folha diocesana são josé dos pinhais - edição nº 9

12
FOLHA DIOCESANA FOLHA DIOCESANA São José dos Pinhais (PR)•ANO II número 09•Janeiro e Fevereiro de 2009 Distribuição Gratuita São José dos Pinhais São José dos Pinhais Tânia Jeferson Abadia Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente (PR), é a primeira trapista do Brasil e dom Bernardo é o primeiro Abade MosteirotrapistaéelevadoaAbadia Dom Bernardo Bonowitz recebeu a Benção Abacial passando a usar mitra, anel e báculo. págs. 6 e 7

Upload: folha-diocesena

Post on 10-Mar-2016

228 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

Folha Diocesana São José dos Pinhais é um veículo oficial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Izabel a Redentora, 1392 Centro - São José dos Pinhais

TRANSCRIPT

Page 1: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

FOLHA DIOCESANAFOLHA DIOCESANASão José dos Pinhais (PR)•ANO II número 09•Janeiro e Fevereiro de 2009 Distribuição Gratuita

São José dos PinhaisSão José dos Pinhais

Tânia Jeferson

Abadia Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo do Tenente (PR), é a primeira trapista do Brasil e dom Bernardo é o primeiro Abade

Mosteiro trapista é elevado a AbadiaDom Bernardo Bonowitz recebeu a Benção Abacial passando a usar mitra, anel e báculo. págs. 6 e 7

Page 2: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

2 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 2009 AGENDA DO BISPO EM JANEIRO E FEVEREIRO

EXPEDIENTE Folha Diocesana São José dos Pinhais Veículo ofi cial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Dona Izabel A Redentora, 1392. Centro - São José dos Pinhais Fone: (41) 3035-9800 / (41) 9127-1554 / e-mail: [email protected]: Bispo dom Ladislau Biernaski Conselho Editorial: Padre Aleixo Wardzynski de Souza, Padre Paulo Sgaraboto, Padre João Maria Stech, Diácono Douglas Marchiori e Leo Marcelo Plantes Machado. Jornalista responsável: Tânia Jeferson - MTB 5965/PR Diagramação: Anderson de Souza Publicidade: Nilson Vieira da Costa. Fone: 9162 4761 / 3398 6952 Circulação mensal: Araucária, Campo do Tenente, Contenda, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Piên, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Agudos do Sul. Tiragem: 10 mil exemplares / Impressão: Gráfi ca e Editora Helvética

01 – 09h00 Celebração do “Dia da Paz” – Catedral;19h00 Câmara de Vereadores – Posse das Autoridades Munici-pais;05 - Início das atividades no Cen-tro Diocesano;08 - 08h00 Participação na homenagem ao “Dia da Emanci-pação Política do Município”, na Prefeitura Municipal de São José dos Pinhais;10 - 19h00 Celebração de posse do Monsenhor Domingos Kachel em Mariental;11 - 09h00 Celebração na Cate-dral;19h00 Celebração na Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões em São José dos Pinhais;16 - Celebração Inter-religiosa na Mesquita Muçulmana de Curitiba – Confl ito de Gaza;17 - 19h30 Celebração de posse do Pe. Antonio em Tijucas do Sul;18 - 10h00 Celebração - Missa do Padroeiro na Paróquia de São Sebatião da Contenda em SJP; 21 - Expediente no Centro Dioce-sano;22 - 09h00 - Reunião com Coor-

denador da Sec. Est. do Trabalho, Emprego e Promoção Social, sobre “Economia Solidária”;23 - Expediente no Centro Dioce-sano; 25 - 08h30 – Celebração de posse do Pe. Leonardo em Agudos do Sul;26 - 10h30 Reunião com forma-dores;27 - 20h00 Celebração dos “140 anos da Imigração Polonesa no Brasil, em Curitiba;31 - 18h00 Celebração de posse do Pe. Celmo na Paróquia Senhor Bom Jesus em SJP;

FEVEREIRO01 - 10h00 Celebração de posse do Pe. Alcione em São Sebastião da Contenda;03 - Ecpediente no Centro Dioce-sano;04 - Expediente no Centro Dioce-sano;05 - 19h00 Reunião de Formação da Campanha da Fraternida-de/2009;06 - Expediente no Centro Dioce-sano;09 - 09h00 Missa de abertura do

Ano Letivo – Faculdade Vicentina;11 - Missa Primeiros Ministérios – Catedral;12 - Reunião com Presbíteros Diocesanos;13 - 18h00 Celebração de 25 anos de Ordenação Sacerdotal de Dom Dirceu Vigine na Catedral Basílica Menor de Curitiba;15 - 19h00 Celebração na Cate-dral;17 - Expediente no Centro Dioce-sano;19 - 09h00 Reunião do Conselho Pastoral;14h00 Reunião do Conselho Presbiteral;21 - 14h00 - Encontro dos Agri-cultores em Quitandinha;22 - 10h00 - Crismas na Paróquia Imaculada Conceição em Marien-tal;25 - Missa de Cinzas e Abertura da CF-2009 na Catedral;26 - Visita Pastoral na Paró-quia Cristo Rei em Campo do Tenente;27 - Visita Pastoral na Paróquia Cristo Rei em Campo do Tenente;28 - Visita Pastoral na Paróquia Cristo Rei em Campo do Tenente.

Ano Catequético

EDITORIAL Bispo Dom Ladislau Biernaski

Entre muitos eventos e comemorações, em 2009 te-remos o Ano catequético Nacional, que à luz do pri-meiro Ano Catequético Nacional (1959),e logo de-pois iluminado pelo Concílio Vaticano II, desenca-deou um intenso movimento catequético, e tem por

objetivo dar um novo impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado.

O tema do ano catequético é “Catequese, caminho para o dis-cipulado” e o lema: “Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão”. (cf. Lc 24,13-35).

O Ano Catequético terá sua culminância com a 3ª Semana Bra-sileira de Catequese que se realizará de 6 a 11 de outubro de 2009 em Itaici, Indaiatuba (SP).

Na intenção de realizar um processo participativo é que con-voco os párocos, como primeiros responsáveis pela catequese, juntamente com os agentes de pastoral leigos/as e de modo es-pecial os/as catequistas a dinamizar as atividades propostas para este evento.

Dado a relevância do tema e da necessidade de transformação de nossa Igreja em sua dimensão missionária, é de primordial im-portância que toda a comunidade paroquial refl ita o assunto, de forma que brotem compromissos transformadores.

Uma atividade importante é o estudo do Texto Base do Ano Catequético, o qual poderá ser refl etido nas reuniões dos conse-lhos paroquiais e comunitários de pastoral, nos grupos de cate-quistas e demais lideranças. Este subsídio está centrado na inicia-ção à vida cristã, no discipulado missionário, à luz do itinerário dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35) e com ênfase na catequese de adultos. Está organizado em três partes, seguindo o método ver-julgar-agir, resgatado e valorizado no Documento de Apare-cida (DA 19) e presente também no Diretório Nacional de Cate-quese (DNC 157).

Em nossa diocese a programação para este ano catequético já vem acontecendo desde 2008: realizamos uma motivação duran-te o evento UNIAÇÃO, quando as diversas vocações celebraram o mês vocacional mediante apresentações artísticas inspiradas na mística do ano catequético. Neste ano, no dia 19 de abril, teremos a abertura ofi cial que acontecerá nas paróquias da diocese.

