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    MARTINA CORREIA

    CONSIDERAES GERAIS SOBRE A LEI 11.343/2006

    - Droga(art. 1) = substncias ou produtos capazes de causar dependncia, assim especificados

    em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da Unio.

    - Tem-se aqui uma NORMA PENAL EM BRANCO EM SENTIDO ESTRITO OU HETEROGNEA (lei

    complementada por Portaria).

    - As substncias e produtos que esto na lista ostentam presuno absolutaquanto capacidade de

    causar dependncia (rol taxativo, no cabe prova contrria).

    - Atualmente, o Cloreto de Etila (lana perfume) considerado droga. J deixou de ser durante 8

    dias (quando foi retirada do rol pela Resoluo ANVISA RDC 104 de 07/12/2000). Surgiu, ento, uma

    abolitio criministemporria. O STF decidiu que os agentes que praticaram qualquer conduta antes de

    07/12/2000 tiveram a punibilidade extinta (HC 94397/BA).

    - No h trfico de drogas nas hipteses de autorizao regulamentar(da Unio) e de plantas de uso

    estritamente ritualstico-religioso.- Quanto Marcha pela Legalizao, o STF priorizou a liberdade de pensamento, expresso,

    informao e comunicao (info. 649).

    - constitucional o confisco da propriedade em que se cultive qualquer espcie de planta da qual se

    possa extrair droga (art. 243 da CF/88). O proprietrio no tem direito a justa indenizao. Alm

    disso, o STF entende que deve ser expropriada a totalidade do imvel(RE 543974/MG).

    - A Lei dedica um captulo a medidas de preveno e enumera princpios e diretrizes como o

    tratamento especial dirigido s parcelas mais vulnerveis da populao, levando em considerao as

    suas necessidades especficas e o compartilhamento de responsabilidade e a colaborao mtua com

    as instituies do setor privado e com os diversos segmentos sociais.

    - As aes de ateno e reinsero social so voltadas ao viciado e sua famlia, visando melhoriada qualidade de vida e reduo de riscos e dos danos.

    - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero conceder benefcios s instituies

    privadas que desenvolverem programas de reinsero no mercado de trabalho , do usurio e do

    dependente de drogas encaminhados por rgo oficial.

    - O dependente de drogas que estiver preso deve ter garantido os servios de ateno sua sade. O

    STF (HC 106477) j concedeu HC para assegurar tratamento psicolgico ao paciente usurio de

    drogas. Caso seja negligenciada a assistncia ao preso viciado, j se entendeu ser possvel o

    atendimento por mdico particular.

    ART. 28 E FIGURA EQUIPARADA

    - Na Lei 6.368/76, a pena correspondente era rigorosa: deteno, de 6 meses a 2 anos e multa. Esse

    foi um dos principais marcos da Lei 11.343/06, que quis solucionar a questo do sujeito que no era

    traficante, amoldando-se melhor figura do usurio. Para a Nova Lei, a conduta punida de maneira

    muito mais branda. Distino do crime de trfico: FINALIDADE DE CONSUMO PESSOAL.

    Art. 28 - Quem adquirir, guardar, tiver em depsito, transportar ou trouxer consigo, para

    consumo pessoal, drogas sem autorizao ou em desacordo com determinao legal ou

    regulamentar ser submetido s seguintes penas:

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    MARTINA CORREIA

    ADVERTNCIA SOBRE OSEFEITOS DAS DROGAS

    PRESTAO DE SERVIOS COMUNIDADE

    MEDIDA EDUCATIVA DECOMPARECIMENTO A PROGRAMA OU

    CURSO EDUCATIVO

    Exaure-se em si mesma. Prazo mximo: 5 mesesReincidncia especfica: 10 meses

    Prazo mximo: 5 mesesReincidncia especfica: 10 meses

    As sanes podem ser APLICADAS DE FORMA ISOLADA OU CUMULADA, BEM COMO SUBSTITUDAS AQUALQUER TEMPO, ouvido o MP e o defensor.

    Se o agente se recusar injustificadamente a cumprir as medidas educativas acima,o juiz poder submet-lo, sucessivamente a...

    (MEDIDAS EDUCATIVAS DE COERO)

    ADMOESTAO VERBAL MULTA

    No se confunde com a advertncia sobre osefeitos das drogas. A advertncia uma pena

    para orientar o sujeito sobre os efeitos nocivosdas drogas. A admoestao medida coercitiva

    para estimular o cumprimento das penas.

    S pode ser aplicada aps a admoestao verbal.Critrio bifsico (=CP). A aplicao considera a

    reprovabilidadeda conduta.40 A 100 DIAS MULTA

    1/30 A 3X O VALOR DO SALRIO MNIMOPRESCRIO: 2 ANOS

    - CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.

    - Medida extrapenal: o juiz determinar ao Poder Pblico que coloque disposio do infrator,

    gratuitamente, estabelecimento de sade, preferencialmente ambulatorial, para tratamento

    especializado.

    - Tal como os demais crimes previstos na Lei, o sujeito passivo a coletividade(crime vago)e o bem

    jurdico tutelado a sade pblica.

    - Para o STF (RE 430105), apesar de no haver a cominao de pena privativa de liberdade, a conduta

    no deixou de ser crime, tendo ocorrido, isto sim, uma DESPENALIZAO. A tese de Alice Bianchini(a conduta constitui infrao sui generis) foi refutada pelo STF.

    - Ademais, o STF rejeitou o argumento de que o art. 1 da Lei de Introduo do CP seria bice a que a

    novel lei criasse crime sem a imposio de pena de recluso ou de deteno, uma vez que esse

    dispositivo apenas estabelece critrio para a distino entre crime e contraveno, o que no

    impediria que lei ordinria superveniente adotasse outros requisitos gerais de diferenciao ou

    escolhesse para determinado delito pena diversa da privao ou restrio da liberdade.

    - O PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA NO SE APLICA AOS CRIMES RELACIONADOS S DROGAS,

    INCLUINDO O ART. 28(vide info. 541 do STJ no final do resumo). Estes delitos so de perigo abstrato

    (presumido) e colocam a sade pblica em risco.

    - Para o STJ (RHC 7655/RJ), se h sria dvida quanto ao acerto da classificao jurdica dos fatos, se caso de trazer consigo para trfico, ou para mero uso de droga,a dvida deve favorecer o ru.

    - A condenao pelo art. 28 GERA REINCIDNCIA. Vide info. 549 do STJ (no final do resumo).

    - Para o STF, no caracteriza o crime de porte de drogas a conduta do agente que recebendo de

    terceiro a droga, para uso prprio, a consome, incontinenti, pois a incriminao do porte de txicos

    para uso prprio s se pode explicar como delito contra a sade pblica (HC 79189).

    - Cabe acusao provar que a droga apreendida era destinada ao trfico, e ao no usurio provar

    que a droga encontrada consigo seria utilizada para consumo prprio. Vide info. 711 do STF (final do

    resumo).

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    - Se um adolescente praticar um ato infracional anlogo do art. 28, no ser privado de sua liberdade

    (internao ou semiliberdade), porque o art. 28 no prev a privao de liberdade. Vide info. 742 do

    STF (final do resumo).

    - O art. 28 no se aplica posse de drogas para uso pessoal nas dependncias da administrao

    militar(princpio da especialidade: incide o art. 290 do CPM).

    - Muito importante: NO SE IMPOR PRISO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser

    imediatamente encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a

    ele comparecer, lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisies dos exames e

    percias necessrios. Nesse caso, ocorre a captura e a conduo coercitiva, mas no ser lavrado o

    Auto de Priso em Flagrante.

