fisiopatologia da reprodução i - 3
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Fisiopatologia da Reproduo I
Transtornos Funcionais
01-Anestro:
-Definio:quadro caracterizado por ausncia de cios bem como de atividadecclica ovariana. Pode ocorrer em condies fisiolgicas ou patolgicas.
-Tipos:
-Anestro Fisiolgico: quadro de anestro que as fmeas domsticasapresentam normalmente sob determinadas condies.
-Anestro Estacional:algumas fmeas domsticas caracterizam-sepor apresentar atividade sexual em perodos favorveis (mono e polistricasestacionais), permanecendo o restante do perodo em anestro. Ex.: gua, cadela, ovelha,cabra e bfala.
-Anestro Lactacional:a atividade sexual durante a lactao ocorrede forma varivel dentro das espcies. Porca e vaca apresentam anestro lactacional,ovelha e cabra pode apresentar esta atividade. gua apresenta o cio do potro (9 a 14 dias
ps pario) e anestro lactacional.
-Anestro Ps-Parto: normalmente os animais apresentam umperodo de inatividade sexual no ps-parto (entre 30 e 35 dias ps parto), apresentando-se sobreposto ao anestro lactacional, que muito varivel dependendo da espcie e que
pode sofrer influncia do manejo. Ex.: gado de corte com cria ao p, vacas compuerprio complicado e gua com cio do potro.
-Anestro Patolgico: o quadro caracterizado por ausncia de cios e deatividade cclica ovariana, motivado por causas patolgicas.
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-Causas orgnicas: defeitos genticos, hipoplasia, freemartin,tumores, castraes, reaes fibrticas e infeces (Ex.: piometra devido a
permanncia do corpo lteo).
-Causas hormonais: transtornos na produo e liberao de
gonadotrofinas.
-Causas nutricionais e de manejo: falhas qualitativas equantitativas na alimentao, minerais, estabulaes excessivas, falta de luminosidade,verminoses, doenas debilitantes e estresse.
-Diagnstico:
-Ausncia de manifestao do cio associada ao achado na palpao retalou ultrassonografia de ovrios pequenos, endurecidos e sem estruturas funcionais
(lisos). Nas causas orgnicas pode-se encontrar as leses que determinaram o quadro(Ex.; massas tumorais, aderncias, fibroses, etc.).
* importante estabelecer a etiologia.
-Tratamento:(varivel de acordo com a etiologia);
-Causas hereditrias ou orgnicas:descarte dos animais;
-Causas hormonais:GnRH, estrgenos em pequenos doses ou bloqueiocom progesterona (implantes) e anlogos.
-Causas nutricionais e de manejo:corrigir a deficincia. Deve-se lembrarque o restabelecimento lento. Pode-se tentar a adio de minerais (especialmente ofsforo) e gorduras poliinsaturadas. E correo de manejo como a luminosidade.
*Pode-se fazer uso de massagens ovarianas e uterinas associadas ao uso de substnciasirritantes como o lugol. Ou estimulao ferormonal, como no caso da fmea suna na
presena do cachao.
02-Cistos Ovarianos
-Definio:condio cstica ovariana a qual podem-se encontrar cistos simplesou mltiplos e mais raramente ocorrem degeneraes csticas de todo o ovrio.Acarretando em no ovulao e persistncia e aumento de volume do vulo. Os cistosovarianos so estruturas vesiculares com dimetro aproximado de 20mm e permanecemno ovrio cerca de 10 dias na ausncia de corpo lteo.
*Cistos pequenos e numerosos geralmente no respondem ao tratamento.
**O cisto pode se luteinizar e se comportar como corpo lteo.
-Etiologia:distrbio na descarga de LH.
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-Origem: hipotlamo (diminuio na produo e liberao de GnRH), hipfise(no produo ou no liberao de LH), ovrios (falha de mescanismos de feedback
positivo do estrgeno ou pelo desenvolvimento anormal dos receptores paragonadotrofinas) e exgeno (estrgeno exgeno por aplicao de eCG ou corticides);
-Fatores Predisponentes:deficincia de minerais, vitaminas e excesso de uso deconcentrados, opiides endgenos (os quais podem suprimir a liberao de GnRH),vacas leiteiras de boa produo, excesso de cortisol (baixa a liberao de LH), altosnveis de progesterona (impedem a descarga de LH e no h ovulao) e hereditrio.
-Formas:
-Ativo: so mais graves, levando a um quadro de alterao no ciclo estral(cios freqentes e irregulares) e causando ninfomania.
-Inativo;-Evoluo:
-Dominante por longo perodo;
-Substitudo por novo cisto;
-Substitudo por folculo normal (cura espontnea);
-Sinais Clnicos:
-Anestro ou cios freqentes e irregulares;
-Ninfomania;
-Masculinizao do animal (raro);
-Relaxamento dos ligamentos plvicos;
-Edema de vulva;
-Secreo mucide, podendo ocorrer mucometra;
-Tratamento:
-Ruptura manual dos cistos (no aconselhvel);
-Medicamentoso:
-LH (hCG anlogo do LH);
-GnRH (para estimular a liberao de LH caso no funcione oproblema esta localizado na hipfise e no no hipotlamo);
*Aps a resoluo do quadro, deve-se utilizar um indutor de ovulao no momento dacobertura ou inseminao artificial.
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03-Cistos Lutenicos
-Definio: como o cisto folicular, se forma por falha no mecanismo deovulao. Entretanto, neste caso a falha se deve a nveis baixos de LH, que soinsuficientes para determinar a ovulao, porm produzem certo grau de luteinizao.
Este tecido luteinizado produz progesterona que leva o animal a um quadro de anestro.
*Pela palpao retal, o cisto apresenta-se com paredes espessadas (no rompefacilmente);
-Diagnstico:
-Palpao retal;
-Diferenciao do cisto folicular feito pela ultrassonografia;
-Tratamento:
-Prostaglandina (se houver boa luteinizao);
-hCG/GnRH (para induzir a luteinizao) + prostaglandina (5 a 7 diasaps);
*Deve-se prevenir o aparecimento de um novo cisto no ciclo seguinte, sendoindispensvel a aplicao de um indutor de ovulao (GnRH, hCG ou LH) no primeirociclo aps o cisto.
