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ISSN 2317-9295 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAIS ANO I - NÚMERO 1 - 2013 ORGANIZADORES DO EVENTO Profª Simone Gelmini Araújo Prof. Emerson Freitas Mello

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Anais Simpósio de Internacionalização: Minas Gerais - publicação do Centro Universitário Newton

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ISSN 2317-9295

ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO:

MINAS GERAISANO I - NÚMERO 1 - 2013

ORGANIZADORES DO EVENTOProfª Simone Gelmini AraújoProf. Emerson Freitas Mello

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ISSN 2317-9295

ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO:

MINAS GERAISANO I - NÚMERO 1 - 2013

ORGANIZADORES DO EVENTOProfª Simone Gelmini AraújoProf. Emerson Freitas Mello

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PÁGINA 2 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

Realização: Curso de Relações Internacionais

Centro Universitário Newton

Belo Horizonte – Minas Gerais2013

Copyright©2013 by Núcleo de Publicações Acadêmicas do Centro Universitário Newton

1ª Edição2013

Page 5: Anais simpósio de internacionalizacao mg

APRESENTAÇÃO

O Brasil passa por um momento único em sua história, pois

tem a responsabilidade de sediar três eventos de grande impor-

tância mundial: a Copa das Confederações, a Copa do mundo e as

Olimpíadas.

Portanto, torna-se importante estudar, sob todos os aspec-

tos, o esquema de investimento e organização dos eventos, pri-

meiramente analisando as edições anteriores e fazendo projeções

coerentes com a realidade de nosso país.

O principal objetivo do Simpósio de Internacionalização

realizado pelo curso de Relações Internacionais, sob a responsa-

bilidade da coordenadora Simone Gelmini, é estudar e aplicar o

conhecimento de Relações Internacionais ao escopo de organiza-

ção e infraestrutura dos eventos no Brasil, em Minas Gerais e mais

especifi camente na cidade de Belo Horizonte.

Apresentamos os resultados dos trabalhos e das palestras

ministradas no Simpósio, mostrando a importância do trabalho do

profi ssional de Relações Internacionais. São apresentados os nú-

meros referentes ao impacto na estrutura comercial, econômica e

infraestrutura urbana, além de orientações sobre Internacionaliza-

ção e as estratégias de ação para lidar com a Dívida Pública.

Boa leitura!

Juliana Salvador Ferreira de MeloVICE-REITORA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

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PÁGINA 4 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

ESTRUTURA FORMAL DA INSTITUIÇÃO

PRESIDENTE DO GRUPO SPLICEAntônio Roberto Beldi

REITORJoão Paulo Beldi

VICE-REITORAJuliana Salvador Ferreira de Mello

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIROMarcelo Vinícius Santos Chaves

SECRETÁRIA-GERALDorian Gray Rodrigues Alves

COORDENAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES INTERnacionaisProfª Simone Gelmini Araújo

COORDENAÇÃO DO CENTRO DE EXCELÊNCIA PARA O ENSINOProfª. Ana Lúcia Fernandes de Paulo

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PÁGINA 5 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAISCENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

EXPEDIENTE E EDIÇÃO

ORGANIZADORES DO EVENTOProfª Simone Gelmini AraújoProf. Emerson Freitas Mello

APOIO ACADÊMICOProf. Júlio César Buére - RedatorProf.ª Michele D’ Ângelo – RedatoraProfª Ângela AlbuquerqueProf. Oscar Palma

CONSIDERAÇÕES DOS DISCENTES DO CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE O SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO – MINAS GERAISDaniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves, Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior e Otávio Duarte Jales

APOIO ADMINISTRATIVO: Sandra Maria de Brito

REVISÃO: Mariza Moura

APOIO TÉCNICONúcleo de Publicações Acadêmicas do Centro Universitário NewtonCinthia Mara da Fonseca PachecoEditora de Arte e Projeto Gráfi co: Helô Costa - Registro Profi ssional: 127/MG

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PÁGINA 7 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAISCENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

PARTICIPANTES

CHYARA PEREIRA ASSESSORA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO GOVERNO

DE MINAS GERAIS

MARIA EULÁLIA ALVARENGA DE AZEVEDO MEIRACOORDENADORA DA AUDITORIA CIDADÃ DA DÍVIDA

LUDMILA MIDORI KAIGERENTE DE PROJETOS DE RECEPTIVIDADE DA SECRETARIA EXTRAORDINÁRIA DA COPA DO MUNDO – SECOPA/GOVERNO

DE MINAS GERAIS

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PÁGINA 8 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAIS

CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

SUMÁRIO

PALESTRANTE: LUDIMILA MIDORI KAICargo: Gerente de projetos de turismo e receptividadeInstituição: Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo/Governo de Minas GeraisPALESTRA: A PREPARAÇÃO DO GOVERNO DE MINAS PARA A COPA DO MUNDO E DAS CONFEDERAÇÕES ........................................................................13

PALESTRANTE: MARIA EULÁLIA ALVARENGA DE AZEVEDO MEIRACargo: Coordenadora da Auditoria Cidadã da DívidaInstituição: Auditoria Cidadã da DívidaPALESTRA: DÍVIDA PÚBLICA E INTERNACIONALIZAÇÃO .............................................21

PALESTRANTE: CHYARA PEREIRA Cargo: Assessora de Relações Internacionais do Governo de Minas GeraisInstituição: Governo de Minas GeraisPALESTRA: INTERNACIONALIZAÇÃO: POSSIBILIDADE E DESAFIOS .............................25

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CONSIDERAÇÕES DOS ACADÊMICOS SOBRE O SIMPÓSIO INTERNACIONALIZAÇÃO - MG

COPA DO MUNDO DA FIFA BRASIL 2014TM: INVESTIMENTOS X LEGADO ............. 31

Palestrante: Ludimila Midori Kai

Redatores: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves,

Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.

Professor Orientador: Professor Oscar Palma Lima

Orientação Metodológica: Professora Ângela Albuquerque

DÍVIDA PÚBLICA E INTERNACIONALIZAÇÃO ............................................................... 43

Palestrante: Maria Eulália Alvarenga de Azevedo Meira

Redatores: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves,

Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.

