fiscalização e regimes especiais
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COMPETÊNCIA FISCALIZATÓRIA
RECEITA FEDERAL DO BRASIL E ESTADOS
Profa. Dra. Mary Elbe Queiroz [email protected]
REGIMES ESPECIAIS
República Federativa do BrasilCarga Tributária Bruta - 2009
Máx. Mín. Média
Renda 20,5% 60,6% (a) 20,8% (e) 37,0%
Folha de Salários 24,1% 43,8% (b) 2,0% (a) 25,3%
Propriedade 3,3% 15,1% (c) 1,1% (b) 5,8%
Bens e Serviços 48,7% 60,7% (d) 17,0% (f) 31,5%
Transações Financeiras 2,1% - - -
Outros 1,3% 5,3% 0,0% 0,9%
Total: 100%
Obs.: (a) Dinamarca (b) Rep. Tcheca, (c) Japão, (d) México, (e) República Eslovaca , (f) Estados Unidos.
Fonte: RFB e OCDE Revenue Statistics Ed. 2009 Tabela 40 (dados de 2008 estimados)
Carga Tributária por Base de Incidência Brasil x OCDE – 2008 (% da Carga Total)
Base de Incidência BrasilOCDE
Comparação Internacional
GUERRA FISCAL
DESVANTAGENS
Agressão ao pacto federativo
Concorrência prejudicial
Queda de arrecadação
Afeta/tranfere empregos
Importação: reflexos indústria nacional
VANTAGENS
Equilíbrio - Supre Plano desenvolvimento nacional
Atrai investimentos para áreas menos desenvolvidas
Mais empresas + empregos
Mais arrecadação
INCENTIVOS NA IMPORTAÇÃOEXPORTA EMPREGOS
TENSÃO
LEGALIDADEFISCALIZAR
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
DIREITO ADQUIRIDO
LIVRE CONCORRÊNCIA
EQUILÍBRIO SÓCIO-ECONÔMICO
ESTADOS
NÃO-CUMULATIVIDADE
IRRETROATIVIDADE
SEGURANÇAJURÍDICABOA FÉ
CONFIANÇA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
3º - Objetivos fundamentais da República Federativa:III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
as desigualdades sociais e regionais
Art. 43 – A União poderá articular ação visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência,
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 151, I – É vedado instituir tributo que não seja uniforme no território nacional, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País
Art.. 165, § 7º - Orçamentos com funções de reduzir desigualdades inter-regionais
Art. 170, VII – Redução das desigualdades regionais e sociais
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 150. § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, só poderá ser concedido por lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.
LIMITE À CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS FISCAIS
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: XII - cabe à lei complementar:
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.
LEI COMPLEMENTAR 24/1975
Art. 1º As isenções do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias serão concedidas ou revogadas nos termos de convênios celebrados e ratificados pelos Estado e pelo Distrito Federal.
§ 2º - A concessão de benefícios dependerá sempre de decisão unânime
dos Estados representados;
LEI COMPLEMENTAR 101-2000 LEI RESPONSABILIDADE FISCAL
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro
I – demonstração de que a renúncia não afetará as metas de resultados fiscais;
II - estar acompanhada de medidas de compensação, por meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
DEVER- PODER DE FISCALIZAR CF - Art. 145. § 1º - os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, identificar, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
CTN – Art. 142 - Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
EVENTOS
HIPÓTESE LEGAL
OBRIGAÇÃODE PAGAR TRIBUTO
ESTADO DECIDE DAR BENEFÍCIO ATRAIR INVESTIMENTO??
ESTADOS REGIMES ESPECIAIS
GUERRA FISCAL ENTRE ESTADOS
ESTADOS GLOSAM CRÉDITOS DO ADQUIRENTE
LAVRAM AUTOS DE INFRAÇÃO: tributos multas
REFLEXOS CRIMINAIS??
– Há crime/fraude se obedece lei estadual V V E ??
REFLEXOS TRIBUTOS FEDERAIS????
QUEM VIOLA CONSTITUIÇÃO???
– Estado ou contribuinte beneficiado?
MORALIDADE EDITAR OUTRA LEI APÓS ADI SRF?
RESPONSABILIDADE OBJETIVA ESTADO DANO TRIBUTÁRIO – art 37 CF
AÇÃO CAUTELAR 2611-MGMIN ELLEN GRACIE – 21.06.2010
Ofensa CF : arts. 97; 102, I, a; 150,I; 155, II, § 2º, I
MG inconformado inconstitucionalidade do crédito ICMS de GO glosou crédito
Ainda q o benefício não tenha autorização do CONFAZ não se sustenta a glosa
Não é dado ao Estado destino, mediante glosa, negar efeito ao crédito
Estado deve arguir inconstitucionalidade em ADI
NÃO SE COMPENSAM AS INCONSTITUCIONALIDADES (ADI 2377 – Pertence)
Propósito de retaliar norma de outro Estado não valida retaliação.