04-Cio Silencioso
-Definio:quadro caracterizado por atividade cclica ovariana (ovulao) semmanifestaes dos sinais do cio. Comum em vacas leiteiras de alta produo no
primeiro cio ps-parto, e sua etiologia nestas condies devido a falta de um corpolteo anterior.
-Diagnstico:
-Palpao retal ou ultrassonografias repetidas: verificando corpo lteo em
lugares distintos;
-Presena de hemorragia de metaestro sem a observao de sinais de cio;
-Tratamento:
-Prostaglandina (para sincronizao de cio);
-Inseminao artificial em horrios pr-determinados (AITF);
05-Cios Anovulatrios
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-Definio: quadro que se caracteriza pela apresentao de um cio manifesto,porm no acompanhado de ovulao. Ocorre nos casos em que o folculo maduro sofreuma regresso no final do estro, no ocorrendo a ovulao. Os cios conservam
praticamente seu ritmo normal porque os folculos no ovulados apresentamluteinizao.
-Etiologia:disfuno na descarga de LH;
-Diagnstico:
-Palpaes retais repetidas: verifica-se em um momento folculo quaseovulando e em outro momento prximo verifica-se que no h corpo lteo.
-Tratamento:
-Inseminao Artificial em Tempo Fixo (IATF);
-Utilizao de drogas que estimulam o desenvolvimento folicular (FSHou eCG) associados ao implante de progesterona.
06-Cio Durante a Gestao
-Em bovinos pode ocorrer cio durante a gestao, principalmente durante o 4 e5 ms de gestao. O quadro atribudo a uma queda na progesterona no momento detransio entre a produo ovariana e a placentria.
*Conhecido vulgarmente como o cio do encabelamento (perodo em que o feto comeaa desenvolver plos);
**Pode-se ter aborto ou no;
-Cuidados:
-Implante de progesterona (orelha) para manter a gestao e no ocorreraborto;
07-Ovulao Retardada
-Definio: quadro ocorre devido a permanncia do folculo alm do perodonormal da ovulao. Ocorre em ovelhas, guas e vacas leiteiras de alta produo noincio e final da estao reprodutiva.
-Etiologia:disfuno endcrina na descarga ovulatria de LH, que no ocorre nomomento ideal.
-Problema: ocorre ento o envelhecimento do vulo e o bloqueio dapoliespermia deficiente e pode-se ter produo de clulas 3n ou 4n (no tem produode feto);
-Diagnstico:
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-Palpao retal: depois de 12 horas do cio e verifica-se se h folculo;
-Observa-se cio prolongado;
-Tratamento:
-Indutor de ovulao (GnRH ou hCG);
-IATF;
08-Vacas Repetidoras de Cio
-Definio:so vacas que clinicamente no apresentam qualquer alterao e queretornam ao cio aps coberturas por vrias vezes antes de desenvolverem uma gestao.Geralmente a maioria das vacas tidas como repetidoras de cio, so na verdade animais
portadores de patologias no diagnosticadas.
*Vacas Santa Gertrudes so propensas;
09-Ninfomania
-Definio: uma sndrome neuro-endcrina traduzida por prolongamento docio, por cios freqentes e irregulares, podendo chegar ao cio permanente. Ocorre commaior freqncia em vacas e guas.
-Etiologia:pouco entendida e pode ser mltipla
-Doses de estrgenos mal empregadas;
-Degenerao cstica do ovrio ou tumores da granulosa;
-Transtornos de adrenais (freqente em guas);
-Desequilbrio da produo FSH/LH;
-Sinais Clnicos:
-Vaca inquieta;
-Efetua mmica coital;
-Aceita o macho a todo momento;
-Relaxamento dos ligamentos pelvianos;
-Presena de muco;
-Emagrecimento;
-Tratamento:
-Descarte do animal;
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10-Virilismo
-Definio: um estado de inverso sexual tardia que ocorre principalmente emvacas.
-Etiologia: excesso de substncias andrognicas (origem: crtex adrenal outumores ovarianos);
*Testosterona no convertida em estradiol no estgio final de produo.
-Sinais Clnicos:
-Morfologia semelhante ao macho: pescoo grosso, plos speros,anterior desenvolvido;
-Psiquismo sexual masculino;
-Agressivo;
-Mudana no timbre de voz;
-Mmica prpria de touro;
-Tratamento:
-Normalmente os animais no se recuperam e podem ser usados comorufies;
11-Morte Embrionria
-Definio: morte do zigoto recm fecundado ou do embrio nos primeirosestgios de desenvolvimento, antes de chegar no estado de feto (no bovino: at aos 50dias de gestao).
*Fase crtica para o embrio: passagem da fase de 8 clulas e na ecloso (rompimentoda zona pelcida);
-Etiologia:
-Integridade dos gametas (vulos e espermatozides velhos);
-Fatores genticos (translocaes cromossmicas do cromossomo 1 pelo29 ou em DUMPSque a deficincia da uridina monofosfato sintetase que a enzimaresponsvel pela formao de DNA e RNA);
-Fatores nutricionais (magro ou obesos);
-Distrbios hormonais (deficincia de progesterona);
-Fatores climticos (estresse trmico por frio ou calor);
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-Fatores imunolgicos;
-Alteraes no trato genital (infeces uterinas, tubricas, fibroses,diminuio no nmero de carnculas e doenas viraisleucose);
-Fechamento imperfeito da vulva;-Estresse lactacional (pela alta produo de leite);
-Efeitos txicos da uria e/ou nitrognio;
-Sinais Clnicos:
-Retorno ao cio aps a cobertura;
-Reduo da ninhada (em gestao mltipla);
-Preveno:
-Obteno de corpo lteo com alta produo de progesterona;
-Diminuio ou eliminao do estrgeno pelo folculo dominante;
-Diminuir efeitos luteolticos do tero;
-Maximizar efeito anti-luteoltico do concepto;
-Controlar variveis ambientais relacionadas com estresse;
12-Morte Fetal
-Definio:o indivduo considerado feto quando apresenta as caractersticas daespcie. A morte fetal pode ter trs destinos: mumificao, macerao ou aborto.
