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1 DIREITO TRIBUTÁRIO Profa. Dra. Liziane Angelotti Meira IGEPP – Instituto de Gestão Economia e Políticas Públicas JULHO- 2015 O gabarito das questões será disponibilizado posteriormente. Algumas questões poderão ser sugeridas como exercício de fixação em casa.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Profa. Dra. Liziane Angelotti Meira

IGEPP – Instituto de Gestão Economia e Políticas Públicas

JULHO- 2015

O gabarito das questões será disponibilizado posteriormente. Algumas questões poderão ser sugeridas como

exercício de fixação em casa.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 2º O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional nº 18, de 1º de dezembro de 1965,

(Constituição Federal)

em leis complementares, em

resoluções do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em

leis federais, nas

Constituições e em leis estaduais, e em

leis municipais.

(CTN)

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Constituição Federal Lei complementar Lei ordinária – Medida Provisória – Decreto Legislativo – Lei Delegada - Resolução do Senado Constituições Estaduais Leis Estaduais Lei Orgânica do DF Leis Distritais Leis Municipais

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Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte (...)

Art. 155 - ICMS

Ar. 156 - ISS (alíquotas máximas e mínimas)

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1. VUNESP - NeR (TJ SP) /Provimento/2011/7º

No Sistema Tributário Nacional, de acordo com o texto constitucional, a estipulação de normas gerais em matéria de legislação tributária cabe à a) lei especial. b) lei complementar. c) lei ordinária. d) lei delegada.

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2. (ESAF/TRF/2003) O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Constituição Federal de 1988, em leis complementares, em resoluções do Congresso Nacional e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

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Sistema Tributário Nacional na

Constituição Federal Artigos 145 a 162

Tributos Princípios Tributários Imunidades e outras limitações Competência Repartição de Receitas

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Código Tributário Nacional

Lei no. 5.172, de 1966

• Lei ordinária com força de lei complementar (recepcionada pelas CFs posteriores como lei complementar)

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3. Ano: 2012 Banca: ESAF Órgão: CGU Prova: Analista de Finanças e Controle (adaptada)

Sobre o sistema tributário nacional, assinale as opções corretas I. A previsão constitucional de repartição das receitas tributárias

altera a distribuição de competência, tendo em vista que influi na privatividade do ente federativo em instituir e cobrar seus próprios tributos.

II. A vedação ao confisco é facilmente conceituada no direito pátrio, vez que há definição objetiva, expressa em nosso ordenamento jurídico, que possibilita aplicá- lo concretamente, sem a necessidade de ser estudada com o sistema socioeconômico. III. A princípio da carência veda cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou

IV. A orientação do Supremo Tribunal Federal inclina-se na linha de que o empréstimo compulsório é identificado como uma típica modalidade tributária que se sujeita, por isso mesmo, ao regime jurídico constitucional inerente aos tributos em geral.

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Conceito de tributo

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

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4. ESAF - APO (MPOG)/Planejamento e Orçamento/2010

É sabido que, de acordo com o art. 3o do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Consoante tal entendimento, é errado afirmar-se que:

a) as multas pelo descumprimento da obrigação tributária não são tributos, mas consideradas pelo CTN como obrigação tributária, ao lado do tributo, para que se submetam ao mesmo regime de constituição, discussão administrativa, inscrição em dívida ativa e execução dos tributos. b) o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade. A fiscalização tributária implica exercício do poder de polícia, e somente mediante atividade administrativa pode ser exigido o pagamento de tributo. c) ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem o dever de exigir o cumprimento da obrigação por parte do contribuinte, havendo, no entanto, alguma margem de discricionariedade nesta atividade. d) a aquisição de renda e a promoção da circulação de mercadorias com o produto de renda advinda do jogo do bicho, por exemplo, apesar de fatos ilícitos, são passíveis de tributação. e) nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas sim toda prestação pecuniária que reúna o conjunto dos requisitos constantes do art. 3o do CTN, como por exemplo o caráter obrigatório.

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Conceito de tributo

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

A natureza jurídica específica do tributo é determinada

pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;

II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.

Base de cálculo - doutrina

CTN (arts. 3o e 4o)

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5. Ano: 2010 Banca: ESAF Órgão: SMF-RJ Prova: Agente de Fazenda

O conceito de tributo, nos termos do Código Tributário Nacional, traz as seguintes conclusões, exceto

a)o poder de tributar é prerrogativa do Poder Público, que o faz para custear suas ações no interesse da sociedade.

b)não constituindo sanção por ato ilícito, pouco importa para a legislação do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços, por exemplo, a origem lícita ou ilícita de determinadas mercadorias, desde que reste configurada a hipótese de incidência do referido tributo, qual seja, a circulação dessas mercadorias, para que possa ele ser exigido.

c)nem toda prestação pecuniária prevista em lei constitui tributo, mas somente aquelas que reúnam o conjunto dos requisitos previstos na definição de tributo, consoante o Código Tributário Nacional.

d)o Estado exige os tributos compulsoriamente das pessoas, portanto, a obrigação de pagar tributos não decorre da vontade do contribuinte, sendo esta, aliás, irrelevante nessa matéria.

e)embora sendo uma obrigação de direito público, absolutamente indisponível por parte da administração, admite-se, desde que haja a respectiva previsão legal, a delegação dessa obrigação a outras pessoas jurídicas, como empresas públicas e sociedades de economia mista.

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6. Ano: 2008 Banca: ESAF Órgão: Prefeitura de Natal – RN Prova: Auditor do Tesouro Municipal

Sobre o conceito de tributo e sua natureza jurídica, assinale a única opção correta.

a)A Lei Complementar n. 104/2001, ao permitir a dação em pagamento de bens imóveis, como forma de extinção do crédito tributário, promoveu a derrogação do art. 30 do CTN, que confere ao tributo uma prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir.

b)Tributo é toda prestação pecuniária compulsória instituída em lei. Todavia, não há restrição para que o Município majore alíquotas de tributos, sob sua competência, por meio de decreto.

c)Tendo em vista que o tributo não pode constituir uma sanção por ato ilícito, não se faz possível a incidência de tributos sobre atividades criminosas, pois assim agindo o Estado estaria obtendo recursos de uma atividade por ele proibida.

d)A cobrança de impostos decorre de uma atividade administrativa não-vinculada, haja vista os recursos poderem ser utilizados com quaisquer despesas previstas no orçamento.

e)O que determina a natureza jurídica de um tributo é o fato gerador da respectiva obrigação, independentemente de sua denominação e da destinação legal do produto de sua arrecadação.

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Conceito de tributo Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda

ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Espécies

Impostos Taxas Contribuição de Melhoria Empréstimo Compulsório Contribuições

Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. CTN

Classificação quinquipartite Classificação tripartite

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7. (ESAF2009) Assinale a opção incorreta.

a) A natureza jurídica específica de um tributo é dada pelo cotejo entre o seu fato gerador e a sua base de cálculo.

b) Com relação à fixação das bases de cálculo dos tributos não é correto afirmar-se que só podem ser modificadas por lei complementar ou emenda constitucional.

c) Um imposto ocorre quando um tributo é instituído tomando como base a situação pessoal do contribuinte, independentemente da atuação estatal a ele referida.

d) Os impostos terão, sempre que possível, caráter pessoal e base de cálculo diversa das taxas.

e) Em consonância com os princípios gerais ditados pela Constituição Federal, referentes ao Sistema Tributário Nacional sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte.

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Espécies Tributárias

Imposto – arts. 153, 155 e 156 da CF Taxa – art. 145, II, da CF Contribuição de Melhoria– art. 145, III, da CF Empréstimo Compulsório – art. 148 da CF Contribuições – art. 149 e outros da CF

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8.(FCC/Procurador/2005) Considere as seguintes características:

I. O fato gerador independe de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

II. A materialidade do seu fato gerador consiste na atuação estatal diretamente referida ao contribuinte, em forma de contraprestação de serviço.

III. A materialidade do fato gerador é a atuação do Estado em forma de obras públicas que decorra valorização imobiliária.

No que tange aos tributos, I, II e III referem-se, seqüencialmente, a

(A) tributo vinculado (taxa), tributo não-vinculado (imposto) e contribuição de melhoria.

(B) tributo vinculado (imposto), contribuição de melhoria e tributo não-vinculado (taxa).

(C) contribuição de melhoria, tributo vinculado (taxa) e tributo não-vinculado(imposto).

(D) tributo não-vinculado (imposto), tributo vinculado (taxa) e contribuição de melhoria.

(E) tributo não-vinculado (taxa), contribuição de melhoria, e tributo vinculado (imposto).

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9. FGV - ACI (SEFAZ RJ)/2011 (adaptada)

De acordo com os princípios gerais do sistema tributário nacional, analise as afirmativas a seguir: I. Sempre que possível os impostos terão caráter impessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. II. Cabe à lei complementar regular as limitações constitucionais ao poder de tributar. III. As contribuições de melhoria não poderão ter base de cálculo própria de impostos. IV. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário.

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Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

(CF)

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10. CEPERJ - OF (SEFAZ RJ)/2011 No que concerne aos princípios gerais do Sistema Tributário

Nacional inscritos na Constituição Federal, é correto afirmar que:

a) União, Estados, Distrito Federal e Municípios podem instituir impostos, taxas e contribuições sociais.

b) As taxas instituídas por União, Estados, Distrito Federal e Municípios poderão ter a mesma base de cálculo dos impostos.

c) Os conflitos de competência entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios serão regulados por lei ordinária.

d) As regras sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários aplicáveis à União, Estados, Distrito Federal e Municípios serão fixadas por lei ordinária.

e) As limitações constitucionais ao poder de tributar obedecidas por União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem ser reguladas por lei complementar.

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Espécies Tributárias - Empréstimo Compulsório – art. 148 da CF

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". – também anterioridade nonagesimal

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

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Espécies Tributárias - Contribuições – art. 149 e outros da CF Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições

sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangeiros ou

serviços; III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o

valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro;

b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação

poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão uma

única vez.

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Espécies Tributárias - Contribuição – art. 149 e outros da CF

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

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Art. 146. Cabe lei complementar : I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.

d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte (...)

