segunda Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Francelino Coelho Vianna
18°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Angelo Baptista Avondando; filho
natural de Thomázia Maria de Mello; de idade de vinte e dous annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame da segunda Cadeira de
Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Angelo Bapta Avondano
Coleção Documentos da Educação Brasileira
90
19°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francisco Pinto Pessôa Cezar; filho
natural de Joab Nepomuceno Corrêa Cezar; de idade de dezesete annos; natural desta
Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela segunda
Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
José Lourenço Meira de Vasconcellos
Francisco Pinto Pessoa Cezar
1846
1° Termo
Aos dez dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Luis de França de Souza Falcão; filho
natural de Maria Roz de Jesus; de idade de dezesete annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame da Cadeira de Latim; na qual
se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim ______.
Luis de França de Souza Falcão
2°
Aos vinte e cinco de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Manuel de Medeiros; filho natural
de Manoel de Medeiros Furtado; de idade de vinte annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Antonio Manoel de Medeiros
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3°
Aos vinte e seis dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Bellarmino Peregrino da Gama e
Mello; filho natural de José de Mello; de idade de dezenove annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Bellarmino Peregrino da Gama e Mello
4° e 5°
Aos vinte e seis dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceram José Lucas de Souza Rangel e
Francisco Lucas de Souza Rangel; filhos naturais de José Lucas de Souza Rangel; o primeiro com
idade de dezoito annos, e o segundo com idade de dezesete annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Jose Lucas de Souza Rangel
Francisco Lucas de Souza Rangel
6°
Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Lourenço da Silva Pinto; filho
natural de João Pinto Monteiro e Silva ; de idade de dezoito annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição e certidão d´exame pela cadeira de Latim; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Jozé Lourenço da Silva Pinto
7°
Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Carneiro Monteiro; filho natural
de Moacir Antonio Carneiro Monteiro; de idade de dezesete annos; natural desta Província e
Coleção Documentos da Educação Brasileira
92
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição e certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
José Carneiro Monteiro
8°
Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João Luis Rangel Junior; filho natural
de João Lins Rangel; de idade de dezoito annos; natural da cidade do Recife e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição e certidão d´exame pela cadeira de Latim; na qual se achava inscripta
a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente
termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
João Luis Rangel Junior
9°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João José Pacheco de Aragão; filho
natural de Henrique Jose Pacheco de Aragão; de idade de dezeseis annos; natural desta
Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
João José Pacheco de Aragão
10°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu João Baptista de Carvalho; filho
natural de José Theotonio de Carvalho Silva ; de idade de dezesete annos; natural desta
Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
João Baptista de Carvalho
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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11°
Aos vinte e oito dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Maria Xavier de Andrade; filho
natural de Francisco Xavier de Andrade; de idade de dezenove annos; natural desta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez
mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
José M. Xavier de Andrade
12°
Aos vinte e sete dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu José Feliciano Correa Cabral; filho
natural de Antonio Correa Cabral; de idade de vinte annos; natural d’esta Província e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhanva certidão d´exame pela cadeira de Latim; na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
José Feliciano Correa Cabral
1847
1°
Aos treze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e sete na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Francisco Serafim de Miranda, filho de
Maria Magdalena natural desta cidade; de idade de dezeseis annos; e apresentou despacho do
Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua
petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado commigo Secretario interino.
Severiano______ da Gama e Mello
Francisco Serafim ______ de Miranda
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1848
1° Termo
Aos onze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio José Lins; natural d´esta cidade; de
idade de dezenove annos; natural desta Província e apresentou despacho do Sr. Director
mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Feliciano José Lopez
2° Termo
Aos doze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Feliciano Caliope Monteiro; filho legitimo
de João Sabino Monteiro de Mello; de idade de dezeseis annos; natural desta Cidade e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira de Latim e
Frances; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Feliciano José Monteiro
3° Termo
Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Bezerra Carneiro da Cunha
Junior; filho legítimo de Antonio Bezerra Carneiro da Cunha; com idade de dezenove annos;
natural desta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado
na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela
Cadeira de Latim; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Antonio Bezerra Carneiro da Cunha Junior
4°
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e oito na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Claudiano Joaquim Bezerra
Cavalcante; filho legítimo de Leonardo Bezerra Cavalcante; com idade de vinte annos; natural
desta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula
de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela Cadeira
de Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo
Secretario.
Severiano Antonio da Gama e Mello
Claudiano Bezerra Cavalcante
1849
1°
Aos doze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e nove na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio da Cruz Cordeiro; filho legítimo de
João da Cruz Cordeiro; com idade de dezesete annos; natural desta Cidade e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e Frances; na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Antonio da Cruz Cordeiro
2°
Aos quatorze dias de fevereiro de mil oitocentos e quarenta e nove na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Feliciano José Lopes; filho legítimo
de Antonio José Lopes; com idade de vinte annos; natural desta Cidade e apresentou despacho
do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em
sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e Frances; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Feliciano Jozé Lopes
1850
Primeiro Termo
Aos quatro dias de do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Laudelino Tertuliano Marinho Falcão;
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filho natural de Manuela Florentino de Assis; com idade de dezoito annos; natural desta
Cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de
Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos
reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Rufino Olavo da Costa Maxado
Laudelino Tertuliano Marinho Falcão
2° ______
3° ______
4°
Aos quatro dias de do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Epaminondas de Souza Gouveia; filho
natural de Ignacio de Souza Gouveia; natural d´esta Cidade; com idade de dezenove annos; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e
Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Rufino Olavo da Costa Maxado
Epaminondas de Souza Gouveia
1851
1° Termo
Aos quatro dias do mez fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e um na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Epaminondas de Souza Gouveia; filho
natural de Ignácio de Souza Gouveia; natural d´esta Cidade; com idade de vinte annos; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de Latim e
Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e
para constar levarei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
2°
Aos vinte e trez dias do mez agosto de mil oitocentos e cinqüenta um na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio da Cunha Xavier de
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Andrade; filho natural de Francisco Xavier de Andrade; natural d´esta cidade; com idade de
vinte annos; natural d´esta Província e apresentou despacho do Sr. Director mandando que
fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Rufino Olavo da Costa Maxado
1852
1° Termo
Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Antonio Henriques de Almeida; filho
legitimo de Antonio ______ de Almeida; natural d´esta cidade; com idade de vinte e hú annos
de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando certidão d´exame pela cadeira de
Latim e Francês; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos
reis, e para constar lavrei o presente termo, que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Antonio Henriques de Almeida ______
2°
Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Felippe da Cunha ______ filho
legitimo de Antonio ______ Viriato; natural d´esta cidade; com idade de vinte e dois annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assinado comigo Secretario.
Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante
Felippe ______
3° Termo
Aos treze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Ismael Victor Pereira; filho de
Antonio Victor ______; natural d´esta cidade; com idade de vinte annos de idade; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
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98
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assinado comigo Secretario.
Claudino
Ismael Victo Pereira
4°
Aos quatorze dias do mez ______ de mil oitocentos e cinqüenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahiba do Norte compareceu Benjamim ______ de _____ filho
legitimo Maria ______
1852
1° Termo
Aos quatorze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e dois na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Fernandes Lima;
filho legitimo de Francisco Andrade Lima natural d´esta cidade; com idade vinte annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assinado comigo Secretario da Instrução Pública
Rufino Olavo da Costa Maxado
João Fernandes Lima
2° Termo
Aos vinte e dois dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e dois na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio da Trindade
Antunes Meira Henrique; filho natural de Luzia Inocencia da Luz; com idade dezessete annos;
natural d´esta cidade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado
na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Rufino Olavo da Costa Maxado
Antonio da Trindade Antunes Meira Henrique
3° Termo
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1853
Aos cinco dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Theodolino Antonio da Silveira
Ramos; filho legitimo de Antonio Francisco Ramos; com idade de vinte e dois annos; natural
d´esta cidade e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula
de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Rufino Olavo da Costa Maxado
Theodolino Antonio da Silveira Ramos
1854
1° Termo
Aos quinze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Frederico d´Almeida de
Albuquerque Junior; filho legitimo de Frederico de Almeida Albuquerque; natural d´esta
Província com idade de dezoito annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que
fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Frederico de Almeida Albuquerque Junior
2°
Aos quinze dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Elias Frederico d´Almeida de
Albuquerque; filho legitimo de Frederico de Almeida Albuquerque; natural d´esta Província
com idade de dezessete annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Elias Frederico de Almeida Albuquerque
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3°
Aos vinte e quatro dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e três na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco Tavares
Franco; filho legítimo de José Tavares d’Andrade, natural d´esta cidade, com dezenove annos;
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Francisco Tavares Franco
4°
Aos nove dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Thomas Ferreira Neves Júnior;
filho legítimo de José Thomas Ferreira Neves, natural d´esta Província, com dezoito annos; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
José Thomas Ferreira Neves Junior
Dezembro
1854
1° Termo
Aos sete dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco de Assis e Silva; filho
legítimo de Joanna Maria do Carmo, natural d´esta cidade, com dezoito annos; e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Francisco de Assis e Silva
Coleção Documentos da Educação Brasileira
101
2° Termo
Aos vinte e três dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio José Baptista,
filho legítimo do falecido José Antonio Baptista, natural d´esta Província, com dezoito annos; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Antonio José Baptista
3° Termo
Aos vinte e três dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e quatro na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio José Lopes,
filho legítimo de Antonio Lopes, natural d´esta cidade, com vinte annos; e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
Antonio José Lopes
1856
1° Termo
Aos vinte e quatro dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e cinco na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Alípio Antonio José
d´Avila Bitencourt, filho legítimo de Francisco José d´Ávila Bitencourt, natural de
Mamanquape, com dezoito annos; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que
fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Thomas d´Aquino Mindello
Alípio Antonio José d´Avila Bitencourt
Coleção Documentos da Educação Brasileira
102
2° Termo
Aos cinco dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceram João Pinto Monteiro Silva Junior e
Thomás Lourenço da Silva Pinto, filhos legítimos de João Pinto Monteiro e Silva, naturais d´esta
cidade, com idade, o primeiro, de dezenove annos, e o segundo de dezoito; e apresentaram
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
João Pinto Monteiro e Silva
Thomás Lourenço da Silva Pinto
3° Termo
Aos sete dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Soares de Pinho, filho legítimo
de Antonio Soares Pinho, natural d´esta cidade, com quinze annos de idade; e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Thomas d´Aquino Mindello
João Soares de Pinho
4° Termo
Aos trinta e um dias do mez de março de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco de Assis Pereira Rocha
Junior, filho legítimo de Francisco de Assis Pereira Rocha, natural d´esta Província, com
dezenove annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Thomas d´Aquino Mindello
Francisco de Assis Pereira Rocha Junior
Matrículas do anno de 1857
1° Termo
Aos trinta dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Joaquim Moreira Lima Junior,
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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filho legítimo de Joaquim Moreira Lima, natural d´esta cidade, com dezesete annos de idade; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Gervazio Victor da Natividade
Joaquim Moreira Lima Junior
2° Termo
Aos trinta dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Cavalcante de Albuquerque
Vasconcelos Junior, filho legítimo de João Cavalcante de Albuquerque Vasconcelos, natural
d´esta cidade, com vinte annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando
que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando;
na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para
constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução
Pública
Gervazio Victor da Natividade
João Cavalcante de Albuquerque Vasconcelos Junior
3° Termo
Aos trinta e um dias do mez de dezembro de mil oitocentos e cinqüenta e seis na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Joaquim Germano
Ramos, filho legítimo de Joaquim Germano Ramos, natural da Província do Rio Grande do
Norte, com dezenove annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que
fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na
qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar
levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Gervasio Victor da Natividade
Joaquim Germano Ramos
1858
1° Termo
Aos vinte e nove dias do mez de janeiro de mil oitocentos e cinqüenta e oito na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Feliciano Aniceto de
Albuquerque Henriques, filho legítimo de João José Henriques, natural d´esta cidade, com
Coleção Documentos da Educação Brasileira
104
dezessete annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Gervasio Victor da Natividade
Feliciano Aniceto de Albuquerque Henriques
2° Termo
Aos vinte e sete dias do mez de março de mil oitocentos e cinqüenta e oito na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio de Mello Rogers, filho
legítimo de Ricardo Borges, natural d´esta cidade, com vinte e um annos de edade; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Gervasio Victor da Natividade
Antonio de Mello Rorgers
1859
1° Termo
Aos quatorze dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e nove na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Ivo Magno Borges da
Fonceca, filho legítimo de Gregório Magno Borges da Fonceca, natural d´esta cidade, com
dezenove annos de edade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Gervasio Victor da Natividade
Ivo Magno Borges da Fonceca
2° Termo
Aos dezenove dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e cinqüenta e nove na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Luis Ignacio de Moura ,
filho natural de Manoela Ramalho, natural d´esta cidade, com dezenove annos de edade; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
Coleção Documentos da Educação Brasileira
105
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Gervasio Victor da Natividade
1862
1° Termo
Aos vinte e quatro dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e um na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Manoel Coêlho
Bandeira de Mello, filho legítimo de Gregório Magno Borges da Fonceca, natural d´esta cidade,
com 19 annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse
matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se
achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei
o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Publica
Carlos Auxencio Monteiro da Franca
Manoel Coêlho Bandeira de Mello
2° Termo
Ao primeiro dia do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Graciliano Fontino Lordão, filho
natural de Agueda Inocência dos Martírios, natural d´esta cidade, com dezoito annos de idade;
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca
Graciliano Fontino Lordão
3°
Aos três dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Mamede Cabral de
Vasconcelos, filho legítimo do Tenente Coronel Nicolas Valentino de Vasconcelos, natural
d´esta cidade, com dezoito annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando
que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando;
na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para
constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução
Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Franca
Antonio Mamede Cabral de Vasconcelos
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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4° Termo
Ao primeiro dia do mez de março de mil oitocentos e sessenta e dois na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Baptista Regueira Costa, filho
legítimo de José Nicolau Regueira Costa, natural da Província de Pernambuco, com dezeseis
annos de idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na
Aula de Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava
inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o
presente termo, que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Franca
João Baptista Regueira Costa
1863
1° Termo
Ao 31 dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e três na Secretaria do Lyceu
d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Manoel Juvenal Rodrigues da Silva, filho
legítimo de José Pedro Rodrigues da Silva natural d´esta cidade com dezenove annos de idade;
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca
Manoel Juvenal Rodrigues da Silva
2°
Aos vinte e quatro dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e três na
Secretaria do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Guilherme Rogers filho
legítimo de Ricardo Rogers natural desta cidade com vinte e um annos de idade; e apresentou
despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como
requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca
Guilherme Rogers
Coleção Documentos da Educação Brasileira
107
1864
Aos dez dias do mez de maio de mil oitocentos e sessenta e quatro na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João Hamilton, filho de João
Hamilton, natural d´esta cidade, com ______ annos de idade; e apresentou despacho do Sr.
Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia, como requeria em sua
petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago imposto de trez mil e
duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle assignado comigo
Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Fonseca
João Hamilton
1865
Aos doze dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu João da Silva Guimarães Ferreira,
filho legítimo de Joaquim da Silva Guimarães Ferreira, natural d´esta cidade, com 21 annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos A. Monteiro da Franca
João da Silva Guimarães Ferreira
Ao trinta e um dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio de Souza Gouveia Filho,
filho legítimo de Antonio de Souza Gouveia, natural d´esta cidade, com ______ annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos A. Monteiro da Franca
Antonio de Souza Gouveia Filho
Ao oito dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Pedro Baptista Gonsalves,
natural d´esta cidade, filho legítimo de Luis de França Gonçalves, com ______ annos de idade;
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Coleção Documentos da Educação Brasileira
108
Carlos A. Monteiro da Franca
Aos vinte e um dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e cinco na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Francisco José Meira, filho
legítimo do falecido Dr. Balduíno José Meira, natural d´esta cidade, com 21 annos de idade; e
apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de Philosophia,
como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a verba de ter pago
imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo, que vai por elle
assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Franca
Francisco José Meira
1866
Aos trinta e um dias do mez de janeiro de mil oitocentos e sessenta e seis na Secretaria
do Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Alexandrino Ribeiro
Lima, filho legítimo de Antonio Alexandrino Lima, natural d´esta cidade, com ______ annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos A. Monteiro da Franca
Antonio Alexandrino Ribeiro Lima
Aos treze dias do mez de março de mil oitocentos e sessenta e seis na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Eugenio Augusto de Magalhães
Silva, filho legítimo de Frederico Augusto Neiva, natural d´esta cidade, com ______ annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos Auxencio Monteiro da Franca
1867
Aos quatro dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e sete na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu Antonio Joaquim de Vasconcelos,
filho legítimo de João Francisco de Vasconcelos natural d´esta Provincia, com ______ annos de
idade; e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Coleção Documentos da Educação Brasileira
109
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos A. Monteiro da Franca
Antonio Joaquim de Vasconcellos
1868
Aos treze dias do mez de fevereiro de mil oitocentos e sessenta e oito na Secretaria do
Lyceu d´esta Província da Parahyba do Norte compareceu José Maria Corrêa das Neves, filho
legítimo de Lindolfo José Corrêa das Neves, natural d´esta cidade, com ______ annos de idade;
e apresentou despacho do Sr. Director mandando que fosse matriculado na Aula de
Philosophia, como requeria em sua petição, acompanhando; na qual se achava inscripta a
verba de ter pago imposto de trez mil e duzentos reis, e para constar levarei o presente termo,
que vai por elle assignado comigo Secretario da Instrução Pública
Carlos A. Monteiro da Franca
1845
● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte15
Decreta
Título Primeiro
Despesa Provincial
Art. 1º - O presidente da Província é autorizado a despender do 1º de Janeiro a 31 de
Dezembro de 1845 a quantia de Rs.......................................................................... 104:296,805
§ 4º Com o Lyceo desta cidade, e seu expediente .........................................................6:96,800
§ 5º Com três cadeiras de latim nas Vilas do Brejo de Areia, Pombal e Sousa...............1:200,000
§ 6º Com ordenados e gratificações à professores, e professoras de 1ªs Letras, e alugueis, de
casa para as aulas de meninos da cidade alta e baixa...................................................... 9.754,00
[...]
§ 27º 3$200 réis pela matrícula dos estudantes do Lyceu.
15
N.O.: Documento encontrado na caixa de 1844 como projeção orçamentária para 1845
Coleção Documentos da Educação Brasileira
110
● 2ª Secção – Guerra
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Havendo Sua magestade O Imperador concedido licença ao Cadete das companhias
Provisória de linha dessa Província José d’Avila Bitancourte Vieira, para regressar ai, e estudar
os preparatórios necessarios para poder-se matricular na Escola Militar: assim o comunico a
Vossa Excelência na inteligencia de que o mencionado cadete, fica obrigado aos exercícios, e
paradas do Corpo. Deus Guarde a Vossa Excelência. Palácio do Rio de Janeiro em 5 de março
de 1845.
Jeronimo Francisco Coelho
Ilmo. Presidente da Província da Parahyba
Acc. Em 10 de abril de 1845 _______
[no verso]
Cumpra-se, e registre-se. Palácio do Governo da Parahyba 8 de abril de 1845.
_________Campos.
● Batalhão de Guarda Nacional do Município da Villa do Catolé do Rocha da Província
da Parahyba do Norte.
Proposta que tenho a honra de fazer subir a presença do Exmo Senhor Presidente da
Província em virtude da Lei Provincial de 14 de março de 1837.
[...]
Para o posto de Promotor proponho a Plácido
Francisco de Assis Andrada
Hé criador, fazendeiro Professor particular
de Latim, e guarda 2ª Companhia
[...]
