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Mercados

informação global

Bélgica Ficha de Mercado Setembro 2010

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Índice

1. O País em Ficha 3

2. Economia 4

2.1 Situação Económica e Perspectivas 4

2.2 Comércio Internacional 6

2.3 Investimento 9

2.4 Turismo 10

3. Relações Económicas com Portugal 10

3.1 Comércio 10

3.2 Serviços 15

3.3 Investimento 16

3.4 Turismo 18

4. Relações Internacionais e Regionais 19

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 21

5.1 Regime Geral de Importação 21

5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 22

5.3 Quadro Legal 23

6. Informações Úteis 24

7. Endereços Diversos 25

8. Fontes de Informação 29

8.1 Informação Online aicep Portugal Global 29

8.2 Endereços de Internet 31

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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1. O País em Ficha

Área: 30.528 km2

População: 10,6 milhões de habitantes (Estimativa 2010)

Densidade populacional: 347 hab./Km2 (Estimativa 2010)

Designação oficial: Reino da Bélgica

Chefe do Estado: Rei Alberto II (acedeu ao trono em Agosto de 1993)

Forma de Estado: Monarquia Constitucional

Primeiro-ministro: Yves Leterme (CD&V)

Data da actual Constituição: 7 de Fevereiro de 1831. A última revisão ocorreu em 14 de Julho de 1993, a qual

definiu o país como um Estado Federal

Principais Partidos Políticos: Democratas Liberais Flamengos (VLD); Movimento Reformador Francófono (MR);

Partido Social-Democrata Flamengo (SP.A); Partido Socialista Francófono (PS);

Partido Democrata Cristão Flamengo (CD&V); Centro Humanista Democrata (CdH);

Vlaams Belang (partido flamengo de direita); Frente Nacional (FN, francófono);

Nova Aliança Flamenga (N-VA); Partido Verde (Groen); Partido Ecologista

Francófono (Ecolo). As últimas eleições (antecipadas) para o Parlamento Federal

(composto pela Câmara dos Representantes e Senado) foram a 13 de Junho de

2010; as próximas eleições estão previstas para 2014

Capital: Bruxelas (1.031 mil habitantes, Janeiro 2007)

Outras cidades importantes: Antuérpia (961 mil habitantes); Liège (505 mil hab.);Charleroi (423 mil hab.)

Religião: Cerca de 75% da população é cristã, principalmente católica romana. O islamismo é

a segunda religião mais representada no país

Língua: As línguas oficiais são o francês (falado por cerca de 40% da população), o

neerlandês ou flamengo (menos de 60%) e o alemão (menos de 1%). Francês na

Valónia; flamengo na Flandres; francês e flamengo em Bruxelas

Unidade monetária: 1 EUR =1,3948 USD (média anual 2009)

1 EUR = 1,2894 USD (média mensal Agosto 2010)

“Ranking” em negócios: Risco político BBB (AAA = risco menor; D = risco maior)

Risco de estrutura económica A (fonte: EIU – Setembro 2010)

“Ranking” em negócios: Índice 7,71 (10 = máximo)

“Ranking” geral 18 (entre 82 países)

Risco de crédito: 1 (1 = risco menor; 7 = risco maior)

(COSEC – última actualização Setembro de 2010) - http://cgf.cosec.pt)

Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2009):

Exp.+ Imp (bens e serviços) / PIB = 143,2%

Imp.(bens e serviços) / PIB =70,2%

Imp.(bens) / Imp. Mundial = 2,8%

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) – ViewsWire September 9tth 2010; Country Report September 2010

WTO - World Trade Organization; UNCTAD; Banco de Portugal; COSEC

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

4

2. Economia

2.1 Situação Económica e Perspectivas

A Bélgica é considerada uma das mais modernas da Europa e do mundo, sendo uma das primeiras a ser

industrializada na Europa, baseada no carvão, têxtil, aço e engenharia pesada. Esta estrutura foi

parcialmente alterada com a emergência de novos sectores como a indústria ligeira, química, alimentar

(bebidas) e serviços, desenvolvendo um tecido empresarial mais moderno e atraindo, ainda,

nomeadamente na Valónia, investimento nas tecnologias de ponta.

Nos últimos anos, a economia belga conseguiu situar-se entre os países com maiores PIBs do mundo,

amplamente baseada nas indústrias mecânica e química e no comércio. O porto de Antuérpia é um dos

dez maiores do mundo e é o segundo da Europa.

Principais Indicadores Macroeconómicos

Unidade 2007 2008 2009 2010b 2011b 2012b

População Milhões 10,6a 10,6a 10,6a 10,6 10,6 10,6

PIB a preços de mercado 109EUR 335,1 344,3 339,0 348,7 359,6 368,5

PIB a preços de mercado 109USD 458,6 506,1 472,20 450,90 444,1 442,2

PIB per capita USD 43.269a 47.701a 44.457a 42.42 41.755 41.532

Crescimento real do PIB % 2,8 0,8 -2,7 1,6 1,0 1,2

Consumo privado Var. % 1,7 1,4 -0,2 1,7 0,8 1,3

Consumo público Var. % 2,1 2,5 0,4 2,0 1,7 1,6

Formação bruta de capital fixo Var. % 6,3 2,4 -4,9 -0,2 1,6 1,6

Taxa de desemprego % 7,5 7,0 7,9 8,6 8,4 8,3

Taxa de inflação % 1,8 4,5 0,0 2,4 2,5 1,9

Dívida pública % do PIB 84,2 90,0 97,0 100,5 102,5 104,6

Saldo do sector público % do PIB -0,2 -1,2 -6,1 -5,7 -5,1 -4,5

Balança corrente 109USD 7,8 -12,9 1,6a -4,4 -3,9 -3,8

Balança corrente % do PIB 1,7 -2,5 0,3a -1,0 -0,9 -0,9

Taxa de câmbio (média) 1EUR=xUSD 1.37 1.47 1.39 1.29 1.24 1.20

Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)

Nota: (a) Estimativas

(b) Previsões

Segundo dados das Nações Unidas (que levam em conta a expectativa de vida, o acesso à medicina,

educação, habitação, etc) a Bélgica possui um dos mais altos padrões de vida no mundo (entre 2005 e

2008 o PIB per capita cresceu 33%).

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

5

Em 2009, a Bélgica foi 8º maior exportador e o 10º importador a nível mundial, e ainda o 9º maior

receptor de investimento estrangeiro (em 2008, tinha ocupado o 2º lugar).

De acordo o FMI1, a economia cresceu em média 2,3% no período 1992-2001, acima da média dos

países da zona euro (+2,1%), sendo que nos dois anos anteriores ao início da crise financeira mundial

(2006-2007), a média registada foi de 2,8% a par das economias mais avançadas. Em 2008 e 2009, a

Bélgica assinalou um crescimento na ordem dos 0,8% e -2,7%, respectivamente.

A crise financeira mundial afectou muito a economia belga, tendo em conta o impacto que a mesma teve

sobre os três maiores bancos nacionais que resultou na necessidade de uma intervenção das

autoridades públicas, que avançaram com uma injecção de capital público nestas empresas. Este facto

contribuiu muito para o agravamento do deficit público recente, perto dos 100% do PIB, sendo que

restabelecer o equilíbrio é uma das maiores preocupações da actual política económica deste país.

Em 2009, a composição do PIB belga, era a seguinte: 0,7% sector agrícola, 22% o industrial e 77%, a

contribuição do sector de serviços, sendo as percentagens referentes à distribuição da população activa,

a seguinte; 2%, 25% e 73%, respectivamente, pelos sectores mencionados.

A política interna belga é dominada pela oposição duradoura entre a comunidade flamenga do norte e a

comunidade valona do sul do país. As disposições constitucionais (transformando a Bélgica como um

estado federal), que têm sido desenvolvidas ao longo dos anos foram dando às duas comunidades um

elevado grau de autonomia, afastando qualquer conflitualidade de maior, alimentada por factores

históricos, culturais e económicos.

Segundo os dados do The Economist Intelligence Unit (EIU), as perspectivas para a economia belga, são

as seguintes:

• Crescimento médio do PIB na ordem dos 1,3% para o período de 2010-2012, sendo que o

crescimento expectável para 2010 é de 1,6%, maior do que os restantes anos (2011 e 2012), e ainda

maior que a média prevista para os países da União Europeia no mesmo ano.