    REGRA DOS JUIZADOS (Lei 9.099/95) ART. 28 da Lei 13.343/06

    O infrator s ser preso se no assumir ocompromisso de comparecer ao JECrim.

    O infrator no ser preso nem mesmo se negar ocompromisso de comparecer aos Juizados.

    Vedao absoluta de priso.

    FIGURA EQUIPARADA AO ART. 28 (1)

    Quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas preparao de PEQUENAQUANTIDADEde substncia ou produto capaz de causar dependncia fsica ou psquica.

    - Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atender NATUREZA e

    QUANTIDADEda substncia apreendida, ao LOCAL, e s CONDIES EM QUE SE DESENVOLVEU A

    AO, s CIRCUNSTNCIAS SOCIAIS E PESSOAIS, bem como CONDUTAe aos ANTECEDENTESdo

    agente.

    DA REPRESSO PRODUO NO AUTORIZADA E AO TRFICO ILCITO DE DROGAS

    - As plantaes ilcitas sero imediatamente destrudaspelas autoridades de polcia judiciria, que

    recolhero quantidade suficiente para exame pericial.

    - A destruio de drogas far-se- por incinerao, no prazo mximo de 30 dias, guardando-se

    amostras necessrias preservao da prova. A incinerao ser precedida de autorizao judicial,

    ouvido o MP, e executada pela autoridade de polcia judiciria competente, na presena de

    representante do MP e da autoridade sanitria competente, mediante auto circunstanciado e aps a

    percia realizada no local da incinerao.- Os arts. 33 ao 39 tratam dos crimes. Vale destacar que o princpio da insignificncia no se aplica

    aos crimes abaixo.

    TRFICO DE DROGAS

    Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar,produzir, fabricar, adquirir, vender, expor venda,oferecer, ter em depsito, transportar, trazerconsigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar aconsumo ou fornecer drogas, ainda quegratuitamente, sem autorizao ou em desacordo

    com determinao legal ou regulamentar:

    - Nas dependncias da administrao militar: art. 290do CPM (especialidade).- Se a finalidade ter a posse da droga para consumopessoal: art. 28.- Ateno ao ainda que gratuitamente alargando otipo penal.

    - CRIME EQUIPARADO A HEDIONDO.- Competncia da Justia Estadual, salvo se o trfico

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    Pena - recluso de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a1.500 dias-multa.

    for internacional (Justia Federal).- Os crimes praticados nos Municpios que no sejamsede de vara federal sero processados e julgados navara federal da circunscrio respectiva (art. 70).

    FIGURAS EQUIPARADAS AO TRFICO DE DROGAS(tambm so equiparados a hediondos)1Nas mesmas penas incorre quem:

    I- Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire,vende, expe venda, oferece, fornece, tem emdepsito, transporta, traz consigo ou guarda, aindaque gratuitamente, sem autorizao ou emdesacordo com determinao legal ou regulamentar,matria-prima, insumo ou produto qumicodestinado preparao de drogas;

    - So condutas preparatrias ao crime de trfico(caput).

    II- Semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorizaoou em desacordo com determinao legal ouregulamentar, de plantas que se constituam emmatria-prima para a preparao de drogas;

    - Se a semeadura, o cultivo e a colheita forem para apreparao de pequena quantidade: art. 28.

    III- Utiliza local ou bem de qualquer natureza de quetem a propriedade, posse, administrao, guarda ouvigilncia, ou consente que outrem dele se utilize,ainda que gratuitamente, sem autorizao ou emdesacordo com determinao legal ou regulamentar,para o trfico ilcito de drogas.

    - So condutas acessriasao crime de trfico (caput).

    2Induzir, instigar ou auxiliar algum ao uso indevido de droga:Pena - deteno, de 1 a 3 anos, e multa de 100 a 300 dias-multa.

    - Doutrina dominante entende que o crime s se consuma com o efetivo uso da drogapela pessoa induzida,instigada ou auxiliada. NO EQUIPARADO A CRIME HEDIONDO.

    3Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos aconsumirem:Pena - deteno, de 6 meses a 1 ano, e pagamento de 700 a 1.500 dias-multa, sem prejuzo das penasprevistas no art. 28.

    - trfico (est no art. 33), mas recebe tratamento mais brando.- Basta o oferecimento.- Se houver intuito econmico, amolda-se ao caput.- O oferecimento deve ser eventual, espordico.- Especial fim de agir: oferecer a droga para consumo conjunto.- NO EQUIPARADO A CRIME HEDIONDO.- CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. Ademais, como a pena mnima inferior a 1 ano (6 meses), o

    sujeito pode ser beneficiado pela suspenso condicional do processo.

    - A esses crimes analisados acima (art. 33) se aplica o 4, um dos dispositivos mais comentados da

    Lei:

    4 - Nos delitos definidos no caput e no 1 deste artigo, as penas podero ser reduzidas de

    1/6 a 2/3, vedada a converso em penas restritivas de direitos, desde que o agente seja

    primrio, de bons antecedentes, no se dedique s atividades criminosas nem integre

    organizao criminosa.

    - uma CAUSA DE DIMINUIO DA PENA(3 fase da dosimetria) e um direito subjetivo do ru: seele preencher os requisitos, dever ter sua pena reduzida.

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    - O STF (HC 97256/RS)declarou a inconstitucionalidade da expresso vedada a converso em penas

    restritivas de direito. Priorizou-se a individualizao da pena e a dignidade da pessoa humana.

    1/6 a 2/3

    PRIMRIO

    BONS ANTECEDENTESNO SE DEDICAR A ATIVIDADES CRIMINOSAS

    NO INTEGRAR ORGANIZAO CRIMINOSA

    - A minorante no afasta a hediondez do crime (vide info. 734 do STF, no final do resumo).

    - Vide info. 514 do STJ (final do resumo).

    Art. 34.Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a qualquer ttulo, possuir,guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinrio, aparelho, instrumento ou qualquer objetodestinado fabricao, preparao, produo ou transformao de drogas, sem autorizao ou em desacordocom determinao legal ou regulamentar:

    Pena - recluso, de 3 a 10 anos, e pagamento de 1.200 a 2.000 dias-multa.- o crime de TRFICO DE MAQUINRIO: criminalizao dos atos preparatriosao trfico de drogas.- SE O AGENTE PRATICAR O TRFICO DE MAQUINRIO E TAMBM O TRFICO DE DROGAS, ESTE ABSORVEAQUELE (DELITO SUBSIDIRIO, SOLDADO DE RESERVA). Ex.: a polcia no conseguiu localizar nenhumaquantidade de droga em um laboratrio clandestino, mas encontrou uma balana de preciso com vestgiosde cocana. O agente responder pelo art. 34. Todavia, se a Polcia conseguir apreender droga junto balanade preciso, h o crime do trfico de drogas (art. 33), que absorve o trfico de maquinrio (art. 34). S PODEHAVER CONCURSO ENTRE OS ARTS. 33 E 34 SE FICAR DEMONSTRADA A AUTONOMIA DAS CONDUTAS . Paraentender melhor, vide info. 531 do STJ (final do resumo).- Tipo misto alternativo: se o sujeito praticar mais de um dos verbos do tipo no mesmo contexto ftico econtra o mesmo objeto material, responder por um nico crime (e no concurso de crimes) .- muito difcil encontrar um instrumento que tenha como finalidade exclusiva a produo de drogas.

    preciso verificar se o maquinrio encontrado era destinado para trfico analisando o caso concreto .- A maioria da doutrina entende que um delito equiparado a hediondo. Contra: Rogrio Sanches (ampliaodo art. 5, XLIII da CF/88 e violao ao princpio da legalidade).

    Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou no, qualquer doscrimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 desta Lei:Pena - recluso, de 3 a 10 anos, e pagamento de 700 a 1.200 dias-multa.Pargrafo nico. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a prtica reiterada docrime definido no art. 36 desta Lei.

    - o crime de ASSOCIAO PARA O TRFICO. Atos preparatrios.- Tem-se aqui um CRIME AUTNOMO, que independe da concretizao ou no do trfico de drogas. Ex.: se Ae B se associam para praticar trfico de drogas, eles incorrero no tipo da associao para o trfico (art. 35),

    ainda que no consigam traficar. Se conseguirem, respondero pelo art. 35 e pelo art. 33, em concursomaterial. Os bens jurdicos tutelados so distintos (na associao, a paz pblica).- O sujeito comete o crime quando se junta com outra pessoa, de forma ESTVEL E PERMANENTE (societassceleris)com o objetivo de praticar:

    a)Trfico de drogas (art. 33);b)Condutas equiparadas a trfico de drogas (1 do art. 33); ouc) Trfico de maquinrios para drogas (art. 34).

    - A consumao ocorre a associao, estvel e permanente, de duas ou mais pessoas com o objetivo depraticarem os crimes previstos acima. um crime formal(no exige resultado naturalstico).- Associao eventual no tipifica o crime, mas configura concurso de agentes .- Vide info. 509 do STJ.- A associao deve ter DUAS OU MAIS PESSOAS. No importa se uma delas inimputvel.

    - A materialidade do crime de trfico (art. 33) pressupe a apreenso da droga. J a materialidade daassociao pode advir de outros meios de prova. Ex.: haver o crime mesmo que o outro associado no seja

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    identificado pela polcia, desde que se tenha certeza que havia, no mnimo, duas pessoas associadas.- inaplicvel a minorante do art. 33, 4 (trfico privilegiado). Vide info. 517 do STJ (final do resumo).- A doutrina se divide quanto equiparao a crime hediondo. Rogrio Sanches entende que no equiparado (ampliao do art. 5, XLIII da CF/88 e violao ao princpio da legalidade).

    ASSOCIAO PARA FINS DE TRFICO (ART. 35) ASSOCIAO CRIMINOSA (ART. 288 DO CP)

    Exige, no mnimo, 2 pessoas associadas. Exige, no mnimo, 3 pessoas associadas.

    A finalidade da associao praticar trfico dedrogas(art. 33, caput), alguma das condutas

    equiparadas a trfico (art. 33, 1) ou, ento, trficode drogas (art. 34).

    A finalidade da associao praticar quaisquercrimes.

    Haver o art. 35 mesmo que as pessoas se associemcom a finalidade de praticar um s crime, dentre os

    listados acima.

    Somente haver o art. 288 do CP se as pessoas seassociarem com a finalidade de praticar mais de umcrime. Se houver reunio para cometer um s crime,

    no se consuma o art. 288 do CP.

    Pena de 3 a 10 anos. Pena de 1 a 3 anos.

    Art. 36.Financiar ou custear a prtica de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 destaLei:Pena - recluso, de 8 a 20 anos, e pagamento de 1.500 a 4.000 dias-multa.

    - o crime de FINANCIAMENTO DO TRFICO. Pena mais severa da Lei 11.343/06.- Incriminao, em tipo autnomo, do partcipe do trfico de drogas.- Se 2 ou mais pessoas se unem para financiar/custear o trfico (crime do art. 36), podem responder pelaassociao criminosa (art. 35) se essa reunio for para a prtica reiterada do art. 36.- Para parte da doutrina, o auxlio efmero caracteriza concurso de agentes, podendo responder comopartcipe desse delito com o aumento de pena do art. 40, VII. Para Nucci, inexigvel a reiterao.

    Art. 37.Colaborar, como informante, com grupo, organizao ou associao destinados prtica de qualquer

    dos crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 desta Lei:Pena - recluso, de 2 a 6 anos, e pagamento de 300 a 700 dias-multa.

    - A Lei pune a conduta do INFORMANTE. Exemplo tpico: fogueteiro(aquele que avisa aos traficantes quandoa polcia chega no local, soltando fogos de artifcio).- colaborador aquele que transmite informao relevante, til ou necessria, para o xito das atividades dogrupo, associao ou organizao criminosa, que visam prtica dos seguintes crimes:

    a)Trfico de drogas (art. 33);b)Condutas equiparadas a trfico de drogas (1 do art. 33); ouc)Trfico de maquinrios para drogas (art. 34).

    - A colaborao do informante deve ser efmera. Caso contrrio, o tipo o do art. 35 (associao).- Se o sujeito concorrer para o trfico, incorrer nas penas do art. 33 (trfico de drogas), em concurso deagentes.

    - Se o sujeito se associa para fins de trfico e, ao mesmo tempo, olheiro, incorrer nas penas do art. 35(associao para fins de trfico), no podendo ser punido pelos dois crimes. Vide info. 527 do STJ (final doresumo).- Se o colaborador funcionrio pblico e agiu no exerccio de sua funo:

    a)Se no tiver solicitado nem recebido qualquer vantagem indevida: deve responder pelo crime doart. 37 da LD, com a majorante prevista no art. 40, II;b) Se tiver solicitado ou recebido vantagem indevida: responder pelo art. 37 em concurso materialcom o crime de corrupo passiva (art. 317 do CP). Nesse caso, no haver a incidncia da majorantedo art. 40, II, da LD, considerando que a condio de servidor pblico j foi utilizada para caracterizaro crime do art. 317.

    - O crime uma exceo teoria monista (todas as pessoas que concorreram de qualquer modo, para aprtica do crime devem responder pelo mesmo tipo penal). Isto porque, no mesmo contexto, alguns podem

    praticar atos de informante e outros podem praticar trfico, devendo ser responsabilizados por tipos diversos.Ateno ao limite entre um crime e outro: no art. 37, o agente se limita a colaborar como informante. Secolaborar de qualquer outro modo, responder por trfico de drogas (art. 33) ou trfico de maquinrio (art.

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    - Vale ressaltar que o trfico interestadual tem a pena aumentada. Contudo, se o trfico ocorrer

    entre Municpios, no h razo para o aumento.

    - Cabe Justia Estadual julgar o trfico interestadual, de acordo com as regras de competncia do

    CPP.

    - Quando a arma utilizada exclusivamente para a realizao do trfico, o porte de armas

    absorvido. Se o sujeito portava a armas em outras ocasies, h concurso material.

    - O STJ (HC 109723/MS) j decidiu que no necessria a efetiva transposio da fronteira

    interestadual, bastando que fique evidenciado, pelos elementos de prova, que a droga

    transportada teria como destino localidade de outro Estado da Federao.

    - O art. 36 cuida do agente que financia o trfico de drogas de forma habitual. Se o financiamento

    for efmero, o agente ser partcipe do crime de trfico (art. 33) com a causa de aumento do inciso

    VII.

    - Se o agente levar a droga em transporte pblico, mas no a comercializar, no incidir a

    majorante do inciso II. Vide info. 543 do STJ (final do resumo).

    - A Lei de Drogas traz o instituto da DELAO PREMIADAcomo CAUSA DE DIMINUIO DA PENA(3

    fase da dosimetria):

    Art. 41. O indiciado ou acusado que colaborar voluntariamente com a investigao policial e

    o processo criminal na identificao dos demais coautores ou partcipes do crime e na

    recuperao total ou parcial do produto do crime, no caso de condenao, ter pena

    reduzida de um tero a dois teros.

