financiamento do fundo rodoviÁrio e obras de …

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TER19NOV www.jornaldeangola.co.ao Terça-feira 19 de Novembro de 2019 Director: VÍCTOR SILVA Director-Adjunto: CAETANO JÚNIOR Ano 44 N.º 15815 Kz 45,00 PUBLICIDADE NESTA EDIÇÃO ADRIANO MIXINGE Hugo Salvaterra e o novo cinema OPINIÃO 7 VACINAÇÃO Epidemia do vírus ébola perde força na RDC ÁFRICA 12 VERA DAVES NO PARLAMENTO Ministra das Finanças apresenta OGE’2020 POLÍTICA 2 GUINÉ-BISSAU PAIGC diz que a crise está a ser ultrapassada ÁFRICA 12 INUNDAÇÕES Chuva mata e desaloja famílias em Cabinda REGIÕES 23 TRAGÉDIA Pai, mãe e dois filhos morrem em acidente no Zaire SOCIEDADE 26 GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO Educação analisa plano de ensino à distância SOCIEDADE 27 INTERCÂMBIO Museus angolano e alemão fortalecem a cooperação CULTURA 29 ACTIVISTA SOCIAL Morreu o rapper Carbono Casimiro ÚLTIMA 32 30 mil milhões de kwanzas para estancar 23 ravinas ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO DR DR FINANCIAMENTO DO FUNDO RODOVIÁRIO E OBRAS DE EMERGÊNCIA As 23 das principais ravinas, que ameaçavam destruir bens públicos em várias regiões do país, estão a ser intervencionadas com um financiamento de 30 mil milhões de kwanzas garantido pelo Fundo Rodoviário e Obras de Emergência (FROE), assegurou o administrador técnico da instituição, Simão Tomé, em declarações ao Jornal de Angola. O responsável explicou que as obras de estancamento de ravinas fazem parte de um projecto de intervenções em mais de 30 empreitadas. Essas 23 grandes ravinas, acrescentou, embora algumas não representassem directamente perigo para as estradas, ameaçavam a vida de comu- nidades nas províncias de Malanje, Uíge, Moxico, Cabinda e das Lundas Norte e Sul. SOCIEDADE 26 Quem tem casa de banho é rei KILUNDA, AQUI TÃO PERTO EXPLORAÇÃO ÁGUA E SANEAMENTO PORTUGAL INQUÉRITO Cooperativas de diamantes sem actividade perdem licença O secretário de Estado para a Geologia e Minas, Jânio Victor, advertiu, ontem, em Luanda, que o Governo vai retirar as licenças de exploração às cooperati- vas de diamantes que não iniciem a actividade nos próximos seis meses. Ape- nas dez das 260 coopera- tivas licenciadas estão em actividade. ECONOMIA 11 Lançado fórum de concertação Um Fórum Nacional de Água e Saneamento , com o propósito de criar uma plataforma entre o Governo, parceiros de desenvolvimento do sector das águas, higiene e sanea- mento, foi lançado ontem, em Luanda. Ao discursar no acto de lançamento, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, reconheceu que os abun- dantes recursos hídricos não têm sido geridos de forma integrada. POLÍTICA 3 Sara Caetano joga na Quinta dos Lombos Trump admite testemunhar por escrito DESTAQUE 4 | 5 Dificuldades de aleitamento atenuadas MATERNIDADE LUCRÉCIA PAIM Angola conta, desde ontem, com o primeiro Banco de Leite Humano, na Maternidade Lucrécia Paim, em Luanda, para atender as necessidades alimentares de crianças pre- maturas e das nascidas de mães seropositivas. SOCIEDADE 27 DESPORTO 30 O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu, ontem, “consi- derar seriamente” a pos- sibilidade de testemunhar por escrito no inquérito para a sua destituição, que decorre no Congresso. A presidente da Câmara dos Representantes, a demo- crata Nancy Pelosi, con- vidou, domingo, Donald Trump a testemunhar no Congresso. MUNDO 13

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TER19NOV

www.jornaldeangola.co.ao

Terça-feira19 de Novembro de 2019

Director: VÍCTOR SILVADirector-Adjunto: CAETANO JÚNIOR

Ano 44 • N.º 15815

Kz 45,00

PUBLICIDADE

N E S T A E D I Ç Ã O

ADRIANO MIXINGEHugo Salvaterrae o novo cinema

OPINIÃO • 7

VACINAÇÃOEpidemia do vírus ébolaperde força na RDC

ÁFRICA • 12

VERA DAVES NO PARLAMENTO

Ministra das Finançasapresenta OGE’2020

POLÍTICA • 2

GUINÉ-BISSAUPAIGC diz que a crise está a ser ultrapassada

ÁFRICA • 12

INUNDAÇÕESChuva mata e desaloja famílias em Cabinda

REGIÕES • 23

TRAGÉDIAPai, mãe e dois filhosmorrem em acidente

no ZaireSOCIEDADE • 26

GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃOEducação analisa planode ensino à distância

SOCIEDADE • 27

INTERCÂMBIOMuseus angolano e alemão fortalecem a cooperação

CULTURA • 29

ACTIVISTA SOCIAL

Morreu o rapperCarbono Casimiro

ÚLTIMA • 32

30 mil milhões de kwanzas para estancar 23 ravinas

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

DR

DR

FINANCIAMENTO DO FUNDO RODOVIÁRIO E OBRAS DE EMERGÊNCIA

As 23 das principais ravinas, que ameaçavamdestruir bens públicos em várias regiõesdo país, estão a ser intervencionadas comum financiamento de 30 mil milhões dekwanzas garantido pelo Fundo Rodoviárioe Obras de Emergência (FROE), assegurou

o administrador técnico da instituição,Simão Tomé, em declarações ao Jornal deAngola. O responsável explicou que asobras de estancamento de ravinas fazemparte de um projecto de intervenções emmais de 30 empreitadas. Essas 23 grandes

ravinas, acrescentou, embora algumas nãorepresentassem directamente perigo paraas estradas, ameaçavam a vida de comu-nidades nas províncias de Malanje, Uíge,Moxico, Cabinda e das Lundas Norte e Sul.

SOCIEDADE • 26

Quem tem casa de banho é reiKILUNDA, AQUI TÃO PERTO

EXPLORAÇÃO ÁGUA E SANEAMENTOPORTUGAL

INQUÉRITO

Cooperativasde diamantessem actividadeperdem licençaO secretário de Estado paraa Geologia e Minas, JânioVictor, advertiu, ontem,em Luanda, que o Governovai retirar as licenças deexploração às cooperati-vas de diamantes que nãoiniciem a actividade nospróximos seis meses. Ape-nas dez das 260 coopera-tivas licenciadas estão emactividade. ECONOMIA • 11

Lançado fórum de concertaçãoUm Fórum Nacional deÁgua e Saneamento ,com o propósito de criaruma plataforma entre oGoverno, parceiros dedesenvolvimento do sectordas águas, higiene e sanea-mento, foi lançado ontem,em Luanda. Ao discursarno acto de lançamento, oministro da Energia eÁguas, João Baptista Borges,reconheceu que os abun-dantes recursos hídricosnão têm sido geridos deforma integrada. POLÍTICA • 3

Sara Caetano joga na Quinta dos Lombos

Trump admitetestemunharpor escrito

DESTAQUE • 4 | 5

Dificuldades de aleitamentoatenuadas

MATERNIDADE LUCRÉCIA PAIM

Angola conta, desde ontem,com o primeiro Banco de LeiteHumano, na MaternidadeLucrécia Paim, em Luanda,para atender as necessidadesalimentares de crianças pre-maturas e das nascidas de mãesseropositivas. SOCIEDADE • 27

DESPORTO • 30

O Presidente dos EstadosUnidos, Donald Trump,admitiu, ontem, “consi-derar seriamente” a pos-sibilidade de testemunharpor escrito no inquéritopara a sua destituição, quedecorre no Congresso. Apresidente da Câmara dosRepresentantes, a demo-crata Nancy Pelosi, con-vidou, domingo, DonaldTrump a testemunhar noCongresso. MUNDO • 13

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Presidente do Supremo ouviu atentamente as preocupações dos magistrados e funcionários

JOEL LEONARDO VISITA INSTALAÇÕES DO TRIBUNAL DE VIANA

Manuela Mateus

O presidente do Tribunal Supremo, JoelLeonardo, constatou, ontem, más condiçõestécnicas e de trabalho no Tribunal de Viana,que, ultimamente, tem interrompido eadiado audiências de julgamento por falta,por exemplo, de energia eléctrica.

O presidente do Tribunal Supremo decla-rou à comunicação social que “a impressãonão é satisfatória”, quando fazia referênciaàs condições técnicas e de trabalho do Tri-bunal de Viana, no final de uma visita, decerca de três horas, às instalações.

Na visita, Joel Leonardo percorreu assalas de audiência e gabinetes de trabalhoe ouviu de juízes e de outros funcionáriosdo Tribunal as maiores preocupações comque se debatem.

No rol de preocupações apresentadasestão as constantes falhas de energia eléctrica,a falta de manutenção regular aos aparelhosde ventilação e o mau estado do tecto falso,dos quartos de banho e das instalaçõeseléctricas.O presidente do Tribunal Supremoacentuou que, apesar de as condições téc-nicas e de trabalho não serem boas, têmsaído do Tribunal de Viana “decisões justas”,razão pela qual disse ter deixado ontem olocal confortado.

Joel Leonardo assegurou que vão serfeitos esforços para que, a curto prazo,o Tribunal de Viana tenha condições téc-nicas e de trabalho para os magistradose outros operadores da justiça trabalharemcom dignidade.

O responsável disse esperar que, apesardas más condições constatadas, os juízesdo Tribunal de Viana continuem a fazer oseu trabalho de forma célere.

“Estamos atentos e queremos uma insti-tuição célere, para que o cidadão tenha sempreconfiança na Justiça”, salientou Joel Leonardo,defendendo a existência de um pacto de leal-dade entre a Justiça e o cidadão.

O magistrado explicou que escolheu Vianapara fazer a primeira visita a um tribunal,desde que foi nomeado para o cargo pelo Pre-sidente da República, João Lourenço, por serum dos municípios mais populosos do país.

Depois de deixar o Tribunal de Viana,o presidente do Tribunal Supremo deslo-cou-se ao edifício da 14ª Secção da Salados Crimes Comuns do Tribunal Provincialde Luanda, para constatar o grau de exe-cução das obras que estão a ser feitas nasinstalações.

O Tribunal de Viana não dispõe de geradoreléctrico, sendo esta uma das razões dainterrupção e adiamento de audiências dejulgamento quando o imóvel fica privadodo fornecimento de energia eléctrica darede pública.

Um funcionário do tribunal revelou, ontem,ao Jornal de Angolaque, há dias, três pessoasdesmaiaram por ter estado “muito quente”a sala de julgamento em que se encontravam,porque os aparelhos de ar condicionado nãoestavam a funcionar.Num outro dia, de acordocom a fonte, um procurador teve de abandonara mesma sala, porque não se sentia bem,pelas mesmas razões.

Supremo promete melhorar condições

Adelina Inácio

O Executivo apresenta hoje,no Parlamento, a propostade Lei do Orçamento Geraldo Estado (OGE) para 2020,que pretende a retoma docrescimento económico.

A Proposta de OGE, comrece i tas e s t imadas em15.875.610.485.070,00 dekwanzas (quinze biliões, oito-centos e setenta e cinco milmilhões e seiscentos e dezmilhões, quatrocentos eoitenta e cinco mil e setentakwanzas), e despesas em igualmontante, prevê um cresci-mento de 1,8 por cento.

O ministro de Estado daCoordenação Económica vaiapresentar a mensagemdo Presidente da Repú-blica sobre as perspectivasmacroeconómicas, enquantoa ministra das Finanças, VeraDaves, apresenta o OGEaos parlamentares, que,depois de debates, devemaprovar, na generalidade,o relatór io-parecer doOGE e a proposta de Leique o aprova.

Durante a aprovação dorelatório-parecer, nas comis-sões de especialidade, no dia8 deste mês, o primeiro vice-presidente da bancada par-lamentar do MPLA, Manuelda Cruz Neto, admitiu que aProposta de OGE para o pró-ximo ano é de subsistência.

O deputado prevê que oexercício económico do pró-ximo ano vai permitir apenassobreviver. “Não será umOrçamento para o desenvol-vimento, até porque grande

parte das receitas estão des-tinadas para compromissospassados”, alertou.

A vice-presidente do grupoparlamentar da UNITA, Alber-tina Navita Ngolo, afirmouque o OGE continua a darmostras que o país dependeapenas do petróleo.

No seu entender, o stockda dívida pública continuatambém a ser a prioridadepara o Executivo. AlbertinaNavita Ngolo defende que oExecutivo deve reavaliar asverbas destinadas aos sec-tores da Saúde e Educação,que,disse, “continuam preo-cupantes”. A vice-presidentedo grupo parlamentar daUNITA propõe a criação depolíticas claras e céleresrelativas ao empresariadoprivado, por ser este ogarante do emprego e pro-moção da produção.

O deputado da CASA-CEManuel Fernandes disse quea coligação analisou profun-damente o OGE e constatouque o Executivo pretendeapresentar um Orçamentocom projecções macroeco-nómicas positivas e excessode optimismo do ponto devista do crescimento econó-mico, face à realidade do país.No OGE, acrescentou, o Exe-cutivo apresenta ainda umíndice orçamental elevadoque “vai obrigar o recursoao endividamento, com vistaa fazer face ao pagamentoda dívida, até para as des-pesas correntes”.

O deputado BeneditoDaniel, do PRS, disse quenão acredita que este Orça-

mento contribua para o bem-estar da população. SegundoBenedito Daniel, as despesasdestinadas ao sector socialestão aquém da resoluçãodos problemas da população.

A proposta do OGE para2020 foi entregue ao Parla-mento, em Outubro, peloministro de Estado para aCoordenação Económica,Manuel Nunes Júnior, adian-tando, na ocasião, que oExecutivo pretende que opaís saía do campo negativode crescimento e entre parauma retoma económica.

O que se pretende, expli-cou, é que em 2020 o paíspossa exibir taxas de cresci-mento positivas.ManuelNunes Júnior acrescentou queo Executivo está a prever para2020 uma taxa de crescimentode 1,8 por cento, em que osector não petrolífero terá umcrescimento de cerca de 1,9por cento. O Executivo, frisou,vai dar mais ênfase aos sec-tores da Agricultura, Pescase Indústria Transformadora,que deverão garantir osrecursos necessários paraque o país saia do camponegativo em que se encontrado ponto de vista do cresci-mento económico.

A ministra das Finanças,Vera Daves, disse, na ocasião,que o preço de referênciado petróleo é de 55 dólareso barril e a taxa de inflaçãoesperada é de 24, 3 por cento.O Executivo, acrescentou,vai ter o cuidado de asse-gurar que se consiga liqui-dar ao máximo o stock dadívida pública.

PRIORIDADE PARA OS SECTORES DA AGRICULTURA E PESCASDOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO

Comissões de especialidade aprovaram o relatório-parecer que vai hoje ao plenário

Proposta do Orçamento prevê um crescimento de 1,8 porcento e uma taxa de inflação esperada de 24,3 por cento

MPLA NO CUANDO CUBANGO

Lourenço Bule | Menongue

A coordenadora do grupode acompanhamento doSecretariado do Bureau Polí-tico do MPLA à província doCuando Cubango exortou,sábado último, os militantes,sobretudo afectos à funçãopública, a pautarem por umagestão transparente dos benspúblicos postos à sua dispo-sição, para o êxito do projectode governo do partido.

Maricel Capama, quefalava no final da reuniãoordinária do Comité Provin-cial do MPLA, realizada nacidade de Menongue, disseque o partido vai continuara responsabilizar civil e cri-minalmente os militantesdesonestos ou que trabalhemdesalinhados com o lema“corrigir o que está mal emelhorar o que está bem”.

“Todos os mil itantesdevem ser potenciais fiscaise denunciar às autoridadescompetentes, quando umdeterminado bem ou serviço

esteja a ser alvo de desviodas normas cívicas e morais.Continuamos a defender queas pessoas devem pautar poruma gestão assente no prin-cípio da transparência”, afir-mou o político, que pediuaos dirigentes, militantes,amigos e simpatizantes dopartido na região a apoiarem,incondicionalmente, o pre-sidente do MPLA e da Repú-blica, na condução de todoo processo económico e polí-tico do país, com vista aocombate à corrupção, impu-nidade e nepotismo, visandoa boa gestão da coisa pública.

Três frentes O primeiro secretário doMPLA no Cuando Cubango,Júlio Bessa, elegeu as loca-lidades de Licua (Mavinga),Vissati (Cuchi) e Missombo(Menongue), como as trêsprincipais frentes para a pro-dução agrícola, com vista atornar a população auto-suficiente em termos ali-mentares, a partir de 2020.

Exigida conservação dos bens públicosNas três áreas definidas, o

governo da província vai pro-mover uma produção agrícolaa qualquer período do ano,para que a população nãodependa de terceiros, casovenha a registar-se escassezde chuvas durante o ano agrí-cola em curso, referiu Bessa,acrescentando que cada aldeiado Cuando Cubango deve sercapaz de produzir o que neces-sita, visto que a maior partedelas fica próximo de um cursoou fontenário de água.

Júlio Bessa referiu que oturismo na província estáameaçado por causa dasqueimadas e da caça furtiva.Declarou que estes malesestão a dizimar milhares deanimais selvagens, que sãoa principal atracção.

Salientou ser necessáriotrabalhar-se com afinco parase acabar com tais práticas,que considerou “pouco abo-natórias.” Salientou que “osturistas não virão ao CuandoCubango para verem os ani-mais de estimação.”

POLÍTICA2 Terça-feira19 de Novembro de 2019

Executivo apresenta OGEà Assembleia Nacional

Os crimes cibernéticos e aprova electrónica enquantodesafios para a justiça cri-minal e para o Estado deDireito da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa(CPLP) vão dominar a XVIConferência dos Ministrosda Justiça da organização, adecorrer na quinta-feira, emCabo Verde.

O ministro da Justiça edos Direitos Humanos,Francisco Queiroz, repre-senta Angola no certame,a ter lugar na cidade do Sal,onde deverá chegar hoje,indica uma nota citada pelaAngop.

A escolha do tema, jus-tifica o documento, está rela-cionada com o facto de associedades dependerem,cada vez mais, do uso dastecnologias de informação,o que propicia, também, oaumento de infracçõesenvolvendo computadores,a uma velocidade superiorem relação à aplicação dasmedidas de contenção.

Com a conferência do Sal,os ministros da Justiça daComunidade dos Países deLíngua Portuguesa procurammedidas concertadas paratentar dar solução à ameaçagerada pelos crimes ciber-néticos na comunidade emque estão inseridos, medianteuma legislação forte e har-monizada com os parâmetrosinternacionais.