• O PIB per capita deverá registar uma diminuição (-13%) entre 2008 e 2012.

• As importações a crescerem 14% entre 2010 e 2012, enquanto que para as exportações é esperado

um crescimento de 13%.

• O consumo privado deverá aumentar nos próximos anos, face aos valores de 2008 e de 2009, mas

ainda com variações pequenas, tendo em conta o verificado nos anos de 2006 e 2007. O consumo

público assume maior importância, prevendo-se uma variação anual média na ordem dos 1,7% entre

2011 e 2012.

1 International Monetary Fund (FMI) – World Economic Outlook – April 2010

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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• A taxa de desemprego irá aumentar face às taxas verificadas em 2008 e 2009, atingindo os 8,6% em

2010 e 8,3% em 2012. A inflação também aumentará nos próximos dois anos (média anual próxima

dos 2,5% em 2010 e 2011), mas as previsões apontam para que a mesma se fixe nos 1,9% em 2012.

• O investimento estrangeiro deverá voltar a crescer (+70% em 2012 face ao previsto para o corrente

ano), mas a registar valores inferiores aos obtidos em 2007 e 2008.

2.2 Comércio Internacional

As exportações belgas registaram um decréscimo em 2009 (-22% face a 2008), embora a média de

crescimento anual entre 2005 e 2008, tenha sido de +13%.

Em 2009, as exportações belgas representaram 3% do total do comércio internacional, percentagem

quase idêntica à verificada ao longo do período de 2005-2008. O valor das exportações registado em

2009 coloca a Bélgica como o oitavo maior exportador mundial, posição que já ocupava em 2008 e ao

lado de outros países, como a Itália (7ª posição), a França (6ª) e a Rússia (9ª).

Evolução da balança comercial

109 USD 2005 2006 2007 2008 2009a

Exportação fob 334 367 432 476 370

Importação fob 319 352 413 470 351

Saldo 15 15 19 6 19

Coeficiente de cobertura (%) 104,7 104,3 104,6 101,3 105,4

Posição no “ranking” mundial

Como exportador 10ª 10ª 9ª 8ª 8ª

Como importador 10ª 10ª 9ª 9ª 10ª

Fontes: WTO - World Trade Organization

(a) Estimativa

As importações também registaram uma diminuição em 2009, um pouco mais acentuada do que as

exportações (-25% face ao ano anterior), sendo que entre 2005 e 2008, o aumento médio anual foi de

cerca de 14%.

A Bélgica tem uma localização geográfica privilegiada em relação aos países da U.E.27, mas possui

poucos recursos naturais, o que torna este país num forte importador de matérias-primas e muito

dependente da evolução destas no mercado mundial, tendo sido, em 2009, o 10º maior importador,

representando as suas importações 2,8% do total do comércio internacional estimado em relação ao ano

de 2009.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

7

No período de 2005-2009, a posição no ranking mundial como importador variou pouco, situando-se

entre o 9º e 10º lugar, assim como o peso das importações no comércio internacional que foi entre 2,8%

e 2,9%.

Os principais clientes da Bélgica são os países vizinhos da União Europeia, com destaque para a

Alemanha e a França, que compraram 37% do total produtos dos belgas vendidos no exterior em 2009.

Se lhe juntarmos o valor das expedições efectuadas para a Holanda, que foi o 3º cliente mais importante

em 2009, verifica-se que estes três mercados foram responsáveis, em média, pela compra de

aproximadamente 49% do total das vendas efectuadas pela Bélgica, nos últimos três anos. Portugal

como cliente ocupa a 23ª posição com uma quota muito pouco significativa (0,6% do total). Fora do

espaço comunitário, o 1º cliente da Bélgica foi os E.U.A. com uma quota de cerca de 5%, em 2009,

apresentando uma perda de importância nos últimos anos, entre 2008/2009 as exportações decresceram

cerca de 10%. Em 9º e 10º lugar aparecem outros clientes fora da EU, a Índia e a China, que

representaram 1,7% e 1,6%, respectivamente, do total das exportações efectuadas pela Bélgica em

2009.

Principais Clientes

2007 2008 2009 Mercado

Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição

Alemanha 19,5 1ª 19,8 1ª 19,6 1ª

França 16,7 2ª 17,5 2ª 17,7 2ª

Holanda 11,9 3ª 12,2 3ª 11,8 3ª

Reino Unido 7,6 4ª 7,2 4ª 7,2 4ª

EUA 5,8 5ª 4,9 5ª 5,4 5ª

Itália 5,2 6ª 4,7 6ª 4,8 6ª

Portugal 0,6 26ª 0,6 24ª 0,6 23ª

Fontes: WTO - World Trade Atlas (22/09/2010)

Os grandes fornecedores da Bélgica são a Holanda, a Alemanha e a França que absorveram 47% do

total importado em 2009. Estes principais fornecedores registaram decréscimos nas vendas (média na

ordem dos 21%) entre 2008/2009, mas convém realçar que todos os outros mercados fornecedores (até

ao 15º maior fornecedor), também registaram quebras, que variaram entre os 6% e os 42%.

Os E.U.A. foram, também, o 1º fornecedor fora do espaço comunitário, representando perto de 6% do

total importado em 2009, sendo que o segundo foi a China, (4% das compras belgas ao exterior).

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Principais Fornecedores

2007 2008 2009 Mercado

Quota % Posição Quota % Posição Quota % Posição

Holanda 17,5 2ª 19,3 1ª 17,9 1ª

Alemanha 17,7 1ª 17,2 2ª 17,1 2ª

França 11,1 3ª 10,9 3ª 11,7 3ª

Irlanda 4,8 6ª 4,0 7ª 6,3 4ª

EUA 5,6 5ª 5,6 6ª 5,7 5ª

Reino Unido 6,2 4ª 5,7 5ª 5,1 6ª

Portugal 0,4 35ª 0,4 36ª 0.4 35ª

Fonte: WTO - World Trade Atlas (22/09/2010)

Em termos de evolução, salienta-se a perda de importância do mercado do Reino Unido, cujos produtos

vendidos no mercado belga registaram uma descida de cerca de 29% entre 2008/2009, e ainda a

relevância ganha pela Irlanda, como fornecedor, que regista um aumento na ordem dos 26% no mesmo

período.

Em 2009, Portugal foi o 35º fornecedor da Bélgica, representado um quota pouco significativa. Esta

posição foi quase idêntica à verificada nos dois anos anteriores, embora desde 2006 que se tem vindo a

assistir a uma perda de importância de Portugal como fornecedor. Em 2004 e 2005, Portugal foi o 21º e o

25º fornecedor da Bélgica, respectivamente, embora com quotas, em média, de 0,6%.

Os produtos mais transaccionados pela Bélgica, em 2009, foram os seguintes:

Principais Produtos Transaccionados – 2009

Exportações / Sector % Importações / Sector %

Produtos farmacêuticos 13,7 Combustíveis minerais 11,8

Veículos automóveis 9,6 Produtos farmacêuticos 11,6

Máquinas 7,5 Veículos automóveis 10,4

Produtos químicos orgânicos 7,5 Máquinas 8,0

Combustíveis minerais 7,1 Produtos químicos 7,5

Matérias plásticas e suas obras 6,8 Máquinas eléctricas 5,2

Fonte: WTO - World Trade Atlas

Ao nível das exportações, os mencionados grupos de produtos representaram 52% do total e os produtos

importados descritos representaram 55% do total das importações.

Quase todos os produtos importados registaram quebras entre 2008/2009, destacando-se apenas o

aumento registado nos produtos farmacêuticos (+5%).

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Os principais fornecedores dos produtos importados foram:

Combustíveis minerais: Holanda (56%), Rússia (7%), Noruega (7%), Portugal (0,07% e 39º fornecedor)

Produtos farmacêuticos: Alemanha (27%), Irlanda (25%), França (10%), Portugal (0,08% e 23º

fornecedor)

Veículos automóveis: Alemanha (27%), França (18%), Japão (13%), Portugal (0,6% e o 16º fornecedor)

Máquinas: Alemanha (19%), Holanda (14%), EUA (11%), Portugal (34º e o 31º fornecedor)

Produtos químicos: Irlanda (36%), Holanda (14%), EUA (11%), Portugal (0,1% e o 25º fornecedor)

Máquinas eléctricas: Holanda (22%), Alemanha (17%), China (12%), Portugal (0,9% e o 18º fornecedor)

2.3 Investimento

A Bélgica, como receptor de investimento estrangeiro, entre 2005 e 2009, posicionou-se entre o 2º lugar,

em 2008 e o 10º em 2009, no âmbito do ranking mundial divulgado pela UNCTAD, representando estas

posições, 3% e 6%, respectivamente, do investimento internacional.

