Maio 2018 • Ano 8 • nº19

FITOTERÁPICOS& Alimentos FuncionaisCAPTURE!

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3ABCFARMA • Especial Fitoterápicos • Maio 2018

PresidentePedro Zidoi

Executivo Corporativo da ABCFARMAFelício De Rosa Neto

Jornalista ResponsávelCelso Arnaldo AraujoMTB: 13.064

Diagramação e ArteSergio R. Bichara

Fale conoscoABCFARMARua Santa Isabel, 160 - 5º andar Cj 51 - Vila Buarque - São Paulo/SPCep: 01221-010(11) 3223-8677

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Uma solução para cada doença

O avanço das pesquisas abordando nossa riquíssima flora com propriedades medicinais tem

resultado num número cada vez maior de propostas terapêuticas fitoterápicas, devidamente aprovadas e regulamentadas pela Anvisa. Cresce não apenas o número de opções como o de clientes fiéis dessa modalidade de tratamento que privilegia as soluções naturais. Em mais esta revista especial que ABCFARMA traz para seus leitores, apresentamos uma solução para uma aflição que chega com o inverno: a tosse. E revelamos o atual estágio de uma planta medicinal comum no nordeste brasileiro, a Aveloz, no combate a uma série de moléstias - incluindo a contaminação por HIV.

Boa leitura

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São muitas as causas – e os níveis de intensidade vão do tolerável ao insuportável, que torna a vida um tormento permanente, sobretudo quando a

aflição é crônica. Além dos fitoterápicos oficiais, que geralmente combatem a causa do problema, muitas plantas medicinas – manipuladas em farmácias para a separação do princípio ativo – têm sido usadas com sucesso para esse fim. Sete exemplos:

2. Erva-baleeiraConhecida também pelo nome de maria-milagrosa, a erva-baleeira é nativa da Mata Atlântica e é muito utilizada pelas tribos indígenas do litoral brasileiro. As suas propriedades medicinais estão voltadas para o tratamento de dores causadas por inflamações, úlceras, reumatismo, fibromialgia e contusões em geral.

1. Garra-do-diaboPlanta coberta de ganchos utilizados para se prender em animais, a garra-do-diabo é originária da África e possui inúmeros benefícios medicinais. O seu extrato medicinal tem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, sendo utilizado para o tratamento de doenças como artrite e osteoartrite e para dores musculares, de cabeça e do trato gastrointestinal.

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Especial Fitoterápicos

PLANTAS X DOR

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3. Boswellia serrataA Boswellia serrata é a planta que produz o incenso indiano salai, sendo nativa da Índia e muito difundida na Ásia. O seu uso medicinal é conhecido por centenas de anos, orientado para o tratamento de dores causadas por artrite e osteoporose.

4. ArnicaO princípio ativo da arnica está localizado nas suas raízes e tem potencial anti-inflamatório. A arnica pode aliviar dores de hematomas, contusões, escoriações, picadas ou ferroadas de insetos, além de edemas relacionados a fratura de ossos e articulações.

5. Sucupira A semente de sucupira é utilizada amplamente com fins medicinais em função de suas propriedades analgésicas, anti-inflamatórias, antirreumáticas, antimicrobianas e no tratamento de faringites e amidalites.

7. Erva-de-são-joãoA erva-de-são-joão é uma planta presente em muitas regiões da Ásia, África e Europa. É conhecida também como hipérico, e suas pétalas amarelas são bem características, permitindo fácil reconhecimento. A sua principal função medicinal está relacionada ao tratamento de dores de origem fúngica e microbiana. Em outras palavras, ela é eficaz para tratar infecções e ajuda na cicatrização. q

6. PrímulaConhecida como barral, rosas-de-páscoa e copinho-de-leite, a prímula é um gênero que inclui muitas plantas de caráter medicinal muito comuns na América do Norte. O óleo extraído da prímula é eficaz no tratamento de dores causadas por inflamação, doenças do sistema imunológico, doenças do fígado e indisposições gerais causadas pela tensão pré-menstrual (TPM).

PLANTAS X DOR DUELO DE GIGANTES

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HEDERA HELIXALÍVIO NA TOSSEAs doenças respiratórias

representam talvez o mais importante problema de saúde

pública – sobretudo nesta época do ano, quando o frio se aproxima. E, nessas patologias, a desagradável, e às vezes angustiante tosse é o sintoma mais frequente e demanda grande procura de serviços médicos. Mas a terapia sintomática da tosse é geralmente ineficaz ou danosa. Os estudos até aqui disponíveis ainda não foram capazes de demonstrar cabalmente a eficácia de expectorantes e mucolíticos para diminuir o desconforto do paciente. Mas, desde que foi introduzida no mercado nacional, o fitoterápico Hedera helix tem produzido bons resultados como expectorante e coadjuvante nos broncoespasmos.