Francisco Queiroz enca-beça uma delegação inte-grada por magist radosjudiciais e do MinistérioPúblico, técnicos afectosao Serviço de InvestigaçãoCriminal(SIC) e das Direc-ções de Administração ePol í t icas da Just iça doMinistério da Justiça e dosDireitos Humanos.

A conferência anteriordecorreu em 2017, em Bra-sília, Brasil. À margem daconferência realizou-se umaedição especial do ProgramaNacional de Capacitação eTreinamento ao Combate àCorrupção e à Lavagem deDinheiro. Integram a CPLPAngola, Brasil, Cabo Verde,Guiné-Bissau, Guiné Equa-torial, Moçambique, Por-tugal, SãoTomé e Príncipee Timor-Leste.

As obrasdas infra-estruturasintegradas no município doDande, província do Bengo,no âmbito do Plano Inte-grado de Intervenção nosMunicípios (PIIM), vãoabsorver cerca de 16,8 milmilhões de kwanzas, dos32,1 mil milhões destinadosà província.

A informação foi prestadaontem ao ministro da Cons-trução e Obras Públicas,Manuel Tavares de Almeida,na abertura do acto de for-mação dos operadores demáquinas e entrega de kitsde máquinas, destinadas àmanutenção das vias rodo-viárias no país.

Manuel Tavares de Almeidadestacou a importância dasestradas para o crescimentoeconómico e social do país,e informou que o programacom vista à manutenção epreservação das vias contacom 90 milhões de euros.

Desde ontem estão, numaprimeira fase, a ser formados,no Bengo, 50 operadores dasprovíncias anfitriã, Luanda,Cabinda, Cuanza-Norte, Uíge,Malanje, Moxico, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Zaire. Ociclo de formação tem a dura-ção de nove dias e cada umadestas províncias vai bene-ficiar de dois kits de máqui-nas, com excepção de Luanda,que apenas vai receber um.

Manuel Tavares de Almeidadisse que com esta formação,

as províncias vão ser maisdinâmicas em termos demanutenção das vias secun-dárias e terciárias.

Após a cerimónia de aber-tura do seminário e entregadas máquinas, o ministro daConstrução e Obras Públicasvisitou as obras de construçãoda Bacia de Retenção deCaxito, com capacidade paraarmazenar 110 milhões delitros de água.

A execução física da Baciade Retenção de Caxito encon-tra-se executada em 78 porcento, e está a ser construídanuma área de seis hectares.Tem uma profundidade decinco metros.

O projecto de construçãodas infra-estruturas inte-gradas de Caxito está orçadoem cerca de 70 milhões dedólares. O projecto contacom uma execução físicada ordem dos 26 por centoe financeira de apenas 19por cento.

A governadora provincialdo Bengo garantiu que asmáquinas também vão serusadas na preparação doscampos agrícolas.

Mara Quiosa disse queNambuangongo vai ser a pri-meira localidade a beneficiardo programa de melhoriadas estradas. A governadorasublinhou que as redes rodo-viárias do município hámuito precisam de inter-venções profundas.

EDMUNDO EUCÍLIO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Manuel Tavares de Almeida entregou kits de terraplanagem

CPLP OBRAS PÚBLICAS

RELATÓRIO DA CNIDAH

Titularesda Justiça debatemcrimescibernéticos

Ministro avalia obras na província do Bengo

Manuela Gomes

Um Fórum Nacional de Água e Sanea-mento (FONAS), com o propósito de criaruma plataforma entre o Governo, par-ceiros de desenvolvimento do sector daságuas, higiene e saneamento, foi lançadoontem, em Luanda.

O Fórum tem em vista melhorar acoordenação das intervenções no sector,promover a criação de sinergias e o alar-gamento e alavancamento de recursosfinanceiros. Vai captar investimentos,tanto nacionais como internacionais, epromover parcerias para o sector daságuas e saneamento.

Ao discursar no acto de lançamentodoFórum, o ministro da Energia e Águas,João Baptista Borges, reconheceu queos abundantes recursos hídricos de queo país dispõe estão, ainda, por ser efi-cazmente geridos e aproveitados deforma integrada.

João Baptista Borges referiu que, nosúltimos anos, o Governo tem realizadoinvestimentos ao nível da água e sanea-mento da capital do país, capitais provinciais,municipais e nas áreas periurbanas e rurais.

“A escala e o alcance dos investimentosrecentes são imensos e, se forem eficientee eficazmente utilizados, resultarão nocumprimento dos Objectivos de Desen-volvimento Sustentável (ODS) para oabastecimento de água e saneamento,embora com o menor progresso nas áreasrurais”, disse o ministro.

No entanto, continuou, à medida quealgumas acções são realizadas surgemnovos desafios, por isso, acrescentou,“fica claro que precisamos de garantirque qualquer desenvolvimento seja alcan-çado progressivamente, e que seja total-mente integrado, de modo que sejasustentável ao longo do tempo”.

João Baptista Borges reafirmou que oGoverno está atento e ciente da impor-tância da criação de processos que pro-porcionem estruturas e orientaçõesnecessárias para apoiar uma visão estra-tégica de médio e longo prazo.

O ministro da Energia e Águas auguraque o Fórum de Água e Saneamentomelhore os mecanismos de comunicação,coordenação e cooperação entre as partes

interventoras e interessadas nos sectoresda Água, Saneamento e Higiene a nívelnacional, em apoio ao Governo, assimcomo responda às necessidades de har-monização das actividades do sector.

Mais apoio ao sector A ministra do Ambiente, Paula Francisco,disse que a questão da água e saneamentoé transversal e ultrapassa as fronteirasdos dois sectores, devendo, para tal,serem envidados esforços para uma inte-gração cada vez mais sectorial, no âmbitoda sua implementação.

Para Paula Francisco, a proposta doFórum de Água e Saneamento tem comobase a Declaração de Paris de 2005, queaborda a cooperação efectiva de ajudaao sector da Água e Saneamento e aAgenda de Accra 2008, que trata da criaçãode mecanismos para a melhoria e coor-denação do sector de Água e Saneamento.

“O FONAS apresenta-se como um eloimportante no apoio das acções do sectorda Água, Saneamento e Higiene, propondoao Executivo acções estratégicas, asse-gurando, assim, uma melhor harmoni-zação e coordenação dos processos deplanificação e alinhamento multisecto-rial”, sublinhou.

De acordo com a ministra, pretende-se, igualmente, que no decurso da imple-mentação possa, através dos técnicos,promover a realização de estudos deinvestigação aplicada sobre os principaisproblemas que afectam o sector da Água,Saneamento e Higiene.

O representante do UNICEF em Angola,Abubacar Sultan, felicitou o Executivopelo estabelecimento do Fórum Nacionalda Água e Saneamento, que constituiuma boa prática na melhoria da articu-lação, cooperação, assim como a aglu-tinação e partilha de informação para aconstrução e aproveitamento de sinergias.

O Fórum vai aumentar o número depessoas que vão fornecer contribuiçõespara o incremento dos parceiros no sectorda água e saneamento. Será constituídopor Decreto Presidencial. Vai integrardepartamentos ministeriais como a Edu-cação, Ciência e Tecnologia, MAPTSS,MAT, Saúde, Recursos Mineirais, Economiae Planeamento e Finanças.

| EDIÇÕES NOVEMBRO

Ministros da Energia e Águas e do Ambiente destacaram as vantagens do Fórum

PROMOÇÃO DE PARCERIAS

Governo lança Fórumda Água e Saneamento

Tatiana Marta | Huambo

O Programa de Acção deMinas da Comissão NacionalIntersectorial de Desminageme Assistência Humanitária(CNIDAH) registou, em todoo país, nos últimos dez meses,76 casos de acidentes comminas, que provocaram 20mortos e dezenas de feridos.

Segundo o coordenadordo CNIDAH, Carlos Ilídio,que revelou o facto, ontem,na cidade do Huambo, naabertura do primeiro cursode formação de formadoresde educação e prevençãosobre o risco de minas, o

problema de minas no paíscontinua a ser uma preocu-pação das autoridades.

A formação, disse, temcomo objectivo dotar os téc-nicos de conhecimentos sobrea matéria, do ponto de vistapedagógico e motivacional,para facilitar o processo deensino e aprendizagem nosdiferentes cenários.

Durante dez dias, serãoabordadas matérias ligadasa mensagens educativas desensibilização sobre o riscode minas, perfil e respon-sabilidades do formador,primeiros socorros e gestãode informação.

76 acidentes comminas em dez meses

O objectivo é melhorar a coordenação das intervençõescom a criação de sinergias a captação de investimentos

3Terça-feira19 de Novembro de 2019POLÍTICA

PAULO MULAZA | EDIÇOES NOVEMBRO

Ministro Francisco Queirozestá a representar o país

César Esteves

Na localidade da Kilunda,situada na comuna da Funda,município de Cacuaco, emLuanda, vive-se uma realidadedifícil de ser compreendida.Das mais de 15 mil famílias

aí residentes, apenas umnúmero bastante insignifi-cante dispõe de uma casa debanho no interior da sua resi-dência. As pessoas preferemrecorrer às matas para defecare à sala e ao quarto para tomarbanho. A falta de dinheiropara mandar cavar o buracopara a construção da fossa,aliada ao facto de a terra sermuito dura (é argila), é apon-tada, pelos moradores, comoa principal razão que os des-motiva a construir um WC.“É mais fácil construir o

quarto, a sala e a cozinha doque o WC”, referiu o moradorJoão Manuel. O custo paramandar cavar uma fossa,segundo contou, ronda os20 mil kwanzas, valor quedisse não estar ao alcanceda maioria dos moradoresda localidade, maioritaria-mente camponesa.Paradoxalmente, muitas

famílias nessas condições dis-põem, em suas casas, do ser-viço de televisão por satélite,vulgo parabólica, levando-os,em alguns casos, a gastar 3.295kwanzas, por mês ou 39.540,por ano. Benjamim Afonso,por exemplo, gastou 158.160kwanzas, em quatro anos.A zona foi contemplada

com a luz da rede pública.Benjamim Afonso, um

dos moradores que preferiuter o sinal de televisão emcasa, em detrimento de umacasa de banho, contou àreportagem do Jornal deAngolaque tomou tal decisãopor não dispor de condiçõesfinanceiras para erguer uma.“Comprei a parabólica paraa família não ficar muito iso-lada”, frisou.João Manuel, cujos 70 anos

de vida foram todos com-pletados naquele bairro,revelou que o hábito de nãoconstruir casas de banhovem de longe e foi passandode geração em geração.O ancião disse que os

primeiros habitantes dazona deixavam, proposi-tadamente, de construircasas de banho, porquese sentiam mais confor-táveis a defecar nas matasou nas montanhas.“Mas, agora, estamos a

ver que as casas de banhofazem muita falta”, admitiu.O morador referiu que a

prática de defecar ao ar livretem provocado, sobretudono tempo chuvoso, muitoscasos de febre tifóide e diar-reia na zona.“As moscas, depois de

poisarem nas fezes, trans-portam as bactérias para asnossas casas”, realçou.Preocupado com a situa-

ção, uma instituição filan-trópica construiu, naquelalocalidade, várias latrinaspara impedir o surgimentode algum flagelo.“São poucas. Não che-

gam para toda a gente”,disse o mais velho JoãoManuel, acrescentando quemuitas delas se encontram,hoje, inoperantes, devidoao mau estado.As famílias com casa de

banho nas residências nem

sempre aceitam ser solidáriascom as que não têm, porentenderem que as que seencontram nessas condiçõessão negligentes.Bater a porta de um vizi-

nho com casa de banho,segundo contou o moradorManuel Tchukúlia, nalgunscasos, para pedir ajuda, éconsiderado crime. “Aqui,quem tem casa de banho érei”, aclarou.Nas poucas casas onde se

pode encontrar um WC, estestambém clamam por melho-res condições. Só a maior dasnecessidades levaria alguéma utilizar o lugar.Devido ao acto de defecar

ao ar livre, há três anos, obairro foi assolado por umsurto de cólera, que chegoua vitimar mortalmente algunsmembros da comunidade.“Aproximadamente dez

pessoas terão morr idonaquele período”, recordaBaptista João da Silva, pre-

sidente da Comissão deMoradores do bairro Kilunda.O responsável salientou

que o bairro continua a regis-tar, até hoje, por culpa dessasituação, muitos casos defebre tifóide, diarreia e palu-dismo. Baptista João da Silvaconfirmou a informaçãosegundo a qual muitas famí-lias deixam de construir

casas de banho devido à faltade dinheiro.“O valor para a construção

de uma casa de banho nãoestá ao alcance de muitasfamílias”, confirmou.O mesmo problema veri-

fica-se nos bairros “TerraBranca” e “Kuta”, adjacentesà Kilunda. A situação temimpedido muitas famílias

de receber visita. “Os nossosfamiliares pensam duas vezespara vir aqui, por não termoscasa de banho”, contou, arir, um morador.Não se sabe, ao certo, há

quanto tempo existe o bairroKilunda, mas alguns mora-dores falam em mais de 60anos. A maioria das casas,um total de 600, é de adobe.

MORADORES DA KILUNDA “FAZEM AS NECESSIDADES” AO AR LIVRE

Onde quem tem casa de banho é rei

4 DESTAQUE Terça-feira19 de Novembro de 2019

Se na Kilunda as famíliasbatem-se por uma casa debanho, em Luanda, os profis-sionais que se dedicam ao tra-balho de desobstrução de tubosde fossas sofrem com a discri-minação e a desvalorização. Paulo Nataniel, 42 anos,

Celestino António (41) e JoãoPraia (44) decidiram abraçaro trabalho de saneamentopor não terem outra alterna-tiva. Disseram que o trabalho,apesar de constituir a principalfonte de sustento das famílias,lhes tem custado muito caro.“Ainda vivemos numa socie-

dade bastante ignorante, quechega a pensar que o único tra-balho digno de ser feito é doescritório”, lamentou um deles.Há oito anos a fazer o tra-

balho, que envolve também,em alguns casos, a limpezade fossas, João Praia referiuque, certa vez, ao desentupiro tubo da fossa de uma insti-tuição, foi barbaramente dis-

criminado por uma mulher,por sinal empregada de lim-peza, nos seguintes termos: “Se o meu namorado acei-

tasse fazer esse trabalho, aindaque me desse uma mesada demil dólares, o deixaria no mesmodia”, lembra, com tristeza.Embora já se tenha passado

algum tempo, desde que ouviuo insulto, o cidadão diz estarainda traumatizado. Confessouter dificuldade para falar dotrabalho que faz, porque temeser discriminado.João Praia apontou o cheiro

das fezes como o principalproblema do trabalho.“Apesar de já estar a fazer

este trabalho há um tempo,ainda não me acostumei aocheiro”, frisou. Muitos colegas que faziam

o mesmo trabalho, prosse-guiu, encontram-se actual-mente em casa, acometidosde infecção pulmonar. Eleacredita que a doença dos

colegas foi provocada pelotrabalho que fazem.Celestino António faz o

mesmo trabalho há 12 anos e,diferente do seu colega, dissenão ter receio de o assumir, por-que parte do princípio de quenão está a roubar a ninguém.“É o único pão que tenho.

Não posso me envergonhardele”, realçou, reconhecendoque também já foi alvo dediscriminação.Paulo Nataniel, por sua vez,

confessa não ter sido fácil nosprimeiros dias, devido à espe-cificidade do trabalho. “Não é fácil ver dejectos

alheios. Só mesmo a neces-sidade de sustentar as nos-sas famílias nos leva a fazerisso”, sublinhou.Paulo Nataniel contou que,

certa vez, enquanto limpavaa fossa de uma casa, um dosmembros da família decidiuusar a sanita.“Se não estivesse atento, o

dejecto cairia todo por cimade mim”, lembrou. Neste dia,continuou, ponderou colocarum ponto final naquele traba-lho. “Não foi fácil”, acentuou.Miguel Ricardo dedica-se à

limpeza da casa de banho deuma instituição comercial nocentro da cidade. Disse estarnisso há nove meses. Contouque muitos usuários do espaçonão o respeitam, apesar de sera pessoa que garante a higienedo lugar que eles utilizam.“Há pessoas que entram

aqui e não se preocupam,sequer, em oferecer um bomdia. É como se eu fosse invisí-vel”, lamentou.Como agravante, salientou,

há muita gente que faz usodas casas de banho e nãocoloca água, tarefa que depoisacaba por sobrar para eles.“É uma autêntica falta de

respeito. Apesar de trabalharnessa área, também merece-mos ser respeitados”, frisou.

Limpam fossas por necessidadee esperam por algum respeito

Assinala-se, hoje, o Dia Mun-dial da Casa de Banho. A dataé comemorada desde 2001em vários países do mundo.Também conhecida comoDia da Sanita, foi oficialmentereconhecido pelas NaçõesUnidas, em 2013, e visa alertara população para o facto demais de 2,4 mil milhões depessoas não terem acesso auma casa de banho limpa,segura e privada. A data temcomo objectivo destacar aimportância do saneamentobásico para a saúde global.Estudos apontam que 1

em cada 3 pessoas não dis-põe de casa de banho queassegure boas condiçõesde higiene e segurança. Maisde 700 mil crianças morremtodos os anos devido à diar-reia causada por águaspoluídas e más condiçõessanitárias, tendo provocadoperto de 2000 mortes por dia.Em todo o mundo, existem

mais pessoas com telemóveldo que com sanita. Mais de60 milhões de crianças nas-cem em casas sem sanea-mento. 7.500 pessoas morremdiariamente por falta desaneamento, entre as quais5.000 são crianças com menosde 5 anos.272 milhões de dias de

escola são perdidos por anodevido a doenças relaciona-das com o saneamento. Ape-nas 47% das escolas nospaíses em desenvolvimentooferecem adequadas condi-ções sanitárias.Alguns países perdem 7%

do PIB com problemas desaúde relacionados com afalta de condições sanitárias.Dois milhões de toneladasde dejectos humanos vãotodos os dias para fontes deágua, contaminando-as e milmilhões de pessoas aindadefecam ao ar livre.

A data e os números

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Mil milhões de pessoas ainda defecam ao ar livre. Em Angola,há zonas onde moradores não têm casa de banho, obrigando-os

a fazer as “necessidades” no capim. Hoje, assinala-seo Dia Mundial da Casa de Banho

O custo para mandarcavar uma fossa,segundo contou,ronda os 20 mil

kwanzas, valor que dissenão estar ao alcance damaioria dos moradores

da localidade,maioritariamente

camponesa.Paradoxalmente, muitas

famílias nessascondições dispõem,em suas casas, do

serviço de televisão porsatélite, vulgo parabólica

MUNDO TRIBUTA TRABALHADORES DO SANEAMENTO

Terça-feira19 de Novembro de 2019 5DESTAQUE

“As pessoas estão a morrer todos os diaspor falta de saneamento e devido a condiçõesperigosas de trabalho. Não podemos permitirque isso continue”, afirma Tim Wainwright,CEO da WaterAid.

