folha diocesana são josé dos pinhais - edição nº 11

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AINDA NESTA EDIÇÃO: ROMARIA NOSSA SENHORA DO ROCIO PARÓQUIA CONTENDA DA ROSEIRA CATEQUESE FOLHA DIOCESANA FOLHA DIOCESANA São José dos Pinhais (PR)•ANO II número 11•Abril de 2009 Distribuição Gratuita São José dos Pinhais São José dos Pinhais Corbis Páscoa: celebração da Ressurreição de Jesus Cristo Entre todas as semanas do ano, a mais importante para os cristãos é a Semana Maior, que foi santificada pelos acontecimentosque a liturgia celebra da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, chamado Mistério Pascal. O Tríduo Pascal começacomamissa vespertina da ceia do Senhor, na quinta-feira santa, alcança o seu apogeu na Vigília Pascal e termina com as vésperas do domingodePáscoa. PÁGINA4

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Folha Diocesana São José dos Pinhais é um veículo oficial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Izabel a Redentora, 1392 Centro - São José dos Pinhais

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Page 1: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

AINDA NESTA EDIÇÃO: ROMARIA NOSSA SENHORA DO ROCIO •PARÓQUIA CONTENDA DA ROSEIRA •CATEQUESE

FOLHA DIOCESANAFOLHA DIOCESANASão José dos Pinhais (PR)•ANO II número 11•Abril de 2009 Distribuição Gratuita

São José dos PinhaisSão José dos Pinhais

Corbis

Páscoa: celebração da Ressurreição de Jesus CristoEntre todas as semanas do ano, a mais importante para os cristãos é a Semana Maior, que foi santifi cada pelos acontecimentos que a liturgia celebra da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, chamado Mistério Pascal. O Tríduo Pascal começa com a missa vespertina da ceia do Senhor, na quinta-feira santa, alcança o seu apogeu na Vigília Pascal e termina com as vésperas do domingo de Páscoa.PÁGINA 4

Page 2: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

2 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 AGENDA DO BISPO EM ABRIL

EXPEDIENTE Folha Diocesana São José dos Pinhais Veículo ofi cial da Diocese de São José dos Pinhais Rua Dona Izabel A Redentora, 1392. Centro - São José dos Pinhais Fone: (41) 3035-9800 / (41) 9127-1554 / e-mail: [email protected]: Bispo dom Ladislau Biernaski Conselho Editorial: Padre Aleixo Wardzynski de Souza, Padre Paulo Sgaraboto, Padre João Maria Stech, Diácono Douglas Marchiori e Leo Marcelo Plantes Machado. Jornalista responsável: Tânia Jeferson - MTB 5965/PR Diagramação: Anderson de Souza (41) 9605-3226 Publicidade: Redri Publicidade (41) 9235-2962 Circulação mensal: Araucária, Campo do Tenente, Contenda, Fazenda Rio Grande, Lapa, Mandirituba, Piên, Piraquara, Quatro Barras, Quitandinha, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Agudos do Sul. Tiragem: 10 mil exemplares / Impressão: Gráfi ca e Editora Helvética

01 – Expediente no Cen-tro Diocesano;

02 - Expediente no Centro Diocesano;

03 - Expediente no Centro Diocesano;

05 - 09h00 - Missa Domingo de Ramos na Catedral,

16h00 – Gravação na TV Educativa – 100 anos de Dom Hélder Câmara;

07 - Expediente no Centro Diocesano;

08 - Expediente no Centro Diocesano;

09 - 09h30 Missa do Cris-ma na Catedral,

20h00 Missa da Ceia do Senhor;

10 - 15h00 Celebração da Paixão na Catedral,

19h00 Procissão Lumino-sa;

11 - 20h00 Vigília Pascal na Catedral;

12 - 09h00 Celebração da

Páscoa da Ressurreição;

14 - Expediente no Centro Diocesano;

15 - Viagem para Goiânia;

16 a 18/4 - Assembléia da CPT;

19 - Reunião do Conselho da CPT, Retorno para São José dos Pinhais;

21 - Viagem para Itaici;

22 a 01/05 – Assembléia Geral dos Bispos do Brasil – CNBB, em Itaicí.

A Paz é Fruto da Justiça

EDITORIAL Bispo Dom Ladislau Biernaski

A CAMPANHA DA FRATERNIDADE é um processo amplo de evangelização que busca a conversão pessoal e social e colocar em prática a caridade e ajuda ao próximo. Neste ano a nossa

refl exão tem-se voltado para a questão da segurança pública, que envolve diversas situações, entre elas a atenção para com os encarcerados e o sistema prisional vigente que atenta contra a dignidade humana. Para a segurança pública não basta au-mentar o efetivo policial e medidas de proteção como alarmes sofi sticados sem a mudança nossa em busca do respeito e a vivência dos valores evangélicos e humanos: “Se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigiam as sentinelas!” (Salmo 126, 1)

Dentro das diversas pastorais em nossa Igreja, existe a Pas-toral Carcerária que tem como objetivo levar o Evangelho de Jesus Cristo aos cárceres e colaborar para que os direitos humanos sejam garantidos, através de propostas de medidas de conciliação e paz; conscientizar a sociedade para a difícil situação do sistema prisional; promover a dignidade humana; motivar a criação de políticas públicas que zelem pelo respeito aos direitos humanos. Os projetos desenvolvidos pela Pastoral Carcerária fazem com que os egressos e familiares se sintam mais sujeitos da construção da própria cidadania..

Dentre os muitos gestos concretos propostos pela Campa-nha da Fraternidade um deles é a contribuição para o fundo da Solidariedade: 60% para o Fundo Diocesano e 40 % para o Fundo Nacional. É um gesto concreto de fraternidade e parti-lha que acontece em âmbito nacional, em todas as comunidades e paróquias. O gesto fraterno da oferta tem um caráter de con-versão quaresmal. A coleta, como de costume, será realizada no Domingo de Ramos em todas as paróquias e comunidades da Diocese e parte dos recursos obtidos serão destinados, neste ano, a projetos e ações da Pastoral Carcerária.

Ao término da quaresma e do tempo forte da Campanha da Fraternidade celebramos a Páscoa, vida nova em Cristo Res-suscitado. É a festa da vida que venceu o pecado, o mal e a morte. A fé no Cristo Ressuscitado, nos impulsiona ao trabalho apaixonado pelo seu Reino, para que a “paz fruto da justiça”, aconteça na vida de todos, sobretudo os que ainda não estão incluídos neste projeto de vida plena que Ele quer para todos (Jo 10, 10)

Feliz, abençoada e Santa Páscoa!

PADRES ANIVERSARIANTES DE ABRIL

Paz e saúde, são os mais sinceros desejos de Dom Ladislau e do Conselho Presbiteral Diocesano

Data Nome 1º/04 Diácono Douglas Leonel Marchiori Aniversário de nascimento03/04 Padre Ednilson Turosi de Oliveira Aniversário de ordenação03/04 Padre Emerson da Silva Lipinski Aniversário de ordenação02 e 03/04 Padre Leon Grzyska, SVD Aniversário de ordenação e nascimento05/04 Padre Francisco Mazur, CM Aniversário de nascimento06/04 Diácono Mauro Luiz Alves da Rocha Aniversário de ordenação11/04 Padre Celmo Suchek de Lima Aniversário de nascimento16/04 Padre José Airlton de Oliveira Aniversário de nascimento

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AGENDA DA AÇÃO EVANGELIZADORA

COMIDI - Reunião da Equipe de Diocesana

ABRIL

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567891116161718 e 19181819191923 a 2625262627

APOSTOLADO DA ORAÇÃO - Reunião com representantes das paroquiais

20h 14h9h30 14h3019h 14h às 18h11h 16h30 Encer.14h às 17h13h30 às 17h 8h30 às 11h30