Em 2009, a Bélgica foi o quarto maior receptor de investimento na União Europeia, representado 9% do

total realizado neste espaço geográfico.

Investimento Directo

(106 USD) 2005 2006 2007 2008 2009

Investimento estrangeiro na Bélgica 34.370 58.893 118.403 109.956 33.782

Investimento da Bélgica no estrangeiro 32.658 50.685 105.912 129.953 -15.064

Posição no “ranking” mundial

Como receptor 7ª 6ª 3ª 2ª 10ª

Como emissor 9ª 8ª 6ª 5ª 208ª

Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2010

A Bélgica, entre 2005 e 2007, registou um crescimento médio próximo dos 86% de investimento

estrangeiro, mas em 2008 e 2009, assinalou uma diminuição na ordem dos 7% e 69%, respectivamente.

O investimento belga realizado no exterior, entre 2005 e 2008, cresceu, em média, 62% que ficou a

dever-se ao forte aumento registado em 2005 (+55%) e em 2006 (+109%), mas em 2009 verificou-se

uma forte queda e uma subida provavelmente do desinvestimento e/ou da saída de capitais estrangeiros,

resultando no final do ano um valor negativo.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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2.4 Turismo

A Bélgica não é um mercado tradicional de destino de turistas, mas é ainda um importante centro de

congressos e conferências, onde se encontram localizadas algumas instituições da UE, o que

proporciona um considerável movimento de visitantes estrangeiros (viagens de negócios e deslocações

oficiais).

No ranking publicado pelo “World Economic Forum”, a propósito de “Travel & Tourism Competitiveness

Índex 2009 and 2008 comparisons”, a Bélgica aparece no 22º lugar, entre 133 países, em 2009,

melhorando a sua posição com a subida de cinco lugares.

Entre 2005 e 2008, o número de turistas que entraram na Bélgica cresceu muito ligeiramente, mas em

2009 registou uma quebra (-6% face a 2008), verificando-se um número de turistas quase idêntico ao do

ano de 2005.

Indicadores do Turismo

2005 2006 2007 2008 2009a

Turistas (106) 6,7 7,0 7,0 7,2 6,8

Receitas (109USD) 9,9 10,3 11,0 11,8 9,8

Fonte: Word Tourism Organization (UNWTO)

Nota: (a) – Dados provisórios.

Em relação às receitas geradas, entre 2005 e 2009, o comportamento foi quase paralelo ao verificado

com a entrada de turistas, um crescimento ligeiro entre 2005 e 2008 (média de + 6%) e uma quebra em

2009 (-17%).

3. Relações Económicas com Portugal

3.1 Comércio

A Bélgica mantém uma posição importante no relacionamento comercial com Portugal, situando-se entre

os dez principais parceiros (9º maior cliente e 7º fornecedor em 2009).

Contudo, no período em análise, o mercado belga revela tendência decrescente, a partir de 2005, no

ranking dos clientes (quota com tendência descendente); já como fornecedor, tem tido uma posição

estável (mantém a mesma quota desde 2007).

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Importância da Bélgica nos Fluxos Comerciais com Portugal

2005 2006 2007 2008 2009

Posição 8ª 9ª 9ª 9ª 9ª Como cliente

% 3,9 3,1 2,6 2,5 2,5

Posição 7ª 7ª 7ª 7ª 7ª Como fornecedor

% 2,9 2,8 2,9 2,9 2,9

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Entre Janeiro e Julho de 2010, verifica-se que a Bélgica continua a ser o 9º maior cliente de Portugal,

sendo que as nossas exportações nestes sete meses, para este mercado, representaram 3% do total

exportado, segundo os dados já disponibilizados pelo INE.

A balança comercial entre Portugal e a Bélgica, no período entre 2005 e 2009, foi sempre negativa,

registando um crescimento médio negativo na ordem dos 10%. Esta tendência de queda na compra de

produtos portugueses agravou-se, no último ano, com um decréscimo na ordem dos 20%.

Com os dados disponíveis para os primeiros sete meses de 2010, verifica-se um aumento das

expedições (+39%), quando comparando com o mesmo período de análise no ano anterior.

Evolução da Balança Comercial Bilateral

(106 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Evol. a 2009

Jan/Jul 2010

Jan/Jul Var.b

Expedições 1.220.158 1.118.931 982.348 966.884 778.081 -10,4 466.113 645.380 38,5

Chegadas 1.489.805 1.576.439 1.746.167 1.848.076 1.474.429 0,5 854.530 897.697 5,1

Saldo -269.647 -457.508 -763.820 -881.192 -696.349 -- -388.417 -252.317 --

Coef. Cobertura (%) 81,9% 71,0% 56,3% 52,3% 52,8% -- 54,5% 71,9% --

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009;

(b) Taxa de variação homóloga

Em relação às compras efectuadas por Portugal à Bélgica, verifica-se um crescimento médio anual muito

ligeiro (+0,5%), entre 2005 e 2009, sendo, no entanto, de realçar o crescimento médio próximo dos 8%

entre 2005 e 2008, que muito contribuiu para o agravamento da balança comercial, que também cresceu

acima dos 200% no mesmo período.

No período de Janeiro a Julho de 2010, assinala-se também um crescimento das compras na ordem dos

5%, quando comparado com o período homólogo de 2009, muito inferior ao verificado com as

expedições. Como resultado, salienta-se o decréscimo registado na balança comercial (-35%), e ainda o

aumento do coeficiente de cobertura que de Janeiro a Julho foi de 71,9% (quando no mesmo período de

2009 tinha registado 54,5%).

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Os principais grupos de produtos expedidos por Portugal em 2009, foram, as máquinas e aparelhos que

representaram quase 17%, seguido de um conjunto de 5 grupos, em que cada um representou entre 8%

a 9%, que foram, por ordem de importância, os produtos químicos, os veículos e outro material de

transporte, os plásticos e borracha, os produtos alimentares e o vestuário, totalizando estes 42% do total

das vendas. Os seis grupos mencionados, em conjunto, corresponderam a perto de 60% do total

expedido por Portugal para este mercado.

Em termos de evolução no período de 2005-2009, destaca-se uma desconcentração das expedições

portuguesas, com a perda de importância dos grupos dos produtos químicos e dos veículos e outro

material de transporte, que em 2005 representaram perto de 14% e 29%, respectivamente, do total das

vendas do mesmo ano, contra o ganho verificado nos grupos dos plásticos e borracha e dos produtos

alimentares, que tinha assinalado quotas na ordem dos 4% e 5%, respectivamente, em 2005.

Ainda nesta sequência é de realçar que todos os seis grupos referidos registaram quebras nas

expedições, entre 2008/2009, à excepção do grupo dos plásticos e borracha (+6,8%) e dos produtos

alimentares (+0,3%). Destacam-se as quebras acentuadas dos produtos químicos (-35,7%), dos veículos

e outro material de transporte (-32,6%) e ainda das máquinas e aparelhos (-31,7%).

Expedições por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2005 % 2008 % 2009 %

Máquinas e aparelhos 255.492 20,9 189.177 19,6 129.193 16,6

Produtos químicos 168.035 13,8 105.926 11,0 68.103 8,8

Veículos e outro material de transporte 348.978 28,6 100.798 10,4 67.955 8,7

Plásticos e borracha 48.030 3,9 59.902 6,2 63.949 8,2

Produtos alimentares 58.871 4,8 62.245 6,4 62.404 8,0

Vestuário 89.733 7,4 75.020 7,8 59.091 7,6

Metais comuns 43.587 3,6 53.787 5,6 40.758 5,2

Matérias têxteis 33.946 2,8 42.938 4,4 38.938 5,0

Pastas celulósicas e papel 12.351 1,0 34.020 3,5 33.529 4,3

Calçado 28.121 2,3 30.777 3,2 32.316 4,2

Produtos agrícolas 17.813 1,5 35.258 3,6 31.194 4,0

Minerais e minérios 25.357 2,1 55.859 5,8 28.980 3,7

Madeira e cortiça 12.808 1,0 15.430 1,6 18.957 2,4

Combustíveis minerais 8.930 0,7 29.453 3,0 16.163 2,1

Instrumentos de óptica e precisão 24.012 2,0 18.243 1,9 5.217 0,7

Peles e couros 1.727 0,1 2.074 0,2 1.055 0,1

Outros produtos 20.850 1,7 38.308 4,0 69.296 8,9

Valores confidenciais 21.518 1,8 17.668 1,8 10.982 1,4

Total 1.220.158 100,0 966.884 100,0 778.081 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Notas: Inclui estimativas para as não respostas e empresas situadas abaixo dos limiares de assimilação (isentas de declaração)

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

13

Ainda é relevante destacar o comportamento das expedições do grupo do calçado que desde 2005, vem

crescendo (+14,9% entre 2005 e 2009), representando actualmente aproximadamente 4,2% do total

(face a 2,3% em 2005).