As condições de trabalho inseguras sãotambém comuns a trabalhadores que fazemlimpeza manual de fossas sépticas e latrinas,bem como os que operam em empresasque prestam manutenção a esgotos, estaçõesde bombeamento e trabalhos de tratamentode águas residuais, onde a formação dostrabalhadores é, por norma, insuficienteou inexistente.

Perante estas conclusões, os autores dorelatório apresentam quatro grandes reco-mendações. Em primeiro, apontam a neces-sidade de reforma de políticas, de legislaçãoe de regulamentos para profissionalizar aforça de trabalho no sector. Outra medidapassa pelo desenvolvimento e adopção dedirectrizes operacionais para avaliar e mitigaros riscos ocupacionais de todos os tipos detrabalho ligados ao saneamento.

Defender os trabalhadores e promovero seu empoderamento, para protecção dosseus direitos e documentar os desafios queenfrentam são as outras recomendações.Também é pedido aos governos que ratifiqueme implementem as convenções de Segurançae Ocupação da OIT relacionadas com traba-lhadores do saneamento.

“Todas as pessoas vão à casa de banhoe todo o mundo corre o risco de doençasmortais transmitidas pela água, se o lixonão for tratado adequadamente. Os traba-lhadores de saneamento, portanto, desem-penham alguns dos papéis mais importantesem qualquer sociedade”, disse Tim Wain-wright, CEO da WaterAid.

Este dirigente da ONG conclui que “é cho-cante, portanto, que os trabalhadores desaneamento sejam forçados a trabalhar emcondições que põem em risco a sua saúdee a sua vida. Têm de lidar com o estigma ea marginalização, em vez de dispor de equi-pamentos adequados e de reconhecimentopelo trabalho que salva vidas”. Sem casas de banho adequadas é muito fácil a contaminação das águas com o lixo não tratado

“Morrem pessoas todos os dias”

DR

Todos vão à casa de banho, masquem a deixa limpa só recebedesprezo

DR

Um relatório aponta queem países de África, Ásia eAmérica Latina as condiçõesde trabalho são indignas,estando os trabalhadoresque limpam esgotos, fossasou casas de banho expos-tos a perigos extremospara a saúde, sem teremdireitos sociais.

A maioria dos trabalha-dores de saneamento, ou delimpeza sanitária, dos paísesem desenvolvimento estãoprivados dos direitos sociais

e trabalham em condiçõesindignas e inseguras. A con-clusão está patente num rela-tório conjunto da OrganizaçãoInternacional do Trabalho(OIT), do Banco Mundial, daOrganização Mundial daSaúde e da WaterAid, agoraapresentado para assinalaro Dia Mundial da Casa deBanho, que é comemoradoa 19 de Novembro.

A investigação seguiu ostrabalhadores de limpezasanitária do Bangladesh,

Bolívia, Burquina-Faso,Haiti, Índia, Quénia, Sene-gal, África do Sul e Uganda.Englobados neste grupoprofissional estão os tra-balhadores envolvidos nalimpeza de casas de banho,esvaziamento de fossas sép-ticas, limpeza de esgotos ede estações de tratamentode resíduos.

De acordo com o relatório,uma grande parte destes tra-balhadores estão na econo-mia informal e como tal

encontram-se privados dosdireitos laborais e de qualquerprotecção social.

Os esforços que têm sidoproduzidos para alterar asituação são limitados e,dizem os investigadores, épreciso fazer mais paradesenvolver e documentarboas práticas, criar normase regulamentos, com a fina-lidade de melhorar as con-dições de trabalho.

“Há uma falta de políti-cas, de legislação e de regu-

lamentos em torno dos tra-balhadores. E onde existemleis tendem a ser fracas ecobrem apenas certos tiposde trabalhadores ou nãopossuem o mecanismo definanciamento ou de apli-cação”, disse Alette vanLeur, directora do Depar-tamento de Políticas Sec-toriais da OIT.

Estes trabalhadores, aler-tam os responsáveis desteestudo, estão tipicamentesob alto risco de patógenos

fecais no seu trabalho diário.Além disso, também podemser expostos a riscos quí-micos e físicos.

Os trabalhadores quelimpam esgotos de formamanual, por exemplo, estãoexpostos a sérios riscos desaúde, como a cólera, a febretifóide e a hepatite, alémde gases tóxicos, como amó-nia e monóxido de carbono.Nos países do Sul da Ásia,a limpeza manual de esgotosé generalizada.

6 OPINIÃO Terça-feira19 de Novembro de 2019

MAVITIDI MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBROA cidade de Luanda testemunhou há dias um ciclo de crimes violentos, en-volvendo viaturas de serviço de táxi e particulares, bem como armas de fogo,que levaram a várias reacções, algumas justificáveis, outras evitáveis. Rela-tivamente a estas últimas, as reacções que devem ser evitáveis, impõe-seque, independentemente dos actos ocorridos, que culminaram na perda devidas humanas, não podemos alimentar o sentimento de pânico e fomentara ideia de sensação generalizada de insegurança e medo.

Conforme as palavras do comandante provincial da Polícia Nacional emLuanda, falando à Rádio Luanda, nas primeiras horas de ontem, “os númerosda criminalidade continuam os mesmos desde o princípio do ano”, razãopela qual não faz muito sentido que estejamos a alimentar a ideia de perdade controlo da situação por parte de quem de direito. Eduardo Cerqueiradeu garantias de que a corporação está a trabalhar para rapidamente darresposta firme e proporcional aos actos que atentam contra a ordem,segurança e tranquilidade públicas. Acreditamos que a Polícia Nacional vaidar resposta proporcional aos actos e tentativas criminosas, numa altura emque a necessidade e a urgência se acentuam, a julgar pela etapa derradeirado ano, fase em que os níveis de delinquência sobem.

Há razões para acreditarmos que a ordem, segurança e tranquilidade dasfamílias vão ser repostas, tal como se espera, para bem do dia-a-dia daquelesque madrugam, fazem-se às estradas para trabalhar e fazer Angola crescer.

Embora sejam, até certo ponto, compreensíveis as manifestações de in-segurança e medo por parte das populações, na verdade, é preciso que aPolícia Nacional, os órgãos de comunicação social, apenas para mencionarestes entes, trabalhem no sentido de reduzir o presente ambiente que tendea instalar-se na sociedade.

Da parte das populações, as admoestações prevalecem as mesmas, no-meadamente tomar uma série de precauções que reduzam a vulnerabilidadequando se trata da segurança pessoal e familiar.

Tal como tem, insistentemente, aconselhado a Polícia Nacional, é precisoque, mesmo contando com a intervenção e prestação das forças da ordeme segurança, determinados procedimentos que despertam os criminosossejam evitados a todo o custo. Atendendo que o bem mais precioso que setem é a vida humana, não é exagero dizer que se deve ponderar muito todae qualquer tentativa de resistência aos criminosos, sobretudo quando nãose tem preparação para o efeito. A perda da vida humana é sempre irreparável,além dos males definitivos causados pela ausência do ente desaparecido,mas os bens materiais são sempre passíveis de reparação ou reposição.

Em todo o caso, vale insistir sobre a necessidade de se evitar a onda depânico ou os sentimentos de insegurança porque, na verdade, os mesmosnão passam, mesmo sendo fomentados ou cultivados. Pelo contrário, acultura de denúncia, de redução dos riscos através da exposição de bens evalores, a colaboração com as forças da ordem e segurança e o autodomínio,em situação de roubo ou assalto, devem ser os procedimentos de cumprimentoobrigatório. Independentemente da situação por que passa a sociedadeluandense, nada justifica a alimentação do clima de pânico, de insegurançae de medo porque, como disse o comandante Cerqueira, os números da cri-minalidade não mudaram significativamente.

EDITORIAL

C A R T A S D O S L E I T O R E S

IMAGEM DO DIA

Não alimentar o pânico

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOVíctor Silva (presidente)

ADMINISTRADORES EXECUTIVOSCaetano Pedro da Conceição Júnior

José Alberto DomingosRui André Marques Upalavela

Luena Kassonde Ross Guinapo

ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOSFilomeno Jorge Manaças

Mateus Francisco João dos Santos Júnior

DIRECTOR: Víctor Silva

DIRECTOR-ADJUNTO: Caetano Júnior

DIRECTOR EXECUTIVO: Guilhermino Alberto

EDITOR EXECUTIVO: Diogo Paixão

SUB-EDITOR EXECUTIVO: Cândido Bessa

GRANDE REPÓRTER: Luísa Rogério

EDITORIAS: POLÍTICA:

Santos Vilola (editor-chefe), Fonseca Bengui (subeditor) e Bernardino Manje (subeditor)

Adelina Inácio, João Dias, Edna Dala, Garrido Fragoso e Gabriel Bunga

OPINIÃO: Ambrósio Clemente (editor-chefe), Faustino Henrique (subeditor)

SOCIEDADE: Nhuca Júnior (editor),

Alberto Pegado (editor), José Meireles (editor),

Rodrigues Cambala, André da Costa, Kilssia Ferreira, Manuela Gomes,Augusto Cuteta, Alexa Sonhi, César André, César Esteves, Edivaldo Cristóvão,

Carla Bumba e Mazarino da CunhaREGIÕES:

Sérgio Chivaca (editor-chefe), Béu Pombal (subeditor),

Filipe EduardoECONOMIA:

Cristóvão Neto (editor-chefe),Armando Estrela (subeditor),

Ana Paulo, Kátia Ramos, Madalena José, Natacha Roberto e Victorino JoaquimMUNDO:

Bernardino Fançony (editor-chefe), António Canepa

DESPORTO: Amândio Clemente (editor-chefe),

Anaximandro Magalhães (subeditor), António Cristóvão, Armindo Pereira, Teresa Luís, Vivaldo Eduardo,

António de Brito e Honorato SilvaCULTURA:

António Bequengue (editor-chefe), Adriano Melo (subeditor), Francisco Pedro (subeditor), Amilda dos Santos, Manuel Albano,

Mário Cohen e Roque SilvaGENTE E FIM-DE-SEMANA: António Cruz (editor-chefe),

Isaquiel Cori (editor)

Edna Cauxeiro (subeditora), Ferraz Neto (subeditor) e Pereira Dinis

EDIÇÕES ESPECIAIS: Adalberto Ceita, André dos Anjos, Domingos dos Santos,

Leonel Kassana e Yara Simão

FOTOGRAFIA: Kindala Manuel (editor-chefe),

José Cola (editor),Dombele Bernardo, Domingos Cadência, Eduardo Pedro, João Gomes,

Maria Augusta, Miqueias Machangongo, Mota Ambrósio, Paulo Mulaza, KindalaManuel, Santos Pedro, Agostinho Narciso, Vigas da Purificação, Contreira Pipas

CORRESPONDENTES PROVINCIAIS: Adão Diogo (Lunda-Sul),

Alberto Coelho (Cabinda), João Mavinga (Zaire),

Vladimir Prata (Namibe), Esídoro Natalício (Cuanza-Norte),

Luís Pedro (Cuanza-Sul), Noé Jamba (Bengo),

Francisco Curinhingana (Malanje) Fernando Cunha (Huambo),

João Constantino (Bié),José Chaves (Andulo),

Jaime Azulay (Benguela), Jesus Silva (Lobito),

Estanislau Costa (Huíla), Joaquim Aguiar (Lunda-Norte),

Silvino Paulo (Uíge), Lourenço Manuel (Cuando Cubango),

Quinito Kanhamei (Cunene), Samuel António (Moxico),

PAGINAÇÃO E ARTE: Salvador Escórcio (Editor), Soares Neto, Eugénia Victor, Augusta Lucéu, Tomás Cruz,

Noé Pungue, Evaristo Sacupalica, João Augusto, Josefa Abreu, Maria Messele, Alberto Bumba, Inês Quingando, Margarida Zilungo, Maria da Silva, António Saldanha,Henrique Faztudo, António Quipuna, Raúl Geremias, Ana Paula Dias , Isabel Fragão,Manuel Cassinda, Francisco da Silva, Rui Jacinto, Bruno Bernardo, Luquemba Pedro

CARTOON E ILUSTRAÇÃO:Armando Pululo e Casemiro Pedro

COPY DESK: Rui Ramos, Arlindo Soares e Esperança Vieira Dias

O Jornal de Angola utiliza os serviços da ANGOP, AFP, Reuters, EFE e Prensa Latina

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(+244) 949 770 006 e-mail: [email protected]

A insegurança na via, por parte dos utilizadores dos meios de transportes,é uma constante, tal como ilustra a fotografia tirada numa estrada do Uíge

PROPRIEDADEEdições Novembro, E.P.

SEDE: Rua Rainha Ginga, 12-26

Caixa Postal 1312 - LuandaRedacção: 222 020 174

Telefone geral (PBX): 222 333 344Fax: 222 336 073

Telegramas: Proangola

Julgamento de Zé MariaAcompanho com algum inte-resse o julgamento do generalZé Maria, antigo chefe do serviçode inteligência militar, e umadas particularidades desse casojudicial tem a ver com a formacomo o mesmo o está a gerir, ajulgar pelas intervenções que lhesão atribuídas. Depois de tudo,acho que o mais importante jáaconteceu, terem conseguido le-vá-lo a sentar-se na cadeira deum tribunal.Acho que, independentemente deser ou não condenado, o generalZé Maria, atendendo ao seu perfil,já está a merecer o que lhe cabia.Acho que, a ser verdade, a afir-mação de que o general reclamoua titularidade dos documentos so-bre a Batalha do Cuito Cuanavale,está-se perante um acto de exces-siva presunção e, como alguémescreveu num dos sites de infor-mação, autêntica falta de respeitopara com a memória dos que lu-taram naquela batalha e perderamas suas vidas. Como escrevi acima, acho queuma das coisas importantes quesucede agora com o general ZéMaria é o facto de lhe terem feitosaber que quem “manda no país”não quer ser visto a alimentarcasos de impunidade ou ser en-carado como estando a protegergente que se julga acima da lei.E ainda bem que assim é porque,

de outra maneira, estaríamos arasgar a Constituição que apro-vámos em 2010. Espero que casossemelhantes tenham o mesmo tra-tamento para que, no futuro, nãoassistamos mais casos de militaresou civis que deem a entender quesão intocáveis. Acho que parece ser esse o com-promisso do Presidente João Lou-renço, lutar para que a impuni-dade seja coisa do passado. Paraterminar, espero apenas que ogeneral Zé Maria tenha uma con-denação, se vier a ser condenado,justa e que se faça justiça.PEDRO MAGALHÃESSambizanga

Preços dos bensA subida galopante dos bens eserviços não se justifica, indepen-dentemente de estarmos numaeconomia de mercado em que asforças que nela actuam é que aca-bam por determinar o curso dosacontecimentos. Embora haja liberdade, na ver-dade, não concordo que se deixeas forças de mercado determina-rem o curso dos acontecimentos.

Há denúncias de comerciantesgananciosos que fazem subir ospreços de forma abusiva, factoque precisa de ser contornadocom a intervenção das entidadescompetentes. Não faz sentido quemesmo sendo previsto por lei emque percentagens o comerciantedeve ganhar, muitos comercian-tes, ainda assim, exageram naaplicação da margem de lucro. E acho que as entidades compe-tentes deviam desdobrar-se, coma ajuda do Inadec e dos consu-midores em geral, para desem-penharem o papel que se espera.Não podemos ter um sistema deeconomia em que os comercian-tes sejam livres de fazer os preçosque julgam que podem fazer. É verdade que quando a procuraé maior, quem comercializa bense serviços tende a aumentar ospreços que pratica, mas não seiaté que ponto esses preços podemser ao bel-prazer do comerciante. Não pode ser ao gosto do comer-ciante na medida em que ele temde ter as limitações legais paranão aumentar os preços de qual-quer maneira.Inclusive os produtos com os cha-mados “preços vigiados” sãoalvo da fúria gananciosa dos co-merciantes sem que se faça nadapara contrariar o presente mo-mento de pura especulação.FELIZARDA COSTACazenga

ESCREVA-NOS Cartas recebidas na

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ou por e-mail:

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DR

7Terça-feira19 de Novembro de 2019OPINIÃO

Se não for Macron, é quem?

Henrique Burnay | *

PERSPECTIVA

Adriano Mixinge

NA ALVA DAS IDEIAS

O limite entre o amor e a amizade, bem como o lugar que neleocupa a liberdade sexual, afectiva e intelectual, vista atravésdos corpos, dos olhos e da reflexão, é o tema da curta-metragem“1999”, uma produção da Geração 80, que, na quinta-feirapassada, o escritor e realizador angolano Hugo Salvaterra apre-sentou ao público, no Centro Cultural Brasil-Angola, no bairrodos Coqueiros, em Luanda.

Rodado em inglês e em Hollywood, em Los Angeles (LA), naCalifórnia, como o realizador – que também já foi bolseiroFulbright - admitiu na longa conversa que teve com Ana PaulaLisboa e com o público, logo após a apresentação, “o filme é se-mi-autobiográfico” e conta a história da amizade entre o Hugo(a personagem na ficção interpretada por Corey McKinney Jr.)e a Naomi (Jazlin Martin).

Articulada como se fosse uma peça de teatro em cinco actose com belos e, por vezes, tensos diálogos, a história que o rea-lizador nos conta termina sendo a de uma desilusão/desencanto:catarse que marca aquele instante preciso, em que a trajectóriada vida dos dois amigos bifurca e eles, na tristeza de perderemum ao outro ou no sofrimento que provoca não serem corres-pondidos pelo primeiro amor, transformam-se, atingindo, derepente, uma maturidade que, no fundo, só lhes liberta.

Estórias dignas para serem levadas ao cinema ou paraservirem como o pretexto sobre o qual bons romances sãoconstruídos existem sempre, mesmo que ninguém as tenhacontado ainda ou os poucos que podem e decidem contá-las se limitem a fazê-lo desde ângulos muitos específicos,porventura, circunscritos aos grandes temas sociológicos,históricos e políticos. Durante anos, houve uma certa ten-dência para ignorar os temas, como diria André Malraux, da“condição humana” comuns a todas as épocas e civilizaçõescomo, por exemplo, o do amor.

Em 2002, logo depois da instauração da paz, em Angola, muitospensaram que, numa espécie de geração espontânea, as artespassassem a falar de temas que não fossem a guerra e os seusefeitos, mas, no cinema, isso não aconteceu: “Na cidade Vazia”(2004), de Maria João Nganga, e o “Herói” (2004), de Zezé Gambôa,são dois filmes que retratam bem a época e, por conseguinte,mostram a violência e os traumatismos de todo o tipo que se ve-rificaram, nos centros urbanos, durante e depois da guerra.

Na música, particularmente nos videoclipes, a história foioutra. A “indústria musical”, que começou a desenvolver-se,no nosso país, logo após o fim da guerra, reflecte os problemasurbanos e sociais de um modo mais frontal: ela é o espelho dasnossas virtudes e das nossas vergonhas.