MOVIMENTO DE IRMÃOS - Reunião

SAV - Reunião mensal dos formadores

Missa do Crisma

PASTORAL FAMILIAR - Visita ao Setor Piraquara

MOVIMENTO DAS CAPELINHAS - Reunião com as coordenadoras paroquiais

CONSELHO DIOCESANO DE PASTORAL - Reunião Ampliada

PASTORAIS SOCIAIS – CÁRITAS Reunião do Colegiado

PASTORAL LITÚRGICA - Curso de Canto Pastoral com Ir. Míria Kolling

COMIDI - Visita ao Setor Araucária

CATEQUESE - Reunião da Equipe Diocesana

CATEQUESE - Abertura do Ano Catequético

MESC´s - Retiro Paróquias Lapa e Rio Negro

PASTORAL DA SOBRIEDADE - Formação de agentes - Setor Agudos

MOVIMENTO DE CURSILHOS DE CRISTANDADE - 3º Cursilho de Homens

PASTORAL FAMILIAR - Formação de Líderes

SETOR JUVENTUDE - Curso Liderança Jovem e reunião com os grupos e lideranças

MOVIMENTO DE IRMÃOS - Encontro de Renovação

SECRETÁRIAS(OS) PAROQUIAIS - Reunião de formação

Centro Diocesano

CATEDRAL SÃO JOSÉ

Salão Paroquial da Catedral São José

Salão Paroquial da Catedral São José

Par. Senhor Bom Jesus SJP

CATEDRAL SÃO JOSÉ

Par. Nossa Senhora da Dores - Tijucas do Sul

Casa de Formação São José

Par. Senhor Bom Jesus SJP

Par. Senhor Bom Jesus SJP

Salão Paroquial da Catedral São José

Page 3: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 • 3

PARÓQUIAS DIOCESANASCATEDRAL SÃO JOSÉ DOS PINHAIS Telefone: 3282-0243 (Pe. Aleixo W. de Souza) (Pe. Fabio Junior Meira)Agudos do Sul - Par. Nossa Senhora da ConceiçãoTelefone: 0xx41-3624-1240 (Pe. Leonardo Eliecer Cruz Perez)

Araucária - Nossa Senhora dos RemédiosTelefone: 3642-1291 (Pe. Francisco Mazur) (Pe. Marco Aurélio Soares da Costa)Araucária - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3643-1491/3643-1342 (Pe. Claudio Valenga)

Araucária- Tomaz Coelho - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 3643-3349 (Pe. André Marmilicz)

Campo do Tenente - Par. Cristo ReiTelefone: 0xx41-3628-1292 (Pe. Estanislau Gogulski)

Contenda - Catanduvas do Sul - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3638-1161 (Pe. Marcos Miguel Valaski)

Contenda - Par. São João BatistaTelefone: 3625-1414 (Pe. Luiz Czarnecki)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora da LuzTelefone: 3608-1810 (Pe. Sergio Barbosa Amaral)

Faz. Rio Grande - Par. Nossa Senhora de FátimaTelefone: 3608-1529/3608-0168 (Pe. Sérgio S. Nishiyama)

Faz. Rio Grande - Par. São Gabriel da Virgem DolorosaTelefone: 3627-1391/3627-4769 (Pe. Walmir Pacheco Cordeiro)

Lapa - Par. Santo AntonioTelefone: 3622-1484/9914-0312 (Pe. Emerson da Silva Lipinski) (Pe. Conrado Felski) (Pe. Marcos Kastel)Lapa- Mariental - Par. Imaculada ConceiçãoTelefone: 3639-1145 (Monsenhor Domingos Kachel)

Mandirituba - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3626-1185 (Pe. Liberto José Bortoluzzi)

Piên - Par. Nossa Senhora das GraçasTelefone: 0xx41-3632-1152 (Pe. Paulo Henrique Sgarabotto)

Piraquara - Par. Nossa Senhora AuxiliadoraTelefone: 3667-0678 (Pe. Lotário Welter) (Pe. José Vanol Lourenço Cardoso Jr.)

Piraquara - Par. Nossa Senhora do Perpétuo SocorroTelefone: 3673-1265/3673-6249 (Pe. Gelsi Fiorentin) (Pe. Alírio Joaquin Aughebem)Piraquara - Par. Senhor Bom Jesus dos PassosTelefone: 3673-1694 (Pe. Dirceu Rudinik)

Quatro Barras - Par. São SebastiãoTelefone: 0xx41-3672-1144 (Pe. Rodinei Carlos Thomazella) (Pe. Aparecido do Nascimento)

Quitandinha - Par. Senhor Bom Jesus da Cana VerdeTelefone: 0xx41-3623-1240 (Pe. Aleixo Kochinski)

Rio Negro - Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 0xx47- 3645-0364 (Pe. Pedro Kohut) (Pe. Valério F. da Cruz)

Rio Negro - Par. Senhor Bom Jesus da ColunaTelefone: 0xx47-3642-0080 (Pe. José Airton de Oliveira) (Pe. Ozenildo Staviski)

S. J. dos Pinhais - Par. Nossa Senhora do Monte ClaroTelefone: 3382-3130 (Pe. Nikolaus Gelinger Gafeor) (Pe. Joares Duarte de Oliveira)

S. J. dos Pinhais - Par. São CristóvãoTelefone: 3282-0744 (Pe. Guilherme Giesen) (Pe. Mario José Steffen)

S. J. dos Pinhais - Par. São PedroTelefone: 3282-1394 (Pe. Leon Grzyska) (Pe. Raju Devarakonda)

S. J. dos Pinhais - Par. Senhor Bom JesusTelefone: 3081-4336 (Pe. Celmo Suchek de Lima) São José dos Pinhais - Colônia MuricyPar. Sagrado Coração de Jesus Telefone: 3635-1144 (Pe. Alojzy Fludra) (Pe. Jean Warjulewski)

São José dos Pinhais - Contenda da Roseira Par. São SebastiãoTelefone: 3634-1118 (Pe. Alcione José de Andrade)

São José dos Pinhais - Guatupê Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3385-4955 (Pe. Ednilson Turozi de Oliveira)

São José dos Pinhais - Xingú Par. Nossa Senhora AparecidaTelefone: 3282-3595 (Pe. Osvânio Humberto Mariano) (Pe. Antonio Lemos Costa)

São José dos Pinhais- Borda do Campo Par. Nossa Senhora Rainha da Paz Telefone: 3385-8345/3385-7194 (Pe. Jaime Schmitz) Tijucas do Sul - Par. Nossa Senhora das DoresTelefone: 0xx41-3629-1124 (Pe. Antonio Bartolomeu da Cruz) (Pe. Germano Goethals Belga)

FESTA DE SÃO JOSÉ

Centenas de fi éis participaram da primeira procissão em louvor a São José realizada pela Diocese

São José dos Pinhais comemora dia do padroeiroMissa solene, festa e procissão marcaram o dia 19 de março para cristãos católicosO DIA DE SÃO JOSÉ, PADROEIRO DE SÃO JOSÉ dos Pinhais, foi festejado pelos cristãos católicos no dia 19 de março. A missa solene em louvor ao padroeiro, que também serviu para celebrar os dois anos de instalação da Diocese de São José dos Pinhais, aconteceu às 10 horas, na Catedral, presidida pelo bispo dom Ladislau Biernaski, com a participação de dezenas de padres e fi éis que com-põem a Diocese.

Durante a celebração, o bispo ressaltou a importância religiosa do padroeiro na cidade, que leva o seu nome. “São José simboliza a proteção dos trabalhadores e moradores desta rica e abençoada cidade”, disse o bispo.

Após a missa, a imagem de São José foi levada, em procissão, até o salão paroquial da Catedral (antiga Sede das Associações Ca-tólicas). Na programação da tarde, o tradicional “almoço de igreja” marcou as festividades, assim como rifas e bingo para arrecadar fundos para a conclusão da reforma do telhado e início da reforma das imagens religiosas da Catedral, destruídas há um ano.