Numa análise mais detalhada aos produtos (Nomenclatura Combinada a quatro dígitos) vendidos por

Portugal à Bélgica em 2009, verifica-se que foram os vinhos de uvas frescas, o que apresenta maior

valor, seguido pelos aparelhos receptores para radiotelefonia/radiotelegrafia/radiodifusão, o ouro em

formas brutas ou semimanufacturadas, os pneumáticos novos de borracha e ainda o calçado com sola

externa de borracha, plástico, couro. Estes cinco produtos, no seu conjunto, apenas representaram 20%

do total do produtos expedidos, sendo que este facto também revela a grande diversidade de produtos

vendidos por Portugal à Bélgica, em 2009, pois os restantes assinalaram, individualmente, um peso em

relação ao total inferior a 3,7%.

Nos sete primeiros meses de 2010 verificou-se um grande crescimento do grupo das pastas celulósicas

e papel (+25,3% em relação ao período homólogo de 2009), liderando as vendas portuguesas para este

mercado, seguido pelo grupo das máquinas e aparelhos que regista um quebra (-5,6%), e do plásticos e

borracha que continua também a crescer (+37,7%). Assinala-se que, para além do grupo das máquinas e

aparelhos, apenas mais quatro grupos apresentaram quebras, nestes sete meses face ao mesmo

período do ano anterior, a saber, pela importância que assumem no comércio bilateral dos últimos anos,

os veículos e outro material de transporte (-15,4%), vestuário (-4,3%) e os combustíveis minerais

(-71,9%).

Numa análise mais detalhados aos produtos, verificamos que nestes primeiros sete meses do ano, os

produtos mais vendidos por Portugal, por ordem de importância, foram: o papel e cartão (24,3%), o ouro

em formas brutas ou semimanufacturadas (6,7%), os vinhos de uvas frescas (4,2%), os pneumáticos

novos de borracha (3,6%), os aparelhos receptores para radiotelefonia (3,4%) e o calçado (3,4%).

Segundo o GEE2, cerca de 37% dos produtos industriais vendidos à Bélgica, em 2009, continham um

grau de intensidade tecnológica baixa (em 2005 tinha registado apenas 23% e 34% em 2008) e 24%

média-baixa (em 2005 e 2008 foi 11% e 20%, respectivamente). Salienta-se que 11% dos produtos

vendidos tinham um alto grau de intensidade tecnológico, sendo que em 2005 esta percentagem tinha

sido 17%, nos restantes anos (período de 2006-2008), todas as percentagens situaram-se acima da

registada em 2009.

Em 2009, o INE – Instituto Nacional de Estatística, contabilizou 1.286 empresas portuguesas com vendas

para o mercado da Bélgica, verificando-se uma diminuição (-12%) em relação às existentes no ano

anterior, sendo que em 2005 tinham sido registadas 1.649 empresas.

2 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos industriais transformados

expedidos para a Bélgica representaram 97,8% do total em 2009.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

14

Em relação aos grupos de produtos oriundos da Bélgica, em 2009, verifica-se uma grande concentração

nos seguintes: produtos químicos, máquinas e aparelhos e veículos e outro material de transporte, que

representaram cerca de 50% do total dos produtos comprados a este país.

Dos grupos de produtos chegados a Portugal em 2009, apenas dois registaram aumentos entre 2008 e

2009, que foram os produtos alimentares (+21,9%) e os instrumentos de óptima e precisão (+14%),

sendo que os restantes grupos assinalaram quebras, a destacar, por ordem de importância que

assumem no comércio bilateral, os veículos e outro material de transporte (-57,1%), as máquinas e

aparelhos (-21,5%), os metais comuns (-26,7%) e os combustíveis minerais (-51,8%).

Numa análise detalhada dos produtos chegados (Nomenclatura Combinada a quatro dígitos), verifica-se

que em 2009, foram os medicamentos, em doses ou acondicionados para venda a retalho que lideraram

a lista das compras, seguidos dos automóveis de passageiros e outros veículos de transporte de

passageiros e ainda das partes e acessórios dos veículos automóveis, estes totalizaram apenas 19% do

total comprado, sendo que os restantes representaram, individualmente, percentagens abaixo 2,4%.

Chegadas por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2005 % 2008 % 2009 %

Produtos químicos 232.202 15,6 384.793 20,8 362.478 24,6

Máquinas e aparelhos 270.607 18,2 278.753 15,1 218.842 14,8

Veículos e outro material de transporte 254.811 17,1 358.160 19,4 153.594 10,4

Plásticos e borracha 123.598 8,3 135.716 7,3 127.561 8,7

Metais comuns 117.563 7,9 168.017 9,1 123.227 8,4

Produtos alimentares 49.111 3,3 81.349 4,4 99.173 6,7

Produtos agrícolas 53.143 3,6 62.911 3,4 56.220 3,8

Matérias têxteis 76.196 5,1 61.982 3,4 55.626 3,8

Calçado 40.738 2,7 46.444 2,5 45.199 3,1

Vestuário 38.412 2,6 49.138 2,7 42.683 2,9

Instrumentos de óptica e precisão 24.235 1,6 36.726 2,0 41.868 2,8

Combustíveis minerais 81.744 5,5 57.176 3,1 27.548 1,9

Pastas celulósicas e papel 26.352 1,8 25.738 1,4 25.198 1,7

Minerais e minérios 14.200 1,0 19.393 1,0 18.707 1,3

Peles e couros 14.539 1,0 12.827 0,7 11.002 0,7

Madeira e cortiça 7.998 0,5 8.807 0,5 7.932 0,5

Outros produtos 53.514 3,6 48.712 2,6 50.137 3,4

Valores confidenciais 10.842 0,7 11.434 0,6 7.433 0,5

Total 1.489.805 100,0 1.848.076 100,0 1.474.429 100,0

Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Notas: Inclui estimativas para as não respostas e empresas situadas abaixo dos limiares de assimilação (isentas de declaração)

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

15

Os dados estatísticos para 2010 (Janeiro/Julho) apontam para um grande crescimento dos grupos dos

veículos e outro material de transporte (+52,3% face a igual período de 2009), dos plásticos e borracha

(+21,1%), dos metais comuns (+16,1%) e dos combustíveis minerais (+46,6%). Destacam-se ainda as

quebras verificadas nos grupos dos produtos químicos (-9,5% face ao período homólogo de 2009) e das

máquinas e aparelhos (-5,2%).

Numa análise mais detalhada dos grupos de produtos, verifica-se que os medicamentos, em doses ou

acondicionadas para venda a retalho, continua a liderar a lista de produtos comprados, embora

registando uma quebra (-3,8% em relação ao período homólogo de 2009), seguido dos automóveis de

passageiros e outros veículos de transporte de passageiros, que regista um aumento de 88,5% face ao

mesmo período de 2009, e das partes e acessórios dos veículos automóveis que também assinala um

aumento (+17,1%).

Segundo o GEE3, cerca de 40% dos produtos industriais chegados da Bélgica, em 2009, continham um

grau de intensidade tecnológica média-alta (em 2005 e 2008, este peso era de 45% e 49%,

respectivamente), 21% alta (em 2005 tinha também registado 17%) e 24% baixa (em 2005 foi 21%).

Em 2008 o INE registou 2.343 empresas em Portugal que realizaram operações de compra de produtos

a este mercado, menos 716 que no ano anterior e ainda menos 772 das existentes em 2005.

3.2 Serviços

A balança comercial de serviços com a Bélgica é favorável a Portugal. As exportações de serviços

portugueses para o mercado belga cresceram, em média, entre 2005 e 2009, cerca de 9,1%, enquanto

as importações de serviços registaram uma taxa média anual de 5,4%.