12.1-Mumificao Fetal
-Caractersticas:
-Freqente em multparas (especialmente porcas);
-Condio bsica para que ocorra a mumificao a ausncia decontaminao bacteriana;
-Os lquidos placentrios so reabsorvidos e as membranas fetais aderem-se ao feto morto desidratado, formando uma massa de colorao escuta e sem odor;
-O feto mumificado por permanecer por vrios meses (at 15 meses);
-Diagnstico:
-Palpao retal: verifica-se presena de massa dura;
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-Tratamento:
-Prostaglandina;
-Retirada do feto manualmente caso esteja no conduto vaginal;
-Lugol (para casos crnicos e bovinos);
-Antibiticos (estreptomicina);
12.2-Macerao Fetal
-Caractersticas:
-Ocorre quando o feto sofre destruio dos tecidos moles na presena decontaminao bacteriana;
-Caracteriza-se pela presena de estruturas sseas no tero, exsudatopurulento e odor ftidos;
-Tem-se a persistncia do corpo lteo, a parede uterina est espessa e asvezes fibrosada;
-Tratamento:
-Descarte do animal;
12.3-Aborto
-Caractersticas:
-Expulso do feto antes do perodo normal de gestao;
-Causas:brucelose, processos infecciosos, trauma, estresse e ingesto deplantas txicas;
-Diagnstico:
-Palpao retal: verifica-se aumento de volume e presena de pregas no
tero;
*Para induzir aborto a partir do 5 ms utiliza-se glicocorticides;
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Transferncia de Embries
Introduo
-A tecnologia de estimulao de mltiplas ovulaes (MOET) ou simplesmente
coleta e transferncia de embries (TE) uma ferramenta de reproduo assistida quepermite aumentar a seleo animal.
-Existe uma grande variabilidade nas respostas aos tratamentos hormonais(dosagem e principalmente resposta individual) e momento da inseminao artificial,com necessidade de constante deteco do estro de doadoras e receptoras.
-20 a 30% das doadoras no produzem embries transferveis seja por no terresposta estimulatria, por no produzir embries, por no terem estruturas viveis ouno apresentarem cio antes da aplicao da prostaglandina.
-O processo de superovulao (SOV) est baseado na suplementao do nvel deFSH, permitindo contornar o efeito de dominncia folicular. Os melhores resultados temsido obtidos quando a SOB iniciada no perodo entre 8 a 12 dias do ciclo, o que indicaa necessidade dos folculos terem uma prvia exposio progesterona.
Caractersticas
-Pode-se fazer entre 6 a 8 coletas/doadoras/ano;
-Mdia de embries/coleta: 5 (abaixo de 3 no econmico);
-Taxa de prenhez/coleta: 2,6 (muito bom) e entre 1,8 e 2,3 ( econmico);
Seleo de Doadoras
-Alta qualidade gentica;
-Livre de doenas;
-Vacinadas;
-Bom estado nutricional;
-Histrico reprodutivo dos pais;
-Histrico reprodutivo do animal (deve estar ciclando);
-Excelente fentipo;
-Apresentar ciclo regular;
-Ser frtil;
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Seleo de Receptoras
-Livre de doenas;
-Vacinadas;
-Bom estado nutricional;
-Histrico reprodutivo deve ser conhecido;
-Apresentar ciclo regular;
-Ser frtil;
Ciclo Estral (Doadoras X Receptoras)
-Deve-se sincronizar as doadoras e receptoras (aceita-se variaes de 1 dia para
mais e 1 dia para menos);
-Proceder com a aplicao de FSH/eCG por 4 dias (2 doses dirias), com aprimeira aplicao pelo 8/9 dia (segunda onda folicular);
*No se utiliza primeira onda folicular porque est no apresenta muita competncia;
-Em torno do 12 dia aplica-se PGG2(1 dose);
-Faz-se a inseminao artificial (IA) nos dias 15 e 16 (2 inseminaes). Este dia15 e 16 agora so considerados dia 0 (zero);
-Deve-se coletar os embries 7 a 8 dias aps a inseminao (+- dia 22 do total dociclo) e estes embries podem ser transferidos a vivo ou resfriados (at 48 horas emmeio Holding);
Metodologias de Sincronizao
01-Sincronizao com Prostaglandina F2 (PGF2):
-Principais limitaes:a PGF2no atua at o 5 dia aps o estro.
-Se o folculo estiver na fase final de crescimento ou inicio da fase esttica oestro ocorrer em 3 a 4 dias;
-Se o folculo estiver no meio ou final da fase esttica o estro ocorrer em 5 a 7dias, baseado em um folculo de uma nova onda;
-Devido a esta variabilidade que se faz necessria a observao do estro.
-A sincronizao feita com 2 aplicaes com intervalos de 12 a 14 dias;
02-Sincronizao com Prostgenos (P4) e Estrgenos (E2):
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-Os prostgenos atuam impedindo a maturao final do folculo e a ovulao,devido ao bloqueio da onda ovulatria de LH;
-Tem-se obtido um acrscimo na fertilidade com a reduo do perodo debloqueio progesternico (at 6 dias) associado a uma aplicao de estrgeno. O
estrgeno induz a regresso do corpo lteo e suprime a liberao de FSH, desta formauma nova onda folicular ocorre em 3 a 4 dias aps a aplicao do estrgeno.
-Associaes:
-Colocao de um implante de P4associado a uma injeo (IM) de P4+E2;
-Colocao de um implante de P4associado a uma injeo (IM) de P4+cpsula intravaginal de E2;
-Colocao de um implante de P4associado a uma injeo (IM) de E2nodia seguinte;
*Uma vez estabelecida a sincronia entre doadoras e receptoras, procede-se o tratamentopara induo de ovulaes mltiplas. Este tratamento pode ser realizado com diferenteshormnios, sendo o FSH o mais utilizado, podendo ainda utilizar-se o eCG e o hMG.
Receptoras
-Deve-se buscar a melhor sincronia possvel entre doadoras e receptoras.
