folha lagunense - edição#04

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FolhaLagunense Laguna, Sábado, 11 de Janeiro de 2014 - Ano 02 - Edição 04 - Distribuição Gratuita SINE de Laguna fecha o ano de 2013 como referência na colocação de trabalhadores no mercado de trabalho. saúde p. 05 Esgoto toma parte da orla do Mar Grosso e ofusca o “glamour” do verão lagunense. p. 04 verão “OLHA A CAIPIRA FEITA NA HORA!” VENDEDORES AMBULANTES FAZEM A FESTA DOS TURISTAS p. 03 De Laguna, para os lagunenses! FALTAM FARMÁCIAS 24 HORAS EM LAGUNA Um mar de Problemas p. 07 diversão p. 06 SANTO DAIME: O LUGAR ONDE A MÚSICA E A ARTE SE ENCONTRAM Foto: Elvis Palma Laguna lidera em número de empregos no estado Capoeiristas de todo o mundo se encontram em Laguna Evento chamou a atenção e divertiu os turistas na Praia do Mar Grosso p. 08

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Page 1: Folha Lagunense - Edição#04

FolhaLagunenseLaguna, Sábado, 11 de Janeiro de 2014 - Ano 02 - Edição 04 - Distribuição Gratuita

SINE de Laguna fecha o ano de 2013 como referência na colocação de trabalhadores no mercado de trabalho.

saúde p. 05

Esgoto toma parte da orla do Mar Grosso e ofusca o “glamour” do verão lagunense. p. 04

verão

“OLHA A CAIPIRA FEITA NA HORA!”VENDEDORES AMBULANTES FAZEM A FESTA DOS TURISTAS

p. 03

De Laguna, para os lagunenses!

FALTAM FARMÁCIAS24 HORAS EM LAGUNA

Um mar de Problemas

p. 07

diversão p. 06

SANTO DAIME:O LUGAR ONDE A MÚSICA E A ARTE SE ENCONTRAM

Foto

: Elv

is Pa

lma

Laguna lidera em número de empregos no estadoLaguna lidera em número de empregos no estado

Capoeiristas de todo o mundo se encontram

em LagunaEvento chamou a atenção e

divertiu os turistas na Praia do Mar Grosso

p. 08

Page 2: Folha Lagunense - Edição#04

2 FolhaLagunense11 de Janeiro de 2014

ExpedienteJornal Folha Lagunense

Laguna - SC

Contato(48) 9608-1889

[email protected]

ComercialRomulo Camilo

([email protected])

> chargeda semana

> Renato [email protected]

coluna

www.renatosouza.blog.brEste texto encontrei em um passeio pela internet a muito tempo atrás, atual não poderia deixar de publicar aqui, logo neste ano que inicia onde no reino da bicharada teremos eleições.

“A CADEIA ALIMENTAR DO ANO: DO URUBU À FORMIGA”