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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11. ESAF - AFRFB/2012

Em matéria tributária, de acordo com a Constituição Federal, compete à Lei Complementar, exceto,

a) instituir as limitações constitucionais ao poder de tributar. b) dispor sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. c) estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência. d) dispor sobre o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. e) estabelecer tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados.

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12. CETRO - AFTM SP/Gestão Tributária/2014

De acordo com o artigo 3º do Código Tributário Nacional (CTN), tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

Sobre o conceito e a classificação dos tributos, assinale a alternativa correta. a) A entidade que vier a preencher os requisitos estipulados no artigo 3º do CTN será, juridicamente, um tributo, a despeito da destinação que for atribuída aos valores arrecadados. b) Pode-se definir taxa como o tributo que tem por hipótese de incidência um fato alheio a qualquer atuação do Poder Público. c) Quanto à finalidade do tributo, os classificados como extrafiscais submetem-se ao princípio da anterioridade tributária e ao princípio da legalidade. d) Os tributos classificados como parafiscais são aqueles arrecadados por entidades públicas ou privadas, titulares da competência tributária. e) O imposto se caracteriza pela sua referibilidade, isto é, sua arrecadação tem destino certo.

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13. (ESAF/AFTE/MS/2001) As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas:

a) Acessórias

b) Complementares

c) Extraordinárias

d) Extrafiscais

e) Parafiscais

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14. CESPE - Proc (AGU)/2010

No que concerne ao Sistema Tributário Nacional, julgue o item seguinte. Se, na região Norte do país, for criado território federal, mediante lei complementar, competirá à União a instituição do ICMS nesse território.

Certo

Errado

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Competência Tributária

Aptidão recebida da Constituição Federal para legislar sobre

tributos podendo:

• criar, aumentar, diminuir e revogar tributo

• estabelecer ou revogar isenções

• estabelecer remissões e anistias

• estabelecer obrigações acessórias

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Competência Tributária

Aptidão recebida da Constituição Federal para legislar

sobre tributos podendo:

• criar, aumentar, diminuir e revogar tributo – por lei

• estabelecer ou revogar isenções – por lei

• estabelecer remissões e anistias – por lei

• estabelecer obrigações acessórias – nem sempre por lei -

legislação

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Competência Tributária para estabelecer:

• impostos

• Taxas

• Contribuições de melhoria

• Contribuições - Contribuição para Iluminação

Pública - Cosip

• Empréstimo Compulsório

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Competência Tributária para estabelecer:

Empréstimo Compulsório - União

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Competência Tributária para estabelecer:

Empréstimo Compulsório

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:

I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;

II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.

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Competência Tributária para estabelecer:

• Taxas

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

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Competência Tributária para estabelecer:

• Taxas

A competência para instituir as taxas deriva das competências

administrativas da União, dos Estados, do DF e dos Municípios,

estabelecidas entre os arts. 21 e 25 e 30 da CF

Para cobrar uma taxa, é necessário, além da competência

• Lei instituindo a taxa

• Serviço público específico e divisível prestado ou posto à

disposição do contribuinte; ou exercício do poder de polícia

relacionado ao contribuinte

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Competência Tributária para estabelecer:

Contribuições de melhoria

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão

graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

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Competência Tributária para estabelecer:

Contribuições de melhoria

Para cobrar uma contribuição de melhoria, são necessários, além da

competência

• Lei instituindo a contribuição de melhoria

• Que a obra seja realizada e haja valorização imobiliária

• Cumprimento dos requisitos formais previstos nos arts. 81 e 82 do

CTN

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Contribuição de Melhoria

Fazer face ao custo da obra

Limite total (despesa realizada) e individual (acréscimo do imóvel)

Requisitos Mínimos

Publicação

• descrição

• orçamento e parcela a ser financiada pela CM

• zona beneficiada e fator de absorção do benefício

Prazo de 30 dias para impugnar e processo admistrativo.

Parcela de pagamento = rateio da parcela do custo da obra em função do fator individual de valorização

NO LANÇAMENTO O CONTRIBUINTE DEVE SER NOTIFICADO DO MONTANTE DA CONTRIBUIÇÃO E DO PRAZO PARA PAGAMENTO E DOS ELEMENTOS QUE INTEGRAM O CÁLCULO.

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Contribuições de melhoria - arts. 81 e 82 do CTN

Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.

Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos:

I - publicação prévia dos seguintes elementos:

a) memorial descritivo do projeto;

b) orçamento do custo da obra;

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;

d) delimitação da zona beneficiada;

e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas;

II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;

III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.

§ 1º A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização.

§ 2º Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.

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Competência Tributária para estabelecer:

Contribuições – art. 149 da CF

contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas - UNIÃO

Estados, DF e Municípios – contribuição previdenciária (espécie de contribuição social) somente de seus servidores

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Competência Tributária para estabelecer:

Contribuições – art. 149 da CF

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

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Competência Tributária para estabelecer:

Contribuição para Iluminação Pública – art. 149-A

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência da União – arts. 153

e 154

• Impostos de competência dos Estados e DF –

art. 155

• Impostos de competência dos Municípios e DF

– arts. 156 e 147

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Competência Tributária para estabelecer:

Impostos de competência da União

1. II

2. IE

3. IR

4. IPI

5. ITR

6. IOF

7. IGF

• IMPOSTO EXTRAORDIORDINÁRIO DE GUERRA EXTERNA OU

CALAMIDADE PÚBLICA

• COMPETÊNCIA RESIDUAL

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência da União

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

III - renda e proventos de qualquer natureza;

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;

VI - propriedade territorial rural;

VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência da União

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

Competência residual

II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência dos Estados e DF – art. 155

1. ITCD

2. ICMS

3. IPVA

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência dos Estados e DF – art. 155

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência dos Municípios e DF

1. IPTU

2. ITBI

3. ISS

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Competência Tributária para estabelecer:

IMPOSTOS

• Impostos de competência dos Municípios e DF – arts.

156 e 147

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos

estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.

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Competência Tributária

Competência rígida e taxativa Rígida – não pode ser alterada Taxativa – a CF indica de forma expressa e enumerativa as

competências tributárias Exceções: competência residual da União e competência para

a União, em caso de guerra, invadir a competência dos outros entes e instituir tributo de guerra igual a tributo municipal ou estadual.

Competência Residual – para a União cobrar impostos não

previstos na CF, mas tem condições:

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Competência Tributária

Competência rígida e taxativa Rígida – não pode ser alterada Taxativa – a CF indica de forma expressa e enumerativa as

competências tributárias Exceções: competência residual da União e competência para

a União, em caso de guerra, invadir a competência dos outros entes e instituir tributo de guerra igual a tributo municipal ou estadual.

Competência Residual – para a União cobrar impostos não

previstos na CF, mas tem condições: • Lei complementar • Não cumulativa • FG e BC diferente dos impostos previstos na CF

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Limitações constitucionais do poder de

tributar • Artigos 150 a 152 da CF

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Limitações constitucionais do poder de tributar

• Imunidades

• Princípios constitucionais tributários.

• Outras proibições

• Substituição Tributária Progressiva

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Legalidade Tributária • Princípio da Legalidade das Isenções • Princípio da Isonomia Tributária • Princípio da irretroatividade • Princípio da anterioridade geral • Princípio da anterioridade nonagesimal • Princípio do não confisco • Princípio da liberdade de tráfego,

exceto pedágio ou rodágio • Princípio da Uniformidade Territorial

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Legalidade Tributária

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Legalidade Tributária

CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

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Princípio da Legalidade Tributária

CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

Exceções: alterar as alíquotas do II, IE, IPI e IOF

Cide-combustíveis

ICMS sobre combustíveis e lubrificantes (Alíquota estabelecida por Resolução do Confaz, art. 155, § 4º, IV)

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Legalidade das Isenções

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Legalidade das Isenções CF, art. 150 § 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de

base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g (Confaz para ICMS). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da Isonomia Tributária

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

Princípio da Isonomia Tributária

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS Princípio da Isonomia Tributária

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

Art. 145.

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

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Doutrina Capacidade econômica – riqueza ou

recursos recebidos Capacidade contributiva – recursos

disponíveis para o pagamento dos tributos

Mínimo Existencial

SOLIDARIEDADE SOCIAL NEUTRALIDADE FISCAL

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15. Ano: 2009 Banca: ESAF Órgão: SEFAZ-SP Prova: Analista de Finanças e Controle

Assinale a opção falsa com relação aos Princípios Teóricos da Tributação.

a)Do ponto de vista do princípio do benefício, os impostos são vistos como preços que os cidadãos pagam pelas mercadorias e serviços que adquirem por meio de seus governos, presumivelmente cobrados de acordo com os benefícios individuais direta ou indiretamente recebidos.

b)A neutralidade, na ótica da alocação de recursos, deveria ser complementada pela equidade na repartição da carga tributária.

c)O princípio da capacidade de pagamento sugere que os contribuintes devem arcar com cargas fiscais que representem igual sacrifício de bem-estar, interpretado pelas perdas de satisfação no setor privado.

d)Não existem meios práticos que permitam operacionalizar o critério do benefício, por não ser a produção pública sujeita à lei do preço.

e)A equidade horizontal requer que indivíduos com diferentes habilidades paguem tributos em montantes diferenciados.

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da irretroatividade

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da irretroatividade

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

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Retroatividade (própria) é quando uma lei tem aplicação sobre fatos passados.

Retroatividade imprópria (ou retrospectividade) é quando uma lei tem aplicação sobre fatos que se iniciaram no passado, mas ainda não foram concluídos.

SÚMULA 584 DO STF AO IMPOSTO DE RENDA CALCULADO SOBRE OS RENDIMENTOS DO ANO-BASE, APLICA-SE A LEI VIGENTE NO EXERCÍCIO FINANCEIRO EM QUE DEVE SER APRESENTADA A DECLARAÇÃO.

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16. (ESAF/2009/ATRF)

A lei instituidora ou majoradora de tributos tem de ser, como regra, prospectiva; admite-se, porém, a sua retroatividade imprópria.