Para o posto de Alferes Secretario proponho a
Antonio Gomes Monteiro
Hé criador fazendeiro tem bastante
instrucção e é guarda da 5ª companhia.
[...]
Companhias
Para Capitão da 4ª Companhia proponho a
Joaquim Gomes de Farias
Hé proprietário tem bastante instrução e é
guarda da mesma companhia.
[...]
Coleção Documentos da Educação Brasileira
111
Quartel do Batalhão de Guarda Nacionais da Villa do Catolé do Rocha em 14 de
abril de 1845.
Tenente José de Sá Cavalcante
Coronel Comandante do Batalhão.
● Mande Vmce pagar a importancia da incluza Folha da despeza do Lyceu feita no
próprio mez..
Deus guarde a Vmce do Governo da Parahyba. 4 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Portaria ao Thezouro em
5 ______.
Ilmo. Sr. Inspetor Interino da Administração das Rendas.
● Autorizo a mandar fazer o pagamento dos vencimentos que tiverão os Professores de 1ªs
Letras das Vilas do Brejo d’Areia, Alhandra e da Povoação do Cruz do Espírito Santo, no mez do
ano passado, segundo sua requisição, feita em 2 do corrente.
Deus guarde a Vmce Palácio da Presidência da Parahyba, 7 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Senhores Inspetores e Instrutores da
Administração de Rendas Provinciais.
● Pode Vmece mandar pagar os vencimento do Cirurgião Mor Diretor da Vaccina, dos
professores de 1as Letras do Brejo de Areia, e Alhandra, do Capelão da Ermida dos Pezos d’esta
Cidade, no mês de junho p.p. à professora de 1ª Letras da Cidade Alta, e ao Professor da Serra
da Raiz, de março a junho e a Camara Municipal d’esta cidade a sua ordinária correspondente
ao mês de junho próximo passado.
Deus guarde a Vmce Palácio da Prezidência da Parahyba, 7 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Snr. Inspector Intro da Admam de Rendas Provinciais.
● Autorizo a Vmce como requisitou em seu ofício de 5 de corrente, nº 129 a mandar efetuar o
pagamento dos vencimentos dos professores de 1as Letras de Pombal, Cabaceira e Pilar, em
cujo pagamento, como em todos os mais que por essa Repartição houveram de ter logar de
ordenados, atrasados para que houver quota destinada, Vmce. determinará que se faça por
prestações logo que excederem a três os mezes de ordenados vencidos tendo nisso atenção ao
estado do cofre e quantia do ordenado.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
112
Igualmente o autoriso mandar pagar a viúva de João Roiz Chaves a quantia de quarenta
e dois mil seiscentos e sessenta e seis réis vencida pelo dito seu falecido marido no mez de
novembro de 1842 na qualidade de Inspetor Interino dessa Admao, e a Antonio Henriques
d’Almeida e de quarenta e sete mil e trezentos réis de apontamentos e protestos de letras
vencidas pertencentes a essa Admao.
Deus Guarde a Vmce Palácio do Governo da Parahyba, 7 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Snr. Inspector Interino da Admao de Rendas Provinciais.
● Tendo sido removidos para assim requererem para a Villa de Pombal o professor de 1ª
Letras da Villa de Piancó Antonio de Holanda Cavalcanti e para estes e d’aquela Estevam
Coelho de Mello, o que se verifica por Despacho d’esta Presidencia de 7 do corrente assim
comunico a Vmce para que n’este sentido faça as necessarias clarezas no assentamento
respectivo.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba em 10 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Portaria para a contadoria
em 12 de julho de 1845.
Sr. Inspector da Administração de Rendas.
● Tendo nesta data ordenado ao Professor interino de 1ªs Letras de Vmce de S. João Felix Jozé
Pereira a suspensão de seu exercicio, e do vencimento, visto ser-lhe dificultoso a continuação
em conseqüência da grande seca que tem sofrido aquela Vila conforme me representa
devendo continuar o mesmo exercício e a perceber os vencimentos logo que cessar a seca e a
______ concurso de peso.
Ponho nesta mesma data encarregado da fiscalização desse negocio a Camara ______ o
que lhe comunico por sua inteligencia.
Deus guarde a Vmce Palácio do Governo da Paraiba. 19 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Snr. Inspetor da Administração de Renda Provinciais.
● Conformando-me com o que Vossa Excelência ponderou em seu ofício de 17 do corrente nº
143, tenho determinado que a escola de 1as Letras da Cidade Baixa seja removida para outra
casa cujo aluguel seja menos gravoza aos cofres publicos, e cuja situação seja mais comoda aos
que a frequentam. Dê portanto Vmce as providencias e ordens necessarias para que assim se
cumpra.
Deus Guarde a Vmce. Palacio do Governo da Paraíba, 19 de julho de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Snr. Inspetor da Administração de Rendas Provinciais.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
113
● Mande Vmce pagar ao Porteiro do Lyceo Gervazio Victor da Natividade a quantia de mil reis
importancia das despezas feita no mesmo Lyceo no mez de julho findo.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahiba 4 de agosto de 1845.
Frederico Carneiro de Campos.
Sr. Inspector da Administração de Rendas Provinciais.
● Havendo esta Presidencia em data de ontem concedido tres mezes de licença sem
vencimento ao Professor de 1as letras da Vila de Catolé do Rocha, Jozé Torquato de Sá
Cavalcanti, assim o comunica à Vmce por sua inteligencia. A licença concedida deve principiar a
contar-se do 1º de setembro vindouro em diante: n’este sentido pois mandará fazer as verbas
precizas.
Deus Guarde a Vmce Palacio da Presidencia da Parahyba, 14 de agosto de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Comunicou-se a contadoria em 18 de agosto
Snr. Inspetoria d’Administração de Rendas Provinciais.
● Atendendo ao que me representou o Professor de 1ªs Letras da Vª de Patos Francisco
Herculano de Medeiros. Tendo-lhe nesta data concedido tres mezes de Licença com metade
do respectivo ordenado.
Nesta inteligência Vmce mandará proceder as verbas do costume.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba – 16 de agosto de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Snr. Inspector da Administração das Rendas Provinciais.
● 1ª Secção Guerra Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Sua Magestade o Imperador atendendo ao que lhe representou o Tenente reformado
Manuel Antonio Marinho Falcão, cujo requerimento acompanhou o seu ofício nº 73 de 27 de
julho ultimo ha por bem conceder-lhe a graça pedida de lhe ser abonado pela pagadoria militar
da Província de Pernambuco, para subsistência de seu filho matriculado no Curso Jurídico de
Olinda, o saldo da sua patente, devendo para esse fim V. Excelência ordenar que a mencionada
pagadoria seja remetido a guia do suplicante.
Deus guarde a V. Excelência. Palacio do Rio de Janeiro em 18 de agosto de 1845.
Antonio Francisco de Paula e Holanda Cavalcanti d’Albuquerque
Sr. Presidente da Província da Paraíba.
Cumpra-se e registre-se. Palácio do Governo da Paraiba 12 de setembro de 1845.
Ass
ina
___
___
de
____
__
18
45
Coleção Documentos da Educação Brasileira
114
Comunico a Vmce- para sua intelligencia e para que mando proceder as verbas necessarias, que
tenho, concedido as seguintes licenças do Professor de 1as Letras da Cruz do Espírito Santo
Raimundo Primo Cavalcanti em 21 de junho do corrente ano quinze dias com vencimento a
contar de 23 do mesmo mez em 1º do corrente mais 15 dias seus vencimentos ao professor:
de 1as Letras da Villa de Piancó Estevam Coelho de Mello em 24 de julho trinta dias com
vencimentos em 25 do corrente sessenta sem vencimentos ao professor de Latim da Vila de
Souza Amaro Gomes dos Santos em data de ontem dois mezes sem vencimento.
Deus guarde a Umce Palácio do Governo da Parahyba 27 de agosto de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Com vencimentos de Contadoria em 28 de agosto de 1845.
Sr. Inspector da Administração de Rendas Provinciais.
● Comunico a Vmce para sua inteligência e para que mande proceder as verbas necessarias,
que tenho concedido as seguintes licenças ao professor de 1ªs Letras de Cruz do Espirito Santo
Raimundo Primo Cavalcanti em 21 de junho do corrente ano quinze dias com vencimento a
contar de 23 do mesmo mez em 1º do corrente mais 15 dias sem vencimento ao professor de
1ªs Letras da Villa do Piancó Estevam Coelho de Mello em 24 de julho tinha dias, com
vencimento em 25 do corrente sessenta sem vencimento ao Professor de Latim da Vila de
Souza Amaro Gomes dos Santos em data de ontem dois meses sem vencimento.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Parahyba de 27 de agosto de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Com vencimento de
Contadoria em 28 de agosto de 1845
Sr. Imspetor da Administração de Rendas Provinciais.
● Tendo nesta data concedido a demissão que pediu Romualdo Primo Cavalvante do Profo de
1as Letras da Cruz do Espirito Santo assim o comunico a Vmce para sua inteligencia.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo da Proa de 2 de Setembro de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Portra. a Contadoria
Snr. Inspector da Adm.no de Rendas Prov.a
● Mande Vmce ajustar contas, e pagar o que se deve de seus ordenados ao ex.professor 1ªs
Letras ______ do Lyceo d’esta Cidade Joam Gomes de Almeida.
Fique Vmce na inteligencia que tenha concedido ______ licença por 30 dias ao
Escriturario desta Admam Manoel Deodato d’Almeida ______ ______ a correr do dia 11 do
presente mez.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Governo na Paraiba, 12 de setembro de 1845.
No verso
Coleção Documentos da Educação Brasileira
115
Comunicou-se a Contadoria e Thesouraria parte da 2ª Contadoria - em 15 de setembro
de 1845.
Senhor Inspetor da A Adm.am de Rendas Provinciais.
● Tendo nesta concedido ao Professor de 1ªs Letras da Povoação d’Alagoa Nova, Jozé Soares
Alves de Almeida sessenta dias de licença sem vencimento a principiar do dia 21 do corrente
em diante, assim lhe comunico para sua inteligencia.
Deus Guarde a Vmce Palácio do Governo da Parahyba 16 de setembro de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Snr. Inspector D’Admam de Rendas Provinciais.
● Comunica-lhe por sua inteligencia que em data de 16 do corrente concedi cincoentas dias de
licença com metade dos seus vencimentos ao Professor de 1as Letras Bernardino José ______
Limeira devendo contar-se do dia 18 do corrente em diante.
Deus Guarde a Vmce Palacio da Presidencia da Parahyba 20 de outubro de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Portaria a ______
______ 21 de ______
Snr. Inspetor d’Admam de Rendas Provinciais.
● Mande V. Eª. ajustar contas ao substituto que foi do Lyceu d’esta Cidade Jozé Lourenço
Meira de Vasconcelos, que por Portaria de hontem foi dimitido por assim o haver requerido.
Deus Guarde a V. Eª Palacio do Governo da Paraiba.
22 de outubro de 1845
Frederico Carneiro de Campos
Snr. Inspector da Admam de Rendas Provinciais
● Comunico a Vmce para sua inteligencia que por Despacho de ontem concedi sessenta
dias de licença sem vencimento ao Professor de primeiras letras da Vila de Piancó Estevão
Coelho de Mello.
Deus Guarde a Vmce Palacio do Govêrno da Parahyba em 25 de outubro de 1845.
Comunicou-se a
Contadoria em 27 de outubro
Frederico Carneiro de Campos
Snr. Inspector da
Administração de Rendas.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
116
● Manda VExe pagar o porteiro do Lyceu d’esta cidade Gervazio Victor da Natividade a quantia
de mil novecentos e oitenta das despezas que fez no mesmo Lyceu durante o mez de
Setembro findo.
Deus Guarde a VExa. Palacio do Governo da Paraiba – de outubro de 1845.
Frederico Carneiro de Campos
Portaria de pagamento em 6 de abril de 1845.
Snr. Inspector da Admam de Rendas Provinciais.
1846
● Ilmo. Exmo. Snr.
Sua majestade o Imperador manda remeter a Vossa Excelência a inclusa cópia do Termo
que assignou na secretaria do Polícia desta Corte, José Feliciano Dias da Costa com collégio
particular de meninos e meninas na Povoação do Sabão nº 164. E há por bem que V.
Excelência espeça os mais terminantes ordens as Authoridades Policiais em todas as partes
dessa Província afim de que jamais consintão que o dito José Feliciano Dias da Costa abra
Collegio Casa de Educação de qualquer outro estabelecimento, seja com que titulo for, onde
houver passo aluno educados ou titulandos, que sua guarda ou direcção estejam confiados,
devendo as referidas Autoridades, no caso de infração do Termo, proceder logo contra o
mencionado Jose Feliciano pela maneira ali indicada.
Deus guarde a Vossa Exc. Palácio do Rio de Janeiro em, 13 de janeiro de 1846.
Manuel ______ Branco
Snr. Presidente da Província da Parahyba.
● Ilmo e Exmª Snr.
Liceu
40
No dia 2 do corrente lugar da abertura do Lycêo. Acharão-se presentes a este acto todos
os Professores actuaes. Logo depois da leitura e aprovação da acta da sessão antecedente fez-
se a publicação dos Estatutos remetidos por V. Excia que farão acolhidos pela Congregação com
respeito e reconhecimento.
Concluídos os trabalhos que fizerão o objeto da reunião, recitei o discurso que incluso
remetto a V. Excia, o qual não é em verdade prescricto por Lei, mas tal tem sido a prática,
entendi dever continuar, pois que concorre para tornar mais solemne o acto da abertura geral
do Lyceo.
Remetto tambem a relação dos Alumnos matriculados até o presente em todas as Aulas
do Lyceo em numero não inferior ao dos matriculados o anno proximo findo.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
117
Os trabalhos das Aulas seguem sem curso regular, interrompidas as lições na 2ª cadeira
por se acharem o actual substituto regendo a 1ª cujo Professor proprietario está gravemente
infermo. Esta interrupção tem de durar pouco, pois que me consta que o substituto
ultimamente nomeado chega breve e será encarregado de continuar as licções na 2ª cadeira.
Vai igualmente a folha das despezas do mez findo a fim de V.Excia expediu a ordem
precisa para ser paga na Repartição competente.
He aqui ocorre comunica a V.Excia a quem reitero os meus protestos de respeito, estima
e obediência.
Deus guarde a V. Excia, Lyceo 13 de março de 1846.
Ilustríssimo, Exmo. Snr. Presidente Coronel Frederico Carneiro de Campos. Presidente
desta Província.
Manreque Victor de Lima
Director
Relação dos Alumnos matriculados no Lyceo no corrente anno de 1846.
1ª Cadeira de Latim
1. Hermínio Jose Pereira
2. João Licinio Velloso
3. Simplicio Narciso de Carvalho
4. Feliciano Jose Lopes
5. Jose Antonio Baptista Junior
6. Olegário Selecto Cirne
7. Leonardo Bizerra Cavalcanti Junior
8. Claudiano Bizerra Cavalcanti
9. Adelino Bizerra Cavalcanti
10. Antonio Bizerra Cavalcanti
11. Domiciano Nunes de Souza Rangel
12. Augusto Cavalcanti d’Almeida e Albuquerque
13. Epiminondas de Souza Gouvêa
14. Francisco Serafim de Miranda
15. Filippe da Cunha Ribeiro
16. José Bento dos Passos Lima
17. Antonio José de Souza
18. Antonio José de Rodrigues Chaves Junior
19. Joze Rodrigues Chaves
20. Henrique Agnello Brayner
21. Manoel de Moura Rezende Junior
22. Severiano Tranquilino de Lima
23. Plinio Augusto Cavalcanti de Albuquerque
24. Francisco Clementino de Vasconcelos
25. Francisco Antonio da Costa
26. José d’Oliveira Diniz
Coleção Documentos da Educação Brasileira
118
27. Antonio Paulino Delfim Henriques
28. Luiz José d’Oliveira Diniz Jr.
29. João Jose Ferreira França
30. Luis Francisco Vasconcelos
31. Antonio Teixeira de Vasconcelos
32. João Monteiro de Franca e Vasconcelos
33. Francisco Antonio Gonçalves de Medeiros
34. Antonio Henriques d’Almeida Jr.
35. Francisco Jose Delfino da Silva
36. Jose Martins da Silva
37. Antonio da Cunha e Vasconcelos
38. Manoel da Fonseca Souza
39. Vicente Ferreira da Costa
40. Feliciano Jose Coelho
41. Amaro Gomes Coutinho Cezar
42. Jose Luiz Pereira
43. Joaquim Ignácio de Lima
44. Frederico Justo d’Almeida e Albuquerque
45. Alvaro Nestor d’Almeida e Albuquerque
2ª Cadeira de Francez
1. Vicente Borges Gurjão
2. João Luiz Rangel Jr
3. Joze Vicente Pereira de Carvalho
3ª Cadeira de Rethorica
1. Adelino Antonio de Lima Ferreira
2. Mathias da Gama Cabral de Vasconcelos
3. Leocadio Rodrigues Chaves
4. João Rodrigues Chaves
5. Francisco Joze Maia Jr.
6. Angelo Baptista Avandano
7. Julio da Costa Lima
8. Francisco Xavier de Andrade Jr.
4ª Cadeira de Philosophia
1. Antonio Manuel de Medeiros
2. Belarmino Peregrino da Gama e Melo
3. Luiz da França de Souza Falcão
4. Francisco Lucas de Souza Rangel
5. Joze Lucas de Souza Rangel Jr.
6. Joze Lourenço de Souza Pinto
Coleção Documentos da Educação Brasileira
119
7. Joze Carneiro Monteiro
8. João Luiz Rangel Jr.
9. João Joze Pacheco de Arajão
10. João Baptista de Carvalho
11. Joze Maria Xavier d’Almeida
12. Joze Feliciano Correia de Cabral
5º Cadeira de Geometria
1. Joze Tarcino Monteiro de Melo
2. Feliciano Baptista Monteiro de Melo
3. João de Malta Correia Lima
4. Luis da Veiga Pessoa Carneiro
5. Thomaz Fluminense Bandeira Xavez
6. Joze d’Avila Bitancourt e Neiva
7. Francisco Antonio Fernandes Jr.
8. Francisco Pinto Pessoa Cezar
9. Joze Soares e Neiva.
Lyceo, 02 de março de 1846.
Secretario
Claudiano Joaquim
● Discurso recitado no dia da abertura do Lyceo 2 de março de 1846.
Em consequencia do disposto no Artigo 1 da Resolução de 11 de septembro do anno
passado havendo a Directoria do Lyceo recaido a num como professor mais antigo, vi-me
revestido deste cargo devo falar-vos com franqueza, não sem huma satisfação extrema, não
tanto por ter a presunção extrema de desempenhar satisfatoriamente os devers difficeis
ligados ao lugar que ocupa o de chefe de um dos mais importantes Estabelecimentos da
Província, e muito menos ainda pelo prazer tão doce a tanto de ocupar huma posição que lhes
dá alguma preminência entre seus iguais, como unicamente pela persuassão de que podia ser
d’alguma utilidade, ainda que medíocre do Lyceo. Talves os impulsos de meu coração, os meus
bons desejos tenhão sido nessa ocasião mais consultados, como creio do que a possibilidade
de os levar a effeito, talves me tenha enganado, mas meu erro não deve depreciar ao menos a
pureza e retidão de minhas intenções favoráves.