Gostaria de fazer uma rudimentar comparação, que alguns já devem ter conhecimento, mas que deve ser sempre lembrada para o acaso do esquecimento público. Existem no mundo duas espécies de animais que rodeiam animais prestes a vir a óbito e cadáveres frescos: os urubus e certos políticos. Pelos primeiros, a ago-nia e sofrimento da “presa” é a garantia da sobrevivência e manutenção da própria vida, a cadeia alimentar sendo aplicada em sua essência natural. Já pelos segundos o sofrimento das pessoas é explorado de forma nefasta, a fi m de alimentar a fome e sede de dividendos a que foram viciados. Vocês devem estar se perguntando, onde entra a formiga, que relação pode ela ter com o urubu? Já lhes explico. Enquanto o urubu político se alimenta do sofrimento do povo, sobram migalhas que são espalhadas pelos órgãos administrativos a fi m de atraí-las, sim, as formigas que se alimentam destas migalhas e se dão por contentes, realizadas. Migalhas na educação, migalhas nas vias públicas, migalhas na saúde e assim segue, por longos QUASE quatro anos. Sim quase porque ao fi nalzinho do mandato é necessária a realização urgente das obras que benefi ciam a população que não se contentava com as migalhas fornecidas nos anos anteriores, pois elas VOTAM. Eis a hora de que aparecem os “cinquentinhas” uma nova categoria desta cadeia putrefata, alimentada pela infâmia política de uma minoria que acostumada com as regalias alcançadas com o alcance do cume da montanha do erário público, não quer “largar o osso” digo cargo. Os cinquentinhas são aqueles que não se importam com essa basbaceira toda que circula por aí, não se envolvem em comentários politiqueiros, não concor-dam com a oposição e simplesmente se anulam. Transformados em uma visão zero de quaisquer problemas alheios e voltados especifi camente para o próprio umbigo. Eu concordo, cinqüenta reais fazem uma diferença enorme no orçamento de algumas famílias, mas será que elas têm noção do que se trata o ato de votar? Será que elas têm noção da luta travada para a conquista do direito ao voto, da luta para que fosse implantada essa tal DEMOCRACIA em nosso país? Tudo lindo, mas uma ilusão... Alguns estão pensando não é mesmo? Mas eu lhes digo ilusão alimentada por vocês, vocês que se vendem, você que se cala perante as injustiças, que omite a sua opinião na sociedade a que você faz parte. Em épocas de campanhas somos bombardeados por mil promessas, absur-das, misteriosamente aquelas que alguns dias atrás respondemos ser as prioridades em alguma pesquisa eleitoral que passou em nossas casas, encomendada pelos urubus, para falaram as formigas e aos deslembrados que eles estão preocupados com nosso bem estar e sabem exatamente o que precisamos. E o povo acredita... Vota lá no urubu, todo feliz com o cinquentinha (que no montante acaba podendo custar 500 mil, sem problemas é só retirar do erário e tudo certo). Depois volta o tempo das formigas. O povo esquece das promessas, os urubus recebem seus gordos salários, desviam milhares dos cofres público, recebe propina de obras que não saem do discurso (e ainda diz que está trabalhando para o povo) e se possível ainda pro-gramam tudo de novo para concorrer novamente na próxima eleição ou quem sabe almeja um voou mais alto. O povo, iludido esquece-se do seu poder, da sua arma, a formiga contente cata suas migalhas e os cinquentinhas e fi cam impedidos de cobrar, pois já rece-beram a bagatela pela ignorância e se acham no direito de criticar aqueles que não caem o conto do vigário. Aqueles que não caem nesses colóquios fl ácidos, reclamam, esperneiam, e ainda são tachados de intrigueiros. Cobranças mesmo? Isso poucos fazem. Candidatar-se fi cou banal em nosso país, a profi ssão politica, embora tenha os urubus é muito cobiçada, político e politicagem viraram profi ssão de salários gordos e possibilidade de ascensão rápida ao estrelato. Vou dar uma dica aos urubus, façam campanhas para coisas fúteis talvez o povo se anime mais! Façam festas públi-cas divirtam as formigas e os cinquentinhas, funciona e talvez reduza o investimen-to. As formigas a única coisa que posso fazer e lembrá-las da importância de sua existência defi nida bem no pensamento de Bertold Brecht:

“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. [...] O analfabeto político é tão burro que se orgulha e es-tufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que é da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra...”

As formigas tem memória fraca e estão em número cada dia maior...Por João Maguila lá de Sinop/MT

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@JornalFolhaLagunense

ColaboradoresMayra Lima

([email protected])

Renato Souza([email protected])

Marcinho Rodrigues([email protected])

ImpressãoDiário Catarinense

Tiragem1.000 exemplares

Todas as opiniões expressadas são de

inteira responsabilidade dos seus autores.

Distribuição Gratuita

Dos exaustos de pagarem a conta, mas que ainda

sonham em colher os frutos de uma grande gestão.

Aguardem...

Page 3: Folha Lagunense - Edição#04

Para refrescar o corpo na praia, nada melhor que um ba-nho de mar e uma boa caipirinha. Costume típico dos brasileiros, a bebida é conhecida internacional-mente pela mistura da cachaça com o limão. Um dos pioneiros a levar esse sabor aos banhistas foi Sergio Luiz Gonçalves. O senhor de 59 anos refresca os dias de sol de lagunenses e turistas desde 1984. A bebida, segundo Sérgio, era conhecida em Laguna através de um senhor que a comercia-lizava na praia montado em um bode. “Lembro que há 30 anos ele foi o primeiro a trazer a caipiri-nha. Só que a mistura dele era feita com refrigerante de limão e cachaça. Foi nessa época que comecei a vender a minha cai-pirinha, a típica que leva fruta. Aprendi a receita quando traba-lhei nos bares de Santos. Esse senhor era conhecido por andar pela praia em cima de um bode”, afi rma. Foi com 28 anos que o lagunense começou a traba-lhar como vendedor ambulante. Morou algum tempo em Santos, entretanto voltou à terra natal nos anos 80. “Tenho clientes que compravam minhas bebidas quando pequenos, muitos toma-

