anais do 3° simpósio geociências e meio ambiente

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3° SIGMA – Simpósio Geociências e Meio Ambiente 2° Seminário de Iniciação Científica em Geociências Seminário Anual do Instituto Geológico – SAIG 22 de maio de 2013 INSTITUTO GEOLÓGICO Secretaria do Meio Ambiente Governo do Estado de São Paulo São Paulo, 2013 ANAIS DO 3° SIGMA Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente Organizadores: Alethea Ernandes Martins Sallun, Celia Regina de Gouveia Souza, Gustavo Armani, Hélio Nóbile Diniz e Rodolfo Moreda Mendes

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Page 1: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

3° SIGMA – Simpósio Geociências e Meio Ambiente

2° Seminário de Iniciação Científica em Geociências

Seminário Anual do Instituto Geológico – SAIG

22 de maio de 2013

INSTITUTO GEOLÓGICO

Secretaria do Meio Ambiente

Governo do Estado de São Paulo

São Paulo, 2013

ANAIS DO

3° SIGMA

Anais do 3° Simpósio

Geociências e Meio Ambiente

Organizadores:

Alethea Ernandes Martins Sallun,

Celia Regina de Gouveia Souza,

Gustavo Armani,

Hélio Nóbile Diniz e Rodolfo Moreda Mendes

Page 2: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

Governo do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin – Governador

Secretaria de Estado do Meio Ambiente Bruno Covas – Secretário

Instituto Geológico Ricardo Vedovello - Diretor Geral

Page 3: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

Governo do Estado de São Paulo Secretaria do Meio Ambiente INSTITUTO GEOLÓGICO

ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

3° SIGMA – Simpósio Geociências e Meio Ambiente 1° Seminário de Iniciação Científica em Geociências Seminário Anual do Instituto Geológico – SAIG 22 de maio de 2013

Organizadores:

Alethea Ernandes Martins Sallun, Celia Regina de Gouveia Souza,

Gustavo Armani, Hélio Nóbile Diniz, Rodolfo Moreda Mendes

1ª edição São Paulo

INSTITUTO GEOLÓGICO 2013

Page 4: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

© 2013, Instituto Geológico, Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São Paulo, Brasil

CORPO EDITORIAL

Editores: Alethea Ernandes Martins Sallun, Celia Regina de Gouveia Souza, Gustavo Armani, Hélio Nóbile Diniz,

Rodolfo Moreda Mendes

Projeto Gráfico: Alethea Ernandes Martins Sallun

Alethea Ernandes Martins Sallun, Celia Regina de Gouveia Souza, Gustavo Armani, Hélio Nóbile Diniz, Rodolfo

Moreda Mendes.

ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE/ Alethea Ernandes Martins Sallun, Celia Regina de

Gouveia Souza, Gustavo Armani, Hélio Nóbile Diniz, Rodolfo Moreda Mendes. – São Paulo: Instituto Geológico, 2013.

39 p.

ISBN 978-85-87235-19-0

1. Geociências. 2. Meio Ambiente. I. Título.

CDU: 551.79

Instituto Geológico

Page 5: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

ÍNDICE Ebbinghaus. A Afan Trekking como atividade de sensibilização no ensino de geociências na perspectiva da educação ambiental holística e naturalista numa aula de campo da EMEF Aldo Ribeiro Luz ao Parque Estadual do Jaraguá: relato de experiência.

.............. 6

Batista & Dionizio. A importância das Unidades de Conservação (UCs) para a biodiversidade brasileira.

.............. 7

Almeida et al. A monitoria no Museu geológico Valdemar Lefèvre: aprendizado, construtivismo e a visita ao museu.

.............. 8

Rodrigues & Ribeiro. A possibilidade de gestão do patrimônio geológico paulista através de Organizações Sociais (OS’s): primeiras considerações.

.............. 9

Oliveira & Tominaga. Análise da relação de ocorrências de escorregamentos e as características geomorfológicas das vertentes na Bacia do Rio Santo Antônio em Caraguatatuba –SP.

.............. 10

Santiago & Andrade. Aplicação de proposta metodológica para delimitação e caracterização de setores de perigo de inundação no município de Pindamonhangaba, SP.

.............. 11

Pacheco et al. Aquíferos on-line: banco de dados bibliográficos dos aquíferos do Estado de São Paulo.

.............. 13

Yamagata et al. Caracterização e avalização dos perigos de eventos geodinâmicos ocorrentes no município de Franco da Rocha (SP).

.............. 14

Silles & Pérez-Aguilar. Caracterização mineral por meio de difração de raios x de minerais de rochas do Grupo Serra do Itaberaba.

.............. 16

Ramos. Conservação preventiva: pequenos reparos e acondicionamento corretos aumenta a vida útil dos documentos.

.............. 17

Santos & Ezaki. Desenvolvimento de recursos didáticos para o ensino da dinâmica de aquíferos no nível médio técnico.

.............. 19

Silva et al. Diversidade litológica e fitossociológica da Ilha Grande - RJ. .............. 20

Ortiz et al. Estatística de acidentes e desastres naturais no Estado de São Paulo 2010-2012. .............. 21

Santos & Pérez-Aguilar. Estruturas arqueológicas da lavra de ouro do período colonial brasileiro presentes nos arredores de Guarulhos, São Paulo, SP, Brasil

.............. 23

Oda et al. Identificação de áreas potenciais de restrição e controle de captação e uso das águas subterrâneas na porção sul da UGRHI 05 – Projeto Arctub1

.............. 25

Pires & Raffaelli. Implantação de novas ações museológicas no Parque da Água Branca. .............. 27

Roberto & Sallun. Levantamento geoquímico de baixa densidade em uma subcélula GTN do Estado de São Paulo.

.............. 28

Santiago et al. Mapeamento de cavernas na região do Parque Estadual intervales (PEI) e entorno.

.............. 30

Morimitsu & Tominaga. Mapeamento e análise do perigo de escorregamento no município de Caraguatatuba.

.............. 31

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

Asche & Souza. Microalgas fitobentônicas em sedimentos das praias ao fundo da Baía de Santos.

.............. 32

Rodarte & Cerri. : O emprego de Unidades Básicas de compartimentação (Ubc´s) para o zoneamento geológico-geotécnico através da utilização de produtos sensores e fotointerpretação.

.............. 34

Santos & Ferreira. O uso de Sistemas de Informações Geográficas (SIG) na caracterização de riscos geodinâmicos em escolas da Cidade Dutra, São Paulo, SP.

.............. 35

Nakashima et al. Projeto Fratasg II – atividades de apoio. .............. 37

Montandon et al. Realização de banco de dados de Mapas geológicos do Estado de São Paulo

.............. 38

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

A AFAN TREKKING COMO ATIVIDADE DE SENSIBILIZAÇÃO NO ENSINO DE GEOCIÊNCIAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL HOLISTICA E

NATURALISTA NUMA AULA DE CAMPO DA EMEF ALDO RIBEIRO LUZ AO PARQUE ESTADUAL DO JARAGUÁ: Relato de Experiência

Daniel R. EBBINGHAUS (1)

(1) EMEF Aldo Ribeiro Luz, Secretaria Municipal da Educação, São Paulo, SP, Brasil, [email protected]

Este trabalho aborda uma experiência do ensino de Geociências em uma aula de campo no Parque Estadual do Jaraguá. Nesta aula a AFAN (Atividades Físicas de Aventura na Natureza) trekking (ou trilha) foi usada como estratégia de sensibilização, pois favorece o diálogo entre o homem e o mundo natural possibilitando o desenvolvimento de processos educativos relacionadas as questões ambientais, uma vez que, contribuem para uma mudança na visão do homem sobre o ambiente natural, fazendo com que este perceba a importância e o significado da natureza (CARDOSO et al., 2006).

A aula aconteceu na trilha do Pai Zé, a única que está aberta para visitação pública, até o cume do pico. A exposição do conteúdo de geociências foi abordado de acordo com as características da trilha e foram tratados de forma multidisciplinar considerando suas relações com a biota e a sociedade, assim como sugerido por (LOVELOCK, 1998), seguindo as abordagens Holística e Naturalista da Educação Ambiental centradas na relação do indivíduo com a natureza e voltadas não só para o conhecimento, mas também os sentidos e a afetividade - que foram escolhidas justamente por trabalharem com as relações e percepções da natureza que é o ponto de intersecção entre a Educação Ambiental e as AFAN's.

Buscando também desenvolver o ativismo como conseqüência, mas também complementando o trabalho cognitivo e afetivo, são trabalhadas as condutas de mínimo impacto sugeridas pelo projeto "Pega Leve", porque a razão e a emoção são fundamentais para a motivação do educando, mas não são suficientes para transformar suas praticas individuais e coletivas (GUIMARÃES, 2004). Dessa forma, é explorado o tema AFAN e as correntes da Educação Ambiental de forma que suas relações fiquem mais claras e passíveis de aplicação no ensino de Geociências.

Palavras-chave – AFAN, Sensibilização, Educação Ambiental, Geociencias Keywords – AFAN, Awereness, Environmental Education, Geociences REFERÊNCIAS CARDOSO, A. R.; SILVA, A.; FELIPE, G.R. 2006. Educação pela aventura: desmistificando

sensações e emoções. Motriz 12(1): 77-87. GUIMARÃES, M. 2004. Educação Ambiental Crítica. In: LAYRARGUES, P. P. (org). Identidades

da Educação Ambiental Brasileira. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, p. 25-34. LOVELOCK, J. 1998.O Que é Gaia?. In: NICHOLSON, S; ROSEN, B. A vida oculta de Gaia:

inteligência invisível da Terra. São Paulo: Gaia, p.73-95.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

A IMPORTÂNCIA DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UCS) PARA A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA

RUY MARTINS DOS SANTOS BATISTA (1),

MARCIO FELIX DIONIZIO (2)

(1) Centro Universitário de Maringá, Pólo São Paulo, São Paulo, Brasil; [email protected], (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected]

O Brasil possui uma biodiversidade notável, comparado a outros lugares do planeta. Mas esta biodiversidade tem sido degradada de forma drástica pelo homem. Um indício de tal ação é a crescente e acelerada perda da vegetação nativa dos biomas e a lista de espécies com populações extremamente reduzidas registradas em pesquisas da fauna brasileira ameaçada de extinção. Assim, o presente trabalho visa compreender a importância das Unidades de Conservação (UCs) para a biodiversidade brasileira. Considera-se como "Unidade de Conservação" todo espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.

Neste sentido, no Brasil, ainda há muitas unidades de conservação que não possuem um plano de manejo, hoje amparado pelo Sistema Nacional de Conservação da Natureza (SNUC), com a promulgação da Lei nº. 9.985, de 18 de julho de 2000. Naturalmente, os planos de manejo das unidades de conservação e de proteção integral são distintos daqueles das unidades de uso sustentável.

Desse modo, surge então a necessidade de estudos mais aprofundados sobre esse tema, que ainda é pouco estudado e cercado da falta de pesquisas que de fato avalie mais profundamente a relevância das UCs, ao mesmo tempo em que estas contribuem de forma efetiva no combate a um dos grandes desafios contemporâneos, a mudança climática, onde mitiga o CO2 e outros gases de efeitos estufa decorrente da degradação dos ecossistemas naturais.

Nesta perspectiva, compreende-se que as Unidades de Conservação são instrumentos de grande importância para a realização de pesquisas científicas, visitação pública, lazer e atividades de educação ambiental, por possuírem no seu interior uma grande variedade de ambientes preservados. Além disso, elas cumprem um papel fundamental nas estratégias de conservação, servindo como referência para projetos de educação e informação ambiental.

Palavras-chave – conservação, biodiversidade, pesquisa ambiental, educação ambiental Keywords – conservation, biodiversity, environmental research, environmental education

REFERÊNCIAS BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. 2000. Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000 -

Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências.