Entretanto alguns melhoramentos se tem realisado, eu não tenho a pretensão de as
referir a num só, como seu único autor, não, bem pelo contrário; alguns tem partido de vós
mesmos, por vós mesmos tem sido propostos, outros tem emanado espontâneamente do
governo da província possuído, como não tem cessado de dar-me reflectidos demonstrações
do desejo mais constante e mais solhato de collocar o Lyceo na ponta de ellevação que
corresponde a alta característica de sua missão ao duplo fim de cultivar o espírito, e formar o
Coleção Documentos da Educação Brasileira
120
coração da mocidade, eu não tenho feito se não solicitá-los com aquelle empenho e diligência
que serão seguramente desenvolvidas para qualquer de vós em maior grau e com aquelle
interesse que deve naturalmente animar a hum empregado antigo, cuja carreira tem sido toda
consagrada e sem partilha, as funções do magistério, e que nenhuma outra espécie de glória
mais ambiciosa do que ver solidamente firmada a reputação nascente e progressiva do Lyceo.
As alterações ultimamente operadas irão imperiosamente exigidas pelos mas instantes
necessidades, esta corporação se achava, em consequência d’algumas disposições que
felizmente estão derrocadas colocadas no mais humilhante situação ella tenha sido despojada,
já não digo daquelas immunidades, prerrogativas e vantagens que mesmo no interesse da
instrução pública lhe são garantidas nos países civilisados, maes, causa notável! até mesmo do
que se não recusa ao menor Empregado da mais insignificante Estabelecimento ou Repartição
Pública. Pra que referimos exemplos, citar-vos e disposições que ainda estão mui vivas nas
lembranças de todos? Um sentimento de inconmesurado effeito de medidas excessivamente
coercitivas, não menos injustas que inúteis e degradantes comprimia o nosso espírito d’hum
modo que só a mais resignada paciência podia suportar não ousamos alçar o vós para
advogarmos a nossa própria causa, um tímido receio no-lo embargava maes a nossa situação
era tão extraordinariamente nova tão singularmente estranha que chegou a revoltar as
pessoas maes indiferentes. Alguns artigos forão sucessivamente alterados, professarão por
modificações que temperarão algum tanto o seu rigor excessivo e pouco a pouco fomos saindo
da obsessão em que se nos havia lançado, fomos como que renascendo na ordem civil na qual
parecia querer se provar-nos de vida.
Hoje possui este Estabelecimento huns Estatutos, não perfeito (e que obra sendo do
homem, se pode refutar tal!) mais inconstetavelmente muito melhoradas. O que há de
melhor, de mais vantajoso e aproveitável nos Estatutos que nos região foi adaptado; algumas
outras disposições forão rejeitados, isto he aquella contra as quais a razão, o tempo e a
experiência se tenhão decalrado; muitas outras e mui importantes forão acrescentadas, e
deste modo se não temos hum regimento completo em que tudo tenha sido previsto e
providenciado, em huma palavra, que nada deixam a desejar, ao menos teme-lo tal qual
comportão as circunstâncias atuais, sem que se tenhão omitido medida alguma fundamental
daquelas mais urgentemente reclamados.
Votemos sinceros agradecimentos do Governo da Província pelos seus constantes
esforços, por huma vontade que parece não abandoná-lo hum só instante de dar toda
consideração ao Lyceo, de torna lo um Estabelecimento respeitável, como aquelle de que
devem derivar-se as mais importantes vantagens para a Província a que de mais serve
ornamento e decoro. Mil graças, Senhores, ao protetor das luses, à aquelle que os honrar,
honrandos os que as cultivam. De que modo podemos melhor testemunhar o nosso presto
reconhecimento do que entregando-nos nesta ocasião solene as effusões ingenuas do nosso
coração? Que elogios mais puros, mais dignos, mais merecidos do aqueles que não são
arrancados pela violência, não são ensinados pelo lisonja nem aconselhados por hum calculo
vil e que são o escocto e fiel expressão dos sentimentos unanimes d’huma coorporação
destincta, cujos membros tem dado em todas as ocasiões as provas mais decisivas do seu
caracter elevado e independente?
Coleção Documentos da Educação Brasileira
121
Como vosso companheiro, como quem item de partilhar todos os vossos trabalhos, de
receber o valioso auxílio dos vossos conselhos é, para mim um objecto do mais vivo
contentamento a presente reunião. Entramos hoje senhores, no período anual de nossas
fadigas literárias, este dia memorável, tão fausto, tão aprazível deve ser saudado em cânticos
de alegria, com os mais entusiásticos aplausos! De que bem não he elle augem!... Perguntou a
essa mocidade tão viva, tão mimada, tão cheia d’ardor e de esperança qual o motivo da
satisfação que se manifesta em seu semblante? Ou antes senhores interrogai a vós mesmos.
Quem de vós na situação em que elles se achão não sentiu tão bem as mesmas emoções que
elles hoje sentem? Então pensáveis vós, e pensáveis bem que na carreira de ilustração em que
vós vieis empenhar-vos não haveria honras, dignidade, grandeza, celebridade e finalmente
espécie alguma de glória que se não podesse tornar o objecto de vossas aspirações. O futuro
não era para vós um ser metafisico meramente possível, a previdência vos fazia gozar
antecipadamente como d’huma causa real de todos os bens que huma imaginação brilhante
finge e que as esperanças nutre.
Hoje os mesmos pensamentos os ocupão, as mesmas esperanças os animão. E não
pensamentos vãos hum ilusórias. A cultura das ciências e das letras he a origem fecunda dos
bens mais preciosos e ao mesmo tempo mais solidos e mais duradouros. O tempo e as
adversidades tudo destroem, a fortuna zomba de tudo, a sabedoria só domina sobre tudo;
sem ella a felicidade dos particulares, o poder das nações a gloria dos monarcas tem um brilho
ephemero, possão, como a sombra, sem restar, o mais leve vestígio; e a grandeza mais
colossal sem seu apoio está inevitavelmente esposta a absmar-se, finalmente contra ela, a
mesma força do destino he impotente, por que o destino impera tanto cauzas e dos
acontecimentos a sabedoria que tudo prevê, calcula e dirige.
Ao principiarmos os nossos trabalhos, sres, não vos recomendo mais zelo, mais
diligencia, mais actividade no desempenho dos nossos deveres, maiores interesses pelo
adiantamento e progresso dos nossos alumnos; a vossa conduta nos anos anteriores, garante
ao publico e especialmente a mocidade cuja educação vós está confiada, a continuação dos
esforços que reproduzireis incessantemente no anno lectivo corrente a fim de que os vossos
trabalhos sejão profícuos, vosso lições eficazes, e segura o aproveitamento dos alumnos.
Ninguem, mais que vós, he interessado em manter e sustentar com hum brilho sempre
crescente a reputação que os nossos cuidados e deligência, tem adquirido este Lyceo, que
deve ser tão caro, tão precioso a nossos comprovincianos e especialmente a nós mesmo que
somos do amor mais viva pelas sciências e do gosto mais aprumado pelos bellas lettras e pela
litteratura.
Abramos senhores a esta mocidade a vida as fontes abundantes onde elles tem de
beber huma instrução sólida e educação culta, que molas com os nossos conselhos, com o
auxílio da nossa experiência e instrução pelo risonho das lettras a gloriosa templo da
sabedoria, prodegalezemos-lhe as nossas mais sollícitos cuidados, formando principalmente os
seus costumes, inspirando-lhes essa urbanidade, essa ______ e doçura, que fazem a
amenidade da sociedade, seja a nossa dedicação tão decidida, o nosso empenho em ilustra-los
tão ardente. tão perseverante, que lhes seja impossível esquecer jamais o que de apreciável
devem a este. Estabelecimento, que em qualquer cidade ou situação em que ______ O futuro
se achem collocados, sejam sempre dominados d’hum sentimento de gratidão pelos desvelos
assíduos dos seus preceptores, de quem sempre lhes vos tem recordações agradáveis.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
122
Se desempenhardes a missão de que vos achaes encubidos, bem dóceis serão as vossas
recompensas! Que prazer mais delicioso, que satisfação mais pura do que ver elevados aos
cargos mais eminentes do Estado, ou celebrisados na republica das lettras, ou enfim
ennobrecidos por ações que as recomendem perante a posteridade, a homens cujos primeiros
passos ______ tenham sido guiados e esclarecidos por vós! o brilho de sua glória não parece
lançar-se sobre vós? ou ao menos não temos direito de reclamar huma parte dessa glória, para
que mais ou menos temos concorrido? Não nos enche de ufania a ter contribuido para formar
cidadão prestantes à Pátria? Sim, senhores he lisonjeiro! Todos nós sabemos que o concurso
da fortuna é necessário para formar os grandes homens, porem os heróis mais celebres, todos
tem tido preceptores não menos célebres; e a influência da educação sobre o caráter e as
acções dos indivíduos he huma desta verdades d’huma comprehensão tão fácil e tão genial,
que passo por hum axíoma mesmo entre as pessoas vulgar instrução. Porque Philippe de
Macedonia noticiando a Aristoteles o nascimento de Alexandre lhe dizia: Agradeço menos aos
deoses por me haverem dado, do que por ma concederem no tempo de Aristóteles? Philippe
comprehendia mui bem que por melhores que sejão as disposições com que nos tenha dotado
a natureza, ellas são no decurso da vida, ou alteradas, ou suffocadas, se huma boa educação as
não cultiva, nutre e desenvolve.
Os nossos trabalhos, se abrem no corrente ano lectivo sob os mais felizes auspícios,
temos Estatutos que nos offerecem garantias de que estávamos privados, que são outros
tantos encorajamentos que nos animão na ardua tarefa de que estamos encarregados; a nossa
posição adquiria mais estabilidade e firmeza, não estamos como d’antes, n’huma espécie de
interinidade, que nos poderia ser funesta e que evidentemente não offerecia vantagem
alguma em favor da instrução que nos cumpre derramar achamo-nos consequentemente
revestidas daquelle grão de consideração que he indispensável, para que os nossos trabalhos
se desinvolvam mais livremente, com menos obstáculos e com mais profícuos e seguros
resultados; temos finalmente, senhores (e vos sabeis quanto isso importa) hum presidente que
não nos entrega ao abandono, que nos honra, nos considera, mas anima e que há feito o que
nas circunstancias actuais se poderia fazer em benefício deste Estabelecimento, posto que
esteja bem longe de haver sobre este ponto satisfeito a todos e os seus votos.
Se volvermos os olhos em torno de nós, o humo mocidade brilhante se nos apresenta
possuido do mais ardente desejo de instruir-se. Apresseme-nos, senhores, prestemos-lhes o
nosso auxílio no nobre empenho de escavarem a mina abundante das sciências, das artes e da
literatura os nossos trabalhos não serão sem fructos; tesouros incomparavelmente mais
preciosos do que os que encerram as minas de Golcondo e do Peru, ali se encontrarão; seja
para nós um título de glória que não pode e nem deve perecer os progressos e a reputação dos
nossos alumnos. Mostreme-nos finalmente dignos da confiança do governo que nos revestiu
do importante cargo de educadores da mocidade, do reconhecimento e estima dos nossos
concidadãos, e dos elogios dos vindouros.
Manrique Victor de Lima
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123
2ª Secção
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Sua Magestade o Imperador atendendo ao que lhe foi presente por parte do 4º Cadete
Feliciano Quintino Ladislao Henriques. Há por bem prorrogar lhe por mais um ano a licença
que obteve para frequentar os estudos do Liceu nessa província, ficando todavia obrigado as
formaturas gerais e exercicios da companhia a que pertence. O que comunico a Vossa
Excelencia para seu conhecimento e execução.
Deus guarde a Vossa Excelência
Palacio do Rio de Janeiro em 16 de maio de 1846.
João Paulo dos Santos Barreto
Senhor Presidente da Província da Parahyba do Norte.
Cumpra-se e registre-se, palacio do governo da Parahyba do Norte, 9 de junho de 1846.
______ Carneiro de Campos
● Ilmo e Exmo Snr.
N. 255
Satisfazendo ao despacho de Vossa Excelencia sobre a petição de Antonio Luiz de M.
Professor de 1as lettras da Vila de São Miguel da Baia da Traição devo informar que he verdade
que o suplicante obtiveram de Vossa Exc uma licença por 10 dias ______ o mês de janeiro do
corrente e não sem vencimento ______ V. Excia tem de comunicar a esta repartição; assim
como que elle não usara da mesma licença seguindo-se dependendo do attestado da
respectiva Camera municipal que contou os mesmos dez dias como de frequencia, pelo que
estou persuadido, que tem elle direitto do ordenado respectivo: não obstante, ordenará V.
Excia o que for servido. Deus guarde mui felizmente a V. Excia. Administrador das Rendas.
Provincia da Parahiba.
09 de novembro de 1846.
Ilmo e Exmo Snr. Coronel Frederico Carneiro de Campos
Presidente da Província
O inspector
José da Costa Maxado
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● MAPPA DOS ALUNNOS QUE FREQÜENTARÃO A AULA DE LATIM DO LYCEO
DESTA CIDADE NO MÊS D’ AGOSTO DE 1846
Nº
Nomes
Filiações
Natura- lidade
Matricula
Faltas
Observação
Dia Mez Ano
01 Herminio Joze Pereira Jozé Joaquim Pereira PB 14 Fev. 1846
8 Bom comportamento mas pouca aplicação
02 João Licinio Vellozo Antonio Joze Vellozo PB 16 “ “ 2 Idem e alguma applicação
03 Simplicio Narciso de Carvalho José Narciso de Carvalho PB 19 “ “ 1 Idem e aplicação
04 Feliciano Joze Lopes Antonio Lopes PB 21 “ “ 1 Idem, idem
05 Joze Antonio Baptista Junior Joze Antonio Baptista PB ” “ “ 1 Idem e alguma applicação
06 Olegario Selecto Cirne Silverio da Costa Cirne PB 25 “ “ 5 Idem mas pouca aplicação
07 Leonardo Bezerra Cavalcante Jr. Leonardo Bezerra Cavalcante
PB “ “ “ 2 Idem e aplicação
08 Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcante Idem PB “ “ “ 9 Idem Idem
09 Adelino Candido Bezerra Cavalcante Idem PB “ “ “ “ “ “
10 Antonio Bezerra Carneiro da Cunha Jr. Antonio Bezerra Carneiro da Cunha
PB “ “ “ “ “ “
11 Domiciano Nunes de Souza Rangel Joze Lucas de Souza Rangel PB 26 “ “ 1 Idem mas pouco aplicação
12 Augusto Cavalcante D’Almeida Albuquer. Francisco Antonio D’Almeida Albuq.
PB “ “ “ 2 Idem e aplicação
13 Epaminondas de Souza Gouveia Ignacio de Souza Gouveia PB “ “ “ 1 Idem, idem
14 Francisco Serafim de Miranda Maria Magdalena PB “ “ “ 1 Idem, idem
15 Felippe da Cunha Ribeiro Antonio de Meirelles Peixoto
PB “ “ “ 3 Idem, mas pouca applicação
16 Joze Bento dos Passos Lima Jozé Antonio Lima PB “ “ “ 13 Idem, idem
17 Antonio Joze de Souza Leandro Joze de Souza PB “ “ “ 1 Idem, idem
18 Joze Rodrigues Chaves Trajano Joze Rodrigues Chaves
PB “ “ “ Idem, idem
19 Antonio Joze Rodrigues Chaves Idem PB “ “ “ Idem, idem
20 Henrique Agnello Brayner Joana Martins Buriz PB “ “ “ 1 Idem e alguma aplicação
21 Manuel de Moura Resend Jr. Manuel de Moura Resende PE “ “ “ 2 Idem e applicação
124 125
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Continuação da Tabela anterior. 22 Severiano Franquilino de Lima PB 27 “ “ 6 Idem mas pouca aplicação
23 Plínio Augusto Cavalcante de Albuquerque
Diogo Velho Cavalcante PB “ “ “ 1 Idem e applicação
24 Francisco Clementino Vasconcelos Chaves Joaquim Gonçalves Chaves PB “ “ “ 15 Idem, idem
25 Francisco Antonio da Costa Antonio de Deos da Costa PB “ “ “ 3 Idem, idem
26 Joze d’Oliveira Diniz Luiz Jozé d’Oliveira Diniz PB “ “ “ 14 Participou no dia 22 que não continuava mais
27 Antonio Paulino Delfino Henriques Jozé Thomaz Henriques PE “ “ “ 4 Bom comportamento e applicação
28 Luiz Joze d’Oliveira Diniz Jr. Luiz Joze d’Oliveira Diniz PB “ “ “ 1 Idem, alguma applicação
29 João Joze Ferreira França Pais incógnito PB “ “ “ 1 Idem, idem
30 Luiz Francisco de Vasconcellos Joze Teixeira de Vasconcellos
PB 28 “ “ 7 Idem, mas pouca applicação
31 Antonio Teixeira de Vasconcellos Idem PB “ “ “ 3 Idem, idem
32 João Monteiro de Franco e Vasconcellos Idem PB “ “ “ 5 Idem e applicação
33 Francisco Antonio Gonçalves Medeiros João Gonçalves de Medeiros PB “ “ “ 1 Idem, e applicação
34 Antonio Henriques d’Almeida Jr. Antonio Henrique d’Almeida PB “ “ 3 Idem e alguma applicação
35 Francisco Joze Delfino da Silva Antonio Joze da Silva PB “ “ 1 Idem e applicação
36 Jozé Martins da Silva Joanna Maria PB “ “ 1 Idem e alguma applicação
37 Antonio da Cunha e Vasconcellos Francisco Xavier de Andrade PB “ “ 1 Idem e applicação
38 Manuel da Fonseca e Souza Idem PB “ “ 1 Idem, idem
39 Vicente Ferreira da Costa Francisco Ferreira de Paula PE “ “ 1 Idem, idem
40 Feliciano Jozé Coelho Amaro Jozé Coelho PB “ “ 1 Idem, mas pouca applicação
41 Amaro Gomes Coutinho e César João Nepomuceno César PB “ “ 4 Idem, idem
42 Joze Luiz Pereira Antonio Luiz Pereira PB “ “ 1 Idem e aplicação
43 Joaquim Inácio de Lima Claudino Victor de Lima PB 3 Março “ 7 Idem idem
44 Frederico Justo d’Almeida Albuquerque Jozé Ponciano Gomes de Mello
PB “ “ “ 6 Idem e alguma applicação
45 Alvaro Nestor d’Almeida e Albuquerque Idem PB “ “ “ 3 Idem mas pouca applicação
46 Joaquim Jozé de Faria Jr. Joaquim Joze de Faria PB 18 “ “ 3 Idem e alguma applicação
47 Theofilo Olegario de Faria Idem PB “ “ “ 7 Idem, idem
48 Francisco Jozé do Rosário Jr. Francisco Joze do Rosário PB 23 “ “ 1 Idem, idem
49 Francisco de Assis da Silva Joanna Maria PB “ “ “ 21 Faltou todo mez
126 127
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Continuação da Tabela anterior. 50 Francisco Xavier de Medeiros Antonio Manuel d’ Silva
Medeiros PB 28 “ “ 1 Bom comportamento e aplicação
51 Jozé Geraldo Gomes Joze Geraldo Gomes PB 30 “. “ 1 Idem e alguma applicação
52 Feliciano Lautino Ladislau Henriques Joze Thomaz Henriques PB 32 Junho “ 4 Idem e applicação
Lyceo 4 de Septembro de 1846
Severiano Antonio da Gama Mello
● Mapa dos Alumnos que frequentarão a aula de Philosophia do Lyceo desta cidade no mes de julho de 1846
Nº
Nomes
Filiação
Natura- lidade
Matrícula
Faltas
Observação
Dia Mês Ano
01 Luiz de França de Souza Falcão Maria Roza de Jesus PB 16 Fev 1846 Bom comportamento e aplicação
02 Antonio Manoel de Medeiros Manoel de Medeiros PB 25 ‘’ “ Idem, idem
03 Belarmino Peregrino da Gama e Mello José de Mello Muniz PB 26 “ ‘’ 1 Idem, idem
04 José Lucas de Souza Rangel Jose Lucas de Souza Rangel PB ‘’’ “ “ Idem, idem
05 Francisco Lucas de Souza Rangel Idem PB ‘’’ “ “ Idem, idem
06 José Lourenço da Silva Pinto João Pinto Monteiro e Silva PB 27 “ “ Idem, idem
07 José Carneiro Monteiro Marcos Antonio Carneiro Monteiro PB ‘’’ “ “ 8 Idem, idem
08 João Luis Rangel Junior João Luiz Rangel PE ‘’’ “ “ 2 Idem, idem
09 João José Pacheco d’Aragão Henrique José Pacheco d’Aragão PB 28 “ “ Idem, idem
10 João Baptista de Carvalho José Theotonio de Carvalho PB ‘’’ “ “ Idem, idem
11 Jose Maria Xavier d’Andrade Francisco Xavier PB ‘’’ “ “ Idem, idem
12 José Feliciano Correia Cabral Antonio Correia Cabral PE ‘’’ “ “ Idem, idem
CIDADE DA PARAHYBA 03 DE AGOSTO DE 1846
Rufino Cláro ______ da Costa Machado
Substituto em exercício na aula de Philosophia
129 128
Coleção Documentos da Educação Brasileira
130
● Illmo e Exmo Snr.