Convido a todos para que participem deste momento rico na vida da nossa Igreja e de modo especial da catequese. Por isso, procure informações com a Coordenação da Catequese de sua Paróquia, anuncie na sua comunidade, fale aos demais catequistas deste acontecimento que com certeza trará novos frutos para a caminhada catequética em nossa diocese e na Igreja do Brasil. PADRES ANIVERSARIANTES DE FEVEREIRO

Paz e saúde, são os mais sinceros desejos de Dom Ladislau e do Conselho Presbiteral Diocesano

Data Nome

06/02 Padre Walmir Pacheco Cordeiro Aniversário de ordenação 08/02 Padre João Maria Rodrigues Stech Aniversário de ordenação 10/02 Padre Antônio Carlos Lancoski Portes Aniversário de nascimento14/02 Padre João da Silva Soares Aniversário de ordenação25/02 Padre Sérgio S. Nishiyama Aniversário de nascimento29/02 Padre Fabiano Kachel Aniversário de ordenação

* D

ata

s e h

orá

rios

podem

ser

alt

era

dos

AGENDA DA AÇÃO EVANGELIZADORA

CATEQUESE - Reunião da Equipe Diocesana

JANEIRO

xx

8h às 17h25

FEVEREIRO35-88810 a 1712121919202122, 23 e 24262627 a 01/02

19h -14h às 17h8h às 17h14h 19h30min.9h14h 14h 14h19h

SAV - Reunião mensal dos formadores

Reunião de Formação sobre a CF 2009 (para padres e lideranças das paróquias)

APOSTOLADO DA ORAÇÃO – Encontro Diocesano

CATEQUESE - Encontro para formadores de catequistas

SETOR JUVENTUDE - Reunião do Setor Juventude (Coordenação Diocesana)

Semana contra o alcoolismo

Centro Diocesano

PRESBÍTEROS DIOCESANOS - Reunião

PASTORAL DA SOBRIEDADE – reunião com coordenações paroquiais

CONSELHO DIOCESANO DE PASTORAL - Reunião

CONSELHO PRESBITERAL – Reunião

PASTORAIS SOCIAIS/CÁRITAS -Reunião do Colegiado

CPT – Encontro com camponeses

RCC - Alegrai-vos - Carnaval Cristão

Reunião da Equipe Diocesana do Projeto Missionário

Reunião de organização para a Romaria ao Santuário de N. Sra. do Rocio (3 representantes por paróquia)

CATEQUESE - Escola Catequética São José - Equipe de Coordenação

Salão Paroquial da Catedral São José

Par. Nossa Senhora Aparecida - Xingú

Salão Paroquial da Catedral São José

Centro Diocesano

Centro Diocesano

Centro Diocesano

Centro Diocesano

Par. Senhor Bom Jesus da Cana Verde - Quitandinha

Centro Diocesano

Salão Paroquial da Catedral São José

Seminário Dom Orione

-

Page 3: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 3

PARÓQUIAS DIOCESANAS

CATEDRAL SÃO JOSÉ DOS PINHAIS Telefone: 3282-0243 (Pe. Aleixo W. de Souza) (Pe. Fabio Junior Meira)Agudos do Sul - Par. Nossa Senhora da ConceiçãoTelefone: 0xx41-3624-1240 (Pe. Leonardo Eliecer Cruz Perez)

Araucária - Nossa Senhora dos RemédiosTelefone: 3642-1291 (Pe. Francisco Mazur) (Pe. Marco Aurélio Soares da Costa)Araucária - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3643-1491/3643-1342 (Pe. Claudio Valenga)

Araucária- Tomaz Coelho - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 3643-3349 (Pe. André Marmilicz)

Campo do Tenente - Par. Cristo ReiTelefone: 0xx41-3628-1292 (Pe. Estanislau Gogulski)

Contenda - Catanduvas do Sul - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3638-1161 (Pe. Marcos Miguel Valaski)

Contenda - Par. São João BatistaTelefone: 3625-1414 (Pe. Luiz Czarnecki)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora da LuzTelefone: 3608-1810 (Pe. Sergio Barbosa Amaral)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora de FátimaTelefone: 3608-1529/3608-0168 (Pe. Sérgio S. Nishiyama)

Faz. Rio Grande - Par. São Gabriel da Virgem DolorosaTelefone: 3627-1391/3627-4769 (Pe. Walmir Pacheco Cordeiro)

Lapa - Par. Santo AntonioTelefone: 3622-1484/9914-0312 (Pe. Emerson da Silva Lipinski) (Pe. Conrado Felski) (Pe. Marcos Kastel)Lapa- Mariental - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3639-1145 (Monsenhor Domingos Kachel)

Mandirituba - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3626-1185 (Pe. João Maria Rodrigues Stech)

Piên - Par. Nossa Senhora das GraçasTelefone: 0xx41-3632-1152 (Pe. Paulo Henrique Sgarabotto)

Piraquara - Par. Nossa Senhora AuxiliadoraTelefone: 3667-0678 (Pe. Lotário Welter) (Pe. José Vanol Lourenço Cardoso Jr.)

Piraquara - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3673-1265/3673-6249 (Pe. Gelsi Fiorentin) (Pe. Alírio Joaquin Aughebem)Piraquara - Par. Senhor Bom Jesus dos PassosTelefone: 3673-1694 (Pe. Dirceu Rudinik)

Quatro Barras - Par. São SebastiãoTelefone: 0xx41-3672-1144 (Pe. Rodinei Carlos Thomazella) (Pe. Aparecido do Nascimento)

Quitandinha - Par. Senhor Bom Jesus da Cana VerdeTelefone: 0xx41-3623-1240 (Pe. Aleixo Kochinski)

Rio Negro - Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 0xx47- 3645-0364 (Pe. Pedro Kohut) (Pe. Valério F. da Cruz)

Rio Negro - Par. Senhor Bom Jesus da ColunaTelefone: 0xx47-3642-0080 (Pe. José Airton de Oliveira) (Pe. Ozenildo Staviski)

S. J. dos Pinhais - Par. Nossa Senhora do Monte ClaroTelefone: 3382-3130 (Pe. Nikolaus Gelinger Gafeor) (Pe. Joares Duarte de Oliveira)

S. J. dos Pinhais - Par. São CristóvãoTelefone: 3282-0744 (Pe. Guilherme Giesen) (Pe. Mario José Steffen)

S. J. dos Pinhais - Par. São PedroTelefone: 3282-1394 (Pe. Leon Grzyska) (Pe. Raju Devarakonda)

S. J. dos Pinhais - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3081-4336 (Pe. Celmo Suchek de Lima) São José dos Pinhais - Colônia MuricyPar. Sagrado Coração de Jesus Telefone: 3635-1144 (Pe. Alojzy Fludra) (Pe. Jean Warjulewski)

São José dos Pinhais - Contenda da Roseira Par. São SebastiãoTelefone: 3634-1118 (Pe. Alcione José de Andrade)

São José dos Pinhais - Guatupê Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3385-4955 (Pe. Ednilson Turozi de Oliveira)

São José dos Pinhais - Xingú Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3282-3595 (Pe. Osvânio Humberto Mariano) (Pe. Antonio Lemos Costa)

São José dos Pinhais- Borda do Campo Par. Nossa Senhora Rainha da Paz Telefone: 3385-8345/3385-7194 (Pe. Jaime Schmitz) Tijucas do Sul - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 0xx41-3629-1124 (Pe. Antonio Bartolomeu da Cruz) (Pe. Germano Goethals Belga)

Igreja Católica dá início à Campanha da Fraternidade

QUARESMA

INICIADA COM A quarta-feira de cinzas, a Quaresma é o tempo litúrgico de conversão que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algu-mas protestantes mar-cam para preparar os fi -éis para a grande festa da Páscoa. De acordo com a igreja, é tempo para se arrepender de peca-dos e mudar algo para se tornarem melhores e viver mais próximos de Cristo. “A missa de cin-zas representa a nossa natureza. Como viemos do pó, retornaremos ao pó. É um momento para conversão e crença no evangelho”, disse Dom Ladislau Biernaski, bis-po da Diocese de São José dos Pinhais.