    DELAO PREMIADA(colaborao voluntria com a investigao e o processo)

    1/3 a 2/3 VOLUNTARIEDADEIDENTIFICAO DOS DEMAIS AGENTES

    RECUPERAO TOTAL OU PARCIAL DO PRODUTO DO CRIME

    - Seguindo a regra geral, a Lei de Drogas tambm traz casos de INIMPUTABILIDADE (iseno de

    pena) e de SEMI-IMPUTABILIDADE(reduo da pena de 1/3 a 2/3).

    - Quando o juiz absolver o inimputvel (dependente qumico), poder, na sentena, encaminh-lo

    para tratamento mdico adequado.

    - O art. 42 traz uma regra especial bastante cobrada. Vale a pena sua transcrio:

    Art. 42 - O juiz, na fixao das penas, considerar, com preponderncia sobre o previsto no

    art. 59 do Cdigo Penal, a natureza e a quantidade da substncia ou do produto, a

    personalidade e a conduta social do agente.

    1 FASE DA DOSIMETRIA (FIXAO DA PENA-BASE)

    REGRA GERAL (CP) REGRA ESPECIAL DA LEI DE DROGAS

    ANLISE DAS CIRCUNSTNCIAS JUDICIAIS DOART. 59.

    NATUREZAQUANTIDADE

    PERSONALIDADE

    CONDUTA SOCIAL

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    - A Lei de Drogas tambm se filiou ao sistema dias-multa:

    PENA DE MULTA NO CP PENA DE MULTA NA LEI DE DROGAS

    1 fase: 10 a 360

    dias-multa.2 fase: 1/30 at 5xo

    salrio mnimo.

    CONSUMO PESSOAL

    1 fase: 40 a 100dias-multa.2 fase: 1/30 at 3xo salrio

    mnimo.

    TRFICO DE DROGAS

    1 fase: para a fixao da quantidade de dias-multa, ser dosado levando-se em conta, compreponderncia sobre o previsto no art. 59 do

    CP, a NATUREZAe a QUANTIDADEdasubstncia ou do produto, a PERSONALIDADEe

    a CONDUTA SOCIALdo agente.2 fase: 1/30 at 5x o salrio mnimo (=CP).

    - Ateno: se o juiz considerar a multa ineficaz diante da situao econmica do acusado poder

    aument-la at o DCUPLO.

    - O art. 44 o mais controverso da Lei:

    Art. 44 - Os crimes previstos nos arts. 33, caput e 1, e 34 a 37 desta Lei so inafianveis e

    insuscetveis de sursis, graa, indulto, anistia e liberdade provisria, vedada a converso de

    suas penas em restritivas de direitos.

    Pargrafo nico - Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se- o livramento

    condicional aps o cumprimento de dois teros da pena, vedada sua concesso ao

    reincidente especfico.

    - Com a abolio do regime integralmente fechado nos crimes hediondos, estes crimes passaram a

    comportar a converso em penas restritivas de direito. O trfico de drogas equiparado a hediondo

    e, em tese, poderia comportar a converso, pois no trfico privilegiado, a pena pode ser inferior a 4

    anos (art. 33, 4). Contudo, o art. 44 afastou expressamente essa possibilidade. Felizmente, o STF

    (HC 97256), em controle difuso, concedeu a ordem para remover o bice da parte final do art. 44 da

    Lei 11.343/06, assim como da expresso anloga vedada a converso em pernas restritivas de

    direitos, constante do 4 do art. 33 do mesmo diploma legal. O Senado, para dar eficcia erga

    omnes, editou a Resoluo 5/2012: suspensa a execuo da expresso vedada a converso em

    penas restritivas de direito do 4 do art. 33 da Lei 11.343/06. Conclui-se que CABVEL A

    CONVERSO EM PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO.

    - O art. 5, XLIII da CF/88 dispe que a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graaou anistiaa prtica da tortura, o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os

    definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,

    podendo evit-los, se omitirem. Portanto, NO CABE A CONCESSO DE FIANA, GRAA, ANISTIA

    OU INDULTO(interpretao sistemtica) nos crimes de trfico de drogas. Vide info. 745 do STF (final

    do resumo).

    - Com a abolio do regime integralmente fechado nos crimes hediondos, estes crimes passaram a

    comportar sursis. Contudo, a Lei 11.343/06 vedou expressamente a suspenso condicional da pena

    nos crimes de trfico de drogas. O tratamento desigual contraditrio e muito criticado pela

    doutrina: deveria ser dado o mesmo tratamento aos crimes hediondos e equiparados, tal como o

    crime de trfico de drogas. Em concursos, melhor afirmar que NO CABE SURSIS.

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    MARTINA CORREIA

    CRIMES HEDIONDOS TRFICO DE DROGAS (EQUIPARADO)

    CABE A CONVERSO EM PENA RESTRITIVA DEDIREITOS E SURSIS.

    Com a inconstitucionalidade do regimeintegralmente fechado, passou a caber sursise PRD

    para os crimes hediondos e equiparados.

    CABE A CONVERSO EM PENA RESTRITIVA DEDIREITOS, MAS NO CABE SURSIS.

    A Lei de Drogas probe, mas o STF declarou ainconstitucionalidade do art. 44 (vedada a converso

    em penas restritivas de direitos). No falou nadasobre sursis(incoerncia).

    - Em maio de 2012, o STF, em controle difuso, declarou inconstitucional da expresso e liberdade

    provisria. Isto porque a vedao acarretaria uma priso preventiva obrigatria, o que viola os

    princpios da presuno de inocncia e do devido processo legal, alm de engessar o juiz no caso

    concreto. Logo, CABE LIBERDADE PROVISRIA. Vale destacar que a impossibilidade de pagar fiana

    em determinado caso no impede a concesso da liberdade provisria, pois so coisas diferentes .

    A prpria CF/88 admite a liberdade provisria sem fiana (ningum ser levado priso ou nela

    mantida quando a lei admitir a liberdade provisria, com ou sem fiana).

    NO SO CABVEIS... SO CABVEIS

    - Fiana- Graa, indulto e anistia

    - Sursis

    - Liberdade provisria- Converso em penas restritivas de direitos

    REGRA ESPECIALLIVRAMENTO CONDICIONAL

    CUMPRIMENTO DE 2/3 DA PENA NO SER CONCEDIDA AO REINCIDENTE ESPECFICO

    PRINCIPAIS ASPECTOS PROCEDIMENTAIS

    - Art. 28competncia dos Juizados Criminais, salvo se houver concurso de crimes.

    - NO SE IMPOR PRISO EM FLAGRANTE, devendo o autor do fato ser imediatamente

    encaminhado ao juzo competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,

    lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-se as requisies dos exames e percias

    necessrios.

    - Se ausente a autoridade judicial, as providncias sero tomadas de imediato pela autoridade

    policial, no local em que se encontrar, vedada a deteno do agente.

    - Concludos esses procedimentos, o agente ser submetido a exame de corpo de delito, se o

    requerer ou se a autoridade entender conveniente, e em seguida ser liberado.

    - Priso em flagrantecomunicao imediata ao juiz competente, que dar VISTA DO APF AO MP

    EM 24 HORAS.

    - Para a lavratura do APF, suficiente o LAUDO DE CONSTATAO DA NATUREZA E QUANTIDADE

    DA DROGA, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idnea.

    - O PERITO NO FICAR IMPEDIDO DE PARTICIPAR DA ELABORAO DO LAUDO DEFINITIVO.

    - Prazo para concluso do inqurito 30 dias (preso) ou 90 dias (solto). Os prazos podem ser

    duplicadospelo juiz a pedido da autoridade policial e aps oitiva do MP.