N 304
Informando à V. Exª sobre o que requer. Maria das Neves Manoela de Mello. Professora
de 1as letras do Varadouro, cumpre-me dizer, que he verdade, que a Suplicante apenas se acha
paga de seu ordenado relativo a quatro meses do corrente ano, e que nas mesmas
circunstâncias, e talves piores. estão os demais Empregados da Provincia com excepção dos da
Secretaria, Administração de --- de Primeiras letras e Lyceos, que já forão pagas do mês de
Maio e os oficiais do Corpo de Policia, a quem ultimamente mandei pagar o mês de Setembro.
A suplicante tem o ordenado de 460$000 reis, e lhe foi dado, atendendo-se, que ela tinha de
pagar o aluguel da casa; em que houvem de dar aula, pois que antes, quando este encargo
pertencia ao Cofre Provincial, o seu ordenado apenas era de 400$000 res.
Hé isto o que tenho de informar sobre opredito requerimento, que devolvo a V. Exª; a
fim de que haja de deferir como julgar de ______
Deus guarde mui felismente a V. Exª. Administração da Primeiras letras da Província da
Paraiba, 11 de Dezembro de 1846.
Ilustríssimo e Exmo Dr. Tenente Coronel Frederico Carneiro de Campos
Presidente da Provincia
● Procuradoria Fiscal das Rendas
Ilmo Sr.
Acerca da duvida, constante do officio que V. Senhoria dirigio ao Ilmo Sr. Presidente da
Província, em 28 do mês passado, e que em virtude de ordem do mesmo ______
Quanto aos professores e professoras de instrução primária, estando, tanto estas como
aqueles nas mesmas circunstâncias, que os vigários, cabe-lhes justamente as observações, que
a respeito destes venho de apresentar, cumprindo-me, porém, notar, que pelo art. 21 dos
Estatutos das Aulas de primeiras letras, firmados em 6 de maio de 1837, o ano letivo acabara
em 6 de dezembro, e no dia imediato começaram as férias que duravam até 15 de janeiro
seguinte. Nada obstante, assento que a disposição daquele artigo muito bem se podia consiliar
com o preceito da lei de 28 de setembro de 1840, enviando os professores, e professoras os
mapas do Estado dos seus respectivos discipulos no ultimo dia do ano letivo. Não seguindo-se
um expediente, é fora de dúvida, que a disposição do art. 12 da precipitada lei seria sem afeito
e não rogava no mês de dezembro, não sendo possível que o legislador ______ ignorasse a
existência dos ditos Estatutos, e quisessem, que a disposição do artigo 21, prevalecesse contra
a do mesmo art. 12, ou ______
Em resultado é meu parecer que se não reconheço direito os parocos, professores,
professoras aos vencimentos dos meses de dezembro de 1840, e dezembro de 1841, sem que
______ Desses empregados que remeteram a presidencia os mapas requeridos pela lei de 28
de setembro de 1840, art. 12.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
131
Devolvo a V.Iº o seu oficio
Deus guarde a V. Exª Cidade da Paraíba.
22 de dezembro de 1846.
Ilmo Sr. dr. Jose Costa Machado Jr.
Inspetor d’Administração de Rendas provinciais.
O.P. Fiscal
Astolfo José Meira.
● Abono de Poderes16
Ilustríssimos Senhores Representantes da Província
O Padre Manoel Carvalho e Silva, Professor de 1.ª Letras da Vila de Patos, vem até vós
requerer sua aposentadoria, por não poder continuar no exercício do seu emprego, pelas
moléstias que sofre.
O suplicante foi provido na cadeira de 1as Letras da Povoação da Serra da Raiz, por
______, 1833 (documentos números 1) principiou a exercer o seu magistério no 1º de março
do mesmo, como ______ do dito documento, conservou-se no exercício de suas funções sem
interrupção, e sem que fosse argüido de falta de cumprimento de seus deveres, até que a Lei
Provincial n.º 12 de 20 de janeiro de 1846, suprimiu o cadeira em que o suplicante ensinava,
sem que lhe desse um destino, uma vez que contratando o suplicante com o Estado ensina
publicamente mediante uma diminuta paga não se podia sujeitar ao contrato sem que lhe
assegurasse a perpetuidade de seu emprego: e por isto o que justamente sucedeu quando se
mandou passar titulo vitalício na forma da Lei Geral de 15 de outubro de 1827, e o artigo 14
dessa Lei Provincial n.º 1 de 20 de agosto de 1830, instaurava a 2.º cadeira, entrou ele em
exercício como mostra pelo documento n.º 2, e continuou até que por resolução da
Presidência no ano próximo passado, foi mandado exercer seu magistério na cadeira da Vila de
Patos, já esse tempo o suplicante se achava com moléstias crônicas adquiridas no continuado
exercício do Professor como mostra pelo (documento n.º 3) e por esse motivo não foi exercer
seu magistério. ______
como conta ao ultimo (documento nº 4). Havendo agravado mais os males que ______
como consta ao referido documento numero 3, o suplicante pede sua aposentadoria com o
ordenado correspondente a vinte anos e cinco meses que é professor e espero Vossa Senhoria
imparcialidade espírito de certidão e justiça ______ .
E.R.Cuª
________________________
Procurador
16
N.O.: Consta no documento a observação “sem o original”.
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132
1847
● Gazeta Official do Imperio do Brasil
Quarta Feira, 15 de Setembro de 1847. N. 111
VOL. II
INTERIOR
Assembléa Geral Legislativa
Camara dos Srs Senadores
Sessão em 30 de Agosto
Presidência do Sr. José Carlos Pereira de Almeida Torres.
SUMMÁRIO.
[...]
EXPEDIENTE
Hum officio [...]
Mais dous officios do mesmo acompanhando duas proposições da mesma Camara: a 1ª
determinando que a provincia de Mato Grosso dê dous Deputados, a do Maranhão mais dous
e a do Rio Grande do Norte mais hum; e a 2ª autorizando o Governo a crear hum Lycêo
Nacional nesta Cortê.
São remettidas a 1ª resolução a Comissão de Constituição e a da 2ª a de Instrução
Pública.
● Império – Em 28 de outubro de 1847. Approva a decisão dada pelo Presidente da Provincia
de Santa Catharina ao Juiz de Paz de Canavieiras, sobre a Presidencia da mesa Parochial.
Ilmo e Exm. Sr. – Levei à Presença de Sua Magestade o Imperador, o Officio de V. Ex. de
23 de setembro ultimo, que acompanha o que lhe dirigia o Juiz de Paz da Freguezia de
Canavieiras André José Valente, perguntando se elle, ou o Juiz de Paz mais votado José
Henriques da Cunha, he que ha de presidir á Mesa Parochial; visto que este, ainda que mais
votado, he Professor Publico de Primeiras Letras, e na fórma da Lei Provincial de Primeiras
Letras, e na fórma da Lei Provincial nº 57 não podia exercer o cargo de Juiz de Paz sem deixar
de ser Professor: e o Mesmo Augusto Senhor Houve por bem Declarar, que com acerto julga V.
Ex., que o dito Juiz de Paz mais votado, que já presidio á Junta de Qualificação, he que deve
também presidir á Mesa Parochial; por quanto, dada a hypothese de vigorar, e dever ser
observada a citada Lei Provincial (aliás subordinada ás Leis Geraes, e com especialidade á
Coleção Documentos da Educação Brasileira
133
Regulamentar das Eleições) o effeito seria ter o mencionado José Henriques da Cunha perdido
o direito á cadeira, logo que foi juramentada, e entrou na posse e exercicio do cargo de Juiz de
Paz; pois que, com o facto da aceitação d’este cargo; reputar-se-ia haver renunciado a esse
direito; d’onde se segue, que se em rigor se puder notar alguma illegalidade na accumulação
de ambos os Empregos, esta deverá verificar-se quanto ao exercicio da Cadeira, e não quanto
ao de Juiz de Paz. O que communico a V. Ex. para seu conhecimento e governo.
Deus Guarde a V. Ex. Palacio do Rio de Janeiro em 28 de outubro de 1847. – Manoel
Alves Branco. – Sr. Presidente da Provincia de Santa Catarina.
Rio de Janeiro. Na Typographia Nacional. 1847.
1848
● O Vice Presidente da Província tendo em consideração o que lhe representou D. Ana
Umbelina Cavalcante Chaves, e ao parecer do Doutor Procurador Fiscal a quem a respeito se
ouviu, e reconhecendo que o Artigo 12 da Lei Provincial nº 8 de 8 de novembro de 1841,
extinguindo provisoriamente a cadeira de 1as Letras de meninas da cidade de Areia, de que era
a suplicante professora e que esta cumpriu constantemente a segunda parte do Artigo 16 da
citada Lei, pedindo licença a este governo, durante o tempo daquela supressão; reconhecendo
mais que o Legislador Provincial na Lei nº 4 de 28 de Maio de 1847, não criando de novo, mas
reiterando a referida cadeira teve em vista repor tendo no estado anterior confirmado assim
ainda que tacitamente, o direito que a mesma cadeira tinha a peticionaria.
Há por bem que a mencionada Professora seja reintegre na cadeira de que se trata
entrando imediatamente em exercício, e isso independente de novo titulo conforme
determina o artigo 15 da Lei de 8 de novembro de 1841.
Palácio do Governo da Paraíba, 8 de Abril de 1848.
João Albuquerque Maranhão
●Ilmo. Senhor
Segundo na ordem de V.Sª, que me foi enviada com data de 31 de Agosto ultimo,
cobrindo o requerimento de Manoel Frederico Ferreira de Cuselio Caldas, dirigido a S.Exª o
Senhor Presidente da Província pedindo o procedimento do lugar de Guarda desta Alfândega
que se achou vago, informa, que pelo conhecimento pessoal que tenho do suplente, ele tem
tido boa conducta, e tem a capacidade precisa para o desempenho do lugar, que procura, por
que sei, que elle freqüentou a aula da língua latina, por bastante tempo Lyceu desta Cidade, e
é verdade, que vive por companhia paterna, e seu pai se acha enfermo, e é onerado de família.
Deus Guarde a V. Sª por muitos anos.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
134
Alferes da Paraíba 13 de Outubro de 1848.
Ilmº Senhor Jose Francisco de Moura
Inspector Interino da Tesouraria
José Lucas de Souza Rangel
● N= ______ 22 de Setembro de 1848
João Antonio de Vasconcelos Presidente da Província da Paraiba do Norte.
Faço saber a todos os seus habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou
e eu sancionei a Lei seguinte.
Artigo 1º. Fica novamente criada na Povoação do Cabedelo a Cadeira de Instrução
primária, que será provida segundo as Leis em vigor.
Artigo 2º. O Professor terá o mesmo vencimento que os demais Professores da instrução
primária da Província.
Artigo 3º. Faço revogada as disposições em contrário.
Mando portanto a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da
presente Lei pertencer que a cumprão e facão cumprir, e guardar ao inteiramente como nela
se contem. O Secretario desta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Palácio do Governo da Província da Parahyba, 22 de Setembro de 1848, vigésimo sétimo
da Independência e do Império.
João Antônio de Vasconcelos.
Sellada e Publicada nesta Secretaria do Governo da Provincia da Parahyba do Norte em
22 de Setembro de 1848.
No impedimento do Secretário.
Thomas Lorenço da Silva.
Reg. da a f. 94 do Livro de Semelhantes Secretaria do Gov. da Parahyba 23 de Setembro
de 1848.
No impedimento do Offal Maior
João Francisco Natividade
2º Oficial.
● N= 11 de 2 de Outubro de 1848
João Antônio de Vasconcelos. Presidente da Província da Parahyba do Norte. Faço saber
a todo os seus Habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou e eu Sancionei a
Lei seguinte:
Artigo 1º. Fica criada huma cadeira de primeiras letras para o sexo masculino na
Povoação da Boa Vista, Termo da Vila de Campina Grande.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
135
Artigo 2º. O Professor da Mencionada Cadeira perceberá o mesmo ordenado que os
demais Professores da Província.
Artigo3 º. Ficão revogadas quaisquer disposições em contrário.
Mando portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da
presente Lei pertencer, que a cumprão e facão cumprir, e guardar inteiramente como nela se
contem. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849. Vigésimo
7º da Independência e do Império.
João Antonio de Vasconcelos.
Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte aos 2
de outubro de 1848.
No impedimento do Secretário.
Felinto Lemos Victor Pereira
Rg.do a fl. 97 do Lº competente.
Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte 4 de Outubro de 1848.
No impedimento do Oficial Maior
Thomas Lourenço da Silva
● Relatório incompleto de um Presidente da Província da Paraíba que foi exonerado por
Decreto Imperial.
Instrucção Publica
Não tendo cumprido a lei nº 178 de 30 de Novembro do ______ proximo passado que
decretou a reforma da instrucção pública da Provincia, reduz-se à um extracto estatístico a que
tenho a dizer sôbre a materia deste artigo. A affuencia de trabalhos, com que me tenho visto
forçado diariamente à distrahir a minha attenção, obstou-me de confeccionar o regulamento,
de que depender a excecução da nova lei, e comprehende V. Exª que tratando-se de um
assumpto momentoso, que demanda estudo apurado e reflectido, não era conveniente que eu
o emprehendesse com atropello e preciptação.
Submeto entretanto à apreciação de V. Exª as observações que no seo relatorio faz o
digno Director interino á Instrucção Publica sobre alguns pontos da reforma, que lhe parecerão
dignos de ser alterados.
Meditando sobre a materia poderá a Assemblea Provincial rever o seu acto e modifica-
lo, como lhe parecer. Tendo passado a V. Exª no dia 22 do corrente mêz a administracção
desta Provincia de que fui exonerado por Decreto Imperial de 7 do mesmo mez, venho hoje,
em cumprimento ao disposto em aviso de 11 de março de 1848 prestar a V. Exª as seguintes
informações sobre as diversas ocurrencias do serviço publico.
Antes disso, porem corre-me o dever de declarar a V. Exª que até a ultima data da Corte
era lisongeiro o estado de saude de Suas Magestades.
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136
A nação applaudio, com verdadeiro jubilo o casamento das Princezas Augustas Filhas do
Senhor D. Pedro 2º.
Associando os seos destinos à sorte da Familia Imperial não podião os brasileiros ser
indiferentes a tão faustoso acontecimento.
Nesta Provincia não forão as manifestações menos sinceras.
Reina paz no interior do paiz; e de que ella perdurará e garantia segura a indole da
população, os seos hábitos e amor que consagra as instituições.
[...]
Instrucção Primária – Há em toda Provincia 54 escolas publicas do sexo masculino, e 17
do sexo feminino, ao todo 71, das quaes estao providas effectivamente 51, e 20
interinamente.
Por proposta do Director, e de conformidade com o artº 3º do regulamento de 11 de
Março de 1852, forão restabelecidas as cadeiras do sexo masculino das povoações de Santa
Luzia, S. José de Piranhas e Cuité da Independência; e creadas as das povoações de Taipú e
Pedra Lavrada.
Se o estado do cofre provincial aconselhou a suppressão de algumas cadeiras com o fim
de reduzir a despeza publica, hoje q. as finanças têm melhorado era de justiça que o beneficio
da instrucção fosse restituído às localidades, que forão d’elle privadas, e ampliado à outras
que o merecião.
Durante o anno findo as escolas foram freqüentadas por 1.922 alumnos, cabendo 1.564
para o sexo masculino e 428 para o feminino.
É diminuto o número d’aquelles, que recebem instrução primária na Província, facto
esse acha natural explicação na dispersão da população por tão extenso território, além da
negligencia de muitos Paes em mandarem seus filhos para as escolas.
O augmento do numero das cadeiras, como um meio de resouver esse mal, não deve
por certo ser adaptado, por importar acrescimo da despesa já não pequena, que se fas com
esse ramo da administração
Autorisei a distribuição de utensílios com as escolas do Teixeira, Fagundes, Alagoa do
Monteiro, Taipú, Gurinhém, na importancia de 362$780 reis.
Parecendo-me o resumo de grammatica portuguesa, organisado por Pedro de Souza
Guimarães, preferível à outras que existem, pelo methodo e clareza da exposição,
acommodada à intelligencia pouca desenvolvida dos meninos, autorsei ao Inspector do
Thesouro Provincial a acquisição de 500 exemplos desta obrinha para uso das escolas
primarias da Provincia.
Em virtude de representação do Director foi demettido, por abandono da cadeira, o
Professor da povoação de Itabaiana, e por irregularidade de conduta a Professora da villa de
Piancó, que ainda não gozava do direito de vitaliciedade.
Tendo o professor de Cachoeira de Cebolas, Luis da Veiga Pessôa, se offerecido como
volunctario da patria, em attenção ao nobre sentimento, que levou à dar esse passo, digno por
certo de ellogio, tomei a responsabilidade de conceder-lhe uma licença pelo tempo, que
estiver ao serviço da guerra, em que se acha o pais envolvido.
Licenciadas pela Presidencia existem 3 escolas particulares do sexo masculino, e 4 do
feminino, frequentadas aquellas por 86 alumnos e estas por 84.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
137
Instrucção Secundaria – É dada no Lycêo desta Capital, no qual se ensina Latim, Frances,
Ingles, Geometria, Philosophia, Geographia e Rhetorica. Há também 3 cadeiras de Latim nas
cidades de Mamanguape, Areia e Pombal.
O movimento do Lyceo foi o seguinte:
Matricularam-se nas cadeiras:
De Latim .............................................. 04 alumnos
De Francez ........................................... 43 alumnos
De Inglez .............................................. 10 alumnos
De Geometria ...................................... 07 alumnos
De Geographia ..................................... 05 alumnos
De Rhetorica ........................................ 03 alumos
TOTAL.................................................... 136 alumnos
Nas tres cadeiras de Latim do interior estudarão 40 alumnos, sendo 12 nas de
Mamanguape, 24 na d´Areia e 4 na de Pombal.
A frequencia desta ultima cadeira é insuficiente, e não vale por tão pouco manter-se um
Professor. Parece-me, pois, conveniente a suppressão d’ella, passando o respectivo Professor
para a cadeira de Latim de Sousa, que neste caso deve ser restabelecida.
Á requisição da Directoria da Instrucção Publica, autorizei-a à fazer encommenda para o
Lycêo de um Atlas, Cartas corographicas e topographicas do Império, e dous compendios, um
de historia universal, e outro de historia do Brasil por alguns dos autores mais seguidos.
Requerendo o Professor de Latim da cidade d´Areia Joaquim José Henriques da Silva, a
sua aposentadoria autorisada pela lei nº 155 do anno passado, tive de concedê-la, e nomeei
interinamente para substitui-lo o cidadão José Francisco Alves Gama, proposto pelo Director.