-Nas receptoras a PGF2deve ser aplicada 12 a 24 horas antes do que nas vacassuperestimuladas;
-Aps a SOV, as doadoras so submetidas a duas ou trs inseminaes,iniciando 12 horas aps o incio do cio;
Coleta
-A coleta realizada no 7 dia (6 ao 8 dia) aps o cio;
-Deve-se palpar a vaca e verificar qual dos ovrios possui maior nmero decorpos lteos;
-No momento da coleta importante que a doadora seja mantida com anteriorelevado;
-Utiliza-se uma sonda de coleta, diretamente no corpo do tero ou em um doscornos uterinos, fixando-a atravs do enchimento do balo;
-Para a remoo dos embries, utiliza-se o meio de Dulbecos (PBS),normalmente num volume de 500ml em cada corno;
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-Material Necessrio: sonda de Folley (com balo), mandril, pina hemosttica,seringa, frasco de soro com PBS, equipo e filtro;
*No momento da coleta deve-se massagear a corno em que est sendo feita a coleta;
**O filtro deve estar a meio nvel;***Depois deve-se lavar o filtro e separar os embries em placa de Petri;
Avaliao de Embries
-Qualidade;
-Morfologia;
Transferncia
-A transferncia realizada por via cirrgica (transvaginal ou laparotomia) ouno cirrgica (transcervical);
-No momento da transferncia deve-se ter o mximo de cuidado comcontaminaes, bem como o manuseio excessivo da crvix, que determina a liberaode prostaglandina.
*Na doadora pode-se usar expansor cervical. E sempre aplicar PGF2 para eliminarembries que porventura sobraram;
**Receptora: deve-se usar protetor de inovulador (proteger o tero). E no pode usarexpansor cervical pois estimular a liberao de PGF2;
Sincronizao
-Vacas:primeira dose de PGF2no dia 0 (zero) e segunda dose 14 dias depois. AIA feita aps 3 dias (2 inseminaescom intervalo de 1 dia);
-Novilhas: primeira dose de PGF2 no dia 0 (zero) e segunda dose 11 diasdepois.
Superovulao
mplante de P4
FSH (4 dias de aplicao)
Retirar Implante de P4
LHIATF (12 E 24 horas)
Colheita de Embries
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Patologias Orgnicas
-Congnitas(origem durante a gestao);
-Causas:gentica e ambiental
-Adquiridas;
-Causas:ambiente, traumas e tumores;
Ovrios:
01-Patologias Congnitas:
01.1-Agenesia ou Aplasia:refere-se a ausncia de um ou ambos ovrios;
-Caractersticas: produz aciclia somente em casos de aplasia bilateral, quenormalmente se encontra associada ao no desenvolvimento ou desenvolvimento parcialdo trato genital;
-Etiologia:desconhecida;
-Diagnstico:exame retal;
-Freqncia:raro, geralmente associado a outros defeitos maiores;
*Ocorre geralmente em freemartin;
01.2-Hipoplasia:refere-se a falta de desenvolvimento ovariano (ovrio infantil);
-Caractersticas: determinado pela diminuio do nmero de clulasgerminativas. Nas hipoplasias total unilateral ou parcial (uni ou bilateral), a ciclicidade mantida, porm os animais podem ser subfrteis. A gnada afetada varia em tamanho,desde um espessamento cordiforme na borda cranial do mesovrio, at estruturas
pequenas, planas e relativamente endurecidas, com superfcie levemente enrugada.
-Etiologia: manifestao de um gene autossmico recessivo. Devido caracterstica de penetrncia incompleta, a alterao pode ser parcial, total, uni ou
bilateral. Est associado a falta de desenvolvimento do trato genital (bilateral/total),resultando em anestro.
-Diagnstico:histrico (animal entra em puberdade tardiamente e so animaisgrandes) e exame retal;
-Freqncia:comum;
*Diferenciar de hipotrofia pelo histrico (hipotrfico em algum momento foi normal);
01.3-Ovrios Supranumerrios;
01.4-Ovrios Ectpicos:localizados fora da posio normal;
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02-Patologias Adquiridas:
02.1-Hipotrofia (atrofia ou distrofia):refere-se a regresso no tamanho dos ovrios;
-Caractersticas: transtorno reprodutivo determinado pela incapacidade do
animal em compensar um desequilbrio produtivo de origem endgena ou exgena. Taisfatores podem atuar diretamente sobre o hipotlamo e/ou hipfise provocando umadisfuno ou afuncionalidade, que gera uma deficincia na sntese ou liberao de FSHe LH. A hipotrofia pode ser determinada como uma reduo no tecido funcional, atuma perda total do tecido germinativo.
-Etiologia:
-Causas indiretas (exgenas ou endgenas): partos distcicos,desequilbrio hormonal no puerprio, dificuldades de aclimatao, lactao, temperatura
elevada, alta umidade do ambiente, deficincia de luz, insuficincia alimentar ou superalimentao, doenas crnicas, senilidade e predisposio hereditria.
*Dependendo do grau de alterao e da durao, pode haver um restabelecimentoespontneo da ciclicidade logo que a causa indireta seja eliminada;
-Diagnstico:
-Anamnese (histrico de anestro);
-Palpao retal (falta de estruturas funcionais e alterao de consistncia
duro em novilhas e flcido em vacas, o tero apresenta-se reduzido e flcido, crvixfechado e vagina com mucosa plida e seca);
-Freqncia:alta
-Tratamento e Profilaxia:
-Eliminao dos fatores causais atravs da suplementao alimentar,eliminao de parasitoses, proteo contra fatores ambientais (abrigos contra radiaosolar intensa e umidade intensa), bloqueio hormonal temporrio do ciclo durante o
puerprio, estimulao da funo ovariana (massagem retal), lavagem vaginal comsoluo salina a 40C, infuso vaginal e uterina com iodo ou lugol.
02.2-Aderncias: geralmente decorrentes de ooforites, perimetrites, peritonites ouhemorragias (enucleao mal feita de corpo lteo);
02.3-Tumores Ovarianos: animais com tumores endocrinamente ativos podemapresentar estro permanente, ciclicidade irregular, aciclia persistente e virilismo.
-3 tipos:
02.3.1-Tumores da Granulosa/Teca:mais comum em guas e vacas.
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-Geralmente so hormonalmente ativos, produzindo andrgenos e/ouestrgenos, mas tambm podem ser luteinizados, produzindo progesterona.