Professor Orientador: Professor Oscar Palma Lima

Orientação Metodológica: Professora Ângela Albuquerque

UM CONVITE AO PENSAMENTO CRÍTICO-ANALÍTICO INTERNACIONAL .................... 47

Palestrante: Chyara Pereira

Redatores: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves,

Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.

Professor Orientador: Professor Oscar Palma Lima

Orientação Metodológica: Professora Ângela Albuquerque

COPA DO MUNDO DA FIFA – BRASIL 2014 ................................................................ 51

Palestrante: Ludimila Midori Kai

Redator: Otávio Duarte Jales

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PÁGINA 11 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAISCENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

PALESTRAS9 DE ABRIL DE 2013

A PREPARAÇÃO DO GOVERNO DE MINAS GERAIS PARA

A COPA DO MUNDO E DAS CONFEDERAÇÕES

DÍVIDA PÚBLICA E INTERNACIONALIZAÇÃO

INTERNACIONALIZAÇÃO: POSSIBILIDADES E DESAFIOS

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PÁGINA 13 ANAIS SIMPÓSIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO: MINAS GERAISCENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON

Data: 09 de abril de 2013 Horário: 19h

PALESTRANTE: LUDIMILA MIDORI KAICARGO: Gerente de projetos de turismo e receptividade

INSTITUIÇÃO: Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo/Governo de Minas Gerais

PALESTRA: A PREPARAÇÃO DO GOVERNO DE MINAS PARA A COPA DO MUNDO E DAS CONFEDERAÇÕES

REDATORA: Prof.ª Michelle D’ Ângelo

A convite do Centro Universitário Newton Paiva, a gerente de projetos de turismo e receptividade da Secreta-ria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo de Minas Gerais (SECOPA), Ludimila Midori Kai, falou a estudantes e docentes sobre a preparação do governo para a Copa das Confederações, de 15 a 30 de junho de 2013, e Copa do Mundo, de 12 de junho a 13 de julho de 2014.

Ludimila destacou a importância dos eventos priva-dos organizados pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e lembrou como se tratam de grandes oportunidades de negócios. Segundo a gerente de projetos da SECOPA, o governo preocupa-se desde o início para que todo o investi-mento gere legados valiosos aos mineiros. Entre eles, citou: modelagem de parceria público-privada com a construção do Mineirão, obras de mobilidade urbana e aérea, centros

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de atendimentos, pontos de conexão de internet e amplia-ção da rede hoteleira para receber grandes eventos.

De fato, a SECOPA trabalha para criar e implemen-tar estratégias para que Belo Horizonte se torne referência nacional e internacional no turismo de negócios e eventos, o que também será imprescindível para a sustentabilidade dos investimentos atuais. Outro benefício almejado refere--se ao esforço de integrar e motivar órgãos e instituições públicas e privadas, em prol dos projetos de infraestrutura e estrutura, que benefi ciarão as áreas de hospitalidade, mobilidade, segurança, eventos e negócios da capital.

Números do setor – A palestrante apresentou os números da organização para demonstrar a magnitude de receber a Copa do Mundo. Serão 12 cidades-sede, com a participação de 32 seleções. O mundial reunirá 700 atle-tas que disputarão 64 jogos. A estimativa de público su-pera 3 milhões de espectadores nos estádios, além de 18 milhões de espectadores nas Fan Fests, espaços públicos onde a FIFA disponibiliza telões para que o público acom-panhe as partidas. 18 mil voluntários pré-selecionados da-rão apoio ao evento.

A Copa do Mundo de 2014 reunirá mais de 18 mil

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profi ssionais de mídia. As transmissões dos jogos atingirão cerca de 4 bilhões de telespectadores e 30 bilhões de teles-pectadores rotativos. Do ponto de vista estrutural, os inves-timentos também são vultosos: 12 obras de infraestrutura, 3 projetos para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, 8 projetos de Mobilidade Urbana e a construção do Mineirão, estádio onde serão realizadas as partidas em Minas Gerais.

Os recursos aplicados atingem altas cifras: R$ 2,6 bilhões de fi nanciamento Governo Federal, R$ 1 bilhão de investimento do setor hoteleiro na Região Metropolitana de Belo Horizonte (52 novos hotéis). A estimativa é de au-mento de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. São R$ 2,46 bilhões estimados de injeção na economia da capital com os negócios gerados pelo evento.

Cooperação internacional – Durante a exposição, Ludmila fez importante referência à parceria de cooperação técnica com a GIZ (Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit). Para a gerente, trata-se de um importan-te ganho sem custos altos, já que a SECOPA recebe gratui-tamente assessoria em relação à organização dos eventos, como assistência à segurança, saúde, voluntariado e turis-mo. O Governo de Minas arcou somente com os custos de

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viagem dos membros da GIZ. Outro exemplo de cooperação citado foi o intercâmbio organizado pela FIFA nos eventos da Copa do Mundo para os responsáveis da Copa seguin-te, que permitiu aos organizadores mineiros conhecerem os bastidores da Copa na África do Sul.

Turismo – A previsão é de que 600 mil turistas in-ternacionais visitem o Brasil durante a Copa. A circulação estimada de brasileiros pelas cidades-sede é de 3 milhões de pessoas. Para Belo Horizonte, a projeção de estrangei-ros é de 197.000 e de brasileiros 430.600.

Na Copa de 2010, os países que mais adquiram ingressos foram Estados Unidos, Grã- Bretanha, França, Alemanha, Canadá, México. Foi traçado o perfi l de turis-tas que participaram do evento: masculino (83%), solteiro (60%), com ensino superior (54%), e entre 25 e 40 anos (70%). 83% fi zeram turismo adicional e o gasto médio com a viagem fi cou em torno de R$ 11.000.

Infl uência na economia local – A SECOPA projetou forte fomento na economia onde são realizados os jogos: 55% de aumento nos gastos com cartões de crédito, ex-pansão de 7,4% das vendas no varejo, comparados com o mesmo período do ano anterior, crescimento de 10,4% da

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indústria de alimentos e bebidas e crescimento de 20,5% das vendas nos bares e restaurantes.

Estima-se que o fl uxo turístico induzido direta e in-diretamente pela Copa do Mundo será responsável por re-ceitas adicionais de até R$ 5,94 bilhões para as empresas brasileiras. A projeção para o crescimento no fl uxo turístico para o Brasil em 2014 é de 79%, com impactos até supe-riores nos anos subsequentes.