O professor de Philosophia do Lycêo, Dor João do Rego Moura, nos termos do artigo 63
do regulamento de 11 de Março de 1852, entrou no gozo da gratificação de metade do
respectivo ordenado, visto ter provado 20 annos de effectivo exercicio.
Falleceo o substituto do Lyceo Claudiano Joaquim Bezerra Cavalcanti.
Achando-se com assunto na Camara Temporaria, de que é membro o Director da
Instrucção Publica, Dor João Leite Ferreira, serve satisfactoriamente a substituição o Professor
de Inglez, Fr. Fructuoso da Soledade Segismundo, que foi por mim designado.
Devo finalmente mencionar aqui o collegeo particular do Pe Ignacio de Souza Rolim,
estabelecido na villa de Cajazeiras, do qual colhe a mocidade não pequeno proveito, graças ao
zêlo e solicitude do director, que se esmera por dar-lhe toda regularidade.
Neste collegio aprende-se Latim, Francez, Geometria, Philosophia e Rhetorica, e
frequentado por 54 alumnos.
Casa de Educandos Artifices.
Ninguem contesta a conveniencia do estabelecimento de uma Casa de Educandos
Artifices nesta Capital.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
138
Abonada pelo exemplo de outras Provincias, em que se acha admiltida, essa instituição
utilissima será o complemento da Santa Casa de Misericordia pelo lado da caridade, ao mesmo
tempo que preenche uma lacuna do ensino publico da Provincia, dotando-o com uma escola,
em que se desenvolvão e sejão aproveitadas as vocações industriaes.
No empenho da realisar esse melhoramento, à que sobre tudo ligava interesse, não
desviei d’elle a minha attenção. Está feita a requisição da propriedade “Cruz do Peixe”, na qual
deve ser fundado o estabelecimento.
Collocada em bella situação, e correndo-lhe proximo um regato de excellente água
potavel, essa propriedade, que custou á Provincia 7:200$000 réis, é sem contradicção
preferencial á qualquer outra desta cidade, e presta-se vantajosamente ao fim, á que é
destinada.
Cumpre todavia emprehender no edificio as obras, que são indispensaveis, no sentido
de torna-lo com mais accomodações, pois que o sobrado que existe não tem espaço para
receber as differentes officinas, que nelle devem ser estabelecidas, segundo o precisamento
da instituição.
1849
● Manda Sua Majestade o Imperador, pelo Conselho Supremo Militar, remeter ao Presidente
da Província da Parahyba, para sua intelligencia e devida execução, a cópia inclusa, assignada
pelo Coronel Baptista Ferreira, Official Maior desta Secretaria, da Provisão de 10 do corrente
mes, sobre conferir-se o Gráo de Bacharel, com direito ao de Doutor em mathematicas, aos
Alumnos que estudarão na Escola Militar e na antiga Academia, como na mesma se declara.
Secretaria do Conselho Supremo Militar em 28 de julho de 1849.
Manoel da Fonseca Lima e Silva.
Secretário de Guerra.
● N. 13 de 2 de outubro de 1848.
João Antônio de Vasconcelos. Presidente da Província da Parahyba do Norte. Faço saber
a todo os seus Habitantes, que a Assembléia Legislativa Provincial Decretou e eu Sancionei a
Lei seguinte.
Artigo 1º Fica criada huma cadeira de primeiras letras para o Sexo masculino na
Povoação da Barra de Natuba; outra na Povoação de Pitimbú Freguesia de Tanguara; e
instaurada a Cadeira também de primeiras letras na Freguesia da Jacoca do Município desta
Cidade.
Artigo 2º Os Professores das Cadeiras criadas terão os mesmos vencimentos q. os
demais da Província e serão providos conforme a Lei em vigor.
Artigo3 º. Ficão revogadas quaisquer disposições em contrário.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
139
Mando portanto a todas as Autoridades, a quem o conhecimento e execução da
presente Lei pertencer, que a cumprão e facão cumprir, e guardar tão inteiramente como nela
se contem. O Secretário desta Província a faça imprimir, publicar e correr.
Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849. Vigésimo
7º da Independência e do Império.
João Antonio de Vasconcelos.
Selada e publicada nesta Secretaria do Governo da Província da Parahyba do Norte aos 2
de outubro de 1848.
No impedimento do Secretário.
Felinto Lemos Victor Pereira
Reg.do a fls. 87 do L competente.
Palácio do Governo da Província da Parahyba do Norte 2 de Outubro de 1849.
No impedimento do Oficial Maior
Thomas Lourenço da Silva
1850
● Art. 117
Palacio do Governo da Parahiba 28 de Fevereiro de 1850 Illmo Emo Senhor.
[...]
Existem na provincia cadeiras da instrucção primaria: 54 para o sexo masculino e 14
para o feminino. As primeiras forão frequentadas durante o ano passado por 1:849 meninos;
as segundas por 362 meninas. Existe mais nesta capital um internato de meninas, ainda em
começo com 9 pensionistas = São 12 as escolas particulares conhecidas as quaes forão
frequentadas por 94 alunos do sexo masculino e 77 do Feminino = A instrucção secundária é
toda no Lyceo desta capital a qual se compõe das cadeiras de Latim, Francez, Inglez,
Geometria, Geografia e Historia, Philosophia e Rhetorica e Poética, frequentadas no anno
preterido por 100 alumnos – E tambem em tres cadeiras de Latim avulsas no interior
frequentadas por 47 alumnos = Nem o numero, nem a frequencia das escolas de instrucção
primaria correspondem à população da província que é computada em 240.000 - A frequencia
das aulas do Lyceo não guarda tambem a devida proporção com a mesma população = O
Estado portanto da instrucção publica na provincia não é satisfactório, absolutamente falando
= Tratarei de extender as causas que nomes entender, para isso concorrem = Em relação
alguma com a extensão do território os habitantes do centro achão-se muito dispersos por
toda a superficie da provincia onde poucos e pequenos focos de população apparecem - Em
uma Grande maioria rusticos e ignorantes não dão o devido apreço a aquisição de
conhecimentos - Ordinariamente indolentes e pobres utilizam-se muito cedo do trabalho dos
filhos ainda tenros para o serviço do campo, ou para qualquer outro mister immediatamente
Coleção Documentos da Educação Brasileira
140
lucrativo e deixão de manda-las as escolas que ficam muitas vezes distantes da sua habitação e
para cujo exercicio, alem de roupa decente, são tambem necessarios livro, papel, pennas e
outros utensilios que nem sempre é possível fornecer, sem Desfalque do minguado producto
das economias da familia, ou sem empecilhos que se tem a contrair = O professorado, ou pela
natureza das suas funções, ou pelas diminutas vantagens, e poucas considerações, que
geralmente tem, não é procurado senão por quem encontra dificuldades em alcançar meios de
subsistência mais comodos e lucrativos e honorificos: sendo assim considerado antes como
uma profissão honerosa e transcendentalmente importante = D´isto resulta que o Professor
sem vocação, sem estimulos nobres, sem compreender a sua missão, e a sua dignidade,
limitar-se a satisfazer apenas aquela parte das suas obrigações, indispensável para dar-lhe
direito ao ordenado; quando as satisfazem! = Espalhados por todos os lugares, ainda os mais
remotos, e insignificantes, os Professores funcionam fora das vistas do seu chefe, longe do
Centro de inspecção, que só seria capaz de imprimir-lhes zelo, e actividade = D´ahi também o
seu descredito = Quanto a instrução secundária, uma casa especial atua para que sejão pouco
frequentadas as aulas do Lycêo; e é a vizinhança do Collégio das Artes da Faculdade de Direito
de Pernambuco, para onde correm a matricular-se os estudantes de preparatorios desta
Provincia, pela preferência que obtem e facilidade que encontram para os exames no fim de
anno = Autorizado, como me achava, pela Assembleia Provincial para reformar este
interessante ramo do serviço público, acabo de organizar para ele um novo regulamento, no
qual estão consignadas medidas, que me parecerão proficuas ao seu melhoramento = Como
medida a ser adaptada pelo Governo Imperial lembro a da ______ dos exames feitos n´aquele
estabelecimento para as matriculas nas Faculdades e Academias do Império: medida esta cuja
conveniência V.Ex.cia se servirá de apreciar = Além do exposto, e do que disse a Assembléia
Provincial no relatório com que abre sua última sessão ordinária sobre este importante ramo
do serviço publico, e para o que tenho a honra de chamar a esclarecida atenção de V.Ex.cia,
nada mais me ocorre a expor a V.Ex.cia, sendo-me mesmo insuficiente o tempo de que
disponho para os complicadissimos afazeres, da Presidencia para entrar em largo
desenvolvimento sobre assuntos de tanta ponderação = Deixo de remeter a V.Ex.cia um
exemplar do mensionado regulamento, por que ainda não está impresso; o que farei logo que
o esteja.
[...]
= Deus Guarde a V.Ex.cia = Illmo e Ex.mo Sr Conselheiro João d´Almeida Pereira Filho,
ministro e Secretário d´Estado dos Negócios do Império = O Presidente Ambrózio Leitão da
Cunha
1851
Ilmo.Exmo. Senhor
Perante V. Excia. vai Antonio de Olanda Cavalcanti Professor publico de 1ª letras desta Villa de
Souza, apresentar as suas fortissimas necessidades que sofre o Suplicante de não ser pago os
seus vencimentos a tempo, afim de suprir as principais urgencias de sua familia, por já não
Coleção Documentos da Educação Brasileira
141
conhece mais pessôa naquella Cidade que o estabelêça como procurador em ir receber o
ordenado do Suplicante, por ora tem ora não tem, e certos ______ do Sr. Thesôreiro quando
não ha dito que se aborreça com isto, que com isto com dois ou tres mezes de recebimento
manda pedir que despence deste trabalhôzo serviço, por isso tem o Suplicante de alcançar da
benevolencia de V. Excia. uma ordem para o Sr. Inspetor mandar o Collector indemnizar o
Suplicante nesta Vila, a resta da legalidade de seu attestado, pois tirando o empregado do
grande cuidado que tem em receber o seu dinheiro pelo correio de mandar em proprio, e tem
vez que o procurador volta sem dinheiro por não haver, sujeito a toda e qualquer vicicitude de
perigo que possa apparecêr como o colector tem de fazer de tres em tres mezes remessar de
dinheiro, assento ser justo V. Excia. usar desta graça para com o Suplicante, do que espero em
V. Excia. como benigno administrador das rendas desta Provincia, socorre-lo neste pedido,
segundo a mumeroza familia que tem o Suplicante, carregado de filhos, e filhas, e de sua casa,
e tem dias que não se acha com dinheiro para as dispesas de sua casa, e tendo tres ou mais
mezes vencidos de seu ordenado sem lhe servir de utilidade, já tomando dinheiro emprestado
a hum e outro afim de não morrer de fome, e somente firnado na mesquinheza deste
trabalhozo ordenado, assim espero em V. Excia na prontissima ordem, a fim do Suplicante
principiar a receber logo o mez de julho do corrente ano.
Deus grande a V. Excia por feliz anno.
Vila de Souza 10 de julho de 1851.
Antonio de Olanda Cavalcanti.
Ilmo Exmo. Sr.
Em observancia ao disposto no oficio de V. Excia. de 31 de julho ultimo, a que
acompanham a representação do professor de 1ªs letras da Villa de Sousa, Antonio Holanda
Cavalcante, queixando-se de atraso em seus vencimentos, proviniente ate de ma vontade do
Tesouro, informo a V. Excia. que a queixa do suplicante é toda enfundada, como vera V. Excia.
da informação da contadoria que remeto em original, onde consta que esta por ser pago
somente do mês de julho findo, acrescentado mais que o suplicante sob informação desta
Inspetoria obteve do Exmo. antecessor de V. Excia. Em data de 27 de fevereiro deste ano, que
esta expedisse ordem em favor do mesmo para que lhe focem pagos os seus vencimentos pela
Coletoria daquela Vila mais ate o presente nem ele nem procurador seu se apresentou
solicitando a expedição da referida ordem, como lhe cumpria por ser negocio de parte. E o que
tenho de informar a V. Excia. que determinara o que entender de justo. Resalvo a V. Excia.
representação a que me refiro.
Deus guarde mui felismente a V. Excia.
Administração das Rendas Provincial, 19 de Agosto de 1851.
Ilmo. Exmo. Sr. Dr.
Antonio Coelho de Sá e Albuquerque.
Presidente da Provincia
O Inspetor
José da Costa Machado Junior.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
142
1852
● O Presidente da Prova, conformando-se com a proposta do Director da Instrucção Publica, e
autorizado pelo art.º 84 do Regulamento, de 11 de março do corrente, nomêa ao Instituto do
Lycêo, Rufino Mora da Costa Machado, para o cargo de Secretario da Instrucção Publica da
Prova, em cujo exercicio entrará tendo logo, solicitando entretanto seo titulo pela Secretaria da
Presidencia.
Palacio do Governo da Par. 16 de março de 1852.
Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque
● O Presidente da Provcia nomeia a Targino Augusto de Paula Freire para o emprego de
Professôr de 1as letras da V. do Pilar, visto ter sido approvado no concurso a que se propoz,
devendo solicitar titulo pela Secretaria da Presidência. Palacio do Govêrno da Parahyba 23 de
junho de 1852.
Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque.
● O Presidente da Prov.a nomêa ao cidadão Antonio Theodoro Lupa para o emprego de
Professor de 1as letras da Povoação da Barra de Natuba, visto ter sido approvado no concurso,
á que se propoz; devendo solicitar seo titulo pela Secretaria da Presidencia.
Palacio do Governo da Paraíba do Norte
23 de junho de 1852.
Antonio Coêlho de Sá Albuquerque.
● Illmo. Exmo. Sr.
Nº 189
Devolvo a V. Exa. o oficio e documentos que dirigio o Diretor da Instrução Publica a V.
Exa, acompanhado dos do Comissario de Bananeiras e da Independência ao mesmo Diretor
dirigidos, em quanto requisitão utencilios para as aulas de 1as Letras d’aquelas Villas, e em
cumprimento do que me ordenou V. Exª em officio de 27 de agosto ultimo, informo, que por
esta Administração, fornecimento algum de utencilios se tem feito para o uso d’aula da
Independência, sendo que para a de Bananeiras alguns se tem fornecido, como seja uma mêsa
Coleção Documentos da Educação Brasileira
143
grande, quatro bancos, e duas palmatorias. Entendo que é justa a requisição feita, e se V. Exª
assim o julgar. Digne-se de dar-me as suas ordens, determinando a quota por onde se deve
fazer tal despesa visto não haver uma especial. Deos guarde mui felismente a V. Exa.
Administração das Rendas Provinciais, 23 de Setembro de 1852.
Illmo. Exmo. Sr. Dr. Antonio Coêlho de Sá e Albuquerque.
Presidente da Provincia.
O Inspector
José da Costa Machado Junior.
●17[..] lhante actos, em vista dos dispostos no art.o 18 do Regulamento da Instrucção Publica
de 11 de Março de 1852.
Deos Guarde a Vm.ce
Sinval Odorico de Moura.
Snr. Dr. Director da Instrucção Publica.
1853
● Nº2
O Presidente da Provincia, autorizado pelo disposto no art. 2º da Lei Provincial nº 1 de
20 de agosto do anno passado, determina, que entre no exercicio da cadeira de 1ª Letras da
Serra da Raiz, instaurada pelo artigo 1º da citada lei, Pe. Manoel de Carvalho Silva, visto ter
assim requerido, e servira com o mesmo título com que requer a mencionada cadeira antes da
sua extinção.
Palacio do Governo da Paraiba, 11 de fevereiro de 1851.
Agostinho da Silva Neves
Nº 8 ______ 160
Pg. Cento e sessenta mil réis
Paraíba, 3 de Agosto de 1853
F. Serrano
● Nos abaixo assignados atesttamos que o Snr Padre Manoel de Carvalho e Silva, Professor de
primeiras letras na Villa de Patos, padece de Surdez em grão alto de ambos os ouvidos, e de
huma infiltração serosa em ambas as pernas e no ventre. A vista d’estes padecimentos
julgamos que não pode continuar no exercício de sua profissão. E por ser verdade o
antecedente passamos este prescrito em Fé da certo.
17
N.O.: Trata-se de um fragmento de documento.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
144
Paraiba 2 de Agosto de 1853
______
Doutor em medicina
João Jose Inocencio ______
N. 22
Pg. Cento e sessenta mil réis
Paraiba, 2 de Agosto de 1853
______ F. Serrano
● Ilmo. Srs es Deputados a Assembléa
Fr. Fructuoso da Solidade Segismundo, Professor da cadeira de Ingles e Frances em o
Lycêo desta cidade, inteiramente convencido de que essa venerada Assemblea em todas as
suas deliberações se tem sempre esmerado em faser prevalecer o direito e a justiça vem hoje
perante os Snres. Deputados Proves expor o gravoso ônus de seu magisterio, e pedir uma
medida, que reconhecendo valiosas as allegações do suppe, igualmente ______ seu grande
trabalho, sem a qual ser-lhe-hia impossivel desempenhar satisfatoriamente o dever que a lei
lhe impõe.
Reintegrado o suppe na cadeira da Lingua Inglesa pela Assemblea Provincial
extraordinariamente convocada em principio do anno de 1850, passou o supple , em virtude da
lei de 23 de Março da mesma legislatura a reger tambem a cadeira de Lingua Francesa e essa
addição que por onerosa talves indusa a pensar haver sido recebida de mau grado para o
supp.e, ao contrario, foi para elle um motivo de satisfação não so por ter sido imposta por uma
Assemblea que acabava de fazer-lhe um acto de clamorosa justiça mais tam bem por ser ver
considerado pelos Representes da Provca com a habilitação precisa para lecionar outra matéria
mui differente daquela de que já era professor.
Porem Dignissimos Senhores Deputados Prov.as q.m reflectir que em cumprimento
aquela citada lei de 23 de Mço de 1850 e juntamente em observancia do Art. 8º do novo
Regulamento da Instrucção Pública, que reunio em uma so aquelas duas cadeiras, q.m reflectir,
digo, que em virtude dessas disposições legislativas, tem o supp.e de lecionar em um mesmo
dia duas Linguas estrangeiras se differentes na gramatica muito mais ainda na pronunciação
q.m reflectir que o supp.e tem semanariamente duas sabatinas e oito lições e essas mesmas
subdivididas em diversas decurias segundo exige o adiantamento de um crescido numero de
alumnos, q.m refletir, finalmente que todas essas sabatinas e decurias são presididas e
explicadas unicamente pelos supp.e, ainda q.de se lhe não queira levar em conta o estudo e a
applic.am p.ar que deve faser todo professor que capricha no perfeito desempenho de seos
deveres e cuja applic.am deve ser tanto maior quanto mais numerosas forem as materias que
se houver de ensinar, forçoso he confessar, que so com extremosa deligencia se pode
preencher tam grande tarefa e que o supp.e subcarrega com um peso, de que talves não haja
exemplo em Lycêo algum do Imperio.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
145
Mas, he tam bem de simpples intuição que a recompensa deve andar sempre á par do
trabalho e o contrario não importaria menos do que obstar o progresso e desenvolvimento das
faculdades humanas, mormente as intelectuaes; quando se conhecesse que as vigilias e
fadigas, inseparaveis das arduas acquisições, erão equiparadas, á endolente e estupida
inacção. Porem, felismente para o supp.e, este principio de equilibrio não entrando mais em
duvida aos altos Funcionarios Prov.es, lhes tem servido de bussola em sua marcha
administrativa. Sim, Dign.mos Sns.es Deputados Prov.es, o supp.e chama attenção desta
veneranda Assemblea para as resoluções utimamente tomadas pela Adm.am Prov.al mandando
gratificar, por acrescimo de trabalho alem de outros, ao Off.al Maior da secretaria da
Presidencia com aq.ta de 200$000, bem como ao Director e Secretario da Instrução Publica, o
primeiro com a quantia de 480$000 e o segundo com a de 320$000, cujas resoluções so por si
são bastante significativas, e sem duvida bastarião para sediar ao supp.e invoca a lei de 19 de
Mo de 1835 premiando com a gratificação de 100$000 aos Professores de Latim das villas do
centro, que se quisessem prestar a lecionar tam bem a Lingua Francesa e faz especial menção
do Art. 31 da lei de 14 de Outubro de 1849, que mandou gratificar com a terça parte de seu
ordenado ao Professor Manoel Porfírio Aranha que hoje mui dignamente occupa um assento
neste recinto, por julgar sabiamente ser augmento de trabalho e onus, que lhes impos, de
lecionar um mesmo dia as materias de Rethorica e Geographia que então constituião o objecto
de sua cadeira.
