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1 Este número conta com contribuições da União Europeia, Embaixada do Reino da Holanda, Homeless Internacional e NDI Agosto 2012 Ano 12, N o 102 Agosto 2012 Neste número: Importância do voto ............ pág 3 Conduta durante as eleições ......4-5 Dom Alves Arcebispo do Huambo Pastor Justino Bula do CICA Rei do Bailundo Armindo Kupelendela La-Salette Teixeira ADRA Notícias da Comunidade .......... 6-7 A democracia começa em casa .... 8 Vamos todos votar!

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Page 1: Vamos todos votar! - Angonet · e contribuirmos todos para melhorar a qualidade do processo. Vamos manter-nos atentos aos eventuais erros mas com uma atitude construtiva. Corrigir

1Este número conta com contribuições da União Europeia, Embaixada do Reino da Holanda, Homeless Internacional e NDI

Agosto 2012

Ano 12, No 102

Agosto 2012

Neste número:Importância do voto ............ pág 3Conduta durante as eleições ......4-5

Dom Alves Arcebispo do HuamboPastor Justino Bula do CICARei do Bailundo Armindo KupelendelaLa-Salette Teixeira ADRA

Notícias da Comunidade .......... 6-7

A democracia começa em casa .... 8

Vamostodosvotar!

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2 Agoato 2012 DW - Huambo

Espaço do leitor

Editorial

O

Ficha TécnicaCoordenação: Carlos Figueiredo

Redação, paginação e ilustração: Daniel Martinho

Contribuição: Júlio Quintas , Moisés Festo, Hernâni CachotaTradução: Atekula

Produção: Grupos Comunitários (Sambo e Candandi)Editado por: Development Workshop - DWEndereço: Rua 105, casa 30, Capango - HuamboBairro: CapangoTel: (2442412) 20 338

Email: [email protected]: ondaka.netai.netTiragem: 3000 exemplares

Nº de Registo: MCS - 514/B/2008

O ondaka é um dos melhores jornais,porque reporta factos que ocorrem nascomunidades. Espero que continue e hajamais exemplares dando acesso a todagente. Não só na fase das eleições, deveser como o programa PASUKA já o da Rádioé falado e o escrito seria o ONDAKA.

Jonas Estêvão

V amos votar! Todos os entrevistados nestenúmero estão de acordo neste ponto e nós, noOndaka, também estamos.

O facto de termos apenas um voto no meio de váriosmilhões de eleitores pode levar alguns a pensar quea nossa opinião não conta. A nossa recomendaçãoé que devemos votar, mesmo sabendo que cada um denós tem uma influência limitada. Se não formos votar,em vez de termos uma influência limitada passamosa não ter mesmo influência nenhuma! Influenciamospelo voto e exercendo a nossa cidadania.

Cada um de nós faz as suas escolhas e cada um de nósdeve respeitar as escolhas dos outros. Isso é outramensagem que surge clara das entrevistas.Votarmose contribuirmos todos para melhorar a qualidade doprocesso. Vamos manter-nos atentos aos eventuais errosmas com uma atitude construtiva. Corrigir o queé possível corrigir, mantendo uma perspectiva de longoprazo. O que não se conseguir corrigir agora,corrigiremos no futuro. O importante é construir,

preservando o muito que se conseguiu até aqui mas comambição e exigência para chegarmos mais longe.

O tempo da guerra já passou, apenas devemos continuara trabalhar para nos afastarmos da mentalidade daqueletempo e para construirmos o muito que foi destruídopor ela. Os edifícios, as pontes, as estradas sãoimportantes. Mas, a confiança entre as pessoase a solidariedade, mesmo entre concorrentes, são aindamais importantes. Por isso é importante que cada um denós vote com simpatia por todos os outros que vão votar.Combatamos as ideias e as práticas que nos desagradammas respeitemos os que não são da mesma opinião quenós.

Desenvolver uma cultura democrática, e ter umademocracia funcional é algo que exige investimentoe empenho. Depois de tantos anos em que se cultivouintolerância temos de dedicar um esforço especial paraconstruir o caminho da democracia. O voto é apenasum dos elementos desse caminho. Mas é um elementoindispensável! Por isso devemos concretizá-lo.