    - Aps o prazo, a AP remeter os autos do inqurito ao juiz, e relatar sumariamente as

    circunstncias do fato, justificando as razes que a levaram classificao do delito, indicando a

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    MARTINA CORREIA

    quantidade e natureza da substncia ou do produto apreendido, o local e as condies em que se

    desenvolveu a ao criminosa, a qualificao e os antecedentes do agente.

    - A AP poder requerer a devoluo do APF para a realizao de diligncias necessrias.

    - Diligncias complementares o resultado deve ser encaminhado ao juzo at 3 dias antes da

    audincia de instruo e julgamento.

    - Flagrante prorrogadoem qualquer fase da persecuo criminal, precisa de autorizao judicial,

    ouvido o MP, e desde que sejam conhecidos o itinerrio provvel e a identificao dos agentes do

    delito ou de colaboradores.

    - Prazo para oferecer denncia10 dias(prazo nico). o mesmo prazo dos crimes eleitorais.

    - Defesa preliminar

    oferecida a denncia, o juiz ordenar a NOTIFICAO (e no citao) doacusado para oferec-la no prazo de 10 dias(mesmo prazo da resposta acusao do procedimento

    ordinrio).

    - Na defesa, consistente em defesa preliminar e excees, o acusado poder arguir preliminares e

    invocar todas as razes de defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar as provas que

    pretende produzir e arrolar at 5 testemunhas.

    - Ateno: a denncia ainda no foi recebida!

    - A falta de indicao de testemunhas no momento da defesa preliminar no enseja precluso, pois

    o acusado ter nova oportunidade de indic-las em sede de resposta acusao.

    - Se a resposta no for apresentada no prazo, o juiz nomear defensor para oferec-la em 10 dias,

    concedendo-lhe vista dos autos no ato de nomeao.

    - Possveis decises do juiz aps a defesa preliminaro juiz dever decidir em at 5 dias.

    a)Recebe a dennciairrecorrvel, mas possvel a impetrao de MS.

    b)Rejeio da dennciarecurso em sentido estrito.

    c) Diligncias SE ENTENDER IMPRESCINDVEL, O JUIZ, NO PRAZO MXIMO DE 10 DIAS,

    DETERMINAR A APRESENTAO DO PRESO, REALIZAO DE DILIGNCIAS, EXAMES E

    PERCIAS.

    - Recebimento da denncia o juiz designar dia e hora para a audincia de instruo e

    julgamento, ordenar a CITAO PESSOAL DO ACUSADO, a intimao do MP, do assistente, se for o

    caso, e requisitar os laudos periciais.

    - Resposta acusaoproblema: o art. 394, 4 do CPP diz que os dispositivos previstos entre o

    395 e o 398 aplicam-se a todos os procedimentos penais de 1 grau, ainda que no regulados pelo

    CPP. Ocorre que alguns procedimentos especiais tm defesa preliminar e, com esse dispositivo,

    pelo menos em tese, haveria 2 manifestaes da defesa (defesa preliminar + resposta acusao) .

    Exemplo da Lei de Drogas: oferecida a denncia, a Lei de Drogas prev a defesa preliminar. O juiz

    recebe a pea acusatria e manda citar. Segundo a Lei de Drogas, o acusado citado para

    comparecer ao interrogatrio. Contudo, segundo o 4, deve haver a resposta acusao e apossibilidade de absolvio sumria. Assim, o sujeito citado para apresentar a resposta

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    MARTINA CORREIA

    acusao.Numa interpretao literal, h duas manifestaes da defesa, o que contraproducente.

    H vrias interpretaes sobre o assunto. Parte da doutrina entende inaplicvel a defesa preliminar

    da Lei de Drogas. Na opinio de Renato Brasileiro, o ideal entender que no pode haver 2

    manifestaes da defesa. O ideal que o acusado apresente a defesa preliminar e a resposta

    acusao no mesmo momento. Num primeiro momento, o sujeito pediria a rejeio da pea

    acusatria, num segundo momento, buscaria sua absolvio sumria.

    - Em outro sentido (tese para a DPU), Nestor Tvora diz que deve ser oportunizado o oferecimento

    de resposta acusao objetivando-se a absolvio sumria no mbito do rito especial dos crimes

    de drogas. A Lei 11.343/06 anterior reforma do CPP trazida pela Lei 11.719/08. Nessa medida, a

    Lei de Drogas no previu a possibilidade de apresentao de resposta acusao, depois da citao,

    com o fim de se alcanar um ttulo judicial absolutrio antecipado, conforme dispe os arts. 396 e

    seguintes, relativos a rito comum ordinrio. No entanto, como norma processual tem aplicao

    imediata a partir de sua vigncia, os dispositivos trazidos pelo citado diploma alterador do CPP

    alcanaro o procedimento especial da Lei 11.343/06.- Caso se entenda que h oferecimento de resposta acusao na Lei de Drogas (corrente de Nestor

    Tvora), apresentada esta, o juiz ter oportunidade de absolver sumariamente o ru, com fulcro no

    art. 397 do CPP. Assim, apesar de o art. 56 dizer que o juiz, ao receber a denncia, designar

    audincia de instruo e julgamento, com a aplicao do art. 396 do CPP o juiz s designar data

    para a audincia de instruo e julgamento aps o conhecimento da resposta acusao , havendo

    por bem no ser caso de absolvio sumria, devendo intimar as partes.

    - Nos moldes do procedimento comum, o MP s ser intimado aps o oferecimento da resposta

    acusao, para que se manifeste em 5 dias, em analogia ao art. 409 do CPP (isonomia).

    - Afastamento cautelar do funcionrio pblico a lei autorizou que seja o funcionrio pblico,cautelarmente, desde o recebimento da denncia, afastado de suas funes. Essa medida cautelar

    no se confunde com o efeito da condenao previsto no art. 92, I, do CP. Nesta medida, sendo o ru

    absolvido, impe-se o retorno ao cargo.

    - Audincia de instruo e julgamentoser realizada dentro dos 30 diasseguintes ao recebimento

    da denncia, salvo se determinada a realizao de avaliao para atestar dependncia de drogas,

    quando se realizar em 90 dias.

    Regra geral Avaliao para atestar dependncia de drogas

    30 diasdo recebimento da denncia 90 diasdo recebimento da denncia

    - Esse prazo no considera se o acusado est preso ou solto, tanto faz.

    - Interrogatrio do acusado (primeiro ato!) oitiva das testemunhas debates orais (a

    sustentao oral ser de 20 minutos, para cada parte, prorrogveis, a critrio do juiz, por mais 10

    minutos).

    - Sentena encerrados os debates, o juiz proferir sentena de imediato, ou o far em 10 dias,

    ordenando que os autos para isso lhe sejam conclusos.

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    MARTINA CORREIA

    - Ao proferir sentena, o juiz, no tendo havido controvrsia, no curso do processo, sobre a

    natureza ou quantidade da substncia do produto, ou sobre a regularidade do respectivo laudo,

    determinar a incinerao da droga apreendida.

    - A lei diz que o ru no poder apelar sem recolher-se priso, salvo se for primrio e de bons

    antecedentes, assim reconhecido na sentena condenatria. Contudo, a smula 347 do STJ diz que

    o conhecimento de recurso de apelao do ru independe de sua priso. No mesmo sentido tem

    decidido o STF.

    INFORMATIVOS DO STF RELACIONADOS (2013 A 2015)

    - ATUALIZADO AT O INFORMATIVO 789 DO STF (23/06/2015).