ProcissãoMomento histórico para a Diocese e para o município

foi a realização da primeira procissão de São José pelo cen-tro da cidade, realizada pela Diocese com o apoio da Guar-da Municipal. A imagem, levada da Catedral para o salão pa-roquial durante a manhã, saiu do local às 18h30 novamente em direção à igreja mãe, onde aconteceu a primeira encena-ção da procissão, em que um anjo de Deus avisava São José para que recebesse Maria. A encenação teatral contou com

efeitos especiais, enriquecendo o cortejo.A procissão seguiu pela Rua XV de Novembro. Leituras e

cantos religiosos foram entoados pelas centenas de fi éis que se-guiam a imagem do padroeiro. A segunda encenação aconteceu em frente ao Museu Municipal Atílio Rocco. Desta vez, a men-sagem bíblica interpretada foi a mensagem do anjo que avisava a São José para ir com Maria e o menino Jesus ao Egito.

A partir daí outros fi éis se juntaram à procissão e en-grossaram a massa que seguiu até o Centro de Esporte e La-zer Ney Braga para a benção da Festa da Cidade. De acordo com padre Aleixo Souza, pároco da Catedral, a procissão simbolizou a caminhada de fé e luta que existe na Terra. “São José é o pai da Sagrada Família, desta cidade e da nos-sa Diocese. A procissão é um reconhecimento a Deus, um momento de fé, confraternização e comunhão no cumpri-mento de nossa missão”, disse o padre.

O bispo dom Ladislau, que deu a benção, agradeceu a participação de todos e o apoio da Guarda Municipal, o que possibilitou o cruzamento das ruas por onde a procissão passou, sem tumultos. “Esperamos que este seja o início de uma tradição. A caminhada demonstra que somos peregri-nos na Terra e é isso que pretendemos mostrar com a pro-cissão, além da homenagem ao nosso padroeiro. Também pedimos a paz, o fi m da violência e que tudo aconteça com alegria nessa comemoração”, salientou dom Ladislau.

No domingo (22) a festa continuou com celebração às 10 horas na Catedral e a realização de Show de Prêmios durante toda a tarde no salão paroquial.

Page 4: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

4 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009

PÁSCOA

Sábado Santo ou Sábado de Aleluia?Coisas curiosas da história

BEM NOS INÍCIOS DO cristianismo, o domingo era o grande dia da Pás-coa. Esta era celebrada toda semana, quando chegava o domingo. Não existia a ce-lebração organizada de uma Páscoa anual. Bem cedo, no entanto, inspirando-se no costume religioso judaico, os cristãos começaram a realizar a celebração de um domingo especial, um grande domin-go, isto é, uma especial cele-bração anual da Páscoa.

Foram organizando esta celebração primeiro por meio de uma vigília notur-na. A saber: as comunida-des passavam a noite toda reunida (do sábado para o domingo anual da Páscoa). Nesta reunião, à luz do mis-tério pascal, primeiro liam os textos bíblicos relativos à história da salvação (os tex-tos da criação, do êxodo, da vida de Abraão, os livros dos profetas etc.), entremeando-os com cantos de salmos e hinos bíblicos. Depois vinha a celebração da ceia pascal.

Portanto, dois eram inicial-mente os componentes essen-ciais desta vigília pascal: a Pa-lavra (as leituras da Palavra de Deus) e a celebração da ceia (a celebração da Páscoa por exce-lência: a Eucaristia). Mas logo aparece um outro componente (nos século II e III): a celebra-ção do batismo (inserida logo após as leituras e antecipada com uma bênção da água).

Como se vê, na altura do

século III, nesta vigília, as co-munidades cristãs celebravam a Páscoa de Jesus, primeiro, por meio da Palavra procla-mada e ouvida; em seguida, por meio da ação ritual e pro-fundamente Pascal de batizar; e, enfi m, vinha a celebração da Ceia pascal propriamente dita (a Eucaristia), de todos os membros da comunidade, incluindo os neo-batizados.

Toda esta vigília era pre-parada por um jejum du-rante três dias (um tríduo). Quem fazia o jejum? Os que se preparavam para o batis-mo, bem como os cristãos já batizados. Começava na quinta-feira à noite. Mas, à medida que o tempo vai pas-sando, durante este jejum de três dias os cristãos tendem a valorizar sempre mais os acontecimentos “históricos” dos últimos dias da vida ter-rena de Jesus, narrados pelos Evangelhos, tais como: a úl-tima ceia, o lava-pés, a trai-ção de Judas, a condenação, o sofrimento, a cruz, a mor-te. Inclusive com o acrésci-mo de celebrações em torno de tais fatos!

Resultado: a mente dos cristãos vai se distanciando do sentido profundo da vigí-lia pascal, do mistério pascal. Pois o interesse se concentra mais em fatos da vida terrena de Jesus do que na Páscoa em si, como passagem da morte para a vida, que é o centro e o núcleo da nossa fé. Re-sultado: a vigília pascal vai se esvaziando. E com isso o povo também não tem mui-

to interesse em passar a noite pascal ouvindo a história da salvação. Importante mesmo passa a ser os dramas da Sex-ta-feira santa, da paixão de Jesus.

Para resolver este grave problema da Igreja se es-vaziando da celebração da Páscoa propriamente dita, resolveram então anteci-par a vigília para as 13 ou 14 horas do sábado santo. Depois, no século XII, an-teciparam-na ainda mais, para as 11 ou 12 horas. No século XVI, com o papa Pio V, a vigília pascal passa a ser antecipada ainda mais, para

as 9 horas da manhã! E tudo isso com terríveis incongru-ências, pois em plena luz do dia de sábado santo (9 horas da matina!), o diácono can-ta diante do Círio aceso: “Ó noite santa esta, iluminada pela luz da ressurreição!”. A noite era cantada pela ma-nhã...

E mais, celebrando absur-damente a vigília pascal em plena luz do dia no sábado santo, que é o do dia do si-lêncio, o dia da sepultura, o dia de Jesus na mansão dos mortos fazendo uma visita de esperança de ressurreição a todos os falecidos, de repente

a Igreja irrompe com o sole-ne canto do “Aleluia”!... Porisso, erroneamente, passaram a chamar o sábado santo de“sábado de aleluia”.

Em 1951, o papa Pio XII mandou celebrar a vigíliapascal de novo como era nasorigens, a saber, na noite dosábado santo para o domin-go da páscoa. A reforma doconcílio Vaticano II a confi r-mou. Com isso se resgatou o valor e sentido supremos daPáscoa da Ressurreição. Mastem gente que ainda continuachamando equivocadamenteo Sábado Santo de “sábadode aleluia”!

por Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

A Ressurreição é fonte da alegria constante, incessante júbilo, e alcança seu cume na festa da Santa Páscoa Cristã

Reprodução

Page 5: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 • 5

CATEQUESE

COM TODA A IGREJA do Brasil iniciaremos ofi cial-mente em abril uma caminha-da de refl exão, aprofundamen-to e decisões em vista do Ano Catequético Nacional, sendo um grande marco para nossa ação eclesial. A CNBB defi -niu como uma das atividades do Ano Catequético Nacional uma abertura solene a ser rea-lizada no dia 19 de abril.

Nossa Diocese, sintonizada com a proposta da CNBB, pro-gramou uma celebração solene de abertura, sendo comple-

ANO CATEQUÉTICO 2009

Texto Base do Ano Catequético Nacional – 2009

Como forma de promover a refl exão sobre as principais ações para o Ano Catequético Nacional, foi elaborado pela Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Cate-quética da CNBB um texto base, iluminado pelo itinerário dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35).