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3Este número conta com contribuições da Comissão Europeia, Embaixada do Reino da Holanda, Homeless Internacional e NDI

Opinião

O 3º artigo da nossa constituição diz: “A soberania, una eindivisível, pertence ao povo que a exerce através dosufrágio universal, livre, igual, directo, secreto e

periódico. Sufrágio universal consiste em dar o direito de atravésdo voto o povo (adultos) escolher os seus líderesindependentemente da raça, cor, sexo religião, etc. “

Este ano o povo Angola foi chamado para, através do voto,eleger o partido político e o presidente que, de acordo com oartigo 122º da constituição, vão liderar o país nospróximos cinco anos. Seis partidos e trêscoligações estão a concorrer paraelegerem deputados à Assembleia e oPresidente da República que será ocabeça de lista do partido que vier a ganhar,ou seja, o primeiro na lista.

A eleição não se restringe apenas ao dia em que os eleitores sevão dirigir às assembleias do voto para depositar o seu voto nasurnas. É um processo longo que inclui a campanha eleitoralonde os partidos concorrentes tentam, através dos seusprogramas de governação, convencer os eleitores. Nesta faseos eleitores precisam estar bem atentos para não serem usadospor este ou por aquele partido ou coligação para atingir os seusfins.

Muitos políticos aproveitam o momento para acusar outrosdizendo que são os melhores. Isto às vezes incita à violênciae faz com que uns se atirem contra os outros, causando umclima de instabilidade que só prejudica o desenvolvimento doPaís. Isso mostra que ainda não estamos todos preparados

A Importância do Votopara a vida do País

para viver na diferença. As pessoas não precisam pertencer aomesmo partido mas têm que respeitar as ideias dos outros. Odia do voto é o ponto mais alto das eleições onde os eleitoresvão às urnas para manifestar a sua vontade escolhendo aqueleque, na sua opinião, é o partido que tem capacidade para geriro país. A escolha é livre. Ninguém deve ser forçado a votarneste ou naquele. A decisão é secreta! A lei garante o caráctersecreto do voto. Depois da verificação da identidade, emconformidade com o caderno eleitoral, recebe-se o boletim devoto e devemos dirigir-nos a uma cabine para exercer o direitode eleger.

Existem outros pressupostos que garantem que as eleiçõessejam livres e justas. Por exemplo, a presença de observadoreseleitorais, que podem ser nacionais ou internacionais, e osdelegados de lista dos partidos concorrentes. Por isso, oseleitores não devem somente votar. Devem também verificarse a lei está a ser cumprida. Um outro momento é o da contagemdos votos, seguida da publicação dos resultados. A expectativade todos os eleitores é que o partido em quem votaram ganheas eleições, mas apenas um vai ganhar. Se por acaso o seupartido não ganhar não procure justificar a derrota com acusaçãode fraude ou de batota. Se tiver como provar uma ilegalidadeuse os meios legais para denunciar e não a violência paramostrar a sua opinião. Lembre-se que o facto de irmos às urnaspara escolher os que vão gerir o país já é uma vitória. Demonstraque caminhamos para um país democrático. As eleições têmmuitas vantagens. Uma delas é o direito de participar nadefinição do futuro. Se o fizermos não corremos o risco de outrosdecidirem no nosso lugar.

Não nos devemos esquecer que em qualquer democracia avontade da maioria é aquela que ganha. Por isso faço aqui umapelo a todos com capacidade de exercer o direito ao voto paraque, no dia 31, não deixem de votar e de respeitar os resultados.Adoptem um comportamento cívico, digno da dimensão destepaís que já foi dilacerado pela guerra e que agora precisa decontinuar a trilhar o caminho do progresso.

É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem que o voto é apenas uma obrigação e outrosainda que preferem não votar porque não vêem vantagem nenhuma no voto. Muitas pessoasnão conhecem o poder do voto não têm a noção exacta da importância que as eleições têm.

António Joaquim Sapalo

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4 Agosto 2012 DW - Huambo

Conduta dos eleitores duranteo processo das eleições

Existe uma concorrência bastante acentuada entrediferentes partidos políticos com estes a apresentaremos seus projectos. Num país democrático este processo

é normal e Angola já teve uma evolução nesta área. Pouco apouco Angola vai encontrando o seu caminho na História. Vaiencontrando também a sua maneira de viver dentro dosparâmetros da sociedade moderna e assim este processo podeser muito importante parao desenvolvi-mento dopaís.Angola já tem a suaConstituição apro-vada e está ademonstrar a matu-ridade de buscar osseus próprios gover-nantes. Fazer com queestes governantes ten-ham a legitimidadepopular de tal modoque possamrepresentar

autenticamente o povo. Para um País, para uma Nação ter estaautenticidade, as eleições devem ser justas e claras. Vemosvários Partidos com diferentes projectos o que é prova dematuridade e ao mesmo tempo mostra como Angola está abuscar factos e a situar-se dentro das Nações Africanas quevivem dentro desta legalidade democrática. Isto é um passoimportante que se está a dar. O importante neste momento éque as eleições corram em paz! Vemos muita agitação, o que énormal. Naturalmente que quem está a lutar para um voto estáa lutar para o poder e lutar para que os seus projectos sejam