PRIMACK, R. B.; RODRIGUES, E. 2001. Biologia da conservação. Londrina: Vida, 328p.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

A MONITORIA NO MUSEU GEOLÓGICO VALDEMAR LEFÈVRE: APRENDIZADO, CONSTRUTIVISMO E A VISITA AO MUSEU

Gustavo Henrique M. ALMEIDA (1,2*), Caroline Amaral SANTANA (2*, 3), Rebeca Durço

COELHO (1,2*), Sivanilde da Silva SANTOS (2*,4), Fernando Alves PIRES (2) (1) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, *Bolsista FUNDAP-IG (3) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, São Paulo, Brasil (4) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Este trabalho apresenta e discuti o modelo de visita monitorada ao Museu Geológico Valdemar Lefèvre (MUGEO), realizadas geralmente por grupos de escolas de ensino fundamental e médio, mas também por escolas de ensino infantil e grupos organizados, inclusive de ensino superior e de terceira idade –, considerando os aspectos da construção do conhecimento, principalmente conforme a concepção de Piaget e do construtivismo, e do lugar em que se encaixa a visita ao espaço do museu dentro dessa concepção, a partir do acervo do MUGEO (fósseis, coleções de minerais, rochas e também documentos e instrumentos antigos da Comissão Geográfica e Geológica) e as relações que podem ser estabelecidas entre o acervo, o conhecimento científico e o cotidiano.

A visita é apresentada e discutida, portanto, a partir dos procedimentos que a guiam e estabelecem a relação entre os visitantes e o museu, e das formas de estimularem e trabalharem a construção do conhecimento a partir das possibilidades baseadas no acervo. A discussão determina-se ao redor da diferenciação entre o espaço da escola e o espaço do museu já na postura esperada dos alunos, e do estímulo para que exponham suas expectativas e noções prévias acerca das temáticas do estudo do planeta, permitindo que se trabalhe a construção do conhecimento conforme as conexões entre o acervo e seu significado, problematizando os conceitos científicos e a pesquisa ligada aos objetos.

Trabalham-se então questões da compreensão do ambiente, do tempo geológico, do Estado de São Paulo, da vida, e do próprio trabalho científico, considerando referências prévias adquiridas tanto no espaço escolar quanto no cotidiano e em diversas mídias, buscando o estímulo à observação do acervo à luz dessa discussão, que se soma a uma oficina que permite um contato sensorial com diversas peças, tanto minerais quanto fósseis, permitindo de forma lúdica a real internalização do que pode ser aprendido na visita ao MUGEO.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – MUGEO, Museu, Piaget, Construtivismo Keywords – MUGEO, Museum, Piaget, Constructivism REFERÊNCIAS CONSULTADAS DONGO-MONTOYA, A. O. 2009. Teoria da Aprendizagem na obra de Jean Piaget. São Paulo:

UNESP, 222 p. KOZULIN, A. 2000. Piaget, Vygotsky y la revolución cognitiva. In: KOZULIN, A. 2000. Instrumentos

Psicologicos: la educacion desde una perspectiva sociocultural. Barcelona: Editorial Piados, p. 51-65.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

A POSSIBILIDADE DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO GEOLÓGICO PAULISTA ATRAVÉS DE ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS’S): PRIMEIRAS CONSIDERAÇÕES

Rafael da Costa RODRIGUES (1,2*), Rogério R. RIBEIRO (2)

(1) Depto. de Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], *Bolsista FUNDAP-IG

A Lei Federal nº 9.637 de 15 de maio de 1998 que dispõe sobre a qualificação das organizações sociais, instituições estas sem fins lucrativos que podem executar a gestão ou o ser viço de uma ação de interesse público, inaugurou uma nova possibilidade de gestão pública.

No mesmo ano a Lei Complementar nº 846 foi regulamentada no Estado de São Paulo, abrindo a possibilidade deste aplicar este instrumento também dentro do território paulista. Tal mecanismo permite que uma Organização da Sociedade Civil, por meio de um contrato com o Estado, gerir uma atividade de responsabilidade Estatal. Algumas secretarias estaduais foram pioneiras na execução deste acordo, como a Secretaria de Estado da Cultura que passou a gerir suas instituições, como museus e casas de cultura com algumas Organizações Sociais.

O objetivo deste trabalho consiste em apresentar as primeiras reflexões a respeito da viabilidade desta parceria na gestão de Geossítios e Monumentos Geológicos Paulistas, levando em consideração que a maior parte deste patrimônio se encontra atualmente dentro de propriedades de domínio privado. Essa possibilidade de gestão compartilhada pode abrir novos caminhos para as políticas publicas de conservação e divulgação deste patrimônio.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – Geoconservação, Gestão Pública, São Paulo Keywords – Geoconservation, Public Management, São Paulo REFERÊNCIAS BRASIL 1998. Lei nº 9.637 de 15 de maio de 1998 - Dispõe sobre a qualificação de entidades como

organizações sociais, a criação do Programa Nacional de Publicização, a extinção dos órgãos e entidades que menciona e a absorção de suas atividades por organizações sociais, e dá outras providências.

SÃO PAULO. Lei Complementar nº 846 de 04 de junho de 1998 - Dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais e dá outras providências.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

ANÁLISE DA RELAÇÃO DE OCORRÊNCIAS DE ESCORREGAMENTOS E AS CARACTERÍSTICAS GEOMORFOLÓGICAS DAS VERTENTES NA BACIA DO RIO

SANTO ANTÔNIO EM CARAGUATATUBA –SP.

Vania Maria de OLIVEIRA (1,2*), Lidia Keiko TOMINAGA (2) (1) Depto. de Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected] , *Bolsista PIBIC-CNPq

Os deslizamentos são processos relacionados à dinâmica externa da terra, e se destacam por causarem grandes perdas econômicas e sociais. No município de Caraguatatuba (SP) estes processos quando ocorrem causam grandes perdas humanas e econômicas, como foi o caso dos escorregamentos que aconteceram em 1967, que marcou e ainda marca a história de Caraguatatuba. Destaca-se, assim, a importância dos estudos destes processos, que contribui para o planejamento territorial visando evitar a ocorrência dos eventos de desastres naturais (TOMINAGA, 2011).

Caraguatatuba se localiza no Litoral Norte do Estado de São Paulo, na Serra do Mar, que é “caracterizada por um conjunto de escarpas que marcam a borda oriental dos terrenos pré-cambrianos no Planalto Atlântico” (CRUZ,1990) e apresentam grandes amplitudes topográficas entre os topos e fundos de vale, clima tropical úmido com altas taxas de pluviosidade. Devido a estes condicionantes naturais a Serra do Mar está sujeita a diversos movimentos de massa naturais, potencializados pela ação antrópica no ambiente, como cortes e aterros para a construção de estradas, desmatamento, atividade pedreira, entre outras.

Este trabalho tem como intuito analisar os escorregamentos e as características geomorfológicas das vertentes da Bacia do Rio Santo Antônio em Caraguatatuba – SP, na escala de semi-detalhe 1:10.000. O levantamento será feito por meio de fotografias aéreas e técnicas de sensoriamento em imagens de alta resolução. A compartimentação do relevo está sendo produzida a partir da análise de fotos aéreas com a identificação das unidades morfológicas, das formas de vertentes e feições decorrentes de processos morfodinâmicos (escorregamentos). Após a elaboração de um banco de dados e de confirmação de feições em campo será produzido um mapa geomorfológico conforme as taxonomias proposta por ROSS (1992). Por fim, a partir da sobreposição do layer de cicatrizes de escorregamentos e com os diferentes parâmetros geomorfológicos analisaremos a distribuição das cicatrizes em relação a estes parâmetros.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil. Palavras-chave – geomorfologia, sensoriamento remoto, Caraguatatuba, São Paulo, escorregamentos Keywords – geomorphology, remote sensing, Caraguatatuba, São Paulo, landslides REFERÊNCIAS CRUZ, O. Contribuição Geomorfológica ao estudo de escarpas da Serra do Mar. 1990. Revista do

Instituto Geológico 8-11(1): 9-20. ROSS, J. L.S. 1992. O registro cartográfico dos fatos geomórficos e a questão da taxonomia do relevo.

Revista do Departamento de Geografia 6: 17-29. TOMINAGA, L.K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. 2011. Desastre Naturais: conhecer para prevenir.

São Paulo: Instituto Geológico, 196p.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

APLICAÇÃO DE PROPOSTA METODOLÓGICA PARA DELIMITAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE SETORES DE PERIGO DE INUNDAÇÃO NO MUNICÍPIO DE

PINDAMONHANGABA, SP

Thais Leonardo dos Santos SANTIAGO (1,2*), Eduardo de ANDRADE (1)

(1) Depto. de Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, *Bolsista FUNDAP-IG Inundações e enchentes são fenômenos decorrentes do aumento da vazão nos cursos d’água. Além dos fatores hidro-geomorfológicos naturais, são agravantes destes eventos as intervenções antrópicas, como: a redução da cobertura vegetal, a retificação de canais e a impermeabilização de terrenos e margens. Em diversas áreas urbanas, estes fatores encontram-se concentrados, potencializando o risco de danos em virtude da presença de ocupações em áreas inadequadas ao longo dos cursos d'água. O mapeamento de riscos geológicos, no qual insere-se o mapeamento de perigos de inundação apresenta-se como importante instrumento de gestão da Administração Pública voltado à prevenção e mitigação de danos decorrentes destes eventos. Para a elaboração deste, leva se em conta a suscetibilidade das áreas à ocorrência de eventos ou Perigo, definido como fenômeno, substância, atividade humana ou condição que pode causa perda de vidas e bens materiais (TOMINAGA et al., 2009). No Vale do Paraíba, a ocupação das margens do rio Paraíba do Sul e de seus afluentes, bem com as características climáticas da região proporcionam ocorrências de inundações e enchentes potencialmente danosas. Neste contexto, e como etapa essencial do mapeamento de risco de inundação, buscou-se determinar o perigo de inundação no município de Pindamonhangaba em escala local (1:3000), por meio das seguintes etapas: a) coleta de dados secundários, por meio de notícias de jornais e de registros oficiais sobre os eventos de inundações; b) identificação de áreas para verificação em campo a partir das informações preliminares; c) trabalho de campo, com o levantamento dos níveis de atingimento da água de inundação (Nat) e da recorrência destes eventos, in loco, por meio de relato de moradores, resultando em pontos georreferenciados; d) levantamento e aquisição de materiais cartográficos (matriciais e vetoriais) para tratamento dos dados coletados em ambiente SIG (Sistemas Geográficos de Informação); e) delimitação dos setores de perigo, utilizando-se o software ArcMap 10, com o lançamento dos pontos e níveis de atingimento dos eventos de inundação em imagens de satélite, ortofotos e cartas altimétricas; f) hierarquização destes setores, onde os valores de níveis de atingimento e o número de recorrências por setor foram relacionados estatisticamente com base no Fatores de Correção e nos Escores Númericos Corrigidos propostos por FERNANDES DA SILVA et al. (2011). Como resultado, ao longo do município de Pindamonhangaba identificaram-se 45 setores de Perigo, sendo que 1 com nível Muito alto, 17 com nível Médio e 27 com nível Baixo. Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e Coordenadoria de Defesa Civil do Estado de São Paulo. Palavras-chave – Inundação, Mapeamento de Perigo, Geoprocessamento Keywords – Flooding, Hazard Mapping, Geoprocessing REFERÊNCIAS FERNANDES DA SILVA, P. C; ANDRADE, E. ; DANNA, L. C. 2011. Mapeamento de Risco à

inundação em municípios do Vale do Paraiba (SP): abordagem metodológica para delimitação e caracterização de setores de perigo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 13, São Paulo, 2011. Anais...ABGE, São Paulo. CD-ROM.