Durante este período os fi éis são convidados à penitência e à medita-ção através da prática do jejum, da caridade e da oração. “Essa penitência não é de sofrimento, é para a conversão, que signifi ca reorientar a vida e voltar para o caminho de Cris-to”, explicou o bispo.

A duração da Quaresma está base-ada no símbolo do número quarenta na Bíblia. É falado dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de pere-grinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de co-meçar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egi-to. Por isso ela dura quarenta dias.

Começa na Quarta-feira de Cin-zas e termina no Domingo de Ramos. “Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia do domingo, se faz um esforço para recuperar o ritmo e estilo de ver-dadeiros fi éis que devem viver como

fi lhos de Deus e irmãos entre si”, afi r-mou o bispo.

De acordo com Dom Ladislau, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. “Cada dia, du-rante a vida, devemos retirar de nos-sos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar nossa cruz com ale-gria para alcançar a glória da ressurrei-ção”, afi rmou.

A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Con-servada com bastante vigor, ao menos em um princípio nas Igrejas do orien-te, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada

no ocidente, mas a igreja aconselha a observar um espírito penitencial e de conversão.

CampanhaCriada em 1964, a

Campanha da Fraternida-de (CF) tem sempre um tema humanitário propos-to pela CNBB. O tema da campanha de 2009 é Fraternidade e Seguran-ça Pública. Assim como o lema, “A paz é fruto da justiça (Is 32,17)”. A CNBB pretende, com esta campanha, debater a segu-rança pública com a fi nali-dade de colocar na criação de condições para que o Evangelho seja mais bem vivido em nossa sociedade por meio da promoção de uma cultura da paz, funda-mentada na justiça social (texto base pg 13).

De acordo o site da CNBB, uma das moti-vações para que o tema da CF de 2009 seja a Se-

gurança Pública foram os constantes pedidos feitos pela Pas-toral Carcerária, que cuida da evan-gelização em unidades prisionais de todo o País. Além da Pastoral Carcerária, as dioceses e as regio-nais da Conferência por todo o país também solicitaram a adoção desse tema. O objetivo geral é suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cul-tura da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efe-tivamente na construção da justiça social que seja garantia de seguran-ça para todos.

A CF é especialmente manifes-tada na evangelização libertadora, clama a renovar a vida da Igreja a transformar a sociedade, a partir de temas específi cos, tratados à luz do Projeto de Deus.

Movimento começa junto com a Quaresma, tempo para refl exãotânia Jeferson

Page 4: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

4 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 2009

PASTORAL FAMILIAR

DIACONATO PERMANENTE

A igreja e o diaconato permanente no Brasil

Assinalamos dois grandes momentos do diaconato permanente para a Igreja no Brasil. O primeiro deles em nível estadual, nos dias 30 e 31 de janeiro e 01 de fevereiro, sediado na Diocese de Palmas/Francisco Beltrão, e realizado na Casa de Formação Divino Mestre, situada no Monte Tabor, em Francisco Beltrão- Paraná.

Na ocasião, o farmacêutico-bioquímico professor Luciano Fer-reira Silva, mestre e doutor da Universidade de Ponta-Grossa, tam-bém aluno da Escola Diaconal daquela cidade. Auxiliado por sua es-posa, abordou o tema Bioética, com destaque para “Célula Tronco Embrionária”. Exatamente aí aonde inicia-se a vida.

No Paraná, o programa fundamentou-se num estudo aprimora-do do Documento de Aparecida, com a efi ciente preleção do padre Geremias, da própria diocese local, que ainda celebrou a Santa Mis-sa. Este evento, de singular importância, também foi prestigiado por Dom José Antônio Peruzzo, bispo da Diocese de Palmas/Francisco Beltrão-Paraná. Usando da palavra, trouxe seu apoio e incentivo aos diáconos permanentes e respectivas esposas. Após sua palestra, o bispo presidiu a Celebração Eucarística, cuja homilia, de profunda espiritualidade, além dos excelsos ensinamentos, transmitiu a ternu-ra e poesia que há na alma de um homem inspirado pelo Senhor. Houve ainda uma reunião entre coordenadores do Sul II, defi nindo metas para os trabalhos, cujos propósitos publicaremos nas futuras edições deste jornal.

O segundo grande acontecimento (em Itaici) foi o IV Encontro Nacional de Formação Permanente de Diáconos e Esposas, realiza-do nos dias 5 a 8 de fevereiro. Um grande e aprimorado programa foi montado para contemplar os mais variados assuntos dentro da vida diaconal de homens, na maioria quase absoluta, casados, que dedicam-se ao diaconato permanente.

“A família do Diácono, casa e escola de comunhão”, foi a abor-dagem feita por dom Dimas Lara Barbosa. “A família do Diácono e a experiência com Cristo”, desempenho e profundo conhecimento, foi a palestra feita por monsenhor João Alves Guedes, diretor da Escola Diaconal de Niterói. Outros temas relativos ao diaconato no Brasil foram abordados por casais e com considerações dos participante (diáconos e esposas).

Em São José dos Pinhais contamos com 20 diáconos já atuan-tes, nove alunos que concluíram o curso diaconal e receberam os Ministérios de Acólitos e Leitores no dia 11 de fevereiro de 2009, às 19 horas na Catedral de São José pelas Orações de Dom Ladislau Biernaski, mui digno bispo de nossa Diocese. Contamos ainda com sete alunos inscritos na Escola Diaconal São Filipe, em Curitiba, iniciando o curso.

Por diácono Arthur Conrado Drischel

Diocese de São José oferece curso de formação para agentesPor Pe. Alcione José de Andrade*

“Onde existe uma pastoral da família esclarecida e efi caz, assim é mais fácil que ressoe nela a voz de Deus e essa voz seja mais generosamente escutada.” (Concílio Vaticano II)

O PAPA JOÃO PAULO II, de sau-dosa memória, que permanecerá entre nós para sempre como Papa da Família dizia: “A Pastoral Familiar é sempre prioritária em nível mundial, continental, nacional, regional, dioce-sano, paroquial e comunitário. O bis-po, que investe na Pastoral Familiar, a seu tempo, colhe os frutos previstos”.

Sendo assim, é um dever dos bis-pos e párocos promover a Pastoral Familiar em suas dioceses e paró-quias. A família é a primeira de todas as sociedades instituída pelo próprio Deus. A Pastoral Familiar visa ofere-cer aos casais e jovens os princípios bíblicos e pastorais que os orientam dentro do matrimônio elevado por Cristo à dignidade de Sacramento.