O texto bíblico escolhido relata a experiência dos “Discípu-los de Emaús”. Quando estavam a caminho, encontram Jesus e não o reconhecem. Ao ouvirem suas palavras e ao vê-lo partir o pão, o reconhecem e retornam o caminho para partilhar o que viram, ouviram e viveram. A fi nalidade principal deste encontro é o despertar. Jesus utiliza sua pedagogia para que cada um assu-ma seu mandato ao discipulado e missão. O texto é esclarecedor quando leva ao entendimento que o encontro não termina com a partilha do pão, mas que deve transformar nossos receios em co-ragem, as dúvidas em certezas e o desânimo em novas iniciativas. O texto dá sentido ao mandato “Ide, fazei discípulos”.

O texto-base, considerando a metodologia do Ver – Ilu-minar – Agir, foi preparado em três partes: 1) aprender ca-minhando com o Mestre; 2) aprender ouvindo o Mestre; 3) aprender agindo com o Mestre.

Na primeira parte - aprender caminhando com o Mestre - o texto descreve que Jesus caminha com os discípulos de Emáus, em seguida se aproxima e escuta. Com isto apresenta o momento do VER a realidade, ressaltando a importância de, antes de qualquer ação concreta, observar e ouvir

Já na segunda parte - aprender ouvindo o Mestre - o texto mostra que Jesus ilumina os discípulos com o conhecimento adequado, conforme a necessidade e entendimento de cada um, mostrando assim que devemos buscar conhecimentos profundos, ILUMINAR com Palavra do Pai e do seu Reino, para que nosso testemunho tenha como fundamento a Pala-vra do Ressuscitado.

Finalmente na terceira etapa - aprender agindo com o Mestre - nos prepara para o AGIR, Jesus nos revela a impor-tância de estarmos disponíveis para a Missão. Ao partir o pão, eles o reconheceram e retornaram ao caminho de Jerusalém. Neste momento compreendemos que é o início da missão.

Que em nossas pastorais possamos refl etir este texto base, que com certeza trará muitos frutos para o crescimento de nossas comunidades.

Vanderlei Jose dos Santos*

* É Membro da Equipe Diocesana de Catequese

Abertura do Ano Catequético Nacional

mentada com celebrações nas comunidades e paróquias.

Para esta celebração são convidados alguns represen-tantes das paróquias que com-põem a diocese.

Também acontecerão as ce-lebrações de abertura nas paró-quias e comunidades.

Vamos nos envolver e nos comprometer com ações con-cretas, a fi m de que haja um novo impulso à catequese em todas as suas dimensões, so-bretudo a eclesial. Que ela seja lugar privilegiado do encontro e

Celebração de Abertura do Ano Catequético NacionalData: 19 de abrilLocal: Catedral São JoséHorário: 11h

SERVIÇO:

da experiência do Ressuscitado. Verifi que com a coordena-

ção de pastoral ou da catequese de sua paróquia para saber mais detalhes a respeito da Abertura do Ano Catequético Nacional em sua paróquia.

Escolas Paroquiais de CatequeseDENTRE OS vários objetivos específi cos propostos para as ações e atividades do Ano Catequético Nacional, um deles é intensifi car a formação dos catequis-tas, uma das tarefas mais urgentes de nossas co-munidades pois, “o cate-quista é de certo modo, o intérprete da Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35). Em sinto-nia com este objetivo, a equipe Diocesana de Catequese implantou o Projeto de Formação de Catequistas, iniciado em 2007, que prevê em uma de suas ações a criação de escolas paroquiais de catequese.

No mês de fevereiro e março em muitas paró-quias foi realizada a pri-meira etapa desta escola. Apresentamos alguns depoimentos de coorde-nadores paroquiais.

PARÓQUIA CRISTO REI – CAMPO DO TENENTE“Iniciamos neste ano de 2009, a Escola Catequética São José em nossa Paróquia

no dia 7 de março contando com a presença de 42 catequistas, sendo 5 iniciantes.

Começamos com a leitura orante (Lc 24, 13-35). Meditamos em momento de

silencio e partilhamos o que Deus tem a nos dizer, e rezamos pedindo ao Senhor

que fique conosco e nos ajude a colocar em pratica essa palavra com os nossos

catequizandos. Dividimo-nos em sete grupos e estudamos o Texto-Base do Ano

Catequético nacional. Após o almoço cada grupo expôs seus estudos com as mais

variadas formas de apresentações.”

Aurelia W. Setlik - Coordenadora da Catequese Paroquial

PARÓQUIA NOSSA SENHORA PERPÉTUO SOCORRO - PIRAQUARA“Na Paróquia Nossa Senhora do Perpetuo

Socorro, em Piraquara, a Escola Catequética

São José está a todo vapor. No dia 15 de março,

aconteceu a primeira etapa de 2009, foi um dia

muito abençoado. Neste dia ocorreu a formação

para dois grupos de catequistas: a formação

básica I, para aqueles que estão iniciando, num

total de 25 catequistas novos e a formação básica II, com 25 catequistas, que sabem da

necessidade de sempre estar buscando algo a mais para um melhor aperfeiçoamento.

As próximas etapas da escola serão 28 de junho e 11 de outubro.”

Cezar Arlindo Martiningue

Coordenador da Catequese Paroquial

fotos: Divulgação

Page 6: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

6 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 20096 e 7 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais •Abril de 2009

PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO

PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃOCONTENDA É SINÔNIMO DE LU

CRIADA NO DIA 19 de julho de 1998, a Paróquia de São Sebastião marcou

de forma extraordinária o seguimento católico na loca-lidade de Contenda, em São José dos Pinhais. Na época, com a presença de Dom La-dislau Biernaski, foi apresen-tado o padre Francisco Bel-trán Otálora, da Congregação do Sagrado Coração, como o primeiro vigário da nova co-munidade paroquial. Antes disso, a data da benção da Pedra Fundamental foi regis-trada no dia 24 de outubro de 1982 e a inauguração do pri-meiro templo já havia ocorri-do em 31 de janeiro de 1993.

Segundo o padre Francis-co, a união entre as famílias da região colaborou e muito para o desenvolvimento da-quela conquista. Abrangen-do as comunidades de São Marcos (Planta São Marcos); Nossa Senhora das Graças (Inhoaíva); São Francisco (Córrego Fundo) e Senhor Bom Jesus (Castelhanos), a nova paróquia passou a ser o centro religioso da localidade e a partir daí, a comunidade de São Sebastião passou a se desenvolver com a participa-ção dos éis e das respectivas comunidades com suas cape-las. Com pouco mais de 10 anos, a nova Paróquia de São Sebastião atualmente é con-siderada um dos mais belos monumentos religiosos do município.

O padre Alcione José de Andrade, que está à frente da paróquia há pouco mais de um mês, conta que foi através de padre Francisco que a história

começou. “Foi ele quem deu continuidade ao trabalho ini-ciado desde a época da inaugu-ração e, graças a esse trabalho, o resultado atualmente é mara-vilhoso”, disse. A Paróquia de São Sebastião conta com oito capelas e, segundo o padre Al-cione, destacam-se a Capela de Nossa senhora do Rocio (Vila Carvalho); Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Vila Plan-tes); Senhor Bom Jesus (Cór-rego Fundo); Nossa Senhora das Graças (Inhoaíva); Divino Espírito Santo (Jardim Aqua-rius) e Capela de São Marcos (Planta São Marcos).

O nome de São Sebastião, segundo o histórico da paró-quia, foi escolhido pelo fato de ser considerado o padroeiro dos agricultores e protetor con-tra as pestes que costumavam surgir atingindo as plantações e criações de animais na região e a devoção ao Divino Espíri-to Santo como imposição dos emigrantes portugueses. Em razão disso, eram comemo-radas duas festas ao ano. Em janeiro a festa era em louvor a São Sebastião e no último do-mingo de maio em louvor ao Divino Espírito Santo.