TOMINAGA, L.K. 2009. Desastres Naturais: Por que eles ocorrem? In: TOMINAGA, L.K.,

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

SANTORO, J., & AMARAL, R. (eds). Desastres naturais: conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, p. 13-23.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

AQUÍFEROS ON-LINE: BANCO DE DADOS BIBLIOGRÁFICOS DOS AQUÍFEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Renan P. PACHECO (1,2*), Sibele EZAKI (2), Mara A. IRITANI (2), Luciana M.R. FERREIRA

(2) (1) Centro Universitário Senac, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, *Bolsista FUNDAP-IG

Atualmente a busca por conhecimentos técnicos em áreas relacionadas ao meio ambiente avança aceleradamente tendo em vista a interdependência homem-ambiente para a manutenção da vida no planeta. Uma das grandes áreas de avanço em pesquisas cientificas está relacionada à exploração do meio subterrâneo, uma vez que com o crescimento populacional desenfreado e a disseminação da contaminação, grande centros urbanos como São Paulo não possuem oferta de água superficial suficiente para a alta demanda. Sendo assim é necessário realizar estudos deste insumo subterrâneo para quantificar sua disponibilidade, avaliar sua qualidade e estabelecer planos de gerenciamento dos mesmos.

Grande parte das pesquisas, entretanto, não atende satisfatoriamente as necessidades da sociedade em todas as esferas, ambiental, social e econômica. Além disso, seus resultados nem sempre estão acessíveis à sociedade para consulta ou disponibilização.

Este projeto tem como proposta avaliar o estágio do conhecimento científico sobre a hidrogeologia das unidades aqüíferas do Estado de São Paulo (Aquíferos Bauru, Serra Geral, Guarani, Tubarão, Furnas, Cárstico, Litorâneo, Taubaté, São Paulo, outras unidades locais), identificando os principais avanços e temas abordados, áreas carentes de estudo e lacunas que demandam maior investimento em pesquisa no âmbito do Estado de São Paulo.

CRHi/SMA (2007) indica que as pesquisas em temas fundamentais como a caracterização (formas de ocorrência, hidrodinâmica, hidrogeoquímica, etc.), avaliação e proteção de aquíferos ainda são insuficientes para subsidiar o planejamento do uso das águas e ações governamentais.

Levantamento bibliográfico preliminar da produção científica de pesquisadores, professores de universidades e profissionais relacionados à área, foi realizado para os aquíferos do Estado resultando em 658 trabalhos publicados (teses, artigos, livros, trabalhos de eventos).

Os trabalhos referentes aos aquíferos Guarani e Bauru representam 33,54% e 14,70%, respectivamente, dada sua importância em termos de extensão em área e volume explotado e por constituírem fontes parciais ou totais de abastecimento público em diversas cidades. Os resultados ainda demonstram defasagem de estudos em comparação a estas unidades, como por exemplo, o aqüífero Carstico que representa 0,92% dos estudos e o Costeiro com 1,38%.

A análise dos dados levantados será futuramente publicada e divulgadas junto às entidades e órgãos vinculados à pesquisa e à gestão das águas subterrâneas no Estado. O produto final consistirá no “Banco de Dados Bibliográficos sobre a Hidrogeologia do Estado de São Paulo”, um sistema de consulta através do website do IG/SMA, a ser denominado “Aquíferos on-line”, com a finalidade de transmitir a informação sobre os estudos e divulgá-los à população Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico. Palavras-chave – Hidrogeologia, unidades aqüíferas, banco bibliográfico, Estado de São Paulo Keywords – Hydrogeology, aquifer units, bibliographic database, State of Sao Paulo REFERÊNCIAS CHRI/SMA - COORDENADORIA DE RECURSOS HÍDRICOS/SECRETARIA DO MEIO

AMBIENTE. 2007. Projeto Aquíferos. Ação Programada de Desenvolvimento e Proteção de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, 36p.

CETESB – COMPANHIA AMBIENTAL. 2010. Relatório de Qualidade das Águas Subterrâneas do Estado De São Paulo: 2007-2009. São Paulo: CETESB, 258p. (Série Relatórios).

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Page 15: Anais do 3° Simpósio Geociências e Meio Ambiente

ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

CARACTERIZAÇÃO E AVALIZAÇÃO DOS PERIGOS DE EVENTOS GEODINÂMICOS OCORRENTES NO MUNICÍPIO DE FRANCO DA ROCHA (SP)

Eduardo Y. YAMAGATA (1,2*), Edilson PISSATO (3), Cláudio José FERREIRA (2)

(1) Centro Universitário Senac, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (3) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected],*Bolsista FUNDAP-IG

Os escorregamentos, enchentes e erosões são comuns no território brasileiro, e veem afetando mais intensamente os centros urbanos e atingem mais vítimas, especialmente as pessoas de baixa renda e que moram em áreas com alto risco de escorregamentos e enchentes. O município de Franco da Rocha (SP) sofre com o aumento de processos erosivos, assoreamento dos leitos de cursos d’água e agravamento das enchentes nos vales encaixados devido à expansão urbana e econômica sem planejamento e sem preocupação com o meio físico. O projeto tem como objetivo mapear e compartimentar as áreas suscetíveis ao perigo de escorregamentos, erosões e enchentes no município de Franco da Rocha (SP) em escala regional.

Geologicamente, o município é composto por metassedimentos do Grupo Serra do Itaberaba e do Grupo São Roque e suítes granitícas sin e pós-tectônicas, rochas sedimentares do Grupo Taubaté e depósitos aluvionares e coluvionares (PERROTA et al., 2005). A geomorfologia é composta por colinas e morros do Planalto de Jundiaí (ROSS & MOROZ, 1997). A interpretação de produtos de sensores remotos e trabalhos de campo permitirão a quantificação de atributos específicos para análise de perigo a escorregamentos e inundações que terá como base de validação cadastro de ocorrências e mapeamento de risco em escala local realizado pelo Instituto Geológico (MARCHIORI-FARIA, 2006).

A paisagem é um sistema integrador definida com a combinação dinâmica de componentes relativamente homogêneos de suporte e cobertura, podendo ser elementos físicos (processos geológicos, pedológicos, geomorfológicos e climatológicos), biológicos (vegetação) e antrópicos (sistemas socioeconômicos) (FERREIRA & ROSSINI-PENTEADO, 2011). Adotamos a Unidade Básica de Compartimentação (UBC) para delimitar e analisar melhor as áreas com propriedades geológico-geomorfológicas homogêneas (VEDOVELLO, 2000); e na utilização de procedimentos sistemáticos de fotointerpretação e sensoriamento remoto através da análise de características espectrais, espaciais e temporais das imagens de satélite, como por exemplo Ikonos, ortofotos digitais e modelos digitais de terreno de resolução 5m, GDEM Aster e SRTM. Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – Franco da Rocha, escorregamentos, enchentes, Unidade Básica de Compartimentação (UBC) Keywords – Franco da Rocha, landslides, flood, Basic Unit of Compartimentation (BUC) REFERÊNCIAS CARNEIRO, C. D. R. 1983. Análise estrutural do Grupo São Roque na faixa do Pico do Jaraguá e a

Serra dos Cristais, SP. Tese de doutoramento, Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, 151 p.

FERREIRA, C. J; ROSSINI-PENTEADO, D. 2011. Mapeamento de risco a escorregamento e inundação por meio da abordagem quantitativa da paisagem em escala regional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 13, São Paulo, 2011. Anais...ABGE, São Paulo. CD-ROM.

MARCHIORI-FARIA, D. G. (Coord.) 2006. Mapeamento de áreas de risco a escorregamento e inundação – Município de Franco da Rocha (SP). São Paulo: Instituto Geológico, CD-ROM.

PERROTA, M. M.; SALVADOR, E. D.; LOPES, R.C.; D’AGOSTINO, L. Z.; PERUFFO, N.; GOMES; S. D.; SACHS, L. L. B.; MEIRA, V. T.; LACERDA FILHO, J. V. 2005. Mapa

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

Geológico do Estado de São Paulo, escala 1:750.000. São Paulo: CPRM, 1 vol. (Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil).

ROSS, J. L. S. & MOROZ, I. C. 1997. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo. São Paulo: FFLCH/USP, 67p (2 vol.).

VEDOVELLO, R. 2000. Zoneamentos geotécnicos aplicados à gestão ambiental gestão ambiental, a partir de unidades básicas de compartimentação – UBCs. Tese de doutoramento, Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista, 154 p.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

CARACTERIZAÇÃO MINERAL POR MEIO DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X DE MINERAIS DE ROCHAS DO GRUPO SERRA DO ITABERABA.

Silles, Jacqueline Silva (1,2*), Pérez-Aguilar, Annabel (2)

(1) Faculdade de Tecnologia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected],*Bolsista PIBIC-CNPq

No segmento central da faixa Ribeira, aflora o Grupo Serra do Itaberaba que corresponde a uma seqüência meta-vulcano-sedimentar do Mesoproterozóico (JULIANI et al., 2000). Rochas ricas em alumina fazem parte deste grupo. O objetivo deste trabalho é caracterizar, por difração de Raios X (DRX) (FORMOSO, 1984), minerais dessas rochas e de litotipos associados, visando contribuir no entendimento da sua gênese.

Para a obtenção de fases minerais de amostras poliminerálicas as amostras foram primeiro prensadas até a obtenção de fragmentos menores ou iguais à 0,5 cm. Posteriormente os fragmentos foram reduzidos com o uso do morteiro, sendo, na seqüência, peneiradas para estabelecimento da granulometria ideal de separação dessas fases. Em amostras monominerálicas, os minerais foram extraídos com instrumentos próprios para escarificação e corte. Finalmente foram retiradas as impurezas das fases minerais com a ajuda da lupa.

Dos dez minerais separados, os difratogramas relativos àqueles das amostras AMA45c, AMA12a, AMA12g(1), AMA10d2, GMA14c, PBMA5a, GMA14b e GMA14a os caracterizaram como micas; o da amostra AMA46d como topázio e o da amostra AMA46w como coríndon. O método utilizado não permitiu identificar se tratava de margarita ou muscovita. Ambas as micas correspondem a filossilicatos formados por seqüências de folhas de tetraedros de silício e oxigênio (SiO4)-4 e octaedros de oxigênio, preenchidos ou não por alumínio, as quais podem estar unidas seja por íons de potássio (muscovita) ou de cálcio (margarita). Possuem sistema cristalino monoclínico. O topázio é um sorossilicato, com estrutura cristalina conformada por octaedros de Al2SiO4F2 e tetraedros isolados de (SiO4)4- e possui sistema cristalino ortorrômbico. O coríndon é um óxido, com estrutura cristalina conformada por octaedros de oxigênio, sendo que para cada octaedro vazio, existem dois octaedros que possuem em seu interior átomos de alumínio, possuindo sistema cristalino trigonal.

Podemos concluir que os minerais das rochas ricas em alumina e litotipos associados correspondem a mica-xistos, topázio-xisto e coríndon-xisto, não permitindo a DRX a diferenciação entre muscovita e margarita. Isto se deve ao método utilizado não diferenciar entre a presença de cálcio ou potássio na cela unitária das mesmas.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave – Difração de Raios X, Estrutura cristalina de minerais, Grupo Serra do Itaberaba Keywords – X Ray Difraction, Crystals Structure of Minerals, Serra do Itaberaba Group REFERÊNCIAS FORMOSO, M. L. L. 1984. Difratometria de raios X. In: Gomes, CB (coord). Técnicas analíticas

instrumentais aplicadas à geologia. São Paulo: Edgard Blücher, 218 p. JULIANI, C.; HACKSPACHER, P. C.; DANTAS, E. L.; FETTER, A. H. 2000. The mesoproterozoic

volcano-sedimentary Serra do Itaberaba Group of the Central Ribeira Belt, São Paulo, Brazil: implications for the age of overlying São Roque Group. Revista Brasileira de Geociências 30(1): 82–86.