3FolhaLagunense 11 de Janeiro de 2014

Verão

"Olha a caipirinha feita na hora! "

vam na mamadeira. Hoje essas mesmas crianças, atualmente não tão pequenas assim, bebem suas caipirinhas e dão meus sucos aos seus fi lhos”, relata. Aposentado por contribui-ção, Sérgio vende em cima de uma moto que traz tudo que ele precisa para comercializar sua be-bida. A modernidade da barraqui-nha, denominada Rainha da Praia, chama a atenção de quem passa. Os sucos são realizados através de um “vascolejador”(uma má-quina que mistura os ingredien-tes), criado pelo próprio Sergio. O utensílio vira atração para os

Esse é o bordão de Sérgio Luiz Gonçalves. Vendedor Ambulante há trinta anos, foi um dos pioneiros a levar a caipirinha para os banhistas da praia do Mar Grosso. As barraqui-nhas de bebidas, roupas entre outros produtos fazem parte do cenário praiano.

Sérgio manobrando a motocicleta que é também a barraquinha e aguardando os clientes.

Com o intuito de melhorar a vida fi nanceira, o mineiro Serjomar Gonçalves resolveu recomeçar em Laguna. Sua barraquinha na praia encanta os olhos das mulheres que adoram saídas de praia. A renda arrecadada durante o verão serve para o vendedor enviar aos pais que ainda se encontram em Minas Gerais. Segundo Serjomar, a cidade juliana foi descoberta por amigos. “Alguns já tinham vindo até Laguna para con-seguir emprego e a maioria deles teve sucesso. Foi assim que há quatro anos resolvi vir para cá também. Hoje tenho uma boa renda, durante o inverno consigo viver com o que guardei do verão junto com alguns trabalhos temporários”, garante.

As peças comercializadas são feitas no norte do país, só algumas são confeccionadas em Laguna. “Meus amigos enviam pra mim, ou quando viajo tento trazer novidades”, explica.

De Minas Gerais a Laguna

turistas, com direito até a vídeo no Youtube (confi ra no QR code). Sérgio trabalha só pela manha, de acordo com ele, suas bebidas têm o intuito de preparar o estômago para a refeição. “Fico na praia até o meio-dia, minhas bebidas tem o poder de abrir o apetite dos clientes para o almo-ço”, alega em meio a risos.

Assista o vídeo da invenção de Sérgio, o “Vascolejador”,a partir do QR Code

Por Mayra Lima

Page 4: Folha Lagunense - Edição#04

4 FolhaLagunenseCapa 11 de Janeiro de 2014

Verão

Problemas ofuscam a beleza do verão em LagunaPor Romulo CamiloFotos por Elvis Palma

Muito se foi debatido durante o ano de 2013 sobre a infraestrutura e o planejamento feito para recepcionar os visitantes e até mesmo os próprios lagunenses duran-te o verão. Problemas como o do esgoto a céu aberto na Praia do Mar Grosso agora somam-se a outros fatores que impactam negativamente na temporada de verão em La-guna.

Mesmo com solici-tações por parte das enti-dades durante todo o ano, poucas atitudes foram tomadas para resolver o caso em definitivo. Medi-das paliativas foram toma-das, porém, mostram-se ineficazes. Em abril de 2013, o vereador Andrey Pestana (PSD) enviou requerimen-to ao executivo pedindo solução imediata e não ob-teve retorno. Ainda no mesmo requerimento, o vereador faz questão de enfatizar o compromisso dessa ges-tão, que então havia 115 dias de governo, o impacto causado no meio ambiente e na saúde pública, além de fazer lembrar do impac-to também no potencial tu-rístico do balneário. “Em uma cida-de que se preocupa com o meio ambiente, com o planejamento urbano da mesma e, com um futuro de desenvolvimento eco-nômico social, este pro-blema precisa ser atacado urgente, afinal de contas, em pleno século 21, não

poderíamos estar pas-sando por este problema ambiental e de saúde pú-blica. Nossa cidade possui um enorme potencial tu-rístico e que por diversos motivos, não conseguimos deslanchar e incrementar seu desenvolvimento e, in-discutivelmente, tal fato é extremamente prejudicial aos moradores e aos turis-tas que recebemos. É sabido por todos que um problema grave como este de saneamento básico, que ataca diretamente aos princípios ambientais e ecológicos, bem como os de saúde pública, não é culpa da sua gestão de 115 dias de go-verno, entretanto, quando sua administração assu-miu este governo, passou a ter a responsabilidade de resolver problemas atu-ais, problemas futuros e problemas herdados, sen-do este, de primordial im-portância e de urgência a ser atacado e resolvido o quanto antes.” Escreveu Andrey Pestana em seu re-querimento.