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Limitações constitucionais do poder de

tributar - PRINCÍPIOS • Princípio da anterioridade geral • Princípio da anterioridade nonagesimal

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• Princípio da anterioridade geral • Princípio da anterioridade nonagesimal Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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• Princípio da anterioridade geral Exceções: IE, II, IPI, IOF Imposto extraordinário de Guerra e EC- guerra

ou calamidade Cide-combustíveis Contribuições para seguridade social - art. 195, §

7º, da CF

ICMS sobre combustíveis e lubrificantes (Confaz, art. 155, § 4º, IV)

• Princípio da anterioridade nonagesimal Exceções: IE, II, IR, IOF Imposto extraordinário de Guerra e EC- guerra

ou calamidade BC de IPVA e IPTU

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17. Ano: 2012 Banca: ESAF Órgão: PGFN Prova: Procurador da Fazenda Nacional

Alguns tributos possuem, além da função meramente arrecadatória ou fiscal, finalidade outra que se destina a regular a economia, criando mecanismos que induzem, ou incentivam, a conduta do potencial contribuinte numa ou noutra direção. É o que se viu recentemente com a majoração das alíquotas do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados, incidente sobre a importação de automóveis, já que, no período de janeiro a agosto de 2011, a balança comercial do setor automotivo atingiu um déficit de R$ 3 bilhões. Contudo, o STF entendeu que o decreto que majorar as alíquotas aplicáveis às operações de importação de veículos automotores a)sujeita-se ao princípio da anterioridade, segundo o qual não se poderá exigir, no mesmo exercício financeiro em que o decreto é públicado, alíquotas maiores do que aquelas até então vigentes. b)tem aplicabilidade imediata, por ser o IPI um tributo regulatório e pelo fato de que o Decreto- Lei que o criou (DL n. 1.191/1971) ter autorizado o Poder Executivo a reduzir suas alíquotas a zero; majorá-las, acrescentando até 30 unidades ao percentual de incidência fixado na lei, e, ainda, alterar a base de cálculo em relação a determinados produtos, podendo, para esse fim, fixar-lhes valor tributável mínimo. c)submete-se, dentre outros, ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal, ou seja, fica suspenso até que tenha transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação. d)fica suspenso, por força da anterioridade nonagesimal, até que tenha transcorrido o prazo de noventa dias da sua publicação. Contudo, a suspensão somente opera efeitos ex tunc caso haja pedido liminar formulado no sentido de reparar dano, e não para prevenir risco ao contribuinte. e)não se submete ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal, eis que a Constituição Federal foi clara ao prever tal comando para a lei (antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou). Assim, como o texto constitucional fala em “lei”, o aumento das alíquotas por decreto não está sujeito à espera nonagesimal.

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio do não confisco

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18. Ano: 2009 Banca: ESAF Órgão: Receita Federal Prova: Auditor Fiscal da Receita Federal

Entre as limitações constitucionais ao poder de tributar, que constituem garantias dos contribuintes em relação ao fisco, é incorreto afirmar que:

a)os impostos sobre o patrimônio podem ser confiscatórios, quando considerados em sua perspectiva estática.

b)uma alíquota do imposto sobre produtos industrializados de 150%, por exemplo, não significa necessariamente confisco.

c)o imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva dinâmica, pode ser confiscatório.

d)o princípio do não-confisco ajuda a dimensionar o alcance do princípio da progressividade, já que exige equilíbrio, moderação e medida na quantificação dos tributos.

e)a identificação do efeito confiscatório não deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mas sim em cada tributo isoladamente.

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19. Ano: 2010 Banca: ESAF Órgão: MPOG Prova: Analista de Planejamento e Orçamento - Planejamento e

Orçamento De acordo com a Constituição Federal, não se pode cobrar

tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado. Trata-se do princípio da anterioridade tributária. Entretanto, a própria Constituição estabelece que ato do Poder Executivo pode elevar alíquotas de determinados tributos, como, por exemplo:

a)Imposto sobre a renda, imposto sobre produtos industrializados e contribuição social sobre o lucro líquido.

b)Imposto sobre produtos industrializados, contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis e imposto sobre importações.

c)Imposto sobre importações, imposto sobre exportações e imposto sobre a renda.

d)Imposto sobre importações, imposto sobre a renda e imposto sobre produtos industrializados.

e)Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis, imposto sobre a renda e imposto sobre exportações.

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Limitações constitucionais do poder de tributar - PRINCÍPIOS

• Princípio da liberdade de tráfego,

exceto pedágio ou rodágio

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;

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Princípio da Uniformidade Territorial e outras proibições Art. 151. É vedado à União:

I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

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20. Ano: 2012 Banca: ESAF Órgão: Receita Federal Prova: Analista Tributário da Receita Federal Indique as opções corretas. I. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar imposto sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros. Isso, em tese, impede à lei de um Município atribuir à União a condição de responsável pela retenção na fonte do imposto sobre serviços? II. Para combater o tráfego de gado infectado de uma região para outra, pode o Estado impor tributos interestaduais ou intermunicipais? III. Atende ao princípio da anterioridade a majoração de um imposto no dia 2 de dezembro de um ano, para ser cobrado no exercício seguinte?

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS • Imunidade Recíproca • Imunidade dos Templos Religiosos • Imunidade para partidos políticos,

entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos

• Imunidade para livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

• Imunidade para fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Imunidade Recíproca SOMENTE PARA IMPOSTOS • Não alcança tributos vinculados • Relacionada ao Princípio do Federalismo

e à autonomia dos entes federados

• Imunidades – objetivas e subjetivas

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Imunidade Recíproca

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

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Imunidade Recíproca

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

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Imunidade Recíproca A jurisprudência tem estendido a imunidade recíproca para empresas públicas que prestam serviços públicos considerados de natureza essencial. O STF decidiu que essa imunidade se estende a todos os serviços dos Correios, inclusive aqueles também prestados pela iniciativa privada. Há jurisprudência também estendendo a imunidade a sociedades de economia mista delegatárias de serviços públicos que não atuem em ambiente concorrencial, por exemplo, prestadoras de serviço de saneamento básico.

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21. Prova: ESAF - 2012 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal

No tocante à imunidade tributária recíproca, assinale o único item que não corresponde ao entendimento do STF acerca do tema.

a) Sociedade de economia mista prestadora de serviço público de água e esgoto.

b) Sociedades de economia mista prestadoras de ações e serviços de saúde, cujo capital social seja majoritariamente estatal.

c) Empresa pública a quem a União atribui a execução de serviços de infraestrutura aeroportuária.

d) Empresa pública encarregada de manter o serviço postal.

e) Caixa de Assistência aos Advogados, vinculada à Ordem dos Advogados do Brasil.

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS Imunidade dos Templos Religiosos

Liberdade religiosa – estado laico

(combinado com outros artigos da CF: art. 5º, VI, VII, art. 19, I)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

b) templos de qualquer culto;

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22. Prova: CESPE - 2009 - TCE-TO - Analista de Controle

Externo - Direito Assinale a opção correta, acerca da disciplina normativa da

imunidade tributária. a) A imunidade constitucional conferida aos templos abrange

apenas os imóveis de propriedade da igreja católica. b) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao

imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana o imóvel pertencente a partido político, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade.

c) Reputa-se imunidade recíproca a conferida às entidades sindicais de trabalhadores.

d) A imunidade das entidades de educação e assistência social sem fins lucrativos é de natureza objetiva.

e) As imunidades são hipóteses de não-incidência da norma tributária classificadas em lei complementar.

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS • Imunidade para partidos políticos,

entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos

Entidades relevantes para a democracia, para

a defesa dos direitos dos trabalhadores e para execução de serviços públicos.

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• Imunidade para partidos políticos,

entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

Os requisitos legais estão no art. 14 do CTN – que,

apesar de questionado, não foi considerado inconstitucional e continua sendo aplicado

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• Imunidade para partidos políticos, entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos

Requisitos da Lei – CTN

Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)

II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;

III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

§ 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.

§ 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos.

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23. Prova: ESAF - 2005 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal - Área Tecnologia da Informação - Prova 2

No tocante às imunidades tributárias conferidas às instituições de assistência social sem fins lucrativos, só uma afirmação não pode ser feita:

a) É subordinada, entre outros, ao requisito de que apliquem integralmente no País os seus recursos na manutenção de seus objetivos institucionais, ou de outros que com estes guardem semelhança.

b) Somente alcançam as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários.

c) Não excluem a atribuição, por lei, às instituições de assistência social, da condição de responsáveis pelos tributos que lhes caiba reter na fonte.

d) Não dispensa tais entidades do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, como a de manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

e) Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a tais instituições, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais

entidades.

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

• Imunidade para livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão

Relacionada historicamente à liberdade de imprensa – apesar de ser chamada

imunidade cultural

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS • Imunidade para fonogramas e

videofonogramas musicais produzidos no Brasil

IMUNIDADE NOVA! Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)

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24. Prova: FCC - 2014 - TCE-PI - Auditor Fiscal de Controle Externo

Paulo, de nacionalidade argentina, Antonio, de nacionalidade paraguaia, Mário, de nacionalidade espanhola, e Eduardo, de nacionalidade peruana, todos residentes no Brasil, formam um grupo musical, que compõe e executa melodias brasileiras e estrangeiras. Apresentam-se em todos os Estados brasileiros. Seu trabalho musical é divulgado de diversas maneiras: apresentações públicas em programas televisivos, espetáculos abertos ao público em geral, com entrada gratuita, e comercialização de CDs e DVDs de suas apresentações. (1) O último DVD desse quarteto, com canções folclóricas andinas, cujas letras e melodias foram criadas por autores bolivianos residentes no Brasil, foi produzido nos Estados Unidos. (2) Antes de Antonio juntar-se ao grupo, Paulo, Mário e Eduardo formaram um trio que chegou até a produzir, no Rio Grande do Sul, um CD com melodias de autoria de artistas gaúchos e letras criadas por artistas uruguaios. (3) Recentemente, o quarteto produziu, no Piauí, um DVD com canções, cujas melodias foram compostas por autores brasileiros, mas as letras foram compostas por autores paraguaios. (4) Antonio produziu um CD, solo, instrumental, na Itália, interpretando apenas melodias (sem letra) compostas por autores piauienses. Com base nas afirmações acima e no que dispõe a Constituição Federal a respeito de imunidades tributárias, são abrangidas por essas imunidades APENAS as situações de números

a) 2 e 4.

b) 1 e 4.

c) 1 e 2.

d) 2 e 3.

e) 3 e 4.

