fisiologia do sistema nervoso

Upload: marianamgt

Post on 07-Jul-2015

830 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

SISTEMA NERVOSO

1234-

Organizao do sistema nervoso Sistema nervoso central Sistema nervoso perifrico Sistema nervoso autnomo

1- ORGANIZAO DO SISTEMA NERVOSO

Funo: Recebe informaes de todo o organismo, processa estas informaes, faz a integrao destas e determina uma resposta.

Desempenha 3 funes importantes: 1- Funo sensorial 2- Funo integrativa 3- Funo motora

Tipos de Clulas do Tecido Nervoso:

1-

Neurnios Funo: receber informaes, process-las e transmiti-las para outras clulas.

-

Estruturas: Soma (corpo celular) Dendritos Axnio Terminais axnicos e sinapses

O SNC recebe, analisa e integra informaes. informaes. o local onde ocorre a tomada de decises e o envio de ordens. ordens. O SNP carrega informaes dos rgos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os rgos efetores (msculos e glndulas). glndulas).

Divises Anatmicas do Sistema Nervoso:

1- Sistema nervoso central: encfalo + medula espinhal 2- Sistema nervoso perifrico: rede ramificada de nervos cranianos e espinhais Sistema nervoso autnomo: sistema nervoso simptico sistema nervoso parassimptico

2- Sistema Nervoso Central

O SNC divide-se em encfalo e medula. dividemedula. O encfalo corresponde ao telencfalo (hemisfrios cerebrais), diencfalo (tlamo e hipotlamo), cerebelo, e tronco ceflico, que se divide em: BULBO, situado caudalmente; em: caudalmente; MESENCFALO, situado cranialmente; e PONTE, cranialmente; situada entre ambos. ambos.

-

Encfalo e Suas Divises: Localizado na caixa craniana. dividido em 6 partes: Crebro, Diencfalo, Mesencfalo, Cerebelo, Ponte ou protuberncia, Bulbo raquidiano.

-

No SNC, existem as chamadas substncias SNC, cinzenta e branca: branca: A substncia cinzenta formada pelos corpos dos neurnios. Com exceo do bulbo e da neurnios. medula, a substncia cinzenta ocorre mais externamente . A substncia branca, por seus prolongamentos. prolongamentos. Ocorre mais internamente. internamente.

-

-

Os rgos do SNC so protegidos por: por: - Estruturas esquelticas (caixa craniana, craniana, protegendo o encfalo; e coluna vertebral, encfalo; vertebral, protegendo a medula - tambm denominada raque) raque)-

E por membranas denominadas meninges, meninges, situadas sob a proteo esqueltica: dura-mter esqueltica: dura(a externa), aracnide (a do meio) e pia-mter pia(a interna). interna). Entre as meninges aracnide e pia-mter h um piaespao preenchido por um lquido denominado lquido cefalorraquidiano ou lquor. lquor.

-

-

Nveis Principais de Organizao do SNC: Medula espinhal condutor para muitas vias nervosas que vo e vm do crebro; rea integradora para muitas atividades neurais subconscientes - controla a maioria dos reflexos do organismo. Cerebelo controla a coordenao motora e a manuteno do equilbrio. Crebro responsvel por interpretar as informaes recebidas das estruturas sensoriais e o controle das atividades voluntrias. sede da memria, aprendizagem, linguagem falada e escrita, emoes.

-

-

Plano Funcional do Sistema Nervoso:

1- Sistema Sensorial: - Transmite informaes sensoriais, de toda a superfcie e das estruturas profundas do corpo, para o sistema nervoso, por meio dos nervos espinhais e cranianos.-

Essa informao conduzida para: 1- todos os nveis da medula espinhal 2- tronco cerebral (bulbo, protuberncia, mesencfalo) 3- regies mais altas do crebro (tlamo e crtex cerebral) Em seguida esses sinais so transmitidos por vias secundrias a todas as outras regies do SN, onde ocorre a anlise e o processamento da informao sensorial.

2- Sistema Motor:-

A mais importante funo do SN a de controlar as atividades do corpo e conseguido pelo controle:

1- contrao dos msculos esquelticos em todo o corpo, 2- contrao dos msculos lisos nos rgos internos, 3- secreo das glndulas excrinas e endcrinas em muitas regies do corpo.-

Os sinais podem ter origem: 1- rea motora do crtex 2- nas regies basais do encfalo 3- na medula espinhal E so transmitidos, por nervos motores, para os msculos.