Não é tão descabido pensar que ocorre com o cinema omesmo que com a literatura: do mesmo modo que muitos ro-mancistas antes de chegarem a sê-lo realmente começam astrajectórias como escritores, escrevendo poesia, contos erelatos curtos, não é nada raro que um realizador de cinemafaça vídeoclipes, reportagens e documentários, antes de en-frentar o desafio que é uma longa-metragem. Depois, até, épossível que venham a manter-se fiéis e voltem, reiteradasvezes, aos géneros ou aos formatos com que iniciaram as car-reiras: não me surpreenderá nada se isso vier a acontecer como Hugo Salvaterra.

Quando, em 2012, eu vi o videoclipe da música “Olha o boneco”,de Titica e Ary, ainda não sabia que era deste realizador: sabê-loagora satisfaz-me. Hoje podemos encontrar,online, outros vídeosde Hugo Salvaterra: o seu portfólio profissional quando frequentoua New York Film Academy (2017), uma entrevista dele com IrinaVasconcelos (2015), outra registada na Lipi Talks Podcast (2019),passando pelo videoclipe realizado por ele da música “Arts &Crafts” (2018), de Jack Kanga, bem como aparições no programaAcção (2015), da TV Zimbo, ou ainda o “Demon – Luanda CityBeats”(2015), por sinal um dos meus preferidos, que é um apon-tamento da vitalidade da cidade de Luanda, na época.

Aconselhamos a verem “1999”, a curta metragem de HugoSalvaterra, porque ela faz-nos recordar que apostar no cinema,em Angola, é uma necessidade inadiável que, a longo prazo,muito nos reconfortará: ao tratar o tema do amor de um modonada conservador e, também, sem evitar nenhum tabú, - nemo estigma contra a masturbação e ou a propósito do lesbianis-mo- o filme assinala um momento do novo cinema que se vemfazendo, por angolanos.

Quero pensar que, ao fazer constar o cinema no Plano deDesenvolvimento Nacional (2018/2022), calibraram-se todasas nuances de uma aposta do género que, bem implementada,provocará uma reviravolta na ideia que os poderes públicos ea sociedade têm das artes e da cultura, em Angola: cada cêntimoque o Estado gastará nestas áreas não é, apenas, uma despesa,na verdade é um investimento de valor incalculável, que permitiráque nós mesmos nos conheçamos um pouco mais e melhor,como indivíduos e como país.

Uma semana e meia depois, a entrevista deEmmanuel Macron à The Economist continuaa dar que falar (não faltaram primeiros-ministros,futuros líderes alemães, think tanks e comen-tadores a responder), e a merecer ser falada,sobretudo porque, considerando a clareza, adensidade e as propostas,quem não concorda tem dedizer o que é que quer emalternativa.

O Presidente francêsacha que a Europa já nãoconta com os Estados Uni-dos, tem de ter uma capa-cidade militar que pelomenos pareça que podeser usada, não deve con-siderar a China um inimigopuro e duro (e menos ain-da por ser um inimigo dosEstados Unidos), tem demanter o que chama de“soberania digital” à forçade promover campeõeseuropeus, deve fazer umaespécie de Tordesilhascom a Rússia sobre zonasde influência e colaborarcom Moscovo no combateao terrorismo islâmico, en-tre outras coisas.

O que Macron quer é oque De Gaulle quereria. Uma Europa pensadaa partir do poder (de resto, não hesita emfalar na importância de usar a “gramática dopoder”), ao serviço de uma ideia (francesa)de potência jamais submetida, eventualmenteconcorrencial, à América.

Estas são, resumindo, as propostas de Ma-cron. Falta saber o que querem os outros.

O Presidente francês tem razão quando diz- como Trump e Obama (este em tom mais cor-dato) - que os americanos não vão pagar a nossasegurança nem a do nosso backyard. E tambémtem razão quando vê um vazio industrial - eeventualmente de poder - na incapacidade eu-ropeia de ter líderes na economia digital.

Se reconhecermos que a Europa está a tor-nar-se irrelevante para a geopolítica americana(pelo menos para justificar assegurar a sua de-fesa) e que não temos líderes da economia di-gital, não há de ser no diagnóstico que discor-daremos de Macron. A questão é saber se as

soluções são as que a (o restoda) Europa quer.

A Europa dos eurocépti-cos não se preocupa com es-tas coisas. Não existe Europa,não tem de existir uma es-tratégia europeia. É um ca-minho. No Reino Unido cha-ma-se Brexit.

A Europa de não federalis-tas, que acredita no processoeuropeu e numa União Euro-peia de Estados soberanos,tem mais dificuldade em res-ponder. E mais necessidade.

Quem acredita que aUnião Europeia se define porser útil e necessária, e nãono sonho de uma União dospovos europeus, libertos dahistória das diferenças e ilu-minados pelo bem, tem deresponder a este “projectoeuropeu” de Macron.

Como é que se garante asegurança na Europa, e nas

suas fronteiras, sem trair a Aliança Atlânticanem depender inteiramente dos americanos?Como se gere a relação com uma Rússia dimi-nuída na sua influência global, mas agressivanos territórios onde chega ou quer chegar? Sese reconhece que a economia digital tem o im-pacto de uma revolução industrial, como é quese evita a irrelevância sem dirigir o mercado apartir do poder? Se a China é um “rival sistémico”,como disse uma comunicação da Comissão Eu-ropeia neste ano, como é que se gere a relaçãoeconómica sem oferecer vantagens competitivasao outro? E as perguntas continuam.

*Colunista do Diário de Notícias. Adap-tado ao livro de estilo do Jornal de Angola

O que Macron quer é o que De Gaullequereria. Uma Europa

pensada a partir dopoder (de resto, não

hesita em falar naimportância de usar

a “gramática do poder”),ao serviço de uma ideia(francesa) de potência

jamais submetida,eventualmenteconcorrencial,

à América

Hugo Salvaterra e o novo cinema

“Vamos preservara vida humana,

pois só temos umae todas as acções devem

ser desenvolvidaspara a sua preservação,por mais que hajacríticas, porque,no final, saímostodos a ganhar”Eugénio Laborinho,

Ministro do Interior

“Aos que têmfalciformação,

a alimentação nãopode ser limitada. Por exemplo,

o feijão é um alimentonormal para

os doentes, masdeve-se evitar

produtosindustrializados,dando prioridadeaos que contêmácido fólico”

Cláudia Humbala Enfermeira especialista em

falciformação

“Uma funçãoimportante

que os governosdas economiasmodernas

desempenhamé usar a política

monetária anticíclicapara expandir

a oferta monetária,quando existeuma recessão

ou perigo de recessão,e reduzir a ofertamonetária quando a economia estáem risco de

sobreaquecimento”Eric Maskin

Prémio Nobel da Economia de 2007

“Nos últimosseis meses,

os conservadoresconsolidaram a posição entre

os eleitores que queremsair da União Europeia.

Especialmentedesde que BorisJohnson se tornouPrimeiro-Ministro,

semana após semana,temos reparadoque há maisdestes eleitoresque queremo ‘Brexit’ a seguir

os conservadores”James Crouch,

Investigador da Opinium

C I T A Ç Õ E S

Ângela Merkel e Emmanuel Macron

8 Terça-feira19 de Novembro de 2019

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(2181a)

9Terça-feira19 de Novembro de 2019

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ECONOMIA10

EDIÇÕES NOVEMBRO

As feiras da Projekta e Salão Imobiliário de Angola organizadas em simultâneo permitiram a trocade vários contactos entre investidores e abriram a possibilidade do surgimento de inúmeras parcerias

Presença de empresas nas duas feiras feitas em Luanda demonstra confiança no mercado

CONSTRUÇÃO, ARQUITECTURA E IMOBILIÁRIO

Empresários crentes na melhoria do ambiente de negócios no paísRoque Silva

As reformas implementadaspelo Executivo no domínioda Economia criam expec-tativas positivas no seio dosempresários dos ramos daConstrução Civil, Arquitec-tura, Decoração de Interiorese Imobiliário, afirmaramrepresentantes de empresasque, de 13 a 16 deste mês,participaram na feira Pro-jekta e no Salão Imobiliáriode Angola, realizados emsimultâneo na Zona Econó-mica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, em Viana.

Em declarações, em sepa-rado, ao Jornal de Angola, oscontactados disseram acre-ditar num ambiente de negó-cios próspero nos próximostempos, fruto das reformase programas que o Executivotem implementado e quevisam fundamentalmenteatrair investimento privadonacional e estrangeiro.

Um dos abordados é orepresentante da construtoraCarmon, empresa vencedorado Grande Prémio Projekta2019, que considerou passa-geira a recessão económicaque Angola atravessa.

Watson Lutumba, enge-nheiro civil e de produção naCarmon, afirmou que as polí-ticas de estabilidade macroe-conómica amplamentedivulgadas pelo Executivoestão a criar um mercadoconcorrencial e apetecívelpara o investimento.

Por sua vez, Danilo Rios,director financeiro da Ode-brecht Engenharia & Cons-trução (OEC), pertencente aoGrupo Odebrecht, afirmouque a aprovação de impor-tantes instrumentos, comoas leis da Concorrência e doInvestimento Privado, deixaa empresa brasileira maisconfiante na participaçãocontínua no processo dereconstrução de Angola.

Danilo Rios revelou quehouve uma redução dovolume de obras da cons-trutora brasileira em Angola,uma realidade que consi-derou normal, por ser frutoda competitividade e darecessão económica.

O director financeiro daOEC disse esperar que asreformas políticas e eco-nómicas adoptadas peloExecutivo tragam melhoriasao sector das Obras Públicase Construção.

“O mercado está cadavez mais difícil, mas acre-ditamos em dias melhores,para a continuidade de pro-jectos estruturantes, muitosdos quais parados”, acen-tuou o alto funcionário daOdebrecht Engenharia &Construção, que venceu oprémio da categoria “MelhorEmpresa de Construção Civile Obras Públicas”.

A empresa Iriss Fast, dedi-cada à fixação de materialindustrial, máquinas e equi-pamentos industriais, estátambém a viver um períodomenos bom, devido a difi-culdades no acesso às divisase à actual situação cambial.

Vencedora na categoria“Melhor Participação emMáquinas e Equipamentos”,a Iriss Fast tem recorridoao mercado informal, parapoder adquirir divisas, uti-lizadas depois na comprano exterior do país de equi-pamentos de trabalho.

Carlos Veloso, responsávelpela empresa, manifestouo desejo de que as medidasdo Banco Nacional de Angolapara o controlo cambialsejam eficazes, proporcio-nem maior liquidez aos ban-cos e ajudem os empresáriosa saírem da aflição em quese encontram.

O responsável disse esperarque as políticas económicasgarantam estabil izaçãomacroeconómica e melhorem

o ambiente de negócios e afir-mou que “as leis criadas peloExecutivo são necessárias,atractivas e podem melhoraro ambiente de negócios.”

O consultor imobiliárioManuel Costa defendeu umaatenção especial ao sector,que, na sua opinião, carecede reformas que promovamo princípio da transparênciae da concorrência.

Manuel Costa, que é o res-ponsável da Propricasa,empresa que conquistou otroféu de “Melhor Partici-pação no Ramo Imobiliário”,insistiu na necessidade deaprovação de leis que pro-tejam o ramo imobiliário.

No seu entender , hánecessidade de as empresasdo ramo imobiliário acom-panharem o crescimentodo país, com a intervençãoda banca, devendo este sec-tor financiar mais projectos,por haver ainda um gritantedéfice de moradias, sobre-tudo sociais.

“Os projectos habitacio-nais do Estado ainda não

satisfazem a demanda”,afirmou Manuel Costa,defendendo que o Executivodeve ser principalmenteregulador, para poder travaros preços especulativos dashabitações no país.

“(…) Os bancos estão sempoder de financiamento denovos projectos, devido aocrédito malparado”, reco-nheceu Manuel Costa, quedisse acreditar que as refor-mas económicas deixam osempresários na expectativa,por serem “um elementoessencial na recuperaçãodo fô lego dos invest i-mentos que passam pormomentos difíceis.”

Durante a realização emsimultâneo das duas feiras -a Projekta e o Salão Imobiliáriode Angola -, a troca de con-tactos entre investidores e avontade manifestada paraparcerias e negócios consti-tuíram motivos bastante para“acreditar em boas perspec-tivas para o futuro”, admitiuOsvaldo Mendonça, da CivipContraven, empresa dedicada

à transformação, fabrico ecomercialização de materiaisde construção civil.

Osvaldo Mendonça mani-festou sat i s fação por aempresa ter participado naProjekta e no Salão Imobi-liário de Angola, em cujoseventos expôs produtos quedespertaram a atenção declientes e de empresas doramo da Engenharia e Deco-ração de Interiores.

Por sua vez, AnicetoPedro, da empresa Probetão,afirmou ao Jornal de Angolaque a participação foi pro-veitosa por terem sido feitoscontactos de negócios,podendo alguns ser cele-brados nos próximos dias.

A Projekta e o Salão Imo-biliário de Angola foramrealizados sob o lema “Pro-jectar o futuro, construindoo presente”, no âmbito deuma iniciativa dos minis-térios da Construção e ObrasPúblicas e do Ordenamentodo Território e Habitação,em parceria com a empresaEventos Arena.

Victorino Joaquim

A União Europeia (UE) dis-ponibilizou perto de oitomilhões de euros para apoiaras organizações da socie-dade civil na implementaçãodo Programa de Consolida-ção dos Sistemas de Gover-nação Económica e deGestão das Finanças Públi-cas nos PALOP e Timor Leste(PRO PALOP-TL).

O gestor de projectos doPRO PALOP-TL Paulo Leitão,que anunciou o financia-mento, em Luanda, afirmouque UE cedeu 7,7 milhões de

euros para a implementaçãodo programa num períodoglobal de oito anos, divididosem duas fases, estando, nestemomento, na segunda fase.

O projecto visa melhorare tornar mais eficaz o con-trolo externo, político e judi-cial, bem como civil daspolíticas públicas nos PALOPe Timor Leste, para uma uti-lização mais eficiente dosrecursos públicos.

Paulo Leitão, que falavaao Jornal de Angola à mar-gem de uma mesa-redondasobre “O Ciclo Orçamental”,realizada há uma semana,

em Luanda, explicou aindaque o programa resulta deuma parceria estratégica entrea UE e o Programa das NaçõesUnidas para o Desenvolvi-mento (PNUD).

A implementação incidesobre o reforço das capaci-dades das organizações dasociedade civil e instituiçõessuperiores de controlo dascontas públicas (como Tri-bunal de Contas, o Parlamentoe o Ministério das Finanças),para garantir uma supervisãolegislativa eficaz e a monito-rização social do sistema dasfinanças públicas, transpa-

rência, acesso à informaçãoe maior abertura nos ciclosorçamentais. O reforço daparceria e partilha de boaspráticas, bem como o diálogoentre as instituições superioresde controlo das contas públi-cas e as organizações da socie-dade civil angolana, tambémfiguram entre os objectivos.“Tudo isto visa a melhoria dagovernação económica nosPaíses Africanos de LínguaOficial Portuguesa e TimorLeste”, declarou.

Segundo o responsável, aUnião Europeia consideraimportante o papel das orga-nizações da sociedade civilno que concerne à análisedas contas públicas, parti-cularmente, no OrçamentoGeral do Estado (OGE).

Ao intervir na cerimónia

FINANÇAS PÚBLICAS

UE apoia programa de monitorização

Um “Fórum do Mer-cado de Capitais” é rea-l i zado amanhã , emLuanda, pelo grupo deconteúdos jornalísticosMedia Rumo, com a par-ticipação de altas entida-des do sistema financeiroangolano, de acordo comuma nota de imprensa aque o Jornal de Angolateve acesso.

Prevê-se que a minis-tra das Finanças, VeraDaves, profira o discursode abertura do fórum quetem o “Mercado de Capi-tais, capitalizando a Eco-nomia 4.0” como temaprincipal, um debate con-sagrado à promoção dadinamização da econo-mia digital em Angola.

Assuntos como a “Dis-rupção tecnológica nosector financeiro”, “Eco-nomia 4.0 - Oportuni-dades de Negócios”,“Capitalização da eco-nomia 4.0 via Mercadode Capitais”, “Privatiza-ções em Angola versustransformação digital” e“Cibersegurança- Estra-tégia para o Mercado deCapitais” serão, igual-mente, discutidos nessefórum, que acontece peloterceiro ano consecutivo.

“O “Fórum do Mer-cado de Capitais” visa aconstrução de uma pla-taforma de interlocução,destinada aos principaisagentes intervenientesno Mercado de Capitais,promovendo a reflexãoalargada sobre os desa-fios e oportunidades ine-rentes à democratizaçãode recursos, resultantede novos instrumentosfinanceiros”, explicouainda a fonte.

A Media Rumo SA,refira-se, é a editora dosjornais “Mercado” (Finan-ças e Economia) e “Van-guarda”, bem como arevista “Rumo” (BusinessIntelligence).

Leonel Kassana

AMANHÃ

Fórum debatetecnologiano Mercado de Capitais

forma das Mulheres emAcção (PMA) e o Conselhode Igrejas Cristãs de Angola(CICA), sendo esta última acoordenadora do grupo.

No encontro, a PMA defen-deu a inclusão da comunidadena análise e identificação dosproblemas locais, antes daalocação dos recursos finan-ceiros às províncias.

“Existem muitos problemasque não são tidos em conta,no quadro da gestão gover-nativa”, disse Áurea Pereira,citando, como exemplo, oscasos de municípios comgrande densidade popula-cional que recebem quotasdo OGE insuficientes paradar resposta à procura deassistência médica e medi-camentosa, salas de aula,equipamentos e habitação.

de abertura, Áurea Pereira,também gestora de projectosda UE, realçou a importânciada participação das orga-nizações da sociedade civilem todo o ciclo de elabo-ração do Orçamento Geraldo Estado (OGE).

Para Áurea Pereira, “asorganizações da sociedadecivil desempenham um papelfundamental na prevençãoda corrupção e de má gestãoda coisa pública”, além deque “não se pode almejaratingir um estádio de desen-volvimento, deixando cama-das da população para trás”.