A Pastoral Familiar está empenha-da em orientar os adolescentes e jovens para que escolham bem sua vocação, de acordo com o plano de Deus. Uns são chamados para o sacerdócio e vida religiosa e a maioria para o matrimô-nio. A Pastoral Familiar está preocupa-da com a preparação para o matrimô-nio no namoro, noivado e casamento, desde a Crisma e na pastoral dos ado-lescentes jovens. A Pastoral Familiar é prioritária em todas as paróquias. Em nenhuma pode faltar esta pastoral. É omissão grave, se não existe.

É por isto e nesta motivação que foi fundado o Curso de Formação de Líderes ou Agentes da Pastoral Fami-liar da Diocese de São José dos Pi-nhais e que terá início dia 8 de março de 2009, com missa de abertura às l5 hora na Paróquia Senhor Bom Jesus, em São José dos Pinhais. O prazo fi -nal de envio das fi chas de inscrição é 28/02. O valor da inscrição: R$ 25,00 (por casal) e Mensalidade: R$ 20,00

(por casal). A taxa de inscrição deve ser paga até a missa de abertura, e se-rão disponibilizadas três vagas (casais) por paróquia.

Qualquer dúvida entrar em contato pelo email: faustino.fi [email protected] ou pelo 3035- 9800 (Centro Dioce-

sano) - Falar com Léo ou Pe. Alcione. Papa João Paulo II : “O futuro

do mundo e da Igreja passa pela fa-mília” (F. C. n.º 75)

Pastoral fortalece oslaços familiares em Cristo

* Pe. Alcione José de Andrade é assessor da Pastoral Familiar

Page 5: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 5

CATEQUESE

A Catequese e a Campanha da FraternidadeANO NOVO, VIDA NOVA – costumamos dizer. Esta-mos recomeçando.

Alguns dizem: Ai, vai come-çar tudo de novo! Talvez pos-samos dizer esta mesma frase de modo diferente: Vai come-çar tudo novo!

E começar tudo novo pode signifi car: avaliar o que passou e fazer como São Paulo reco-menda – examinar tudo e reter só o que é bom; reorganizar a rotina que impede a refl exão e buscar o melhor jeito de servir; olhar e ouvir bem o hoje de nossa realidade e sentir as ur-gências e prioridades; crer com mais força no Espírito que conduz a Igreja, apesar da so-frida condição do nosso povo, que é povo de Deus; planejar e aprender coisas novas de mui-tas maneiras, no contato com a Palavra de Deus, ouvindo a Igreja, trocando experiência com os companheiros e dando valor à sabedoria de todos; des-cobrir e trazer para a catequese a linguagem de nosso tempo, aquela que vai permitir anun-

Léo Marcelo Plantes Machado*

ciar a Boa Nova com gosto e ímpeto de paixão nova.

O mês de fevereiro começa a abrir nossos horizontes para a grande festa que começa a vislumbrar: Páscoa! Quanto maior a festa, maior também a sua preparação. É da boa pre-paração que depende a intensi-dade da alegria da festa. Assim, somos convidados durante o tempo da Quaresma, para um momento de refl exão, peni-tência e conversão. A Igreja do Brasil todo o ano nos pede para participarmos ativamente da Campanha da Fraternidade numa atitude de verdadeira pe-nitência e conversão. Este ano, há que se fazer uma refl exão profunda sobre a “Fraterni-dade e segurança pública”. A escolha do tema mostra a pre-ocupação da Igreja no Brasil em criar condições para que o Evangelho seja melhor vivido na sociedade que está se tor-nando cada vez mais violenta e insegura para as pessoas.

Para nós, catequistas, há ainda mais uma exigência: de-

vemos engajar nossos catequi-zandos, nesta Campanha. Hoje fala-se tanto em “interação de fé e vida”, e “ atividades trans-formadoras” que fazem parte indispensável de um catequese renovada. Eis agora o momen-to! Vamos conversar com nos-so grupo de catequistas e com as lideranças da comunidade para juntos planejarmos nossa atuação durante a Quaresma, dentro do objetivo da Cam-panha da Fraternidade. Toda a comunidade deve viver este momento, planejando, agindo, celebrando. Que ninguém fi que de fora. Também a catequese deve participar envolvendo os catequizandos nas refl exões, celebrações e ações.

Se a Campanha for bem planejada haverá espaço tam-bém para os catequizandos entrarem em ação. Assim será um momento de uma cate-quese conscientizadora, de participação ativa, de gestos bem concretos.

ANO CATEQUÉTICO 2009

Caminho para o discipulado

APROVADO POR UNANIMIDADE, EM ASSEMBLÉIA Geral dos Bispos do Brasil, a CNBB realiza em 2009 o segundo Ano Catequético Nacional, celebrando os 50 anos do primeiro Ano Ca-tequético, ocorrido em 1959. Com o tema: “Catequese, caminho para o discipulado”, em sintonia com o Documento de Aparecida (DA), e o lema: “Nosso coração arde quando ele fala, explica as Escrituras e parte o pão” (Lc 24, 32-35), esse ano catequético quer despertar para a importância de se aprofundar e amadurecer na fé, levando ao encontro pessoal com Cristo que nos torna discípulos missionários caminhando em direção aos irmãos, à comunidade e à missão. Esse caminho nos ins-pira ao aprofundamento nas Escrituras, na Liturgia, na Evangelização e na ação Pastoral.

O texto que inspira o Ano Catequético tirado do livro de Lucas, Dis-cípulos de Emaús, nos leva a refl etir sobre o encontro com Cristo que se faz presente no Caminho, na Palavra e na Eucaristia. Encontro esse que nos anima à partilha com os irmãos e à caminhada em missão.

O objetivo geral do Ano Catequético é “dar um impulso à catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado”. A catequese faz parte da ação evangelizadora, pois toda evangelização também é ca-tequizadora. Portanto catequizar é compromisso de todo o cristão. Ao mesmo tempo necessita-se urgentemente incentivar o encontro pessoal com Cristo que leva ao seguimento e nos torna discípulos missioná-rios agindo concretamente dentro de uma comunidade. Isso se tornará possível se toda a Igreja adotar uma catequese de processo formativo, sistemático, progressivo e permanente.

A abertura ofi cial do Ano Catequético, nas Paróquias e Comuni-dades, acontecerá no 2º Domingo da Páscoa, dia 19 de Abril. Bem vindos(as) a 2009, o Ano Catequético Nacional!

Laudenir Antonio Martins Ramos*

* É membro da Equipe Diocesana de Catequese

* Léo Marcelo Plantes Machado é assessor diocesano da Catequese

FORMADORES DE CATEQUISTAS SE REÚNEMA Iniciação Cristã foi um dos temas de estudo

A equipe de Catequese da Diocese de São José dos Pinhais reuniu, no último dia 08 de fevereiro, catequistas formado-res das paróquias que compõem a diocese. Este encontro faz parte das atividades do Projeto de Formação de Catequistas, im-plantado na diocese em agosto de 2007, que prevê em uma de suas ações a cria-ção de escolas paroquiais de catequese.

No encontro estiveram presentes 160 forma-dores representando 28 paróquias. Durante o dia foram realizadas sete ofi cinas de estudo e uma palestra. Em cada ofi cina foi discutido um tema que faz parte do currículo da escola paroquial.