Os jogos contribuirão também para grande impacto sobre a produção nacional de bens e serviços, com infl uência sobre a renda, o emprego e a arrecadação tributária. Dentre as principais áreas que receberão o benefício do aquecimen-to da economia, foram citadas: construção civil, alimentos e bebidas, prestação de serviço, infraestrutura urbana e sane-amento, tecnologia da informação, turismo e hotelaria.

Segundo informações da SECOPA, um em cada quatro comerciantes de Minas Gerais planeja investimen-tos para a Copa do Mundo de 2014. Ou seja, o setor pri-vado deve aproveitar a oportunidade e explorar o fl uxo de turistas. Para tanto, devem atentar para oferecer produtos criativos, regionais e diferenciados. O uso de materiais es-peciais, como fi bras naturais e de iconografi a regional tem grande potencial. Também receberam destaque os setores

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de alimentação, bebidas, artesanato e pedras preciosas. Dentre as sugestões de serviços apontados como

oportunos para os eventos FIFA, constam trabalho em par-ceria com a rede hoteleira, oferta de transporte nos horá-rios de saída e chegada dos jogos, além de visitas a pontos turísticos e centros de compras.

Há grande preocupação para não abrir espaço para especulação. A SECOPA alerta para a importância de se manter tarifas condizentes com o mercado de Belo Hori-zonte e que atraiam e satisfaçam o turista, assim, estimu-lando seu retorno.

Obras e legados dos eventos FIFA- Mineirão – Obra entregue em dezembro de 2012;- Aeroporto – Ampliação da capacidade de passa-geiros de 10,2 para 16,5 mil/ano; Ampliação da pis-ta de pouso de 3.000 para 3.600m; Ampliação do pátio ampliado de 112.124 m2 para 304.524 m2;- Mobilidade urbana – Duas linhas de BRT em imple-mentação, com previsão de entrega em dezembro de 2013. O BRT transportará 750 mil pessoas por dia, re-tirando cerca de 100 linhas de ônibus do centro da ci-dade. Também está prevista a licitação de 605 novas

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linhas de táxi. A implementação da Central de Contro-le de Tráfego visa maior conforto aos passageiros;- Hotelaria – Parceria entre governo e prefeitura de Belo Horizonte para a licitação de 52 novos hotéis com 16.000 novos leitos, que somados aos atuais atingem 54.817 na Região Metropolitana; - Receptivo turístico – Mecanismos criados direta-mente para interlocução com turismo e torcedores: o site interativo belo2014.com.br; aplicativo para smartphone (localização e locomoção); guia do torcedor em três idiomas; reforma dos centros de atendimento ao turista (Circuito cultural Praça da Liberdade e Confi ns); Wi-fi gratuito em pontos tu-rísticos e padronização da sinalização turística do complexo da Pampulha. Saiba mais no site: www.pronateccopa.turismo.gov.br; - Programa de Capacitação – Cursos gratuitos pre-senciais de línguas e de serviços técnicos para co-mércio disponíveis a todos;- Programa de voluntariados – Há diversos progra-mas de voluntariado sob gestão da FIFA e outros sob gestão do Brasil que podem ser acessados no site: www.brasilvoluntario.gov.br.

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Data: 09 de abril de 2013 Horário: 20h

PALESTRANTE: MARIA EULÁLIA ALVARENGA DE AZEVEDO MEIRACargo: Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida – Auditora

fi scal aposentadaInstituição: Auditoria Cidadã da Dívida

PALESTRA: DÍVIDA PÚBLICA E INTERNACIONALIZAÇÃORedatora: Prof.ª Simone Gelmini Araújo

Ao apresentar o cenário da conjuntura global, a pa-lestrante destacou a gravidade da desregulamentação do sistema fi nanceiro, de derivativos sem lastro e de ativos tó-xicos. Ao mencionar a crise fi nanceira americana recente e a repercussão em vários países, lembrou que a multipli-cação dos créditos, inadimplência, “papéis podres” e ou-tros problemas resultaram na insolvência de bancos. Citou “L. Brothers, Goldman Sacks e outros”. Ressaltou que é “papel do governo, manter instrumentos de controle sobre instituições fi nanceiras”.

Iniciando a apresentação sobre o que considerou “crise da dívida”, ressaltou que o endividamento desor-denado pode apresentar indícios de desvio de recursos públicos. A palestrante ressaltou que “cabe à Presidência da República efetuar os cortes necessários no orçamento

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público e tem a prerrogativa de cortar até vinte por cen-to para superávit primário, através da DRU”. Citou países como Grécia, França e outros que realizaram cortes, mas não gastos sociais e apontou as reações nesse países. Apresentou, por exemplo, que a Islândia optou pelo “não salvamento de bancos”. França e Portugal constituíram comitês da dívida e houve posicionamento dos tribunais que se manifestaram.

Ao questionar qual seria o papel da dívida públi-ca, apresentou o valor total da dívida brasileira que che-ga, conforme informação da palestrante à cifra de US$ 441.757.289.145,04. E comentou que apesar deste valor que considera “muito expressivo”, afi rmou que o Brasil empresta dinheiro aos Estados Unidos a juros de “quase zero”. “Isto signifi ca quase dois bilhões de reais ao dia”, afi rmou e questionou o que poderia ser construído com este valor. Disse que o governo “cria artifícios para aliviar o peso que estes números causam” e lamentou o fi m da Comissão parlamentar de inquérito (CPI), que foi fi nalizada em 2010.

Com relação ao orçamento executado em 2010, apresentou um gráfi co que aponta “menos que três por cento investidos em educação”. “Dezessete por cento do

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Produto Interno Bruto (PIB) é amortização da dívida públi-ca”, afi rmou. Lamentou a ausência de controle de sobre o capital. Reiterou que apesar da votação que é feita sobre o orçamento no congresso nacional, “vinte por cento pode ser tirado através da DRU”, afi rmando que isto não deveria ser feito. “Pagamos treze por cento sobre a dívida líqui-da de juros”, criticou. A palestrante criticou o que seria a “anatomia de uma fraude”.