-Pode haver atrofia do ovrio contralateral em funo do retrocontrolenegativo sobre a hipfise;
02.3.2-Tumores Epiteliais (cistadenoma, cistoadenocarcinoma, adenoma papilar,adenocarcinoma papilar e cistoadenomacarcinoma papilar): comum em carnvoros;
-Caracterizam-se pela apresentao de cistos mltiplos e irregulares nasuperfcie ovariana;
-Cistoadenocarcinoma papilares: so esfoliativos lanando metstasesperifocais;
-Adenocarciomas: so clinicamente importantes pela determinao de
ascite;
-Disgerminomas: tumor de clulas germinativas primordiaisindiferenciadas (equivalente ao seminoma no macho). Mais comum em cadelas. 20%apresentam metstase;
-Teratoma: tumor de clulas germinativas diferenciadas. Mais comumem cadelas;
Ovidutos
01-Patologias Congnitas:
01.1-Agenesia:ausncia uni ou bilateral de ovidutos;
-Diagnstico:teste da permeabilidade tubrica;
01.2-Duplicidade;
01.3-Aplasia Segmentar:ausncia de pores do oviduto (uni ou bilateral).
-Caractersticas: determinado por uma displasia dos ductos paramesonfricos;
-Etiologia:caracterstica recessiva;
-Diagnstico:exame retal e necropsia
-Freqncia:raro
01.4-Estenose;
01.5-Degenerao Cstica(mais freqente em sunos);
02-Patologias Adquiridas:
No importante
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02.1-Aderncia:so freqentes, principalmente nos quadros de perimetrites ou quadrosde peritonites;
-Diagnstico:difcil, geralmente necropsia;
02.2-Hidrossalpinge: refere-se ao acmulo de lquidos no oviduto, geralmentesecundrio a obstruo;
02.3-Piossalpinge: refere-se ao acmulo de pus no oviduto, geralmente secundrio aendometrite, seguido de obstruo;
02.4-Obstruo: geralmente secundria a processos infecciosos uterinos que notiveram uma resoluo em tempo hbil. A infuso de volume excessivo de produtosusados em curetagem qumica pode determinar leso e aderncia das paredes dooviduto.
-Diagnstico:exame retal, ultrassonografia e teste de permeabilidade tubrica;
tero
01-Patologias Congnitas:
01.1-Agenesia:refere-se ausncia de tero e ocorre geralmente em freemartin;
01.2-Aplasia Segmentar: refere-se a ausncia de pores do corno uterino (uni oubilateral);
-Caractersticas:determinada por uma displasia dos ductos paramesonfricos. Aregio afetada se apresenta na forma de um estreitamento fibroso;
-Etiologia:caracterstica recessiva;
-Diagnstico:palpao retal (normalmente associado mucometra);
-Freqncia:rara;
01.3-tero Unicrnio:refere-se a ausncia ou aplasia de um corno uterino;
-Caractersticas: esta patologia compatvel com gestao no outro cornonormal mas o animal subfrtil. Animal cicla normalmente e tem diminuio nafertiliadde.
-Etiologia:caracterstica recessiva;
-Diagnstico:palpao retal;
-Freqncia: rara;
01.4-tero Didelfo:refere-se a ausncia do corpo do tero (tero duplo);
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-Caractersticas:determinado pela falha na fuso dos ductos paramesonfricos.tero com 2 crvix e 2 ovidutos;
-Diagnstico:palpao retal;
-Freqncia:rara;01.5-Hipoplasia:refere-se a falha no desenvolvimento do tero (tero infantil);
-Etiologia:aplasia ovariana bilateral;
01.6-Ausncia de Glndulas Endometriais: alterao que resulta em esterilidade porfalta de manuteno do meio ambiente uterino;
-Caractersticas:caracterizada por cio seguido de anestro, por falta de produode fator luteoltico; No tem-se produo de prostaglandina e o animal permanece em
anestro prolongado.
-Diagnstico:biopsia (mas difcil transpor a crvix);
01.7-Degenerao Cstica:ocorre mais em cadelas e porcas;
-Caracterstica:fcil de confundir com prenhes (mas no tem-se parede dupla eovrio com corpo lteo);
01.8-Crvix Dupla:
-Caracterstica:determinada pela falha na fuso dos ductos paramesonfricos naregio cervical. Dupla abertura cervical na vagina (abertura verdadeira ou no);
-Etiologia:caracterstica recessiva;
-Diagnstico:exame retal e vaginal;
-Freqncia:rara;
01.9-Crvix Torta ou Fechada:ocasiona problemas na inseminao e quando fechadaocorre esterilidade associada mucometra;
02-Patologias Adquiridas:
02.1-Plipos: referem-se a projees de glndulas endometriais dentro do lmenuterino. Comum em cadelas e gatas, associado com hiperplasia cstica do endomtrio,
podendo produzir obstruo do lmen, produzindo hidrometra.
02.2-Atrofia do Endomtrio:ocorre secundariamente a reteno crnica de fludo oufalta de estmulo cclico de esterides;
02.3-Hidrometra/Mucometra: refere-se ao acmulo de fludo seroro ou mucoso
determinado por obstrues fsicas (plipos, constries fibrosas, aplasia segmentar eneoplasias);
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02.4-Cistos Endometriais: refere-se a cistos glandulares isolados ou cistos linfticos.Comuns em guas. Geralmente no interferem na fertilidade;
02.5-Leses Traumticas:lacerao da parede uterina. A lacerao induz a produode fibrose localizada, no caso de presena de contaminao permitem a instalao de
abscessos na parede. Dependendo da evoluo podem acarretar quadros de endometritese peritonites;
02.6-Rupturas e Dilaceraes: podem ocorrer no caso de partos laboriosos oumanobras obsttricas inadequadas;
02.7-Tumores e Neoplasias:
02.7.1-Leiomiomas: tumor de msculo liso com crescimento estimulado peloestrgeno. So muito comuns em carnvoros. Caracterizam-se pela consistncia firme
com fibras entrelaadas;02.7.2-Leiomiossarcomas:tumor maligno de msculo liso. Raro com exceo
dos caprinos. No apresentam demarcao evidente, tendo caractersticas esfoliativas;
02.7.3-Linfossarcoma: raro com exceo dos bovinos (vrus da leucosebovina);
*Leucose bovina predispes a formao de tumores;
02.8-Aderncias:determinadas por perimetrites, tumores e enucleao de corpo lteo
ou rompimento de cistos. Em alguns casos podem no interferir na fertilidade mesmocom aderncias severas;
02.9-Prolapso de tero: determinado por fragilidade constitucional do sistema defixao do tero, debilidade geral e carncias nutricionais.