A prefeitura, em medida emergencial, la-crou as saídas de esgo-to impedindo que o mes-mo chegasse as areias da praia. Ainda em novembro, durante entrevista exclusi-va ao Folha Lagunense, o Prefeito Everaldo dos San-tos revelou estar buscando a parceria com a CASAN para a solução definitiva do caso antes do início da temporada e ainda res-saltou que a solução do problema não dependia somente da prefeitura. “Estou cobrando fortemen-te da CASAN quanto a esse

caso. No Mar Grosso a CA-SAN cobra um valor altíssi-mo para a taxa de esgoto. O que eu propus a CASAN é uma parceria técnica. O maior problema é o esgoto clandestino cloacal ligado à rede pluvial, a solução se-ria fazer uma ligação direta com o emissário submari-no. Gostaria muito de re-solver esse problema ainda nessa temporada, mas não depende só da prefeitura”. Respondeu Everaldo em entrevista ao Folha Lagu-nense ainda em novembro.

Sem ações concre-tas e eficazes, estamos em

plena temporada de verão e o problema ainda assom-bra os turistas e moradores da Praia do Mar Grosso.

Indagado sobre o assunto, o Secretário de Obras e Saneamento Or-lando Rodrigues se mos-trou tranquilo informar que a medidas estão sen-do tomadas na medida do possível e que, em breve, após a nomeação do novo Secretário de Planejamen-to, será designada uma reunião para se definir uma solução. “Esse é um proble-ma antigo, a rede é anti-ga e com a construção da nova orla, não foram dei-xados os devidos espaços para a rede de saneamen-to. Na próxima semana estaremos desobstruindo a tubulação existente para que a água possa seguir o percurso correto e não vá para a praia. O projeto para solucionar o problema é acabar com os esgotos clandestinos ligados a rede pluvial e construir galerias que vão do antigo calçadão até a Praça do Vila e que desemboque no sistema da Renê Rollin. A partir da no-meação do novo Secretário de Planejamento é que nos reuniremos para formu-lar o projeto e ir atrás dos recursos.” relatou Orlando Rodrigues.

Banhistas dividem as areias com o esgoto na Praia do Mar Grosso

Vedação dos bueiros se mostrou uma estratégia ineficaz para combater o problema

Page 5: Folha Lagunense - Edição#04

5FolhaLagunense 11 de Janeiro de 2014

REALIZECORRESPONDENTE

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Faltam farmácias 24 horas em LagunaSaúde

Aqueles que necessitarem de medicamentos de urgência e procurarem uma farmácia em Laguna após a meia-noite, encontrarão todas com as portas fechadas.

Por falta de segu-rança, as poucas farmácias que trabalhavam com o sistema de plantão deci-diram deixar o sistema e trabalhar com horário de expediente reduzido. Se-gundo Charles Menezes, proprietário de uma far-mácia localizada no Centro da cidade, a inseguran-ça foi a peça fundamental para a decisão, além de outros fatores como a falta de clientes durante a baixa temporada. “Trabalhamos 24 horas durante os últi-mos 5 anos, mas depois de sofrermos 3 assaltos decidi fechar. No último o assal-tante portava uma arma e colocou ela na direção do funcionário, aí não dá para correr risco.” relatou Char-les.

Durante o verão,

quando o número de pes-soas na cidade aumenta consideravelmente, os que necessitam de medicação de emergência precisam buscar o atendimento no hospital, como foi o caso de Luis Fernando Silva, tu-rista que, ao visitar a cida-de, necessitou de medica-ção para tratar uma crise de bronquite asmática e não encontrou nenhuma farmácia em funcionamen-to durante a madrugada. “Busquei em todos os bair-ros e não encontrei nenhu-ma farmácia aberta. Para quem sofre de asma, sabe--se que uma crise é facil-mente resolvível com uma dose de Aerolin que custa menos que R$10,00. Mas na falta de uma farmácia tive que ir ao hospital e fa-zer uma nebulização, acio-nar o plano de saúde e por

sorte o pronto-socorro es-tava tranquilo, senão po-deria até tirar a vaga de al-guém mais necessitado por causa de um problema que poderia ser tratado com uma bombinha.”explicou Luis Fernando.