    Info. 711 (2013): O RU NO TEM O DEVER DE DEMONSTRAR QUE A DROGA ENCONTRADA CONSIGO SERIAUTILIZADA APENAS PARA CONSUMO PRPRIO. CABE ACUSAO COMPROVAR OS ELEMENTOS DO TIPO

    PENAL, OU SEJA, QUE A DROGA APREENDIDA ERA DESTINADA AO TRFICO. AO ESTADO-ACUSADORINCUMBE DEMONSTRAR A CONFIGURAO DO TRFICO, QUE NO OCORRE PELO SIMPLES FATO DOS RUSTEREM COMPRADO E ESTAREM NA POSSE DE ENTORPECENTE. EM SUMA, SE A PESSOA ENCONTRADACOM DROGAS, CABE AO MP COMPROVAR QUE O ENTORPECENTE ERA DESTINADO AO TRFICO. NOFAZENDO ESTA PROVA, PREVALECE A VERSO DO RU DE QUE A DROGA ERA PARA CONSUMO PRPRIO.

    Info. 719 (2013): O ART. 42 DA LEI 11.343/2006 PODE SER UTILIZADO TANTO PARA AGRAVAR A PENA-BASEQUANTO PARA AFASTAR O TRFICO PRIVILEGIADO PREVISTO NO ART. 33, 4. EX.: O JUIZ AUMENTOU APENA DE JOO PORQUE ELE FOI PRESO TRANSPORTANDO UMA GRANDE QUANTIDADE DE DROGA QUE, PELASUA NATUREZA, APRESENTA ALTO GRAU DE PERICULOSIDADE. ALM DISSO, NEGOU O PEDIDO DERECONHECIMENTO DO PRIVILGIO DO ART. 33, 4, POR CONCLUIR QUE JOO NO UM PEQUENOTRAFICANTE. NO H BIS IN IDEM, PORQUE A NATUREZA E A QUANTIDADE SO FATORES RELEVANTES PARA

    A AFERIO DO PRIVILGIO.Ateno: POSTERIORMENTE, O PLENRIO DO STF FIRMOU POSIO NO SENTIDO DE QUE ISSOCONFIGURARIA BIS IN IDEM.

    Info. 733 (2014): A NATUREZA E A QUANTIDADE DA DROGA PODEM SER UTILIZADAS PARA AUMENTAR APENA-BASE E TAMBM PARA AFASTAR O TRFICO PRIVILEGIADO?

    SIM (STJ) NO (STF)

    No h bis in idemna considerao danatureza e quantidade da droga em maisde uma etapa da dosimetria da pena, poisse trata de utilizao da mesma regra em

    finalidades e momentos distintos: naprimeira vez utilizada para aumentar a

    pena-base e na terceira para afastar obenefcio do trfico privilegiado.

    O Plenrio do STF firmou posio no sentido de que issoconfiguraria BIS IN IDEM. A natureza e a quantidade da droga

    podem ser utilizadas na 1 OU na 3 faseda dosimetria da pena.O juiz detm essa alternatividade. O que no possvel que o

    magistrado considere a natureza e a quantidade da droga na 1 Ena 3 fases. Nesse caso, haveria bis in idem.

    Vale ressaltar que o princpio do ne bis in idemaplica-se nomomento da individualizao da pena, com vistas a impedir mais

    de uma punio individual pelo mesmo fato em momentosdiversos do sistema trifsico adotado pelo CP.

    Info. 734 (2014): A CAUSA DE DIMINUIO DE PENA PREVISTA NO ART. 33, 4, DA LEI 11.343/2006 NOAFASTA A HEDIONDEZ DO CRIME DE TRFICO DE DROGAS. APENAS ABRANDA A PENA DO PEQUENOTRAFICANTE, POR CRITRIOS DE RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE.

    Info. 742 (2014): O STF ENTENDEU QUE NO POSSVEL APLICAR NENHUMA MEDIDA SOCIOEDUCATIVAQUE PRIVE A LIBERDADE DO ADOLESCENTE (INTERNAO OU SEMILIBERDADE) CASO ELE TENHAPRATICADO UM ATO INFRACIONAL ANLOGO AO DELITO DO ART. 28 DA LEI DE DROGAS. ISSO PORQUE OART. 28 DA LEI DE DROGAS NO PREV A POSSIBILIDADE DE PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE CASO UM

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    MARTINA CORREIA

    ADULTO COMETA ESSE CRIME.

    Info. 745 (2014): NO POSSVEL O DEFERIMENTO DE INDULTO A RU CONDENADO POR TRFICO DEDROGAS, AINDA QUE TENHA SIDO APLICADA A CAUSA DE DIMINUIO NO ART. 33, 4, DA LEI11.343/2006 PENA A ELE IMPOSTA, CIRCUNSTNCIA QUE NO ALTERA A TIPICIDADE DO CRIME. OSCONDENADOS POR CRIMES HEDIONDOS E EQUIPARADOS NO PODEM SER CONTEMPLADOS COM OINDULTO, MESMO O CHAMADO INDULTO HUMANITRIO. O FATO DE O CONDENADO ESTAR DOENTE OUSER ACOMETIDO DE DEFICINCIA NO CAUSA DE EXTINO DA PUNIBILIDADE NEM DE SUSPENSO DAEXECUO DA PENA.

    Info. 749 (2014): O ART. 40, III, DA LEI DE DROGAS PREV COMO CAUSA DE AUMENTO DE PENA O FATO DE AINFRAO SER COMETIDA EM TRANSPORTES PBLICOS. SE O AGENTE LEVA A DROGA EM TRANSPORTEPBLICO, MAS NO A COMERCIALIZA DENTRO DO MEIO DE TRANSPORTE, INCIDIR ESSA MAJORANTE?

    SIM (STJ) NO (STF)

    A simples utilizao de transporte pblico para acirculao da substncia entorpecente suficientepara a aplicao da causa de aumento. A aplicao

    da majorante prevista no art. 40, III, no est limitadaquelas hipteses em que o agente efetivamente

    venda, exponha venda ou oferea a droga. bastante, para tanto, a ocorrncia de quaisquer dosverbos contidos no tipo penal dentro de transporte

    coletivo.STJ. 5 Turma. AgRg no REsp 1392139/PR, Rel. Min.

    Moura Ribeiro, j. em 19/09/2013.STJ. 6 Turma. AgRg no REsp 1416431/PR, Min.

    Sebastio Reis Jnior, j. em 18/02/2014.

    A mera utilizao de transporte pblico para ocarregamento da droga no leva aplicao da causa

    de aumento. Com base em uma interpretaoteleolgica, o disposto no art. 40, III, somente podeser aplicado se houver a comercializao da droga

    em transporte pblico, no alcanando a situao deo agente ter sido surpreendido quando trazia consigo

    droga em nibus intermunicipal, sem que nele ativesse vendido.

    STF. 1 Turma. HC 119782, Rel. Min. Rosa Weber,julgado em 10/12/2013.

    STF. 2 Turma. HC 115815, Rel. Min. RicardoLewandowski, julgado em 13/08/2013.

    Info. 750 (2014): O RITO PREVISTO NO ART. 400 NO SE APLICA LEI DE DROGAS. ASSIM, O

    INTERROGATRIO DO RU CONTINUA SENDO O PRIMEIRO ATO DA AUDINCIA, EM MOMENTO ANTERIOR OITIVA DAS TESTEMUNHAS, DE ACORDO COM O ART. 57 DA LEI DE DROGAS (RITO PRPRIO, PRINCPIO DAESPECIALIDADE). NO ART. 400 DO CPP (RITO COMUM), O INTERROGATRIO REALIZADO AO FINAL DAAUDINCIA DE INSTRUO E JULGAMENTO.

    Info. 759 (2014): A NATUREZA E A QUANTIDADE DA DROGA NO PODEM SER UTILIZADAS PARA AUMENTARA PENA-BASE DO RU E TAMBM PARA AFASTAR O TRFICO PRIVILEGIADO (ART. 33, 4) OU PARA,RECONHECENDO-SE O DIREITO AO BENEFCIO, CONCEDER AO RU UMA MENOR REDUO DE PENA.HAVERIA, NESSE CASO, BIS IN IDEM.

    Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 3

    Na 1 fase da dosimetria, ojuiz assim argumentou:

    aumento a pena base para 6anos de recluso em virtude

    de ter sido encontrado com oru uma grande quantidade

    de droga (art. 42 da Lei11.343/2006).

    Na 3 fase da dosimetria, omagistrado afirmou: reputo

    que o condenado no temdireito ao benefcio previsto

    no 4 do art. 33 da Lei11.343/2006 considerando

    que a grande quantidadededroga com ele encontrada

    Na 1 fase da dosimetria, o juizassim argumentou: aumento a

    pena base para 6 anos de reclusoem virtude de ter sido encontradocom o ru uma grande quantidade

    de droga (art. 42 da Lei11.343/2006).

    Na 3 fase da dosimetria, omagistrado afirmou: reputo que o

    condenado tem direito aobenefcio previsto no 4 do art.

    33 da Lei 11.343/2006,considerando que se trata de ru

    primrio que preenche os

    requisitos legais, no havendoindcios de que se dedique a

    Na 1 fase da dosimetria, o juiz assimargumentou: aumento a pena base

    para 6 anos de recluso em virtude de adroga empregada no trfico ser a

    cocana, entorpecente conhecido porseu alto poder de gerar dependncia nos

    usurios (maior toxicidade secomparada com outras drogas),devendo essa circunstncia ser

    considerada desfavorvel, conformeautoriza o art. 42 da Lei 11.343/2006.Na 3 fase da dosimetria, o magistradoafirmou: reputo que o condenado temdireito ao benefcio previsto no 4 do

    art. 33 da Lei 11.343/2006, considerandoque se trata de ru primrio que

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    MARTINA CORREIA

    indica que se trata de ru queintegra organizao

    criminosa.

    atividades criminosas nem integreorganizao criminosa. No

    entanto, considerando a grandequantidadede droga encontradaem seu poder, reduzoa pena na

    frao de apenas 1/6.

    preenche os requisitos legais, nohavendo indcios de que se dedique a

    atividades criminosas nem integreorganizao criminosa. No entanto,

    considerando a grande quantidadede

    droga encontrada em seu poder, reduzoa pena na frao de apenas 1/6.

    Essa sentena possui umvcio, pois utilizou a

    quantidade de droga tantona 1 como na 3 faseda

    dosimetria da pena,incorrendo em bis in idem.

    A sentena possui o mesmo vcio,havendo a bis in idem.

    A sentena no possui nenhuma mcula.Na 1 fase foi utilizada a natureza da

    droga como circunstncia negativa e na3 etapa o magistrado valeu-se daquantidade do entorpecente para

    valorar negativamente a situao do ru.

    - Info. 759 (2014)1)NA DOSIMETRIA DA PENA DE TRFICO, O JUIZ NO PODE AUMENTAR A PENA BASE UTILIZANDO COMOARGUMENTO O FATO DE TEREM SIDO ENCONTRADAS MUITAS TROUXINHAS COM O RU, SE O PESO DELAS

    ERA PEQUENO (7,1 GRAMAS), SENDO ESSE FATO PREPONDERANTE.2) DE IGUAL MODO, O MAGISTRADO NO PODE AUMENTAR A PENA PELO SIMPLES FATO DE A VENDA DADROGA OCORRER DENTRO DA PRPRIA CASA DO CONDENADO. ISSO PORQUE ESSE FATO, POR SI S, NOENSEJA UMA MAIOR REPROVABILIDADE DA CONDUTA DELITUOSA.3) POR FIM, O JULGADOR NO PODE AUMENTAR A PENA DO RU PORQUE ESTE DECLAROU, EM SEUINTERROGATRIO, QUE ERA USURIO FREQUENTE DE DROGA. O USO CONTUMAZ DE DROGAS NO PODESER EMPREGADO COMO INDICATIVO DE NECESSIDADE DE AGRAVAMENTO DA REPRIMENDA, VISTO QUE ACONDUTA DO RU QUE VENDE DROGAS PARA SUSTENTAR O PRPRIO VCIO MENOS REPROVVEL DOQUE A DAQUELE QUE PRATICA ESSE CRIME APENAS COM INTUITO DE LUCRO.

    Info. 766 (2014): POSSVEL APLICAR O BENEFCIO DO 4 DO ART. 33 DA LEI DE DROGAS S MULAS.Argumentos: o fato de o agente transportar droga, por si s, no suficiente para afirmar que ele integre a

    organizao criminosa.

    (nenhum informativo sobre trfico de drogas em 2015)

    INFORMATIVOS DO STJ RELACIONADOS (2013 A 2015)

    - ATUALIZADO AT O INFORMATIVO 563 DO STJ (27/07/2015).

    Info. 509 (2013): PARA QUE FIQUE CARACTERIZADO O CRIME DE ASSOCIAO PARA O TRFICO (ART. 35 DALEI 11.343/2006) EXIGE-SE QUE O AGENTE TENHA O DOLO DE SE ASSOCIAR COM PERMANNCIA EESTABILIDADE. DESSA FORMA, ATPICA A CONDUTA SE NO HOUVER NIMO ASSOCIATIVO PERMANENTE(DURADOURO), MAS APENAS ESPORDICO (EVENTUAL).

    Info. 514 (2013): O JUIZ NO PODE DEIXAR DE APLICAR A MINORANTE PREVISTA NO 4 DO ART. 33 DA LEIDE DROGAS SE UTILIZANDO EXCLUSIVAMENTE DOS ELEMENTOS DESCRITOS NO NCLEO DO REFERIDO TIPOPENAL PARA CONCLUIR QUE O RU SE DEDICAVA ATIVIDADE CRIMINOSA. EX.: O JUIZ NO PODEAFIRMAR QUE O RU SE DEDICA A ATIVIDADES CRIMINOSAS USANDO COMO ARGUMENTO O SIMPLESFATO DE TER COMETIDO O CRIME DE TRFICO DE DROGAS. SE ASSIM FOSSE, NINGUM PODERIA SERBENEFICIADO PELO 4 DO ART. 33. O JUIZ DEVE APONTAR OUTROS ELEMENTOS QUE PROVEM QUEAQUELE RU SE DEDICA A ATIVIDADES CRIMINOSAS.

    Info. 517 (2013): INAPLICVEL A CAUSA ESPECIAL DE DIMINUIO DE PENA PREVISTA NO 4 DO ART. 33DA LEI DE DROGAS (TRAFICANTE PRIVILEGIADO) NA HIPTESE EM QUE O RU TENHA SIDO CONDENADO,NA MESMA OCASIO, POR TRFICO (ART. 33) E PELA ASSOCIAO PARA O TRFICO (ART. 35). SE O RU FOI

    CONDENADO POR ASSOCIAO PARA O TRFICO PORQUE FICOU RECONHECIDO QUE ELE SE ASSOCIOUCOM OUTRAS PESSOAS PARA PRATICAR CRIMES, TENDO, PORTANTO, SEU COMPORTAMENTO VOLTADO

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    MARTINA CORREIA

    PRTICA DE ATIVIDADES CRIMINOSAS, O QUE IMPEDE A CONFIGURAO DO ART. 33, 4.