Sobre os recursos divulgados pelo governo federal a respeito do pré-sal, apresentou a lei 12.351/210 que trata dos recursos e sua destinação. Mencionou o artigo cinquenta, que trata dos “ativos” e criticou quais seriam esses. Discutiu sobre o “retorno do capital” e questionou que capital seria, contrapondo o que chamou de “parado-xo Brasil”. E criticou ainda a taxa de juros que “cai, mas não cai”, devido à indexação à selic e o lucro dos bancos.

Comentou a respeito de um seminário sobre a dívi-da pública que foi realizado em 15/05/2013 e sobre uma grande campanha nacional que será empreendida pela dí-vida cidadã, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), apresentando críticas às privatizações e solicitando apoio para o “não pagamento da dívida sem auditoria”, afi rmou. Citou países como a Noruega, que can-

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celou a dívida e o Equador, que não tem moeda e também realizou auditorias sobre a dívida através da nomeação de ouvidores internacionais. Destacou que neste proces-so de análise, chegou-se a conclusão que apenas trinta por cento da dívida equatoriana era devida e os credores foram forçados a aceitar este parecer. “Precisamos anali-sar exemplos de vários países e ajustar a dívida a níveis condizentes, através da auditoria da dívida”, afi rmou. A auditoria da dívida é “uma forma de saída para o envolvi-mento da sociedade e uma expressão de atitude cidadã”, acrescentou.

Para a palestrante, a informação é o melhor cami-nho para que o cidadão exerça um papel atuante na so-ciedade. “Somos todos voluntários e precisamos conhecer a realidade da dívida pública”, comentou. Para ela, é ne-cessário descortinar o “sistema da dívida” e incluir este tema nas discussões acadêmicas e na sociedade em ge-ral. Finalizou destacando a importância do evento e das discussões realizadas.

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Data: 09 de abril de 2013 Horário: 21h

PALESTRANTE: CHYARA PEREIRA CARGO: Assessora de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais

INSTITUIÇÃO: Governo de Minas GeraisPALESTRA: INTERNACIONALIZAÇÃO: POSSIBILIDADE E DESAFIOS

REDATOR: Prof. Júlio César Buére

A palestra de encerramento do Simpósio Internacio-nalização de Minas Gerais foi proferida por Chyara Pereira. Chyara, por ter tido uma formação acadêmica e profi ssio-nal muito sólida, é dotada de credenciais para atuar em duas frentes de trabalho: como professora de curso de relações internacionais e assessora de relações interna-cionais do governo de Minas Gerais. Sua palestra versou sobre dois temas importantes para a refl exão dos acadê-micos de relações internacionais: o campo de relações in-ternacionais e, o segundo, as relações internacionais do governo do Estado.

Chyara afi rma que o campo de Relações Internacio-nais praticamente não existia há dez anos. O profi ssional era desconhecido do mercado; poucos eram os cursos; a questão internacional era objeto restrito ao governo fede-ral, vinculado ao Itamaraty. Esta situação tem mudado nos

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dias atuais. O crescimento enorme de atuação internacio-nal do Brasil nos anos recentes foi acompanhado de um crescimento da inserção internacional dos Estados fede-rados. Junte-se a isto a realização de dezenas de eventos internacionais em 2013 e 2014, além da Copa das Confe-derações e da Copa do Mundo de Futebol.

O Estado de Minas Gerais tem sido um benefi ciário direto desse processo por ter sua capital escolhida como uma das sedes dos dois eventos. Mas a atuação interna-cional do governo de Minas não se resume a esses casos, e tem apresentado crescimento em diversas áreas nos úl-timos anos. Em consequência, fez aumentar a demanda por profi ssionais de relações internacionais tanto na área publica quanto na área privada.

Chyara, com base em sua atuação no governo e sintonizada com as exigências do mercado, constata al-guns problemas relacionados à competitividade do Esta-do de Minas. Entre os elementos elencados destacou a escassez de profi ssionais qualifi cados para a crescente oferta de emprego disponível no mercado. Apresentou como exemplo a difi culdade que teve como assessora do governo, para selecionar profi ssionais que receberiam trei-namento na Foxcom. Normalmente a defi ciência desses

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profi ssionais esta relacionada à formação acadêmica defi -ciente; à baixa refl exão critica; pouca fl uência em línguas; pouco conhecimento da realidade e da diversidade inter-nacional; desconhecimento dos recursos disponíveis em agências internacionais e difi culdades de elaboração de projetos de inserção e captação de recursos.

Concluiu sua palestra afi rmando que não há escas-sez de postos de trabalho e sim falta de capital humano.

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CONSIDERAÇÕES

DOS ACADÊMICOS

SOBRE O SIMPÓSIO DE

INTERNACIONALIZAÇÃO:

MINAS GERAIS

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COPA DO MUNDO DA FIFA BRASIL 2014TM: investimentos x legado

PALESTRANTE: Ludimila Midori KaiREDATORES: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves, Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.PROFESSOR ORIENTADOR: Professor Oscar Palma LimaORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: Professora Ângela Albuquerque

No dia 09 abril 2013, o Centro Universitário Newton Paiva realizou o Simpósio Internacionalização Minas Ge-rais 2013, no Auditório Nominato Luiz do Couto e Silva, que recebeu particularmente as turmas do curso de Relações Internacionais, bem como disponibilizou cento e oitenta va-gas excepcionais para os alunos do Curso de Direito. Para a abertura das palestras, a organização do Simpósio con-vidou a gerente de projetos de receptividade da Secretaria de Estado Extraordinária da Copa do Mundo – SECOPA/Go-verno de Minas Gerais, Ludimila Midori Kai, representante da Srta. Mariana Bahia, Special Advisor da SECOPA, para discorrer sobre um tema bastante presente em nosso coti-diano: O projeto de preparação do Governo de Minas Gerais para a Copa do Mundo da FIFA (Fédération Internationale

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de Football Association), a ser realizada no Brasil em 2014.Midori fez exposição de números bastante represen-

tativos que projetarão a capital mineira a uma posição de destaque entre as anfi triãs brasileiras mais promissoras. Segundo Midori, a Copa do Mundo “é um dos eventos de maior porte e mais midiático do setor esportivo”, portanto foi imperativo que a cidade passasse por remodelações, antecipando projetos que, não fosse a Copa, não seriam implementados a médio e longo prazos. A palestrante des-tacou os principais aspectos que urgem por intervenções, sempre salientando a preocupação da SECOPA/Governo de Minas em deixar legados para a cidade, em todos os setores envolvidos. Belo Horizonte conta com doze obras de infraestrutura, com destaque para o Estádio do Minei-rão. Outras ações incluem 2,6 bilhões de reais fi nanciados pelo Governo Federal, três projetos para o Aeroporto Inter-nacional Tancredo Neves, oito projetos de Mobilidade Ur-bana, um bilhão investido no setor hoteleiro da Região Me-tropolitana de Belo Horizonte e trinta e seis novos postos de serviço, de acordo com dados da Universidade Federal de Minas Gerais. Há estimativa de crescimento do PIB do estado em 1,8% e 2,46 bilhões de investimentos na eco-nomia da capital com os negócios gerados pelo Governo.