02.10-Mucometra:aumento da produo de muco;
-Caracterstica:semelhante gestao mas mais flcido e sem parede dupla;
Vagina e Vulva
01-Patologias Congnitas:
01.1-Agenesia;
01.2-Hipoplasia:refere-se a falta de desenvolvimento de vulva e/ou vagina;
-Etiologia:no determinado, normalmente associado a atrasia anal;
-Diagnstico:clnico
-Freqncia: rara.
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01.3-Aplasia Segmentar;
01.4-Persistncia de Hmen:
-Etiologia:fundo gentico;
-Diagnstico:vaginoscopia e teste do basto;
-Freqncia:relativamente comum;
01.5-Duplicidade;
01.6-Constrio Vaginal/Reto Vaginal:
-Caracterstica: nos bovinos uma caracterstica recessiva e em ovinos causadiminuio da fertilidade;
*Deve-se descartar os animais;
01.7-Septos e Tabiques:causa problemas na inseminao e parto;
01.8-Cloaca: refere-se a uma unio entre o reto e a vagina (geralmente associado atresia anal);
-Caractersticas: determinada por uma falha na separao entre a vulva evestbulo no sinus urogenital;
-Etiologia:no determinada (geralmente associada a estenose anal);
-Diagnstico:clnico;
-Freqncia:rara;
02-Patologias Adquiridas:
02.1-Cistos de Gartner e Bartholin: referem-se ao acmulo de secreo determinadopela obstruo do ducto;
-Diagnstico: cistos pequenos em forma de cordes no assoalho da vagina ou
grandes na lateral do vestculo;
02.2-Fstula Reto Vaginal/Lacerao do Perneo:ocorre comunicao entre o condutovaginal e o reto;
-Caractersticas: determinado por partos distcicos, inabilidade obsttrica eprincipalmente episiotomias (inciso no perneo) mal direcionadas.
02.3-M Posio da Vulva:horizontamente do espelho vulvar pode ocasionar o refluxode urina ou entrada de fezes para o interior do conduto vaginal, determinando vaginites
e/ou infeces uterinas.
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-Freqncia: relativamente comum em vacas velhas ou animais de extremamagreza;
-Tratamento:cirrgico
02.4-Fechamento Imperfeito da Vulva/Pneumovagina: refere-se a falha deposicionamento do vestbulo vaginal, determinado por reaes cicatriciais de laceraesprovocadas por partos laboriosos de fetos demasiadamente grandes, reduo imperfeitade episiotomias ou simplesmente m conformao.
-Diagnstico:pode-se tracionar lateralmente os lbios vulvares, observando seocorre entrada de ar, ou introduzindo o dedo na comissura dorsal da vulva, elevando-a,e observando se ocorre a entrada de ar.
* causa freqente de abortos precoces ou mortes embrionrias.
-Tratamento:cirrgico (tcnica de Caslick);
02.5-Urovagina:reteno de urina no conduto vaginal, determinada por uma elevaoda regio himenal, pode ser decorente do mau posicionamento da vulva;
-Diagnstico:presena de urina observada atravs da vaginoscopia;
02.6-Tumores:
02.6.1-Fibropapiloma: mais comum em animais jovens, associado aofibropapiloma vrus;
02.6.2-Tumor Venreo Transmissvel (TVT): ocorre em candeos, e umaneoplasia de clulas com 59 cromossomos (normal: 78 cromossomos). Apresentacaracterstica proliferativa, com leses nodulares na genitlia externa. Pode regredirespontaneamente, entretanto, apresenta caracterstica contagiosa.
-Tratamento:vincristina;
02.6.3-Carcinoma de Clulas Escamosas:comum em guas, ovelhas e vacas. Afalta de pigmentao na vulva favorece o desenvolvimento do carcinoma;
02.6.4-Melanoma:comum em guas tordilhas;
02.7-Prolapso de tero (parcial/total)
-Tratamento: limpar (gua fria), lubrificar e reintroduzir manualmente oucirurgicamente (retirada e sutura em bolsa de tabaco ou uso de pinos de Flessa);
*Pode-se aplicar ocitocina;
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Avaliao da Condio Reprodutiva do Rebanho
Introduo
-A venda de leite pode ser incrementada por uma cuidadosa ateno ao manejo
de trs importantes reas:
-Manejo nutricional;
-Manejo de ordenha (controle de mastite);
-Manejo reprodutivo (obteno da eficincia reprodutiva)*;
-O intervalo entre partos para obter a mxima produo leiteira de 12 a 12,5meses;
-Os dados necessrios para calcular os ndices reprodutivos podem ser obtidosde fichas relativamente simples, onde deve constar: identificao do animal, data doltimo parto, data dos partos anteriores, condio da fmea (prenha, inseminada, emespera ou vazia), nmero de inseminaes e ltima inseminao.
-A partir disto possvel a avaliao por programas computacionais ou porinterpretao simples do usurio, dependendo do tamanho do rebanho.
-Condio corporal mnima:
-Vacas:
-Secas: 3,0;
-Pario: 3,0;
-Cobertura: 2,5;
*Vaca seca: entre 7 e 8 ms de gestao e no final da lactao;
-Novilhas:
-Na cobertura (15 meses e 340kg): 2,5;-Pario (24 meses e 525kg): 3,0;
Ciclicidade do Rebanho
-Nesta avaliao, consideram-se apenas as fmeas que esto em condies deserem cobertas, excetuando-se as prenhes, as impberes e as com menos de 60 dias ps
parto.
-O mtodo realizado com a observao diria das fmeas, anotando-se o
nmero de fmeas que manifestam cio a cada dia;
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Taxa Interpretao
Acima de 4,0% Excelente
3,5 at 4,0% Bom
3,0 at 3,5% Ruim
Abaixo de 3,0% Muito ruim
Ex.: 100 vacas ciclando e com ciclo estral de +- 20 dias (5% das vacas entram no ciotodo dia). 5% esta acima de 4% (excelente);
-Este mtodo bastante empregado em procedimentos de inseminao artificiale seleo de fmeas como receptoras;
-Da mesma forma, quando se trata de lotes, podem-se utilizar outros mtodosque avaliam a taxa de servio, concepo e prenhes.