    Info. 527 (2013): NO POSSVEL QUE ALGUM SEJA CONDENADO PELO ART. 35 (ASSOCIAO PARA FINSDE TRFICO) E, AO MESMO TEMPO, PELO ART. 37 (INFORMANTE) DA LEI DE DROGAS EM CONCURSOMATERIAL, SOB O ARGUMENTO DE QUE ERA ASSOCIADO AO GRUPO CRIMINOSO E QUE, ALM DISSO,ATUAVA TAMBM COMO OLHEIRO. NESSE CASO, O RU RESPONDER APENAS PELO ART. 35(ASSOCIAO PARA FINS DE TRFICO). CONSIDERAR QUE O INFORMANTE POSSA SER PUNIDODUPLAMENTE (PELA ASSOCIAO E PELA COLABORAO COM A PRPRIA ASSOCIAO DA QUAL FAAPARTE), CONTRARIA O PRINCPIO DA SUBSIDIARIEDADE E REVELA INDEVIDO BIS IN IDEM, PUNINDO-SE, DEFORMA EXTREMAMENTE SEVERA, AQUELE QUE EXERCE FUNO QUE NO PODE SER ENTENDIDA COMO AMAIS RELEVANTE NA DIVISO DE TAREFAS DO MUNDO DO TRFICO.

    Info. 531 (2013): EM DOIS PRECEDENTES, O STJ DISCUTIU SE O ART. 34 DA LEI DE DROGAS ERA OU NOABSORVIDO PELO ART. 33. FORAM EXPOSTAS DUAS CONCLUSES:

    O TRFICO DE DROGAS (ART. 33) ABSORVE OTRFICO DE MAQUINRIO DE DROGA (ART. 34)

    TRFICO DE DROGAS (ART. 33) E TRFICO DEMAQUINRIO (ART. 34) EM CONCURSO

    O AGENTE PREPARA PARA VENDA CERTAQUANTIDADE DE DROGAS E MANTM, NO MESMOLOCAL, UMA BALANA DE PRECISO E UM ALICATE

    DE UNHA UTILIZADOS NA SUBSTNCIA.

    O AGENTE, ALM DE TER EM DEPSITO CERTAQUANTIDADE DE DROGAS ILCITAS EM SUA

    RESIDNCIA, POSSUI, NO MESMO LOCAL E EMGRANDE ESCALA, OBJETOS, MAQUINRIO E

    UTENSLIOS QUE CONSTITUAM LABORATRIOUTILIZADO PARA A PRODUO, PREPARO,

    FABRICAO E TRANSFORMAO DE DROGASILCITAS EM GRANDES QUANTIDADES.

    APLICA-SE O PRINCPIO DA CONSUNO.NO FICOU CARACTERIZADA A EXISTNCIA DE

    CONTEXTOS AUTNOMOS E COEXISTENTES APTOS AVULNERAR O BEM JURDICO TUTELADO DE FORMADISTINTA. NO H AUTONOMIA PARA EMBASAR A

    CONDENAO PELOS DOIS TIPOS PENAIS (BIS INIDEM).

    NO SE APLICA O PRINCPIO DA CONSUNO.EXISTE AUTONOMIA DE CONDUTAS E OS OBJETOSENCONTRADOS NO SERIAM MEIOS NECESSRIOSNEM CONSTITUAM FASE NORMAL DE EXECUO

    DAQUELE DELITO DE TRFICO DE DROGAS,

    POSSUINDO LESIVIDADE AUTNOMA PARA VIOLARO BEM JURDICO.

    Info. 534 (2014): DUAS CONCLUSES:

    O AGENTE FINANCIA OU CUSTEIA O TRFICO, MASNO PRATICA NENHUM VERBO DO ART. 33

    O AGENTE, ALM DE FINANCIAR OU CUSTEAR OTRFICO, TAMBM PRATICA ALGUM VERBO DO

    ART. 33

    RESPONDE PELO ART. 36. RESPONDE PELO ART. 33 C/C O ART. 40, VII(NO CONDENADO PELO ART. 36).

    Info. 536 (2014): NA LEI DE DROGAS, O INTERROGATRIO DO ACUSADO O PRIMEIRO ATO (RITO PRPRIOQUE AFASTA O RITO ORDINRIO DO CPPART. 400).

    Info. 536 (2014): O FATO DE O TRFICO DE DROGAS SER PRATICADO COM O INTUITO DE INTRODUZIRSUBSTNCIAS ILCITAS EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL NO IMPEDE, POR SI S, A SUBSTITUIO DAPENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS, DEVENDO ESSA CIRCUNSTNCIA SERPONDERADA COM OS REQUISITOS NECESSRIOS PARA A CONCESSO DO BENEFCIO.

    Info. 541 (2014): NO SE APLICA O PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA PARA O CRIME DE POSSE/PORTE DEDROGA PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28 DA LEI 11.343/2006). NO POSSVEL AFASTAR A TIPICIDADEMATERIAL DO PORTE DE SUBSTNCIA ENTORPECENTE PARA CONSUMO PRPRIO COM BASE NO PRINCPIODA INSIGNIFICNCIA, AINDA QUE NFIMA A QUANTIDADE DE DROGA APREENDIDA.

    Info. 543 (2014): O ART. 40, III, DA LEI DE DROGAS PREV COMO CAUSA DE AUMENTO DE PENA O FATO DE AINFRAO SER COMETIDA EM TRANSPORTES PBLICOS. SE O AGENTE LEVA A DROGA EM TRANSPORTEPBLICO, MAS NO A COMERCIALIZA DENTRO DO MEIO DE TRANSPORTE, NO INCIDIR ESSA

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    MAJORANTE. A MAJORANTE DO ART. 40, II, DA LEI 11.343/2006 SOMENTE DEVE SER APLICADA NOS CASOSEM QUE FICAR DEMONSTRADA A COMERCIALIZAO EFETIVA DA DROGA EM SEU INTERIOR. A POSIOMAJORITRIA NO STF E STJ.

    Info. 549 (2014): A CONDENAO POR PORTE DE DROGAS PARA CONSUMO PRPRIO (ART. 28 DA LEI11.343/2006) TRANSITADA EM JULGADO GERA REINCIDNCIA. ISSO PORQUE A REFERIDA CONDUTA FOIAPENAS DESPENALIZADA PELA NOVA LEI DE DROGAS, MAS NO DESCRIMINALIZADA (ABOLITIO CRIMINIS).

    Info. 556 (2015): OS ARTS. 61 E 62 DA LEI 11.343/06 PERMITEM QUE, APS AUTORIZAO JUDICIAL,VECULOS, EMBARCAES, AERONAVES E QUAISQUER OUTROS MEIOS DE TRANSPORTE SEJAM UTILIZADOSPELA AUTORIDADE DE POLCIA JUDICIRIA, COMPROVADO O INTERESSE PBLICO. O JUIZ PODERAUTORIZAR QUE A AERONAVE SEJA UTILIZADA PELO RGO MESMO O RU NO ESTANDO RESPONDENDOPOR TRFICO DE DROGAS? SIM. POSSVEL A APLICAO ANALGICA DOS ARTS. 61 E 62 DA LEI11.343/2006 PARA ADMITIR A UTILIZAO PELOS RGOS PBLICOS DE AERONAVE APREENDIDA NOCURSO DA PERSECUO PENAL DE CRIME NO PREVISTO NA LEI DE DROGAS, SOBRETUDO SE PRESENTE OINTERESSE PBLICO DE EVITAR A DETERIORAO DO BEM. O ART. 3 DO CPP AFIRMA QUE A LEIPROCESSUAL PENAL ADMITIR INTERPRETAO EXTENSIVA E APLICAO ANALGICA, BEM COMO O

    SUPLEMENTO DOS PRINCPIOS GERAIS DE DIREITO. ASSIM, POSSVEL A APLICAO DA LEI DE DROGASPARA CRIMES REGIDOS PELO CPP COM BASE NO USO DA ANALOGIA.

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