Governo Municipal cria projeto Onda Limpa e intensifica limpeza das praias

Ação

A iniciativa tem a premissa de incentivar a consciência sustentável em moradores e turistas

Recolher o próprio lixo e colaborar com a ci-dade. Esse é o principal objetivo do projeto Onda Limpa. Criado pelo Go-verno Municipal, através da Secretaria de Turismo, as “pranchas de surf” car-regam caixas de sacolas plásticas para colaboração dos banhistas e frequenta-dores da orla. São 15 uni-dades nas praias do Mar Grosso, Praia do Sol e Farol de Santa Marta.

Além das “pran-chas”, o Governo Municipal distribuiu lixeiras nas orlas

das praias. A coleta dos de-jetos é feita pelas manhãs, através da Secretaria de Obras. O lixo é levado para o aterro sanitário.

Perigos

O lixo traz proble-mas não só para o meio ambiente, mas também para os banhistas e para a saúde da cidade. A conta-minação que ocorre atra-vés dos resíduos afeta a fauna e a flora, entupindo bueiros e causando doen-ças.

Algumas das doenças advindas da poluição das águas:

- Gastrenterite;- Cólera;- Disenteria;- Esquitossomose;- Hepatite A;- Febre Tifoide;- Contato com algas tóxi-cas;- Resíduos industriais tóxi-cos;- Irritações e infecções.

Por Mayra Lima

Por Romulo Camilo

Foto por Geraldo Gê/SECOM

Page 6: Folha Lagunense - Edição#04

6 FolhaLagunense

Marcinho Rodrigues

Vou tomar a liberdade de escrever em primeira pessoa, com a certeza de que muita gente vestirá a mesma camisa. Observo esta situação há já algum tempo e, numa conversa regada a vinhos frisantes, cavas e quitutes neste réveillon, veio-me à cabeça tratar do assunto. Como quarto fi lho – dito temporão – de um casal de conhe-cidos senhores de já certa idade, sempre senti um certo vazio quanto a algumas fi guras familiares. Meus avós (homens, pai de meu pai e pai de minha mãe) foram-me pessoas desconhecidas, pois já falecidos no dia em que fui esbulhado do conforto do ventre materno. Restaram apenas os relatos de sua personalidade, higidez. No caso do Vô Neném, codinome do Vô Ido, meu avô materno, de suas aventuras... Entre meu irmão mais velho e eu, há um lapso de dezessete anos. Nos idos de hoje, seguramente teria idade para ser meu pai. De certo modo, volta e meia insiste em agir dessa forma... Há suas desvantagens, mas os prós se sobrelevam. Do mesmo modo, os primos-irmãos. Os primeiros parceiros de nossas pequenas grandes aventuras. Para tal afi rmativa, deixo o empirismo de lado e permaneço tão-somente como observador de meus sobrinhos e de suas incessantes traquinagens. Acalme-se! Minha família vai muito bem, obrigado..., e meus primos-irmãos estão ótimos! Todavia, o degrau etário entre a gente é tamanho que, em algumas situações, fi co na dúvida em tratá--los, no vocativo, como primos. Por vezes me deparo chamando-os de tios, tias... e por aí vai. O tempo se demonstra novamente uma grata ferramenta e, pouco a pouco, essa sensação vai se atenuando. Nossos fi os de cabelo gradativamente diminuem seu volume e tonalidade, e a quase-igualdade passa a reinar com a maturidade adquirida. Graças a este lapso temporal entre um fi lho e outro, vi-me obrigado a buscar as fi guras de meu tempo, os meus parceiros de aventura. Tais situações fazem com que a gente acabe aumentando pouco a pouco o nosso núcleo familiar. Ao longo da vida, conhe-cemos pessoas diferentes, que passamos a denomina-los amigos. Alguns vêm e logo se vão, outros permanecem e se mantém com uma relação superfi cial; transformam-se em meros conhecidos. Alguns outros, geralmente em número inexpressivo, de tal modo a ser possível que contemos sua quantidade nos dedos de uma mão – ou, aos mais afortunados, das duas – ingressam na nossa pas-sagem Terrena de tal modo e com tamanha intensidade que acabam se tornando nossa segunda família. A família de nossa eleição. Aquela amizade que transcende. Aquele seu amigo que você seria capaz de, por inocência e ausência de algum termo no vocabulá-rio que descreva a relação, chamá-lo de irmão. Destaco este aparente equívoco pois, de um modo geral, se por acaso fossem irmãos natu-rais – desses, fi lhos de pelo menos um dos mesmos genitores – talvez não possuíssem a mesma afi nidade um com o outro como ocorre. O suprassumo da empatia. A “Tia” – como costumamos nos referir carinhosamente às mães de nossos amigos – pouco a pouco passa a se revestir da fi gura materna, tamanha a ternura de seu abraço, pelas orações e pela torci-da. Aquela lacuna do avô se torna preenchida: o tratamento “Senhor” ou “Seu Fulano” é substituído por um sonoro “Vô”. Da mesma forma com seus tios e primos, ainda que um tanto mais jovens. Igualmente, os pais de nossos (no meu caso) futuros cônjuges. Não sei se sou um sujeito de tamanha sorte por ter jamais conhecido aquela fi gura caricata desenhada nas rodas de bar: a sogra, recoberta por escamas crotálicas, ardilosa, com um chocalho na ponta da cauda e pronta para dar o bote. Um carinho materno, como uma borracha, apaga o personagem folclórico. O pretenso sogro, de igual modo, entre uma e outra dose de um sempre bom scotch ou de um bom vinho, com os ensinamentos e o traçado do caminho das pedras, adquiridos de uma vida de esforço e trabalho dedicado à família. Seria injusto ou mesmo inadequado adotar-se a acepção técnico-jurídica de parentesco por afi nidade ou parentesco socioa-fetivo. Prefi ro ousar e denominar como minha segunda família. A família que construí. À primeira vista, esse texto pode parecer um tanto pessoal demais para a coluna. Contudo, valho-me da premissa de não ser o único e exclusivo ser deste universo a receber esta verdadeira bênção.

