fisioterapia no tce

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Traumatismo Cranioenceflico (TCE)

CONCEITOO TCE constitui qualquer agresso que acarrete leso anatmica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crnio, meninges ou encfalo. a causa de morte mais freqente entre os 2 e 42 anos de idade 4.

INCIDNCIAA incidncia de TCE maior para homens que para mulheres em mais de 2:1.

Mais de 50% dos pacientes com TCE est entre as idades de 15 e 24 anos.

FISIOPATOLOGIAAs leses primrias ocorrem segundo a biomecnica que determina o trauma;

As leses secundrias ocorrem segundo alteraes estruturais enceflicas decorrentes da leso primria bem como de alteraes sistmicas decorrentes do traumatismo.

LESO PRIMRIA:- Decorrente da ao da fora agressora, ou seja, ligada ao mecanismo do trauma;

- Dois tipos de fenmenos biomecnicos podem ocorrer : Impacto: certa quantidade de energia aplicada sobre uma rea relativamente pequena, sendo dependente da intensidade e do local do impacto; Inerciais: o crebro sofre em condies de mudana abrupta de movimento: acelerao ou desacelerao por absorver esta energia cintica.

- Principais leses:Fraturas;Contuses e laceraes da substncia cinzenta;Leso axonal difusa.

LESO SECUNDRIA:

- As causas destas leses podem surgir no momento do traumatismo ou aps um certo perodo de tempo;

- Principais leses:

Hematomas intracranianos;Hipertenso intracraniana;Leso cerebral isqumica.

TIPOS DE TCETraumatismos cranianos fechados;

Fratura com afundamento do crnio;

Fratura exposta do crnio.

QUADRO CLNICOAspectos clnicos imediatos:O tipo e a gravidade das incapacidades dependero do local e da extenso do crebro lesionado;Alterao na funo anatmica;Alterao da conscincia;Alteraes nas funes motoras.Posturas Anormais:Decorticao: quando o paciente apresenta respostas flexoras em membros superiores e extenso de membros inferiores;Descerebrao: respostas extensoras em membros superiores e inferiores;Flacidez: respostas extensoras em membros superiores com fracas respostas motoras em membros inferiores, ausncia de respostas motoras. Estas respostas podem ser bilaterais ou unilaterais.

SEQUELASCrises convulsivas;Psicose;Sndrome ps-traumtica;Epilepsia ps-traumtica;Espasticidade;Ossificao heterotpica.

EXAME DO PACIENTEUma boa avaliao o primeiro passo que se deve dar em qualquer tratamento. A avaliao identifica os problemas que podem ser gerenciados pelo terapeuta e serve para identificar os fatores que influenciam ou restringem a escolha das abordagens teraputicas.As diferentes escalas de pontuao descrevem basicamente os estgios de recuperao observados imediatamente ao traumatismo e durante a fase aguda da recuperao.

Pesquisar:a) Tipo de traumatismo;b) Tempo decorrido entre o acidente e o exame;c) Informaes sobre conseqncias imediatas como perda da conscincia, vmitos, crises convulsivas e sobre antecedentes que possam estar relacionados ao acidente, como desmaios, passado comicial, vertigens.

Escala de coma de GlasgowAvalia o nvel de conscincia do paciente, permitindo que os clnicos pontuem a gravidade da leso, e monitorem a recuperao do paciente desde o estado inconsciente, at o estado consciente. Esta escala pontua trs tipos de respostas: abertura do olho, melhores respostas motoras, e resposta verbal.

Escala de medio da locomoo independente funcional (FIM)A FIM mesura a evoluo da locomoo em relao marcha ao subir e descer escadas, sendo um valioso instrumento para avaliar a recuperao da locomoo, em pacientes com leses cerebrais traumticasControle de postura em decbito, sentado e posio ortosttica.

EXAMES COMPLEMENTARESRaioX;Tomografia Computadorizada;Angiografia;EEG;RM;Monitorizao da presso intracraniana.

Tratamento ClnicoFrmacosBenzodiazepnico e baclofenoBloqueios perifricosFenol, toxina botulnicaCirrgia

Objetivo Geral do Tratamento FisioteraputicoPrevenir as complicaes do imobilismo Alteraes msculo-esquelticas como as contraturas e deformidades;Prevenir afeces respiratrias;Evitar lceras de presso;Reabilitao da cognio e do sistema sensorio-motor;Orientao aos familiares;Melhorar a qualidade de vida do paciente.

Fisioterapia RespiratriaObjetivoGarantir a permeabilidade da via areaMelhorar o padro respiratrio V/QTTOPosicionamento adequado do paciente no leito (para que todas as reas pulmonares sejam ventiladas e perfundidas)Higienizao BrnquicaTrabalhar equilbrio toraco-abdominalnfase na respirao diafragmtica e alongamento dos msculos acessrios

Tratamento FisioteraputicoPara garantir um bom posicionamento, minimizar os padres anormais e as alteraes do tnus muscular, fundamental a mobilizao das extremidades e do tronco, alongamentos e exerccios de fortalecimento. Esses exerccios podem ser associados com estimulaes sensoriais, transferncias de peso, atividade cognitiva, propriocepo e percepo, onde sero vistos nas figuras que seguem.Transferencia do pcte da maca para a bola

Mobilizao, alongamento e fortalecimento muscular do tronco

Trabalho de extenso e rotao do tronco

Arremesso

Arremessando a bola no alvo

Extenso do tronco, funo de alcance com os mmss com atividade funcional

Atividade motora com ativ. cognitiva

Pcte sentado realizando extenso lombar e apoio sobre as tuberosidades isquiticas

Transferncia da cadeira para maca

Atividade de p, controle global

Pcte ajoelhado realizando elevao do membro superior

Estimulao perceptual: reconhecimento do ambiente e do objeto

Atividade de balance

Estimulao sensorial, controle muscular

Estabilidade do tronco e descarga de peso

Transferncia da cadeira de rodas para o banco utilizando os pontos chaves

Obrigada!No somos responsveis apenas pelo que fazemos, mas tambm pelo que deixamos de fazer... Por isso antes de excluir qualquer possibilidade de evoluo e ater os olhos apenas nas dificuldades impostas pela leso, cabe ao teraputa, paciente e famlia assumir a responsabilidade de investir sempre. (Molire, Cleuza e Eliana)