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Os bastidores, os jogos e seus impactosAo lado de uma comissão especial, Midori visitou a

África do Sul, para vivenciar in loco a experiência de uma Copa do Mundo e afi rma que “há muitos negócios nos bas-tidores de um evento como a Copa do Mundo da FIFA”. Tor-nou-se relevante estudar o perfi l do turista que vai aos jogos da Copa do Mundo. A impressão por parte da comissão foi que o público é prioritariamente masculino. Mais da metade são indivíduos solteiros, sendo que 54% possuem ensino superior, 70% são indivíduos entre 25 e 40 anos, 83% apro-veitaram a viagem para fazer turismo adicional, além de as-sistirem aos jogos. Os países de maior representatividade, de acordo com os slides da SECOPA, são: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Canadá e México. A previ-são é de que o Brasil receba 600 mil turistas estrangeiros e um total de três milhões de brasileiros deverão circular entre as doze cidades-sede da Copa 2014.

Estão agendados três grandes jogos para Belo Hori-zonte, de acordo com o cronograma ofi cial da Copa: a pri-meira partida a se realizar no dia 17 de junho, pela primei-ra fase, a segunda partida no dia 22, também da primeira fase e a partida do dia 26 de junho, das semifi nais.

O estudo “Brasil Sustentável: impactos socioeconô-

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micos da Copa do Mundo 2014”, parceria entre Ernst & Young e a Fundação Getúlio Vargas de projetos, detalha, pesquisa e apresenta os impactos que a Copa 2014 tra-rá para o Brasil. Com três partidas agendadas, os impac-tos consolidados podem ser os mais signifi cativos, entre eles um montante de aproximadamente 29,6 bilhões de reais em gastos no Brasil, aumento da produção nacional, causando impacto sobre a renda do brasileiro, empregos e arrecadação tributária, logo gerando benefícios para di-versos setores da economia.

As ações da SECOPAEspaços e acessos, atividades turísticas e capacitação técnicaOs empreendimentos sob responsabilidade da SE-

COPA, entre outros, incluem: 1) o Estádio Mineirão, cuja conclusão se deu em 21

de dezembro de 2012; 2) o Aeroporto Internacional Tancredo Neves (CNF), apesar de não ser de responsabilidade direta da SECOPA, mas sim de órgãos federais como a INFRAERO. A ação inclui a construção de mais um terminal e a reforma de toda a estrutura já existente, aumentando a capacidade para 16,5 milhões de passageiros ao ano, com ampliação da

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pista de pouso para 3.600m e do pátio para 304.524m²; 3) o turismo em geral será bastante benefi ciado.

Algumas ações que estão ou já foram implementa-das incluem: O portal ofi cial de Minas Gerais na Copa1, aplicativos para smartphones, um guia do torcedor em 3 idiomas (português, espanhol, inglês), reforma dos cen-tros de atendimento ao turista, reboot do Circuito Cultural Praça da Liberdade, mecanismos para torcedores assisti-rem aos jogos de fora do estádio em locais públicos como a Praça da Estação, projeto wi-fi gratuito em dezenove pon-tos estratégicos da cidade (com possibilidade de serem estendidos a outros pontos da cidade, para uso durante e após a Copa), padronização das placas de sinalização turísticas do Complexo da Pampulha etc.

Além dos projetos de infraestrutura, quinze mil pes-soas estão em processo de capacitação, desde funcioná-rios das polícias aos profi ssionais de restaurantes, bares e outros empreendimentos, alinhados ao “Programa de Capacitação PRONATEC COPA”2 para voluntários que de-sejarem se qualifi car e trabalhar na Copa, contando com 21 cursos gratuitos em diversas áreas do setor turístico. A cidade conta ainda com o “Brasil Voluntário”3, programa de voluntariado do Governo Federal, criado para atender

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a Copa das Confederações da FIFA Brasil 2013 e a Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014. O programa é gerido pelo Ministério do Esporte, com participação dos ministérios da Defesa, do Turismo, da Cultura, da Ciência e Tecnolo-gia, da Casa Civil, das Relações Exteriores, do Trabalho, da Educação, da Saúde, da Justiça, do Planejamento, Or-çamento e Gestão, além da Secretaria Nacional de Avia-ção Civil. Os voluntários atuarão em uma ampla rede de mobilização social nos aeroportos, áreas de fl uxo, pontos turísticos, festas públicas e Fan Fests, dando suporte aos torcedores, imprensa, turistas e população em geral. Os voluntários em processo de capacitação no momento es-tarão presentes no amistoso entre Brasil e Chile, no dia 24 de abril, um dos eventos-teste para a Copa das Confedera-ções e Copa do Mundo.

As principais avenidas da cidade estão sendo re-modeladas de forma a acomodarem os BRTs (Bus Rapid Transit), projeto de mobilidade urbana. As linhas serão im-plementadas nas avenidas que convergem na área central da capital, com a expectativa de servir até 750 mil pes-soas por dia. Os projetos incluem três BRTs, uma central de monitoramento e um corredor exclusivo de ônibus, que darão fl uidez ao trânsito. Apesar de não ser a solução mais

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efi ciente, o projeto encontra as demandas no atual cená-rio, inclusive econômico, mediante o prazo relativamente curto para sua implementação, mas resultará em signifi ca-tiva redução do número de ônibus nas pistas. Como parte dos investimentos em mobilidade urbana, foram abertas licitações para 605 novas placas de táxis, além das seis mil placas já existentes em Belo Horizonte.