A palestra versou sobre a Iniciação à vida cristã. “Tratar o tema da Iniciação à vida cristã hoje em dia signifi ca resgatar a origem de nosso ser cristão, daquilo que nos constitui como mem-

bros do corpo de Cristo e portadores de uma vida nova, num mundo tão conturbado quanto o que vivemos hoje atraves-sando uma mudança de época”, diz o assessor do Encontro, o doutor em liturgia e responsável pela editoria de catequese das Paulinas Editora, padre Antônio Francisco Lelo.

Page 6: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

6 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 20096 e 7 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais •Janeiro e Fevereiro de 2009

ELEVAÇÃO

Mosteiro de CamTenente é elevadDom Bernardo Bonowitz é o primeiro Abade e

OMOSTEIRO DE Nossa Senhora do Novo Mun-do, em Campo do Tenente, PR, foi

elevado à condição de Abadia da Ordem dos Cistercienses da Es-trita Observância (OCSO). O dia escolhido para essa solenidade, 11 de novembro, era o dia litúrgico de São Martinho de Tours, considera-do o fundador do primeiro mostei-ro do Ocidente.

Dom Bernardo Bonowitz, até então “prior”, recebeu a Bênção Abacial, passando a usar a mitra, o anel e o báculo, como primeiro aba-de do Mosteiro de Nossa Senhora do Novo Mundo. Ele é o “Abba”, quer dizer, o “pai” de 14 monges professos (o Mosteiro atingiu no m do ano o número mínimo de

membros para se tornar Abadia) e mais 10 professos simples. São portanto 24 monges que ali se de-dicam à “vida contemplativa”.

Presidiu a celebração, e a Bên-ção Abacial, Dom Ladislau Bier-naski, bispo de São José dos Pi-nhais. Estavam presentes também Dom Albano Cavallin, arcebispo emérito de Londrina, Dom Irineu Scherer, bispo de Joinville, Dom Walter Michael Ebejer, bispo eméri-to de União da Vitória e Dom João Bosco, bispo diocesano de União da Vitória. Na capela do Mostei-

ro, inteiramente tomada por sacer-dotes, religiosos e leigos oblatos, e amigos dos trapistas, estavam tam-bém Abades e religiosos de outras Ordens monásticas, como os bene-ditinos, camaldulenses, e também irmãs de diversas congregações.

Dom Bernardo recebeu com humildade e reverência o honroso título de Abade. Seu lema “Abba, Pai”, expressava a própria natureza do encargo assumido. Com sim-plicidade e bom humor, que são sua característica, expressou seus agradecimentos aos presentes, en-tre eles, o fundador da Trapa, Dom João Eudes, e também Dom John Denburger, Abade de Nossa Se-nhora de Genesee, Nova Yorque, a casa-mãe de onde partiram os primeiros trapistas americanos que vieram ao Brasil, em 1977.

Os monges da Ordem Cis-terciense da Estrita Observância chamam o mosteiro de “Trapa” e são conhecidos como monges “trapistas”. Isso, em razão do pri-meiro mosteiro da Ordem que se formou na localidade de La Trappe, na França. Na trapa, eles vivem em permanente oração, trabalho e con-vivência fraterna. A disciplina, e os exercícios espirituais, longe do bulí-cio do mundo, permitem ao monge escalar as alturas mais exigentes da espiritualidade e da vida com Deus na oração, e cumprir o objetivo mais

importante e difícil da vida monás-tica: a prática da caridade perfeita.

Dom BernardoDom Bernardo Bonowitz nas-

ceu em Nova York, Estados Uni-dos em 1949, primogênito de fa-mília judia, de ascendência russo-polonesa.

Seus estudos superiores foram feitos no Columbia College de Nova York, onde se formou em letras clássicas em 1970. Aos 18 anos converteu-se ao cristianismo, sendo batizado na Abadia Trapista de São José, Massachussets.

Tenta ser monge trapista mas, de início, é recusado por ser extroverti-do e estudioso demais. Ingressa en-tão na Companhia de Jesus em 1973 e é ordenado sacerdote em 1979. Fez estudos na Alemanha para doutora-do em teologia mística.

Nunca abandonando a idéia da vida monástica, nalmente, em 1982, entrou na Ordem dos Trapistas (Cisterciences da Estrita Observância) em Spencer, no mes-mo mosteiro onde foi batizado.

Professou seus votos solenes em 1986 e, no mesmo ano, foi no-meado mestre dos noviços. Exer-ceu esta função até 1996, quando foi eleito prior do Mosteiro Nos-sa Senhora do Novo Mundo em Campo do Tenente, Paraná.

Destacam-se entre seus escri-

Padres, bispos, abades, religiosos e leigos oblatos participaram da cerimônia

Dom Ladislau presediu a celebração de elevação do Mosteiro

Celebração foi rica em simbologias

pag06_07_edicao09.indd 1 12/2/2009 16:03:20

Page 7: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 7

mpo do do a Abadia

e Abadia é a primeira do Brasiltos artigos sobre São Bernardo, Espiritualidade Monástica, a Regra de São Bento, Thomas Merton, De Rancé, e a tradução de dois estu-dos biográ cos sobre Edith Stein.

Tem conduzido retiros e proferi-do conferências e palestras em vários

locais no exterior e em algumas cida-des de nosso país. Desde 1999, Dom Bernardo faz conferências e prega retiros anuais no Rio de Janeiro, pro-movidos pela Sociedade dos Amigos Fraternos de Thomas Merton. (Fonte: Instituto Ciência e Fé)

Dom Ladislau e Dom Bernardo: momento em que o abade recebe o anel

O já abade Dom Bernardo com o bispo Dom Ladislau: alegria

Benção para a Mitra

fotos: Tânia Jeferson

pag06_07_edicao09.indd 1 12/2/2009 16:03:20

Page 8: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

8 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 2009

Ordenação do Padre Valério

Jovens padres e diáconos atuam em diversas regiões evangelizando o povo de Deus

ORDENAÇÕES

Diocese de São José dos Pinhais ordena padresTRÊS PADRES E DOIS diáconos foram ordenados em dezembro úl-timo por dom Ladislau Biernaski, bis-po da Diocese de São José dos Pinhais. Centenas de pessoas prestigiaram as missas que também tiveram a presença de muitos padres. Na noite de sexta-feira (12/12/08) Fabio Junior Meira (que desenvolve hoje seus trabalhos na Catedral de São José dos Pinhais), e José Vanol Lourenço Cardoso Junior (na Paróquia de Piraquara) receberam a ordenação presbiteral no Santuário São Benedito, na Lapa.

Na manhã de sábado (13/12/08) foi a vez de Valério da Cruz ser orde-nado padre na Paróquia Bom Jesus, em São José dos Pinhais. Ele está na Paró-quia Nª Senhora Aparecida, de Rio Ne-gro. Lucas Muchau e Odair José Durau foram ordenados diáconos na tarde do domingo (14/12/08) na Catedral de São José dos Pinhais.

Segundo dom Ladislau, as ordena-ções dos jovens líderes representa mais força para a Diocese e para o povo de Deus. “Desejo que vocês continuem assim, sempre jovens, jovens de espíri-to e com entusiasmo e rezando sempre para o povo de Deus”, disse durante uma das celebrações.