[email protected]@folhalagunense.com.br

coluna

11 de Janeiro de 2014

Após 25 anos sem shows internacionais Laguna recebe Blaze Bayley

Eventos

Diversão

Por Mayra Lima

Santo Daime: a descontração com um toque alternativo“É uma sala de reunião aberta”, afi rma Gustavo Borges, um dos proprietários do local. O anseio de ter seu próprio negócio sem-pre rondou os pensamen-tos de Gustavo Borges. Foi em uma conversa com seu amigo de infância Romulo Moreira que a vontade de abrir algo junto surgiu. De conveniência à tabacaria chegaram à conclusão de que um bar era a opção cer-ta. Nasceu o Santo Daime. Localizado no Mar Grosso, o barzinho já conquistou mo-radores e turistas.

Seria um lugar para receber qualquer tipo de tribo e agregar a arte. “É uma sala de reunião aberta. Muita mente pensante vem até aqui e cria ideias e pro-jetos através das conversas que fl uem. A nossa vonta-de desde o início era essa, ter um lugar onde opiniões possam se propagar”, afi r-ma Gustavo.

Com a dimensão que o local vem toman-do em apenas três meses de funcionamento, os pro-prietários tem vontade de aumentar o local. “Nossa vontade é aumentar nosso bar. Temos propostas de eventos aos domingos que sempre recebem um públi-co grande e diversifi cado”, relata Romulo.Segundo Gustavo, por mais que sejam realizadas fes-tas no local, o Santo Dai-me não cobrará entrada. “Nós nunca vamos cobrar

para entrar no nosso bar. O que queremos é realizar es-ses eventos com a intenção de que nossos clientes curtam cada vez mais”, comenta.

Arte Com um ambiente despojado, o bar é carregado de obras de artistas da região. Além do material, inúmeras pessoas chegam ao local para expressarem sua arte. Músi-ca, pintura, poesia e rap com-põem a estrutura do estabele-cimento.

Uma das culturas pre-gadas no Santo Daime é o movimento Hip Hop . “Exis-tem muitos artistas em Lagu-na que precisavam de um es-paço pra mostrar do que são capazes. Muitos nem acredi-tavam na dimensão da arte que possuíam”. Além do Hip Hop, o

local é aberto para todo e qualquer tipo de expressão. “O bar é completamente al-ternativo. Qualquer público que chegar até o Santo Daime vai se sentir a vontade. Além disso, recebemos materiais relacionados à arte que agre-guem ao bar. Estamos aber-tos a projetos para exposição e parcerias”, afi rma Gustavo.