As organizações da socie-dade civil angolana envol-vidas no programa são aAcção Angolana para oDesenvolvimento Rural eAmbiente (ADRA), Plata-

Terça-feira19 de Novembro de 2019

11Terça-feira19 de Novembro de 2019

215 MIL DÓLARES

Hélder Jeremias

Duzentos e quinzemil dóla-res é o montante disponibi-lizado pela Embaixada dosEstados Unidos em Angolapara a implementação doprograma “Quem Quer serEmpreendedor”, que vaimapear o ecossistema destartups com potencialida-des de se tornarem empre-sas operacionais e prontaspara o investimento na eco-nomia angolana.A informação foi avançada

pela adida cultural da Embai-xada dos Estados Unidos,Nafeecah Allen, quando dis-cursava na abertura da 4ªSemana Global do Empreen-dedorismo em Angola, rea-lizada ontem à tarde, emLuanda, durante a qual osórgãos de comunicaçãosocial foram informadossobre a realização do cer-tame, que, até domingo,congrega, em Luanda, maisde meia centena de opera-dores com iniciativas no sec-tor das tecnologias.O empreendedorismo,

lembrou Nafeecah Allen,tem uma longa tradição nosEstados Unidos, na medidaem que os empreendedores“desempenham um papelimportante” na procura desoluções, impulsionando odesenvolvimento e garan-tindo prosperidade atravésdo desenvolvimento eco-nómico e social.Nafeecash Allen acres-

centou que, na actuali-dade, existe uma grandetendência para a apostana inovação por parte dosempresários, numa altura

em que o sucesso dos pro-jectos está subjacente àmelhoria da qualidade devida de milhões de cidadãos,com forte pendor no empo-deramento das mulheres,um grupo quase sempre rele-gado para segundo plano.“O Governo dos Estados

Unidos acredita que o sucessode África e de Angola, emparticular, depende do enga-jamento efectivode pessoashabilitadas para impulsionaro desenvolvimento a longoprazo, pois acreditamos quequando as mulheres tiveremacesso aos recursos, a nação,a sub-região e o continenteprosperarão de modo sus-tentável”, acrescentou.A Semana do Empreede-

dorismo Global em Angolacomeçou a ser assinaladaem 2016. A presente ediçãocontempla a realização devários eventos em Luandaeno município do Soyo, pro-víncia do Zaire. Destaquepara a par t ic ipação danorte-americana ZakiyaqJohnson, especialista eminclusão social, diversidadee estratégia, com vastaexperiência em desenvol-vimento internacional, fun-dadora da ODARA Solutionse mentora da iniciativa paramulheres negras “WomenDisrupt Initiative”.Das 800 empresas star-

tups inscritas, apenas 50ficaram habilitadas para asegunda etapa, devendonova triagem fazer apurar20, nímero que vai dar lugaràs cinco últimas que terãoum acompanhamentoespecial durante três mesesde gestão e 10 mil dólarespara cada.

Estados Unidos apoiammapeamento de startups

PROGRAMA DE APOIO AO CRÉDITO

Xavier António

Treze projectos avaliadosem 20.912 milhões de kwan-zas foram aprovados pelosbancos comerciais subscri-tores do Programa de Apoioao Crédito (PAC), de modoa impulsionar o Programade Apoio às Exportações eSubstituição das Importações(PRODESI).Os dados foram produ-

zidos a 13 de Novembro,numa reunião organizadapela Unidade Técnica deCoordenação do Prodesi,dando conta que 89 projectosestão em análise para finan-ciamentos ao abrigo do Avisonº 7/2019, do BNA. Os dados do Ministério da

Economia e Planeamentorevelam que o Banco Millen-nium Atlântico (BMA), com22 pedidos, lidera em termosde solicitações de financia-mento , seguido do BancoInternacional de Crédito (BIC)com 18, bem como dos bancosde Comércio e Indústria (BCI)

e Standard Bank Angola (SBA),ambos com 17.Os projectos aprovados

estão ligados aos sectoresda Agricultura, Indústriae Agropecuária, quatroestão fixados na provínciado Cuanza-Sul, três emLuanda, enquanto Malanje,Zaíre e Huíla aparecem comdois projectos cada.Entre as principais deli-

berações do encontro, foiagendado o arranque, a partirde ontem, do primeiro périplode visitas aos projectos dosector privado, a decorrernas províncias da região Cen-tro e Sul do país, para ondese deslocam equipas mul-tissectoriais da Unidade Téc-nica de Coordenação doProdesi, lideradas pelo secre-tário de Estado para a Eco-nomia, Sérgio dos Santos. OMinistério da Economia ePlaneamento recomendoumaior engajamento aos ban-cos na divulgação das con-dições de acesso ao créditonas agências bancárias detodo o país.

Angola participa desdeontem, em Madinat Jumei-rah, Dubai, no Fórum Globalde Negócios sobre África,com uma delegação che-fiada pelo ministro da Eco-nomia e Planeamento ,Manuel Neto da Costa.Segundo uma nota do

Ministério da Economia e Pla-neamento, o fórum inicioucom a abordagem de questõesligadas à implementação dasprincipais estratégias e pers-pectivas económicas do con-tinente africano, sendo,também, uma plataforma paraa análise conjunta, entre aÁfrica e os Emirados ÁrabesUnidos, da contribuição paraacelerar o desenvolvimentode uma nova geração deempresas de vanguarda dainovação e avaliação dosucesso de uma nova classede líderes empresariais.

A delegação angolana éintegrada, ainda, pelos minis-tros da Agricultura e Florestas,Turismo, Ensino Superior,Ciência, Tecnologia e Inovaçãoe pelos secretários de Estadodo Comércio e das Teleco-municações e vai detalhar nofórum, que termina amanhã,as reformas económicas emcurso no país e as suas poten-cialidades, para a atracção depotenciais investidores.

O economista FernandoVunge considerou descon-textualizada a avaliação daagência de notação financeiraMoody’s, que aponta a des-valorização do kwanza comonegativa para o perfil de cré-dito dos bancos.Em declarações ao Jornal

de Angola, o economista, ligadoà gestão bancária, afirmouque o Banco Nacional deAngola (BNA) fez sair um ins-trutivo que limita a concessãode crédito com capital inde-xado (valor que serve de refe-rência para cálculos) a umamoeda estrangeira.“O BNA, em 2014, deu

instruções para que os clien-tes e os bancos interessadosna conversão dos créditosque foram concedidos emmoeda estrangeira pudessemser convertidos em moedanacional”, disse.

Neste contexto, realçou,existe uma regulamentaçãoexpressa pelo BNA que auto-riza a cedência de créditoem moeda estrangeira ape-nas para os agentes expor-tadores com receitas emmoeda estrangeira. Os clientes que possuem

créditos em moeda externa,disse, vão ter de renegociaros planos financeiros face aflutuações da taxa de câmbio.“Os clientes bancários queassumiram compromissosem moeda estrangeira terãode pagar mais ainda emkwanzas em função da taxade câmbio”, acentuou.O economista entende a

medida do BNA de libera-lizar a taxa de câmbio comoacertada para atingir o equi-líbrio entre a procura e aoferta em moeda nacionale estrangeira.

Aprovados 13 projectospor quase 21 mil milhões

Angola participa em FórumGlobal de Negócios no Dubai

Economista desvaloriza avaliações da Moody’s

EXPLORAÇÃO SEMI-INDUSTRIAL DE DIAMANTE

DELEGAÇÃO INSTITUCIONAL RATING DOS BANCOS

Madalena José

O Governo e a Endiamaadvert i ram ontem, emLuanda, as cooperativas deexploração artesanal e semi-industrial de diamantes coma revogação das licençascaso permanecerem inac-tivas por mais de seis meses,diante de dados que indicamque apenas dez das 260licenciadas para operar estãoem actividade.A advertência foi feita pelo

secretário de Estado para aGeologia e Minas e reiteradapela administradora da áreade Geologia e Desenvolvi-mento Mineiro da Endiama,Jânio Correia Victor e AnaFeijó, na apresentação dorelatório da Endiama sobre“O Desenvolvimento da Acti-vidade de Exploração Arte-sanal e Semi-Industrial”, no1º Encontro sobre a Activi-dade Semi-industrial de Dia-mantes em Angola.“A retirada de títulos é a

solução, caso não sejam aca-tadas as decisões emanadaspelo Ministério”, afirmouo secretário de Estado, con-s iderando que “após otermo da entrega das licen-ças que os habilitam pro-duzir, em três meses, ascooperativas podem iniciaros seus processos de reor-ganização e em seis mesesiniciarem a actividade”.O relatório recomenda a

implantação das cooperativasnas áreas cedidas num prazode seis meses, a contar darecepção do título de explo-

ração, sob pena de retiradado documento, estabelecendo,também, a obrigatoriedadedo envio mensal dos relatóriosde actividades das empresaspara o Gabinete de ExploraçãoSemi-Industrial, bem comoa adopção de medidas paraerradicar o garimpo ilegal etráfico de diamantes.Ana Feijó lembrou que,

no âmbito da “OperaçãoTransparência”, iniciada a25 de Setembro de 2018, paracombater a imigração ilegale o tráfico ilícito de diamantes,a exploração artesanal esemi-industrial de diamantesforam suspensas, ao mesmotempo que foi apreendida aquantidade de 32 mil quilatesde diamantes.A produção das coopera-

tivas entre Fevereiro e Outubrofoi de 24.766,88 quilatescomercializados a um preçomédio de 64,22 dólares, porum total de 1,7 milhões dedólares, segundo dados avan-çados por Ana Feijó.Esses números compa-

ram-se com a produção de212.544 quilates do sectorartesanal e semi-industrialno cômputo de 2018 e de465.122 quilates em 2017,segundo dados disponíveisno Jornal de Angola. As cooperativas, prosse-

guiu, permit iram cr iaremprego para 3.097 traba-lhadores, 3.055 dos quais sãonacionais e 42 expatriados.“Grande número de coo-

perativas já licenciadas estãoinoperantes, umas por estarem

ainda em processo de mobi-lização de meios e equipa-mentos, enquanto outras estãoainda a negociar parceriascom potenciais investidorese com financiadores”, indicoua responsável.Outros constrangimentos

identificados no relatório estãoligados à localização de algu-mas áreas de concessão, des-conhecimento de informaçãogeológica, dificuldades notransporte de equipamento,aquisição de equipamentose máquinas, obstáculos naobtenção de vistos para ostrabalhadores imigrantes, nacaptação de investidores, deacesso ao financiamento emorosidade no pagamentodas produções extraídas nasáreas de concessão.

MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Secretário de Estado para a Geologia e Minas (segundo à direita) na apresentação do relatório

Governo adverte cooperativascom a revogação das licenças

ECONOMIA

Autoridades anunciam decisão de retirar as licenças às associações deprodutores que não iniciem as actividades seis meses depois de as obterem

Ministro Manuel Neto da Costa

VIOLÊNCIA EM MOÇAMBIQUE

Um grupo armado atacou,domingo à noite, uma aldeiado norte de Moçambique ematou oito pessoas, cincodas quais eram soldados,disseram ontem à Lusa fon-tes locais. O ataque faz parte da onda

de violência armada quedura há dois anos na regiãoe que na quinta-feira fezparalisar parte das obras dosmegaprojectos de exploraçãode gás natural.Desta vez os confrontos

aconteceram na localidadede Mengaleuwa, posto admi-nistrativo de Chitunda, 150quilómetros a sudoeste dosestaleiros das petrolíferas.Este posto administrativo

integra o distrito de Mui-dumbe e a violência armadaaconteceu perto da estradaque liga a capital provincial,Pemba, ao norte da provín-cia de Cabo Delgado.Segundo testemunhas

ouvidas pela agência Lusa,o grupo aproximou-se daaldeia a entoar cânticos emlínguas locais, como se deum cerimonial se tratasse,e depois abriu fogo sobre aposição onde se encontravamvários militares.Um balanço preliminar

refere que foram incendiadasvárias casas, bancas de vendainformal e destruídos trêstractores agrícolas e uma

máquina niveladora de umaempresa responsável pelaconstrução de pontes sobreo rio Messalo.O distrito onde aconteceu

este último ataque armadoé o mesmo onde as forçasde defesa e segurança deMoçambique realizaramofensivas de artilharia noinício do mês contra escon-derijos dos grupos armadosque têm protagonizado osataques em Cabo Delgado.A violência em Moçam-

bique começou há dois anoscom pequenos grupos locaisde muçulmanos extremis-tas, que depois do início dosataques armados nuncamais reivindicaram acções.Pelos menos 300 pessoasmorreram, segundo dadosoficiais e de testemunhas,e 60 mil foram afectadasou obrigadas a abandonaras terras e locais de resi-dência, de acordo com amais recente revisão doplano global de ajuda huma-nitária das Nações Unidas.Desde Junho que o grupo

jihadista Estado Islâmico temreivindicado alguns dos ata-ques, mas autoridades e ana-listas ouvidos pela Lusa têmconsiderado pouco credívelque haja um envolvimentogenuíno do grupo que váalém de algum contacto comelementos no terreno.

Grupo armado matamais oito pessoas

Maisde um ano depois de tersido declarada, a epidemiade ébola na República Demo-crática do Congo (RDC)começa a dar sinais de abran-dar, segundo revela umaequipa dos Médicos sem Fron-teiras recém-chegada do país.A médica Cecília Hirata

e o responsável de logísticaLuís Medina, que passaramtrês meses em missão paraos Médicos sem Fronteirasna região de Ituri, Nordesteda RDC, adiantam que a des-confiança das populações ea insegurança na região con-tinuam a representar grandesdesafios ao combate à doençano terreno. “Neste momento,os números das últimassemanas mostram que a epi-demia está em recessão. Osnúmeros de casos confir-mados à cada semana ten-dem a diminuir bastante”,disse, domingo, à agênciaLusa, Luís Medina.O responsável de logística

manifestou-se, por isso,“bastante optimista” que,“num espaço bastante curto”,a epidemia possa ser dadacomo terminada. Assinalou, por outro lado,

a imprevisibilidade dos ciclosepidemiológicos de ébola.“Basta uma pessoa que estejacontaminada que se mudapara o centro de uma grandecidade para recomeçar outrociclo de transmissão. É fácilhaver altos e baixos, aindaque, ao que tudo indica, aepidemia está a perder forçae tende a desaparecer nos

próximos meses”, disse. Nomesmo sentido, a médicaCecília Hirata adiantou queos casos estão a “reduzirbastante”, apesar de a epi-demia “ter durado muitomais do que o esperado”.“Enquanto estávamos lá aepidemia mostrou-se emrecessão. Na zona onde está-vamos houve um aumento,mas em geral, os casos estãoa reduzir bastante. Estamosbastante optimistas”, dissea médica.Cecília Hirata, que geriu

as equipas de apoio médicoem quatro centros de aten-dimento médico na região,sublinhou a importânciado trabalho realizado comas comunidades para osucesso da missão. Os aces-sos difíceis, os conflitosarmados e a desconfiançadas populações em relaçãoàs equipas de saúde foramas principais dificuldadesrelatadas pelos profissionaisdos MSF. “Há uma situaçãode segurança bastante tensa.Não é todos os dias quepodemos ir a todos os locais.Há uma gestão do dia-a-dia” por causa da segurança,disse Luís Medina.

Maior consciência da doençaLuís Medina sustenta que aspopulações nas zonas afec-tadas pela epidemia têmmaior conhecimento dadoença e das formas detransmissão, mas assinalaque se mantém uma “des-confiança muito grande” em

relação aos serviços de saúde.“Essa desconfiança leva

a que muita gente ainda hojenão se dirija aos centros desaúde, se dirijam a centrosprivados, onde possam evitarser considerados suspeitos,ou a praticantes de medicinatradicional, que não seguemos mesmos parâmetros doshospitais”, disse.Para o profissional dos

MSF, essa desconfiançaassenta em vários factores,mas sobretudo “na estra-nheza” por se verem alvode atenção das autoridades. “É uma zona habituada a

estar abandonada e a ter cui-dados de saúde muito pre-cários e as populações nãoentendem o súbito interessegovernamental naquelaregião e, depois, porque adoença entra em contradi-ção com muitas práticaslocais”, disse.Como exemplo, apontou

o facto de, a partir do momentoem que alguém é suspeito deestar doente, perder todo ocontacto físico com familiares,pessoas próximas e comu-nidades, inclusivamentedurante os funerais em casode morte.Entretanto, a introdução

de uma segunda vacinacontra a epidemia do vírusébola arrancou a semanapassada em Goma, no Lesteda República Democráticado Congo , anunc iou aorganização Médicos SemFronteiras (MSF) à AgênciaFrance Press.

MÉDICOS SEM FRONTEIRASDR

Números mostram que a epidemia de ébola está em recessão, segundo especialistas de Saúde

Togoleses saíram às ruas

Epidemia do vírus ébolacomeça a perder força

Candidato do PAIGC diz quea crise está a ser ultrapassada

Especialistas da organização Médicos Sem Fronteirasdivulgaram um relatório no qual reconhecem que, um anodepois, a epidemia do vírus ébola começa a perder força naRepública Democrática do Congo e pode estar totalmentedominado até ao final do ano

Nas vésperasde novas mar-chas de protesto previstaspara esta semana, a prin-cipal notícia dos jornais nosquiosques na capital togo-lesa continuava ontem con-sagrada à crise política sobrea questão das reformasconstitucionais, segundo aagência Panapress.Desde Agosto que a opo-

sição organiza manifestaçõespor reformas institucionaise constitucionais, exigindoo retorno à Constituição de1992, quando o Governopropôs um referendo comoa melhor solução, num diá-logo de surdos que mergu-lhou o país numa crise cadavez mais grave na sequênciadas posições radicais dosdois campos.

TOGO

Divergências sobre política de reformas geram protestos

DR

Pereira diz não temer alianças contra a sua candidatura

ELEIÇÕES NA GUINÉ-BISSAU

O candidato do Partido Afri-cano para a Independênciada Guiné e Cabo Verde(PAIGC) às presidenciais gui-neenses, Domingos SimõesPereira, disse, domingo, ànoite, que a mais recentecrise no país “está ultrapas-sada” porque é uma “situaçãoinaceitável”, segundo a Lusa.“Está ultrapassado porque

é uma situação inaceitável.

Ninguém irá permitir isso.Podem continuar a orquestrarporque quem não tem umprojecto, porque quem nãoacredita em democracia comoum momento em que o povodecide, vai estar sempre aorquestrar”, afirmou Domin-gos Simões Pereira, no finalde um comício no campo deLala Quema, em Bissau. AGuiné-Bissau iniciou a cam-

panha para as eleições pre-sidenciais num momento deespecial tensão política,depois de o Presidente terdemitido o Governo de Aris-tides Gomes, saído das legis-lativas de 10 de Março, enomeado um outro lideradopor Faustino Imbali. Grandeparte da comunidade inter-nacional opôs-se a estasdecisões e a CEDEAO exigiua demissão de Imbali, sobpena de impor “pesadas san-ções” aos responsáveis pelainstabilidade política.Imbali acabou por se demi-

tir, pouco antes de seremconhecidas as decisões dosChefes de Estado da Comu-nidade Económica dos Estadosda África Ocidental (CEDEAO),que decidiram reforçar a pre-sença da força de interposiçãoEcomib no país e advertir oPresidente guineense, JoséMário Vaz, de que qualquertentativa de usar as forçasarmadas para impor um actoilegal será “considerada umgolpe de Estado.”Questionado sobre o facto

de vários candidatos estarema planear unir-se contra ele,Simões Pereira disse que issonão o preocupa e que essasalianças são “perfeitamentenormais em democracia.”