Esta contemplação que por tantas veses se ha tido com tantos e diversos impregados
publicos, he o que para si pude hoje o supp.e a esta veneranda Assemblea e, decerto, não sera.
Ella, que transgredindo todas as regras da mais rigorosa justiça, deixe de decretar uma
remuneração condigna dos serviços do supp.e, M.o mas que do documento junto se evidencia a
veracidade do que se acaba de ______.
O Supp.e, por tanto, não querendo abusar por mais tempo da attenção desta veneranda
Assemblea, e confiando na inteiresa illustração de seos esclarecidos Membros, espera que seja
bem acolhido sua pretensão, mandando-se, por um acto de justiça, compensal-o como requer.
Parahyba 16 de Ag.to de 1853.
Fr. Fructuoso da Solidade Segismundo
● Ilmo Senhor Director da Instrucção Publica
Dis. Fr. Fructuoso da Soledade Sigismundo, que por bem de seu diretor se faz preciso
que Vossa Senhoria por seu despacho mande que o Secretário da Instrucção Publica, a vista do
que conta na Secretaria do Lycêo desta cidade, lhe de por certidão o seguinte: 1° se o
suplicante, em virtude da Lei n° 5 de 23 de Março de 1850, passou na qualidade da Lingua
Inglesa, a lecionar tam bem a aula de Frances, até que foi publicado o novo Regulamento pelo
que ora se rege a Instrucção Publica da Provincia. 2° Se depois da publicação do dito
Regulamento, que reuniu em uma só aquelas duas cadeiras, tem o suplicante continuando a
lecionar assídua e regularmente aquelas matérias como se constituíssem ainda cadeiras
separadas. 3° Qual o numero de alumnos que actualmente frequentão a aula do suppe . com
declaração das materias aquele se applicão pelo que.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
146
Peço a Vossa Senhoria, se digne a deferir ao suplicante que requereu.
Parahyba, 28 de Junho de 1853
Francisco Fructuoso da Soledade Sigismundo.
C. R. Me.
Em virtude do despacho supra do Ilmo. Senhor Director da Instrucção Pública, certifico
que desde o mês de abril do amno de 1850 passou o suppe que era Professor somente da
Lingua Inglesa a leccionar tam bem n’aula de Frances até que foi publicado o novo
Regulamento da Instrucção Publica, que depois da publicação d’esse Regulamento, que reunio
em uma só aquellas duas cadeiras, tem o suppe continuado a leccionar em ambas as línguas a
estudantes distintos, como se aquellas materias constituíssem ainda cadeiras separadas que o
suppe tem sido assíduo e pontual no cumprimento de seus deveres de Professor havendo dado
desde então até ao presente um pequeno numero de faltas, e finalmente que conta em sua
aula 31 alumnos, sendo 21 de Frances, e 10 de Ingles. É o que a respeito do suppe consta n’esta
Secretaria da I. P.
Cidade da Parahiba 16 d’ agosto de 1853.
Thomás d’Aquino Mindêllo
Secretário da I. P.
N° 4
Parahyba. 16 de Ag.to de 1853
1854
● Ilmos . Senhores representantes da Provincia.
O Padre Manoel de Carvalho e Silva, Professor de 1as letras da Villa de Patos vem antes
vos requerer sua aposentadoria, por não poder continuar no exercício do seu emprego, pelas
molestia que soffre. O Supplicante foi _____ na cadeira de 1as letras da Povoação ______ 1833,
(documento numero 1) principiou a exercer o seu Magisterio no 1º de Março do mesmo, como
_____ do dito documento conservou-se no exercicio de suas funções sem interrupção, e sem
que fosse arguido de falta de cumprimento de seus deveres, até que a Lei Provincial nº12 de
20 de junho de 1846 supprimio a Cadeira em que o supplicante ensinara sem que lhe desse um
destino, uma ves que contratando o supplicante com o Estado ensinara publicamente
mediante uma deminuta paga, não se pudia sugestão ao contrato sem que se pudia sugeitar
ao contrato sem que se lhe assegurasse a perpetuidade de seu emprego e foi isto o justamente
sucedeo quando se mandou passar titulo vitalício na forma da Lei Geral de 15 de outubro de
1827, e o art. 14 dessa Lei lhe garantio a perpetuidade de seu ordenado. Havendo a Lei
Provincial nº 1 de 20 de Agosto de 1850 instaurado ______ Cadeira entrou elle em exercício
como mostra pelo documento nº 2 continuou ______ da Presidencia ______ foi mandado
exercer seu Magisterio na Cadeira da Vila de Patos; já nesse tempo o supplicante se achara
Coleção Documentos da Educação Brasileira
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com molestias cronicas adquiridas no continuar do exercicio de Professor como mostra pelo
documento nº 3; e por esse motivo não foi exercer seu ______ como conta da ultima,
(documento nº 4). Havendo se aggravado mais os males que padece como consta do referido
documento nº 3, ou suppe pede sua aposentadoria com o ordenado correspondente a ______
annos e cinco mezes que é Professor, e espera de Vossa emparcialidade, e espirito de retidão,
e justiça ser attendido.
______.
Anexo
Thezouraria dos Ordenados da Paraiba do Norte
As ______ de Velhos e Novos Direitos ______ carregado ao Thesoureiro respectivo,
______ de ______.
Cuja quantia de ______ dous mil oito centos recebeu a Thezouraria acima no enviado do
Pe Manoel de Carvalho Silva de seu Alvara ou Carta de Professor de primeiras Letras da
Povoação da Serra da Rais de Novos Direitos.
______ recebeu o dito Thezoureiro assignou comigo Escrivão este conhecimento.
Thezouro dos Ordenados da Pra 7 de Abril 1854.
Miguel Antonio da Costa.
Jose Epifanio da Sa.
1855
● Senhores Membros d´ Assemblea Provincial
Abono de Podêres
15 de Março de 1855
O Pinto
D. Anna Umbelina Cavalcanti Chaves, Professora da cadeira de instrução primaria para o
sexo feminino na Cidade d´Arêa, vem respeitosamente requerer-vos a graça de autorizardes o
Governo da Provincia à aposenta-la com o ordenado proporcional ao tempo de exercicio
effectivo contando-se como tal o durante em que a Supp. e esteve privada de sua cadeira em
virtude da Lei Provincial numero 8 de 8 de novembro de 1841 que a extiguio provisoriamente.
A Supp. e suppõe a sua pretenção baseada na justiça e equidade. Impossibilitada
absolutamente de continuar no exercicio penoso do magisterio por incomodos physicos
comprovados pelo documento junto - A - , ella será dever perdido inutilmente todo o tempo
em que à aquele se applicou, se para a sua aposentadoria não for computado esse espaço de
tempo, durante o qual esteve sem o seu emprego, contra sua vontade, sem que para isso
desse causa, mas antes soffrendo grave prejuizo em seus interesses. Si pela Lei Provincial
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numero 36 de 10 de julho de 1854, artigo 14, esta ilustre Assemblea reconheceo que a Supp. e
tinha direito ao recebimento dos ordenados correspondentes a esse tempo, mandando-lhes
pagar, e logico que acolhes complacentemente a sua supplica, pelo que espera
R. M
Manoel Odorico Cavalcanti d´Albuquerque
Procurador
______ o pagamento requer______ 14 de novembro de 1855
Antonio Henriques de Almeida
● Eu abaixo assignado Doutor em Medicina attesto que a Senhora D. Anna Umbelina
Cavalcanti Chaves, Professora de 1as lettras d´esta Cidade acha-se affectada de uma gastrite
cronica de ______ ______ por diversas regiões do corpo e d´uma erysipela na cabeça
moléstias essas que a impossibilitão de preencher os deveres inerentes á cadeira que ocupa
em certesa do que passei o presente attestado.
Cidade d´Arêa 14 de outubro de 1855
Do ______
● Ilustrissimo Senhor Inspetor
Diz Anna Umbelina Cavalcante Chaves, Professora da cadeira de instrução primária para
o sexo feminino na Cidade d´Areia requer que Vossa Senhoria mande dar por certidão o
seguinte:
1º Qual o dia, mez, anno em que a Supp.e entrou no exercício de sua cadeira.
2º Até que tempo se conservou antes de ser a mesma Cadeira extinta provisoriamente
pela Lei Provincial de 8 de Abril de 1842.
3º em que dia, mez, e anno assumia a supp.e novamente o exercicio de sua cadeira
depois que esta foi restaurada pela Lei Provincial de 29 de Maio de 1847.
4º Até que data tem a supp.e estado no exercicio de suas funções.
Pelo que peço a V. Sa assim o mande
R. Ma
Como Procurador
Inácio João Monteiro
● Illmo Senhor Inspector
Nº 3 R.S 160. Paraiba, 19 de outubro de 1855
Assis Carneiro
Franciso Pulquerio Gonsalves de Andrade tendo principiado a receber do cofre d´esta
Adm.ão de Rendas do dia 3 de novembro de 1854 em diante, mais a terça parte do seo
ordenado de Professor de 1as Letras da V.a de Mamanguape, em virtude do Despacho do
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Governo da Provincia da mesma data, por ter o supp.e completado vinte annos de effectivo
exercicio da referida cadeira em 31 de Maio de 1852 como dispõe o arto 60 do Regulamento
Provincial de 11 de Março de 1852 requer a V. Senhoria se sirva mandar passar por certidão o
tempo referido despacho do Governo em que deixa igualmente aos supplicante o direito salvo
para requerer a Assembleia Provincial de 1852 até aquella data; assim como se foi dito
despacho cumprido por esta Administração, e qual a sua data pelo que.
Peço V. S. se sirva mandar passar a certidão requerida.
E. R. Mce
Antonio Ferreira Serrano
Procurador
● Senhores Representantes da Provincia
Abono de Podêres
22 d´Outubro
O Capitão Francisco Pulqueiro Gonsalves de Andrade, Professor de Primeiras Letras da
Villa de Mamanguape desta, Provincia, tendo completado vinte annos de effectivo exercicio
em sua Cadeira em 31 de Maio de 1852, requerer ao respectivo Governo d´esta Provincia, em
o anno próximo passado, a terça parte de ordenado, concedida pelo art.o 60 do Regulamento
Provincial de 11 de Março de 1852, porem Senhores o mesmo Governo só lhe mandou
satisfazer dita terça parte depois de precedidas as dividas informações na Administração de
Rendas Provinciaes de 3 de Novembro de 1854 em diante, data essa do Despacho que lhe
difiriu a petição, e pelo que diz respeito ao espaço decorrido do 17 de Junho de 1852 até 2 de
Novembro de 1854, data anterior ao Despacho mencionado, reconheces unicamente o direito
que tem o Suplicante, e apenas lho deixou salvo p.a recorrer a esta Respeitavel Assembléa.
Sendo a mente do legislador a concessão da terça parte como uma gratificação, ou por
outra como um incentivo, que obrigando os Professores a permanecer no Magisterio, alivio
assim os cofres Nacionais de uma duplicada despesa, que terião de fazer, se o Professor que
completa os 20 annos requeresse a jubilação, como lhes faculta, e lhes é expressamente
permitido pelas leis em vigor, parece claro que devem os que completão os 20 annos começar
a gozar desde logo esse favor.
Nestas circunstancias requer o suplicante a Esta Ilustre Assemblea, haja por bem de
mandar-lhe pagar a terça parte não percebida desde o dia 1 de Junho de 1854, visto que pelo
documento junto prova que lhe não foi ainda satisfeita, o que parece compadecer-se com a
doutrina sancionada no Regulamento da construção publica.
Pede que sendo tomando em consideração o exposto, seja o suplicante deferido
favoravelmente.
E. R. M.ce
Antonio Ferreira Serrano
Procurador
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● Manoel Simplicio Jácome Pessoa, Secretario da Administração das Rendas Provinciais da
Paraiba do Norte, por S.M. I e C. , Que Deus os guarde.
Certifico quanto ao 1º quisito da petição retro, que a supplicante D. Anna Umbelina
Cavalcante Chaves, foi provida na Cadeira de primeiras letras da Cidade d´Arêa por por
provizão do governo da província de vinte de maio de mil oitocentos e quarenta, o que consta
do Livro primeiro dos assentamentos dos empregados publicos a folha duzentos e nove.
Quanto ao 2º quizito consta do mesmo livro e folha que a referida cadeira foi suprimida
pelo Artigo 13, da Lei Provincial, nº 8, de oito de novembro de mil oitocentos e quarenta e um.
Quanto ao 3º consta ao Livro segundo a folha oitenta e nove que a suplicante foi provida
de novo pelo governo em oito d´abril de mil oitocentos e quarenta e oito, com o mesmo titulo,
com que já tinha servido nessa mesma cadeira, passado em vinte de maio de mil oitocentos e
quarenta.
Quanto ao 4º não consta que o suplicante tenha sido desonrada do dito emprego de
professora hoje.
Secretaria da Administração das Rendas Provinciais 10 de novembro de 1855
Fiz escrever, subscrevi e assignei
Manoel Simplício Jácome Pessoa
● Meio Batalhão de Caçadores
Preciza-se para escola elementar deste Batalhão dos objectos abaixo mencionados de
conformidade com a tabela apresentada por avizo de 6 de março de 1854.
Papel almaço .......................................................................................... 6 resmas
Penas de ganços ..................................................................................... quatrocentos e dois
Tinta preta de escrever .......................................................................... seis
Lapis ....................................................................................................... seis dúzias
______ preta .......................................................................................... seis
Colecção de ______ para ....................................................................... vinte exemplares
Taboadas ................................................................................................ vinte exemplares
Grammactica Portuguesa por ______ .................................................... 6 exemplares
Compendio de Aritmética por ______, conforme o de 12 de junho de
1852 .......................................................................................................
6 exemplares
Pautas ..................................................................................................... seis
Exemplares de escrita por ...................................................................... ______
Pedra para escriptas ............................................................................... seis
Lapes das ______ ................................................................................... vinte e quatro.
Quartel na Cidade da Parahyba do Norte, 26 de setembro de 1855.
Ernesto Emiliano Medeiros.
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1856
● Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 4 de Outubro de 1856.
Illmo. e Exmo. Srs.
Diverssaz informações
Devendo este Ministério achar-se habilitado para informar ao Corpo Legislativo no
relatório que tem de ser apresentado na proxima sessão da Assembleia Geral acerca do estado
dos diversos ramos do serviço publico que dependem da Repartição dos Negócios do Império,
cumpre que Vossa Excelência remeta a esta Secretaria d’Estado a tempo de chegar à Corte
antes do fim de fevereiro do seguinte ano uma exposição circunstaciada sobre os objetos
abaixo declarados a posto das informações dessa Presidencia que servirão de base ao ultimo
relatório.
1º Qual o estado sanitário dessa Província [...].
2º Qual o estado do ensino primario e secundário com declaração do numero das
respectivas aulas ou escolas, a... sim publicas como particulares e dos alumnos de um e de
outro sexo que as frequentarão no corrente anno, sendo esta informação acompanhada de um
exemplar do Regulamento ou das Instrucções por que ahi se rege esta matéria, anunciando
Vossa Excelência sua opinião sobre as causas que tem concorrido para o progresso ou atraso
deste interessante ramo de serviço publico, e lembrando para o seu melhoramento alguma
medida que julgar efficaz e que por ventura dependa do Governo Geral.
3º Qual o estado de cada uma das obras publicas gerais [...].
4º Qual o estado das estradas e pontes principaes [...].
5º Qual o estado da navegação fluvial [...].
6º Qual o estado da industria de mineração [...].
7º Qual o estado do commercio [...].
8º Quais os limites dessa Provincia [...].
9º Qual a Divisão civil, judiciária e eclesiastica [...].
10º Qual o numero de collegios eleitorais [...].
11ºQual o numero de privilegios concedidos pela respectiva Assembléia [...].
12º Qual o numero e estado dos edificios e estabelecimentos destinados para recreio e
instrucção da população, como Jardins Botanicos, Bibliothecas, Museus, Theatros etc [...].
13º Qual finalmente o estado da vacinação na Provincia [...].
Recomendo a Vossa Excelência e espero de seu zelo que faça todo o esforço para a
remessa destas informações com a brevidade possivel, e no caso em que por circumstancias
independentes da vontade de Vossa Excelência não possão todas ellas ser enviadas em tempo
de aproveitar para o fim que tendo em vista, convém que Vossa Excelencia transmitta ao
menos as que já tiver colhido ou puder obter.
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Deus Guarde a Vossa Excelência.
Luis Pedreira da Costta Ferreira
Cumpra-se e registre-se
Palácio do Governo da Província
22 de outubro de 1856.
● Nº 19= de 6 de Outubro de 1856.
Antonio da Costa Pinto Silva = Presidente da Provincia da Parahyba do Norte: Faço saber
a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial Decretou e eu sancionei a
Lei Seguinte =
Art. 1º O Presidente da Provincia é autorizado para despender com os objetos
constantes dos §§ seguintes no exercício de 1857 a quantia de 233:345$999
§1º Assembléia Provincial .............................................................................. 12:432$000
§2º Secretaria do governo ............................................................................. 8:940$000
§ 3º Instrução Publica = ficando desde já igualados os ordenados dos
professores de Instrução Primária das Cidades de Mame e Souza do da
cidade de Areia ..............................................................................................
34:827$999
§4º Culto Público ........................................................................................... 4:797$000
§5º Administração ......................................................................................... 26:100$000
§6º Força Policial ............................................................................................ 45:605$000
§7º Presos e cadeias ...................................................................................... 900$000
§8º Saúde Pública .......................................................................................... 900$000
§9º Iluminação Publica .................................................................................. 8:000$000
§10º Obras Publicas ....................................................................................... 40:000$000
§11º Colonisação ........................................................................................... 10:000$000
§12º Divida Passiva ........................................................................................ 19:000$000
§13º Aposentados e pensionistas .................................................................. 12:279$000
§14º Hospital de Caridade ............................................................................. 1:200$000
§15º Eventuais ............................................................................................... 6:000$000
[...].
● 2º Secção
Rio de Janeiro Ministério dos Negocios do Império em 30 de outubro de 1856
Cegos
Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor.
Achando-se creado nesta côrte um Instituto para a educação dos meninos cegos, e
tratando o governo de dividir pela Provincias do Império os logares de pensionistas gratuitos,
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creados no mesmo Instituto na proporção do numero destes infelizes que cada uma tiver,
cumpre que Vossa Exc., habilite para este fim fazendo organizar, e remettendo a esta
secretaria, uma estatistica de todos os menores cegos, existentes nesta Província, com a
especificação do nome, idade, filiação e naturalidade de cada um, da natureza da cegueira se é
natural ou accidental, curável ou incurável e finalmente com a declaração dos recursos
pecuniários de que podem dispor.
Deos Guarde a Vossa Excelencia.
Luis Pedreira da Costa Ferreira.
Senhor Presidente da Provincia da Parahyba.