Arcebispo do Huambo Dom José de Queirós Alves

conhecidos e avaliados para poderem inverter aquilo que noprincípio parecia muito difícil.Uma sociedade moderna deve saber ultrapassar os litígios quesurgem de pessoas, que em vez de usarem meios democráticos,queiram impor aos outros o que desejam. É importante paraAngola que as eleições sejam realizadas num clima pacífico ede liberdade. Para que haja esta liberdade tem de haver umaabertura da parte daqueles que governam o país e colaboraçãodaqueles que estão a concorrer. Por isso o compromisso temde ser da parte de todos.

Desejo que as eleições sejam justas, transparentes e, ao mesmotempo, todos possam apresentar as suas opiniões e ideias.Deve haver liberdade para os que votam. É importante quecada um vote em quem pensa que é o melhor, mas tambémcom a responsabilidade de escolher quem possa conduzir, comsucesso, a paz e um clima de fraternidade entre todos. Quetodos votem, porque quem não vota está simplesmente a deixarque os outros escolham para si os que vão governar. Tantoos vencedores como aqueles que não vencerem devem serobjectivos. Para os vencedores devem exercer o poder commodéstia. Eles vão ter que prestar contas daquilo que o povolhes encomendou. Em vez de clamarem vitória o que devemé sentir o peso da responsabilidade que os vai obrigar a trabalhare sentirem-se verdadeiramente empenhados nos objectivos queapresentaram aos eleitores. Também devem sentir que aqueleque ganhou não ganhou apenas para o seu partido, mas simpara o país. Necessariamente deve governar para todos e comtodos. Dirigir significa aproveitar todas as forças do país e fazerque elas participem activamente no desenvolvimento do país.

Os derrotados deverão entender que num jogo não podemganhar todos. Por isso devem aceitar os resultados! Se houverdúvidas devem usar-se os órgãos próprios. Todos os partidostiveram a ocasião de apresentarem os seus pontos de vistaantes das eleições. Os derrotados que colaborem com os outros.O que vencer dirige. Mas devem todos continuar a jogare a procurar contribuir para que o país seja aquilo quese pretende. E que todos juntos possam conseguir fazer andarAngola para a frente e ao mesmo tempo a sermos um país quemarca pontos na evolução e pouco a pouco vai encontrar o seulugar dentro dos grandes países africanos.

Daqui a poucos dias, angolanos irão exercer o seu direito de voto para escolherem aqueleque vai governar Angola nos próximos cinco anos. Face a este grandioso evento, ansiedadedos eleitores aumenta. Os angolanos almejam um processo que venha decorrer num climade paz e tranquilidade. Para isso o ONDAKA ouviu o Arcebispo do Huambo, Secretário doCICA no Huambo e o Rei do Bailundo que deram um contribuito para uma boa condutadurante e depois das eleições.

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5Este número conta com contribuições da Comissão Europeia, Embaixada do Reino da Holanda, Homeless Internacional e NDI

Entrevista

O processo eleitoral, neste momento, está a correr de uma forma legal. Estamos com fé que enquanto os partidos fazem a sua parte como políticos, a

sentença virá a ser do povo que vê e reflecte o projecto decada partido. No momento exacto veremos quem vaigovernar o país.

Tendo em conta o processo histórico do país, em especiala recente guerra, o povo ainda vive com remorsos e com aimagem de 1992. Isto ainda marca os corações de muitosangolanos e muitos temem que no dia 31 de Agosto de2012 poderemos ter uma repetição de 92… Mas não! Todoaquele que pensa assim, que tire já da sua memória o queaconteceu em 92. Isso já é uma página virada. Estamoscom 10 anos de paz, e acredito que a guerra nuncamais voltará. O povo angolano precisa deum futuro risonho e de muitaprosperidade.Na minha análise Angola, daqui a 50 anos,será um dos países melhores do mundo.Se neste momento estamos em festa, esta

Pastor Justino Bula Secretário do CICA no Huambo

Vejo o processo eleitoral a correr de forma positiva, porquedurante estes dias da campanha eleitoral, não se verificamconflitos que podem perigar o mesmo. Acredito que dará

bons frutos.