12 ÁFRICA Terça-feira19 de Novembro de 2019

DR

13Terça-feira19 de Novembro de 2019

DIÁLOGO COM WASHINGTON

A Coreia do Norte advertiuontem que “não está inte-ressada” em mais cimeirascom os Estados Unidos seWashington persistir narecusa em fazer concessões,poucas horas depois de oPresidente norte-americano,Donald Trump, falar numapotencial reunião.A Coreia do Norte deu a

Washington até ao final de2019 para a apresentação deuma nova oferta de acordo.Kim Kye Gwan, um con-

selheiro do Ministério dosNegócios Estrangeiros norte-coreano, acusou os EstadosUnidos de jogarem contra orelógio “pretendendo alegarque têm feito progressos.”Horas antes, o Presidente

dos Estados Unidos declarounuma mensagem endereçadaao líder norte-coreano, KimJong-un, publicada no Twitter,que a Coreia “deve agir rapi-damente e concluir umacordo”, acrescentando um“até breve!.”A mensagem noTwitter de Donald Trump éum sinal de apelo a uma novacimeira, disse Kye Gwan,num comunicado divulgado

pela agência de notíciasnorte-coreana KCNA. “Nãoestamos interessados nessetipo de discussão que nãonos traga nada”, alertou oconselheiro coreano.“Não daremos ao Presi-

dente norte-americano nadapara que se possa gabar”,declarou, acrescentando quePyongyang deve ser recom-pensada pelos “sucessos”que Trump apresenta comosuas próprias realizações.Os dois líderes políticos

encontraram-se três vezesdesde Junho de 2018.Entretanto, as negociações

entre os Estados Unidos e aCoreia do Norte bloquearamdesde o fracasso da cimeiraem Hanói entre Trump e Kim,em Fevereiro.Os dois países não se

entendem em relação ao des-mantelamento do programanuclear da Coreia do Norteem troca do levantamentodas sanções económicas inter-nacionais.Outras negociaçõesbilaterais, realizadas no iníciode Outubro na Suécia, a níveldiplomático, também ter-minaram num impasse.

Pyongyang ameaçadesistir de cimeiras

DR

Navios de guerra ucranianos deixam a Rússia

A Rússiaanunciou ontem que entregou à Ucrâniatrês navios militares, apreendidos há um ano,por uma alegada violação das fronteiras, e queos dois países vão reunir-se para discutir umasolução para o conflito no leste da Ucrânia.“Três navios da Marinha ucraniana que vio-

laram a fronteira russa em Novembro de 2018,numa provocação deliberada de Kiev feita noEstreito de Kerch, e que tinham sido apreendidospelas forças de segurança russas, foram entreguesà Ucrânia”, disse o Ministério dos NegóciosEstrangeiros russo, em comunicado.As autoridades ucranianas não confirmaram

ainda ter recebido os navios.O Kremlin adiantou estar a preparar-se para

uma cimeira, agendada para 9 de Dezembro emParis, em que será discutido o conflito com aUcrânia, na qual participam os Presidentes russoe ucraniano, além de representantes da Françae da Alemanha, como mediadores.Anunciada na sexta-feira pela França, a

cimeira já tinha sido confirmada por todos osoutros países implicados.O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov,

escusou-se a avançar pormenores sobre as“expectativas” da Rússia em relação à cimeira,que será a primeira reunião entre Vladimir Putine Volodymyr Zelensky, eleito em Abril.

Rússia devolvenavios à Ucrânia

A presidenteda Câmara dosRepresentantes, a democrataNancy Pelosi, reagiu às crí-ticas do Presidente norte-americano sobre a formacomo está a decorrer o pro-cesso da sua destituição con-vidando-o a testemunharno inquérito.“Se (Donald Trump) tem

informações que o ilibam,estamos ansiosos para vê-las”, afirmou Pelosi numaentrevista divulgada domingono programa “Face the Nation”,da CBS, propondo que o Pre-sidente responda às questõespor escrito, se preferir.O Congresso norte-ame-

ricano iniciou na semana pas-sada as audições públicas doinquérito para a destituição deDonald Trump, ouvindo duasfiguras relevantes do Depar-tamento de Estado acerca dealegada pressão sobre um líderestrangeiro para proveito doPresidente norte-americano.As audições públicas do

processo de ‘impeachment’estão a ser transmitidas emdirecto por vários canaistelevisivos norte-america-nos, mas a Casa Branca jáinformou que o Presidentenão está a assistir aos tra-

balhos no congresso, porque“está a trabalhar.”Também o líder demo-

crata do Senado, ChuckSchumer, considerou que oPresidente devia estar pre-sente no inquérito, afir-mando que , se DonaldTrump não concorda com oque está a ouvir, não deviaenviar mensagens pelo Twit-ter, mas sim testemunhar.“Devia vir ao comité tes-

temunhar sob juramento epermitir que aqueles que orodeiam venham ao comitée testemunhem sob jura-mento”, disse, alegando queo facto de o Presidente impe-dir que os funcionários daCasa Branca testemunhemlevanta suspeitas sobre o quepodem estar a esconder.O Comité de Investigação

do Congresso vai iniciar asegunda semana de audiçõespúblicas, estando váriosnomes importantes agenda-dos, como Gordon Sondland,embaixador dos Estados Uni-dos na União Europeia.Sondland confirmou em

Outubro que o Presidente dosEstados Unidos queria que oGoverno da Ucrânia investi-gasse o filho do rival e antigo

Vice-Presidente Joe Biden.O ex-membro do Con-

selho de Segurança Nacionaldos EUA, Tim Morrison, quese demitiu na véspera detestemunhar no congresso,disse aos investigadores queTrump e Sondland tinhamdiscutido a Ucrânia em con-versas telefónicas e referiuque os dois conversaramcinco vezes, entre 15 deJulho e 11 de Setembro,período em que os EstadosUnidos suspenderam a ajudamilitar à Ucrânia.Os democratas suspeitam

que Trump pressionou o seuhomólogo ucraniano Ze-lensky, suspendendo umaajuda militar, a inquirir afamília Biden, que tem inte-resses no país do leste europeu.O testemunho de Morrisoncontradiz muito do que Son-dland disse aos investigadoresdo Congresso durante o seupróprio depoimento à portafechada, que o embaixadormais tarde alterou.Trump garantiu, por seu

lado, que não se lembra dotelefonema e referiu que malconhecia Sondland, um dospatrocinadores da sua cam-panha de 2016.

ESTADOS UNIDOS

DR

Presidente da Câmara dos Representantes, democrata Nancy Pelosi, convida Trump a depôr

Trump convidado a testemunharno processo de “impeachment”Comité da Câmara dos Representantes prossegue as audiçõespúblicas para “impeachment” do Chefe de Estado, acusadode pressão sobre o líder ucraniano para proveito próprio

O Papa Francisco divulgouontem uma mensagem emvídeo sobre a viagem querealiza ao Japão, onde visitaráas cidades de Hiroshima eNagasaki, pedindo que “opoder destrutivo das armasnucleares nunca mais sejautilizado na história”.Francisco viaja hoje para

a Tailândia, onde relançaráo diálogo com os budistas edepois desloca-se ao Japão,onde visitará Hiroshima eNagasaki, as cidades quesofreram os bombardea-mentos atómicos em 1945.

“O tema escolhido paraa minha visita é 'protegertoda a vida'. Esse forte ins-tinto, que ressoa nos nossoscorações, para defender ovalor e a dignidade de todapessoa humana, adquire par-ticular importância diantedas ameaças à convivênciapacífica que hoje o mundotem de enfrentar, especial-mente em conflitos arma-dos”, afirmou o Papa emespanhol, o idioma que usarádurante a viagem.Francisco lembrou que

o Japão está “muito cons-ciente do sofrimento cau-sado pela guerra” e afirmouque “o uso de armas nuclea-res é imoral”.O Papa espera também

que a sua visita encoraje opovo japonês “no caminhodo respeito mútuo e doencontro que leva a uma pazsegura e duradoura, que nãovolte atrás”.No vídeo, enviado na

sexta-feira aos tailandeses,Francisco elogiou o facto de“a Tailândia trabalhar muitopara promover a harmoniae a convivência pacífica,não apenas entre o seu povo,mas em toda a região doSudeste Asiático”.Francisco sublinhou que

a viagem ao país servirá tam-bém para “fortalecer os laçosde amizade” com os budistase para “destacar a importânciado diálogo inter-religioso,do entendimento mútuo e dacooperação fraterna, espe-cialmente ao serviço dospobres, necessitados e aoserviço da paz”.Esta é a 32ª viagem inter-

nacional do Papa e a 4ª des-locação à Ásia.

DR

Líder da Igreja Católicavisita Hiroshima e Nagasaki

VIAGEM À ÁSIA

Papa Franciscopede fim dasarmas nuclearesno mundo

CRISE NO ESTREITO DE KERCH

MUNDO

O Presidentedos Estados Unidos, Donald Trump,agiu incorrectamente quando pediu ao Governoucraniano para investigar o seu adversário políticoJoe Biden, de acordo com 70 por cento dos entre-vistados por uma agência de sondagens.

A sondagem divulgada ontem pela estaçãotelevisiva ABC também revela que 51 por centodos inquiridos pensam que, para além do com-portamento do Presidente norte-americano sererrado, Trump deve ser julgado politicamenteno Senado e, em seguida, demitido.

O Presidente Donald Trump está sob inves-tigação num inquérito para destituição no Con-gresso dos EUA, acusado de abuso de poder noexercício do cargo de Presidente por alegadamenteter pressionado o seu homólogo ucraniano,

Volodymyr Zelenskiy, a investigar as actividadesjunto de uma empresa da Ucrânia do filho doex-Vice-Presidente norte-americano e rivalpolítico nas eleições de 2020 Joe Biden.

O inquérito procura averiguar se houve umaexigência de troca (“quid pro quo”) entre a atri-buição de uma ajuda financeira militar dosEstados Unidos e a realização da investigaçãoà família de Joe Biden, que, para o Partido Demo-crata, constitui base para o inquérito, cujassessões públicas arrancaram na semana passadae cujos artigos terão de ser votados por maioriasimples na Câmara de Representantes antes deseguir para o Senado, onde será necessária umamaioria de 2/3 para a remoção de Trump docargo de Presidente.

Inquiridos condenam actos do Presidente

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(500.810a)

ANÚNCIO DO CONCURSO LIMITADO POR PRÉVIA QUALIFICAÇÃO N.º 001/DSE/2019AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE SEGURANÇA FÍSICAPARA A SONANGOL E.P. E SUAS SUBSIDIÁRIAS

A SOCIEDADE NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS DE ANGOLA – SONANGOLE.P., vem tornar público, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 69.º e do anexoVI, da Lei 09/16 de 16 de Junho de 2016 Lei dos Contratos Públicos, que estáaberto o Concurso Limitado por Prévia Qualificação para a Aquisição de Serviçosde Segurança Física para a Sonangol E.P. e suas Subsidiárias.

1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE (EPC)1.1. Designação: SOCIEDADE NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS DE ANGOLA –SONANGOL E.P.1.2. Endereço: Rua Rainha Ginga n.º 29/31, Município de Luanda, Distrito Ur-bano da Ingombota, Luanda, República de Angola.1.3. Correio Electrónico: [email protected]. Tipo de Entidade contratante e suas principais actividades: a entidadecontratante é uma empresa pública, que se dedica à actividade de exploração,pesquisa e desenvolvimento de petróleo bruto, e actividades relacionadas.

2. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONTRATO2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: Serviços de Segurança Física.2.2. Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços.2.3. Local da prestação dos serviços: Instalações da Sonangol E.P. e suas Sub-sidiárias identificadas no Programa do Procedimento.2.4. Concurso aberto às entidades estrangeiras: Não2.5. Breve descrição do objecto do contrato: Prestação de serviços de Segu-rança Física nas instalações indicadas no Caderno de Encargos.2.6. Prazo de execução do contrato: 02 anos

3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CANDIDATOS, CONCORRENTES E ÀSPROPOSTAS:

4. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃO4.1. Grupos: Os concorrentes podem concorrer a todos os Grupos ou apresentarpropostas individuais por Grupos, conforme indicado no Programa do Procedi-mento.4.2. Critério: Proposta economicamente mais vantajosa.

5. PROCESSO5.1. Fases: O concurso ocorrerá em duas (02) fases: – Fase 1ª: Pré-qualificação das empresas candidatas. – Fase 2ª: Apresentação de propostas por parte dos Concorrentes.5.2. Requisitos de qualificação: Indicado no Programa do Procedimento– Condições para a obtenção das Peças do Procedimento: As Peças do Pro-cedimento são gratuitas e poderão ser obtidas através do endereço electrónicoindicado no ponto 1.3.5.3. Prazo e local para Apresentação das Candidaturas: Até ao dia 22 de No-vembro de 2019, às 17h00, no endereço indicado no ponto 1.2.

6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES6.1. Ponto de contacto para informações sobre o presente concurso: - Comissão de AvaliaçãoTelefone: 2266 43586/87Correio Electrónico indicado no ponto 1.3.

Luanda, aos 18 de Novembro de 2019.

(501.532)

18 Terça-feira19 de Novembro de 2019NECROLOGIA

SERVIÇO NECROLÓGICO: DIAS ÚTEIS DAS 9H ÀS 18H, SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS DAS 8H ÀS 14H

FALECEU

Tiago Nascimento Clemente (esposo), MariaDomingos de Almeida (mãe), Ezequel Mariade Almeida (tio), tios, irmãos primos, sobrinhos,cunhados e demais familiares cumprem odoloroso dever de comunicar o falecimentoda sua querida OLÍVIA DE FÁTIMA DEALMEIDA PAULO (Dorinha), ocorrido dia18/11/2019. O óbito encontra-se na Centralidadedo Kilamba, bloco R 16. O funeral realizar-se-á em data a anunciar oportunamente. (2296)

OLÍVIA DE FÁTIMA DEALMEIDA PAULO (Dorinha)

RECORDAÇÃO

Amanhã, dia 20 de Novembro de 2019,completa dois anos do seu falecimentodesde que Deus te levou prematuramentepara junto d'Ele! Mas, mesmo assim,ainda sinto a tua presença, os teusensinamentos, e o teu carinho! Eternasaudade do teu esposo Móises Muxabata,filhos, e netos. Paz à tua alma. (2328)

MARIA INÁCIO MUXABATA

CONDOLÊNCIAS

O Conselho de Administração e o colectivo de trabalhadores daEPAL-EP tomaram conhecimento do passamento físico do tra-balhador DOMINGOS BAPTISTA MOUTINHO, ocorrido no passadodia 15 de Novembro de 2019, por doença. Perante este infaustoacontecimento, o Conselho de Administração e o colectivo detrabalhadores da EPAL-EP endereçam à família enlutada os sen-timentos de pesar. (2307)

DOMINGOS BAPTISTA MOUTINHO

MISSA

Emília Gomes (mãe), João Matos Sardinha e Gina Matos Sardinha(filhos) comunicam que será rezada Missa de recordação ao 40ºAniversário Natalício, em memória de sua querida CARINADINAMEN GONÇALVES MATOS, hoje, terça-feira, dia 19 deNovembro de 2019, às 18h30, na Igreja de Jusus, na Cidade Alta.

(2335)

CARINA DINAMEN GONÇALVES MATOS

FALECEU

Manuel de Jesus Vital Dias, Humberto Nogueira Vital Dias Júniore Júlio Vital Dias (filhos), noras, netos, bisnetos e demais familiarescomunicam o falecimento da sua mãe JUDITH VITAL LOPESDIAS, ocorrido dia 17/11/2019. O funeral realiza-se dia 20/11/2019,partindo o préstito fúnebre da Igreja de Nossa Senhora de Fátima,para o cemitério de Sant'Ana, pelas 10h00. O velório decorre nasua residência na Vila Alice-Rua Aníbal de Melo nº 99.

(2308)

JUDITH VITAL LOPES DIAS

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que, o Eng. João BaptistaBorges e sua família, tomaram conhecimento do falecimento doseu colega e amigo, ARMANDO RODRIGUES ALVES (Dr. Xinho),ocorrido dia 14 de Novembro de 2019, em Portugal, por mortesúbita. Neste momento de dor e tristeza endereçam à famíliaenlutada as mais sentidas condolências. Que a sua alma descanseem paz. (501.554)

ARMANDO RODRIGUES ALVES (Dr. Xinho)

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda tristeza e consternação que, a Direcção doMinistério da Energia e Águas e o seu colectivo de trabalhadores,tomaram conhecimento do passamento físico do seu colega,ARMANDO RODRIGUES ALVES (Dr. Xinho), ocorrido no dia 14de Novembro de 2019, por morte súbita, em Portugal. Nesta horade dor e luto, a Direcção do Ministério da Energia e Águas e oseu colectivo de trabalhadores, vergam-se perante a sua memória,associando-se à família enlutada, a quem endereçam os maisprofundos sentimentos de pesar. Que a sua alma descanse empaz. (501.554a)

ARMANDO RODRIGUES ALVES (Dr. Xinho)

FALECEU

Maria do Rosário de Oliveira Simão, Arminda Agostinho Simão,João Paulo de Oliveira Simão, Agostinho de Oliveira Simão, TeresaPaulo de Oliveira Simão, Paulo Jorge de Oliveira Simão, Rosa deFátima de Oliveira Simão, Mónica Marisa de Oliveira Simão e CláudioEufrásio de Oliveira Simão (irmãos) cumprem o doloroso dever decomunicar o passamento físico de JOSÉ AGOSTINHO DE OLIVEIRASIMÃO, ocorrido dia 16/11/2019, em Luanda. O óbito decorre noTala Hady, Rua da Caála, Nº 6. O funeral realiza-se hoje, terça-feira, dia 19/11/2019, saindo o cortejo fúnebre da Igreja Cristo Rei,na Terra Nova, às 10h30, para o cemitério de Sant'Ana. (2.347)

JOSÉ AGOSTINHO DE OLIVEIRA SIMÃO

RECORDAÇÃO

Querida Mãe, nossa Isabelinha, 9 mesesde angústia se passaram, muitas saudades,Mamã, saudades das tuas chamadas às6h00 da manhã, para saberes se estavatudo bem, se tinhamos dormido bem.Oh, Mamã, que a tua alma descanse empaz, que tenhas o eterno descanso entreo Resplendor da Luz Perpétua. Saudades:Teus filhos, primos, sobrinhos, netos ebisnetos. (2329)

ISABEL FERNANDO SAMBINGO

FALECEU

Vanessa Pinto, Inês Pinto e Cláudia Pinto(filhas), comunicam o falecimento doseu pai EDUARDO PINTO (Pinto Kadibala)ocorrido ontem por doença. O funeralserá realizado em data a anunciar.