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CONSERVAÇÃO PREVENTIVA: PEQUENOS REPAROS E ACONDICIONAMENTO CORRETOS AUMENTA A VIDA ÚTIL DOS DOCUMENTOS

José Barcellos RAMOS (1)

(1) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected]

É unânime, entre os cientistas da conservação e os profissionais das instituições que tem como responsabilidade a conservação do patrimônio histórico cultural, que o restauro é a última ação que deve ser tomada quando se fala em salvaguarda de acervos. Isto porque o gasto que uma instituição tem com o restauro de algumas peças pode ser usado para garantir a preservação de toda uma coleção. A conservação preventiva, como o nome já diz, tem como objetivo evitar que agentes de deterioração agridam o acervo e causem perdas irreparáveis por meio de intervenções diretas e indiretas tais como: acondicionamento, armazenamento, conservação e restauração.

Aqui trataremos de duas ações realizadas e em andamento, no Núcleo Curadoria do Acervo Histórico do Instituto Geológico da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que são: o acondicionamento e os pequenos reparos.

O conjunto do conhecimento acumulado no campo da conservação converge em afirmar que os materiais se conservam melhor entre 20ºC de temperatura, 50% de umidade relativa do ar e com iluminação entre 50 e 150 lux. O Canadian Conservation Institute identificou os dez agentes de degradação que atuam sobre os acervos sendo eles: forças físicas, vandalismo/roubo, dissociação, fogo, água, pragas, contaminantes, luz, temperatura e umidade. Esses agentes, agrupados, indicam três formas de deterioração a que os materiais estão vulneráveis: agentes físicos, agentes químicos e agentes biológicos. Esses fatores, normalmente, se inter-relacionam e nunca afetam os acervos de forma isolada.

Neste trabalho, vamos falar de duas ações, no âmbito da preservação, que ajudam a diminuir a incidência desses fatores sobre os documentos. A primeira, diz respeito aos pequenos reparos que podem ser realizados para devolver ao suporte sua estabilidade impedindo que danos continuem a ocorrer, sobretudo, rasgos. A segunda ação refere-se ao acondicionamento dos documentos que, também, diminuem as possibilidades de estragos provocados nos documentos. “Estabilizar um documento é, portanto, interromper um processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus agregados, através de procedimentos mínimos de intervenção. Por exemplo: estabilizar por higienização significa que uma limpeza mecânica corrige o processo de deterioração” (CASSARES, 2000).

O acondicionamento é a confecção de embalagens feitas, sob medida, destinadas a proteger os documentos e a facilitar seu manuseio. Os pequenos reparos são consertos de rasgos, vincos e dobras que com o tempo tendem a romper-se totalmente provocando perdas.

Para os pequenos reparos são usados técnicas apropriadas realizadas por profissionais especializados que empregam materiais com qualidade arquivística. São “materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente estáveis, resistentes e duráveis. Suas características, em relação aos documentos, onde são aplicados, distinguem-se pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia” (CASSARES, 2000). Usamos cola a base de celulose, feitas com água deionizada com pH 7,5, papéis neutros japoneses que são muito resistentes, e técnicas especializadas no emprego desses materiais. Além disso, precisamos dos seguintes instrumentos: mesa de trabalho, pinça, papel mata-borrã, entretela sem cola, placa de vidro, peso de vidro, espátula de metal, espátula de osso, pincel chato, pincel fino e filme de poliéster.

Para o acondicionamento usamos papéis alcalinos, neutros ou poliéster dependendo do tipo do suporte, fitas adesivas neutras e cadarços de algodão. Documentos acidificados precisam de papéis alcalinos que podem, com o tempo, fazer com que parte da acidificação migre para o papel da embalagem, diminuindo a deterioração do suporte e seus agregados. Já as fotografias, necessitam de acondicionamento em papel neutro.

A título de exemplificação, mostraremos os reparos e acondicionamento realizado com um mapa da antiga Comissão Geográfica e Geológica (1886-1931) e as folhas de ponto dessa mesma comissão.

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As ações empreendidas no campo da conservação preventiva diminuem os processos de degradação de documentos e objetos por meio de tratamentos específicos que prolongam sua vida útil e devolvem sua estabilidade. Essas ações são sempre tomadas com base em critérios bem definidos quanto ao estado de conservação e valor dos documentos. O objetivo é que os bens culturais possam durar mais e servir às futuras gerações para o estudo da história e a construção da memória.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – Comissão Geográfica e Geológica, Conservação Preventiva, Instituto Geológico, Acondicionamento, reparos Keywords - Geographic and Geological Commission, Preventive Conservation, Geological Institute, packaging, repairs REFERÊNCIAS CASSARES, N. C. 2000. Como Fazer Conservação Preventiva em Arquivos e Bibliotecas. São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial, 80 p.

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DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DA DINÂMICA DE AQUÍFEROS NO NÍVEL MÉDIO TÉCNICO

Reginaldo Vitorino SANTOS (1,2*), Sibele EZAKI (2)

(1) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected],*Bolsista PIBIC-CNPq

O projeto de Desenvolvimento de Recursos Didáticos para o Ensino da Dinâmica de Aquíferos no Nível Médio Técnico apresenta a viabilidade da utilização de várias ferramentas de media, nas áreas de modelação/animação 3D e produção/edição de imagens como blocodiagramas, perfis e figuras com aplicação de conceitos geológicos.

Estes recursos multimídia produzidos poderão ser utilizados no âmbito de ensino de conteúdos relacionados a área de Geociências no ensino técnico médio, considerando que a animação tridimensional assume grande relevância como instrumento de ensino, uma vez que o "tempo geológico" é algo difícil de ser "percebido" pelo sistema convencional de ensino (BARROSO & KULLBERGT, 2000; MACEDO & COTRIM, 2005).

Além disso, levantamentos prévios sobre situação atual do ensino das disciplinas de Geociências nos cursos técnicos de nível médio do Estado de São Paulo (ETECs), indicam amplo leque de conhecimentos a ser ministrado e desenvolvido dentro do tempo disponível para o curso, dificultando a assimilação e aprofundamento dos conteúdos (CARNEIRO & HENRIQUE, 2005; CARNEIRO et al., 2007).

A partir desse paradigma, este projeto tem como proposta desenvolver materiais e recursos didáticos que auxiliem na adaptação do conhecimento geológico, especialmente vinculado aos conceitos de hidrogeologia, à linguagem didática de ensino voltada ao curso técnico de nível médio e ao público em geral.

O projeto didático busca desenvolver e aplicar maquetes virtuais 3D de corpos geológicos, como um recurso facilitador na visualização e compreensão dos alunos dos principais conceitos relacionados à dinâmica de funcionamento de aquíferos, bem como de outros aspectos geocientificos aliados a uma análise sistemática de websites para Educação em Geociências.

Selecionou-se, inicialmente, o Aqüífero Guarani, no Estado de São Paulo, para a elaboração das maquetes preliminares, uma vez que este aqüífero é um dos mais estudados em função de sua produtividade, e também divulgado no meio educacional (CARNEIRO, 2007).

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e CNPq, Brasil.

Palavras-chave – maquete virtual 3D, ensino técnico médio, geociências, aquífero Keywords – 3D virtual model, technical school, geosciences, aquifer REFERÊNCIAS BARROSO, F.; KULLBERG, J. C. 2000. Exemplos de ferramentas de media utilizados nas TIC's em

Geologia - Projecto GeoMedia. Ciências da Terra (Numero Especial) 4: 51-58. CARNEIRO, C. D. R.; HENRIQUE, A. 2005. Análise de Sites em Geociências e Difusão de Materiais

Didáticos na Internet. Geologia USP ( Publ. Espec.) 3: 57-70. CARNEIRO, C. D. R.; BARBOSA, R.; PIRANHA, M J. 2007. Bases teóricas do projeto Geo-Escola:

uso de computador para ensino de Geociências. Revista Brasileira de Geociências 37(1): 90-100. CARNEIRO, C. D. R. 2007. Viagem virtual ao Aqüífero Guarani em Botucatu (SP): Formações

Piramboia e Botucatu, Bacia do Paraná. Terræ Didatica 3(1): 50-73. MACEDO, A.B.; COTRIM, C.M. 2005. Ensino de Meio Ambiente e Geociências em Escolas

Técnicas Estaduais de São Paulo: Estudo de Caso nas ETEs de Iguape e Santo André. Geologia USP ( Publ. Espec.) 3: 45-55.

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DIVERSIDADE LITOLÓGICA E FITOSSOCIOLÓGICA DA ILHA GRANDE - RJ

Odirney B. SILVA (1), Rafael TAVARES (1), Cleber V.V.SILVA (1), FRANCISCO C. De FRANCISCO (2)

(1) Departamento de Geociências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

A região da Ilha Grande localizada no município de Angra dos Reis/RJ tem uma composição litológica e florística bem comum ao estado do RJ, onde com a coleta de amostras em toda a ilha, pôde verificar-se em sua composição litológica a variação de basicamente três tipos de rochas (HEILBRON et al., 2007). Foram encontradas durante as análises de campo a ocorrência de Granitos, principalmente nas regiões mais altas da ilha, Charnockitos em grande parte da ilha, e em menor quantidade constatou-se a ocorrências de Gnaisses na borda norte da ilha.

No estudo da fisiologia da paisagem é importante dar ênfase aos componentes que integram a morfodinâmica do relevo, como os processos morfogenéticos comandados pelos elementos do clima, considerando o significado da interface representada pela cobertura vegetal, a forma de uso e ocupação da vertente, dentre outros parâmetros.

A vegetação da área é caracterizada como Floresta Ombrófila Densa e classificada como Montana e Submontana (VELOSO et al., 1991), sendo ela influenciada pela altitude, regime de precipitação, orografia, clima, relevo e litologia local, observada em função do porte e características dos indivíduos arbóreos.

A relação dos minerais com vegetação consiste na formação, na fertilidade e na classe textural do solo local, formados a partir de rochas matrizes. Foram encontradas espécies abundantes como; Tabernaemontana laeta (leiteira), Nectandra sp (Canela) e Anonna cacans (Araticum-cagão) nas áreas amostradas em 29 parcelas de 10x5m, distribuídas nos mesmos locais de coleta das rochas. Observa-se com o estudo, analisando as mesmas espécies em distintas unidades amostrais, algumas diferenças quanto ao porte e dossel, em função de uma certa influência dos elementos minerais no solo, sendo assim um fator de extrema importância para definição paisagística local.

Palavras-chave – composição arbórea, litologia, paisagem Keywords – tree composition, lithology, landscape REFERÊNCIAS HEILBRON, M.; ALMEIDA, J. C. H.; SILVA, L. G. E.; PALERMO, N.; TUPINAMBÁ, M.;

DUARTE, B. P.; VALLADARES, C.; RAMOS, R.C.; RIBEIRO, A.; SANSON, M. 2007. Geologia e Recursos Minerais das folhas Santa Rita do Jacutinga, Barra do Piraí, Volta Redonda e Angra dos Reis, escala 1:100.000. 1. ed. Brasília: Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - MME, 2007. v. 1. 177p.

VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: IBGE, 123p.

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ESTATÍSTICA DE ACIDENTES E DESASTRES NATURAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO 2010-2012

Isabela G. ORTIZ (1,2*), Thais Leonardo dos S. SANTIAGO (2*,3),

Cláudio José FERREIRA (2) (1) Centro Universitário Senac, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected],*Bolsista FUNDAP-IG (3) Depto. de Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected]

Para melhorar a gestão de risco a eventos associados a fenômenos naturais no estado de São Paulo, é essencial que haja estatísticas referentes a ocorrência de acidentes e desastres. Esta quantificação auxilia na prevenção e elaboração de ações mitigadoras, prevenindo a perda de bens materiais e vidas.