Taxa de Servio= N de animais inseminados
N animais disponveis para IA
Taxa de Concepo= N de animais prenhes
N de animais inseminados
*Taxa de concepo mede: qualidade do smen, fertilidade das vacas, momentoadequado da inseminao artificial, deteco de cio e experincia do inseminador;
Taxa de Prenhes= N de animais prenhes
N de animais disponveis para IA
*Quando se avalia o rebanho como um todo, o principal mtodo a ser empregado o
intervalo entre partos.
Mtodos de Avaliao
01-Intervalo entre Partos (IP):
- determinado pelo tempo mdio entre os dois ltimos partos de cada fmea.
- o mtodo mais importante, pois reflete, quase sempre a eficincia ouineficincia reprodutiva, j que influenciado de maneira significativa por todos osfatores relacionados reproduo.
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-Tem utilizao limitada pela necessidade de conhecimento de dados referentesaos dois ltimos partos de cada animal.
*Caso este ndice j esteja bom, no necessita avaliar os outros;
02-Intervalo Parto/Primeiro Cio (PCio):
- o mtodo em que se utiliza a determinao do tempo mdio decorrido entre oparto e a manifestao do primeiro cio.
- pouco preciso quando utilizado isoladamente;
-Bom: at 80 dias;
03-Intervalo Parto/Primeira Cobertura (PCo):
-Mtodo mais preciso que complementa o anterior;-Muitas vezes, a fmea pode apresentar cio num perodo precoce ps parto,
quando o animal ainda est em espera voluntria, ou com alguma patologia (Ex.:endometrite), no sendo aproveitado. Assim, poderamos ter uma fmea apresentandoum perodo parto/primeiro cio muito curto e um perodo parto/primeira cobertura muitolongo.
-Se est alto: problemas de smen, deteco de cio e cisto ovariano;
04-Intervalo Parto/Concepo: (dias abertos)
-Esse mtodo permite uma avaliao mais precisa do que os anteriores, j que afmea poderia apresentar bons ndices nos intervalos parto/primeiro cio e parto/primeiracobertura, retornando ao cio posteriormente.
-Estes casos seriam detectados por um aumento no intervalo parto/concepo;
-Se estiver alto: problemas com inseminao artificial;
05-Nmero de Servios por Concepo (SC):
- um mtodo muito simples de se aplicar e que fornece indicaes importantesquando associado com outros mtodos.
- dado pelo nmero mdio de coberturas ou IA realizadas para obter cadaprenhes.
06-Nmero de Servios por Terneiro Nascido (SN):
- um mtodo que complementa o anterior;
-Detecta os casos de animais que estiveram gestando e abortaram ou tiveram
morte embrionria precoce;
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ndices Esperados em Rebanhos com Boa Condio Reprodutiva
-Intervalo Entre Partos:menor que 13 meses;
-Menos de 15% dos cios no visveis;
-Mais de 85% de vacas em cio 60 dias ps parto;
-Mais de 70% de vacas concebendo ao primeiro servio;
-Mais de 60% vacas parindo ao primeiro servio;
-1,8 ou menos servios por concepo;
-Menos de 10% de vacas problemas;
-Menos de 100 dias de perodo vazio;
-Novilhas cobertas aos 15/16 meses de idade;
*Quando a monta controlada, ou os animais so submetidos inseminao, um dosfatores que mais interfere na fertilidade a identificao do cio;
**Coberturas infrteis (inseminaes em fmeas que no esto no cio, falhas nafecundao e morte embrionria) e falhas na deteco de cio so as mais importantescausas de ineficincia reprodutiva em bovinos;
Falhas Reprodutivas em Vacas Leiteiras Inseminadas
Causa Perda Primeiro Servio (%)
Anormalidades anatmica 2
Falha na ovulao 2
Perda ou ruptura do vulo 5
Falha na fecundao 13
Morte embrionria 15
Morte fetal (aborto) 3
Total 40
*O mais econmico para bovinos de leite, insemina novilhas com 15 meses de idade,
que devero parir aos 24 meses e todos os anos a partir da;
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Cronologia
IA Parto Retorno ao Cio 2 IA Secar 2 Parto
15 meses 24 meses 30 a 40 dias PP 45 a 100 dias PP 305 a 320 dias PP 36 meses
*O manejo reprodutivo do rebanho pode ser acompanhado de forma mais eficiente se asfmeas forem agrupadas pelo status reprodutivo.
Sistema de Agrupamento(exemplo)
Grupo I Grupo II Grupo III
Vacas em espera e para
IA
Vacas prenhes e problemas Vacas secas
Interpretao dos ndices de Eficincia Reprodutiva
01-Dias em Aberto:
-Inferior a 85 dias: muito baixo;
-Entre 85 e 110 dias: timo;
-Entre 111 e 120 dias: problema leve;
-Entre 121 e 145 dias: problema moderado;
-Acima de 145 dias: problema severo;
02-Intervalo entre Partos:
-Abaixo de 11,7 meses: muito baixo;
-Entre 11,8 e 12,9 meses: timo;
-Entre 13,0 e 13,4 meses: problema leve;
-Entre 13,5 e 14,0 meses: problema moderado;
-Acima de 14,0 meses: problema severo;
*Para calcular o IP, pode-se adicionar os dias em aberto ao perodo mdio de gestao(entre 283 e 385 dias) dividindo-se por 30,5;
Cal culando a Ef icincia de Deteco de Cio
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-Pode ser estimada inicialmente pelo clculo do intervalo entre a primeiracobertura ou IA e a concepo;
-O intervalo entre coberturas calculado:
IC = Mdia de dias abertosdias da 1 cobertura/concepoServios por cobertura - 1
Ex.: rebanho com 140 dias de perodo aberto, 75 dias da 1 cobertura/concepo e 2,6servios por cobertura.