(501.555)

EDUARDO PINTO

RECORDAÇÃO

Querida mãe! Faz hoje 1 Ano desde quepartiste, para junto do Senhor, foi o diamais difícil das nossas vidas. Saber quejá não vamos voltar a ver-te e nem ouvira tua voz, foi como perder o chão. Mãe,ensinaste-nos a sermos fortes. Agrade-cemos a Deus pela maravilhosa mãe quefoste. Recordam-te: Domingos DamiãoNeto (esposo), filhos, netos, genros ,noras e bisnetos. (2.348)

ROSA FRANCISCO CÉSAR NETO

AGRADECIMENTO

A família Quiame agradece, do fundodo coração, aos familiares e amigos asolidariedade, amizade e toda ajuda deque foi alvo, antes e após o passamentofísico de SEBASTIÃO DOMBAXI QUIAME,e comunica que será rezada a Missa do30º Dia, segunda-feira, dia 25/11/2019,pelas 6h30, na Igreja da Sê Catedral deViana, em sua memória. Que a sua almadescanse em paz. (2.345)

SEBASTIÃO DOMBAXI QUIAME

MISSA

Aristides Filipe Amado, Nelson FilipeAmado, Martinho Filipe Amado, AldinoFilipe Amado (filhos), netos, bisnetos esobrinhos comunicam que será rezadaa Missa da sua querida SUZANA PEDRODOMINGOS AMADO,hoje, Terça-feira,dia 19/11/2019, às 18h30, no Lar doPatriota, Casa n.º 794. Que a sua almadescanse em paz. (2229R)

SUZANA PEDRODOMINGOS AMADO

RECORDAÇÃO

Mana Kita Titi! Como eras carinhosamentechamada, não temos palavras, até hojepara descrever a tua ausência, as lágrimascontinuam a escorrer nos nossos rostos.O teu grande Amor, carinho e respeitoque tinhas com o teu sorriso nos lábios,que transmitias estará sempre presente.Recordam-te: Antónia (Mãe), irmãos esobrinhos. (2281R)

DELFINA JOÃO RODRIGUESDE ALMEIDA (Mana Kita)

AGRADECIMENTO

Albertina Júlia, Emília, Dora, Joice, Cândida,Samuel, Amélia e Ernesto Etaungo (filhos),genros, noras, netos, bisnetos e famíliaagradecem a todos quantos os consolarampelos pêsames e as palavras de confortorecebidas durante o período tão difícil edoloroso, pelo passamento físico de seupai, Reverendo HENRIQUE ETAUNGODANIEL, ocorrido dia 24/10/2019, na Pro-víncia do Huambo. (2.171R)

HENRIQUE ETAUNGO DANIEL

FALECEU

Sebastião Augusto, Suzana Augusto,Tomás Makanda e demais familiarescomunicam que o funeral do seu entequerido JOSÉ MIGUEL, se realiza hoje,19 de Novembro de 2019, pela 11h00,partindo o préstito fúnebre de sua resi-dência, sita no Bairro Camama, para oCemitério do Benfica.

(2353)

JOSÉ MIGUEL

CONDOLÊNCIAS

Foi com profunda dor e consternação que os amigos: Salvador Rodrigues "Dodó",Toninho Anapaz, Scabú Guimarães, Caly Balsa, Gigy, Mindo, Caxopa, Gena, FatyBrito, Gina Anapaz, Lila, Tininha Augusta Balsa, Gata, Aldina, Zurema, Micaela,Kandisse,Biby Cardoso e Maria João, tomaram conhecimento do passamento físicodo Dr. ARMANDO RODRIGUES ALVES (Chinho), ocorrido no dia 14/11/2019, emLisboa (Portugal). O funeral realizar-se-á em data a anunciar, naquele País, pelo queapresentam aos irmãos Manecas de Carvalho, Elsa de Carvalho e Gé, filhos: PauloRicardo Alves, Ricardo Paulo Alves, Paulo Jorge Alves e Arlete Alves, os sentimentosde pesar pela perda irreparável do seu ente querido. Que a sua alma descanse empaz, junto do Senhor Todo-Poderoso. (2355)

ARMANDO RODRIGUES ALVES(Chinho)

19Terça-feira19 de Novembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA AGRICULTURA E FLORESTAS

PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA COMERCIAL - (P88660-AO)

SOLICITAÇÃO DE OFERTA DE BENS E SERVIÇOS

PAÍS: ANGOLANOME DO PROJECTO: PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA COMERCIALEMPRÉSTIMO Nº: IBRD-88660DESCRIÇÃO DO CONCURSO: CONTRATAÇÃO DE UMA EMPRESA DE COMUNICAÇÃO E MUL-TIMÉDIA PARA CRIAÇÃO DO LOGÓTIPO, WEBSITE, EMAIL INSTITUCIONAL, REDE INTRANETE MATERIAIS DE COMUNICAÇÃO DO PROJECTO DE DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURACOMERCIAL.

Ref: 01/CS/FIN.CADP/19

O Governo da República de Angola recebeu um empréstimo no valor de 230 Milhões de Dólaresequivalente a 184 Milhões de Euros do Banco Mundial (BM) e da Agência Francesa de Desenvolvi-mento (AFD) para implementação do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC),e pretende aplicar parte dos fundos na CONTRATAÇÃO DE UMA EMPRESA DE COMUNICAÇÃOE MULTIMÉDIA.

O Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Comercial (PDAC) solicita propostas fechadas de Con-correntes elegíveis para o fornecimento de serviços respeitantes à criação do logótipo, website,email institucional, rede intranet e materiais de comunicação. O serviço deve ser prestado à Unidade de Implementação do Projecto (UIP). O prazo de entrega dos serviços deve ser de 30 dias a contar com a data da adjudicação do contrato. Os Concorrentes interessados podem obter informações adicionais através do endereço email abaixoindicados, das 8h00 às 15h30, horas locais/Angola, de Segunda a Quinta-Feira, e à Sexta-Feira, das8h00 às 15h00.

Os Termos de Referência em língua portuguesa deverão ser solicitados por escrito, pelos concor-rentes interessados, através do endereço electrónico abaixo indicado. O documento será enviadopor email em formato PDF.

As Propostas (Técnica e Financeira) devem ser entregues em envelopes fechados no ende-reço abaixo indicado, o mais tardar até às 10h00 (hora local) do dia 29 de Novembro de 2019. As Propostas entregues fora do prazo serão rejeitadas.

O endereço acima indicado, é o seguinte:À Atenção: Sra. Maria de Lourdes SilvaOficial em Aquisições Sénior Projecto de Desenvolvimento da Agricultura ComercialMinistério da Agricultura e FlorestasGabinete de Estudos, Planeamento e EstatísticaLargo António Jacinto, Edifício B do MINAGRI, 2.º Andar Direito, Porta N.º 4Email: [email protected]

(501.553)

O nosso cliente, é uma empresa multinacional com a sede emLuanda, ligada ao ramo de automóvel. Procura quadros quali-ficados e com experiência, para o preenchimento de vaga de:

SECRETÁRIA EXECUTIVA

Principais Funções:• Executar tarefas de apoio e secretariado a titulares de cargos da administração,actuando de acordo com as orientações transmitidas;• Organização e gestão da agenda de compromissos do executivo;• Gestão de documentação;• Acompanhamento e preparação de reuniões;• Garantir a comunicação entre os diversos departamentos.

Requisitos Profissionais:• Conhecimentos de Interpretação/Tradução Português para Inglês (vice-versa); • Conhecimentos gerais de Finanças e Contabilidade;• Boa capacidade para diálogo com Clientes Internos e Externos;• Capacidade de execução de relatórios mensais;• Boa capacidade de Liderança, Organização e Proactiva;• Comunicação e habilidades interpessoais; • Domínio da Língua Inglesa;• Nacionalidade Angolana ou Estrangeiro residente;• Carta de Condução;• Domínio de Informática - Microsoft Office (Excel Avançado) na óptica do utilizador.

Qualificações e Experiência • Licenciatura ou Bacharel em Gestão ou curso similar;• Experiência mínima de 2 a 3 anos em Secretariado ou Assessoria de Direcção.

Se tem o perfil mencionado e os requisitos exigidos, deverá enviar a sua candidatura via e-mail, para: [email protected] - num prazo de 10 dias após a publicação do anúncio.

(2255)

REPÚBLICA DE ANGOLATRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA

2.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO

ANÚNCIOProcesso N.º 3956/19-G

Yolanda Batalha, Juíza de Direito do Tribunal Provincial de Luanda, 2.ª Secção Acção Declarativa de Condenação Sob a Forma de Processo OrdinárioAutor: Nataniel Tarciso de AbreuRéu: Empresa Sande General Tradins em Angola

Nos autos acima identificados correm éditos de 20 dias, contados da data da segunda eúltima publicação do anúncio, citando a Ré ausente Empresa Sande General Tradinsem Angola, representada pelo Sr. Dulcidónio Faustino Ribeiro de Carvalho, com úl-timo domicílio conhecido no Distrito Urbano da Ingombota, Rua Tipografia Mamã Tita, n.º31, 3.º andar, actualmente em parte incerta, para no prazo de 20 dias, finda a dilação de30 dias a contar da 2.ª e última publicação do anúncio, contestar, querendo a acção supraidentificada, que lhe move Nataniel Tarciso de Abreu, residente no Bairro Neves Ben-dinha, Rua Josefa de Óbidos, n.º 64, em Luanda, com a cominação de que a falta decontestação da ré importa a condenação nos pedidos articulados pela autora e que emsubstância o pedido consiste em :a) Condenar a R no pagamento dos USD 345.000.00(Trezentos e quarenta e cinco mil dólares americanos) a título de dívida à A pelo períododos 5 anos em que gerem e usufruem dos rendimentos do valor em causa. B) Condenara R no pagamento dos honorários despendidos por A na constituição dos Advogado paradefesa da causa que o R deu origem, orçados em USD 5.000.00 (Cinco mil dólares ame-ricanos). C) Condenar a R no pagamento das custas e procuradorias condignas.Tudocomo melhor consta do duplicado da petição inicial, cujos duplicados se acham patentesno Cartório do Tribunal de Luanda, 2.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo, sito naRua Amílcar Cabral, n.º 29 - 2.º Andar, à disposição da citanda.

Para constar, lavrou-se o presente edital e mais dois de igual teor para serem afixados.

Luanda, aos 29 de Julho de 2019.

A JUÍZA DE DIREITOYOLANDA BATALHA FERREIRA

1.ª Publicação

REPÚBLICA DE ANGOLAMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

GABINETE DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA

COMUNICADOO Ministério da Educação informa aos professores e ao público em geral que, noâmbito do processo de transição de carreira, 7.141 professores ainda não com-pareceram para confirmar a sua efectividade. Deste modo, solicita-se aos docen-tes em causa que se apresentem para o devido cadastramento até ao dia 20 deNovembro, fim do qual, serão inactivados do Sistema Integrado de Gestão Fi-nanceira do Estado (SIGFE), sendo que o Ministério da Educação declinará qual-quer responsabilidade sobre o assunto. Os visados devem apresentar-se ao Gabinete dos Recursos Humanos do Minis-tério da Educação, acompanhados dos seguintes documentos:

1. Cópia do Bilhete de Identidade.2. Certificado original de habilitações literárias, com cópia autenticada.3. Termo de início de funções. 4. Folha de salário do mês de Setembro. 5. Termo de responsabilidade (assinado pelo director provincial da educação).6. Declaração de efectividade (assinada pelo director da escola, com visto do di-rector municipal).7. Carga horária.8. Cópias de assinatura do livro de ponto de Janeiro a Setembro.9. Mini pautas.

GABINETE DE COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL E IMPRENSA, 7 DE NOVEMBRO DE 2019.

O DIRECTOR DO GABINETEANTÓNIO FRANCISCO SALAVADOR MIGUEL (501.535)(2270)

20 Terça-feira19 de Novembro de 2019

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Comunicado

A Empresa de Cervejas N´gola Norte S.A. solicita a comparêncianas suas instalações, sitas na Rua N´gola Kiluange n.º 370, dosclientes abaixo designados a contactarem o Departamento de Ges-tão de Crédito a fim de regularizarem as suas contas.

Informamos que no caso da não comparência no prazo máximo de15 dias a contar da data da publicação deste anúncio, o processoserá encaminhado ao Gabinete Jurídico para que os mecanismoslegais sejam accionados.

São eles:- Assolua Comercial - De Assolua Jorge: Sr. Assolua Jorge- Cândido Benjamim: Sr. Cândido Benjamim- Casa Viana Distribuidora: Sr. Francisco Viana- Eurínia Comércio Geral: Sr. Manuel Francisco- FBC - Ferdina Bus Corporations: Sr. Fernando Futila- Figueiredo Estêvão: Sr. Figueiredo Canguende Estêvão- Firma Saculanda Comercial: Sr. Pedro Francisco Zongo- FMD Lubambo Comercial, Lda: Sr. Francisco Lubambo- FOCD - Comércio Geral: Sr. Faustino Domingos- Frutaria Talatona: Sr. Samuel Jerónimo- G.R.S.G – Comércio: Sra. Isabel Marcolino- Glakeni (Ulengo Center): Sr. Alírio Costa Domingues- Grupo Ajustherde Comercial: Sr. Joaquim José Amaro- Jest Comercial: Sr. Restiny Henriques- J. Kitoko Comercial: Sra. Jaquelina Kitoko- Kreon - Comércio Geral, Lda: Sra. Angela Martíns- Lujupa, Lda: Sra. Juliana Paula André- Luza Comercial: Sr. Bernardo Luzayadio- Marlini Borlini: Sra. Margarida Borlini- Maxf: Sr. Manuel Augusto Xavier da Fonseca- Moisés José da Silva: Sr. Moisés José da Silva- Multirest: Sr. Paulo Condeço- Passoglobal Angola, Lda: Sr. Gustavo Duarte Monteiro- Saclaur: Sr. Soba Pedro- Sarcofa & filhos - Comércio Geral, Lda: Sra. Sofia RodriguesCoelho- Sociedade Comercial Socofer: Sr. Pedro Fernão- Stockash: Sr. João Cachola- Tchiquinto Comércio Geral, Lda: Sr. Francisco Luís Manuel

Luanda, aos 8 de Novembro de 2019.

(2196)

Comunicado

A Coca-Cola Bottling (Luanda) S.A., solicita a comparência nassuas instalações, sitas na Rua N´gola Kiluange n.º 370, dos clientesabaixo designados a contactarem o Departamento de Gestão deCrédito a fim de regularizarem as suas contas.

Informamos que no caso da não comparência, no prazo máximode 15 dias a contar da data da publicação deste anúncio, o pro-cesso será encaminhado ao Gabinete Jurídico para que os meca-nismos legais sejam accionados.

São eles:- Alberto Mawidiko Comercial: Sr. Alberto Mawidiko- Analf - Comércio a Grosso e Retalho: Sra. Ana Luís Neto- Assolua Comercial - De Assolua Jorge: Sr. Assolua Jorge- Caminha Comercial: Sr. Amâncio Caminha- Cândido Benjamim: Sr. Cândido Benjamim- Casa Comercial Kipata: Sr. António Filipe de Barros- Casa Kiana Comercial: Sr. Joaquim Manuel da Costa- Cláudio Clemente Nandu: Sr. Cláudio Clemente Nandu- Cléusia Comercial (Huambo): Sr. Filipe Tobias António- DHS Trading: Sr. Goitom Tsegai Negusse- Domingos Manuel Júnior: Sr. Domingos Manuel Júnior- Eurínia Comércio Geral: Sr. Manuel Francisco- Figueiredo Estêvão: Sr. Figueiredo Canguende Estêvão- Filipe José Kilau: Sr. Filipe José Kilau- Firma Frio: Sr. André Manuel- FMD Lubambo Comercial, Lda: Sr. Francisco Lubambo- FOCD - Comércio Geral: Sr. Faustino Domingos- Frutaria de Talatona: Sr. Samuel Lameiro Jerónimo- Hossi Teixeira Santos & Filhos: Sr. Hossi Teixeira Santos- J. Kitoko Comercial: Sra. Jaquelina Kitoko- Luísa João Soyo: Sra. Luísa João- Lujupa, Lda: Sra. Juliana Paula André- Majosantos: Sr. Manuel dos Santos- Manuel Dias Upite: Sr. Temesghen Alemayd- Marlini Borlini: Sra. Margarida Borlini- Maxf: Sr. Manuel Augusto Xavier da Fonseca- Mitona: Sra. Paulina António Fernando- Moisés José da Silva: Sr. Moisés José da Silva- NATNAEL - Comércio Geral: Sr. Binyam Hile- Org. Vicedudo: Sr. Eduardo Amaral- Passoglobal Angola, Lda: Sr. Gustavo Monteiro- Paulo Silva Ribeiro: Sr. Paulo Silva Ribeiro- Rogero Mayomona-Comércio e Serviços: Sr. Rogero Mayomona- Sociongo Comércio Geral Lda.: Sr. Francisco Evaristo- Stockash: Sr. João Cachola- Tchiquinto Comércio Geral, Lda.: Sr. Francisco Luís Manuel- Valbejosa Comercial: Sr. Valdemiro Jacinto- Valk & Var Comércio e Serviços: Sr. Hermenegildo Jombe

Luanda, 8 de Novembro de 2019.(2193)

REPÚBLICA DE ANGOLATRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA 1.ª SECÇÃO DA SALA DE FAMÍLIA

ANÚNCIOPROCESSO N.º 060/F-2019

FAZ-SE SABER QUE, por este Tribunal Provincial de Luanda,1.ª Secção da Sala de Família, correm éditos de trinta dias, citando os herdeiros incertos de Aguinaldo Mário, falecido a01 de Junho de 2017, residentes em parte incerta, para contes-tar, querendo, no prazo de trinta dias, findo o de dilação de igual duração, a acção de Reconhecimento da União de Factopor Morte, em que é Autora, Margarida Manuel António, movecontra eles.

Na qual, em resumo, pretende que seja reconhecida a uniãode facto, conforme consta da petição inicial, cujo duplicado seacha patente no Cartório do Tribunal Provincial de Luanda, 1.ª Secção da Sala de Família, sito em Luanda, no Distrito da Maianga, Rª Ngola Mbandi, vulgo Rua dos Quartéis, junto aoINAC.

Luanda, 17 de Outubro 2019.

A JUÍZA DE DIREITO A ESCRIVÃ DE DIREITO/Dra. Judelca Crispim/ /Elvira Lino Domingos/

21Terça-feira19 de Novembro de 2019

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REPÚBLICA DE ANGOLATRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA

3.ª SECÇÃO DA SALA DO CÍVEL E ADMINISTRATIVO

ANÚNCIODOUTORA DÁRJIA NATHALY DE SÁ NOGUEIRA GOMES, Juíza de Direito do Tribunal Provincialde Luanda, Sala do Cível e Administrativo, Terceira Secção. FAZ SABER QUE, corre seus regulares termos pela 3.ª Secção da Sala do Cível e Administrativo,uns autos de Acção Executiva para Pagamento de Quantia Certa, com o número dois mil duzentose oitenta e sete, barra dezassete letra F, em que é Exequente: Noé José Baltazar, residente emLuanda, Distrito Urbano da Maianga, Bairro Alvalade, Rua Jaime Cortezão, n.º 43, Zona 5, e Execu-tado: Lazarino dos Mártires André Poulson, com último domicílio conhecido em Luanda, Condo-mínio Riviera, Bairro Talatona, Rua Cabo Ledo 7, na qual se pede que o Executado seja citadopara o pagamento do valor de Usd. 988.000,00 (Novecentos e Oitenta e Oito Mil Dólares Norte-Americanos) acrescidos dos juros legais. Nesta acção, o Exequente pede que se procede à citação do Executado, por intermédio dos seus re-presentantes para pagar a quantia exequenda ou nomear bens à penhora, nos termos do artigo 811.ºdo Código de Processo Civil, no prazo de 10 (dez) dias que começa a correr, finda a dilação de 30(trinta) dias, contados da data da segunda e última publicação do anúncio.