O nome Santo Daime é uma manifestação religiosa sur-gida na região amazônica. Consiste em uma doutrina espiritualista onde a prática é essencialmente individual, sendo o autoconhecimento e internalização os meios de obter sabedoria e corrigir de-feitos para alcançar a perfei-ção.

O ex-vocalista da banda Iron Maiden é atração do 3º Laguna Metal Fest

A cidade juliana será invadida pelos aman-tes do rock novamente no 3º Laguna Metal Fest. Desta vez, quem comanda a festa é o ex-vocalista da banda inglesa Iron Mai-den. Blaze Bayley passará por Laguna em sua turnê pelo Brasil que iniciou em dezembro. O evento será realizando no Summer Lounge, dia 18 de janeiro, a partir das 15h, no bairro Mar Grosso.

Segundo o pro-motor chefe do evento, Danniel Bala, Laguna ser palco de um show interna-cional traz grandes bene-fícios para a cidade. “Há mais de 25 anos que não recebemos um show inter-nacional. Blaze Bayley é um grande nome do rock e deverá atrair fãns de todo

Brasil. Esperamos receber mais de mil e trezentas pes-soas para o evento”, afi rma.

Além de Bayley, outra grande atração será a ban-da Korzus. Considerada a maior banda de thrash metal do Brasil. As duas atrações estão comemorando 30 anos de carreira.

As outras bandas que tocarão no evento serão: - Alta Voltagem (AC/DC Cover); - Anarchaos (thrash metal);- Abeastnence (heavy metal);- Su.C.K (Suruba na casa da Kelly) (hardcore);- Eletromotriz (southern metal);- Soul Of War (rock n’ roll);- TrustinFew (metalcore);

As (des)venturas de um temporão

Por Mayra Lima

Page 7: Folha Lagunense - Edição#04

7FolhaLagunense 11 de Janeiro de 2014

cessários para o seu pleno funcionamento. Por isso a sua diretoria esta convi-dando a toda a comunida-de a entrar nesta corrente de solidariedade para que ajudem com doações.

Estas doações podem ser feitas através de deposito na conta:

Centro de Educação Social e Cultural São Judas Tadeu

C/C: 1002578-8AG: 0359 – Banco Bradesco

Você poderá também fazer sua doação autorizando a Celesc a debitar qualquer valor mensalmente na sua fatura de energia elétrica.

Ou entrando em contato pelo telefone:

9999 4466 – Ir. Maria9161 8110 – Rogério8419 4508 – Joel

Creche Casa da Gente

Um sonho que virou realidade

Mais co-nhecida como a Creche da Barbacena, o Centro de Educação Social e Cultural São Judas Tadeu – “Casa da Gente”, localizado no Loteamento São Judas Ta-deu no Bairro Barbacena é fruto de um antigo so-nho daquela comunidade, cujas famílias trabalham em indústrias pesquei-ras, recebendo o mínimo para sua sobrevivência. A grande maioria das mulhe-res, ao se deslocar para seus trabalhos, não têm onde deixar as seus fi lhos,

por isso esta obra veio ao encontro das necessidades mais urgentes da comuni-dade. Projeto idealizado pela Irmã Maria, uma das antigas diretoras do Colé-gio Stella Maris, somado a um grupo de pessoas que formaram uma diretoria e juntos com muito traba-lho e dedicação levou este projeto a sua conclusão. Junto a esta equipe inicial somou-se um gran-de numero de pessoas e empresas, tanto de Lagu-na como de outros muni-cípios, que acreditaram na

se-riedade e im-portância desta causa e investiram seus esforços para que a mesma chegas-se a sua conclusão. A Creche Casa da Gente dará atendimento pedagógico e assistencial totalmente gratuito para mais de 40 crianças. As atividades ocorrerão em período integral, onde se-rão desenvolvidas ações educativas, nos aspectos físicos, psicológicos, cog-nitivos, sociais e culturais, sendo oferecido às crian-

ç a s alimentação e ma-terial escolar somado ao acompanhamento de pro-fi ssionais especializados e com capacitação em edu-cação infantil. Será matriculada toda e qualquer criança, desde que seus pais exer-çam comprovadamente al-gum tipo de atividade re-munerada. Mas tudo isso só será possível se a creche obtiver os recursos ne-