14075 = 41 dias
2,61
Estimativa do Percentual de Cios Detectados baseados no intervalo IA/concepo
I nter valo I A/Concepo Deteco (%)
23 90
26 80
30 70
35 60
4 1 50
50 40
60 30
-Abaixo de 50: problema severo;
-Entre 50 e 65: problema moderado;
-Entre 66 e 80: adequado;-Acima de 80: excelente;
Cuidados com o Manejo
01-Perodo Puerprio (at 50 dias):
-As taxas de concepo tm alta correlao com o nmero de cios no perodo deespera at 60 dias. Para obter um precoce retorno ciclicidade, algumas condiesdevem ser atendidas:
-Obteno de um tero sadio e limpo neste perodo;
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-Disponibilizao de uma rao com adequado balanceamento para opico de lactao (evitar balano energtico negativo);
-Examinar as vacas 30 dias aps o parto;
-Estabelecer protocolos de sincronizao de cio e ovulao para vacasproblemas;
-A deteco de cio crtica no perodo ps-parto. Ento:
-Treinar os responsveis pela identificao do cio;
-Utilizar programas de incentivo para reduzir dias abertos;
-Anotar todos os cios (mesmo no perodo de espera voluntria);
-Examinar vacas que no apresentaram cio at 60 dias ps-parto (a cada2 semanas);
-Usar protocolos de sincronizao de cio/ovulao para grupos de vacasem cobertura;
-Usar mecanismos auxiliares de deteco de cio (Heat Watch, K-Mar eTail-Chalck) e rufio, em todas as vacas que no apresentaram cio aos 60 dias ps parto;
02-Perodo de Cobertura (entre 45 e 100 dias ps parto):
-Inseminar todas as vacas j no primeiro cio aps 45 dias ps parto, paraestabelecer a gestao aos 80 dias. Geralmente so necessrios 2 servios paraestabelecer a gestao;
-Na inseminao:
-Utilizar programas de incentivo ao inseminador;
-Preservar a qualidade do smen;
-Estabelecer um bom procedimento de deteco de cio e inseminao no
momento adequado;
-Usar protocolos de IATF;
-Reduzir ao mximo o estresse das vacas antes e ps IA;
-O encurtamento do perodo voluntrio (menos de 50 dias) reduz o intervaloentre partos, porm pode resultar em maior taxa de servios por concepo. Portanto:
-Esteja preparado para usar mais smen, j que a baixa fertilidade poderser problema em grande nmero de vacas;
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-O estabelecimento de prenhes precoce poder contribuir para problemasno perodo seco de vacas com lactaes persistentes;
-Realizar o diagnstico de gestao precoce (ultrassonografia);
Avaliao Espermtica
Introduo
-A concentrao espermtica faz parte do exame androlgico;
-A coleta de smen feita com o auxlio de vagina artificial (composto por umtubo rgido e outro flexvel, e entre estes tubos h gua aquecida). Na ponteira da vaginaartificial ir um cone com coletador.
Avaliao
01-Volume:
-Varia entre 0,5mL (jovens) at 15mL (adultos);
02-Aspecto:
-Aquoso: pouco concentrado (cerca de 300mi de sptz/mL);
-Opalecente (esbranquiado): cerca de 400 a 500mi de sptz/mL;
-Leitoso: cerca de 700 a 800mi de sptz/mL;-Cremoso: cerca de 1bi de sptz/mL;
-Marmreo: acima de 1,5bi sptz/mL;
03-Mobilidade:
-Primeiramente uma gota de smen em uma lmina aquecida e verificar aomicroscpio (50x) movimentos e classificar entre 0 (mortos) a 5 (grandemovimentao);
-Aps esta avaliao coloca-se mais uma gota de smen em uma lmina maisuma lamnula e verificar movimentao retilnea dos espermatozides. Avaliando-sevigor (fora e velocidade) e classificando em uma escala de 0 (parado) a 5 (muitorpido);
04-Patologias:
-Deve-se corar uma lmina e verificar possveis patologias;
05-Determinar Concentrao:
-3 mtodos:
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-Aparelhos eletrnicos;
-Mtodo de Karras (baseado na fotocolorimetria);
-Cmara de Neubauer (mais utilizado);
*No centro da cmara de Neubauer h 25 quadrados, os quais so divididos em 16quadrados menores e a cmara tem altura de 0,1mm;
C: concentrao espermtica;
n: nmero de espermatozides contados;
h: altura da cmara (0,1mm);
A: rea contada (1 se contar todos os 25 quadrados ou fraes como: 10/25 caso conte-se apenas 10quadrados dos 25 totais);
D: diluio utilizada (smen aquoso no deve diluir muito, cerca de 1/10 ou 1/20 e smen marmreodeve-se diluir mais como: 1/100 ou 1/200);
Ex.: C = 100 100 500.000 spzt/mm3
1/10 . 1/25 . 1/200 1/5.000
500mi/mL
*Conta-se alguns quadrados centrais quando se trabalha com plantel grande e nonecessita-se de grande acurcia. E conta-se todos os quadrados (25 no total) quando setrabalha com touros de alto valor e deve-se contar 2 cmaras no mnimo e a diferena de
contagem entre cmaras no pode ser maior que 10%, caso seja, deve-se fazer novacontagem.
Congelamento do Smen
3 tipos de palhetas:
-Palheta fina (0,25mL);
-Palheta mdia (0,5mL);
-Minitubo (equivalente palheta mdia cortada ao meio0,25mL);
C = n
h.A.D
X 1.000
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*Legislao Brasileira: permite mnimo de 10mi sptz/palheta;
Manejo de Botijo de Nitrognio
-Caractersticas:
-Parede dupla de metal;
-Enchimento com papel laminado e vcuo;
-Gargalo de plstico (para no conduzir);
-Temperatura mdia do nitrognio: -196C;
*Temperatura de at -130C nenhum fenmeno qumico ou fsico ocorre, a amostra estprotegida. Em temperatura de -90C j pode ocorre recristalizao e h diminuio da
viabilidade dos espermatozides;-Armazenamento:
-Armazena-se as palhetas contendo smen dentro de racks que ficam dentro doscanisters;
-Deve-se identificar cada canister;
-Abastecimento do Botijo:
-O nvel medido com uma rgua (a qual aps ser introduzida, congela no nveldo nitrognio);
-Mnimo aceitvel de 10cm;
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Referncias Bibliogrficas:
E.S.E. HAFEZ. Reproduo Animal.4 ed. So Paulo: Editora Manole, 1982.
BERNE, R.M.; LEVY, M.N. Fisiologia.5 a ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.