Especial Fitoterápicos

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período de duração mínima de uma semana, mesmo em casos de processos menos graves do trato respiratório. Atenção: expectorantes devem ser utilizados com cautela em crianças menores de dois anos de idade e somente com orientação médica.E aqui vale esclarecer uma confusão corriqueira. Os fitoterápicos, como todo medicamento, passam por uma série de pesquisas para comprovar sua eficácia. Para serem registrados, assim como os remédios químicos, devem passar por testes que comprovam sua eficácia, segurança e qualidade. q

Segundo estudos recentes, pacientes que receberam tratamento com Hedera helix tiveram excelentes desfechos clínicos, com evolução favorável, não só quando analisado o sintoma tosse, mas também quando evada em conta a evolução da secreção pulmonar, traduzida pela tríade propedêutica roncos, sibilos e expectoração. Além disso, a tolerabilidade geral ao medicamento foi excelente e a ocorrência de efeitos adversos, mínima. Xaropes fitoterápicos à base de extrato seco de Hedera helix são destinados ao tratamento de resfriados comuns associados a hipersecreção de muco e tosse produtiva, além de alívio sintomático de doenças inflamatórias agudas ou crônicas das vias aéreas superiores. Eles atuam como expectorantes, promovendo a eliminação do muco e aliviando os sintomas da tosse e da congestão. A duração do tratamento depende da gravidade do quadro clínico apresentado, mas o tratamento deve ter

“Eles atuam como expectorantes, promovendo a

eliminação do muco e aliviando os

sintomas da tosse e da congestão.”

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A flora do Brasil concentra a maior biodiversidade do mundo. No total,

são cerca de 55 mil espécies conhecidas e catalogadas em território nacional, o equivalente a 20% do que existe em todo o planeta. Temos um verdadeiro tesouro vivo em nossas florestas, com potencial para que sejam desenvolvidos novos tratamentos médicos. Mas sempre com rigor científico na utilização das plantas para fins curativos. Pesquisadores do laboratório Kyolab, de Campinas, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro abriram várias frentes de pesquisa – principalmente com base na planta Aveloz, de origem africana e cultivada em vários estados do nordeste. Um vegetal promissor.O primeiro mito a ser esclarecido é a crença de que tudo o que é natural não faz mal. As plantas podem conter elementos químicos tóxicos e causar sérios danos à saúde humana. Por isso, é preciso cautela. Outra confusão é considerar que

plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos são a mesma coisa. Fitoterápicos são remédios, passaram por avaliação rigorosa sobre segurança e eficácia do seu uso, assim como posologia. Quando falamos no uso de folhas e chás, nem sempre esses produtos passaram por esse crivo. Além disso, as plantas medicinais nem sempre interagem bem com remédios alopáticos de uso contínuo. Por isso, a recomendação é sempre consultar um médico antes de optar pelo uso simultâneo. Mas essa forma de terapia está avançando.

O que dizem as pesquisas,

doença a doença

HIV Uma boa notícia que deve renovar as esperanças dos portadores do vírus HIV: as pesquisas brasileiras

que estudam a cura da doença através do uso de fitomedicamentos já se encaminham para a fase de conclusão de estudos pré-clínicos. Depois de dois anos de pesquisa em animais, uma medicação desenvolvida pelos pesquisadores conseguiu tirar o HIV dos reservatórios, tornando-o finalmente vulnerável ao ataque das drogas antirretrovirais. A equipe liderada pelo farmacêutico Luiz Francisco Pianowski, da Kyolab, e Amilcar Tanuri, da UFRJ, que estuda novas terapias contra o HIV, descobriu que a substância extraída da planta Aveloz (Euphorbia tirucalli), de origem africana e cultivada

Especial Fitoterápicos

As novas fron teiras dos fitos

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em alguns estados do Nordeste, desloca o vírus da célula infectada, levando-a à morte (apoptose) por exposição aos antirretrovirais existentes. Essa descoberta abre novos horizontes na busca pela cura do HIV.