Mais co- por isso esta obra veio ao por isso esta obra veio ao encontro das necessidades mais urgentes da comuni-

se-riedade e im-

por isso esta obra veio ao

Laguna fecha 2013 como referência de empregos em SC

Empregos

O Relatório dos Postos Estaduais de Aten-dimento do SINE, refe-rente às vagas ofertadas e a quantidade de traba-lhadores encaminhados a emprego, colocados no mercado de trabalho, re-velam números favorá-veis à cidade. Para as 2140 va-gas captadas, foram en-caminhados 4527 tra-balhadores, dos quais 1034 foram contratados. A cidade juliana passou a frente de Joinville e Blu-menau, conhecidas pelas oportunidades de empre-go. O setor com maior

número de vagas de em-pregos preenchidas foi o da construção civil, fe-chando o ano com 729 trabalhadores emprega-dos. Segundo Elvis Pal-ma, responsável pelo Posto de Atendimento do SINE em Laguna, o setor é o que mais cresce em Laguna infl uenciado pela duplicação da BR 101 e a alta do mercado imobiliá-rio.

Com isso a ten-dência é que a economia da cidade fi que ainda mais aquecida para 2014, favorecendo o comércio de Laguna.

Laguna está credenciada como a cidade que mais empregou trabalhadores no estado de Santa Catarina no ano de 2013.

ΨΨCaroline

FernandesPsicóloga

CRP 12/11902

48 9911 288148 9124 8821

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Page 8: Folha Lagunense - Edição#04

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Grupo de Capoeira Camboatá realiza encontro mundial em Laguna

11 de Janeiro de 2014

O evento aconteceu no último final de semana, do dia 3 a 5 de janeiro. Já se ouvia de longe o som do berimbau. Mais de setenta Aba-dás brancos e cordas dançavam pela praia do Mar Grosso, e assim foi se formando a roda de espectadores em volta da roda de capoeira.

O acontecimento se repete a cada verão. Uma vez por ano, o Grupo de Capoeira Camboatá realiza em Laguna, o encontro das regiões nacionais e internacionais vinculadas ao grupo. São realizadas graduações, confraternizações e rodas de capo-eira pela cidade durante o fi nal de semana escolhido.

Segundo o graduado Gesso, responsável pelo grupo em Laguna, o intuito de realizar o encontro nessa época do ano é aproveitar as praias para a realização das rodas e levar a cultura não só aos moradores, mas também aos turistas. “É a melhor forma de disseminar a arte na cida-de. Essa é a época em que Laguna recebe muitas pessoas”, explica.

Do sul para o mundo

Foi em março de 2003, em Porto Ale-gre, Rio Grande do Sul, que nasceu o Grupo Camboatá. O mestre Tucano, fundador do grupo, tinha por intuito disseminar valores, realizar pesqui-sas e levar a cultura afro-brasileira para o mundo.

No Brasil, além de Santa Catarina, fazem parte do Camboatá os Estados do Rio Grande Do Sul, São Paulo, Paraná. Entre os participantes inter-nacionais, havia representantes do Uruguai, Inglaterra, Espanha, Irlanda e Portugal.

Em Laguna, o grupo existe desde 2010. Para Gesso, um dos principais objetivos do Camboatá é de formar

pessoas. “Eles aprendem os direitos e deveres nas aulas, não só como capoeiristas mas como cidadãos. É preciso saber usar o que se tem nas mãos. A capoeira é uma luta e deve ser ensinada com cuidado”.

Os benefícios da capoeira

A comunicação corporal, movimenta-ção, improvisação, o equilíbrio, força, assim como ritmo, noção de tem-po, refl exos e compreensão teórica são conceitos ensinados durante as aulas. Além disso, os movimentos da arte utilizam todos os músculos do corpo, proporcionando inúmeras qualidades físicas.

A prática constante melhora a re-sistência e desenvolve o sistema cardiorrespiratório. Uma aula de ca-poeira gasta em média 500 calorias. Astúcia, persistência e coragem tam-bém são ganhos durante as aulas.

A arte entre as crianças

A capoeira infantil é totalmente ha-bituada para os pequenos. Segundo Gesso, os golpes são os mesmos, entretanto ensinados com nomes de bichos e fl ores com o intuito de uma melhor memorização. “É reali-zado um treino diferenciado entre as crianças. Os golpes e ensinamentos são adaptados para cada idade. Hoje tenho alunos desde muito pequenos e que melhoram a agilidade, aten-ção, equilíbrio e demais benefícios que podem ser desenvolvidos en-quanto criança”, afi rma.

Saiba Mais:

Quem se interessar pela arte pode entrar em contato com o graduado Gesso pelo telefone: 84114474.