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IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS • Imunidade para fonogramas e

videofonogramas musicais produzidos no Brasil

IMUNIDADE NOVA! Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao

contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013)

IMUNIDADE OBJETIVA

NÃO ALCANÇA O CICLO DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL – anterior à GRAVAÇÃO

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Imunidades – classificações

Objetivas e Subjetivas e Mistas Ontológicas e Políticas Condicionadas e Incondicionadas Genéricas e Especiais

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Limitações constitucionais do poder de tributar

• Substituição Tributária

Art. 150. § 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

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Limitações constitucionais do poder de tributar

• Outras questões Informação aos consumidores

Art. 150. § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

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25. Prova: CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal O número excessivo de impostos embutidos nos preços dos produtos tem impacto

direto na mesa do brasileiro. Do valor total de um pacote de arroz, por exemplo, 18,65% representam cobrança de impostos. O tradicional peru, que custa, em média, R$ 58,80, sairia para o consumidor por R$ 41,72 sem a incidência de tributos. Já uma garrafa de espumante, com custo de R$ 22,00, valeria R$ 8,80 sem a cobrança dos impostos. Os preços impressionaram as pessoas que participaram de uma mobilização a favor da maior transparência tributária para os consumidores e que, na ocasião, visitaram um minimercado instalado no vão livre do MASP, em São Paulo, onde estava discriminada a porcentagem dos tributos embutidos nos alimentos.

Com referência ao texto acima e ao que disciplina a CF acerca da transparência tributária para o consumidor, assinale a opção correta.

a) Por ser matéria tributária de índole federativa, que exige providências a cargo da União, dos estados e dos municípios, a implementação da transparência dos impostos para os consumidores depende de resolução do Senado Federal.

b) A transparência tributária para o consumidor, tema objeto da mobilização referida no texto, é reservada à lei complementar, nos termos da CF.

c) A informação exigida pelos consumidores é um direito assegurado explicitamente pela CF, no âmbito das limitações ao poder tributário do Estado.

d) O direito à informação sobre impostos para os consumidores é um princípio constitucional explícito da atividade econômica.

e) É vedada, nos termos constitucionais, a edição de medida provisória para alterar norma que disponha sobre a transparência tributária para os consumidores.

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Classificações dos impostos ou dos tributos

1. Indiretos e Indiretos 2. Reais e Pessoais 3. Proporcionais, Progressivos, Regressivos e Fixos 4. Seletividade e Essencialidade 5. Fiscais, Extrafiscais, Parafiscais 6. Monofásico e plurifásico 7. Cumulativos e não cumulativos 8. Vinculado e não vinculado à contraprestação estatal 9. Receita vinculada e não vinculada

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Classificação dos impostos ou dos tributos 1. Diretos - IR 2. Indiretos – IPI, ICMS, ISS

Contribuinte de direito (contribuinte de iure) Contribuinte de fato (contribuinte de facto)

Percussão e repercussão econômica Relevante para a restituição Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza,

transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.

Segundo a jurisprudência do STJ, a restituição pode ser

pleiteada somente pelo contribuinte de direito, porque o contribuinte de fato não faz parte da relação jurídico-tributária.

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26. Prova: FGV - 2008 - Senado Federal - Consultor de Orçamento

Analise as seguintes afirmativas:

I. Em um regime federativo como o brasileiro, um Imposto sobre o Valor Adicionado deveria ser instituído idealmente em nível estadual, para evitar o fenômeno de “guerra fiscal”.

II. A classificação dos tributos segundo a incidência do ônus de pagamento (diretos ou indiretos) é particularmente relevante para a analise da eqüidade, segundo o qual os tributos devem distribuir seus ônus de maneira justa entre os indivíduos.

III. Frequentemente, impostos indiretos são arrecadados em vários estágios do processo de produção e venda e seus efeitos sobre o consumidor final não são claros, ja que dependem de fatores exógenos ao sistema tributário.

. Assinale:

a) se apenas a afirmativa II estiver correta.

b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.

c) se apenas a afirmativa I e II estiverem corretas.

d) se apenas a afirmativa III estiver correta.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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27. Prova: CESPE - 2014 - ANATEL – Especialista em Regulação - Direito

Acerca de competência tributária, conceito e classificação dos tributos, bem como de tributos em espécie, julgue o item a seguir.

Os tributos indiretos são aqueles cuja configuração jurídica permite a transferência de seu encargo financeiro para pessoa diferente daquela definida em lei como sujeito passivo. Por sua vez, tributos diretos não permitem tal transferência, já que a pessoa definida em lei como sujeito passivo é a mesma que sofre o impacto financeiro.

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28. Prova: PUC-PR - 2011 - TJ-RO - Juiz · Avalie as assertivas abaixo: (adaptada)

I) Segundo jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal, as imunidades subjetivas abrangem também os impostos indiretos, desde que a pessoa jurídica de direito público interno seja contribuinte de fato. II) Os frutos da atividade de locação de espaço para estacionamento dos fiéis pela entidade religiosa estão abrangidos pela imunidade tributária, desde que esses valores sejam revertidos para as atividades essenciais da entidade. III) Segundo jurisprudência atual do STF, os cartórios extrajudiciais estão imunes à incidência de impostos, já que são equiparados a órgãos públicos e, portanto, gozariam de imunidade recíproca.

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Tributos reais e pessoais CF, art. 145, § 1º

Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

Pessoal (considera características pessoais do contribuinte) -

Imposto de renda Reais (não considera características pessoais do

contribuinte, sua incidência considera coisas, “res”) – IPI, ICMS, ISS

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29. Prova: ESAF - 2009 - SEFAZ-SP - Analista de Finanças e Controle

O princípio da capacidade contributiva: a) aplica-se somente às contribuições. b) não se aplica às penalidades tributárias. c) aplica-se somente aos impostos. d) aplica-se indistintamente a todas as espécies

tributárias. e) é atendido pela progressividade dos impostos

reais.

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Classificação dos impostos ou dos tributos

Proporcionais, Progressivos, Regressivos e Fixos Proporcionais - alíquota não varia com a base de cálculo Progressivo – alíquota aumenta com a base de cálculo, exemplo

clássico: IRPF Regressivo – alíquota diminui com o aumento da base de

cálculo (risco de ferir o princípio da capacidade contributiva)

Fixo – tributo não varia – por exemplo, uma taxa anual de

disponibilização do serviço de bombeiro

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Classificação dos impostos ou dos tributos

Progressivo – alíquota aumenta com a base de cálculo, exemplo

clássico: IRPF Base de cálculo anual em R$

Alíquota % Até 21.453,24

- De 21.453,25 até 32.151,48

7,5

De 32.151,49 até 42.869,16 15,0

De 42.869,17 até 53.565,72

22,5

Acima de 53.565,72 27,5

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Classificação dos impostos ou dos tributos

Progressivo – alíquota aumenta com a base de cálculo IPTU CF, Art. 156 § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere

o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel.

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Classificação dos impostos ou dos tributos PROGRESSIVIDADE EXTRAFISCAL

IPTU (Progressividade no Tempo) CF, Art. 182 § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica

para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

(...)

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

ITR

CF, Art.155 § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput (ITR) : (Redação dada

pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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30. Prova: ESAF - 2009 - Receita Federal - Auditor Fiscal da Receita Federal Analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos (F) (adaptada) I. de acordo com a Constituição Federal, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza será informado pela generalidade, universalidade e progressividade, na forma da lei. Pode-se afirmar que o critério da progressividade decorre dos princípios da igualdade e da capacidade contributiva, na medida em que contribuintes com maiores rendimentos sejam tributados de modo mais gravoso do que aqueles com menores rendimentos; II. a Constituição estabelece expressamente que o imposto sobre a renda será progressivo, enquanto o imposto sobre a propriedade imobiliária poderá ser progressivo; III. a Constituição traça uma dupla progressividade para o IPTU, quais sejam, progressividade em razão do imóvel e em razão do tempo; IV. o princípio da capacidade contributiva não possui significado muito importante para o IPTU, visto que este tributo se caracteriza por ser um imposto real, sem relação com as características pessoais do sujeito passivo.

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REGRESSIVIDADE - TRIBUTAÇÃO DO CONSUMO PROGRESSIVIDADE - TRIBUTAÇÃO DA RENDA SISTEMA TRIBUTÁRIO PROGRESSIVO OU

REGRESSIVO (COMO UM TODO)

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Classificação dos impostos ou dos tributos

Seletividade e Essencialidade

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31. Prova: PUC-PR - 2011 - TJ-RO – Juiz (adaptada) Avalie as assertivas abaixo:

I) A constitucionalidade da substituição tributária regressiva ou “para trás” não foi questionada como ocorreu com a substituição progressiva ou “para frente”, já que naquela o próprio Estado deixa de receber o tributo no momento da ocorrência do fato gerador, conveniência, para, por postergar o seu recebimento, enquanto nesta presume antes a ocorrência do fato gerador que ainda, de fato, não ocorreu.

II) O mínimo existencial é princípio constitucional que pode ser retirado essencialmente do princípio da capacidade contributiva, que visa proteger a exação desproporcional e conta com alguns indícios de proteção no direito positivo brasileiro, como no imposto de renda da pessoa física ou mesmo em alguns produtos da cesta básica, que foram desonerados, e que contam com o princípio da seletividade como instrumento importante para sua defesa. III Como providência para gerar transparência fiscal, como também segurança jurídica aos contribuintes diante do cipoal de normas tributárias existentes, o Poder Executivo municipal, estadual e federal devem expedir, por decreto, até o final de janeiro de todo ano, a consolidação, em texto único, da legislação vigente relativa a cada um dos tributos.

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32. Prova: ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento - Planejamento e Orçamento

A extrafiscalidade é característica que possuem alguns tributos de permitirem, além da pura e simples forma de ingresso de receitas nos cofres públicos, também de intervirem na economia, incentivando ou não determinada atividade ou conduta do contribuinte. Assinale, entre os tributos listados abaixo, aquele que não possui caráter extrafiscal.

a) Imposto sobre produtos industrializados.

b) Imposto sobre importação.

c) Contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis.

d) Imposto sobre a exportação.

e) Taxa de iluminação pública.