A festa do padroeiro, São Sebastião, é realizada sempre no dia 20 de janeiro de cada ano ou na data de nal de se-mana que mais se aproxima do dia. Durante as comemo-rações, é grande a participa-ção de éis e colaboradores, entre festeiros e noveneiros que preparam o tríduo com antecedência para os festejos. Empresas da região, comu-nidades próximas e a união das capelas fazem desta data um marco inesquecível a cada

Monumento religioso é considerado o cartão de visitas

A Paróquia de São Sebastião, em

Contenda. A união da comunidade

transformou o sinhô em realidade

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 • 7

O DA UTA E FÉ

ano que passa. Segundo pessoas mais an-

tigas e que acompanharam o desenvolvimento religioso na região, como a advogada dra. Mercedes Uba, Germano Holt-man e Lúcia Levisnki, existiam no passado diversas colônias de emigrantes portugueses, ucra-nianos e brasileiros que tinham as suas respectivas capelinhas como algo particular. Ainda, segundo os historiadores, a re-lação entre as colônias não era muito edi cante porque de vez em quando surgiam pequenos e até grandes atritos entre si, mo-tivados pela limitações das suas terras e até pela diferença na hora de realizarem suas celebra-ções. Com o passar do tempo, coube à paróquia apaziguar tais situações fazendo com que to-dos seguissem por um mesmo caminho com união e paz.

Na época, a Igreja dos Ro-drigues cou conhecida entre todas. Era um pequeno galpão de madeira, no terreno onde atualmente se encontra a resi-dência da sra. Lúcia Levinski e que no passado foram reali-zadas ‘Santas Missas’ espora-dicamente. Os historiadores contam que no início demorou ‘vingar’ a idéia de construírem uma igreja para todos e por um m àquela rivalidade existente.

Até que, com a concordância da maioria, foi edi cada a pri-meira igreja na localidade de-nominada de Cakaiguera, onde atualmente está erguida a Igreja paroquial de São Sebastião.

As famílias mais antigas da região contam que antes disso acontecer a comunida-de estava vinculada às igrejas e comunidades das colônias Marcelino e Murici. Segundo

a história, eram essas comu-nidades religiosas que socor-riam as famílias nas grandes intempéries usando carroças (na época eram chamadas de ‘aranhas’). Elas contam que até os padres de antigamen-te, como Teodoro e Vicente, também usavam charretes como meio de locomoção para chegarem aos locais de celebração de missas ou ou-tros eventos religiosos.

Ao longo de muitas déca-das, algumas famílias da região se destacaram pela participa-ção na igreja ao assumirem cargos na presidência ou até mesmo participando das co-missões. Entre elas, as famí-lias de Vicente Haluch, João Holtman, Joaquim Cardoso (conhecido como o “rezador da igreja”), “Velho” Jareck, Simão Kramar, Stefano Pie-trosky e Manoel Uba.

Assim, a jovem Paróquia de São Sebastião, que recente-mente completou a primeira década de existência, passou a ser uma das mais importantes ligações entre as comunidades que abrangem a região de Con-tenda e um verdadeiro cartão de visitas do local. A organi-zação, através do padre Alcio-ne, desenvolve um dos mais brilhantes trabalhos de atendi-mento à comunidade com as celebrações de Missas durante e aos nais de semana. Casa-mentos, batizados, bênçãos, crismas, consagrações e nove-nas sempre são realizados com afeto e dedicação, pois sempre a Paróquia de São Sebastião pode contar com o apoio das famílias que integram uma das mais reli-giosas comunidades da Diocese de São José dos Pinhais.

s da região

A região do Bairro São Marcos abriga a bela

Capela com o nome do Apóstolo Marcos, padroeiro da região

A localidade de Inhoaíva conta com

a Capela Nossa senhora das Graças. Agregada à Paróquia

de São Sebastião

Padre Alcione José de Andrade. À frente da Paróquia de São Sebastião há quase dois meses. Trabalho magní co de evangelizaçãoA cruz na entrada da Paróquia de São Sebastião

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NOTÍCIAS DA IGREJA NO BRASIL E NA DIOCESE DE SJP

>> A irmã Miria Kolling estará em São José dos Pinhais nos dias 18 e19 de abril para o 24º Encontro de Liturgia e Canto Pastoral, desta vezpromovido pela Diocese de São José dos Pinhais. O encontro é dirigido apadres, agentes da pastoral litúrgica, animadores de canto, instrumentistas,salmistas, equipes de liturgia e canto, catequistas e todos os que gostam delouvar a Deus através do canto e da música. Informações com FernandoSaez (41) 9993 3209, Flávio (41) 9652 2458 ou Cláudio (41) 3262 4428.

>> A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) inaugurou noúltimo dia 27, no Câmpus São José dos Pinhais, o Bosque do Cinquente-nário. A iniciativa do curso de Engenharia Florestal da PUCPR tem comoobjetivo comemorar os 50 anos da PUCPR, completados no último dia14, integrando a academia e a conservação da natureza. O bosque possuiaproximadamente quatro hectares e tem uma trilha ecológica com 50 es-pécies nativas identifi cadas pelo nome popular e científi co, representandocada uma delas um ano da história da Universidade. A partir da inaugura-ção, uma nova espécie nativa será plantada a cada aniversário. O Bosquedo Cinqüentenário deve se tornar um mini Jardim Botânico da Instituição,atraindo as comunidades de São José dos Pinhais, Curitiba e outras da Re-gião Metropolitana de Curitiba. Dom Ladislau Biernaski esteve presenteno evento.

>> Uma missa solene comemorou, no dia 19 de março, em Curitiba, os113 anos de existência e 50 de instalação do Seminário São José, no bairroOrleans. A missa foi ofi ciada pelo arcebispo da capital, dom Moacyr JoséVitti, e concelebrada pelo bispo emérito de Curitiba, dom Pedro Fedalto,e vários padres da arquidiocese. A celebração contou, ainda, com presençae participação de dezenas de seminaristas, membros de comunidades reli-giosas, do Movimento Serra e fi éis.

>> Em todas as dioceses do Brasil, as paróquias e comunidades católicasrealizam no domingo (5), a “Coleta da Solidariedade”. Considerada umdos gestos concretos da Campanha da Fraternidade, que neste ano discuteo tema da Segurança Pública, a coleta tem como fi nalidade apoiar projetosque combatam a exclusão social. Em 2008 a Coleta somou R$ 9,5 milhões.Desse total, 40% (3,9 mi) foram para o Fundo Nacional de Solidariedade(FNS) que fi nanciou 183 projetos sociais em todo o país na área de forma-ção social e profi ssional, direitos e políticas públicas e geração de renda.Em 2007, os valores foram praticamente os mesmos e o FNS fi nanciou189 projetos.

>> No fi m de março, o bispo da diocese de Umuarama (PR) convidou ci-dadãos, autoridades políticas e assessores de 30 municípios que compõema diocese, para um encontro promovido pela Pastoral Sócio-Política dadiocese, com objetivo de discutir a temática segurança pública, inspiradona Campanha da Fraternidade. Durante as discussões algumas pessoas seconscientizaram e manifestaram a sua preocupação em como implantar atransformação da falta de segurança em paz; e a conscientizaram de quaissão as fontes geradoras de violência, para combaterem melhor a violênciacom políticas de valorização do ser humano.

>> O movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) promoveno dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, a 5ª Mobilização Nacional, com otema “Campanha Ficha Limpa”. A campanha é um Projeto de Lei (PL),de iniciativa popular, sobre a divulgação da vida pregressa dos candidatosque disputam uma vaga no Congresso Nacional. A expectativa é o recolhi-mento de um milhão e trezentas mil assinaturas necessárias para o enviodo projeto a aprovação na Câmara dos Deputados. Atualmente, seiscentase cinquenta mil pessoas já aderiram ao Projeto de Lei. Mais informaçõessobre como participar ou assinar o Projeto de Lei, acesse o site www.mcce.org.br ou ligue nos telefones (61) 2193-9746 / 2193-9646.