Para todos os amigos e católicos que sempre conviveram e ainda convivem com os ordenados nas suas escolhas e obrigações fora ou dentro do universo que a Igreja Católica, as cerimônias fo-ram enternecedoras e inesquecíveis.

“É uma alegria muito grande ver o fi lho se ordenar. Deus escolhe e a gente dá o fi lho para a missão. Me sinto muito

orgulhosa. Quem estiver na mesma situ-ação, eu aconselho que siga o caminho, pois é muito bonito”, disse Darci San-ches da Cruz, mãe do padre Valério.

No discurso, a mensagem dos cinco novos ordenados teve o mesmo sentido, apenas com palavras diferentes. Todos falaram sobre a alegria em vir as pessoas presentes ali e como o momen-to fi cará guardado na lembrança. “Mui-tos sinais marcaram essa ordenação e é muito bonito ver toda essa família uni-da”, disse Valério. “É muito bonito ver a paróquia se organizando para receber essa festa e a oração de tantas pessoas por nós”, falaram Odair e Lucas.

Rito da ordenação Diferente das missas comuns, a mis-

sa de ordenação presbiteral e diaconal, além de muito bonita, possui ritos signi-fi cativos para a fé cristã. Após a liturgia, cantos e leituras, acontece a apresenta-ção dos candidatos, feita pelo reitor do seminário, padre João, ao bispo.

Os candidatos se fazem presen-tes, o reitor pede a ordenação, o bispo pergunta se o candidato é digno do ministério e então são aceitos. Acon-tece então a homilia, quando os can-didatos são questionados sobre a von-tade de realizar a missão de sacerdote ou diácono (que neste caso precede a ordenação para padre). Após a ho-milia, a ladainha de todos os santos é entoada por todos. Depois disso, um momento muito importante é o da imposição das mãos, a oração consa-gratória, a unção com óleo da crisma e a entrega dos paramentos.

PS.: Lucas Muchal se desligou do minis-tério em janeiro.

Padres Fabio Junior e José Vanol

Por TÂNIA JEFERSON

Ordenação dos diáconos Lucas e Odair

fotos: Tânia Jeferson

Jovens padres e diáconos atuam em diversas regiões evangelizando o povo de Deus

Diocese de São José dos Pinhais ordena padres

Page 9: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 9

Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz realiza assembléia paroquial

CONGRESSÕES RELIGIOSAS

“Os frutos dão

testemunho do bem”

Família Salvatoriana: Vidas a Serviço da Vida!QUERO CONVIDAR VOCÊ a conhecer uma história real, de vida, doação, dedicação e muitos, muitos frutos. Não apenas uma vida, mas a história de muitas vidas que se unem num mesmo ideal: “Tornar Jesus Salvador conhecido e amado” a fi m de “salvar as almas” e levar a todos a experiência de um amor in-condicional. Vamos lá?

Em dezesseis de junho de 1848, num pequeno povoado da Alemanha chamado Gurtweil, nasce uma criança que irá tornar-se uma voz inesquecível para a Igreja de todos os tempos: João Batista Jordan. Nasce pobre, cresce em meio a inúmeras difi culdades de sobrevivência, perde o pai muito cedo e fi ca responsável em ajudar sua mãe na manutenção da casa.

Em meio a difi culdades pela luta cotidiana da vida Jordan sente den-tro de si um chamado, uma indigna-ção com o sofrimento humano, com as injustiças, com o caos provocado pela IIª Gerra Mundial. Sofre com a perseguição da Igreja Católica por parte do governo. Jordan sente-se tocado por Deus a fazer algo! A ex-periência de Jordan leva-o a concluir que o sofrimento humano é fruto do desconhecimento de Deus. É fácil perceber isso em dois de seus pensamentos: “Precisamos tornar Jesus o Salvador conhecido e ama-do de todos os meios e modos” e “é preciso popularizar as verdades teológicas”.

Indignado e sentindo-se chamado, Jordan decide tornar-se padre e con-vidar outros e outras a formar uma imensa família de zelosos apóstolos. Podemos sintetizar a experiência, o Chamado Vocacional e o ardor mis-sionário de Jordan pela frase: “Nin-guém ama aquilo que não conhece, e ninguém esquece aquilo que ama”. Por isso é tão importante para ele tor-nar Jesus conhecido e amado por to-dos. Porque a partir do conhecimento do amor de Cristo pelo ser humano, também as pessoas passam a amar mais, a respeitar-se mais e assim é pos-sível construir uma sociedade justa e fraterna.

Desse chamado nasce não só a

vocação ao sacerdócio, mas a voca-ção de fundar uma Sociedade Apos-tólica: a Família Salvatoriana. Hoje somos milhares de irmãs, irmãos, padres, leigos e leigas no mundo todo, lutando pra tornar sempre

mais amado o Salvador. Nessa altu-ra de nossa história, tenho o prazer de apresentar-lhe querido/a leitor/a um testemunho de vida de uma jo-vem que dá continuidade à missão iniciada por Padre Jordan.

Ir. Michelly Kheidy Borges Battisti, sds

Pe. Jordan

No dia 30/11/2008, foi realizado na Paróquia Nossa Senhora Rainha da Paz, em Borda do Campo São José dos Pinhais – setor Piraquara –, a assembléia paroquial 2009, início às 8 horas com a santa missa presidida pelo pároco Pe. Jaime, realizada na comu-nidade São Sebastião.

O evento teve a participa-ção de todas as comunidades da paróquia e coordenações paroquiais. Cerca de 75 pes-soas se envolveram para que a assembléia acontecesse.

Os temas trabalhados foram: “As diretrizes da ação evangelizadora” e “Família, vocação e pastoral social den-tro de uma igreja missionária”.

Buscando as formas mais ideais para trabalhar essas diretrizes em 2009, a comu-nidade tem a confi ança em Deus que 2009 será um ano cheio de muitas graças e a igreja terá uma nova imagem: “o rosto do Cristo servidor”.

Cerca de 75 pessoas se envolveram para que o santo evento acontecesse

ANIVERSÁRIOA Diocese de São José dos

Pinhais – segunda do Paraná

em população – comemora

no próximo mês dois anos de

instalação. O bispo disse que

após esse período, as dire-

trizes da diocese continuam

focadas na evangelização com

missões populares permanen-

tes, a promoção da dignidade

da pessoa humana e às voca-

ções sacerdotais, além dos

ministérios leigos. A Folha Dio-

cesana divulgará na próxima

edição os horários das missas

e comemorações.

Page 10: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

10 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 2009

LITURGIAComentário do Evangelho

Pouco depois da minha vin-da para o Brasil, eu fui informado de que em português a expressão “Cala-te” é muito forte, muito mais forte do que o “Shut up” do inglês, a minha língua materna, e portanto a gente deve, na medida do possível, esforçar-se para evi-tar o uso dela. Assim instruído, fi quei surpreso ao escutar o pró-prio Senhor falar desta maneira no Evangelho de hoje. E não só “Cala-te”, mas “Cala-te e sai.” Depois eu me dei conta da pes-soa com quem o Senhor estava falando, e me sosseguei.