3- Sistema Integrador:-

Localizado na parte adjacente a todos os centros sensoriais e motores da medula espinhal e do encfalo. Processa informao para determinar a ao motora correta e apropriada para o corpo ou para permitir o pensamento abstrato. Algumas dessas reas esto relacionadas com o armazenamento de informao, isto , com a memria, enquanto outras avaliam a informao sensorial para determinar se agradvel ou desagradvel, dolorosa ou calmante, intensa ou fraca. nessas regies que a resposta apropriada informao sensorial que chega determinada e a partir da os sinais so transmitidos para os centros motores para causar os movimentos do corpo.

-

-

-

-

Reflexo: uma resposta motora que ocorre aps um estmulo sensorial, a resposta ocorre por meio de um arco reflexo (receptor, uma via de conduo nervosa, efetor). Muitas das nossa funes musculares automticas so controladas, em sua maior parte, por meio de reflexos, processados na medula espinhal e no pelas parte conscientes do encfalo.

-

ARCO REFLEXOESTMULO

Substncia branca Substncia cinzenta corpo celular localizado DORSAL no gnglio neurnio sensitivo

interneurnio nio

Receptor Corpsculo de Paccini

VENTRAL MEDULA

neurnio motor

Msculo efetor

Neurnio:

Classificao dos neurnios:-

Neurnios sensoriais ou aferentes transmitem as informaes captadas de estmulos externos ou de estmulos do interior do corpo para a medula espinhal e para o encfalo. Interneurnios conectam com outros neurnios dentro do sistema nervoso central.

-

Neurnios motores ou eferentes conduzem sinais aos rgos efetores (contrao de msculo ou secreo de glndulas) ou seja transmitem os sinais originados no SNC para os rgos.

Neurnios Excitatrios: que secretam transmissor excitatrio em suas terminaes. Neurnios Inibitrios: que secretam transmissor inibitrio.

2- Clulas gliais ou neuroglia clulas de suporte ou isolamento entre os neurnios. Funo: de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurnios. H diversos tipos celulares, distintos quanto morfologia, a origem embrionria e s funes que exercem. Distinguem-se, entre elas, oligodendrocitos e micrglia. os astrcitos,

Os astrcitos so as maiores clulas da neurglia e esto associados sustentao e nutrio dos neurnios. neurnios.

Os oligodendrcitos so encontrados apenas no sistema nervoso central (SNC). (SNC). Devem exercer papis importantes na manuteno dos neurnios, uma vez que, sem eles, os neurnios no sobrevivem em meio de cultura. cultura. No SNC, so as clulas responsveis pela formao da bainha de mielina. mielina. Um nico oligodendrcito contribui para a formao de mielina de vrios neurnios (no sistema nervoso perifrico, cada clula de Schwann mieliniza apenas um nico axnio). axnio).

A micrglia constituda por clulas fagocitrias, anlogas aos macrfagos e que participam da defesa do sistema nervoso. nervoso.

SNC: oligodendrcitos SNP: clula de Schwann

- Os neurnios mielinizados tem sua velocidade de conduo aumentada em at 100 vezes. - Bainha de mielina impede a perda de sinal eltrico entre os neurnios e suas estruturas intercelulares.

Transmisso de Sinais Neurais de Neurnio a Neurnio:Sinapses:

Conceito: a juno entre 2 neurnios. pela sinapse que os sinais so transmitidos de um neurnio para outro. So as junes entre os botes sinpticos e os dendritos ou o soma que constituem as sinapses. Classificao dos neurnios: - Neurnios conduz a informao pr-sinptico - Neurnio recebe a informao ps-sinptico

Sinapses

Interneuronais: neurnio neurnio Neuromusculares: neurnio msculo Neuroglandulares: neurnio clula glandular

As sinapses podem ser eltricas ou qumicas (maioria). (maioria). Sinapses eltricas As sinapses eltricas, mais simples e evolutivamente antigas, permitem a transferncia direta da corrente inica de uma clula para outra. outra.

Neurotransmissores esto presentes em vesculas na terminao do axnio.