Balança de Serviços entre Portugal e a Bélgica

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var%a 2009

Jan/Jun. 2010

Jan/Jun.

Exportações 355.331 430.897 498.605 549.154 490.055 9,1 216.178 218.342

Importações 223.623 267.430 300.111 299.972 269.941 5,4 132.332 130.582

Saldo 131.708 163.467 198.494 249.182 220.114 -- 83.846 87.760

Coef. Cob 158,9% 161,1% 166,1% 183,1% 181,5% -- 163,4% 167,2%

% Export. Totalb 2,9 2,9 2,9 3,1 3,0 -- n.d. 2,8

%Import. Totalb 2,7 2,8 2,9 2,7 2,6 -- n.d. 2,5

Fonte: Banco de Portugal

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009 (b) Em percentagem do total das exportações / importações globais portuguesas de serviços n.d. (não disponível)

3 GEE - Gabinete de Estratégica e Estudos do Ministério da Economia e Inovação. Convém referenciar que os produtos industriais transformados

chegados da Bélgica representaram 98,4% do total em 2009.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

16

Em 2009, a Bélgica foi o 11º maior cliente4 de Portugal, sendo que as exportações para este mercado

representaram 3% do total exportado de serviços pelo nosso país. Esta posição e peso no comércio

internacional português de serviços colocam este mercado ao lado de outros clientes de Portugal, como

o Brasil (10º cliente), a Itália (9º), a Irlanda (12º) e a Dinamarca (12º).

A evolução das exportações e importações de serviços foi bastante diferente ao longo do período de

2005-2009, por um lado, as exportações cresceram em média na ordem 16%, entre 2005-2008, e em

2009 registaram uma quebra (-11% face a 2008), enquanto que as importações assinalaram um

crescimento nos primeiros anos (2005-2007) e uma diminuição nos dois últimos, sendo de realçar a

verificada em 2009 (-10% face a 2008).

Em 2009, são as exportações de serviços relacionados com as viagens e turismo (39%), os serviços com

transportes (25%) e ainda outros fornecimentos por empresas (22%), os tipos de serviços que mais

contribuíram para os valores finais registados. Os tipos de serviços mencionados também foram aqueles

que mais influenciaram o saldo final positivo do ano de 2009.

Os dados estatísticos já disponíveis para 2010 (Janeiro/Junho), pelo Banco Portugal, apontam para um

crescimento ligeiro (+ 1% face a igual período de 2009) das exportações de serviços portugueses para o

mercado belga, enquanto as importações registaram um decréscimo (-1,3%), no mesmo período.

3.3 Investimento

De acordo com os dados publicados pelo Banco de Portugal, em termos relativos, a Bélgica é

significativamente mais importante enquanto país investidor em Portugal do que enquanto mercado de

destino do investimento português no exterior.

Importância da Bélgica nos Fluxos de Investimento para Portugal

2005 2006 2007 2008 2009

Posição a 6ª 8ª 7ª 9ª 10ª Portugal como receptor (IDE)

%b 8,6 3,9 2,7 2,0 1,8

Posição a 28ª 20ª 29ª 43ª 27ª Portugal como emissor (IDPE)

%b 0,03 0,28 0,03 0,01 0,06

Fonte: Banco de Portugal

Nota: (a) - Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE bruto total, num conjunto de 55 mercados (b) - Com base sobre o investimento bruto

A Bélgica encontra-se nos 10 primeiros investidores em Portugal, num conjunto de 55 mercados

internacionais, representando o investimento belga 1,8% do total do investimento estrangeiro bruto

realizado no nosso país, em 2009.

4 Posição num conjunto de 55 mercados, conforme informação disponibilizada pelo Banco de Portugal.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

17

Convém realçar que a posição da Bélgica tem vindo a diminuir ao longo do período de 2005-2009, sendo

que em 2005 e 2006, representou 8,6% e 3,9%, respectivamente, do total do investimento estrangeiro

havido em Portugal. Esta evolução correspondeu efectivamente a um decréscimo médio anual do

investimento directo bruto da Bélgica em Portugal na ordem dos 29%, entre 2005-2009, em paralelo com

o desinvestimento que também registou uma diminuição média de 21,7%, no mesmo período.

Embora a evolução do investimento bruto e do desinvestimento belga em Portugal tenha vindo a revelar

uma tendência decrescente no período em análise, realça-se o crescimento verificado do

desinvestimento em 2009 (+15,9%), resultando um investimento líquido negativo nesse mesmo ano.

Investimento Directo da Bélgica em Portugal

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

08/09 2009

Jan/Jun. 2010

Jan/Jun.

Investimento bruto 2.377.418 1.277.337 891.684 706.649 574.321 -29,0 294.734 395.556

Desinvestimento 1.979.994 1.597.209 826.892 537.991 623.370 -21,7 234.222 404.093

Investimento líquido 397.424 -319.872 64.792 168.658 -49.049 -- 60.512 -8.537

Fonte: Banco de Portugal Nota: a) Média aritmética das taxas de variação anuais no período 2005-2009

Os dados publicados referentes aos primeiros seis meses de 2010 invertem a tendência verificada nos

últimos anos, pois o investimento bruto belga em Portugal apresenta um crescimento na ordem dos

34,2%, quando comparado com o período homólogo de 2009. Mas em paralelo, salienta-se um forte

aumento do desinvestimento (+72,5% quando comparado com Janeiro /Junho de 2009), resultando um

investimento líquido negativo, situação inversa à verificada nos primeiros seis meses de 2009.

Em relação ao investimento directo bruto português na Bélgica, entre 2005 e 2009, verifica-se que este

sofreu grandes oscilações, no ano de 2006 atingiu os 27,2 milhões de euros e depois regista uma quebra

substancial a partir de 2007 (4,7 milhões euros), evoluindo para um valor em 2008, com muito pouco

significado face aos obtidos desde 2002.

Investimento Directo de Portugal na Bélgica

(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

05/09 2009

Jan/Junho 2010

Jan/Junho

Investimento bruto 3.149 27.165 4.697 997 5.047 251,8 2.313 723

Desinvestimento 3.346 276 5.912 13.816 13.591 520,6 3.459 568

Investimento líquido -197 26.889 -1.215 -12.819 -8.544 -- -1.146 155

Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de variação anuais no período 2005-2009

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

18

O valor do investimento bruto português na Bélgica registado em 2009, poderá significar um

relançamento deste, mas o desinvestimento atingiu valores muito elevados nestes últimos dois anos e os

dados estatísticos já disponíveis para 2010 (Janeiro/Junho), assinalam um decréscimo acentuado, quer

do investimento, quer do desinvestimento, quando comparado com igual período de 2009, embora o

investimento líquido seja positivo neste primeiro semestre.

Destacam-se algumas das empresas portuguesas que, nestes últimos anos, investiram no mercado

belga, como a Altitude Software - Sistemas e Serviços, SA, a Caixa Geral de Depósitos, SA, o Grupo

Visabeira SGPS S.A., a Investvar - Industrial, SGPS, S.A. / Aerosoles, a Martifer Solar, SA, a Onara -

Indústria e Comércio de Têxteis, SA, a Renova - Fábrica de Papel do Almonda, SA, a Sacoor Brothers, e

a TAP Air Portugal - Transportes Aéreos Portugueses, SA.

3.4 Turismo

A Bélgica continua a ser uma importante fonte emissora de turistas para Portugal, foi um mercado

emissor de 10,2 milhões de turistas em 2008, com 1,4% da quota mundial, segundo o Turismo de

Portugal.

Em 2009, a Bélgica foi o 9º mercado da procura externa para Portugal, enquanto gerador de receitas,

representando estas 2,8% do total das receitas proveniente de estrangeiros em Portugal.

Neste mesmo ano, Portugal recebeu 150,1 mil hóspedes e registou 551,5 mil dormidas com origem no

mercado belga.

Turismo da Bélgica em Portugal

2005 2006 2007 2008 2009 Var.a

05/09 2009

Jan/Jun.2010

Jan/Jun.