INCONSTITUCIONALIDADE PERMANECE DIREITO DE CRÉDITO
ADI 3312-3/2006
LEI INCONSTITUCIONALESTADO EDITA NOVA LEI
EFEITOS DE ANTERIOR – ADI ADI 2.906/RJ - 01.06.2011
FRAUDE À JURISDIÇÃO
ASPECTOS PENAIS/CRIMINAIS
MINAS GERAIS E SÃO PAULO
PODERÁ SER PENALIZADO O CONTRIBUINTE DE BOA FÉ ???
PROBLEMA FEDERATIVO PODERÁ GERAR CRIME TRIBUTÁRIO?
QUEM VIOLOU A CONSTITUIÇÃO? USAR BENEFÍCIO DA LEI É FRAUDE?
FISCALIZAÇÃO FEDERALINCENTIVOS FISCAIS
ESTADUAISArt. 392. Serão computadas na determinação do lucro operacional: I - as subvenções correntes para custeio ou operação, recebidas de pessoas jurídicas de direito público
Art. 443. Não serão computadas na determinação do lucro real as subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e as doações, feitas pelo Poder Público, desde que
FISCALIZAÇÃO FEDERALINCENTIVOS FISCAIS
ESTADUAISNOVAS REGRAS CONTÁBEIS?
I- registradas como reserva de capital que somente poderá ser utilizada para absorver prejuízos ou ser incorporada ao capital social, observado o disposto no art. 545 e seus parágrafos;
RTT - LEI 11.941/2009 Art. 18. As subvenções para investimento,
inclusive mediante isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos, e às doações, feitas pelo Poder Público,
I – reconhecer o valor da doação ou subvenção em conta do resultado pelo regime de competência, outras que optem pela sua observância;
II – excluir do Livro de Apuração do Lucro Real o valor decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, reconhecido no exercício, para fins de apuração do lucro real;
III – manter em reserva de lucros a
CONSELHOS CONTRIBUINTES
Acórdão 103-20650/2001 ISENÇÕES TRIBUTÁRIAS – COMPETÊNCIA
PRIVATIVA E INDELEGÁVEL DA SRF PARA FISCALIZAR, LANÇAR O CRÉDITO TRIBUTÁRIO E IMPOR PENALIDADES – O poder e a competência de fiscalizar o cumprimento das obrigações tributárias no âmbito federal, lançar, impor penalidades e arrecadar tributos é vinculado à lei, independente e privativo da SRF, inexistindo ato legal que delegue tal atividade à SUDAM. À SUDAM, compete o poder de expedir o ato concessório do benefício da isenção fiscal que deverá ser comunicado à Secretaria da Receita Federal a fim de que esse órgão possa cumprir a obrigação institucional que lhe é ínsita de verificar o cumprimento da legislação tributária.
REFORMA TRIBUTÁRIA??
FIM GUERRA FISCAL??PLANO NACIONAL DEDESENVOLVIMENTOREDUZIR CUSTO
MARY ELBE QUEIROZ
Advogada – Sócia de QUEIROZ ADVOGADOS ASSOCIADOS
PÓS-DOUTARMENTO na Universidade de Lisboa – Pesquisa: Planejamento Tributário – Procedimentos lícitos e combate ao abuso (em curso)
DOUTORA e MESTRE em Direito Tributário.
PÓS-GRADUAÇÃO: ESPANHA e ARGENTINA.
PRESIDENTE do CEAT-Brasil e do IPET/PE.
PROFESSORA do Programa de Doutorado e Mestrado da UFPE e dos cursos de pós-graduação: PUC/Cogeae/SP, IBET/SP, IDP/DF, UFBA, Escola Superior da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo – ESPGE; Escola de Magistrados da Justiça Federal São Paulo.
Autora dos livros: Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Do Lançamento Tributário – Execução e Controle. Tributação das Pessoas Jurídicas – Comentários ao Regulamento do Imposto de Renda/1994.
EX-MEMBRO DO 1º CONSELHO DE CONTRIBUINTES - Ministério da Fazenda
EX-AUDITORA DA RECEITA FEDERAL.
Autora de artigos publicados em revistas e livros e palestrante em vários congressos e seminários no Brasil e exterior.