Câncer Cientistas brasileiros, também liderados pelos

pesquisadores Luiz Francisco Pianowski e Amílcar Tanuri, avançaram nos testes com moléculas isoladas igualmente da planta medicinal Aveloz no combate ao câncer. Foi a primeira vez que o Brasil submeteu um medicamento dessa natureza, obtido em solo nacional, aos rigorosos testes médicos para aprovação de uma nova droga, e os resultados obtidos foram promissores. O princípio ativo - chamado de AM10 - está em estudo para combate a diversos tipos de câncer, prioritariamente o de mama, e sendo testado em humanos. Ele age na fase de multiplicação celular induzindo a célula cancerígena à apoptose (uma espécie de “suicídio celular”).

Desde o final da década de 80, com o avanço da ressonância magnética, e início dos

anos noventa, com descoberta dos tratamentos com interferons e acetatos de glatiramer, o diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla avançou muito. Os pacientes são diagnosticados cada vez mais cedo e a primeira fase da doença – a inflamação – é controlada parcialmente. O que falta, no entanto, são mecanismos de tratamento mais abrangentes e com menos efeitos colaterais, grandes vilões dos medicamentos atuais. Mas as novidades no setor são promissoras. Os pesquisadores do laboratório Kyolab realizaram estudos que apontam, com sucesso, a ação anti-inflamatória do princípio ativo do Aveloz, o euphol, um álcool triterpeno tetracíclico, no tratamento da doença.

Colite A colite ulcerativa é um tipo de doença inflamatória intestinal que afeta o

intestino grosso (cólon) e reto, cuja causa ainda é desconhecida. A doença geralmente começa na área retal e pode eventualmente se estender por todo o intestino grosso. A morte do tecido do cólon ou sepse (infecção grave) podem ocorrer no estágio mais grave da doença. O problema é que os pacientes com colite ulcerativa mais grave tendem a não responder tão bem aos medicamentos disponíveis no mercado. Mas as novidades são promissoras. Pesquisa-se também a ação anti-inflamatória do euphol no tratamento da doença. q

Esclerose Múltipla

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As novas fron teiras dos fitos

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Especial Fitoterápicos

Os distúrbios do sono não se caracterizam apenas pela dificuldade em dormir ou retomá-

lo depois de um despertar involuntário. Não só a insônia como o sono agitado e interrompido são sinais de que algo não vai bem no organismo. A fitoterapia é uma das alternativas que prometem tratar a causa do distúrbio e não apenas os sintomas.

INSÔNIADORMIR MAL NÃO É TUDO

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O naturólogo Luís Gustavo Viderman utiliza fitoterápicos e florais para tratar seus pacientes. Para escolher as plantas que vai receitar, o especialista faz uma entrevista detalhada, chamada de anamnese holística, com a pessoa. Em geral, os tratamentos duram entre um e dois meses, mas o tempo varia bastante para cada indivíduo.Viderman explica que as essências florais agem de acordo com o princípio da ressonância, que se refere à força das essências, que ressoa e amplifica qualidades particulares da alma humana. “Quanto mais um determinado remédio se aproximar da condição energética do paciente, maior será o efeito provocado. Os florais promovem equilíbrio para enfrentar medos, preocupações, ansiedades e outros fatores que desarmonizam o ser humano”, afirma.Os florais e fitoterápicos são fórmulas que atuam no eixo psico-neuro-endócrino-imunológico. Segundo o profissional, é por isso que restabelecem a fisiologia do organismo de forma integral. No tratamento dos distúrbios do sono agem com maior foco no sistema nervoso central.

“Os princípios ativos das ervas medicinais atuam no neurotransmissor GABA (ácido gama aminobutírico), que inibe o sistema nervoso, causando sedação”.Os fitoterápicos devem ser utilizados preferencialmente em forma de chá, mais sutil com o organismo, recomenda Viderman. Mas também existem outras formas de uso, como a tintura, extrato fluido em álcool e extrato seco. De acordo com cada pessoa, os fitofármacos são

indicados com uma dosagem e tempo de uso específicos”, ressalta.Outras substâncias utilizadas em casos de insônia são camomila, maracujá, melissa, lúpulo, centaury, white chestnut, hornbeam e aspen. O uso de fitoterápicos não tem contra-indicação, fora casos de gravidez e estágio de lactação. Mesmo assim, nunca é aconselhável se automedicar.O acompanhamento de um profissional é fundamental para que seja encontrada uma solução relacionada à causa do problema, visto que o tratamento exige pessoa capacitada para combinar dosagens e recomendar outras práticas que favorecem a cura – como a prática de exercícios de respiração, a adoção de uma dieta equilibrada e a mudança de hábitos de vida. q

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