1857
● Nº 22 de 15 de Outubro de 1857
Manuel Clementino Carneiro da Cunha: Vice-Presidente da Provincia da Parahyba do
Norte: Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia Legislativa Provincial decretou
e eu sancionei a Lei Seguinte:
Art. 1º O Presidente da Provincia é autorizado a dispender no exercicio de 1858 a
quantia de Rs ......................................................................................
§1º Assembleia Provincial .............................................................................. 14:000$000
§2º Secretaria do Governo ............................................................................. 9:740$000
3º Instrução Publica ....................................................................................... 37:194$666
§4º Culto Publico ........................................................................................... 6:797$000
§5º Administração da Fazenda ...................................................................... 33:210$000
§6º Força Policial ............................................................................................ 54:500$000
§7º Presos e cadeias ...................................................................................... 13:000$000
§8º Saúde Publica .......................................................................................... 900$000
§9º Iluminação Pública .................................................................................. 8:000$000
§10º Obras Publicas ....................................................................................... 168:300$000
§11º Com a Colonização ................................................................................ 10:000$000
§12º. Aposentados e Pensionistas ................................................................. 20:300$000
§13º Divida Inscrita ........................................................................................ 1:000$000
§14º Caixa de Agricultura .............................................................................. 9:000$000
§15º Eventuais ............................................................................................... 6:000$000
§16º Exercicios findos .................................................................................... 000$000
Art 2º [...].
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154
● Circular 2ª Secção
Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 14 de Dezembro de 1857.
Instrução
Ilmo. Ex. Sr.
Representando o Conselho de Estado Inspector Geral da Instrucção Primária e
Secundária do Município da Corte, em Ofício de 10 do corrente, não ter até o presente tido a
devida execução o aviso circular de 26 de Fevereiro de 1855, pelo qual foi ordenado as
Presidências da Província que anualmente fizessem remeter, no Ofício e diretamente ao
referido Inspector Geral as informações e estatísticas da instrução primária e secundárias das
respectivas Províncias, a fim de o habilitar para dar cumprimento ao disposto no artigo 3º § e
5º do Regulamento de 17 de Fevereiro de 1854; e aproximando-se a época em que deve de ser
presente ao corpo Legislativo o Relatório do Ministério a meu cargo ordeno a V. Exca., que faça
quanto antes cumprir o referido Aviso circular de sorte que impreterivelmente até o fim do
mês de fevereiro próximo futuro se achar na Inspetoria Geral da instrucção do Município da
Corte todos os esclarecimentos relativos ao estudo e progresso da instrucção primária e
secundária dessa Província.
Deus Guarde a V. Exca.
______
Ilmo. Vice Presidente da Província da Parahyba
Cumpra-se e archive-se.
Palácio da Presidência da Parahiba 20 de Janeiro de 1858.
______
1858
● O professor de latim do Pilar, aposentado
Luiz Antonio Monteiro da Franca
Provido para titulo de governo de 6 de março de 1843
em virtude do mesmo titulo de ordenado annual.
102h124
1858
Abril 05 Recebeu os vencimentos de janeiro de março p.p. 25h531
Maio 03 Idem idem de abril p.p. 8h510
Junho 07 Idem idem de maio p.p. 8h510
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155
Continuação da Tabela anterior.
julho 02 Idem idem de junho p.p. 8h510
outubro 02 Idem idem de julho de setembro p.p. 25h531
1859
janeiro 02 Idem idem de outubro a dezembro p.p. 25h532
● A professora de 1as lettras do Pilar aposentada
D.Rosa Flora Cavalcante Chaves
Provida por título de Governo de 25 de maio de 1842
Em virtude do mesmo titulo vence d´ordenado annual.
N 61h340
1858
abril 05 Recebem os vencimentos de janeiro a março p.p.
15h333
maio 03 Idem idem a Abril p.p. 5h111
junho 07 Idem idem de maio p.p. 5h111
julho 02 Idem idem de junho p.p. 5h111
outubro 02 Idem idem de julho a setembro p.p. 15h335
1859
janeiro 02 Idem idem de outubro a dezembro p.p. 15h339
● A professora de 1as Lettras da Cidade alta aposentada
D.Maria da Conceição Cabral
Provida por titulo do Governo de 23 de julho de 1852
Em virtude do mesmo titulo e da lei provincial n.18 de 6 de julho de 1852 vence de
ordenado annual.
385h315
1858
Abril 08 Recebeu os vencimentos de janeiro a março p.p.
96h328
Maio 11 Idem idem de abril p.p. 32h109
Agosto 09 Idem idem de maio a julho p.p 96h328
Dezembro 10 Idem idem de agosto a novembro p.p. 128h438
1859
Março 02 Idem idem de dezembro p.p. 32h112
● A professora de 1as lettras da Cidade de Souza aposentada
D.Maria José de Jesus
Provida por titulo do governo de 1 d´agosto de 1842
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156
Em virtude do mesmo vence d´ordenado annual.
N 75h008
1858
Julho 12 Recebeu o ordenado de janeiro a maio 31h 253
Frederico Augusto Neiva J.
1859
Março 29 Idem idem de junho a dezembro 43h755
Frederico Augusto Neiva
●O professor de 1as Lettras de Campina, aposentado
Antonio Jose Gomes Barbosa
Provido por titulo do Governo de 22 de novembro de 1853
Em virtude do mesmo titulo vence de ordenado annual.
N 350h000
1858
fevereiro 22 Recebeu os vencimentos de jan. p . p. 29h166
março 27 Idem idem de fevereiro 29h166
abril 08 Idem idem de março p.p. 29h166
maio 06 Idem idem de abril p.p. 29h166
junho 07 Idem idem de maio p.p. 29h166
julho 19 Idem idem de junho p.p. 29h166
setembro 17 Idem idem de julho e agosto p.p. 58h333
outubro 21 Idem idem de setembro p.p. 29h166
dezembro 21 Idem idem de outubro e novembro 58h333
1859
fevereiro 25 Idem idem de desembro 29h172
● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba em 3
de janeiro de 1858
Tendo por portaria de 29 do mês de dezembro ultimo mandado passar titulo de
professor de primeiras lettras a Luiz Paulino de Figueiredo e Tibúrcio Naterciano da Silva
Dourado, aquelle para a cadeira da Povoação de São João, e o este para o de São José de
Piranhas, ambas do município de Souza, visto terem sido approvados na concurso a que para
isso se propuseram, comunico a Vosmecê para os fins convenientes.
Deos guarde vosmece
Henrique Beaurepaire Rohan
Inspector do Thesouro Provincial
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157
● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba em 29
de janeiro de 1858
Por portaria de hoje concedi ao 1º substituto do Lyceu desta cidade Claudianno Joaquim
Bezerra Cavalcanti de Alburquerque, trinta dias de licença sem vencimentos, os quais
começarão a ser contados da data em que foi ella apresentada a Directoria da Instrução
Publica, o que comunico a Vossa Excelência para os fins convenientes.
Deos Guarde a Vossa Excelência
Henrique de Beaurepaire Rohan
Note-se no assentamento e na folha respectiva
Thesouraria Geral em 30 de janeiro de 1858
Excelentíssimo Sr. José Carlos da Costa Ribeiro
Inspector do Thesouro Provincial
● Província da Parahyba do Norte – Palácio da Presidência na Cidade da Parahyba, em
22 de fevereiro de 1858
Nº 71
Tendo por Portaria de hoje concedido ao Professor Publico da cadeira de Latim da
cidade de Souza Amaro Gomes dos Santos, o anno de Licença, de que trata a lei provincial nº
13 de 3 de outubro do anno passado, visto ter elle satisfeito a condição do artigo 2º da mesma
lei, o communico a Vmce para os fins convenientes.
Deus Guarde a Vmce
Henrique Beaurepaire Rohan
A.1ª secção para averbar
Thes.º Provil. 23 de setembro de 1858
Cezar.
Senhor José Maria de Carvalho Cezar
Inspector interino do Thesouro Provincial
● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 23
de fevereiro de 1858.
Comunico a Vos-mece para os devidos effeitos que por portaria de hoje concedi 13 dias
de licença sem vencimentos ao substituto do Lyceu d´esta cidade Bacharel Francisco Lucas de
Souza Rangel
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158
Deos guarde a Vosmece
Henrique de Beaurepaire Rohan
Primeira sessão Provincial
24 de fevereiro de 1858
Senhor José Maria Carvalho Cezar
Inspector do Thesouro Provincial
● Província da Parahyba do Norte - Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 4
de março de 1858.
Tendo por portaria de hoje concedido aposentadoria com todo o ordenado, ao
Professor Publico de 1as lettras da Villa de Cabaceiras, Bernadino José Liveira, segundo me elle
requereo, visto contar já vinte cinco annos de effetivo exercício no seo magistério, o
communico a Vmce para os devidas effeitos.
Deus guarde a Vmce
Henrique Beaurepaire Rohan
A 1ª secção para fazer as convenientes verbas. Thesouro Provincial, 4 de março de 1858.
Cesar
Senhor José Maria de Carvalho Cezar
Inspector interino do Thesouro Provincial
● Província da Parahyba do Norte Palácio da Presidência na cidade da Parahyba, em 8
de março de 1858.
Tendo sido nomeado por portaria de hoje, o cidadão Jovino Limeira de Barros para reger
interinamente a cadeira de primeiras lettras da Vila de Cabaceiras, o comunico a Vossa
Excelência para os devidos fins convenientes.
Deos guarde a Vossa Excelência
Henrique Beaurepaire Rohan
A 1ª seção para averbar
Thesouro Provincial em 9 de março de 1858
Cezar
Servi
José Maria de Carvalho Cesar
Inspector Interino do Thesouro da Província
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159
● Província da Parahyba do Norte. Palacio da Presidência na cidade da Paraíba em 26
de setembro 1858.
Nº40
Tendo approvado a proposta, que por offício desta proposta data me faz o Director da
Instrução Publica da Província, de ser substituído o tratado de geomethria de Euclides pelo
curso de mathemática elementar de C. B. Ottoni, para o estudo d’esta sciência em o Lycêo
desta Cidade, cumpre que vois mecê pelos meio do seo alcance mande vir cincuenta
exemplares daquella obra, assim como uma tabua de logarithimo de Callett dos ditos
exemplares com a tabua de logaritimo serão entregues ao Lycêo, e os outros vendidos pelo
custo aos alumnos da aula de geometria, sendo as despesas respectivas levadas a competente
verba.
Deos Guarde a Vois Mecê
Henrique de Beaurepaire Roham
Expeça-se ordem ao agente fiscal em ______ para comprar os livros de que se tracta
Thesouro Provincial em 28 de janeiro de 1858.
Foi a mando do agente fiscal a 29.
Senhor doutor Jose Carlos da Costa Ribeiro
Inspector do Thesouro Provincial.
● Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 27 de setembro de 1858
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor.
Devendo este ministério achar-se habilitado para informar ao corpo Legislativo no
relatório que tem de ser apresentado na próxima sessão da Assembléa Geral, acerca do Estado
dos diversos ramos do Serviço Publico que dependem da Repartição dos Negócios do Império,
cumpre que Vossa Excelência remeta a esta corte antes do fim do mês de Fevereiro do
seguinte anno, uma exposição circunstanciada sobre os objetos abaixo declarados a partir das
informações dessa Presidencia, que serviram de base ao ultimo relatório.
1º Qual e estado sanitario desta Província [...].
2º Qual o estado do primário e secundário, com declaração do numero das respectivas
aulas, em escolas, assim publicas como particulares, e dos alunos de um de outros sexos, que
freqüentaram no corrente ano, sendo esta informação acompanhada de um exemplar do
regulamento, ou das Instruções porque ali se rege esta matéria, enunciando Vossa Excelência
sua opinião sobre as causas que tenham concorrido para o progresso, ou atraso deste
interessante ramo do serviço público, e lembrando para seu melhoramento, alguma medida
que fique eficaz, e que porventura dependa do governo geral.
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3º Qual o estado de cada uma das obras publicas [...].
4º Qual o estado das estradas [...].
5º Qual o Estado da Navegação [...].
6-º Qual o estado da Industria [...].
Recomendo a Vossa Excelência e espero de seu zelo que faça todo o esforço para a
remessa desta informação com brevidade possível.
Deus guarde a Vossa Excelência
Marques de Olinda
Cumpre-se e arquivi-se
Palácio da Presidência da Paraíba
14 de outubro de 1858
Henrique de Beaurepeaire Rohan
Presidente da Província da Parahyba
● De janeiro a Setembro de 1858
Assembléa 1:935$598
Secretaria do governo 7:136$373
Instruçao Pública 24:621$423
Culto Público 700$373
Fazenda 17:596$115
Policia 38:039$123
Prezos e cadeias 14:1200$166
Saúde Pública 600$000
Iluminação 3:860$725
Obras Públicas 19:169$596
Aposentados 12:021$795
Divida Passiva 236$732
Eventuais 1:650$800
Exercício Findo 1:640$533
Desapropiação (lei nº 22 de 57, art.5§5º) 4:066$000
Levantamento da planta da cidade (idem art.6§6) 212$120
Ante
Mel Bap
ta (idem art. 5§7º) 400$000
Insp.Chaves (Idem art.5§8) 600$000
Camara da Capital (idem de §9º) 600$000
Hospitais da Caridade 1:075$040
Aute Ruf
e (lei nº 15 de 1854) 40$000
Matriz de Santa Rita 1:000$000
Adiantamentos 1:703$8______
Indenização 5:044$400
Abastecimento 26:251$636
184:296$475
Pela Caixa 184:296$475
Coleção Documentos da Educação Brasileira
161
Despesas de janeiro a dezembro de 1858
Assembléia provincial 14:916$750
Secretaria do governo 10:243$959
Instrução publica 37:339$959
Culto publico 1:027$791
Administração da fasenda 24:825$34
Força policial 53:002$34
Prezos e cadeias 19:157$12
Saúde publica 852$413
Iluminação pública 5:318$725
Obras Públicas 27:896$026
Colonização ______
Aposentados 18:104$345
Dívidas Inscriptas 236$732
Caixa d´agricultura ______
Eventuais (6:133$100)...8:215$949
Exercícios Findos 1:729$533
Diversos Créditos 16:541$487
Diversas Transações 31:613$586
274:020$442
6:133$100
267:887$342
AGENCIAS
Pernco comunicação.................................................................. 2:084$127
idem expedido...................................................................... 2:929$980
idem saques.............................................................................. 5:343$500 10:356$695
Aracaty- comunicação............................................................... 388$500 388$270
R- 306:490$396
D- 267:887$342
38:603$054
5:118$861
2;610$869
46:332$784
1859
● Resolução – Nº 15
A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte – Decreta:
Coleção Documentos da Educação Brasileira
162
Título I
Despeza Provincial
Art. 1º O governo he autorisado a despender no exercício de 1860 observando a
distribuição feita nos artigos seguintes a quantia de rs.
Capitulo 3º
Instrucção Publica
Art. 4º Com a Instrução publica...................................... 72:890$000
§ 1º
Directoria.........................................................................
1:000$000
§ 2º Lyceo........................................................................ 10:700$000
§ 3º Aulas de latim avulças.......................................... 3:600$000
§ 4º Ditas de 1º lettras para o sexo masculino............ 43:600$000
§ 5º Ditas ditas para o feminino.................................. 11:400$000
§ 6º Gratificações de exercício.................................... 1:466$000
§ 7º Alluguel de cazas.................................................. 524$000
§8º Expediente e utensílios......................................... 600$000
Sala das Commissões 20 de agosto de 1859.
Meira Henriques.
Meira de Vasconcelos,
Francisco Gouveia
● Nº 7
A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte
Decreta
Art. 1º Fica o Presidente da Província authorizado a conceder ao Padre João do Rego e
Moura, Professor de Philosofhia do Lyceo desta cidade, em cada um dos annos, que lhe faltão
para terminar o curso da faculdade de Direito do recife, até seis meses de licença com
ordenado correspondente de oitocentos mil reis na conformidade do artigo 5º da lei nº 9 de
29 de outubro de 1858.
Art. 2º Revogão-se as leis em contrário
Paço d’Assemblea Provincial da Parahyba do Norte 25 de Agosto de 1859
Coleção Documentos da Educação Brasileira
163
Felinto Henriques de Almeida
Presidente
João Leite Ferreiro
1º Secretário
Antonio de Souza Carvalho
2º Secretario.
● A Assemblea Legislativa Provincial da Parahyba do Norte
Nº 74 Decreta
Artº 1º Fica o governo autorizado a reintegrar ao magistério o professor aposentado de
instrução primária José Pereira da Silva Dourado.
Artº 2º O seu Provimento terá lugar independente de esame de novo título logo que
haver vaga ou creação em cada uma das cadeiras da Capital; uma vez effectuado cessará o
ordenado que actualmente recebe por força de sua aposentadoria.
Artº 3º Enquanto não for ele provido poderá ser empregado como adjuncto em
qualquer cadeira das existentes, se o governo assim entender coveniente sob informação da
directoria.
Artº 4º Revogão-se as disposições em contrário.
Paço da Assemblea Legislativa da província da Parahyba 25 de agosto de 1859
João Leite Ferreira
Secretario
Antonio de Souza Carvalho
2º Secretario
● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte
Nº 30
Decreto.
Art. Unico = Fica criada na Vila d’Alagoa Nova, a Cadeira de instrução primaria para o
sexo feminino.
Paço da assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 29 de agosto de 1859.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
164
Felinto Marques de Almeida
Presidente
João Leite Ferreira
1º Secretario
Antônio de Souza Carvalho
2º Secretario
● Volte à Assembléia L. Provincial
Palácio da Presidência da Parahyba
Em 2 de setembro de 1859
Ambrósio Leitão da Cunha.
Julgo necessário que este projeto seja reconsiderado pela Assembléia L. Provincial, por
me parecer inconstitucional visto como a atribuição conferida às Assembléias provinciais pelo
artigo 10 § 11 do acto addicional à Constituição do império por forma alguma as pode
authorizar para ______ resouverem a respeito da nomeação, despensão ou dimissão de cada
empregado ou particular; por que d’ahi resultaria o grave inconveniente ou se confundirem os
meus destinctos actos de legislar e executar.
Se a autorização concedida a Presidência neste projeto fosse relativo aos professores
apresentados em ______ o presidente julgasse no caso de serem aproveitados de novo no
magistério, com proveito da causa pública, teria a Assembléia legislado, nos termos do citado
artigo, dentro de suas atribuições constitucionais; mas desde que a autorização se refere em
particular do professor de primeiras letras me parece que se um excesso de atribuição com
invasão do poder administrativo.
Esta doutrina é a mesma do aviso imperial de 1 de março de 1848.
● Volte à assembléia L. Provincial
Palácio da presidência da Parahyba
Em 2 de setembro de 1859.
Ambrozio Leitão da Cunha
Este projeto deve, a meu ver, ser reconsiderado pela Assembléia provincial, por que o
tenho como contrário aos interesses da província.
No meu relatório a mesma Assembléia expuz considerações sufficientes para mostrar-
lhe o lastimo estado da instrução publica na província. Fiz, estas, ver que entre outras
inconvenientes cumpre aqui lutarmos a semelhante respeito dar-lhe o da má colocação das
Coleção Documentos da Educação Brasileira
165
escolas no interior; tendo os lugares em que elas tão disponíveis, e estando privado deste
beneficio povoações mais importantes.
A Assembléia reconhecendo, como todos, esses incovenientes, discute em projeto de
reforma da instrução pública no qual entre outras authorisações que concede a presidência
apurem ______ do tracto d’qquela reforma, lhe dá a de reprimir cadeiras, e a de cria-la pelo
interior, como exigirem as conveniências públicas: resouver por tanto a mesma Assembléia em
tais circunstâncias que se dê a Alagoa Nova uma cadeira para meninas, sem que preceda o
estudo atende o que tem de entregar-se a presidência, por que as novas criações e extensões
de cadeiras seja resultado como deve ser a reforma da instrução pública na forma é, a meu
ver, um grande embaraço para a presidência, com prejuiso por aquele ramo do serviço, que
não pode deixar de ______ da criação de semelhante natureza, isolada, e tem pelas suas
circunstancias atuais.