Mutirão de Comunicação da América Latina e Caribe acontece em julho

EVENTO

O MUTIRÃO DE Comunica-ção-América Latina e Caribe acontece de 12 a 17 de julho, em Porto Alegre sob o tema ‘Processos de Comunicação e Cultura Solidá-ria’. Segundo o secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, o mutirão se coloca na mesma linha da Conferência de Aparecida que é a integração dos povos latinos para a construção da Pátria Grande.

O objetivo geral do encontro é promover espaços de diálogo sobre os processos de comunicação à luz da cultura solidária, na construção de uma sociedade comprometida com a justiça, a liberdade e a paz. Se pretende também promover e gerar iniciativas de diálogo sobre o traba-lho de comunicação nos países da América Latina, nos processos cul-turais, econômicos e políticos.

Outro ponto é a partilha e cons-trução de propostas teóricas, práti-cas e metodológicas sobre os pro-cessos de comunicação que ajudem na construção de um mundo mais justo e solidário, além do incentivo na criação de redes de diálogo que favoreçam o intercâmbio e a cola-boração entre as pessoas e institui-ções no âmbito da cultura e da co-municação.

Refletir sobre os desafios da comunicação na ação evangeliza-dora contribuindo, como Igreja, na renovação das formas de co-municação no trabalho pastoral, catequético e litúrgico e na cons-trução da opinião pública à luz da cultura solidária é outra pro-posta do mutirão.

O Mutirão é promovido pelo Conselho Episcopal Latino-Ame-ricano (CELAM), pela Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Organização Católica Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (OCLACC), Organi-zação Católica Internacional do Ci-

Refletir sobre os desafios da comunicação na ação evangelizadora contribuindo, como Igreja, na renovação das formas de comunicação no trabalho pastoral,

catequético e litúrgico

nema (OCIC), Rede Católica de Rá-dio (RCR), União Cristã Brasileira de Comunicação (UCBC) e União

de Radiodifusão Católica (UNDA-BR). Para saber mais acesse: www.muticom.org

Reprodução

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 • 9

CRB

Celebrando o primeiro aniversário do Núcleo CRB

Aconteceu no dia 14 de março, no salão da Paróquia Senhor Bom Jesus, em São José dos Pinhais, o encontro do núcleo da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). O encontro fraterno entre religiosos, religiosas e formandas foi de ação de graças e de confraterni-zação pela caminhada do núcleo CRB em comunhão com a Diocese!

Com a proposta de continu-armos fortalecendo a comunhão-participação e assumirmos com-promissos conjuntos, refl etimos sobre a ação evangelizadora da Igreja e as prioridades da Dioce-

se apresentadas pelo padre Paulo Henrique Sgabarotto, coorde-nador da Ação Evangelizadora. As prioridades da Vida Religiosa Consagrada também foram refl e-tidas pelas irmãs Maria Cristina Avanço (secretária) e Julita Momm (tesoureira), da diretoria da CRB/Regional de Curitiba.

Nós, religiosos, religiosas e formandos, expressamos nossa profunda gratidão ao pároco, pa-dre Celmo Suchek de Lima, pela acolhida e solidariedade com o núcleo CRB. Ao padre Paulo Hen-rique Sgabarotto e às irmãs Maria Cristina Avanço e Julita Momm,

pela refl exão e partilha enrique-cedoras que nos impulsionam a caminharmos unidos como discí-pulos missionários de Jesus Cristo na construção do Seu Reino!

Irmãos e irmãs! Agradecen-do a presença alegre e entusiasta dos que participaram, queremos enviar o nosso abraço a todas as comunidades do núcleo CRB, com os sinceros votos de uma Ce-lebração pascal que se perpetue na vida-missão, testemunhando que JESUS VIVE, e com ele somos anunciadores do AMOR INFINI-TO DE DEUS, que gera VIDA EM ABUNDÂNCIA!

Equipe núcleo/ CRB

MOVIMENTO DE CURSILHOS

GED São José dos Pinhais promove evento

Foi realizado nos dias 7 e 8 de março o II Encontro de For-mação do Movimento de Cursi-lhos de Cristandade, organizado pelo Grupo Executivo Diocesano (GED) São José dos Pinhais. O evento aconteceu na Casa de For-mação São José, em Rio Negro, e contou com a participação das coordenações dos sub-GEDs da Lapa, Piên, Campo do Tenente, Rio Negro e Papanduva.

O GED São José dos Pinhais programou diversas atividades como: uma refl exão sobre a Cam-panha da Fraternidade, realizada pelo padre José Airton, palestra com o tema de compromisso, lide-rança e responsabilidade dos leigos dentro do Movimento de Cursilhos de Cristandade (MCC), missas, in-formações sobre pré e pós cursilho, e como deve funcionar a Escola Vivencial dentro do movimento. O tripé do GED é oração-estudo-ação.

Deste modo, iniciou-se a cami-nhada do movimento para o ano de 2009 com as lideranças de algumas cidades que fazem parte do grupo da Diocese de São José dos Pinhais. O GED pretende resgatar em 2009 o MCC em Tijucas do Sul, Agudos do Sul e outras cidades que tenham ou tiveram o movimento de cursilhos.

Mais informações com Rosane, pelos telefones: (47) 3642-1720 ou (47) 9106-4101.

Por Rosane Maria Granemann de Souza*

* Rosane é coordenadora do GED São José dos Pinhais

Divulgação

NOTÍCIAS DA IGREJA NO MUNDO>> O papa Bento XVI divulgou a mensagem para a 24ª Jornada Mundialda Juventude, que acontece no domingo, 5 de abril, em todas as dioceses.O pontífi ce destaca na mensagem a Jornada Mundial da Juventude, queocorreu em Sidney, Austrália, ano passado, na qual ele dá ênfase para a“renovação de espírito de milhares de jovens de todo o mundo”. A partirdo tema da Mensagem: “Pusemos a nossa esperança em Deus vivo” (1 Tm4, 10) Bento XVI reafi rma suas palavras presentes na Encíclica EsperançaCristã, sobre a insufi ciência dos bens materiais em oferecer a esperançaque a humanidade deseja.

>> O papa Bento também divulgou, no último dia 31, a mensagem parao 46º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, que acontece no próximodia 3 de maio, quarto domingo da Páscoa. No texto, o pontífi ce refl ete atemática “A confi ança na iniciativa de Deus e a resposta humana”. “Nossoprimeiro dever é manter viva, através de uma oração incessante, esta invo-cação da iniciativa divina nas famílias e nas paróquias, nos movimentos enas associações empenhados no apostolado, nas comunidades religiosas eem todas as articulações da vida diocesana”, diz a mensagem.

>> No domingo, Dia de Ramos, na Igreja da Santíssima Trindade, no San-tuário de Fátima, sacontece a “Paixão de Jesus Cristo Segundo São João”,de autoria do Cônego Antônio Ferreira dos Santos. O trabalho musicalserá orquestrado pela “Sine Nomine” e interpretado pelo Coro Polifónicoda Lapa, ambos do Porto. Segundo informa a Sala de Imprensa do Santuá-rio de Fátima, espera-se um forte momento cultural e de meditação, ofere-cido pelo Santuário aos seus peregrinos e visitantes e a toda a comunidaderesidente e vizinha da instituição.

>> O bispo emérito de Goiás, dom Tomas Balduino, 87 anos, participouna semana passada, em Roma, das celebrações do martírio de dom OscarRomero, arcebispo de El Salvador, assassinado em 24 de março de 1980.No último dia 27, cerca de 350 pessoas de diferentes confi ssões religiosasparticiparam de uma celebração ecumênica em memória a dom Oscar Ro-mero. Já no domingo(29), mais de 300 pessoas participaram de uma missana comunidade Latino Americana Santa Maria della Luce, em Trastevere.