Devido à sua posição geográfi ca, entre os grandes centros urbanos brasileiros como Rio de Janeiro, São Pau-lo e Salvador, a capital mineira também servirá de ponto de convergência de fl uxo de turistas em trânsito durante os jogos, o que vai impactar também o setor de hotelaria. Já existem projetos de parceria com as redes de hotela-ria, oferecendo transportes especializados para o estádio, com horário de saída e chegada nos shoppings da cida-de. Além disso, efetuou-se o licenciamento de cinquenta e dois novos hotéis, sendo que oito deverão estar prontos em 2013 e outros quarenta e quatro em 2014. Ao todo, estima-se que Belo Horizonte e região contarão com 495 meios de hospedagem (aproximadamente vinte e sete mil quartos). Todos os hotéis estarão atrelados a centros de convenções para atrair novas parcerias e promover negó-cios. Isso corrigirá a falta desse tipo de estabelecimento,

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uma das principais defi ciências da cidade, o que fez com que Belo Horizonte deixasse de receber inúmeros congres-sos e eventos internacionais. A SECOPA também oferece workshops à sociedade e, atualmente, vinte e cinco por cento dos comerciantes já estão se preparando para ofe-recerem produtos criativos, com toque regional e caracte-rísticas diferenciadas, utilizando materiais locais como a fi bra natural e iconografi a regional, que é forte e tem gran-de potencial no mercado. Produtos como a cachaça, doces e delicatessens, pedras e artigos artesanais poderão ser encontrados em lojas especializadas, restaurantes de co-midas típicas e lojas de artesanato.

Recomendações para o bom andamento do evento, sustentabilidade de investimentos e uso correto da logomarcaPara fi nalizar sua apresentação, Midori externou a

preocupação da SECOPA sobre a necessidade de cons-cientizar os cidadãos belo-horizontinos sobre a importân-cia da disponibilidade de espaço na cidade, especialmen-te para locomoção de pessoas. Uma das maneiras pela qual a população local pode contribuir nesse sentido se-ria optar pelos BRTs e táxis, deixando seus veículos em

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casa. Além disso, Midori alerta que a Copa não é a gran-de oportunidade que muitos esperam de se benefi ciarem fi nanceiramente à custa de turistas, ou seja, é preciso acabar com o estigma de que eles podem ser explorados com altas taxas de estadia, transporte e no consumo de produtos e serviços. Midori esclarece que a competição interna é grande e o aumento nos custos pode prejudicar as redes hoteleiras, o turismo e parceiros investidores. Portanto, a especulação deve ser combatida, manten-do tarifas e preços condizentes com o mercado de Belo Horizonte, de forma a atrair e satisfazer o turista para estimular seu retorno. Outras duas preocupações abor-dadas no simpósio foram: “Criar e implementar estraté-gias para que Belo Horizonte se torne referência nacio-nal e internacional no turismo de negócios e eventos, o que também será imprescindível para a sustentabilidade dos investimentos atuais” e “Integrar e motivar órgãos e instituições públicas e privadas, em prol dos projetos de infraestrutura e estrutura, que benefi ciarão as áreas de hospitalidade, mobilidade, segurança, eventos e ne-gócios da capital”.

Além disso, por ser um evento privado, a FIFA detém direitos de propriedade intelectual sobre as

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marcas e símbolos oficiais dos torneios. Segundo in-formou a palestrante, não se pode usar a logomarca ou materiais indistintamente; apenas a FIFA, seus par-ceiros comerciais e outros expressamente autorizados têm o direito de usá-los, assim como de se associar, a qualquer título, com os torneios. A tentativa de uso in-devido da logomarca já fez com que algumas empresas nacionais fossem autuadas.

E os hospitais da capital?Foi levantada a questão em torno da infraestrutura

hospitalar pública, que se faz defi ciente no cotidiano dos moradores da capital, podendo se agravar durante o even-to. Segundo Midori, medidas serão tomadas pela Secre-taria Municipal de Saúde, com o objetivo de remediar a realidade na capital. A Secretaria Estadual de Saúde de-senvolveu parcerias com vários países para fornecerem treinamento ao exército de como tratar eventos e crises de grandes multidões. Vale destacar que os turistas já com-pram seus pacotes com convênios de saúde particular, mas uma das medidas abordadas é o redirecionamento dos centros hospitalares dedicados a atenderem grupos específi cos de pessoas.

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Saldo positivo conta com a construção de mentalidade cidadã conscientePode-se concluir, portanto, que todos os investi-

mentos em torno da Copa do Mundo da FIFA 2014 deixa-rão legados e visam adequar a cidade às necessidades do evento e, em longo prazo, pode gerar benefícios perenes, dos quais os moradores de Belo Horizonte e região conti-nuarão desfrutando. Finalmente, Midori conclui que todo o investimento em infraestrutura requer também mudan-ça cultural, mas essa mudança não acontecerá imediata-mente e faz parte da iniciativa individual de cada cidadão.

(Endnotes)1 Portal ofi cial de Minas Gerais na Copa: http://www.belo2014.com.br

2 Programa de Capacitação PRONATEC COPA: http://www.pronateccopa.turismo.gov.br3 Programa Brasil Voluntário: http://www.brasilvoluntario.gov.br

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Dívida Pública e Internacionalização

PALESTRANTE: Maria Eulália Alvarenga de Azevedo Meira - Coordenadora da Auditoria Cidadã da DívidaREDATORES: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves, Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.PROFESSOR ORIENTADOR: Professor Oscar Palma LimaORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: Professora Ângela Albuquerque

A segunda palestra do Simpósio Internacionaliza-ção Minas Gerais 2013 foi realizada pela auditora Maria Eulália Alvarenga, que iniciou alertando o público sobre a importância de se realizar uma auditoria na dívida pública do Estado, seja no âmbito interno ou externo. Coordena-dora da associação sem fi ns lucrativos “Auditoria Cidadã”, Maria Eulália apresentou defi nições sobre o que é dívida pública e quais são os tipos existentes atualmente.