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Classificação dos impostos ou dos tributos

1. Monofásico

2. Plurifásico

Efeito de recuperação ICMS a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário

da legislação:

a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes;

b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

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33. Prova: IESES - 2011 - TJ-MA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento por remoção

Leia com atenção as afirmações seguintes e indique os itens corretos: I. A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. II. Conforme os estritos termos do artigo 150, V, CF, é vedado à União, aos Estados e aos Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias construídas pelo Poder Público, vedada a exigência se tais vias forem exploradas em regime de concessão ou permissão. III. O IPI, segundo o artigo 153, § 3°, CF, será seletivo, em função da essencialidade do produto, será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores, não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior e terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. IV. O imposto sobre a propriedade territorial rural, conforme a Constituição Federal, será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas, e não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel.

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Classificação dos impostos ou dos tributos

• Cumulativos e não cumulativos

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Classificação dos impostos ou dos tributos

Vinculado e não vinculado à contraprestação estatal Vinculação direta – taxa Vinculação indireta – contribuição de melhoria Não vinculado – imposto Contribuições?

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Classificação dos impostos ou dos tributos Receita vinculada e não vinculada Receita vinculada Empréstimos compulsórios Contribuições – quando a CF prevê Taxa? Contribuição de Melhoria? Receita não vinculada (não afetação)– somente impostos Exceções a) repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se

referem os artigos 157 a159 da CF ; b) a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para a manutenção do ensino (artigo 198 , § 2º e artigo 212 da CF); c) a prestação de garantias às operações de por antecipação da receita (artigo 165 , § 8º , CF).

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Classificação dos impostos ou dos tributos Receita vinculada e não vinculada Receita vinculada Contribuições Cide-Combustíveis (art. 177, § 4º );

Contribuições para a seguridade social (art. 195); Contribuição social do salário-educação (Artigo 212, § 5º.)

Contribuições dos empregadores sobre as folhas de salários, destinadas a entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas ao sistema sindical (Artigo 240); Contribuição para o PIS/Pasep (195 e 239).

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34. Prova: FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Direito (Finanças e Orçamento)

Existem inúmeras classificações para os tributos. Duas podem ser citadas como muito usuais. A primeira considera o tributo como vinculado e não vinculado. A outra considera o tributo quanto à destinação específica do produto da arrecadação. Recebe a classificação como não vinculado e sem destinação específica do produto da arrecadação

a) o imposto.

b) a taxa.

c) a contribuição de melhoria.

d) o empréstimo compulsório.

e) as contribuições especiais.

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35. Prova: FCC - 2012 - PGM-Joao Pessoa-PB - Procurador Municipal

Um tributo que tenha por características ser não vinculado a uma atividade estatal, admita, por expressa e excepcional previsão constitucional, destinação específica do produto da arrecadação e não admita previsão de restituição ao final de determinado período classifica-se como

a) taxa.

b) contribuição de intervenção no domínio econômico.

c) imposto.

d) empréstimo compulsório.

e) contribuição social.

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Princípio da Neutralidade

Segundo o princípio da Neutralidade, os tributos devem interferir o mínimo possível na alocação dos recursos disponíveis na economia, por parte do setor privado.

O objetivo é garantir que o sistema tributário não provoque distorções na alocação de recursos, prejudicando a eficiência econômica.

Na prática, não se encontra um tributo neutro, pois o princípio da neutralidade é mitigado em razão de questões relacionadas à justiça fiscal, isonomia etc.

O lump-sum tax (ou tributo por montante único) seria uma tributação com neutralidade. A tributação de bens essenciais, como o sal, também. Em ambos os casos, as as pessoas não mudariam o comportamento em decorrência da tributação.

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36. Prova: FCC - 2008 - TCE-SP - Auditor do Tribunal de Contas

O imposto que menos afeta a eficiência dos mercados em concorrência perfeita, ou seja, aquele que melhor atende ao princípio da neutralidade é o imposto

a) em que cada cidadão paga uma parcela fixa em unidades monetárias, qualquer que seja a sua renda.

b) que incide sobre a renda de cada cidadão de forma proporcional.

c) sobre vendas a varejo, com alíquotas fixas para todo o tipo de mercadoria.

d) sobre vendas a varejo, com alíquotas menores para os produtos considerados essenciais para a comunidade.

e) sobre o valor adicionado, do tipo multiestágio, com alíquotas fixas para cada setor da economia.

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JURISPRUDÊNCIA DO STF "Preços de serviços públicos e taxas não se

confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as institui." (Súmula 545/STF) – ultrapassada mas dada como certa pela ESAF em 2010

RE 576.189, Rel. Min. Ricardo Lewandowsky, submetido ao regime da repercussão geral, decidiu que a cobrança de preço público (tarifa) não tem caráter compulsório, mas, sim, contratual, pressupondo, em sua essência, a liberdade do administrado de poder escolher alternativa de não utilizar determinado serviço público, ante a possibilidade de acesso a essa mesma prestação por outros meios.

RE n. 447.536 O regime remuneratório relativo à prestação de serviços de água e esgoto, a despeito da compulsoriedade da ligação à rede de saneamento do Poder Público, é de natureza tarifária, pela execução indireta dos serviços, por intermédio de concessionárias;

Pedágio poder ser taxa ou tarifa, depende da existência de via alternativa.

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37. Ano: 2010 Banca: ESAF Órgão: SMF-RJ Prova: Fiscal de Rendas Sobre as taxas, é incorreto afirmar que: a)diferentemente dos impostos, cuja característica marcante é a desvinculação da receita a uma finalidade determinada, a taxa é o tributo vinculado por excelência, isto é, só é devido pelo contribuinte se houver contraprestação por parte do ente estatal que a houver instituído. b)preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias, e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu. c)a Constituição Federal dá o conceito de taxa como sendo o tributo instituído pela União, estados, Distrito Federal e municípios, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. d)o serviço prestado ou posto à disposição, que permite a instituição de uma taxa, é sempre estatal, podendo, excepcionalmente, ser serviço prestado por empresa privada. e)somente o poder de polícia específico é passível de estipêndio por meio de taxas; e mesmo assim exige-se que seja divisível e mensurável.

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38. Ano: 2010 Banca: ESAF Órgão: SMF-RJ Prova: Agente de Fazenda

As taxas, no direito tributário, são espécies tributárias que decorrem, entre outros fatos geradores, do exercício regular do poder de polícia. Sobre estes, julgue os itens a seguir:

I. entende-se por regular o poder de polícia quando desempenhado por órgão competente, nos limites da lei, observando o devido processo legal, e exercida sem desvio ou excesso de poder;

II. a exigência da taxa em decorrência do exercício do poder de polícia não mais exige a concreta fiscalização por parte dos órgãos competentes, ou seja, a simples regulação de certas atividades por meio de atos normativos também caracteriza o exercício desse poder;

III. a atuação fiscalizadora do Estado, em rigor, visa ao interesse da coletividade e não ao do contribuinte da taxa, isoladamente. É este, porém, que provoca a atuação do Estado, sendo isso que justifica a imposição da taxa;

IV. exercendo o poder de polícia, o Estado impõe restrições aos interesses individuais em favor do interesse público, conciliando esses interesses.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do

fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação

tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

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39. Prova ESAF.2012: Auditor Fiscal da Receita Federal. Receita Federal.

Sobre a relação entre obrigação e crédito tributário, assinale a opção incorreta:

a) A relação tributária é uma relação obrigacional cujo conteúdo é uma prestação pecuniária, em que num dos polos está o devedor, e no outro o credor. Obrigação e crédito pressupõem um e outro.

b) A obrigação, quando surge, já se estabelece em favor do sujeito ativo (a ela corresponde o crédito e vice- versa). Quando o CTN diz do surgimento da obrigação com o crédito tributário, e da constituição do crédito com o lançamento, quis na verdade referir-se ao crédito formalizado, certo, líquido e oponível ao sujeito passivo.

c) Embora obrigação e crédito sejam, no direito privado, dois aspectos da mesma relação, o direito tributário houve por bem distingui-los: a obrigação como um primeiro momento na relação tributária, de conteúdo e sujeito passivo ainda não determinados e formalmente identificados; o crédito como um segundo momento na mesma relação, que surge com o lançamento.

d) De acordo com o CTN, o lançamento possui natureza constitutiva da obrigação tributária, e declaratória do respectivo crédito tributário. e) À obrigação tributária corresponde o direito de proceder-se ao lançamento.

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40. Prova ESAF.2012: Auditor Fiscal da Receita Federal. Receita Federal.

Sobre as obrigações tributárias acessórias, assinale a opção incorreta. a) As multas aplicadas pela Receita Federal do Brasil, decorrentes do descumprimento de obrigação acessória, detêm caráter tributário e são incluídas nos programas de parcelamentos de débitos fiscais. b) O gozo de imunidade ou de benefício fiscal não dispensa o seu titular de cumprir as obrigações tributárias acessórias a que estão obrigados quaisquer contribuintes. c) O sujeito passivo, na obrigação acessória, transforma-se em longa manus da Administração Pública, no sentido que pratica atos que seriam próprios da administração, com o intuito de auxiliá-la em sua função fiscalizatória e arrecadatória. Parte da doutrina entende faltar às obrigações acessórias o conteúdo dimensível em valores patrimoniais, pelo que as entende como deveres instrumentais ou formais. d) O cumprimento, por determinado sujeito, de obrigação acessória, não o condiciona à obrigação tributária principal e) A criação de obrigação acessória sem a específica e expressa autorização legal importa em usurpação da competência legislativa do Poder Legislativo.

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41. Prova ESAF.2012: Analista Tributário da Receita Federal. Receita Federal.

Avalie as três proposições abaixo, à luz do Código Tributário Nacional, e responda à questão correspondente, assinalando a opção correta. I. Em regra, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal só pode ser estabelecida em lei, mas a definição do sujeito passivo dessa obrigação pode ser estabelecida em decretos e normas complementares. II. A obrigação acessória tem por objeto a prestação positiva de pagamento do tributo ou penalidade pecuniária e outras prestações previstas no interesse da arrecadação. III. Poderão ser desconsiderados pela autoridade os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo. Contém ou contêm erro: a) apenas as duas primeiras proposições.

b)apenas a primeira.

c) apenas a segunda.

d) apenas a terceira.

e) nenhuma, pois as três estão certas.