Desastres são entendidos como “fenômenos naturais que atingem áreas ou regiões habitadas pelo homem, causando-lhe danos” (TOMINAGA et al., 2009). Enquanto internacionalmente são registrados apenas os desastres, como por exemplo, o Relatório Estatístico Anual do EM-DAT sobre Desastres (SCHEUREN et al., 2008), o presente banco de dados inclui também os acidentes configurado como desastres de pequeno porte, onde os impactos causados são pouco importantes e os prejuízos pouco vultuosos.

O banco de dados em elaboração leva em conta 22 atributos de natureza operacional, por exemplo: fontes de informação, localização, tipo de processo e conseqüências. Adotou-se para a classificação dos eventos a nomenclatura da Codificação de Desastres e Ameaças e Riscos (CODAR) do sistema brasileiro de Defesa Civil (FERREIRA et al., 2011), no entanto será necessária sua atualização frente à nova codificação, o Cobrade. Os registros iniciaram-se em 2009 e constitui trabalho análogo aos adotados por PELEGRINO (2012) e SAITO et al. (2009).

Os dados referentes a estes eventos geodinâmicos são retiradas das notícias veiculadas em meio eletrônico, sendo a principal fonte o site da Defesa Civil de São Paulo. Após o levantamento dessas ocorrências, há posteriormente a tabulação em uma planilha on-line, utilizando como ferramenta o GoogleDocs. Este sistema de trabalho é de fácil acesso permitindo sua atualização integrada podendo ser compartilhada com vários usuários.

A partir dos dados levantados foram gerados três gráficos relacionando eventos e suas quantidades, evento por ano e número de mortos e afetados no período de tempo compreendido. De acordo com os dados obtidos foram registrados 732 ocorrências, onde o município de São Paulo se destaca com 116 eventos. Dentre estas há a predominância de 26 eventos relacionados a Escorregamentos e Deslizamentos e 13 a Enchentes e Inundações Graduais.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave - banco de dados, desastres naturais, gestão de risco, Defesa Civil Keywords – database, natural disaster, risk management, Civil Defense REFERÊNCIAS FERREIRA, C. J.; OJIHARA, V. H.; VIERA, R. E.; BIGANZOLLI, R. 2011. Uso da mídia eletrônica

na elaboração de banco de dados de desastres relacionados a eventos geodinâmicos no Estado de São Paulo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 13, São Paulo, 2011. Anais...ABGE, São Paulo, CD-ROM.

PELLEGRINO, G. J.; OLIVEIRA, M. A. A. de; PEIXOTO, A. S. P. 2009. Elaboração de um banco de dados para eventos severos. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCO, 1, Portugal, 2009. Anais...Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, p. 31-36.

SAITO, S. M.; FERREIRA, C. C.; SAUSEN, T. M.; HANSEN, M. A. F.; MARCELINO, I. O. P. V.

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2009. Sistematização de ocorrências de desastres naturais na região Sul do Brasil. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, 14, Natal, Brasil, 2009. Anais... INPE, p. 2333-2339.

SCHEUREN, J. M; POLAIN, O.; BELOW, R.; GUHA –SAPIR, D.; PONSERRE, S. 2008. Annual Disaster Statistical Review-The Numbers and Trends 2007. CRED-Centre for Research on the Epidemiology of Disaster. Brussels: Université Catholique de Louvain. Disponível em: http:www.emdat.be/Documents/Publications. Acesso em abril de 2013.

TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL. R. do. 2009. Desastres Naturais conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 197p.

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ESTRUTURAS ARQUEOLÓGICAS DA LAVRA DE OURO DO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO PRESENTES NOS ARREDORES DE GUARULHOS, SÃO PAULO, SP,

BRASIL

Ricardo O. SANTOS (1,2*), Annabel PEREZ-AGUILAR (2) (1) Depto. de Geografia Física, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (FFLCH/USP), São Paulo, SP, Brasil, (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, São Paulo, Brasil; [email protected], *Bolsista FUNDAP-IG

Estruturas arqueológicas da lavra de ouro do período colonial brasileiro estão presentes nos arredores de Guarulhos, SP, sudeste do Brasil. Estão abrangidas na unidade geomorfológica do Planalto Paulistano e na unidade geológica representada pela parte central da Faixa Ribeira. Correspondem a barragens, tanques, canais forrados ou não em pedra, valas, frentes e bancadas de lavra, pilhas de rejeitos de cascalho, paredes de pedra, locais de lavagem e concentração de ouroe restos de um monjolo de ferro relativamente mais novo.

Constituem feições de grande valor arqueológico, mineiro, geológico e histórico, estando dispersas em áreas que cobrem diversos quilômetros quadrados (PÉREZ-AGUILAR et al., 2012, 2013). O ouro foi essencialmente lavrado em aluviões, coluviões, eluviões, material saprolítico e veios de quartzo associados a rochas do Grupo Serra do Itaberaba, o qual constitui uma sequência metavulcano-sedimentar mesoproterozóica (JULIANI et al., 1995).

Entretanto, também foram lavrados conglomerados e argilitos de leques aluviais neógenos da Formação Resende do Grupo Taubaté, denotando processos geológicos de retrabalhamento do ouro Mesoproterozóico. O reconhecimento de estruturas arqueológicas relativas à lavra de ouro desse período contribui para um melhor entendimento de um primeiro ciclo de ouro, o qual é geralmente ignorado pelos historiadores.

Este ciclo não foi tão representativo quanto àquele que cubriu o período entre 1690 e 1750 com a descoberta de minas de ouro nos actuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, devido a uma menor riqueza das minas do sudeste do Brasil. Entretanto, pode-se considerar que desde este marco o destino e o futuro da nação começou a ser projetado. Estas estruturas arqueológicas promovem o patrimônio minero do Estado de São Paulo a nível nacional e internacional.

Elas deverão ter sua preservação amparada no âmbito do Geoparque Ciclo do Ouro de Guarulhos. Este geoparque foi criado pelo Decreto Municipal de Guarulhos no 25974 de 16/12/2008, encontrando-se atualmente em fase de implantação. Recursos devem ser buscados com a finalidade de recuperar as mesmas, assim como para promover a construção de uma infraestrutura que permita a sua visitação.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – Ciclo do ouro, Estruturas arqueológicas de mineração, Guarulhos, Geoparque, Grupo Serra do Itaberaba Keywords – Gold cycle, Archaeological mining structures, Guarulhos, Geopark, Serra do Itaberaba Group REFERÊNCIAS JULIANI, C.; BELJAVSKIS, P.; JULIANI, L.J. C. O; GARDA, G. M. 1995. As mineralizações de

ouro de Guarulhos e os métodos de sua lavra no período colonial. Geologia Ciência – Técnica, 13: 8-25.

PÉREZ-AGUILAR, A; JULIANI, C; BARROS, E J. de; ANDRADE, M. R. M. de; OLIVEIRA, E. S. de; BRAGA, D. de A.; SANTOS, R. O. 2013. Archaeological Gold Mining Structures from Colonial Period Present in Guarulhos and Mairiporã, São Paulo State, Brazil. Geoheritage, DOI 10.1007/s12371-013-0074-8.

PÉREZ-AGUILAR, A.; BARROS, E. J.; ANDRADE, M. R. M.; OLLIVEIRA, E. S. ; JULIANI, C.;

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OLIVEIRA, A. M. S. 2012. Geoparque Ciclo do Ouro, Guarulhos, SP. In: Schobbenhaus, C. & Silva, C. R.. (Org.). Geoparques do Brasil: propostas. Brasília: CPRM, 2012, v. 1, p. 543-582.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS DE RESTRIÇÃO E CONTROLE DE CAPTAÇÃO E USO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NA

PORÇÃO SUL DA UGRHI 05 – PROJETO ARCTUB1

Geraldo ODA (1), Mara IRITANI (1), Sibele EZAKI (1), Denise PENTEADO (1), Claudia VARNIER (1) e Renan PACHECO (1*,2)

(1) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, São Paulo, Brasil; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; *Bolsista FUNDAP-IG (2) Centro Universitário Senac, São Paulo, SP, Brasil, [email protected]

A procura por água subterrânea nos municípios de Capivari, Elias Fausto, Indaiatuba, Monte Mor, Rafard e Salto, intensificou-se nas duas últimas décadas em decorrência do crescimento populacional e desenvolvimento econômico. A disponibilidade do recurso hídrico superficial não é abundante nesta região, ocasionando o aumento do uso da água subterrânea.

O uso da água subterrânea pelo setor privado é de 22.812.811 m3/ano, correspondendo a 76% do volume total explotado, enquanto a explotação para abastecimento público de 7.157.376 m3/ano.

O Sistema Aquífero Tubarão apresenta valores medianos de capacidade específica superiores aos do Sistema Aquífero Cristalino. Nos municípios de Capivari e de Monte Mor ocorrem áreas com melhor produtividade (capacidade específica maior que 0,3 m3/h/m).

Entretanto, comparado aos demais sistemas aquíferos do Estado de São Paulo (ROCHA, 2005), o Sistema Aquífero Tubarão apresenta baixo potencial produtivo como mostram os valores medianos de 0,15 m3/h/m de capacidade específica, de 6 m3/h de vazão e de 0,01 m/d de condutividade hidráulica obtidos para a região estudada.

Indícios de potenciais problemas de rebaixamento da superfície potenciométrica decorrente de explotação intensiva, interferência de poços e contaminação da água subterrânea alertaram para a realização desta avaliação hidrogeológica nesta região.

Este projeto teve como objetivo identificar Áreas potenciais de restrição e controle à captação e ao uso da água subterrânea na área de estudo, conforme estabelece a Deliberação CRH nº 52, de 15 de abril de 2005.

Esta avaliação hidrogeológica baseou-se no cadastro de poços tubulares profundos obtidos nos órgãos gestores estaduais e municipais e nas empresas de perfuração. Estes dados permitiram elaborar mapas temáticos (potenciométrico, espessura de arenito, produtividade) e perfis litoestratigráficos, que associados ao levantamento e classificação das fontes potenciais de poluição, mapeamento do uso do solo e avaliação da qualidade da água, permitiram identificar áreas potenciais de restrição e controle.

Foram delimitadas 10 Áreas Potenciais de Restrição, sendo três em Capivari (por rebaixamento do nível estático e interferência de poços), 5 em Indaiatuba ( por interferência de poços e potencial de contaminação das águas subterrâneas) e 2 em Salto (por interferência de poços e potencial de contaminação das águas subterrâneas).

Na priorização de futuros estudos de detalhe, conforme estabelece a Deliberação CRH nº 52/2005 (SÃO PAULO, 2005), propõe-se que a maior prioridade seja dada às áreas ARC-PO-1, ARC-PO-7, ARC-PO-8, ARC-PO-9 e ARC-PO-10.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico.

Palavras-chave – Águas subterrâneas, Uso das Águas subterrâneas, Áreas de Restrição e Controle Keywords – Groundwate,; Use of Groundwater, Restriction and Control Areas REFERÊNCIAS SÃO PAULO, SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS

HÍDRICOS. 2005. Deliberação CRH nº 52 de 15 de abril de 2005 - Institui no âmbito do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH diretrizes e procedimentos

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para a definição de áreas de restrição e controle da captação e uso das águas subterrâneas. Diário Oficial Poder Executivo, 115 (88 - seção 1): 36.

ROCHA, G. (coord.) 2005. Mapa de Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. Escala 1:1.000.000. Nota explicativa. São Paulo: DAEE/IG/IPT/CPRM/DAEE, 3 vol. (mapa e CD-ROM).