De acordo com a palestrante, há cinco tipos de dí-vida: a dívida legítima, que “são compromissos assumidos pelo setor público nos termos da lei, em igualdade de cir-cunstâncias entre devedor e credor do interesse geral”, enquanto a dívida ilegítima “são compromissos assumi-dos pelo setor público nos termos da lei, mas sem que se verifi que a situação de igualdade de circunstâncias entre

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devedor e credor, ou em prejuízo do interesse geral”. A dí-vida ilegal apresenta-se como “compromissos contraídos pelo setor público em violação do ordenamento jurídico aplicável”, já a dívida odiosa “são compromissos contraí-dos por regimes autoritários, prejudicando o interesse dos cidadãos”. Finalmente, a dívida insustentável “são com-promissos assumidos pelo setor público, cujo pagamento é incompatível com o crescimento e criação de emprego”.

O objetivo de se apontar a existência de tais dívidas é salientar que os Estados podem fazer dívidas, contanto que tenham embasamento na lei e sejam para um bem comum. Foi citada, como exemplo, a crise fi nanceira mun-dial que teve início em 2008, em que os bancos interna-cionais e, principalmente, os bancos norte-americanos, na iminência de “quebrarem”, foram socorridos pelo Estado, acabando este por se endividar, ao conceder pacotes bilio-nários a fi m de salvar o setor bancário.

Visto que a economia dos países está interligada, a crise se expandiu para outros setores, chegando a atingir, inclusive, a Europa. Ao tentarem salvar o mercado, os Esta-dos se enfraquecem, pois há a socialização dos prejuízos. Esse tipo de medida leva o Estado a adotar medidas de austeridade. Ainda como exemplo, pode-se citar a Euro-

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pa, que passa por um momento delicado, enfrentando o desemprego, a infl ação e as greves. Por se tratar de um problema internacional, países como a Grécia, a França, a Irlanda e Portugal estão criando comissões para auditar a dívida pública.

Segundo Maria Eulália, a dívida pública vem sen-do um instrumento de transferência dos recursos públicos para o setor privado. Daí a necessidade de haver uma fi s-calização rigorosa sobre os gastos do governo. Um gran-de número de pessoas não compreende a dívida pública, mas ela se torna visível quando se leva em consideração que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e altas taxas de juros.

A auditoria na dívida pública está prevista na Cons-tituição Federal de 1988. Criou-se, então, em dezembro de 2008, a CPI da dívida pública, instalada em agosto de 2009 e concluída em 2010. Maria Eulália destacou que foi comprovado o indício de ilegalidades por parte da ad-ministração pública. Atualmente o caso é investigado pelo ministério público. Ainda segundo ela, o Brasil tem a sexta economia do mundo, porém é o terceiro no ranking dos países com pior distribuição de renda e o fato de depen-der dos outros países faz com que ele não se desenvolva.

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O governo brasileiro não assume que a crise na dívida é um fato, e tem difi culdade em explicar as altas taxas de juros. Maria Eulália defende ainda a necessidade da parti-cipação da sociedade na revisão da dívida pública. Deve--se exigir a investigação dos gastos do Estado, para que este atue sempre de forma transparente e coerente. “O dinheiro público deve ser gasto com o povo e não com uma minoria que não o representa”, afi rmou.

A coordenadora da “Auditoria Cidadã da Dívida” convida a todos a participarem ativamente na investiga-ção da dívida pública, por meio de pesquisas e estudos a respeito do tema. Para ela, o processo de endividamento gera dependência econômica e isso faz com o Estado fi -que estagnado.

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Um convite ao pensamento crítico-analítico internacional

O encerramento do Simpósio de Internacionaliza-ção foi feito pela assessora de Relações Internacionais do Governo de Minas Gerais, Chyara Pereira. Com a pa-lestra “Internacionalização: possibilidades e desafi os”, a assessora propôs aos presentes uma conversa informal, fazendo um paralelo entre as duas palestras anteriores e ressaltando a importância do espírito crítico-analítico em meio a tantas informações que a era digital tem dissemi-nado. Segundo a assessora, é necessário saber reter as informações importantes, ou seja, “é preciso o mínimo de perguntas e vontade de saber as respostas”.

Chyara expôs, também, o crescimento do campo

Internacionalização: possibilidades e desafi os

PALESTRANTE: Chyara Pereira - Assessora de Relações Internacionais do Governo de Minas GeraisREDATORES: Daniel Galo Carli Mariano da Cunha, Jéssica Rúbia Gonçalves, Kelly Cristina Rodrigues dos Santos, Messias Borges dos Santos Júnior.PROFESSOR ORIENTADOR: Professor Oscar Palma LimaORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: Professora Ângela Albuquerque

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das Relações Internacionais nos últimos dez anos em Mi-nas Gerais. Atualmente, todas as secretarias do Governo do Estado de Minas Gerais possuem sua célula internacio-nal, dada a importância da área. Ao todo são 77 profi ssio-nais formados em Relações Internacionais e atuando nas secretarias de Minas Gerais.

O Governo do Estado de Minas Gerais, em sua área internacional, trabalha com duas dimensões: a domésti-ca, que se caracteriza pela relação com organismos inter-nacionais e a externa, que diz respeito às relações com outros Estados. O objetivo do Governo nessas duas dimen-sões é promover a competitividade, além de garantir e pre-zar pelas relações entre os Estados.

No decorrer da palestra, a assessora citou algumas difi culdades enfrentadas pela Secretaria de Relações Inter-nacionais de Minas Gerais na execução de seus projetos.

A princípio tratou-se do Programa Internacional em Tecnologia da Informação, que visava à qualifi cação de du-zentos estudantes e recém-formados nas áreas de Tecno-logia da Informação, no maior centro de treinamento do mundo, o Global Education Center, localizado na Índia. O programa idealizado em parceria com o Governo de Minas Gerais e a empresa indiana Infosys Ltd., que possui insta-

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lações no estado mineiro, infelizmente não superou sua principal difi culdade: a seleção de duzentos estudantes capacitados, que teriam todas as despesas pagas, incluin-do curso, material, alojamento, passagens aéreas, tras-lados, seguro saúde e ajuda de custo diário, fi nanciados pela empresa. O número inicial precisou ser reduzido para que o programa acontecesse, demonstrando, mais uma vez, a falha no sistema educacional do Brasil.