Hospedesb 128.147 141.143 157.679 163.175 150.080 4,3 68.205 65.544

% do totalc 2,2 2,2 2,2 2,3 2,3 -- 2,4 2,2

Posiçãod 10ª 10ª 10ª 10ª 10ª -- 9ª 9ª

Dormidasb 509.422 556.438 602.140 585.559 551.495 2,2 244.560 218.995

% totalc 2,1 2,2 2,2 2,2 2,4 -- 2,4 2,2

Posiçãoe 10ª 9ª 9ª 9ª 9ª -- 8ª 9ª

Receitasb (103 EUR) 148.945 162.528 195.177 194.469 192.902 7,0 73.726 75.028

% do totalc 2,4 2,4 2,6 2,6 2,8 -- 2,6 2,5

Posiçãoe 8ª 8ª 8ª 9ª 9ª -- n.d. 10ª

Fontes: INE; BdP

Notas: (a) Média aritmética das taxas de variação anuais no período 2005-2009

(b) Inclui apenas a hotelaria global

(c) Refere-se ao total de estrangeiros

(d) Posição enquanto Origem de Receitas Turísticas num conjunto de 55 mercados

(e) Posição enquanto mercado emissor: 2005 a 2009: num conjunto de 22 mercados; 2009 e 2010 (Janeiro/Junho): em 10 mercados

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

19

No período de 2005-2009, o número de hóspedes e o número de dormidas cresceram em média 4,3% e

2,2%, respectivamente. Mas estes indicadores não tiveram a mesma evolução, pois foi registado entre

2005 e 2007, um crescimento médio de 10,9% no número de hóspedes, em 2008 um crescimento mais

ligeiro (+3,5%), mas uma quebra de 8% em 2009, enquanto que o número de dormidas assinalaram um

crescimento médio de 8,7%, entre 2005 e 2007, e decréscimos nos anos seguintes (-2,8% em 2008 e

-5,8% em 2009).

Em relação às receitas, a taxa de crescimento média anual foi de 7%, entre 2005-2009, mas destaca-

se, o aumento verificado em 2007 (+20,1% face a 2006) e os decréscimos ligeiros registados em 2008

(-0,4%) e em 2009 (-0,8%).

O Algarve e Lisboa são as principais regiões de destino dos turistas belgas, totalizando 60,5% de quota

em 2009, sendo que 73,3% do tráfego aéreo do mercado para Portugal foi operado por companhias

tradicionais.

Os dados estatísticos referentes ao 1º semestre de 2010 apontam para quebras de 3,9% e 10,5%,

respectivamente, em relação ao número de hóspedes e de dormidas, quando comparadas com o período

homólogo de 2009, enquanto que as receitas registaram um aumento (+1,8%).

4. Relações Internacionais e Regionais

O Reino da Bélgica integra, entre muitas outras, a Organização de Cooperação e Desenvolvimento

Económico (OCDE), a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), o Banco

Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), o Banco Inter-Americano de

Desenvolvimento (BID), o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAsD) e a Organização das Nações

Unidas (ONU) e suas agências especializadas, de entre as quais se destaca o Banco Internacional de

Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). Integra a Organização Mundial de Comércio (OMC) desde 1 de

Janeiro de 1995.

A nível regional, este país é membro fundador da União Europeia (UE), faz parte do Benelux (Belgique-

-Nederland-Lux embourg), do Conselho da Europa, da União da Europa Ocidental (UEO) e da Agência

Espacial Europeia (AEE).

A União Europeia é um espaço de integração económica e política que tem passado por estádios

distintos de evolução. O primeiro passo foi dado com a criação da Comunidade Europeia do Carvão e do

Aço (CECA), seguida da assinatura do Tratado de Roma, em 1957, que instituiu a Comunidade Europeia

de Energia Atómica (CEEA) e uma área de comércio livre designada por Comunidade Económica

Europeia (CEE). A aprovação, em 1987, do Acto Único Europeu formalizou a entrada em vigor a 1 de

Janeiro de 1993 de um Mercado Comum Europeu, com a livre circulação de mercadorias, capitais,

pessoas e serviços.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

20

Por sua vez, o Tratado da União Europeia, ratificado em 1993, na cidade de Maastricht, aprofundou o

processo de integração, ultrapassando o estádio económico para atingir o âmbito político. Os principais

objectivos são: criação da União Económica e Monetária; adopção de uma Política Externa e de

Segurança Comum; cooperação nas áreas da justiça e da administração; e o reforço da democracia e da

transparência.

Com o Tratado de Nice, assinado em 26 de Fevereiro de 2001, procurou-se enfrentar o desafio do

alargamento a 12 novos países. Destes, 10 (Chipre, Eslovénia, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia,

Lituânia, Malta, Polónia e República Checa) aderiram à UE no dia 1 de Maio de 2004 e os restantes 2

(Bulgária e Roménia) a 1 de Janeiro de 2007.

Por último, a UE chegou a acordo sobre o Tratado Reformador (Tratado de Lisboa), assinado a 13 de

Dezembro de 2007, que pretende melhorar a eficiência do processo de tomada de decisão, reforçar a

democracia através da atribuição de um papel mais relevante ao Parlamento Europeu e aos parlamentos

nacionais e aumentar a coerência a nível da política externa, com vista a dar uma resposta mais eficaz

aos desafios actuais. O Tratado de Lisboa entrou em vigor, após a sua ratificação por todos os Estados-

membros, a 1 de Dezembro de 2009.

Assim, actualmente, a UE é composta por 27 membros, sendo que apenas 16 adoptaram a moeda única

europeia (Euro) e integram a União Económica e Monetária (UEM), ou seja: Alemanha; Áustria; Bélgica ;

Chipre; Eslováquia; Eslovénia; Espanha; Finlândia; França; Grécia; Holanda; Irlanda; Itália; Luxemburgo;

Malta; e Portugal.

Quanto ao Benelux, trata-se de um modelo de cooperação intergovernamental assinado em 1958 pela

Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos. Embora a área de actuação desta união económica se dissolva na

da União Europeia, os três países signatários consideram que existe espaço de diferenciação,

nomeadamente no que concerne ao seu contributo para o processo de integração europeia e à

coordenação de posições no seio da própria União.

O Conselho da Europa, a mais antiga organização política da Europa, foi criada em 1949 com o objectivo

de promover a unidade e a cooperação no espaço europeu, desempenhando um papel relevante em

questões relacionadas com a defesa dos direitos do homem e a democracia parlamentar. Actualmente, o

Conselho da Europa conta com 46 membros. O seu instrumento mais importante de actuação é a

adopção de convenções.

Por sua vez, a União da Europa Ocidental visa incentivar a cooperação europeia em matéria de

segurança e de defesa mútua.

Finalmente, a Agência Espacial Europeia foi instituída com o objectivo de promover a cooperação

europeia na investigação espacial e tecnológica e de utilizar as inovações para fins meramente pacíficos.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

21

5. Condições Legais de Acesso ao Mercado

5.1 Regime Geral de Importação

Como membro da União Europeia, a Bélgica faz parte integrante da União Aduaneira, caracterizada,

essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum

relativamente a países terceiros.

O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço

económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, serviços/estabelecimento e

pessoas, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas.

Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no território comunitário,

encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que

respeita à qualidade e características técnicas.

A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adopção da

mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário – bem como a aplicação de iguais

imposições alfandegárias aos produtos provenientes de países exteriores à UE – Pauta Exterior Comum

(PEC).

O regime de livre comércio com países terceiros não impede que os órgãos comunitários determinem

restrições às importações (fixação de contingentes anuais), quando negociadas no âmbito da

Organização Mundial de Comércio.

A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias (SH), sendo os

direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias.

As importações, assim como as transacções de bens e a prestação de serviços a título oneroso,

encontram-se sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA). Este encargo,

consoante os produtos, pode traduzir-se na aplicação das seguintes taxas: 21% (taxa normal) aplicável à

generalidade dos bens; 12% (taxa intermédia) incidente sobre produtos agrícolas, farmacêuticos e a

construção social; e 6% (taxa reduzida) recai sobre a maioria dos géneros alimentícios e na prestação de

determinados serviços (ex.: culturais; desportivos; hotelaria).