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IMPLANTAÇÃO DE NOVAS AÇÕES MUSEOLÓGICAS NO PARQUE DA ÁGUA BRANCA

Fernando A. PIRES, Cristina B. S. RAFFAELLI (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, São Paulo, Brasil, [email protected]

O Museu Geológico – Mugeo possui um importante e completo acervo de minerais e fósseis, além de equipamentos geológicos e material histórico da Comissão Geográfica e Geológica. Localiza-se no Parque da Água Branca, município de São Paulo, onde existe uma grande circulação de pessoas, atraídos tanto pelo próprio parque, como pelos edifícios públicos com função educativa e cultural e também pelo fácil acesso e localização central.

O Mugeo recebe visitação de escolas que em geral vem em turmas que se dividem nos vários turnos da monitoria. Seria muito favorável ao Mugeo oferecer atividades extras na parte externa para as turmas que ficam aguardando a visitação, como também um local com mesas e bancos onde as crianças possam aguardar tomando lanche ou realizando atividades ligadas ao Mugeo.

Ao lado do edifício do Museu existe um muro com cinquenta e cinco metros de comprimento, que divide o parque das casas vizinhas. O muro ladeia uma rua asfaltada onde a outra lateral possui árvores e um jardim formando uma alameda. Existe também entre o muro e o Mugeo uma área gramada sem uso, onde se dará a futura expansão do mesmo. A presente proposta pretende utilizar este muro para montagem de um “Caminho/Mural Geológico”, com imagens relativas à evolução planetária e de tudo o que forma o planeta.

Os 4,6 milhões de anos da idade da Terra serão ilustrados através de 18 paineis representativos da história da Terra depois da sua formação. Esses painéis serão confeccionados por grafiteiros convidados. O projeto será executado através de patrocinio externo. Serão instalados bancos em madeira entre as árvores na alameda, de forma que os visitantes possam sentar e apreciar os painéis. Na pequena área gramada também serão colocadas várias mesas e bancos, em parte sob um toldo, para que as crianças que vem em grupos possam realizar atividades enquanto esperam o horário da visita ao Mugeo.

Pretende-se desta forma atender melhor ao público atual, criando novas atividades e espaços de aprendizagem e convivência, tanto para o Mugeo como para o próprio Parque da Água Branca.

Palavras-chave – Ações Museológicas, Caminho Geológico, Geociências Keywords – Museological Actions, Geological Pathway, Geosciences

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LEVANTAMENTO GEOQUÍMICO DE BAIXA DENSIDADE EM UMA SUBCÉLULA GTN DO ESTADO DE SÃO PAULO

Cristiane Labre de França e Andrade ROBERTO (1,2*),

Alethea Ernandes Martins SALLUN (2**) (1) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], *Bolsista FAPESP,**Bolsista Prod. Pesquisa CNPq

Neste projeto de iniciação científica está sendo realizado um estudo para determinar as variações naturais regionais de elementos químicos que ocorrem em uma subcélula (80x80km) do quadrante SE da célula S15W32 do Estado de São Paulo.

Está sendo utilizada a metodologia empregada pelos projetos 259 (International Geochemical Mapping) e 360 (Global Geochemical Baselines) do IGCP-UNESCO, Task Group (Global Geochemical Baselines) da IUGS e FOREGS (DARNLEY et al., 1995; SALMINEN et al., 1998, SALMINEN et al., 2005; DE VOS et al., 2006). Serão utilizados os dados de qualidade ambiental da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) e U.S. Environmental Protection Agency (USEPA).

O Estado de São Paulo foi subdivido em células de 160 x 160km (DARNLEY et al. 1995), aonde uma microbacia é escolhida para cada quadrante (SE, NE, SW e NW) para coleta de amostras. Neste projeto de Iniciação Científica está sendo estudada a subcélula do quadrante SE (80x80 km) da célula S15W32. Foram compilados documentos cartográficos da região, onde foram delimitadas todas as bacias de pequeno porte (<100km2) e de grande porte (1000-6000km2), sendo selecionada para o estudo a Bacia do Ribeirão Claro para coleta de amostras para análise geoquímica.

Os trabalhos de campo consistirão de levantamentos de perfis geológicos, distribuídos por toda a área do quadrante SE da célula S15W32, com observações geomorfológicas e estratigráficas das seções expostas, para identificar e escolher locais de coleta para análise geoquímica.

Na Bacia do Ribeirão Claro foi conduzida a amostragem em diversos meios, considerados os mais representativos do meio ambiente em superfície, definidos em investigações geoquímicas segundo a IGCP-UNESCO e IUGS. Foram preferencialmente escolhidos locais para coleta de amostra que apresentem mínimo de interferência antrópica, de sedimentos de corrente, de solos residuais e de sedimentos aluviais (overbank e floodplain). Os dados analíticos obtidos com as amostras de campo, conjuntamente com levantamento bibliográfico de análises geoquímicas já efetuadas, irão compor um quadro geoquímico regional preliminar e diagnóstico da qualidade ambiental natural de uma subcélula GTN do Estado de São Paulo.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico, FAPESP (Proc. 2010/10792-3, Proc. 2012/19777-2) e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave: geoquímica, meio ambiente, levantamento geoquímico Keywords – geochemical, environmental, geochemical survey

REFERÊNCIAS DARNLEY, A.G.; BJÖRKLUND A.; B¢LVIKEN, B.; GUSTAVSSON, N.; KOVAL, P.V.; PLANT, J.

A.; STEENFELT, A.; TAUCHID, M.; XUEJING, X.; GARRETT, R.G.; HALL, G.E.M. 1995. A global geochemical database for environmental and resource management: Final report of IGCP Project 259, Paris: UNESCO Publishing, 122p. (Earth Sciences 19).

DE VOS, W.; TARVAINEN, T.; SALMINEN, R.; REEDER, S.; DE VIVO, B.; DEMETRIADES, A.; PIRC, S.; BATISTA, M.J.; MARSINA, K.; OTTESEN, R.T.; O’CONNOR, P.J.; BIDOVEC, M.; LIMA, A.; SIEWERS, U.; SMITH, B.; TAYLOR, H.; SHAW, R.; SALPETEUR, I.; GREGORAUSKIENE, V.; HALAMIC, J.; SLANINKA, I.; LAX, K.; GRAVESEN, P.; BIRKE, M.; BREWARD, N.; ANDER, E.L.; JORDAN, G.; DURIS, M.; KLEIN, P.; LOCUTURA, J.;

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BEL-IAN A.; PASIECZNA A.; LIS J.; MAZREKU A.; GILUCIS A.; HEITZMANN P.; KLAVER G.; PETERSELL, V. 2006. Geochemical Atlas of Europe. Part 2—Interpretation of Geochemical Maps. Geological Survey of Finland, Espoo, 690 p. (www.gtk.fi/publ/foregsatlas)

SALMINEN, R.; TARVAINEN, T.; DEMETRIADES, A.; DURIS, M.; FORDYCE, F. M.; GREGORAUSKIENE, V.; KAHELIN, H.; KIVISILLA, J.; KLAVER, G.; KLEIN, H.; LARSON, J. O.; LIS, J.; LOCUTURA, J.; MARSINA, K.; MJARTANOVA, H.; MOUVET, C.; O’CONNOR, P.; ODOR L.; OTTONELLO, G.; PAUKOLA, T.; PLANT, J.A.; REIMANN, C.; SCHERMANN, O.; SIEWERS, U.; STEENFELT, A.; VAN DER, SLUYS J.; DE VIVO, B.; WILLIAMS, L. 1998. FOREGS Geochemical mapping field manual. Espoo: Geological Survey of Finland, 42 p. (Guide Number 47)

SALMINEN, R.; BATISTA, M. J.; BIDOVEC, M.; DEMETRIADES, A.; DE VIVO, B.; DE VOS, W.; DURIS, M.; GILUCIS, A.; GREGORAUSKIENE, V.; HALAMIC, J.; HEITZMANN, P.; LIMA, A.; JORDAN, G.; KLAVER, G.; KLEIN, P.; LIS, J.; LOCUTURA, J.; MARSINA, K.; MAZREKU, A.; O’CONNOR, P.J.; OLSSON, S.; OTTESEN, R.T.; PETERSELL, V.; PLANT, J. A.; REEDER, S.; SALPETEUR, I.; SANDSTRÖM, H.; SIEWERS, U.; STEENFELDT, A.; TARVAINEN, T. 2005. FOREGS Geochemical Atlas of Europe, Part 1—Background information. Espoo: Geological Survey of Finland, 525 p.

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MAPEAMENTO DE CAVERNAS NA REGIÃO DO PARQUE ESTADUAL INTERVALES (PEI) E ENTORNO

Natalia de A. SANTIAGO (1,2**), William SALLUN FILHO (2***), Bruno Daniel

LENHARE(3*) (1) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected],*Bolsista FAPESP (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], [email protected], **Bolsista PIBIC-CNPq,***Bolsista Prod. Pesquisa CNPq

O Parque Estadual Inervales (PEI) e seus arredores, localizados no sul do Estado de São Paulo, contém uma das mais importantes ocorrências de terrenos cársticos e feições associadas. O carste da região do sudeste e sul do estado de São Paulo e nordeste do Paraná ocupa lugar de destaque no país por conter feições cársticas únicas e feições características associadas (KARMANN & FERRARI, 2002). Segundo SALLUN FILHO et al. (2010) a maior carstificação ocorre na bacia do Ribeira, como na área do PEI, enquanto a porção N-NW o entorno do PEI possui menor carstificação.

O objetivo maior a ser alcançado é levantamento de mapas e dados espeleológicos em todo o PEI e sua área de entorno, além do mapeamento de cavernas selecionadas, visando criar uma base de dados. Este trabalho especificamente reuniu todos dados existentes sobre cavernas previamente selecionadas no PEI e entorno, dados estes compostos principalmente pelos mapas destas cavernas encontrados em todos possíveis banco de dados, dentre eles o acervo da biblioteca do Instituto de Geociências da USP, do Grupo de da Geologia da USP (GGEO), do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV), de grupos de espeleologia e de especialistas, professores e pesquisadores. Confeccionou-se, assim, uma tabela com os dados de todas cavernas para esse trabalho composta por informações sobre mapeamento, além do código na CNC, localização, ano e extensão do mapa.

A partir dessa contabilização, iniciou-se o processo de digitalização destes mapas encontrados e selecionados, como: Gruta do Sumidouro, Carioca 1 e 2, Fenda do Córrego e Toca do Felício. Essa digitalização incluiu guardar os dados mais importantes no mapeamento de uma caverna, como sua estrutura principal, tamanho e minúcias dentro da caverna, além dos perfis. Houve também a digitalização feita através do programa AutoCAD onde os mapas já concluídos são: Toca do Fogo, Carioca 1, Fenda do Córrego e Toca do Felício. Essa digitalização foi mais simples e incluiu apenas a parede da caverna.

Para o novo mapeamento foi selecionada a Gruta dos Pianos, onde já foi executada a topografia e o levantamento estrutural, cujas informações coletadas serão analisadas e apresentadas posteriormente.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico, FAPESP (Proc. 2012/05632-2, Proc. 2012/01424-6) e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave – carste, PEI, caverna, mapeamento Keywords – karst, PEI, cave, mapping REFERÊNCIAS KARMANN, I.; FERRARI, J. A. 2002. Sítios Espeleológicos - Carste e Cavernas do Parque Estadual

Turístico do Alto Ribeira. In: Schobbenhaus, C.; Campos, D.A.; Queiroz, E.T.; Winge, M.; Bebert-Born, M.L.C. (Org.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: DNPM, p. 401-413.

SALLUN FILHO, W.; FERRARI, J. A.; HIRUMA, S. T.; SALLUN, A. E. M.; KARMANN, I. 2010. O carste no plano de manejo do parque estadual intervales e zona de amortecimento, Estado de São Paulo, Brasil. Revista Escola de Minas, 63: 441-448.