Ponderações de uma ex-aluna de Relações Internacionais Segundo Chyara Pereira, um dos maiores obstácu-

los enfrentados no Brasil atualmente é a falta de capital humano. A falha na capacitação dos estudantes vem do ensino fundamental e médio. Ela defende que os estudan-tes deveriam sair do ensino médio com uma formação me-lhor e uma visão mais madura do mundo.

De acordo com a assessora, outro grande empeci-lho é que poucos dominam uma língua estrangeira, acarre-tando em perdas de excelentes oportunidades promovidas pelos órgãos de Relações Internacionais e investidores. Ex-aluna do curso de Relações Internacionais, a asses-sora ressaltou a necessidade de extrapolar os limites do

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aprendizado em sala de aula, devido à heterogeneidade das Relações Internacionais. Chyara questionou os alunos presentes se eles têm criado reais condições para a parti-cipação em atividades extras, como intercâmbios interna-cionais, visando à melhoria da formação acadêmica e da profi ciência em língua estrangeira.

Em meio a diversos eventos internacionais, como a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014, o estado de Minas Gerais e, principalmente, a cida-de de Belo Horizonte estão ainda mais inseridos no contex-to de internacionalização, surgindo a importância do “pen-sar internacional”, explicitado no decorrer do Simpósio de Internacionalização.

Finalmente, a assessora concluiu que o balanço do evento é positivo e vem reforçar a importância das Rela-ções Internacionais e de seus futuros profi ssionais para Minas Gerais. Nas palavras de Chyara Pereira, “as Rela-ções Internacionais são o melhor caminho para lidar com o mundo e mais do que nunca: o mundo tem voltado seus olhos para Minas Gerais”.

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As palestras do primeiro dia do Simpósio de Inter-nacionalização de Minas Gerais e Relações Internacionais do Centro Universitário Newton Paiva começaram com in-formações sobre os eventos mundiais que serão realiza-dos em Belo horizonte, como a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014) e as Olimpíadas (2016). A Copa do Mundo FIFA é um dos maiores eventos do mun-do, no qual podem ser observados números expressivos, como o de telespectadores que poderão chegar a 30 bi-lhões de forma rotativa. Irão ocorrer três jogos da Copa das Confederações em Belo Horizonte, todos realizados no mês de junho de 2013. Na Copa do Mundo FIFA 2014 já são 05 jogos confi rmados dos 6 previstos.

A projeção de turistas que virão do exterior é de aproximadamente 600.000 pessoas. Também, há proje-

Copa do Mundo da FIFA – Brasil 2014

PALESTRANTE: Ludmila Midori Kai - Gerente de Projetos de Receptividade da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo – SECOPA/ Governo de Minas Gerais.REDATOR: Otávio Duarte JalesPROFESSOR ORIENTADOR: Lucas Tavares da MataORIENTAÇÃO METODOLÓGICA: Lucas Tavares da Mata

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ções para o turismo na capital de MG, de 196.768 estran-geiros. Cerca de 600 mil turistas são esperados em Minas Gerais e, para isso, foi realizada a readequação do está-dio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), de acordo com as normas pré-estabelecidas pela Federação. Após sua reforma o Mineiro foi entregue no dia 21/12/2012. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves também terá a ampliação da sua capacidade de passageiros de 10,2 para 16,5 milhões de pessoas/ano. Para isso, sua pista de decolagem e aterrissagem passará dos atuais 3.000 para 3,600 metros de comprimento e seu pátio será ampliado para 304.524m².

Estima-se que o público em sua maioria será mascu-lino. Solteiros representam 60%, 54% têm o ensino supe-rior, 70% estão na faixa etária de 25 a 40 anos e com gasto médio de R$11.412,50. EUA, Grã-Bretanha, França, Alema-nha, Canadá e México são os países que possuem o maior número de turistas que participam deste evento mundial.

Os investimentos que estão sendo realizados nas cidades sede preveem uma reestruturação e readequação dos estádios, meios de transporte e toda sua infraestru-tura. Sendo 2,6 bilhões de reais, fi nanciado pelo Governo Federal e 1,0 bilhão investidos no setor de hotelaria e na

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construção de 52 novos hotéis na capital e na RMBH (Re-gião Metropolitana de Belo Horizonte). Estima-se que ha-verá um aumento de 1,8% no PIB (Produto Interno Bruto) do Estado e 2,46 bilhões devem ser injetados na econo-mia da capital com negócios gerados pelo evento.

Estudado todos os impactos consolidados na Copa do Mundo de 2014, os gastos nos Brasil chegarão à cifra de R$ 29,60 bilhões. R$ 112,79 bilhões serão de impacto sobre a produção nacional de bens e serviços, R$ 3,63 bilhões relacionados geração de empregos e R$ 18,13 bi-lhões sobre a arrecadação tributária.

Os setores que serão mais benefi ciados com os eventos são: Construção Civil, tecnologia, alimentos e be-bidas, serviços terceirizados, turismo e hotelaria.

Website, aplicativos para Smartphones, guia do tor-cedor em três idiomas, reformas dos centros de atendi-mentos ao turista e circuito cultural da Praça da Liberdade serão recursos que facilitará o acesso do turista à capital mineira. Também, cerca de 15mil pessoas já estão sendo capacitadas, para atendimento e recepção dos mesmos.

Ainda há um problema grave, que é a mobilidade urbana em Belo Horizonte e, por isso, a Prefeitura de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais e Governo Federal tor-

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naram possível à implementação do Bus Rapid Transit. Este meio de transporte propiciará a retirada de cerca de 100 linhas de ônibus do centro de Belo Horizonte e trans-portará aproximadamente 750 mil pessoas/dia.

Por fi m, foi ressaltado que o uso da marca ofi cial FIFA 2014 poderá acarretar a processo ajuizado no órgão responsável para obtenção dos direitos autorais. Os referi-dos eventos irão deixar um legado que poderá ser utilizado por varias gerações.

(Endnotes)1 Portal ofi cial de Minas Gerais na Copa: http://www.belo2014.com.br

2 Programa de Capacitação PRONATEC COPA: http://www.pronateccopa.turismo.gov.br3 Programa Brasil Voluntário: http://www.brasilvoluntario.gov.br

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