Quanto às lamentações deoutros partidos que alegamque as autoridadestradicionais estão simples-mente a favor do partidoMPLA, isto não é real. Porexemplo se alguém vai paraum campo de futebolassistir ao jogo,automaticamente tem deestar a favor de uma dasequipes. E isto é o queacontece com ossobas. Cada um temum partido que é dasua preferência.Mas nasO m b a l a sq u a n d os u r g e ma l g u n s

conflitos, o soba não pode estar a favor de quem não tem razãoseja de que partido for. Neste processo de campanha eleitoralo que vejo é que com relação ao que se registou nas eleiçõesanteriores é muito melhor. Cada um exibe os panfletos do seu

partido sem que alguém o incomode e isto é um passopositivo. Por isso nestes dias aconselho todos a se portarembem. Todo e qualquer que tentar sabotar este processoserá detido e julgado pelas autoridades competentes e teráde pagar as multas previstas. Todos os dias, como rei, tenhoconversado com as pessoas para terem o máximo cuidadono dia das eleições, porque muitos têm apresentadoprogramas falsos.

O conselho que dou é: muitos falam mal do Presidente daRepública, o que não é correcto. Cada um deve

simplesmente apresentar os seus programas e não usarpalavras obscenas para denegrir a posição daquele que

é ainda o Presidente de Angola. E isto também tem-seregistado mesmo nas aldeias onde quando alguém

trabalha muito lhe é atribuído o nome de feiticeiro.Existe um ditado que diz que um bom caçador é

aquele que mostra o naco nas suas bo-chechas.Existem alguns que quando matam a cobra

mostram a mesma cobra e não o cacete queo matou. O verdadeiro caçador é aquele quetambém mostra o cacete.

Rei do Bailundo - Armindo Francisco Kalupeteca “Kupelendela”

festa tem de ter o seu prolongamento até ao ano de 2017.Isto é como uma competição futebolística em que existem

três resultados possíveis: ganhar,perder ou empatar (embora que

nas nossas eleições o empate nãoexista). Quem ganhar é porqueapresentou bons argumentos deprojecto de governação. Quemperder deve, no próximo pleitoeleitoral, buscar outras

estratégias para vencer. Cada umdeve saber respeitar os outros,

saber respeitar o povo que o elegeue saber também respeitar ospartidos da oposição. Os partidos

que não conseguiremganhar as eleições,que respeitem aqueleque ganhou, porqueisso será respeitar avontade do povo.

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6 Agosto 2012 DW - Huambo

Notícias e Casos da Vida Real

Dois homens ficam feridos

Dois homens ficaram feridos pelas 22h15m no bairro doCalombringo quando um grupo de homens armados nãoidentificados assaltaram os seushaveres e bens. As vítimas sofreramferimentos graves. Um deles nacabeça e outro lhe foi cortada aorelha.Os assaltantes levaram valoresmonetários equivalentesa 50.000,00kzs e doistelemóveis de Marca Samsung.Enquanto no Calombringo osassaltantes fazem vítimas, naAvenida da Independência(Rua 5 de Outubro) um carro com matrícula não identificada, deToyota RAV4, despistou-se provocando ferimentos ao seuocupante. Segundo informações o acidente foi provocado peloexcesso de velocidade.

ALUME VAVALI VALEMEHIWA

Alume vavali valemehiwa kalivala lya 22h15m kosanjala yokoKalombringu, eci omunga yimwe yalume vakala limaleho

viuyaki pole lomwe walimbukiwa nokevatuswila cavo. Vamwele valemehiwa.Yumwe walemehiwa vutwe, ukwavowatetiwa etwi. Ovingumba vyacovyambata olombongo vyasoka50.000.00kzs, kwendaolotelemóveis londimbu Samsung.Osimbu okuti ko sanjala yokoKalombringu ovimunuviandelekovo okunyana. KoAvenida da Independênciakosimbu vatukuale hati rua 5 deOutubro, Yumwe ngedisi

londimbu yo Toyota RAV4 yatyengeka, noke kwasupuka omanuvandelamo okupunywiwa. Ocilunga camwiwa omo lyalupesivalwa.