● Registrado
A Assembléa Legislativa Provincial da Parahyba do Norte
Numero 09 Decreta
Art.01. Ficam creadas nas povoações da Matta Virgem do Termo de Cabaceiras e
Conceição do de Piancó duas cadeiras de primeiras lettras para o sexo masculino
Art.02 Os seus respectivos proffessores perceberão os mesmos vencimentos que os
demais da província
Art.03 Ficam revogadas as disposições em contrário
Paço d´Assemblea Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 2 de Setembro de 1859.
Felinto Henriques Almeida
Presidente
João Leite Ferreira
1 secretário
Antônio de Souza Carvalho
2 Secretário
● Voute a Assembléa Legislativa Provincial Palácio da Província da Parahyba em 5 de
setembro de 1859.
A inconveniência deste presente me parece manifesto.
Como expressa a Assembléa Legislativa Provincial meu relatório é geralmente admitir a
mais distribuição das escolas do ensino primário pelo interior da província. É reconhecendo-o a
Assembléa, incluso no presidente que em decente reforma da instrução publica uma
authorização ______ por reparar aquele mal.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
166
Não devendo esta Província seu resultado de meditado trabalho, e de informações
muito seguras; segue-se que seria um verdadeiro embaraço para a administração, e
consequentemente dar aquela reforma a creação, como a deste projecto previa, e deslocado
completamente do pelo que deve caracterizar a reforma de projectos.
Vossa Excelência com interesses da função, me parece que o projecto deve ser
reconsiderado pela Assembléa.
● A Assembléia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte
Nº 27
Decreta
Art. Unico. Os artigos 3º e 5º da lei nº 9 de 29 de outubro de 1858, não tem aplicação
aos professores que obtiverem licença com o anno de se faserem substituir a sua custa.
Paço d’Assembleia Legislativa Provincial da Parahyba do Norte 23 de Setembro de 1859.
Felinto Henriques de Almeida
Presidente
João Leite Ferreira
1º secretario
Antonio de Souza Carvalho
2º secretario
Sancione e publique se como lei
Palácio da Província da Parahyba em
27 de setembro 1858.
1860
● Julgamento de 27 de janeiro do corrente ano, devendo ser restituído a elas os
Respectivos professores.
Artigo 4º Fica o presidente da provincia autorizado a extinguir as cadeiras que entender
dispensaveis pela pouca utilidade que apresentam respeitando o direito adquirido “de
vitalidade” uma vez que não se acha os professores em algum dos casos especificado nos §§ 8º
e 9º do artigo 1º.
Artigo 5º Os alunos, que frequentarem com aproveitamento as matérias do ensino do
Lyceu e forem nelas aprovados, obtendo um diploma pelo modelo que o presidente da
Coleção Documentos da Educação Brasileira
167
província der. Os que obtiverem este diploma será em igualdade de circunstancia proferido
sempre que concorrerem com outros individuos para o empregos públicos provinciais.
Artigo 6º Revogam-se as disposições em contrário.
Paço da Assembleia Provincial
Aos 17 de julho de 1860
Carneiro da Cunha
Holanda Chacon
Oliveira e Villar.
● 4º Secção – Rio de Janeiro Ministério dos Negócios do Império em 28 de agosto de
1860.
Ilmo. Exmo. Snr.
Accusando o recebimento do officio datado de 13 do corrente, em que V. Ex. me comunica ter
a Assembléa Legislativa dessa Provincia creado 3 pensões para educação dos filhos da mesma
Provincia no Instituto dos Surdos Mudos, cabem agradecer a V. Exa. a diligencia que paz na
execução do Aviso circular de 13 de março ultimo.
Deus Guarde a V. Exa.
João Almeida Pereira Filho.
Snr. Presidente da Província
da Parahyba.
● Nº 195 Parahyba – Thesouro Provincial em 29 de agosto de 1860.
Vencimento
Professora
Como requer
Ao Inspr. Thesouro que pague na forma do seu parecer neste officio.
Ilmo. Exmo. Senhor.
Cumprindo a ordem de V. Excia. Nº 612 de 18 do corrente informo, que a vista da lei nº
12 de 8 do corrente, que suspende a execução do regulamento de 27 de janeiro deste ano
mandando vigorar a legislação anterior, ter a professora de instrução primaria da capital. D.
Alexandrina Casdina de Vasconcellos Chaves; direito ao vencimento annual que lhe está fixado
na tabela que acompanha a lei nº 9 de 29 de outubro de 1858, assim como a gratificação de
12$000 reis mensais que lhe é dada pelo §7º do artigo 4º da lei do orçamento vigente para
aluguel de cazas.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
168
Devolvo a petição, que acompanhou o referido officio de V. Excia.
Deus Guarde a V. Excia.
Ilmo. Exmo Senhor. Dro. Luis Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província
O Inspector
José Carlos da Costa Ribeiro
2º Secção18
Comunicou-se em data de 30
d’agosto a despeza lançada
na petição da Professora desta
capital D. Alexandrina Casdina
de Vasconcellos Chaves.
● Ilmo. Sr. Inspector
Do assentamento respectivo nesta por Joaquim Casado d’Almeida Nobre foi provido na
cadeira de 1ªs primeiras Letras na Vila de Piancó para titulo da presidencia de 21 de dezembro
de 1852, entrou em exercício em 25 de fevereiro de 1853, e servia sem interrupção até 22 de
julho de 1856. Foi removido por portaria de 9º de junho do mesmo anno. pa. a cadeira do
Bairro alto desta cide. Creada em virtude da resolução da presidencia de 7 junho do mesmo
anno, uma cadeira funcionou até 15 de setembro do mesmo anno, por ter sido jubilado em 15
por portaria da presidencia.
Servio pois na cadeira de Piancó 3 annos, 4 meses e na do bairro alto desta cidade 4
annos, 1 mes e 24 dias que sommam do prefaz 7 annos, 6 meses e 20 dias.
Obteve da presidencia diversas licenças por molestia a 1º em 27 de setembro de 1856
por 20 dias a 2º no 1º de março de 1859 por 30 dias- e a 3º em 25 de maio do corrente por
tres meses.
Abatendo-se esta ultima licença nos termos do artigo 5º da lei numero 10 de 12 de
junho de 1854, fica redusido o tempo de serviço a 7 annos, 3 meses e 20 dias, que calculado na
rasão de 600$000 e com attenção a base de 29 annos na forma do art. 39 do regulamento da
instrução publica de 11 de março de 1852, e art. 5º da lei nº 9 de 22 de outubro de 1858 acho
annualmente a quantia de cento setenta e cinco mil tresentos e quinse reis – 175$315.
Primeira Secção do Thesouro Provincial da Parahyba 26 de setembro de 1860.
Pe. Custodio de Sá Leitão.
Servindo de Chefe.
18
N.O.: Este trecho do documento encontra-se no verso do original.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
169
● Projeto n. 10
A Assembléa Legislativa da Província da Parahyba
Resolve
Título 1º
Despeza Provincial
Art. 1º. A despeza provincial que o governo fica autorisado a fazer no exercício de 1862,
será destribuida pelas verbas especificadas nos artigos seguintes na importância de Rs.
Capitulo 1º
Assembléa provincial
Art. 2ª. Com a Assembléa provincial 21:090$000
Capitulo 2º
Secretaria do governo
Art. 3º. Com a Secretaria do Governo 16:900$000
Capitulo 3º
Instrucção publica
Art. 4º Com a Instrucção publica 61:940$
§ 1º Directoria 1:600$
§ 2º Lycêo 11:900$
§ 3º Aulas de Latim avulsas 1:800$
§ 4º Ditas de primeiras lettras para sexo masculino 31:500$
§ 5º Ditas para sexo feminino 11:400$
§ 6º Aluguel de casas para os professores da capital 440$
§ 7º Dito para os professores da capital 330$
§ 8º Dito aos professores e professoras do outro 2:400$
§ 9º Expediente e utensilios 600$
Capitulo 4º
Culto publico
Art. 5º Com o Culto publico 10:900$
Coleção Documentos da Educação Brasileira
170
Capitulo 5º
Prezos e Cadeas
Art. 6º Com prezos e Cadeas 24:271$
Capitulo 6º
Administração da Fazenda
Art. 7º Com a Administração da Fazenda 42:534$
Capitulo 7º
Força policial
Art.8º Com a força policial 40:808$500
Capitulo 8º
Saude publica
Art.9º Com o Cirurgião-mór da Província 1:200$
Capitulo 9º
Obras publicas
Art. 10º Com obras publicas 20:000$
Capitulo 10º
Aposentados e Pensionistas
Art. 11º Com os aposentados e pensionistas 26:009$
Capitulo 11º
Dívida passiva inscripta
Art. 12º Com o pagamento do capital e juros 1:664$097
Capitulo 12º
Cemiterio publico
Art. 13º Vencimentos do Administrador 1:000$
Capítulo 13º
Eventuaes
Art. 14º Com diversas despesas eventuaes, prorrogação da
Assembléia provincial, e sessões extraordinárias
6:000$
Coleção Documentos da Educação Brasileira
171
Capítulo 14º
Depósitos
Art. 15º Restituição de depósitos 1:343$
Capítulo 15º
Exercícios findos
Art. 16º Serviços por pagar, [...]
TÍTULO 2º
Art. 17º [...]
§27º Matricula das aulas do Liceo
§ 37º Premio de lettras e de mora dos collectores e recebedores
[...]
§ 46º 10$ mito rs. sobre aulas particulares permittidas pelo Governo
TÍTULO 3º
Disposições gerais
Art.18º [...]
Art. 29º [...]
Epaminondas de Souza Gouveia
Elias Eliaco da Costa Ramos
João da Matta Corrêa Lima
Com restrições
● João Antônio Marques Professor de Francês do Lycêo d´esta Cidade requer a V.Ex.cia se Digne
mandar pagar lhe as gratificações, que recem, como tal de outubro à dezembro ao exercício
de 1860.
P. a V.Ex.cia lhe - defira na forma requerida
E. R. M. ce
Joaquim Tertuliano de ______
Coleção Documentos da Educação Brasileira
172
● 1ª Seção Rio de Janeiro. Ministério dos Negócios do Império em 5 de outubro de
1860.
Tendo este Ministério de prestar à Assemblea Geral Legislativa no relatório que deve
apresentar na sua proxima sessão todas as possíveis informações acerca do estado dos
diversos ramos do serviço público da competência do mesmo Ministério, cumpre que V. Exa.
remetta a esta Secretaria d’Estado até o fim do mez de Fevereiro do seguinte anno exposição
circunstanciada relativamente aos objectos abaixo declarados, a qual deverá começar da data
das informações dessa Presidencia que servirão de base ao ultimo relatório.
1º Qual o estado sanitário desta Província, [...]
2º Qual o estado do ensino primario e secundario, com declaração do numero das
respectivas aulas ou escolas, assim publicas como particulares, e dos alumnos de um e de
outro sexo que as freqüentarão no corrente anno, enunciando V. Exa. sua opinião sobre as
causas que tenhão concorrido para o progresso ou atraso deste interessante ramo do serviço
publico lembrando para o seu melhoramento alguma medida que julgue eficaz, e que por
ventura dependa do Governo Geral.
Recomendo a V. Exa., e espero de seo zelo que faça todo o esforço para remessa destas
informações dentro do prazo marcado.
Deus Guarde a V. Exa.
João de Almeida Pereira Filho.
Cumpra-se: Palácio do Governo
da Parahyba 18 de outubro de 1860
______
Shr. Presidente da Provincia
da Parahyba.
● Nº 216 Parahyba - Thesouro Provincial, em 15 de outubro de 1860.
Ilm. Exm. Senh.
Tenho duvida em aceitar a incluza conta de Despesa de quatro mil reis feita pelo
engenheiro encarregado das obras publicas com o concerto do tecto do Lyceu, a qual
acompanhou o offício de V. Excia. N° 296 de hontem, por que não esta conforme com o
disposto no artigo 32 do Regulamento de 20 de janeiro deste anno, que exige a assinatura dos
operarios. Rogo a V. Excia. Que se digne de resolver como julgar acertado a respeito d’ella.
Deus guarde a V. Excia.
Illmo. Exmo Senh. Des. Luis Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província
O inspector
José Carlos da Costa Ribeiro
Coleção Documentos da Educação Brasileira
173
● Nº 238 Parahyba Thesouro Provincial, em 19 de outubro de 1860.
Ilustrissimo e Excelentissimo Senhor.
Dona Belmira Leopoldina Arantes requereu ao Thesouro o pagamento de seus
vencimentos como professora interina da cadeira de menina da Villa de Pianco Desde o Dia 20
de abril em que deixara aquela cadeira para vir a capital opor se ao concurso para provimento
definitivo da mesma, até o dia 14 de junho em que tendo sido efectivamente nomeada para a
referida cadeira entrara no exercício de sue novo cargo.
A contadoria em sua informação escripta no verso da petição entende que os referidos
vencimentos só podem ser contados até o dia do exame, por que nesse dia esperou- o seu
exercício interino, o fiscal porém entende, que o exercício interino pode ser considerado findo
no dia que começou o da professora efectiva.
Sendo submettida esta petição com aquelles pareceres a decizão da junta decidiu esta
na forma do parecer fiscal.
E porque o requerimento de 1 de março deste anno no artigo 9 § 2 exige approvação da
presidência para o cumprimento das decisões da junta proferida. Sobre pagamento de
ordenado em que ha dividas, tenho a honra de submetter o expedido a decisão de Vossa
Excelência.
Deus Guarde a Vossa Excelencia
Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor
Desembargador Luis Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província.
O Inspector
● Nº 245 Parahyba, Thesouro Provincial, em 25 de Outubro de 1860.
Vencimto do Professor
Exmo Emº Snro
Em cumprimento da ordem de V. Excia. nº 680 de 23 do corrente passo as mãos de V.
Excia. a conta do ordenado a que tem direito o professor de primeiras Letras ha pouco jubilado
Joaquim Casado D’Almeida Nobre.
Deus Guarde a V. Excia.
Il. Emº Snro Door. Luis Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província
O Inspector
Jose Carlos da Costa Ribeiro.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
174
● Pagamento nº 251
Parahyba Thesouro Provincial, em 31 de outubro de 1860.
Que no pagamento que se tem de effectua no principio do mez segte (amanhã) dê
preferencia aos que ainda não tiverem recebido o ordenado de setembro.
Ilmº e Exmo. Snr.
(Requerimento) “dirija-se ao Thesouro Provincial”
31 outubro
Cumprindo o despacho de V. Excia. lançado sobre a incluza petição da professora de
meninas D. Alexandrina Casdina de Vasconcellos Chaves, que, tendo deixado de receber seus
vencimentos de setembro, requer a V. Excia., que lhe’os mande pagar, visto lhe consta, que os
empregados do Thesouro e da Secretaria estão em dia, tenho honra de informar, que a
referida professora está em efeito por ser paga daquelles vencimentos; e se aquelles outros
empregados estão com seus vencimentos em dia, o que não é inteiramente exacto é porque
pertenceu elles as duas classes, que segundo a tabella de 10 de fevereiro de 1857, são pagas
nos dois dias primeiros dias uteis de cada mes, e aconteceu haver nos dois primeiros dias do
mes que hoje finda, dinheiro suficiente para ellas.
Neste momento não há no cofre um real.
Deus Guarde a V. Ecia.
Ilmo. Emº Snro Dr. Luis Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província
O Inspector
José Carlos da Costa Ribeiro 19
Em 31 de outubro mandou-se que no pagamento de novembro se dê preferencia a
quem estiver por pagar de novembro.
● Pagamento dos Aposentados
Nº 252 Parahyba Thesouro Provincial, em 31 de outubro de 1860
Autorizo a abrir o crédito necessario para que se possa effetuar um pagamento em
tempo competente. Comunique-se a Assembléa Provincial
19
N.O.: Este trecho do documento encontra-se no verso do original.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
175
31.000
Ilmo. Exmo Sen.
Cumprindo o officio de V. Excia nº 827 de hontem, informou que pagos os vencimentos
dos aposentados e pencionistas na razão de metade somente, restará em dezembro um saldo
na respectiva verba de 171:005$442 como diz a primeira secção na informação junta; e este
saldo será sufficiente para os vencimentos de novos aposentados que possam apparecer.
Mas si V.Excia me permettir, observarei, que há outra metade dos vencimentos que fica
em dívida deve ser pago mas tarde por conta do mesmo credito, que tem de ficar aberto até
junho de 1861 na forma dos artigos 56 e 57 do regulamento de 1 de março deste anno.
Deus Guarde a V. Excia
Ilmo e Exmo Senhor Desembargador Antonio da Silva Nunes.
Presidente desta Província
O Inspector
José Carlos da Costa Ribeiro
Illmo Inspector
Informo a V. Sª que effectuando-se os pagamentos até desembro do corrente anno em
razão de metade na forma ordenada pela Presidencia mais há déficit na rubrica –aposentados
- e sim um sala20. na importancia de um conto cinco mil quatrocentos quarenta e dous reis.
Cumpreme porém prevenir a V. Sª que posteriormente a data de nota apresentada a
Presidência forão jubilados alguns professores, cujos vencimentos ainda não está contados.
Primeira Secção de Thesouro Provincial. 31 de outubro de 1860.
O Chefe
José Messia de Carvalho César
20
N.O.: Encontrado desta forma no documento original.
Coleção Documentos da Educação Brasileira
176
Antonio CarlosFerreira Pinheiro
Licenciatura em História pela U n i v e r s i d a d e F e d e r a l d e Pernambuco (1985). Licenciatura e Bacharelado em Geografia pela U n i v e r s i d a d e C a t ó l i c a d e Pernambuco (1986), mestrado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (1989) e doutorado em Educação na área de História da Educação pela Univers idade Estadual de Campinas (2001). Atualmente é professor Associado III e vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas História da Educação na Paraíba (Diretório do CNPq), vinculado ao HISTEDBR, no qual foi seu coordenador por duas gestões (2001-2005) e (2009-2012) . Membro fundador (em 2004) do Grupo de Pesquisa História da Educação no Nordeste Oitocentista - GHENO. Fez parte da Diretoria da Sociedade Brasileira de História da Educação - SBHE (Tesoureiro), no período de 2009 a 2013.Endereço eletrônico: [email protected]
Nos últimos anos, é possível observar um incremento e amadurecimento da pesquisa histórica no campo da educação, bem como o aparecimento e aprofundamento de reflexões sobre o ensino de história da educação no Brasil. Nesse movimento, o debate teórico se converteu em um elemento obrigatório da agenda das/os historiadoras/es da educação. Um aspecto dessa agenda complexa e necessária remete à concepção, localização e tratamento das fontes, condição primária para constituir modos de pensar, fazer, escrever e ensinar história da educação em suas múltiplas manifestações.
Nos marcos do investimento no acesso e democratização das fontes, celebramos a edição dos volumes XI, XII e XIII da Coleção Documentos da Educação Brasileira e parabenizamos seus organizadores que, ao aceitarem o desafio, oferecem mais uma contribuição de indiscutível relevo para o campo, ampliando as possibilidades de investigação da pesquisa histórica, com base no núcleo documental reunido, classificado e, ora, disponibilizado para um público mais amplo. Por fim, convidamos todos a dialogar com as referências plurais reunidas nestes volumes, de modo a fortalecer ainda mais o campo da história da educação no Brasil.
José Gonçalves GondraRio de Janeiro, 08 de abril de 2015
978- 85- 67757- 05- 6
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