Este “Cala-te” é dirigido a um espírito mau, a um demônio. Os demônios, nas descrições da Igreja, são os “ inimigos do gênero humano”, “inimigos de nossa salvação”. São criaturas espirituais, como nós, inteligen-tes e dotados de livre vontade, também como nós, mas, dife-rentemente que nós, são incor-póreas. Segundo o grande teólo-go monástico do século quarto, Evágrio, a paixão principal de-les- o pensamento que os ocu-pa constantemente- é a ira, ou o ódio. Esta ira, este ódio, tem dois alvos fundamentais- Deus e nós. E quando um demônio ten-ta destruir um ser humano, ele se considera muito esperto, porque está “matando dois coelhos com uma cajadada só.” Prejudicando, ou até acabando, com a alegria, a paz, a virtude, a saúde mental de um homem ou mulher, o de-mônio entristece a Deus que ama com ternura cada um de seus fi -lhos e fi lhas humanos.

Os demônios causam dano ata-cando a interioridade do ser hu-mano. Eles não militam contra as posses de uma pessoa- contra as

coisas dela- mas contra a própria pessoa, infi ltrando-se em seus pensamentos e assim gerando na pessoa estados habituais de fúria, melancolia, soberba, inveja. Eles querem criar o ser humano “se-gundo a sua imagem e semelhan-ça” como Deus fez no início do Gênesis, mas não com o fi m de beatifi cá-lo mas sim com o fi m de destrui-lo.

O pobre possuído do evange-lho de hoje estava tão na mão do demônio que se tinha tornado um mero instrumento dele. Não era mais capaz de pensamentos humanos e palavras humanas; o demônio se exprimia por meio do corpo e da voz de sua vítima. E Jesus, que sempre age com a misericórdia de Deus, sente uma profunda compaixão para com seu irmão, o homem possuído, e uma profunda indignação contra aquele espírito que o tem escra-vizado. Agindo no poder do bom Espírito, o Espírito Santo, ele ex-pulsa o espírito mau, restaurando à sua vítima saúde de corpo e de alma e juntamente com isto a sua dignidade humana.

Os Padres da Igreja afi rmam que o desejo autocentrado- o egoísmo- é a paixão principal dos seres humanos, ao passo que a ira é própria dos demônios. Onde há raiva e ódio, o demônio está perto. Se isto é verdade (e creio que é), a nossa sociedade está infestada por estes inimigos, que hoje em dia imitam perfeitamente a voz humana - a tal ponto que nem reconhecemos quem está por de-trás. Tanto maior razão para fi car agradecido a Jesus a quem o Pai dá o poder de mandar nos espí-ritos maus. Que Ele sempre nos livre deles e de suas insinuações.

Tempo Comum 4B

1º/02/09Por dom bernardo bonowitz

Tempo Comum 5B

8/02/09

No Evangelho do domingo pas-sado, o demônio a ser expulsado por Jesus mostra uma profunda compreensão da missão de Jesus. “O que queres de nós [demônios], Jesus nazareno? Vieste para nos destruir?” O demônio percebia cla-ramente que com a vinda de Jesus o “longo reinado do pecado”, como se fala num dos prefácios da Missa, estava terminando, e a humanidade ia ser reconciliada com Deus. Jesus constantemente proclamava que o Reino de Deus estava próximo, e de fato ele mesmo era o agente de sua aproximação, por meio de seus en-sinamentos e pregações, suas curas e exorcismos.

E quanto mais perto ele trazia o reino de Deus, mais ele apertava o reino do mal - aquele reino que se manifesta por pecado, doença, e morte. A sua chegada, portanto, despertava um “medo danado” dentro dos demônios, um medo e uma resistência violenta. A prega-ção e a atuação de Jesus- notícia tão boa para os fi lhos e fi lhas de Adão- era para eles uma sentença de mor-te. “Vieste para nos destruir?” O demônio já sabe a resposta à sua pergunta e logo experimenta a ve-racidade da sua intuição. Jesus o ex-pulsa da sua “habitação”- o corpo e o espírito de um ser humano- e embora não tenha escolha, tem que sair, o demônio sai “dando chutes”- gritando e sacudindo o homem com violência.

Este domingo Jesus expulsa mui-tos demônios e desta vez nem per-mite que eles falem. O seu “Cala-te” antecipa qualquer tentativa deles de se exprimir. Ora, é certeza que Je-

sus sabia que estas ações dele cons-tituíam uma declaração de guerra. Agindo assim, ele se declarava o es-colhido de Deus para derrubar em nome do seu Pai todos os poderes do mal. Será que ele não esperava uma reação da parte daqueles que ele agredia por meio de suas curas e exorcismos? Com certeza, ele espe-rava uma reação, ele sabia que esta atividade messiânica faria cair sobre ele toda a força hostil do inimigo. Assim como Jesus bem entendia que tipo da reação viria de escribas, fariseus e saduceus que ele irrita-va, questionando as suas atitudes e prepotência, assim também enten-dia que o mal espiritual - o diabo e seus anjos- faria tudo para eliminá-lo, para acabar com ele.

Como é que Jesus se preparava para esta reação, que necessaria-mente ia ser maciça e violenta? O Evangelho de hoje nos diz que após ter expulsado os demônios, “Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto.” Não acho que Je-sus foi rezar simplesmente para ter um momento de intimidade com seu Pai, ou para descansar-se em Deus depois de ter lutado contra os demônios. Não que estes mo-tivos não sejam verdadeiros, mas acredito que sobretudo Jesus foi rezar para pedir ao Pai constância em sua luta contra o mal e cora-gem para agüentar o contragolpe quando viesse. O mal não se deixa vencer pacifi camente. Deus nos conceda uma constância e cora-gem parecidas às de Jesus para que em nossa luta vitalícia contra o mal nós possamos perseverar e aceitar o preço de nossa fi delidade.

Comentário do Evangelho

Acesse o blog da

Folha Diocesana e leia a versão digital do jornal

impresso

São José dos PinhaisSão José dos Pinhais

FOLHAFOLHA DIOCESANA DIOCESANA

www.folhadiocesana.zip.net

Page 11: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

Comentário do Evangelho

O leproso do evangelho de hoje dá início ao seu encontro com Jesus por uma bela confi s-são em seu poder: “Tens o poder de curar-me.” De alguma maneira o leproso sente o poder de Deus que está em Jesus. Ele se ajoelha diante deste homem vestido com o poder de Deus e humildemen-te apresenta seu pedido para ser curado. A sua única dúvida diz respeito não ao poder que está à disposição de Jesus, mas ao que-rer: “Se queres”. Sem dúvida, po-des curar-me. A minha pergunta, Senhor, é se tu estás com vonta-de. Mal sabia este pobre leproso quão grande, quão infi nitamen-te grande era o desejo de Jesus para curar, para tirar do mundo, e acima de tudo dos afl itos, todo o peso de seus sofrimentos. Mal sabia antes, mas agora ia saber. Podemos imaginar de muitas ma-neiras como foi a proclamação de Jesus- como um brado, como um sussurro, como uma declaração solene. De qualquer jeito, Jesus proclama- não pode restringir-se porque é o seu coração que está falando: “Eu quero: fi ca curado.” E nós, ao ouvirmos esta decla-ração, sentimos que em Jesus o querer e o poder eram uma só coisa. Porque assim que procla-mou: “Eu quero”, “no mesmo instante a lepra desapareceu e ele fi cou curado.”