Enviado pelo Grupo do Samacau

OKUSOMBISA OVE MWELEKo civanja co ko Kandandi, ocipepi lo Balundu pokati kovinalaepanduvali, yumwe ulume watipula toke atula omwenyo yumwe

vatalavayela kumosi, osimbu vakala okutundakupange vumwe. Ema lyafetika eci vakala

okulitepasala eci casoka 5.000.00kzs. Mestreyaco waca eci casoka 100.00kz kukwavo,

noke eye kacisanjukilile. Paco opo hacopafetika ema toke mestre atula omwenyo.

Wacilinga cilo osangiwa ale vokayike.Kocivanja cimosi yumwe ukãyi

pokulikutulula watula omwenyo koMbutika yavelapo yu hayele vo

Haumbo. Handi ko Kandandiyumwe ulume ovimwine

vyakumbwiwa eci akala okulingaupange lo mwinyu yaye

yupange. Vocekelela kupangeakala okulinga yimwine

vyakumbwiwa.Kimbo limosi, olongulu

lolohombo, omo lyocekelela cavamwele vikasi okunyola apakovomanu. Ovinyama vyaco vyakwatiwa. Okwete olombongooyovola vyaye, kakwatele okamõla okuti ovinyama vyapondiwa.Enviada pelo Grupo do Candandi

Justiça por mão própria

Na comunidade do Kandandi, a 7 km da sede do Bailundo, umhomem espancou até à morte o seu colega de profissão, quandoos dois regressavam dos seus biscatos. A confusão foicausada na altura da divisão dos 5.000.00 Kzs. Omestre deu apenas 100.00 Kzs ao seu ajudantee este por sua vez não ficou satisfeito com omesmo valor. Daí surgiu a discussão e a luta tendomorrido o mestre. O infractor encontra-se já acontas com a justiça.Na mesma comunidade uma mulherencontrou a morte ao fazer o parto no HospitalCentral do Huambo. Ainda no Kandandi umhomem ficou sem os dedos quando amoagem em que trabalhava, distraído,lhe cortou os dedos.Na mesma aldeia os porcos ecabritos, por falta daresponsabilidade dos donos estãoa estragar as plantações alheias. Aregra é serem presos. Os que têm dinheiro são resgatados dasmãos dos Sobas. Os que não forem a tempo verão os seusanimais mortos.

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7Este número conta com contribuições da Comissão Europeia, Embaixada do Reino da Holanda, Homeless Internacional e NDI

Notícias e Casos de Vida Real

AKWENJE VAVALI VATONYWIWA CALWA

Akwenje vavali vo kosanjala yo Dango vatonywiwacalwa vetapalo lyoko Kahululu, kuna kwasupuka.Eci vanda vapita vetapalo lyo ko Tchipatchiwa, polepokutyuka vapita ketapalo likwavo linene lina okutikalikasi ñgo ciwa. Eci vakapitila kosanjala yoko S.Antóniolocendelo cimwe londimbu Toyota – Land Cruiser yakalaokwenda la yumwe ukwenje wovita, volo FAA wakalaokutunda kocivili cavo coko Frente Militar Centrookuloñga volupale, waliveta vomoto yasulako yakalaokwendela omanu vavali. Kavalikavo valemehiwa calwa.Ngendisi walemehiwa calwa yu ateka okulu kwondyoolonjanja vitatu, ukwavo vavelekiwile wateka ñgolumosi. Wandisa watila. Noke eci pakapita akukutu akwiatatu akwenje velombe vamoleha omoto vayambatakocivili cavo, ava valemehiwa vambatiwa kombutikayavelapo yu hayele. Esapulo lyayeviwa lyeli okuti yumwepokati kavo watula omwenyo. Pole watusula toke cilokamoleha. Ekalo livi lyetapalo kwenda owelema cosicakala konyima yo citangi eci,

Enviada pelo Grupo do Nzaji

Dois jovens sofrem ferimentos graves

Dois jovens do bairro do Dango sofreram ferimentos graves, notroço Cahululo e região militar centro onde o motociclista damotorizida fracturou a perna direita 3 vezes e o rebocadofracturou a perna apenas uma vez.O acidente de aviação deu-se, quando a equipa de futebol doDango foi ao Caululo para jogar com equipa deste bairro. Na idausaram a picada do Tchipatchiwa, mas no regresso decidirampassar pela estrada principal que estava em mau estado. Postosno bairro Santo António um carro de marca Toyota modelo LandCruiser conduzida por um militar das Forças Armada de Angola(FAA), que vinha do quartel da Frente Militar Centro, em direcçãoa cidade, embateu contra a ultima moto que trazia duasocupantes.O condutor da viatura pôs-se em fuga. Passando 30 minutos,apareceu a polícia de trânsito que levou a motorizada para aunidade operativa e os feridos para o hospital central. Segundoinformações que chegaram até nós um dos ocupantes damotorizada acabou por falecer e quem causou o acidentecontinua desaparecido. O mau estado da estrada e a escuridãocontribuíram para o triste acontecimento.