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Obrigação principal – tributos e multas

Obrigação acessória – obrigação de fazer ou de omissão (dever instrumental ou dever formal)

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Fato Gerador

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

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42. Prova ESAF.2010: Agente de Fazena SMJ-RJ

O art. 150, inciso I, da Constituição Federal, dispõe que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas aos contribuintes, é vedado aos entes tributantes exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Tal afirmativa permite-nos concluir que a lei que veicula a norma tributária impositiva deverá conter os aspectos indispensáveis para que se possa determinar o surgimento e o conteúdo da obrigação tributária. Sobre tais aspectos, julgue os itens a seguir: I. aspecto material: descrição da situação geradora da obrigação tributária; II. aspecto espacial: onde a ocorrência da situação geradora da obrigação tributária será relevante; III. aspecto temporal: quando se deve considerar ocorrida a situação geradora da obrigação tributária; IV. aspecto pessoal: quem está obrigado ao pagamento (sujeito passivo), e em favor de quem (sujeito ativo); V. aspecto quantitativo: qual o montante devido da obrigação tributária. Estão corretos?

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43. Prova ESAF.2010: Agente de Fazena SMJ-RJ

Em relação ao fato gerador da obrigação tributária, é incorreto afirmar que:

a) fato gerador instantâneo é aquele que se realiza em um único ato ou contrato ou operação realizada que, uma vez realizada no mundo real, implica a realização de um fato gerador. Repete-se tantas vezes quantas essas situações materiais se repetirem no tempo.

b) no fato gerador continuado, sua realização se dá de forma duradoura, podendo manter-se estável ao longo do tempo; nele, a matéria tributável tende a permanecer, existindo hoje e amanhã.

c) fato gerador periódico é aquele cuja realização se põe ao longo de um espaço de tempo; não ocorre hoje ou amanhã, mas sim durante um longo período de tempo, ao término do qual se valorizam diversos fatos isolados que, somados, aperfeiçoam o fato gerador do tributo.

d) fato gerador é qualquer manifestação positiva e concreta da capacidade econômica das pessoas, observada pelo legislador tributário, que a ele atribui qualidade bastante para provocar o nascimento da obrigação tributária principal, quando se verificar, na prática, a sua ocorrência.

e)no plano de uma classificação dos fatos jurídicos, o fato gerador, após a incidência, pode ser classificado como sendo um negócio jurídico.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Fato Gerador

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Fato Gerador

Art. 116. Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Norma Geral antielisiva

A MP 66, de 2002, arts. 13 a 19 regulamentava a matéria, mas a MP foi rejeitada.

(falta de propósito negocial, abuso de forma, negócio indireto etc e procedimentos)

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44. Prova ESAF.2005: Auditor Fiscal da Receita Federal. Receita Federal.

Leia cada um dos assertos abaixo e assinale (V) ou (F), conforme seja verdadeiro ou falso. Depois, marque a opção que contenha a exata seqüência.

( ) A situação definida em lei, desde que necessária para o nascimento da obrigação tributária principal é o seu fato gerador. ( ) Qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática de um ato que não tenha por objeto o pagamento de tributo ou multa, é obrigação tributária acessória. ( ) Atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de encobrir a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, desde que legítimos perante a legislação civil, não podem ser desconsiderados pela autoridade tributária.

a) V V V

b) F V V

c) F F F

d) F F V

e) V F V

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL Fato Gerador

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:

(...)

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:

I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Fato Gerador

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Sujeito Ativo

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.

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45. Prova ESAF.2010: Agente de Fazenda. SMJ-RJ. Receita Federal. 2012.

Sobre os sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária, assinale a opção incorreta. a) O sujeito ativo será a pessoa jurídica de direito público, titular do direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária (tributo ou penalidade).

b) A pessoa jurídica de direito público que se constituir pelo desmembramento territorial de outra, sub-roga-se, necessariamente, nos direitos dessa, cuja legislação tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria.

c) A pessoa natural ou jurídica, privada ou pública, de quem se exige o cumprimento da prestação pecuniária (tributo ou penalidade) denomina-se sujeito passivo.

d) Compõem a obrigação tributária, nascida com a ocorrência do fato gerador, um sujeito ativo e um sujeito passivo.

e) Segundo o Código Tributário Nacional, existem dois tipos de sujeito passivo da obrigação tributária principal: o contribuinte, também conhecido como sujeito passivo direto, e o responsável, também chamado de sujeito passivo indireto.

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46. Prova ESAF.2009. Auditor Fiscal da Receita Federal

Sobre a solidariedade e os sujeitos da obrigação tributária, com base no Código Tributário Nacional, assinale a opção correta.

a) O sujeito ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público que detém capacidade ativa, sendo esta indelegável.

b) No polo ativo da relação jurídico-tributária, necessariamente deve figurar pessoa jurídica de direito público.

c) O contribuinte de fato integra a relação jurídico-tributária, haja vista possuir relação direta com o fato gerador da obrigação.

d) Em regra, há solidariedade entre o contribuinte de fato e o contribuinte de direito, na relação jurídico-tributária.

e) A solidariedade ativa decorre da situação em que houve delegação do poder de arrecadar e fiscalizar tributos.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da

Constituição.

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios

processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por

ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento,

a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Sujeito Passivo

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:

I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.

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47. Prova ESAF.2008. Auditor do Tesouro Municipal. Prefeitura de Natal

Sobre os sujeitos da obrigação tributária, assinale a única opção correta.

a) O sujeito ativo da obrigação tributária é, necessariamente, a pessoa jurídica de direito público titular da competência para instituir o tributo.

b) Pessoa jurídica de direito privado pode figurar como sujeito ativo da obrigação tributária, haja vista o CTN prever, expressamente, a possibilidade de delegação das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos.

c) O contribuinte de fato ou de direito é considerado sujeito passivo da obrigação tributária, independentemente de possuir relação pessoal e direta com o fato gerador.

d) As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, mesmo que haja lei em sentido contrário.

e) A sociedade comercial informalmente constituída pode figurar como sujeito passivo de uma obrigação tributária.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Sujeito Passivo

Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto.

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Solidariedade

Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

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48. Prova ESAF.2008: Auditor do Tesouro Municipal. Prefeitura de Natal.

Sobre a solidariedade e capacidade tributária, assinale a única opção correta.

a) Em virtude da rigidez constitucional, que promoveu a distribuição de competências tributárias entre os entes políticos, não encontra respaldo, no ordenamento jurídico nacional, a solidariedade ativa em matéria tributária.

b) Pode o poder público exigir o pagamento do IPTU tanto do proprietário como do locatário do imóvel, tendo em vista se tratar de obrigação de direito real.

c) Considerando que duas pessoas detenham a propriedade de um veículo, o fisco não pode exigir apenas de um dos contribuintes o pagamento integral da exação.

d) Como efeito da solidariedade, tem-se que a isenção ou remissão de crédito tributário exonera todos os obrigados, mesmo se outorgada pessoalmente a um deles.

e) Na situação em que um pai detenha 60% de um imóvel e o filho, absolutamente incapaz, possua outros 40% do bem, optando o fisco em cobrar de apenas um, deve preferir o pai ao fi lho, em atenção ao benefício de ordem previsto no CTN.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Solidariedade

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:

I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Capacidade Tributária

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. .

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Domicílio Tributário Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Domicílio Tributário Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que

deram origem à obrigação.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

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49. Prova ESAF.2009. ATA MF

No que se refere à falta de eleição do domicílio tributário, pelo contribuinte ou responsável, dispõe o Código Tributário Nacional, exceto:

a) quanto às pessoas naturais, o domicílio é a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade.

b) quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o domicílio é o lugar de sua sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento.

c) a autoridade administrativa pode recusar o domicílio tributário eleito, por razões de conveniência e de eficiência, ainda que o domicílio indicado não impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

d) pode-se, em algumas situações, considerar-se como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que derem origem à obrigação.

e) quanto às pessoas jurídicas de direito público, o domicílio tributário é qualquer de suas repartições no território da entidade tributante.

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50. Prova ESAF.2010. Fiscal de Rendas. SMF-RJ

Em relação ao domicílio tributário, é correto afirmar que:

a) é definido pelo lugar dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que tenham dado origem à obrigação tributária, na impossibilidade de aplicação dos critérios de identificação indicados pelo Código Tributário Nacional.

b) relativamente às pessoas jurídicas de direito público, será considerado como seu domicílio tributário aquele situado no município de maior relevância econômica da entidade tributante.

c) quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, aquela que a autoridade administrativa assim eleger.

d) este pode ser livremente eleito pelo sujeito passivo da obrigação tributária, não tendo a autoridade administrativa o poder de recusá-lo.

e) quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, dependerá do local em que exerça com habitualidade suas atividades, independentemente do lugar da sua sede ou de cada estabelecimento.

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51. Prova ESAF.2005. Auditor Fiscal do Tesouro Estadual. SETRN

Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a)Somente I é verdadeira.

b) Somente I e II são verdadeiras.

c) Somente I, II e III são verdadeiras.

d) Somente II, III e IV são verdadeiras.

e) Somente III e IV são verdadeiras

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade Tributária

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

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Sujeito passivo

Contribuinte

Responsável

Solidariedade

Responsabilidade tributária por transferência

Sucessão

Terceiros

Responsabilidade por substituição

Progressiva – para frente

Regressiva – para trás

Concomitante

Responsabilidade por infrações

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52. Prova FCC.2015. Juiz Substituto. TJ GO

A responsabilidade tributária

a) é atribuída expressamente por lei à terceira pessoa, que não praticou o fato gerador, mas que está a ele vinculado, podendo ser exclusiva ou supletiva à obrigação do contribuinte.

b) é atribuída ao sujeito passivo da obrigação tributária que pratica o fato gerador.

c) é do contribuinte quando a lei lhe impõe esta obrigação, mesmo que não pratique o fato gerador.

d) pode ser atribuída a terceiro estranho ao fato gerador através de contrato particular firmado entre o contribuinte e terceiro.

e) independe de qualquer vínculo jurídico entre o terceiro e o contribuinte, bastando que haja expressa disposição legal ou convenção entre as partes.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade dos Sucessores Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias surgidas até a referida data.