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MAPEAMENTO E ANÁLISE DO PERIGO DE ESCORREGAMENTO NO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA

Karen Hitomi MORIMITSU (1,2*), Lidia Keiko TOMINAGA (2)

(1) Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Diadema, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], *Bolsista PIBIC-CNPq

Os escorregamentos ou deslizamentos são fenômenos naturais de movimentos de massa que ocorrem em áreas com alta declividade e envolvem os materiais que recobrem as encostas, como solos, vegetação e rochas (TOMINAGA et al., 2009), e são ocasionadas por chuvas intensas e prolongadas (CARVALHO & GALVÃO, 2006). Estes processos são condicionados por uma grande variedade de fatores derivados de feições ou condições geológicas, geomorfológicas, climatológicas e da vegetação, bem como dos tipos e padrões de uso e ocupação do solo.

Assim, a avaliação de perigo de escorregamentos é um processo analítico complexo que depende tanto da definição de condicionantes relevantes para a análise pretendida, como da diferenciação da influência relativa de cada uma para a deflagração de movimentos de massas de solos, rochas e do material sobrejacente (TOMINAGA et al., 2008).

O principal objetivo desta pesquisa é elaborar o mapeamento das áreas de perigo de escorregamentos do município de Caraguatatuba, analisando os fatores do meio físico e do uso do solo que condicionam a ocorrência deste processo, visando contribuir com o planejamento territorial e gestão ambiental do município.

A importância da pesquisa voltada à análise e mapeamento de perigo de escorregamentos é devida à possibilidade de aplicação do mapa resultante na indicação de áreas de risco, permitindo que a defesa civil e a prefeitura do município adotem medidas para que essas áreas sejam monitoradas e efetuem, quando necessário, a retirada de moradores dessas áreas, evitando que ocorram acidentes fatais.

O banco de dados do município de Caraguatatuba foi organizado, utilizando-se o programa SPRING. Os dados colocados inseridos até o momento são: limite administrativo, imagens de satélite Landsat de 2010, drenagem, UBC, ortofotos, altimetria, drenagem e SRTM.

Com a elaboração do banco de dados e consultas bibliográficas da geomorfologia local, constatou-se que o município de Caraguatatuba caracteriza-se por um relevo de alta declividade, onde se notam muitas cicatrizes de escorregamentos, indicando que a região apresenta alta suscetibilidade a movimentos de massa.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave – perigo de escorregamentos, sensoriamento remoto, Caraguatatuba, SP Keywords – landslide hazard, remote sensing, Caraguatatuba, São Paulo REFERÊNCIAS CARVALHO, C. S. & GALVÃO, T. (orgs.) 2006. Prevenção de Riscos de deslizamentos em encostas:

guia para elaboração de políticas municipais. Brasília: Ministério das Cidades, 111p. TOMINAGA L. K.; PENTEADO D. S.; FERREIRA C. J.; VEDOVELLO, R.; ARMANI, G. 2008.

Avaliação do perigo de escorregamentos por meio da análise de múltiplos fatores Geoambientais. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 12, Porto de Galinhas, 2008. Anais...ABGE, São Paulo. CD-ROM.

TOMINAGA, L. K.; SANTORO, J.; AMARAL. R. do. 2009. Desastres Naturais conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 197p.

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MICROALGAS FITOBENTÔNICAS EM SEDIMENTOS DAS PRAIAS AO FUNDO DA BAÍA DE SANTOS

Sergio O. ASCHE (1,2*), Celia Regina de G. SOUZA (2)

(1) Universidade Santa Cecília (UNISANTA), Santos, SP, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], [email protected], *Bolsista PIBIC-CNPq 2011-2012

Diatomáceas bentônicas dominam o microfitobentos (MPB) de praias e planícies de marés em

estuários (KASIM & MUKAI, 2006), desempenhando importante papel ecológico como base da cadeia trófica (McLACHLAN, 1983). A presença de MPB pode ser avaliada por meio da determinação de sua biomassa, expressa pelos valores dos pigmentos presentes na sua matéria viva (pigmento por unidade de peso), dentre eles a clorofila-a (chl-a) e os feopigmentos (feo), utilizados como medida indireta da biomassa microfitobentônica de praias (PLANTE-CUNY, 1978). No Brasil são poucos os trabalhos sobre o MPB (RIBEIRO et al., 2008) e, em São Paulo, são referência apenas os de DAVID (1997, 2003). O presente estudo buscou obter a variabilidade na distribuição da biomassa microfitobentônica nos sedimentos das praias ao fundo da Baía de Santos, com monitoramentos sob diferentes condições sazonais.

Foram estudados os arcos praiais ou segmentos de praia aqui denominados Praia do Itararé-Emissário (municípios de São Vicente e Santos), Emissário-Ponta da Praia (município de Santos) e Praia do Góes (município de Guarujá), nos meses de janeiro, julho, outubro e dezembro de 2011, e janeiro de 2012, durante fases de maré de quadratura, por meio de 33 perfis. Em cada um foram coletadas 6 réplicas de sedimentos, no baixo estirâncio. Para a extração dos pigmentos, cada amostra recebeu 0,07g de MgCO³, seguido de 12 ml de acetona PA. Após 20 h sob refrigeração (4 a 7 ºC), a amostra foi centrifugada, retirado o sobrenadante, e este submetido à espectrofotometria para a determinação da biomassa, expressa em mg/m-2 (método de PLANTE-CUNY, 1978, adaptado por DAVID, 1997). Os resultados mostraram que no segmento Itararé-Emissário a chl-a atingiu os maiores valores em jan/2011 com média total de 28,4 mg/m-2 e o menor em jan/2012 com 4,3 mg/m-2. Para feo, o mais baixo foi em jan/2011 e o maior em jul/2011, (-5,8 mg/m-2 e 12,9 mg/m-2, respectivamente). Para o segmento Emissário-Ponta da Praia a média total de chl-a também apresentou valores anômalos em jan/2011 (41,5 mg/m-2), sendo os mais baixos em jan/2012 (6,5 mg/m-2). Para os feo, o menor valor foi em jan/2011 (-10,4 mg/m-2) e o mais alto em dez/2011 (9,7 mg/m-2). Na Praia do Góes, a média total mais elevada para chl-a ocorreu em dez/2011 (21,1 mg/m-2) e a mais baixa em out/2011 (6,5 mg/m-2). Para feo foram de 10,8 mg/m-2 em dez/2011 e de 1,2 mg/m-2 em jan/2011.

A biomassa microfitobentônica apresentou concentrações variáveis nos perfis em todos os segmentos praiais estudados, sem relação aparente com a sazonalidade. Altas concentrações de feopigmentos e valores negativos foram registrados, alcançando valores superiores aos da chl-a, possivelmente por influência da hidrodinâmica.

Este trabalho teve apoio financeiro do e do CNPq, Brasil, do Instituto Geológico, da Codesp e da Secretaria Especial dos Portos com o projeto “Programa de Monitoramento do Perfil Praial para Avaliação de Possíveis Impactos da Dragagem de Aprofundamento do Canal do Porto de Santos” (SOUZA et al., 2011),

Palavras-chave: Microalgas Fitobentônicas, Biomassa, Baía de Santos Keywords: Phytobenthic Microalgae, Biomass, Santos Bay

REFERÊNCIAS DAVID, C. J. 1997. Contribuição para o Estudo da Distribuição do Microfitobentos da Região

Entremarés de Praias da Baixada Santista, Estado de São Paulo. Dissertação de Mestrado, Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, 155p.

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DAVID, C. J. 2003. Distribuição da biomassa microfitobentônica na Baía de Santos (SP, Brasil) com ênfase para região do emissário submarino. Aspectos da produção primária e da florística. Tese de Doutoramento, Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, 203p.

KASIM, M. & MUKAI, H. 2006. Contribution of benthic and epiphytic diatoms to clam and oyster production in the Akkeshi-ko Estuary. Journal of Oceanography, 62: 267-81.

McLACHLAN, A. 1983. Sandy Beach Ecology: A Review. In: A. McLachlan & T. Erasmus (eds.). Sandy Beaches as Ecosystems. Netherland: W. Junk Publishers, p. 321-380.

OLIVEIRA, G. C. G. 2011. Análise da biomassa clorofiliana no segmento praial Emissário-Ponta da Praia (município de Santos) e Praia do Góes (município do Guarujá), Baixada Santista (SP). Monografia (Pós-graduação “Lato Sensu” em Gestão Ambiental), Universidade Estadual Paulista, 63p.

PLANTE-CUNY, M. R. 1978. Pigments photosynthétiques et production primare des fours meubles néritiques d’une region tropicale (nosy-Bé, Madagascar). Travaux et Documents de ORSTOM, 96:1-359.

RIBEIRO, F. C. P.; SENNA, C. S. F.; TORGAN, L. C. 2008. Diatomáceas em sedimentos superficiais na planície de maré da praia de Itupanema, Estado do Pará, Amazônia. Rodriguésia, 59(2): 309-324.

SOUZA, C. R. de G; SOUZA, A. P.; FERREIRA, R. S.; ROSA, E. G.; MUNARIN, P. C. 2011. Programa de Monitoramento praial para avaliação de possíveis impactos da dragagem de aprofundamento do canal do porto de Santos: síntese da abordagem metodológica. In: CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS DO QUATERNÁRIO, 13, Búzios, 2011. Boletim de Resumos Expandidos...ABEQUA, São Paulo. CD-ROM.

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O EMPREGO DE UNIDADES BÁSICAS DE COMPARTIMENTAÇÃO (UBC´S) PARA O ZONEAMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE

PRODUTOS SENSORES E FOTOINTERPRETAÇÃO

Fernando A. RODARTE (1), Leandro E. S. CERRI (2) (1) Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Brasil, [email protected], [email protected]

O planejamento urbano atual, na maioria das cidades brasileira não possui conhecimento das condições do meio fisico em seu território, tendo como consequencias diversos problemas urbanos e ambientais, acarretando grandes perdas economicas e humanas. A atual pesquisa tem como objetivo principal a elaboração de uma carta geotécnica e posteriormente zoneamento geotécnico por meio da utilização de imagens aéreas orbitais, geoprocessamento e subsidiadas por fotointerpretação.

Para a realização do estudo, será utilizada a metodologia proposta por VEDOVELLO (2000), estruturada em 3 etapas básicas: Compartimentação fisiográfica dos terrenos e a caracterização geotécnica, determinando as Unidades Básicas de Compartimentação (UBC´s) - como base para a delimitação das unidades geotécnicas - e por fim a elaboração de um produto cartografico final ou de síntese.

Tais etapas metodológicas, auxiliados pela bibliografia especifica, trabalhos de campo e fotointerpretação permitem a elaboração de um produto cartográfico uniforme, de facil manuseio e interpretação na avaliação das potencialidades e restrições do meio físico às atividades antrópicas urbanas.

Para a aplicação do metodo e das técnicas será escolhida uma área, no caso urbana, que contemple os seguintes requisitos: mapa topográfico em meio digital, sequência de imagens aéreas e orbitais adequadas para fotointerpretação, problemas ambientais ligados a urbanização e adensamento urbano e importância econômico estratégica. Palavras-chave – Mapeamento geotécnico, Compartimentação fisiografica, Sensoriamento Remoto, Sistema de informação Geograficas (SIG). Keywords – Geotechnical mapping, Physiographic compartmentalization, Remote Sensing, Geographic Information System (GIS) REFERÊNCIAS VEDOVELLO, R. 2000. Zoneamentos geotécnicos aplicados à gestão ambiental gestão ambiental, a

partir de unidades básicas de compartimentação – UBCs. Tese de doutoramento, Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista, 154 p.