>> No dia 29 de março foi escolhida a nova reitoria do Pontifício ColégioPio Brasileiro, em Roma, Itália. No ano em que colégio comemora seus 75anos de existência, o nome escolhido pela Congregação para a EducaçãoCatólica do Vaticano, para substituir o padre Geraldo Antônio Coelhode Almeida, que desde o ano 2000 ocupava o cargo, foi o do padre JoãoRoque Rohr, que já foi presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil(CRB) e assessor da CNBB.

>> Em março a publicação da primeira encíclica de João Paulo II, Re-demptor Hominis, completou 30 anos. No documento eclesial, o pontí-fi ce começou a exortar os católicos a que se preparassem para a celebra-ção do jubileu do ano 2000, chamando aqueles anos precedentes de um«novo advento». O papa mostrou assim que em Cristo, como verdadeiroDeus e verdadeiro homem, encontra-se a base da dignidade humana, daliberdade – que deve ser custodiada pela Igreja – e da defesa aos direitoshumanos.

>> Milhares de pessoas participaram das marchas pela vida, convocadaspela organização “Direito de viver” em mais de 80 cidades espanholassimultaneamente, para protestar pela lei de prazos do aborto que o go-verno tramita atualmente. As manifestações, com o slogan “Não existe odireito de matar, existe o direito de viver”, apresentaram rejeição a reformada lei de 1985, a qual suporia a transformação do aborto, de um delitodespenalizado, a um direito reprodutivo. A convocatória teve eco fora daEspanha, já que se realizou também em algumas cidades da América Lati-na. Segundo o Instituto de Política Familiar, a marcha contou com o apoiode cerca de 700 associações dos cinco continentes. A manifestação maisimportante aconteceu em Madri.

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10 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009

LITURGIA Por dom bernardo bonowitz

Domingo da Páscoa

Maria Madalena, Pedro e João - todos amaram o Senhor. Diante do túmulo vazio, porém, cada um reagiu de uma maneira dife-rente, cada um deu ao fenômeno uma inter-pretação diferente. Maria Madalena, seu co-ração já sobrecarregado de tristeza por causa dos acontecimentos da Paixão, sentiu um de-samparo e um desespero: “Tiraram o Senhor daqui e não sabemos onde o colocaram.” Não bastava crucifi cá-lo, pensava ela. Agora o pior fi cou pior ainda: retiraram o cadáver do Senhor do túmulo, e assim a privaram do último consolo: a oportunidade de estar com seu amado mestre falecido, e entregar-se às lágrimas e ao luto. São Pedro, sua consciência ainda pesada por sua traição, fi cou atordoa-do. Correu para o túmulo, entrou, mas, uma vez lá, olhou para lá, olhou para cá, e não en-tendeu nada. Ficou numa “aporia”, um beco sem saída intelectual- “Não tinha compreen-dido a Escritura, segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.” A sua interpretação, então, é de não ter uma interpretação, de per-manecer perplexo. João, por sua parte, corre ao lado de Pedro, e acaba ultrapassando-o. Por respeito a ele, deixa Pedro entrar primei-ro e em seguida entra também no túmulo. Só que para ele, todos os mesmos dados- tú-mulo vazio, faixas mortuárias, o pano para a cabeça enrolado num lugar à parte- dizem outra coisa. Num estalo capta o signifi cado de tudo, a única explicação verdadeiramente

possível: O Senhor ressuscitou dos mortos.Neste caso, ele foi o primeiro a pronunciar oaleluia pascal.

Será que as diferentes reações provieram dediferentes “tamanhos” de amor, que Simãoamava, Maria amava mais e João ainda mais, epor isto compreendeu o que realmente tinhaacontecido? Não acho que se trata do grauda intensidade do amor, ou da inteireza doamor. Estes três amavam a Jesus de todo ocoração. Para cada um deles, ele era o sol emtorno do qual a sua vida orbitava.

Mas podemos falar de diversos tipos deamor, e até da ordem dos tipos, como apre-sentada no evangelho de hoje. Maria amacom os sentimentos, Pedro com a dedicaçãoe a força da vontade e João com a intuiçãoespiritual. Esta intuição espiritual às vezes sechama “discreta caritas”- a caridade que dis-cerne, que penetra. É um ato tanto de nossointelecto quanto de nosso coração, e talvezseja de lá que surge seu poder de compreen-são. O melhor seria de juntar as atitudes dostrês dentro de nós: amar a Jesus com as nossasemoções, com a nossa vontade, com o nos-so entendimento. Desta maneira cumprimoso primeiro e maior mandamento: Amarás oSenhor teu Deus de todo o teu coração, comtoda a tua vontade e com todo o teu enten-dimento. Jesus é este “Senhor, nosso Deus”.É isto que a Igreja proclama com júbilo nestedia da ressurreição.

Comentário do Evangelho12/04/09

A expressão hebraica “Hosana” signifi -ca “Salvai-nos”, ou “Dai-nos a salvação”. Assim a multidão manifestava sua aceita-ção de Jesus como rei e ao mesmo tempo exigia dele o bem-estar que um povo tem o direito de reclamar de seu soberano em troca de sua lealdade. Jesus já se tinha ma-nifestado um excelente candidato para ser aclamado como rei. Na multiplicação dos pães, tinha demonstrado sua capacidade de salvar da fome. Nas muitas curas tinha provado o seu poder de livrar da doença. Nos exorcismos deixou claro que qualquer povo que o aceitasse não teria mais nada que temer dos demônios. Andando no mar, exprimiu simbolicamente que sua au-toridade real se extendia até os elementos naturais: “Até as ondas e os ventos lhe obe-decem.” Embora o povo se curvasse diante dos fariseus e saduceus (não eram eles os donos do mundo?), no fundo sentia res-sentimento de sua altivez, e alegrava-se ao ver a atitude livre e segura que Jesus assu-miu diante destes líderes. Daqui a pouco, certamente, este Jesus acabaria com seus privilégios excessivos. Do mesmo jeito, Jesus não se mostrava acuado diante das autoridades civis. A Herodes ele chamava abertamente “aquela raposa” (“Era raposa mesmo”, pensava o povo) e tratava o im-perador como sendo um personagem me-nor: “Dá a César o que pertence a César e dá a Deus o que pertence a Deus.” De quantos males Jesus já se mostrara capaz

de nos livrar. Para um tal, nem “Hosana” bastava. Tinha que ser um “Hosana no mais alto dos céus”.

Sem dúvida, Jesus veio para salvar, e en-trou em sua cidade para exercer o papel que lhe cabia de Rei Salvador. Mas no Do-mingo de Ramos, havia ainda duas coisas das quais não conseguia salvar o seu povo: do pecado e da morte. Estes supremos males Jesus só podia vencer assumindo-os para si : carregando no seu próprio corpo todos os pecados do povo, e recebendo em sua pessoa a paga do pecado, que é a morte. Feito pecado por nós, sofrendo a morte em nosso lugar, assim ele podia livrar-nos para sempre do medo, ansieda-de e hostilidade próprios do ser humano que faz tudo para tornar-se e manter-se feliz mas não escapa da angústia devora-dora daquele que sabe que um dia terá que morrer e ser julgado.

De tudo isto Jesus nos salvou por sua paixão. E a imensa coragem e amor para conosco que ele exprimiu na sua hora de sofrimento e abandono - são estas as qua-lidades que merecem um hosana, um ho-sana eterno. Talvez por esta razão, bem no centro de toda missa e imediatamente antes da consagração do pão e do cálice, o povo real de Deus louva o seu rei com as mesmas palavras que o povo empregava no primeiro Domingo de Ramos: “Bendi-to o que vem em nome do Senhor. Hosa-na nas alturas.”