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade Tributária

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

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53. Prova FCC.2014. Procurador do Estado. PGE RN.

A antecipação dos efeitos do fato gerador

a) tem cabimento nas hipóteses de fato gerador pretérito.

b) está expressamente autorizada na Constituição Federal.

c) trata-se de substituição tributária para trás.

d) acontece nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, quando ocorre o pagamento antecipado.

e) não é reconhecida pelo direito pátrio, pois só existirá crédito tributário a partir do momento em que ocorrer o fato gerador.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade Tributária

Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

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54. FCC. 2013. Prova: SEFAZ-SP. Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária

Com fundamento nas previsões do CTN, considere: I. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se contribuinte quando, sem revestir a condição de responsável, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei e responsável quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. II. Salvo disposição de lei em contrário, estão previstos os seguintes efeitos da solidariedade: a) o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais; b) a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo; c) a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais. III. As convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributo, não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, salvo se esta hipótese for expressamente prevista em decreto que regulamente o referido tributo. IV. Na solidariedade tributária é permitida a observância de uma sequência preestabelecida para a execução, operando-se esta primeiramente contra um, e só depois contra o outro. V. As pessoas expressamente designadas por lei e as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade dos sucessores Art. 131. São pessoalmente responsáveis:

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos com inobservância do disposto no artigo 191;

I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; (Redação dada pelo Decreto Lei nº 28, de 1966)

II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;

III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade dos sucessores Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual.

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55. Prova FCC. 2013. SEFAZ-SP Prova: Agente Fiscal de Rendas - Gestão Tributária

Com fundamento nas previsões do CTN, considere: I. Supondo que Aglaope é terceira pessoa vinculada ao fato gerador de determinada obrigação tributária e Leucosia é o contribuinte desta obrigação tributária, a atribuição de responsabilidade pelo crédito tributário a Aglaope deve ser expressamente estipulada por meio de lei, excluindo a responsabilidade de Leucosia ou atribuindo-a a esta em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação. II. Perséfone é proprietária de bem imóvel e deseja vendê-lo. Logo, a responsabilidade pelo pagamento do crédito tributário relativo a imposto cujo fato gerador seja a propriedade imobiliária sub-roga-se na pessoa dos eventuais adquirentes do imóvel de Perséfone, mesmo quando conste do título a prova de sua quitação. III. Sabázio morre, e deixa como herança três imóveis. Selene e Sarpédon são os únicos herdeiros, em igualdade de condições. Após ser realizada a partilha dos bens de Sabázio, ficam Selene e Sarpédon pessoalmente responsáveis, limitado ao montante do respectivo quinhão, pelos tributos devidos até este momento. IV.A empresa Jardim das Hespérides S.A. adquire da empresa Hamadríade Industrial Ltda. uma fábrica instalada no Estado de São Paulo. Aproveitando todo o maquinário existente, a adquirente continua a exploração da mesma atividade. Com respeito aos tributos devidos por esta fábrica até o momento da transação empresarial, a empresa Jardim das Hespérides S.A. responde subsidiariamente com o alienante se este cessar a exploração da indústria, e responde a adquirente pessoalmente se o alienante iniciar dentro de seis meses, a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ramo de indústria. V.Na hipótese de alienação judicial em processo de falência, a pessoa jurídica de direito privado que adquirir fundo de comércio nesta situação e continuar a respectiva exploração responde, em qualquer hipótese, pelos tributos relativos ao fundo de comércio adquirido, devidos até a data da operação.

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Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído

pela Lcp nº 118, de 2005)

I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: (Incluído pela Lcp nº

118, de 2005)

I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

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Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato:

I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;

II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: (Incluído

pela Lcp nº 118, de 2005)

I – em processo de falência; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

(...)

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o adquirente for: (Incluído pela Lcp nº

118, de 2005)

I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou sociedade controlada pelo devedor falido ou em recuperação judicial;(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto) grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

III – identificado como agente do falido ou do devedor em recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão tributária.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

§ 3o Em processo da falência, o produto da alienação judicial de empresa, filial ou

unidade produtiva isolada permanecerá em conta de depósito à disposição do juízo de falência pelo prazo de 1 (um) ano, contado da data de alienação, somente podendo ser utilizado para o pagamento de créditos extraconcursais ou de créditos que preferem ao tributário.(Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

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56. FCC. 2014. Prova TCE-GO. Analista de Controle Externo - Jurídica

Na responsabilidade por sucessão, é correto afirmar que

a) a incorporação de uma empresa por outra implica em responsabilidade tributária para a empresa incorporadora, relativamente aos débitos tributários da empresa incorporada, por fatos geradores anteriores à incorporação.

b) se na arrematação de bem imóvel em hasta pública o respectivo preço pago não for utilizado para quitar os tributos devidos, incidentes sobre o imóvel, o arrematante é considerado responsável tributário.

c) em processo de falência, o adquirente de estabelecimento comercial será responsável tributário pelos tributos devidos pela empresa falida, abatendo-se do preço da aquisição o valor dos débitos tributários.

d) o espólio nunca é sucessor tributário, mas sim os herdeiros a qualquer título são quem respondem pelos tributos devidos pelo de cujus até a abertura da sucessão.

e) os pais, tutores e curadores são responsáveis por sucessão, pelos tributos devidos pelos filhos, tutelados e curatelados, respectivamente.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade de Terceiros

Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:

I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;

II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados;

III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes;

IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;

V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário;

VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício;

VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.

Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade de Terceiros

Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:

I - as pessoas referidas no artigo anterior;

II - os mandatários, prepostos e empregados;

III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.

JURISPRUDÊNCIA

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57. Prova FCC. 2014. TRF 4ª Região.

Sobre responsabilidade tributária,

a) o representante legal de pessoa jurídica de direito privado, ainda que não seja sócio da empresa, é pessoalmente responsável pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, infração de lei, contrato social ou estatuto.

b) o arrematante é responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à arrematação, do mesmo modo que o adquirente de bem móvel.

c) o adquirente de estabelecimento comercial é responsável pelos tributos cujos fatos geradores sejam anteriores à aquisição quando a aquisição se dá em processo de falência, já que os créditos tributários têm preferência sobre créditos extraconcursais.

d) a responsabilidade pelo pagamento do tributo, juros de mora e multa é excluída pela denúncia espontânea da infração.

e) a pessoa jurídica de direito privado que resultar da incorporação, fusão ou transformação é responsável pelos tributos relativos aos fatos geradores anteriores à incorporação, fusão ou transformação de forma subsidiária, caso o patrimônio da incorporada, fundida ou transformada seja insuficiente para quitar os créditos tributários devidos.

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58. ESAF. 2010. Prova SMF-RJ Fiscal de Rendas

Em tema de responsabilidade tributária, julgue os itens a seguir: I. sem prejuízo da responsabilidade tributária atribuída diretamente pelo Código Tributário Nacional, lei ordinária pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa sem vínculo com o fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação; II. a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde integralmente pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; III. os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado e os administradores de bens de terceiros são pessoalmente responsáveis pelos créditos da Fazenda Pública correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

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59. Prova FCC. 2010. SEFIN-RO Auditor Fiscal de Tributos Estaduais

Considere os itens a seguir, sobre responsabilidade de terceiros: I. Os pais, tutores e curadores são responsáveis pelos tributos devidos por seus filhos menores, tutelados e curatelados, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis. II. Os sócios são responsáveis pelos tributos devidos pela sociedade em cotas de responsabilidade limitada. III. A responsabilidade de terceiros não se estende a nenhuma espécie de penalidade, na medida em que esta espécie de responsabilidade é pessoal e intransferível. IV. A responsabilidade pessoal dos gerentes de pessoas jurídicas de direito privado limita-se aos créditos decorrentes de obrigações resultantes de atos praticados com excesso de poderes, infração de lei, contrato ou estatuto.

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60. Prova. FCC. 2011 PGE-MT Procurador do Estado

Estando em curso execução fiscal, se a empresa de responsabilidade limitada, ora executada, deixar de funcionar em seu domicílio fiscal sem comunicar tal fato aos órgãos competentes, segundo jurisprudência pacífica do STJ, tal fato presume dissolução irregular da empresa, autorizando o redirecionamento de execução fiscal em curso para

a) todos os sócios, em virtude da responsabilidade solidária dos sócios pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com infração de lei, em caso de liquidação de sociedade de pessoas.

b) os sócios majoritários, em virtude da responsabilidade solidária dos sócios pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes, em caso de liquidação de sociedade de pessoas.

c) os diretores, gerentes ou representantes da empresa, em virtude de responsabilidade pessoal pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com infração de lei.

d) os diretores, gerentes ou representantes da empresa, desde que sócios, em virtude da responsabilidade subsidiária por todos os créditos tributários em caso de liquidação irregular presumida de sociedade de pessoas.

e) os sócios diretores, gerentes ou representantes da empresa, em virtude de responsabilidade subsidiária por sucessão, desde que haja continuidade da exploração da atividade, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma ou nome individual.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade por Infrações – RESPONSABILIDADE OBJETIVA

Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

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61. Prova FCC. 2011. MPE-CE Promotor de Justiça

A responsabilidade por infrações à legislação tributária

a) independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato, salvo disposição de lei em contrário.

b) é pessoal apenas quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico.

c) é pessoal apenas quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar.

d) não pode ser afastada pela denúncia espontânea da infração se o agente fizer o pagamento do tributo devido.

e) depende de conceituação legal como crime ou contravenção para que gere a responsabilidade tributária.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Responsabilidade por Infrações – RESPONSABILIDADE PESSOAL OU SUBJETIVA

Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:

I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito;

II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:

a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;

b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores;

c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra estas.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

DENÚNCIA ESPONTÂNEA

Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.

Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Jurisprudência do STJ

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre

renda e proventos de qualquer natureza, incidente na

fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por

eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem

e mantiverem;

II - vinte por cento do produto da arrecadação do

imposto que a União instituir no exercício da

competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I.

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Repartição Constitucional das Receitas Tributárias

Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal:

IR FONTE que eles, suas autarquias e fundações recolherem

20% de eventual novo imposto

IR FONTE dos Municípios também fica com eles

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Art. 158. Pertencem aos Municípios:

I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;

II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios;

IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios:

I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios;

II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal.