Chegada do impulso na terminao resulta na liberao dos neurotransmissores na fenda sinptica

Os neurotransmissores atingem o outro neurnio desencadeando impulso nervoso

Sinapses qumicas Via de regra, a transmisso sinptica no sistema nervoso humano maduro qumica. qumica. As membranas pr e ps-sinpticas so separadas pspor uma fenda com largura de 20 a 50 nm - a fenda sinptica. sinptica. A passagem do impulso nervoso nessa regio feita, ento, por substncias qumicas: os neuroqumicas: neurohormnios, hormnios, tambm chamados mediadores qumicos ou neurotransmissores, liberados na neurotransmissores, fenda sinptica. sinptica.

O terminal axonal tpico contm dzias de pequenas vesculas membranosas esfricas que armazenam neurotransmissores - as vesculas sinpticas. sinpticas. A membrana dendrtica relacionada com as sinapses (ps-sinptica) apresenta molculas de (psprotenas especializadas na deteco dos neurotransmissores na fenda sinptica - os receptores. receptores. Por isso, a transmisso do impulso nervoso ocorre sempre do axnio de um neurnio para o dendrito ou corpo celular do neurnio seguinte. seguinte.

Podemos dizer ento que nas sinapses qumicas, a informao que viaja na forma de impulsos eltricos ao longo de um axnio convertida, no terminal axonal, em um sinal qumico que axonal, atravessa a fenda sinptica. sinptica. Na membrana ps-sinptica, este sinal qumico psconvertido novamente em sinal eltrico. eltrico.

Neurnio e os Botes Sinpticos:

Transmisso dos Sinais Neurais Atravs da Sinapse: A transmisso de sinais dos botes sinpticos para os dendritos ou para o soma do neurnio acontece de modo praticamente idntico ao que ocorre na placa motora. Diferena: Placa motora: secreta apenas acetilcolina que excita a fibra muscular. Sinapse: alguns botes secretam: substncia transmissora excitatria. outros secretam: substncia transmissora inibitria.

-

a) b) -

Excitao Neuronal:

Quando um impulso nervoso atinge o boto sinptico, alteraes momentneas na estrutura da membrana do boto permitem que algumas dessas vesculas liberem seu contedo na fenda sinptica (pequeno espao entre o boto e a membrana do neurnio). A substncia transmissora, ento, atua sobre um receptor na membrana, para causar a excitao do neurnio se o transmissor excitatrio, ou inibio, se inibitrio. O receptor uma grande molcula de protena que se combina com o transmissor, e essa combinao, uma vez formada, modifica a permeabilidade da membrana.

O transmissor combina com seu receptor especfico na membrana e, por mecanismo ainda desconhecido, isso aumenta a permeabilidade da membrana. Essa permeabilidade aumentada permite que os ons sdio, em concentrao muito elevada no lquido extracelular, fluam para o interior da clula. Como os ons sdio carregam cargas positivas, ocorre o aumento de cargas positivas no interior da clula e, conseqentemente, o aumento, tambm, da voltagem, que pode chegar, algumas vezes a at + 50 mv, se muitas sinapses excitatrias estiverem em atividade ao mesmo tempo. Esse aumento do potencial chamado de potencial PSSINPTICO EXCITATRIO.

-

Natureza Qumica do Transmissor Excitatrio: Possuem caractersticas funcionais variveis, alguns produzindo estimulao prolongada dos neurnios, enquanto outros produzem estimulao muito rpida e fugaz. Todos os botes sinpticos derivados de um nico neurnio secretam o mesmo tipo de substncia.

-

Os transmissores excitatrios mais conhecidos so: acetilcolina cido glutmico norepinefrina substncia P epinefrina encefalinas e endorfinas-

Sinapse:

Neurotransmissores

Dopamina: controla nveis de estimulao e controle motor; Serotonina: efeitos no humor, ansiedade e agresso (bem-estar); (bemAcetilcolina: ateno, aprendizagem e memria; Noradrenalina: excitao fsica e mental, bom humor , mediadora de batimentos cardacos, presso sangunea.

-

Limiar de Excitao: o valor crtico do potencial de membrana que uma vez atingido permite a gerao de um potencial de ao. Para os neurnios o valor desse limiar de mv. 59

-

-

Quando o potencial intracelular cai abaixo desse valor, um potencial de ao automaticamente gerado no axnio.