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O USO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG) NA CARACTERIZAÇÃO DE RISCOS GEODINÂMICOS EM ESCOLAS DA CIDADE DUTRA, SÃO PAULO, SP

Gustavo Duprat dos SANTOS (1,2*), Cláudio José FERREIRA (2)

(1) Escola Estadual Prof. Dr. Laerte Ramos de Carvalho, São Paulo, SP, Brasil, [email protected]; (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], *Bolsista PIBIC Júnior - CNPq

A avaliação e mapeamento de risco a eventos geodinâmicos, tais como inundações, escorregamentos de encostas e erosões tem como principal foco de estudo, áreas residenciais, comerciais e de serviço, quer em escala regional (FERREIRA et al., 2011) quer em escala locais (BROLLO et al., 2011). No entanto, poucos estudos de avaliações de risco a esses tipos de eventos foram realizados para equipamentos específicos, como por exemplo, escolas.

As escolas têm grande importância na gestão de risco, pois tanto pode ser o elemento atingido pelo evento (CORSI et al. 2012), como constitui local usualmente utilizado para abrigos provisórios para desabrigados (MARCHEZINI, 2010). O objetivo do projeto é avaliar a situação de risco frente a eventos geodinâmicos de escolas do distrito da Cidade Dutra, região sul da cidade de São Paulo.

As etapas de trabalho realizadas incluíram: 1) reunião de material digital vetorial e matricial da área de estudo; 2) elaboração de um banco de dados geográficos da área de interesse com o uso do programa de SIG SPRING e tratamento inicial dos dados; 3) trabalho de campo para caracterização do uso e cobertura da terra, do substrato geológico-geomorfológico e cadastro de escolas; 5) cadastro das escolas existentes na área de estudo, incluindo a obtenção de listas com o nome das escolas, a partir de pesquisas na internet e dados de campo e poligonização das áreas das escolas a partir de localização no software Google Earth e correlação e digitalização com as imagens disponíveis no sistema de informações geográficas utilizado; 6) geração de grades de atributos de declividade, amplitude altimétrica, densidade de drenagem e densidade de lineamentos para cálculo do perigo a eventos geodinâmicos para cada escola.

Calculou-se um índice de perigo para cada polígono das escolas e o estabelecimento de uma ordem de criticidade para cada escola em relação às mais expostas a perigos de inundação e escorregamento.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave – perigo geológico, inundação, escorregamento, desastres naturais Keywords – geological hazard, flood, landslide, natural disaster REFERÊNCIAS BROLLO, M. J.; FERREIRA, C. J.; TOMINAGA, L. K; VEDOVELLO, R.; FERNADES-DA-SILVA,

P.C.; ANDRADE, E. de; GUEDES, A. C. M. 2011. Situação dos desastres e riscos no Estado de São Paulo e instrumentos de gerenciamento. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 13, São Paulo, 2011. Anais...ABGE, São Paulo. CD-ROM.

CORSI, A.C; AZEVEDO, P. B. M. de; GRAMANI, M. F. 2012. Valoração de danos decorrente da inundação em São Luiz do Paraitinga (SP). In: ENCONTRO NACIONAL DE GESTÃO EMPRESARIAL E MEIO AMBIENTE - ENGEMA, 14, São Paulo, 2012. Atas... FEA-USP, São Paulo, p. 1-13. Disponível em: http://www.engema.org.br/upload/pdf/2011/1161-1213.pdf. Consultado em: 29/03/2013.

FERREIRA, C. J; ROSSINI-PENTEADO, D. 2011. Mapeamento de risco a escorregamento e inundação por meio da abordagem quantitativa da paisagem em escala regional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA DE ENGENHARIA, 13, São Paulo, 2011. Anais...ABGE, São Paulo. CD-ROM.

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

MARCHEZINI, V. 2010. Desafios de gestão de abrigos temporários: uma análise sociológica de inseguranças e riscos no cotidiano de famílias abrigadas. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Carlos, 218p.

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PROJETO FRATASG II – ATIVIDADES DE APOIO

Elthon G. NAKASHIMA (1,2*), Amélia J. FERNANDES (2), Francisco de A. NEGRI (2) (1) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], *Bolsista FUNDAP-IG

O Projeto FRATASG II estuda a possibilidade de recarga do Sistema Aqüífero Guarani (SAG) pelas águas do Aqüífero Serra Geral (ASG), através da obtenção e tratamento de dados estruturais e litológicos nas áreas de afloramento do ASG e análise da produção de poços de cadastro pré-existente. Para compreender como se dá a transmissividade hídrica vertical e horizontal dentro do aqüífero, é necessário estudar sua litologia e estrutura.

A partir desse estudo e de literaturas sobre o assunto, nota-se que as fraturas mais transmissivas são as sub-horizontais, principalmente as que ocorrem nos contatos, ou próximas destes, entre os derrames, porem também é relatada a presença de fraturas subverticais transmissivas e a identificação das mesmas na área de estudo é o foco do projeto, pois são elas que têm o potencial de promover a recarga. As camadas de basalto vesicular, presentes na porção superior de cada derrame, apresentam pouquíssimas fraturas, principalmente as verticais, e por isso constituem barreiras hídricas regionais para o fluxo vertical. Vários derrames superpostos implicam, portanto, em várias barreiras hídricas e, não havendo fraturas que cortem toda a seqüência de basaltos, o aqüífero abaixo (SAG) não sofrerá recarga através do ASG, ficando, assim protegido quanto à chegada de contaminantes. No entanto, nessa mesma situação, maior quantidade de fraturas sub-horizontais transmissivas podem estar presentes e levar a uma maior produtividade do ASG.

Para auxiliar o estudo do FRATASG II, foram realizadas as seguintes atividades: 1) Confecção de seções geológicas de detalhe, com base em dados de campo e mapas

topográficos de escala 1:10.000. Nestas a quantidade de derrames, e de arenitos intertrappe, presentes num dado local, bem como suas espessuras, são identificados; estes dados são fundamentais para inferir as propriedades hidráulicas locais;

2) Preparação de amostras de rocha para análise química. Os dados obtidos serão usados para fazer correlações regionais entre as seções;

3) Análise e interpolação de dados de poços em um sistema de informação geográfica (SIG) para verificar se a variação da produção de poços tem relação com estruturas (tais como alinhamentos estruturais) e se existem regiões onde a produção é claramente mais elevada. Até o momento não foi verificada correlação destes tipos de fatores com a variação da produção;

4) Digitalização de croquis tem a finalidade de melhorar a ilustração de feições, tais como: relações entre as litologias, as estruturas que as cortam, e se estas apresentam alterações, preenchimentos ou fluxo de água nos contatos. Tais dados complementam as informações das seções geológicas e são significativas para a elaboração de modelos hidráulicos conceituais.

Esses dados podem ser utilizados não só apenas para a proteção do SAG, mas também para nortear a instalação de poços em regiões que tenham maior probabilidade de encontrar uma fratura transmissiva de alta produtividade, e também orientar o zoneamento de atividades agrícolas, industriais e urbanas, a fim de gerenciar mais eficazmente os riscos geológicos, evitando assim contaminações.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico. Palavras-chave – fraturas, aquífero fraturado, recarga, fraturas transmissivas Keywords – fractures, fractured aquifer, recharge, transmissive fractures

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ANAIS DO 3° SIMPÓSIO GEOCIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE Instituto Geológico São Paulo 2013

REALIZAÇÃO DE BANCO DE DADOS DE MAPAS GEOLÓGICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Tarley Ribeiro MONTANDON (1,2*), Annabel PÉREZ-AGUILAR (2),

Fabio Carvalho RICARDO (2)

(1) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, [email protected] (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo, 04301-903, São Paulo, Brasil; (2) Instituto Geológico, Secretaria do Meio Ambiente (IG/SMA-SP), São Paulo, SP, Brasil, [email protected], [email protected], *Bolsista FUNDAP-IG

Mapas geológicos diferenciam unidades litoestratigráficas que podem ser associadas a diferentes seqüências como formações, grupos e complexos. Possuem múltiplas utilidades como a de servir de apoio à pesquisa de bens minerais, elaboração de mapas de risco, localização de diferentes tipos de aquíferos, além de fornecer subsídios ao planejamento territorial. O Estado de São Paulo conta com mapas geológicos em diversas escalas, realizados principalmente a partir da segunda metade do século XX.

O objetivo da nossa pesquisa é fazer um levantamento do conjunto dos mapas realizados nas escalas que variam entre 1:1.000.000 e 1:50.000 que cobrem parcial ou totalmente o Estado de São Paulo, verificar como eles estão distribuídos nos diversos órgãos de ensino e pesquisa do estado, e, por fim, disponibilizar ao usuário um banco de dados com informações referentes a eles. Inicialmente foi construída uma planilha em Excel com os seguintes campos: Título do Projeto, Folha, Nomenclatura, Escala, escuto, Coordenadas, Sistema de Georreferenciamento, Data, Disponibilidade, Referência Bibliográfica do Mapa, Referência Bibliográfica do Projeto, Localização Interna do Mapa e Localização Interna do Projeto.

Na seqüência procuramos por este material cartográfico e por seus relatórios associados, quando existentes, nas mapotecas da biblioteca do Instituto Geológico do Estado de São Paulo (IG/SMA) e do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc/USP) (p.ex. CAVALCANTE et. al,. 1979; BISTRICHI et al., 1981; SACHS e MORAIS, 1999; SILVA et al., 1981; PERROTTA et al., 2005, entre outros). As informações coletadas foram lançadas na planilha Excel. Posteriormente serão feitos levantamentos semelhantes na CPRM-SP, DAEE-SP, UNICAMP e UNESP. As informações coletadas deverão ser adicionadas à planilha do Excel, a qual servirá de base para a construção de um futuro banco de dados.

Neste o usuário poderá realizar buscas segundo diversas entradas, quais sejam: nome da folha, nomenclatura, escala, coordenadas, data e local de disponibilidade. Este banco de dados deverá ser disponibilizado no website do Instituto Geológico www.igeologico.sp.gov.br para livre consulta.

Este trabalho teve apoio financeiro do Instituto Geológico e do CNPq, Brasil.

Palavras-chave – Mapa geológico, São Paulo, banco de dados Keywords – geological map, São Paulo, database REFERÊNCIAS BISTRICHI, C. A.; CARNEIRO, C. D. R.; DANTAS, A. S. L.; PONÇANO, W. L.; CAMPANHA, G.

A. da C.; NAGATA, N.; ALMEIDA, M. A. de; STEIN, D. P.; MELO, M. S. de; CREMONINI, O. A.; HASUI, Y.; ALMEIDA, F. F. M. de. 1981. Mapa Geológico do Estado de São Paulo. São Paulo: IPT. (IPT, Monografias 6, anexo).

CAVALCANTE, J. C et. al. 1979. Projeto Sapucaí: relatório final, escala 1:250.000. São Paulo: DNPM/CPRM, 5v.

PERROTA, M. M.; SALVADOR, E. D.; LOPES, R. C.; D’AGOSTINO, L. Z.; PERUFFO, N.; GOMES; S. D.; SACHS, L. L. B.; MEIRA, V. T.; LACERDA FILHO, J. V. 2005. Mapa Geológico do Estado de São Paulo, escala 1:750.000. São Paulo: CPRM, 1 vol. (Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil).

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SACHS, L. L. B.; MORAIS, S. M. (org). 1999. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil: Integração Geológico da Folha São Paulo, escala 1:250.000, SF-23-Y-C. Estados de São Paulo e Minas Gerais. São Paulo: CPRM.

SILVA, A. T. S. F. da (coord.) 1981. Projeto Integração e Detalhe Geológico no Vale do Ribeira. Relatório Final. São Paulo: MME/DNPM/CPRM, 15v.

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www.igeologico.sp.gov.br

Anais do 3° Simpósio

Geociências e Meio Ambiente

3° SIGMA – Simpósio Geociências e Meio Ambiente

2° Seminário de Iniciação Científica em Geociências

Seminário Anual do Instituto Geológico – SAIG

Instituto Geológico

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Tel/Fax: (0xx11) 5077-2219

São Paulo, SP – Brasil