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Repartição Constitucional das Receitas

Tributárias Pertencem aos Municípios:

IR FONTE que recolherem

50% do ITR

50% do IPVA

25% do ICMS

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Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Pertencem aos Municípios:

IR FONTE que recolherem

50% do ITR

50% do IPVA

25% do ICMS

As parcelas de receita pertencentes aos Municípiosdo ICMS serão creditadas

conforme os seguintes critérios:

I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações

relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em

seus territórios;

II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos

Territórios, lei federal.

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;

c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;

d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)

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Repartição Constitucional das Receitas Tributárias

. A União entregará:

49% do IR + do IPI 21,5% ao FPE e DF

22,5% ao FPM

3% programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer

1% ao FPM no primeiro decêndio de dezembro

1% ao FPM no primeiro decêndio de julho

10% do IPI aos Estados e DF proporcionalmente às exportações de produtos

industrializados (Nenhum pode receber pode receber mais de 20% do distribuído)

29% da Cide-combustíveis aos Estados e DF

Mas o valor deve ser usado para financiamento de programas de infra-estrutura de transportes

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte forma: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios;

c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer;

d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)

II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.

III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 44, de 2004)

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62. Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: PC-RN Prova: Delegado de Polícia Acerca da repartição das receitas tributárias, assinale a opção correta. a)O repasse da quota constitucionalmente devida aos municípios a título de ICMS pode sujeitar-se à condição prevista em programa de benefício fiscal de âmbito estadual.

b)Pertencem aos municípios 50% do produto da arrecadação do ICMS do estado.

c)Pertence aos municípios o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.

d)Pertencem aos estados 50% do produto da arrecadação dos impostos que a União instituir com base no exercício de sua competência residual que lhe é atribuída pela CF.

e)A União entregará do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza 22,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal.

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63. Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: MPE-PI Prova: Promotor de Justiça

Assinale a opção correta a respeito da repartição das receitas tributárias. a)Apesar de constar no texto constitucional a expressão repartição das receitas tributárias, a CF prevê apenas a repartição dos impostos arrecadados, excluídos da repartição os demais tributos. b)As receitas tributárias devem ser repartidas sempre, de forma direta, entre as pessoas políticas destinatárias, sendo expressamente vedado na CF o repasse a qualquer fundo de participação vinculado aos entes federativos. c)Pertencem aos municípios cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto do estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seu território. d)A determinação constitucional de repartição das receitas tributárias infirma o pacto federativo. e)De acordo com o princípio federativo adotado pela CF, a União, os estados, o DF e os municípios deverão realizar repasses e repartir suas respectivas receitas tributárias.

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64. Ano: 2008 Banca: FCC Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária

No que diz respeito à repartição das receitas tributárias, é certo que

a)pertencem aos Municípios trinta e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal.

b)pertencem aos Estados, ao Distrito Federal e Municípios, vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da sua competência tributária residual.

c)a nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a quinze por cento do montante a que se refere a partilha do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, vedada a distribuição excedente.

d)a União entregará, do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.

e)a União entregará, do produto da arrecadação de intervenção no domínio econômico, relativamente às atividades de comercialização de petróleo e seus derivados, vinte por cento para os Estados, Distrito Federal e Municípios.

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65. Ano: 2014 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Palhoça – SC Prova: Procurador do Município

Assinale a alternativa correta em relação à repartição das receitas tributárias.

a)Pertence ao Município cinquenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, aos seus empregados e servidores.

b)O produto da arrecadação do imposto estadual sobre a propriedade de veículos automotores será revertido na sua totalidade ao Município em que ocorrer o licenciamento

c)Ao Município em que forem declaradas as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação pertencerá trinta e cinco por cento do produto de sua arrecadação.

d)Vinte por cento do produto da arrecadação do imposto residual extraordinário que a União instituir no exercício da competência pertencerão ao Município em que se verificar a ocorrência do fato gerador.

e)O Município que optar por fiscalizar e cobrar o imposto sobre a propriedade territorial rural e desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal terá cem por cento do produto arrecado com o imposto.

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66. Ano: 2009 Banca: FCC Órgão: TJ-PI Prova: Analista Judiciário – Contabilidade

No que diz respeito à repartição das receitas tributárias, é correto afirmar:

a)Os recursos repassados para o Fundo de Participação dos Municípios provêm da arrecadação do Imposto sobre Operações Financeiras e do Imposto sobre Produtos Industrializados.

b)A União divide a arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural com os municípios.

c)Os Estados repassam 10% do ICMS recolhido aos municípios na razão inversa da renda per capita de cada um.

d)Os municípios entregam aos Estados 50% do montante recolhido a título do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores.

e)A União está dispensada de repassar aos Estados e ao Distrito

Federal qualquer valor arrecadado de imposto criado com o uso da competência residual de que trata o art. 154 da CF/88.

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

I - 49% do IR + do IPI

II - 10% do IPI aos Estados e DF proporcionalmente às exportações de produtos industrializados

III - 29% da Cide-combustíveis aos Estados e DF

§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.

§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.

§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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Repartição Constitucional das Receitas Tributárias A União entregará:

I - 49% do IR + do IPI

Na repartição do IR não é considerado o IR fonte, que já fica com Estados,

Municípios e DF

II - 10% do IPI aos Estados e DF proporcionalmente às exportações de

produtos industrializados

Nenhum Estado ou o DF pode receber mais do que 20% do montante

distribuído (nesse caso o excedente é redistribuído)

Estados entregam 25% aos Municípios

III - 29% da Cide-combustíveis aos Estados e DF

Estados entregam 25% aos Municípios

Mas o valor deve ser usado para financiamento de programas de infra-

estrutura de transportes

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

I - 49% do IR + do IPI

II - 10% do IPI aos Estados e DF proporcionalmente às exportações de produtos industrializados

III - 29% da Cide-combustíveis aos Estados e DF

§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157, I, e 158, I.

§ 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha nele estabelecido.

§ 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II.

§ 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias

Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao

emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais

e acréscimos relativos a impostos.

Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a

União e os Estados de condicionarem a entrega de

recursos:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de

2000)

I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas

autarquias; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e

III. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.

EXCETO

ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias

Despesa obrigatória com saúde dos Estados, DF e municípios

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Constituição Federal

Repartição Constitucional das Receitas Tributárias É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.

EXCETO

ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias

Despesa obrigatória com saúde dos Estados, DF e municípios

Lei Complementar no. 141, de 2012

Art. 6o Os Estados e o Distrito Federal aplicarão, anualmente, em

ações e serviços públicos de saúde, no mínimo, 12% (doze por cento) da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam o art. 157, a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição Federal, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios.

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202

Constituição Federal

Art. 153 § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o

inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota

mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da

arrecadação nos seguintes termos: (Vide Emenda Constitucional nº 3, de

1993)

I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a

origem;

II - setenta por cento para o Município de origem.

IOF SOBRE OUTRO ATIVO FINANCEIRO

30% PARA ESTADOS E DE DE ORIGEM

70% PARA MUNICÍPIO DE ORIGEM

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Constituição Federal

Art. 153 III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na

forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra

forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de

19.12.2003) (Regulamento)

ITR PERTENCE NESSE CASO INTEGRALMENTE AO O MUNICÍPIO

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Art. 96. A expressão "legislação tributária"

compreende as leis, os tratados e as

convenções internacionais, os decretos e

as normas complementares que versem,

no todo ou em parte, sobre tributos e

relações jurídicas a eles pertinentes.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

NÃO HÁ NECESSIDADE DE LEI PARA ESTABELECER OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos

Art. 98. Os tratados e as convenções

internacionais revogam ou modificam a

legislação tributária interna, e serão

observados pela que lhes sobrevenha.

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67. Ano: 2012 Banca: ESAF Órgão: PGFN Prova: Procurador da Fazenda Nacional

Sobre os tratados e as convenções internacionais em matéria tributária, a teor do disposto no Código Tributário Nacional, revogam a legislação tributária interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Sobre o tema, é incorreto afirmar que: a)consoante entendimento do STF, ainda quando fundados em tratados de integração, como no âmbito do Mercosul, os tratados e convenções internacionais só produzem efeito internamente após se completar o ciclo de aprovação interna previsto na Constituição Federal. b)a expressão "revogam" não cuida, a rigor, de uma revogação, mas de uma suspensão da eficácia da norma tributária nacional, que readiquirá a sua aptidão para produzir efeitos se e quando o tratado for denunciado. c)as normas classificadas pela doutrina como soft law, que irradiam seus efeitos tanto no âmbito do direito internacional público como no privado, devem ser vistas apenas como fonte indireta de direito tributário. d)o sistema constitucional brasileiro não consagra o princípio do efeito direto e nem o postulado da aplicabilidade imediata dos tratados e convenções internacionais. e)internamente, os tratados internacionais são equivalentes às leis ordinárias nacionais, salvo nas exceções constitucionalmente previstas, em que as normas de tratados sobre direitos humanos são equiparados às normas constitucionais. Há, portanto, hierarquia entre os próprios tratados.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Leis, Tratados e Convenções Internacionais e Decretos

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos

restringem-se aos das leis em função das quais

sejam expedidos, determinados com

observância das regras de interpretação

estabelecidas nesta Lei.

Decorrência do princípio da legalidade.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Normas Complementares

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito.

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CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Normas Complementares

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das

convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição

administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades

administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o

Distrito Federal e os Municípios.

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo

exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e

a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

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68. Ano: 2006 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SP Prova: Agente Fiscal

de Tributos Estaduais

Com base no Código Tributário Nacional, é INCORRETO afirmar:

a)A expressão “legislação tributária” compreende as leis, os tratados

e as convenções internacionais, os decretos e as normas

complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e

relações jurídicas a eles pertinentes.

b)O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis

em função das quais sejam expedidos, determinados com

observância das regras de interpretação estabelecidas no CTN.

c)Os tratados e as convenções internacionais revogam ou

modificam a legislação tributária interna, e serão observados pela

que lhes sobrevenha.

d)Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas

são normas complementares das leis, dos tratados e das convenções

internacionais e dos decretos.

e)A observância das normas complementares (CTN, art.100) exclui a

imposição de penalidades, a cobrança de tributo e de juros de mora e

a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.