Somao Excitatrios:

de

Potenciais

Ps-Sinpticos

Somao: mecanismo no qual 2 botes sinpticos liberam seu transmissor excitatrio no mesmo instante levando a entrada do dobro de ons sdio no soma ocorrendo um potencial ps-sinptico excitatrio duplo. A estimulao de um nico boto sinptico no produzir a gerao de impulsos no axnio.

Conforme aumenta o nmero de botes que esto em atividade ao mesmo tempo, a corrente que flui pelo corpo celular proporcionalmente maior, at que seja suficientemente intensa para excitar o axnio. Se o potencial ps-sinptico aumenta ainda mais, alm desse valor, a freqncia com que so produzidos os potenciais de ao tambm aumenta na mesma proporo.

-

Inibio na Sinapse: Alguns botes sinpticos secretam um transmissor inibitrio que deprime o neurnio ao invs de excit-lo. Transmissores inibitrios mais comuns so: cido gama-aminobutrico (GABA) glicina dopamina serotonina

-

-

O transmissor inibitrio aumenta a permeabilidade da membrana aos ons potssio; e, como a concentrao desses ons 35 vezes maior no interior do que no exterior, um excesso desses ons flui para fora da clula, criando uma falta de ons positivos no interior da clula. Dessa forma, a negatividade aumentada (o potencial ps-sinptico inibitrio) ocorre no interior do neurnio. Esse potencial de membrana, que 5 milivolts mais negativo, o potencial ps-sinptico inibitrio.

-

Caractersticas Sinptica:

Especiais

da

Transmisso

Conduo Unidirecional na Sinapse: Os impulsos que trafegam pelos dendritos e pelo soma do neurnio no podem ser transmitidos de volta, atravs da sinapse, para os botes sinpticos. Fadiga na Sinapse: Ocorre quando as sinapses so estimuladas repetivivamente a um freqncia rpida, o nmero de descargas pelo neurnio ps-sinptico inicialmente muito grande, mas torna-se progressivamente menor nos milissegundos ou segundos sucessivos.

uma caracterstica importante da funo sinptica porque quando reas do sistema nervoso se tornam superexcitadas, a fadiga faz com que percam este excesso de excitabilidade depois de um tempo. o meio usado pelo SN para que uma atividade cesse para dar lugar a outra. Mecanismo: a exausto das reservas de substncia transmissora nas terminaes sinpticas.

3- Sistema Nervoso Perifrico -

SN perifrico: Nervos cranianos: saem do encfalo e inervam a cabea. 12 pares Nervos espinhais: saem da medula pelo forame intervertebral a cada nvel medular e inervam diretamente os msculos esquelticos. 31 pares As fibras nervosas so de 2 tipos funcionais: Fibras aferentes: para a transmisso de informaes sensoriais para medula espinhal e para o encfalo.

-

4- Sistema Nervoso Autnomo-

considerado parte da diviso motora do sistema nervoso perifrico.

Controla as funes internas involuntrias do organismo como por exemplo: Freqncia cardaca; Presso arterial; Distribuio sangnea; Respirao.-

-

Fibras eferentes: para transmisso de sinais originados no sistema nervoso central de volta para a periferia, especialmente para os msculos esquelticos. Possui 2 divises que se originam da base do encfalo e a partir de diferentes sees da medula espinhal: sistema nervoso simptico sistema nervoso parassimptico

-

- O efeito dos 2 sistemas antagonista, mas ambos sempre funcionam em conjunto.

PRINCIPAIS DISTRBIOS DO SIST. NERVOSO Esclerose mltipla: uma doena auto-imune. Destruio da bainha de mielina. problemas visuais, distrbios da linguagem, da marcha, do equilbrio, da fora. Alzheimer: Formao defeituosa de uma protena (tau) que participa dos microtbulos com conseqente destruio dos neurnios. Afeta a memria, aprendizado e a fala. Parkinson: acentuada reduo de dopamina nos centros motores, causando tremores, lentido e dificuldade de locomoo Esquizofrenia: aumento da dopamina AVE: obstruo de uma artria. Leso irreversvel. Fatores de risco: presso arterial elevada, colesterol alto , obesidade.