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Fech

o EDUCAÇÃO CÍVICA E ELEITORAL

A ADRA é uma organização que trabalha com ascomunidades rurais, com a população que carecer deapoio, incluindo na componente de informação. O nosso

plano estratégico tem um programa voltado para a cidadania eeducação formal. Este programa contempla uma componentede participação cívica. Esta participação cívica divulga alegislação levando às comunidades oconhecimento das leis.Promovemos a participação dos cidadãostambém em processos de formulação deprogramas e políticas públicas.Apoiamos os cidadãos aorganizarem-se em grupos deassociações, em cooperativas, epromovemos também as suaslideranças. Estes líderes passampor capacitações para melhor seafirmarem nas suascomunidades, nos seusmunicípios e no país em geral.Estas formações têm tambémo objectivo de darcapacidade para semonitorar a execução dos programaspúblicos.Neste processo eleitoral também estamos a trabalhar no sentidode melhorar o conhecimento sobre o processo, começando pelaprópria legislação. Foi elaborada a lei orgânica sobre as eleiçõese nós estamos a disseminar essa lei nas comunidades rurais.Por outro lado apelamos às pessoas, principalmente aosmembros das associações e das cooperativas, para anecessidade de irem votar. Este é um direito que estácontemplado na constituição e certamente as pessoas precisamde saber que é um direito do cidadão angolano. E é também umdever e por isso há a necessidade de todos participarmos. Istoporque só se revê num processo quem participa. Depois, umcidadão não pode reclamar que o partido A ou B venceu aseleições e esteja a governar, quando ele não participou noprocesso.

Temos vindo a dizer que este processo de educação cívica doscidadãos deve ser uma tarefa de todos. A ADRA faz parte deuma organização da sociedade civil e neste contexto estasorganizações têm um papel muito importante, que é de facultara informação aos cidadãos. Claro que está criada uma máquinaà volta do processo, onde a gente assiste a maior divulgação deinformação quer escrita, falada ou televisiva. Mas existem áreasrecônditas, onde a informação não chega. Os partidos políticos

aparecem, mas por vezes apresentam a informação apenasem benefício próprio. Os partidos não deveriam aparecer sóagora neste momento pré-eleitoral. Devia ser um processomais contínuo, porque muitos partidos são desconhecidos ede alguns só agora as pessoas estão a ouvir deles pela

primeira vez. Haveria necessidade de se implementarum processo muito anterior às vésperas das eleições.

A ADRA está a promover workshops e debates ondeestá a divulgar a lei orgânica das eleições, aparticipação activa de cidadãos no processo e neste

trabalho está a cooperar com as comissões eleitorais,bem como com outros organismos da sociedade civil.

Sinto maturidade por parte dos cidadãos.O medo das eleições significarem guerra já não se

verifica. Existe um clima de confiança.

Os partidos estão a fazer a sua campanha e noto quemuita gente vai atrás naquele momento de euforia, de festapara receber a camisola, o boné. Não numa expectativa negativa,mas sim do lado positivo. E sente-se que se começa um exercíciode democracia e tolerância, porque numa mesma rua se cruzamgrupos do partido A ou B, pacificamente. À medida que isto vaiacontecendo, as pessoas ganham maturidade e conhecimento.Deve haver o contributo de todos e a democracia deve começarem nossa casa. Aceitar o ponto de vista do outro. Este é ummomento em que os partidos concorrentes devem fazer umaanálise tendo muitos ou poucos votos. O meu apelo é queconvivamos com isto de forma pacífica, porque a guerra não éboa e nós que sentimos os efeitos disso sabemos isso muitobem.

A democracia começa em nossa casa

Maria de La-Salette Teixeira, Directora da ADRA Angolana no Huambo

Neste processo eleitoral também estamos a trabalhar no sentido de melhorar o conhecimentosobre o processo, começando pela própria legislação. Foi elaborada a lei orgânica sobre aseleições e nós estamos a disseminar essa lei nas comunidades rurais. Por outro lado apelamosàs pessoas, principalmente aos membros das associações e das cooperativas, paraa necessidade de irem votar.