Há, ainda, a considerar o facto de certos bens se encontrarem sujeitos ao pagamento de Impostos

Especiais sobre o Consumo, como sejam o álcool, as bebidas alcoólicas, o tabaco, o café, o açúcar e os

produtos petrolíferos.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

22

A informação sobre os impostos e taxas belgas (assim como a relativa a outros Estados-membros) pode

ser pesquisada no Site da Europa nas seguintes páginas:

Taxation and Customs Union em: http://ec.europa.eu/taxation_customs/index_en.htm e Taxes in Europe

Database em:

http://ec.europa.eu/taxation_customs/taxation/gen_info/info_docs/tax_inventory/index_en.htm

5.2 Regime de Investimento Estrangeiro

O investidor estrangeiro encontra neste país um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário,

no sentido de uma maior liberalização do direito de estabelecimento e da livre circulação de capitais,

embora apresentando algumas particularidades.

Neste sentido, não existem restrições ou limites à participação externa, podendo as empresas ser detidas

na sua totalidade por capital externo. Note-se, no entanto, que o exercício de algumas actividades carece

de licenças especiais, como por exemplo: transporte por estrada; seguradoras; bancos; empresas de

construção; abertura de superfícies comerciais ou de cadeias de comércio a retalho; produção e venda

de determinados produtos alimentares; lapidação e polimento de diamantes; e venda de armas e

munições.

De um modo geral, as operações de investimento não estão sujeitas ao cumprimento de formalidades

especiais, pelo que todas as empresas devem providenciar no sentido de fazer publicar o respectivo acto

constitutivo no Jornal Oficial do Estado (“Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad” –

http://www.ejustice.just.fgov.be/cgi/welcome.pl), bem como cumprir todos os procedimentos em matéria

de registo comercial junto do tribunal de comércio da área onde exercem a sua actividade.

Decorrente do processo de federalização, existem neste país vários organismos competentes no domínio

do investimento estrangeiro. Ao nível central destaca-se o Federal Public Service Economy, SMEs, Self-

Employed & Energy (Service for Foreign Investments) – http://investinbelgium.fgov.be/, do Ministério dos

Assuntos Económicos – http://economie.fgov.be/en/index.jsp, que se ocupa sobretudo da promoção do

mercado belga. Na sua página de Internet é disponibilizada uma breve apresentação dos vários

procedimentos e etapas inerentes ao investimento directo estrangeiro na Bélgica.

Ao nível das regiões, encontramos a verdadeira captação de investimento. Assim, existe a Brussels

Enterprise Agency – http://www.bea.irisnet.be/, do Ministério da Região de Bruxelas, o Flanders

Investment & Trade – http://www.flandersinvestmentandtrade.com/, da região da Flandres, e o Wallonia

Office for Foreign Investors (OFI) – http://www.investinwallonia.be/ofi-belgium/accueil.php, da região da

Valónia.

O promotor estrangeiro goza do direito de transferência para o exterior do produto da sua liquidação e

dos rendimentos legalmente obtidos, após o cumprimento de todas as obrigações fiscais a que está

sujeito.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

23

Com o objectivo de criar as melhores condições para o acolhimento de projectos de investimento, as

autoridades regionais belgas disponibilizam um conjunto diversificado de incentivos. A competência para

a apreciação e atribuição dos benefícios pretendidos distribui-se entre as autoridades regionais e

federais. Deste modo, são concedidos apoios fiscais, financeiros, de natureza laboral e à I&D. Para a

obtenção de informações sobre o quadro fiscal em vigor, os interessados devem contactar o Fiscal

Department for Foreign Investments – http://minfin.fgov.be/portail2/belinvest/en/presentation/who.htm.

Os sectores da distribuição, os serviços (os designados “Coordination Centres” e os “Services Centres”)

e as actividades de investigação científica beneficiam de programas especiais.

Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os

dois países, foi assinada entre Portugal e a Bélgica a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e

Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, a qual entrou em vigor em

Fevereiro de 1971, e uma Convenção Adicional àquela, que entrou em vigor a 5 de Abril de 2001.

5.3 Quadro Legal

Regime de Importação

• Regulamento (CEE) – n.º 2454/93, JOCE n.º L253, de 11 de Outubro (com alterações posteriores) –

Fixa determinadas disposições de aplicação do Regulamento (CEE) n.º 2913/92, que estabelece o

Código Aduaneiro Comunitário.

• Regulamento (CEE) n.º 2913/92, JOCE n.º L302, de 19 de Outubro (com alterações posteriores) –

Estabelece o Código Aduaneiro Comunitário.

Regime de Investimento Estrangeiro

• Código das Sociedades de 7 de Maio de 1999, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 6 de Agosto

de 1999 – Regula as formas jurídicas societárias.

• Lei de 4 de Maio de 1999, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 22 de Junho de 1999 – Introduz a

possibilidade das empresas incorrerem em responsabilidade criminal pelo não cumprimento, entre

outras, das leis sociais, ambientais e contabilísticas.

• Lei de 29 de Junho de 1993, Moniteur Belge/Belgisch Staatsblad, de 21 de Julho de 1993) – Define o

regime jurídico dos processos de fusão empresarial.

Nas páginas do JUSTEL – Legislation Belge (http://www.juridat.be/cgi_loi/legislation.pl) e do Moniteur Belge

(http://www.ejustice.just.fgov.be/cgi/welcome.pl, os interessados podem pesquisar documentos legais belgas.

No Site LEXADIN - Legislation Belgium (http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/eur/lxwebel.htm) também é possível consultar

legislação relevante por temas.

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Acordo Relevante

• Decreto-Lei n.º 619/70, de 15 de Dezembro, e Resolução da Assembleia da República n.º 82/2000,

de 14 de Dezembro – Aprova e ratifica, respectivamente, a Convenção para Evitar a Dupla

Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento e a Convenção

Adicional entre Portugal e a Bélgica.

Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria

Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

6. Informações Úteis

Hora Local

Corresponde ao UTC mais uma hora no Inverno e mais duas horas no Verão. Em relação a Portugal a

Bélgica tem mais uma hora durante todo o ano.

Horários de Funcionamento

Serviços Públicos:

Das 9h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00 (segunda-feira a sexta-feira)

Bancos:

Das 9h00 às 16h00 (segunda-feira a sexta-feira)

Alguns bancos estão fechados das 13h00 às 14h00 e outros estão abertos até às 18h00 à sexta-feira.

Comércio:

Das 9h00/10h00 às 18h00/19h00 (segunda-feira a sábado)

Centros comerciais:

Ficam, em muitos casos, abertos até às 19h30/20h00 à sexta-feira e os hipermercados até às 21h00.

Algumas lojas podem ainda encerrar à hora do almoço em pequenos centros urbanos.

Feriados

1 de Janeiro – Dia de Ano Novo

1 de Maio – Dia do Trabalhador

21 de Julho – Festa Nacional: Dia da Independência

15 de Agosto – Dia da Assunção

1 de Novembro – Dia de Todos-os-Santos

11 de Novembro – Dia do Armistício

25 de Dezembro – Dia de Natal

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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Feriados móveis:

Páscoa

Segunda-feira a seguir à Páscoa

Dia da Ascenção - 10 dias antes do Pentecostes

Dia de Pentecostes – 7.º Domingo após a Páscoa

Segunda-feira a seguir ao Dia de Pentecostes

Existem feriados específicos para cada Região ou Comunidade.

Corrente Eléctrica

220 volts.

Pesos e Medidas

É utilizado o sistema métrico decimal.

7. Endereços Diversos

Em Portugal

Embaixada da Bélgica em Portugal

Praça Marquês de Pombal, 14 – 6º

1269-024 Lisboa

Tel.: (+351) 21 3170510 | Fax: (+ 351) 21 3561556

E-mail: [email protected] | Web: www.diplomatie.be/lisbon

Cônsul Honorário Porto

Largo do Adro

4050-016 Porto

Tel.: (+351) 226 076 800 I Fax: (+351) 226 094 688

E-mail: [email protected]

Cônsul Honorário Faro

Av. 5 Outubro 28-1° Esq.