Domingo de Ramos

05/04/09 Comentário do Evangelho

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Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009 • 11

LITURGIA Por dom bernardo bonowitz

Segundo Domingo da Páscoa

19/04/09

São Tomé não estava presente com os outros discípulos ao anoitecer do dia da ressurreição do Cristo. Perdeu aquela pri-meira experiência que os outros tiveram do Senhor ressuscitado, mas em tro-ca foi-lhe oferecido uma oportunidade e um desa-fi o. A oportunidade e o desafi o eram de fato uma única coisa- a de “crer sem ter visto”. Se ele conseguis-se aproveitar da oportuni-dade e enfrentar o desafi o, receberia uma bênção es-pecial: “Bem-aventurados os que creram sem terem visto.” Sabemos que Tomé não era capaz de dar este passo. Achava que seria muita irresponsabilidade da sua parte simplesmente dar crédito ao relato dos outros discípulos sem a evidência de seus próprios sentidos. E por isso, ele mesmo co-loca um desafi o- aos onze, e no fi m das contas, ao pró-prio Senhor: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser a mão no seu lado, não acredita-rei.” Em outras palavras: “Jesus, se por um conjunto de circunstâncias quase inacreditável, tu estiveres vivo, então, homem, mostra-te!”

Uns dias depois, Jesus se manifestou a Tomé. A primeira coisa que ele fez derru-bou Tomé por completo. Dirigindo-se a Tomé com as mesmas palavras que o após-tolo tinha empregado em seu desafi o - “Põe o teu dedo aqui e olhas as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado”- Jesus lhe mostrou não somente que estava verdadeiramente vivo, mas também que ele tinha estado presente, imperceptivelmente, na sala onde os discípulos estavam reuni-dos. Estava lá no mesmo instante em que Tomé duvidava da sua ressurreição. Tomé, o zombeteiro, tinha que aguentar um pou-co da malícia carinhosa do Ressuscitado. Em seguida, Jesus se apresentou a Tomé, se ofereceu a Tomé para ser tocado e assim conhecido, inspirando uma confi ssão acerca da identidade de Jesus belíssima mesmo se atrasada: Meu Senhor e meu Deus.

Entretanto, o Senhor não deixou de repre-ender Tomé por sua falta de fé, assim como ele repreende outros discípulos lentos a crerem após a sua ressurreição. Ele queria que Tomé

se desse conta das muitas evidências que ele já tinha, mesmo faltando as evidências dos sentidos. Tomé possuía todas as promessas do Antigo Testamento acerca do sofrimento e glorifi cação do Messias; Tomé tinha ouvido as profecias que Jesus mesmo tinha pronunciado sobre a sua morte e ressurreição; Tomé tinha o testemunho unanime de todos os outros dis-cípulos. E acho que Tomé devia ter tido uma coisa a mais: dentro do seu coração brilhava uma pequena luz, posta por Deus, que afi r-mava suave e tranqüilamente que na verdade o Senhor estava vivo.

Frequentemente nós exigimos maiores pro-vas da parte de Jesus. Nós também duvidamos de sua ressurreição, e igualmente de seu amor para conosco, de sua fi delidade, de sua aliança. Quantas vezes escuto pessoas dizendo: Acho que Deus se esqueceu de mim. Ora, Deus po-deria dar todas estas provas que desejamos, e outras ainda. Mas será que não temos na Igreja, nas Escrituras, nas experiências ante-riores pessoais de Jesus, e no fundo de nosso coração tudo aquilo que precisamos para crer? Não gostaríamos de receber a bênção de Je-sus, a bênção que pertence àqueles que sabem conservar e cultivar o precioso dom da fé?

Comentário do Evangelho

Terceiro Domingo da Páscoa

O evangelho de hoje contém uma frase muito verdadeira e tocante: “Eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito ale-gres e surpresos.” Como é que a alegria seria capaz de constituir um impedimento à fé?

Quando nós temos um imenso desejo no coração, quando há um único sonho que ocu-pa todo o espaço interior de nosso ser, sem dúvida o que mais queremos é que este sonho se realize, que este desejo se cumpra. Mas a intensidade do desejo é tamanha que a coisa que mais tememos não é, por mais paradoxal que seja, que o sonho não se torne realidade, mas sim que nós nos enganemos a respeito, achando por um breve tempo que o sonho se tivesse realizado para logo depois descobrir que não passava de uma miragem. A decepção de ter experimentado por um instante aquela plenitude que tanto almejávamos e logo de-pois encontrar-nos de novo com mãos vazias- isto é intolerável. Não sei se os brasileiros têm o mesmo costume que os norte-americanos. Nos Estados Unidos, quando uma coisa ma-ravilhosa e longamente desejada atualmente acontece, costuma-se dizer: “Me belisque! Acho que estou sonhando.” Antes de “ceder” e acreditar que o nosso desejo foi atendido, nós nos defendemos: “Não pode ser.” Então, enfrentamos o cumprimento de nossos mais queridos votos com descrença - e assim a ale-gria chega a ser um impedimento para a fé.

Com mais paciência do que no evangelho

do domingo passado, Jesus leva os discípulosa aceitar o milagre de sua vida ressuscitada.Come peixe assado diante deles; comentaas escrituras messiânicas uma por uma; nopoder do Espírito Santo abre a sua inteligên-cia para entender e acreditar que quem estáfalando com eles não é um fantasma mas oCristo, agora o Cristo glorifi cado.

Quais são as lições espirituais que pode-ríamos tirar deste evangelho? À primeiravista, vejo duas. Em primeiro lugar, como ébonito que o próprio Cristo era o sonho deseus discípulos. Para eles nada mais importa-va- dinheiro, saúde, poder, prazer, conforto,admiração. Como diz um dos salmos: Todo omeu desejo está diante de Ti. Assim foi comos discípulos- assim poderia ser conosco, sequisermos e pedirmos esta graça com insis-tência. A segunda lição é que não devemosdefender-nos contra a alegria. O Senhor veiopara dar-nos alegria, veio para fazer-nos feli-zes. O que disse o anjo na noite do nascimen-to do Senhor: “Eu vos anuncio uma grandealegria, que será também a de todo o povo.”E este desejo do Senhor, o de dar-nos suaprópria alegria, não será frustrado. Ele deusua palavra: “O vosso coração se alegrará eninguém poderá tirar a vossa alegria.” Tenha-mos fé- uma fé tantas vezes justifi cada porCristo- que nascemos não para a desgraçamas para a alegria. Esta é a mensagem daRessurreição.

Comentário do Evangelho26/04/09

Page 12: Folha Diocesana São José dos Pinhais - edição nº 11

12 • Folha Diocesana - São José dos Pinhais • Abril de 2009

Encontro regional da Pastoral Do MenorNos dias 7 e 8 março estiveram reunidos em Londrina os

coordenadores diocesanos da Pastoral do Menor. O encon-tro teve como objetivo elaborar o Planejamento Estratégico para o próximo triênio. A Diocese de São José dos Pinhais

foi representada pelo professor Ciro Ellenberger, coorde-nador diocesano da Pastoral do Menor.

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ReuniãoAconteceu no dia 12 de março reunião

sobre o Projeto Missionário Diocesano.

Na oportunidade foram desenvolvidos os

temas: ‘Ano Catequético Nacional’, ‘Apli-

cação das Diretrizes das Diretrizes Gerais

da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

no Regional Sul II’.Também foram apresen-

tados os passos do projeto Missionário

Diocesano. As palestras foram proferidas

por Léo Marcelo Machado e pelo padre

Paulo Henrique Sgarabotto.

Benção de dom Ladislau Biernaski

ao final da 1ª Procissão de São José

dos Pinhais (Catedral)

Dia do Padroeiro