Aquele leproso é parente espiritual de todos nós. Se par-ticipamos da Missa, se rezamos, se obedecemos os mandamentos de Deus, é porque reconhecemos que Deus tem poder. O que di-zemos no símbolo? “Creio em Deus Pai, todo poderoso.” A nossa dúvida, como a do lepro-so, se refere à atitude de Deus a nosso respeito. Será que Deus, que seu fi lho Jesus, vai querer curar-me? Ele teria tantas razões para não realizar a cura: a minha insignifi cância, a minha indigni-dade, a minha fraqueza. A minha própria lepra- aquilo que me leva a pedir sua cura- isto não poderia despertar repugnância nele em vez de compaixão? Quando eu tocar a minha sineta de leproso, avisando todas as pessoas para fugir do possível contágio, será que Jesus não fugirá também? O Evangelho de hoje quer re-alizar um milagre: o milagre de convencer-me da intensidade da vontade de Jesus para me curar. “Eu quero”, diz Jesus, “eu que-ro.” Pode ser que não acredite-mos nele a primeira vez que ele fala estas palavras ou a segunda, mas quando fi nalmente permitir-mos que estas palavras penetrem nosso coração, quando dermos ouvidos a seu “Quero”, “no mes-mo instante a lepra desaparecerá e fi caremos curados.”

Tempo Comum 6B

15/02/09Tempo Comum 7B

22/02/09

A objeção levantada pelos mes-tres da lei contra a absolvição que Jesus comunica ao paralítico- “Nin-guém pode perdoar pecados, a não ser Deus”- é a mesma que mantém muitas pessoas afastadas do sacra-mento da reconciliação hoje em dia. Elas experimentam tanta re-sistência à ideia de confessar seus pecados a um padre quanto os mestres experimentavam ao ouvir Jesus declarar ao doente, “Filho, os teus pecados estão perdoados.” Paradoxalmente, muitas vezes esta resistência se manifesta mais for-te entre os próprios sacerdotes de nossa Igreja. Por esta razão, eles evitam a atender as confi ssões, ou - o que é mais comum- embora eles atendam os penitentes, eles mesmos não freqüentam o sacra-mento como penitentes.

A todos- mestres da lei, sa-cerdotes de nosso tempo, todos nós membros da Igreja Católica- Jesus responde no Evangelho: Faz parte integrante da missão do Filho do homem perdoar os pecados aos homens. Para isto, ele foi enviado - para comuni-car o perdão do Pai aos seres humanos e assim conduzi-los de novo à plena comunhão com Deus, com a comunidade cristã e consigo mesmos. Esta autori-dade de perdoar foi concedida a Jesus pelo Pai, e o exercício desta autoridade tem seu fundamento na oblação de si mesmo que ele realiza na Última Ceia e na cruz: “Este é o sangue da nova aliança que será derramado por vós para a remissão dos pecados.” Depois de sua ressurreição- no próprio dia de sua ressurreição, segundo João- Jesus comunica esta mes-ma autoridade aos apóstolos: “Recebei o Es-pírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados.”

Se em nossa si-tuação atual falta alguma autorida-de para viver o perdão dos pe-cados através do sacramento da reconciliação, esta falta se encontra em nós os fi éis, ou seja, os imper-feitamente fi éis. De fato, a nos-sa objeção não é

tanto intelectual -não consiste numa dúvida teológica acerca da capacidade da Igreja de perdoar os pecadores por meio dos sa-cerdotes. O obstáculo é moral. Nos falta a autoridade sobre nós mesmos que nos permite admitir as nossas falhas, às vezes bas-tante graves e habituais, diante de uma outra pessoa. Falta-nos a autoridade sobre nós mesmos necessária para tomar uma re-solução de lutar de agora em diante contra a sedução que es-tes pecados exercem sobre nós. Falta-nos a autoridade sobre nós mesmos que nos capacita a cum-prir a penitência dada pelo padre no sacramento e de continuar a levar uma vida caraterizada pelo auto domínio e a moderação mesmo após termos cumprido a penitência imposta durante a confi ssão. Nos falta a autoridade sobre nós mesmos para assumir permanentemente a nossa iden-tidade como pecadores- pecado-res salvos pela graça, pelo perdão de Deus que nos vem em Jesus Cristo. Então, se há falta de au-toridade, não é em Jesus ou na Igreja para perdoar, mas em nós para ser perdoados. Interessante como os mestres da lei fi cavam sentados enquanto os amigos do paralítico suavam para carregar o doente à casa onde estava Jesus e para abrir o teto da casa. É este fi car sentados de braços cruza-dos que nos impede de acolher o maravilhoso dom do perdão e da vida nova. Então: levantemo-nos, ajoelhemo-nos, e escutemos junto com o paralítico a palavra libertadora de Jesus dirigida a cada um de nós: Filho, os teus pecados estão perdoados.

Comentário do Evangelho

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Novembro e Dezembro de 2008 • 11

Comissão Pastoral

da Terra – CPT realiza

encontro no dia 21 de

fevereiro (sábado), às 14

horas, na Paróquia Senhor

Bom Jesus da Cana Verde

– Rua: Alves da Rocha, 41.

Centro –

Quitandinha – PR. O

objetivo do encontro

é debater com os

camponeses(as) a

realidade da agricultura e

projetos alternativos de

permanência no campo.

O assessor será o Pastor

Furks. No encontro será

apresentado alguns

resultados de projetos

alternativos desenvolvidos

nas comunidades. São

convidados a participar as

lideranças e camponeses

das comunidades rurais

dos municípios da

Diocese.

Informações:(41) 3224-7433

ou 8458-2586 (Eber)

(41) 3385-8345

(Pe. Jaime)

e-mail: [email protected]

CPT realiza encontro com camponeses

AGRICULTURA

Secom/ES

Page 12: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 9

12 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Janeiro e Fevereiro de 2009

DiáconosNa noite de 11 de fevereiro, nove diáconos receberam os primeiros ministérios na Catedral de

São José. São eles: João Carlos Schiessl, Joani Soares da Luz Filho, Antonio Basso, Joaquim

Mauricio Batista, Lourival Gool, Marcos Leandro Tokarski, Robson Andrade de Souza, Sebastião

da Rosa Filho e Valdecir Antonio Bonini. (Ordem dos nomes não corresponde a ordem da foto)

ROMARIANo dia 05 de fevereiro, padre

Paulo Sgaraboto, padre Celmo

Suchek e Léo Marcelo Plantes

Machado estiveram reunidos

em Paranaguá com padre

Sérgio e padre Luiz para tratar

os detalhes da Romaria Dioce-

sana ao Santuário de Nossa

Senhora do Rocio, que aconte-

ce no dia 17 de maio.

ACOLHIDANo último dia 28, na Catedral de São José dos Pinhais, foi realizada a missa de acolhida do novo vigário da paróquia São José, padre Fábio Junior Meira, sucessor de padre Celmo Suchek, que assumiu como pároco a paróquia de Senhor Bom Jesus dos Perdões. Já o padre Alcione Andrade assumiu a Paróquia São Sebastião, na Contenda da Roseira.

FORMAÇÃO CF 2009No último dia 05, o clero, lideranças paroquiais, agentes das pas-torais e movimentos participaram de um momento formativo sobre

a Campanha da Fraternidade de 2009. O estudo foi ministrado pelo padre Paulo Sgarabotto, de acordo com o Texto Base da CF 2009.

click