8000-076 FARO

Tel.: (+351) 289 812 589/90 | Fax: (+351) 289 812 591

E-mail: [email protected]

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

O’ Porto Bessa Leite Complex

Rua António Bessa Leite, 1430, 2º

4150-074 Porto

Tel.: (+351) 226 055 300 | Fax: (+351) 226 055 399

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

Av. 5 de Outubro, 101

1050-051 Lisboa

Tel.: (+351) 217 909 500 | Fax: (+351) 217 909 581

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

Câmara de Comércio Luso-Belga-Luxemburguesa

Av. Duque d'Ávila, 203 – 5.º

1050 - 082 Lisboa

Tel.: (+351) 21 315 25 02/03 I Fax: (+351) 21 354 7738

E-mail: [email protected] | http://www.cclbl.com/

COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA

Direcção Internacional

Av. da República, 58

1069-057 Lisboa

Tel.: (+351) 217 913 821 | Fax: (+351) 217 913 839

E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt

Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

Rua da Alfândega, n.º 5

1149-006 Lisboa

Tel.: (+351) 218 813 700 | Fax: (+351) 218 813 818

http://www.dgaiec.min-financas.pt

Na Bélgica

Embaixada de Portugal na Bélgica

Av. De la Toison d'Or, 55

1060 Bruxelas - Bélgica

Tel.: (+32) 2533.073.3 | Fax: (+32) 538.724.9

E-mail: [email protected]

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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aicep Portugal Global - Bruxelas

Rue Berckmans, 109

1060 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+32) 25 361 212 | Fax: (+32) 22 310 447

E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt/

Câmara de Comércio Belgo-Portuguesa

Rue du Prince Albert 44

1050 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 22 308 323 | Fax: (+32) 22 306 866

E-mail: [email protected] I http://www.ccb-portugal.be/pt/Home.aspx

Chambre de Commerce et Industrie de Bruxelles

Ave. Louise, 500

1050 Bruxelles – Belgique

Tel.: (+ 32) 26 485 002 | Fax: (+ 32) 26 409 328

E-mail: [email protected] I http://www.ccib.be

Federal Agency for Foreign Investments

Ministry of Economic Affairs - Service for Foreign Investments City Atrium C

Rue du Progrès, 50

1210 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 22 777 808 / 0800 120 33 | Fax: (+ 32) 22 775 306 / 0800 120 57

E-mail: [email protected] | http://www.investinbelgium.fgov.be

The Brussels Enterprise Agency

Ministry of Brussels

Blvd. du Jardin Botanique, 20

1035 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 28 003 461| Fax: (+ 32) 28 003 806

E-mail: [email protected] | http://www.investinbrussels.com

Brussels Regional Investment Company (SRIB)

Rue Stassart, 32

1050 Bruxelles – Belgique

Tel.: (+ 32) 25 482 211 | Fax: (+ 32) 25 119 074

E-mail: [email protected] | http://www .srib.be

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

28

Flanders Investment and Trade

Gaucheretstraat, 90

1030 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 25 048 871 | Fax: (+ 32) 25 048 870

E-mail: [email protected] | http://www.ffio.com

Investment Company for Flandres (GIMV)

Karel Oomsstraat, 37

B-2018 Antwerpen - Belgique

Tel.: (+ 32) 32 902 100 | Fax: (+ 32) 32 902 105

E-mail: [email protected] | http://www.gimv.com

Wallonia Office for Foreign Investors (OFI)

Avenue des dessus de Lives, 6

5101 Namur - Belgique

Tel.: (+ 32) 81 332 850 | Fax: (+ 32) 81 332 869

E-mail: [email protected] | http://www.investinwallonia.be

Wallonia Regional Investment Company (SRIW)

Ave. Destenay, 13

4000 Liège - Belgique

Tel.: (+ 32) 42 219 811 | Fax: (+32) 42 219 999

E-mail: [email protected] | http://www.sriw.be

Tourist Office for Flanders

Grasmarkt, 63

1000 Bruxelles – Belgique

Tel.: (+ 32) 25 040 300 | Fax: (+32) 25 040 377

http://www.visitflanders.com

Office de Promotion du Tourisme Wallonie-Bruxelles

Rue Saint-Bernard, 30

1060 Bruxelles – Belgique

Tel.: (+ 32) 25 040 200 | Fax: (+ 32) 25 136 950

E-mail: [email protected] I http://www.opt.be

Brussels International Tourist Information Office

Rue Royale 2-4

1000 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 25 138 940 | Fax: (+ 32) 2 5138320

E-mail: [email protected] | http://www.brusselsinternational.be

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

29

Banque Nationale de Belgique (Banco Central)

Blvd. de Berlaimont, 14

1000 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 22 212 111 | Fax: (32) 22 213 100

E-mail: [email protected] | http://www.bnb.be

Fiscal Department for Foreign Investments

Federal Public Service Finance

Parliament Corner

Wetstraat 24

B-1000 Bruxelles - Belgique

Tel.: (+ 32) 257 938 66 I Fax: (+32) 257 951 12

E-mail: [email protected] | http://www.minfin.fgov.be/

8. Fontes de Informação

8.1 Informação Online aicep Portugal Global

Documentos Específicos sobre a Bélgica

• Título: “Bélgica – Informações e Endereços Úteis”

Edição: 08/2009

• Título: “Bélgica – Sites Seleccionados”

Edição: 08/2009

• Título: “Bélgica – Condições Legais de Acesso ao Mercado”

Edição: 07/2009

• Título: “Bélgica – Guia de Acesso ao Mercado”

Edição: 05/2008

• Título: “Bélgica – Oportunidades e Dificuldades do Mercado”

Edição: 04/2008

• Título: “Bélgica – Dossier Especial”

Edição: 09/2005

• Título: “Bélgica – Regime de Investimento Estrangeiro”

Edição: 04/2005

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

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• Título: “Bélgica – Estabelecimento de Empresas”

Edição: 04/2005

• Título: “Bélgica – Sistema Laboral e de Segurança Social”

Edição: 04/2005

• Título: “Bélgica – Sistema Fiscal”

Edição: 04/2005

• Título: “Bélgica – Incentivos ao Investimento”

Edição: 04/2005

Documentos de Natureza Geral

• Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático”

Edição: 08/2010

• Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal”

Edição: 03/2010

• Título: “Acordos Bilaterais Portugal/UE”

Edição: 03/2010

• Título: “Rotulagem dos Produtos Alimentares na UE”

Edição: 06/2009

• Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE”

Edição: 04/2009

• Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção”

Edição: 02/2009

• Título: “Normalização e Certificação”

Edição: 11/2008

• Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos”

Edição: 08/2008

• Título: “Seguros de Créditos à Exportação”

Edição: 06/2008

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

31

• Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro”

Edição: 06/2008

• Título: “Guia do Exportador”

Edição: 02/2008

• Título: “Etiquetagem de Produtos Têxteis na União Europeia”

Edição: 07/2005

• Título: “Contrato Internacional de Agência”

Edição: 03/2005

• Título: “Dupla Tributação Internacional”

Edição: 12/2004

• Título: “Principais Formas de Sociedades na UE – Guia por País”

Edição: 09/2004

A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em –

http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx

8.2 Endereços de Internet

• Administration de l’Enregistrement et des Domaine – http://www.aed.public.lu/

• Agence Bruxelloise pour L’Entreprise (ABE) – http://www.abe-bao.be/myStart.aspx

• Banque Nationale de Belgique – http://www.nbb.be/pub/Home.htm?l=fr

• Bureau Fédéral du Plan – http://www.plan.be/index.php?lang=fr&TM=30&IS=61

• Commission Bancaire, Financière et des Assurances (CBFA) – http://www.cbfa.be/

• Conseil d’Étad – http://www.raadvst-consetat.be/?page=index&lang=fr

• Federal Public Service Economy, S.M.E., Classes Moyennes & Energie – http://economie.fgov.be/

• Fiscal Department for Foreign Investments –

http://minfin.fgov.be/portail2/belinvest/en/presentation/who.htm

aicep Portugal Global Bélgica – Ficha de Mercado (Setembro 2010)

Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt

Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

32

• Flanders Investment & Trade – http://www.ffio.com/en/home/

• Flanders Site Portail Officiel –

http://www.flanders.be/servlet/Satellite?c=Page&cid=1166590837082&context=1166590833692--

EN&pagename=flanders_site/View

• Invest in Belgium – http://investinbelgium.fgov.be/

• Invest in Wallonia – http://www.investinwallonia.be/ofi-belgium/accueil.php

• Moniteur Belge – http://www.ejustice.just.fgov.be/cgi/welcome.pl

• Parlement Fédéral de la Belgique – http://www.fed-parl.be/index.html

• Portail des Services Publics Belges – http://www.belgium.be/fr/

• Service Public Fédéral Emploi, Travail et Concertation Sociale –

http://www.emploi.belgique.be/home.aspx

• Service Public Fédéral Finance – http://www.minfin.fgov.be/portail2/fr/index.htm

• Service Public Fédéral Justice – http://www.just.fgov.be/index_fr.htm