A presente acção é de constituição obrigatória de advogado.

Para constar, passou-se o presente Anúncio e mais dois de igual teor, que serão afixados nos lugaresque a lei designa.

Luanda, 14 de Novembro de 2019.

A JUÍZA DE DIREITO O ESCRIVÃO DE DIREITO/Dárjia Nathaly de S. N. Gomes/ /Djalmo de Carvalho/ (2184)

2.ª PUBLICAÇÃO

(1893a)

ANTÓNIO JOSÉ & IRMÃOS, LDA

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(2180)

CONVOCATÓRIA

ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA

FÁBRICA DE ÓCULOS DE ANGOLA, LDA., sociedadecomercial por quotas, com sede na Avenida Pedro deCastro Van-Dúnem “Loy” 62, Bairro Morro Bento II,Luanda, com o capital social de Kz. 117.647,00 (cento edezassete mil e seiscentos e quarenta e sete Kwanzas),Contribuinte Fiscal n.º 5417424161 (a “Sociedade”), con-voca todos os sócios para se reunirem em Assembleia-Geral Extraordinária, a ter lugar no dia 5 de Dezembro de2019, pelas 10 horas, na sede social da Sociedade, coma seguinte Ordem de Trabalho:

Ponto Um: Aprovação do Relatório e Contas de 2018 Ponto Dois: Alteração da composição da Gerência daSociedade

Não podendo deliberar em primeira convocatória, a As-sembleia-Geral reunir-se-á no dia 20 de Dezembro, pelas10 horas, na sede da Sociedade.

Luanda, aos 15 de Novembro de 2019.

Miguel Anacoreta Correia (Gerente)

(2277)

COMUNICADO

Em virtude de o Projecto de Expansão doPORTO COMERCIAL colidir com a actividadedo Estaleiro Naval, situado entre o Porto Co-mercial e o Farol do Noronha, nesta cidade deMoçâmedes, a Direcção da Electromar, ges-tora do Estaleiro Naval, em causa, solicita acomparência, no prazo máximo de 30 dias, acontar da publicação deste comunicado, detodos os Armadores, proprietários de embar-cações ali estacionadas, a fim de tratarem deassuntos de seu interesse. Para o efeito, de-verão contactar a Direcção da Empresa, naRua Kahumba, n.º 68, no próprio estaleiro, ouatravés dos telefones +244 931 072 722 - 916461 000, nas horas normais de expediente.

Moçâmedes, aos 12 de Outubro de 2019. (501.524)

COMÉRCIO - INDÚSTRIA - IMPORTAÇÃO – EXPORTAÇÃONIF: 5410002601

ABANDONO DE TRABALHO

O Departamento de Recursos Humanos da Socie-dade de Comércio MARTAL, S.A. comunica aotrabalhador ADÃO DA SILVA MENDES AFONSO,que se encontra em situação de abandono de tra-balho, nos termos do Artigo 144.º e 229.º da LeiGeral do Trabalho em vigor, devendo apresentar-se no prazo de (5) cinco dias úteis a seguir a publi-cação deste comunicado, a fim de justificardocumentalmente as razões da sua ausência, sobpena de lhe ser aplicada a sanção disciplinar pre-vista na referida Lei.

Luanda, aos 8 de Novembro de 2019.

O Departamento de R.H(2134)

2.ª PUBLICAÇÃO

(2310)

A L.S.K.G.-INTERNACIONAL, Especializada na área de Indústria e Comércio, pretende recrutar colabora-dores, que procurem oportunidade de carreira e de valorização profissional.

GESTÃO E MARKETING1- Resumo das Responsabilidades:- Realizar publicidade dos produtos- Criar Contactos com os clientes- Responder os pedidos dos clientes- Acompanhamento da evolução do produto no mercado2- Requisitos:- Licenciado Gestão e Marketing- Experiência Mínima comprovada de 10 anos;- Conhecimento de Excel, Word e fala fluentemente o Inglês;- Capacidade de trabalho em equipa;- Disponibilidade de horário e deslocações;- Capacidade de trabalho sob Pressão;

Procuramos: Um (1) Candidato com perfil descrito, elevada capacidade de trabalho, facilidade de diálogo ecomunicação em equipa, bom relacionamento inter-pessoal, dedicado, responsável, organizado, rigoroso epró-activo, orientador para os cliente e resultados.Oferecemos: Remuneração compatível com a Função. Condições para desenvolvimento pessoal e Profissional.

As candidaturas podem ser entregues no Pólo Industrial de Viana, S/N, KM 25, Viana- Luanda, ao cuidadodo Departamento de Recursos Humanos ou enviadas para: [email protected] até ao dia 5de Dezembro de 2019, acompanhada de CV actualizado, cópias dos certificados de habilitações académicase profissional, e Bilhete de Identidade.Contacto: 923695246 / 936633333.

Luanda, aos 18 de Novembro de 2019.

O RESPONSÁVEL

L.S.K.G-INTERNACIONAL COMÉRCIO GERAL, SU, LDA

(2332)

22 Terça-feira19 de Novembro de 2019

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SERVIÇO REGIONAL TRIBUTÁRIO DA 4.ª REGIÃO

REPARTIÇÃO FISCAL DO SELES

EDITAL

A Repartição Fiscal do Lobito, no estrito cumprimento do dis-posto no n.º 5 do artigo 93.º do Código Geral Tributário, fazsaber que, foi instaurado contra o contribuinte FICANGOL,LDA., titular do NIF 5417075850, um processo de cobrança dadívida da Multa e Juros Compensatórios do Imposto IndustrialProvisório, referente ao exercício económico 2013, no mon-tante de Kz 2.208.391,00 (Dois Milhões, Duzentos e Oito Mil,Trezentos e Noventa e Um Kwanzas).

Com efeito, correm éditos de trinta (30) dias, contados da datada publicação do presente anúncio, para no prazo de 15(quinze) dias, findo o prazo dos éditos, efectuar o pagamentoda totalidade da dívida, ou querendo, dentro do mesmo prazo,requerer o pagamento em prestações, nos termos do artigo136.º do Código Geral Tributário (CGT) ou ainda, nos termosdo artigo 54.º e seguintes do Código do Processo Tributário,impugnar judicialmente.

A não regularização da situação fiscal no prazo estabelecidodará lugar à cobrança coerciva da dívida, nos termos do n.º 3do artigo 135.º do Código Geral Tributário, conjugado com oartigo 3.º do Código das Execuções Fiscais.

A Chefe da RepartiçãoMaria Dulce F. Salvador Filipe

TERCEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIA(Luanda e Bengo)

EDITAL N.º 49

A Terceira Região Tributária faz saber que as mercadorias abaixo indicadas, encontram-se abandonadas e sob controlo Aduaneiro há mais de 60 dias, pelo queserão vendidas em hasta pública, conforme o preceituado na alínea a) do n.º 2 do artigo 462.º, da alínea a) do n.º 5 do artigo 480.º, do n.º 1 do artigo 483.º e don.º 1 do artigo 488.º todos do Código Aduaneiro em vigor, conjugados com os artigos 10.º e 11.º do Decreto Executivo Conjunto n.º 12/95, de 28 de Abril.

Nesta conformidade, o leilão realizar-se-á no Terminal da Primeira Linha da Multiusos (Ex Soportos – Mulemba), às 9h00, dez (10) dias úteis após a publicaçãodo presente edital.

Critério de acesso para o leilão 1. Ser possuidor de cartão de contribuinte;2. Não constar da lista de importadores detentores de mercadorias que sejam consideradas demoradas nos termos da lei vigente e;3. Não ser devedor do fisco.

Obrigações dos licitantes /arrematantes:1. Pagar ou depositar no prazo de 10 dias úteis o preço de arrematação e o equivalente a 10% sobre o mesmo valor, conforme o disposto no n.º 2 do artigo 499.ºdo Código Aduaneiro; 2. Pagar as despesas de armazenagem, transportes, taxas aeroportuárias e/ou portuárias.

E, para constar, deu-se a este edital a devida publicação legal.

Terceira Região Tributária, em Luanda, aos 14 de Novembro de 2019

A DIRECTORA REGIONALEurídice Cristina F. Bárber A. Alves

Nº LOTE

CONTENTOR TIPO MERCADORIA IMPORTADOR B/L DATA DECHEGADA

VALOR PARAVENDA

03/19

06/19

07/19

08/19

UACU835880/5

UACU836948/2

HLXU517783/4

TCKU370312/1

40

40

40

20

PRODUTOS COSMÉTICOSPARA PELE SKIN DOCTORHERBAL, BOLACHAS VAL.

03.12.19

MATA MOSQUITOSDRAGÃO VAL. 23.11.2020

ALGODÃO ABSORVENTE

LANCETAS DE SEGU-RANÇA

NKOKO JOÃO ZALUNDA RUA

NKOKO JOÃO ZALUNDA RUA

CENTRAL DE COMPRAS DE MEDICAMENTOS

CENTRAL DE COMPRAS DE MEDICAMENTOS

HLCUDUR181205328

HLCUDUR181205328

HLCUSHA1805KJHJ6

HLCUTS1180919580

2018-12-24

2018-12-24

2018-07-24

2018-08-15

10.642.824,00

11.718.998,00

9.909.520,00

8.353.012,00

(2309)

ARIMATEIA BAPTISTA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Estudantes da região com mais facilidades para pesquisar

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NO CUNENE

Domingos Calucipa | Ondjiva

A cidade de Ondjiva conta,desde a semana finda, comum ponto de acesso grátis àInternet, o primeiro na pro-víncia do Cunene, inseridono projecto “Angola Online”,desenvolvido pelo Ministériodas Telecomunicações e Tec-nologias de Informação.

O serviço, instalado napraça junto à sede do GovernoProvincial, foi inauguradopelo governador VigílioTyova, na presença do minis-tro das Telecomunicações eTecnologias de Informação,José Carvalho da Rocha.

Na ocasião, o governadordo Cunene anunciou que oprojecto vai estender-se, nospróximos tempos, às ime-diações da Escola SuperiorPolitécnica de Ondjiva, à vilade Namacunde, municípiocom o mesmo nome, e àXangongo, sede municipalde Ombadja.

Vigílio Tyova disse que oponto de acesso à internet éuma mais valia para os alunosda cidade, sobretudo aquelesque frequentam as escolascircunvizinhas do espaço,na investigação de conteúdosescolares e na comunicaçãocom o mundo.

Ondjiva ganha pontode acesso à Internet

Alberto Coelho | Cabinda

A forte chuvaque se abateuna tarde de sexta-feira sobrea cidade de Cabinda provo-cou a morte de um cidadãonacional, de nome LourençoMabonzo, 54 anos, funcio-nário do Governo da Pro-víncia de Cabinda.

Lourenço Mabonzo, queconduzia uma viatura demarca Toyota Hilux, ignorouo sinal de alerta de perigodado pelas pessoas no locale arriscou-se a atravessaruma correnteza das águasque escorriam das encostasdo morro, tendo sido arras-tado a mais de 300 metrose projectado para dentro deuma vala de drenagem, nobairro Lombo-Lombo.

Efectivos do corpo deBombeiros do Comando Pro-vincial foram mobilizadospara o local, procedendo aoresgate da vítima com vida,mas em estado bastante crí-tico, vindo a falecer momen-

tos depois, no Hospital Pro-vincial de Cabinda.

Ainda não foram con-tabilizados os prejuízoscausados pela chuva desexta-feira. O primeiro levan-tamento feito pela comissãomultisectorial, composta portécnicos do Comando Pro-vincial de Protecção Civil eBombeiros, AdministraçãoMunicipal de Cabinda, doAmbiente e Acção Social,indica a inundação de 13 casase cinco outras parcialmentedestruídas, deixando aorelento várias famílias, sobre-tudo nos bairros 1º de Maio,Chiweca, Lombo-Lombo e 4de Fevereiro.

O comandante provincialde Protecção Civil e Bombeirosdisse, em entrevista ao Jornalde Angola, que as últimaschuvas têm causado danosconsideráveis à cidade e bair-ros periféricos e complicadoa vida das populações.

De acordo com o subco-missário bombeiro Henrique

Braz Capita, a chuva registadano passado dia sete afectou23 residências e desalojou115 pessoas, enquanto a dodia 11 danificou 28 casas eafectou 140 cidadãos.

Referiu que a chuva, alémda destruição de casas, pro-voca o surgimento de ravinas,que dificultam a livre circu-lação de pessoas e bens.

A escassez de esgotos evalas de drenagem provocaacumulação de areia, lamae lixo, quer na cidade quernos bairros periféricos, situa-dos nas zonas baixas e osmais afectados são o 1º deMaio, Lombo-Lombo, Chi-weca, 4 de Fevereiro, Coman-dante Gika e Vitória é Certa.

Para debelar a situação,disse, torna-se necessárioefectuar um trabalho de desas-soreamento do rio Lucola, alimpeza das valas de drenagempara permitir a evacuação daságuas pluviais e a destruiçãodas casas construídas nas valasde passagem das águas.

CALAMIDADES NATURAIS CAUSAM DANOS VIGAS DA PURIFICAÇÃO| EDIÇÕES NOVEMBRO

Falta de esgotos e de valas de drenagem fez com que certas zonas ficassem intransitáveis

Chuva mata e desaloja famílias em CabindaO Comando Provincial da Protecção Civil e Bombeiros continua a fazer o levantamento dos prejuízos de sexta-feira

Adolfo Mundombe / Huambo

Mais de 80 mil doses devacina contra a poliomieliteestão disponíveis para seremministradas em crianças doszero aos cinco anos, durantea campanha de vacinação,cujas brigadas estão desta-cadas nos municípios doUcuma, Longonjo, Tchinjenjee Mungo, avançou ao Jornalde Angolao chefe do Depar-tamento do Gabinete Provin-cial da Saúde Pública.

Celestino Máquina afirmouque a campanha, “nesta últimafase”, decorrerá apenas nosreferidos municípios da pro-víncia , prevendo-se imu-nizar, em três dias, 332 mile 621 crianças contra a polio-mielite, tendo sido mobili-zados 2.415 voluntários,entre vacinadores, regista-dores e mobilizadores.

O objectivo da vacinação,sal ientou, é prevenir adoença, pelo que a mesmaobedeceu as três fases, como atendimento, no períodode 2 a 4 de Setembro, decrianças menores de umano, enquanto até aos cincoanos foi realizada de 16 a 18do mesmo mês.

Celestino Máquina disseque a campanha vai ajudara conter a epidemia que seregistou, nos últimos meses,no Cachiungo.

COMBATE À PÓLIO

Huambo possuimais de 80 mildoses de vacina

FRANCISCO LOPES | EDIÇÕES NOVEMBRO

População vai deixar de percorrer longas distâncias à procura dos primeiros socorros

ASSISTÊNCIA MÉDICA EM MALANJE

GOVERNO DA LUNDA-SUL

Francisco Curihingana | Malanje

Os maisde quatro mil habi-tantes da comuna do Soqueco,21 quilómetros da sede muni-cipal de Cacuso, vão deixarde percorrer longas distânciasem busca de assistênciamédica e medicamentosacom a inauguração, pelogovernador Norberto dosSantos “Kwata Kanawa”, deum posto médico, ampliado

e agora com diversos servi-ços, nomeadamente con-sultas de pediatria, medicina,partos e vacinação.

O posto, que agora contatambém com uma ambulân-cia, para a transportação dedoentes graves ao hospitalmunicipal de Cacuso e aoregional de Malanje, vai realizarapenas serviços ambulatórios.

Jorge Bondo, um dosmoradores do Soqueco, diz

Comuna do Soquecotem novo posto médico

Mona-Quimbundo recebe apoio

que a população enfrentavainúmeras di f iculdadespara ter acesso aos servi-ços da saúde. Aproveitoupara apelar às entidadesadministrativas no sentidode resolverem os proble-mas ligados à água potávele à energia eléctrica.

Madalena Quicalango,outra moradora ouvida pelanossa reportagem, disse que,com a inauguração do postomédico, a população vai deixarde se deslocar com frequênciapara Cacuso ou Calandula,gastando entre 700 a 1000kwanzas por viagem.

A comuna do Soqueco,refira-se, conta com 21 bair-ros e três regedorias e apopulação vive da agriculturade subsistência.

23Terça-feira19 de Novembro de 2019REGIÕES

Kamuanga Júlia | Saurimo

Medicamentos essenciais,utensílios de cozinha, ins-trumentos agrícolas e equi-pamentos desport ivosintegram o lote de bens entre-gues pelo governador pro-vincial da Lunda-Sul, DanielFélix Neto, às autoridadesda comuna de Mona-Quim-bundo, para mitigar as difi-culdades da população.

A estada do governantepermitiu constatar que afalta de condições incentivaa fuga de estudantes emregime de internato para as

suas áreas de jurisdição, nointerior da comuna, a pre-texto de buscarem alimentojunto das famílias.

A falta de colchões nosquatro dormitórios, comsinais visíveis de degradação,a dieta magra, de apenasuma refeição por dia, sãoapenas parte dos problemasdescritos pelo director localda Educação, Pedro AlvesAntónio, secundadas pelosestudantes da sexta e sétimaclasses, Eva Mutxineno eTxilefe Rafael.O governadorDaniel Félix Neto insistiu nanecessidade de os habitantes

aumentarem a produção, afim de melhorarem o ren-dimento familiar e colocara região num patamar dereferência a nível da pro-víncia, tendo em conta quea comuna possui extensasáreas de solos cultiváveis,abundância de água e climaque favorece a adaptação damaior parte das culturas.

A malária, hipertensãoe doenças sexualmentetransmissíveis são as pato-logias mais frequentes naregião. O único centro médicoatende, em média, 60 pacien-tes por dia.

24 Terça-feira19 de Novembro de 2019

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(501.537)

(2204)

(2183)

25Terça-feira19 de Novembro de 2019

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ANÚNCIO DO CONCURSO PÚBLICO N.º 001/LAB Central-SNLEP/2019

AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA, MANUTENÇÃO PREVENTIVA E CORRECTIVA DOS EQUIPAMENTOS

ANALÍTICOS DO LABORATÓRIO CENTRAL

A SOCIEDADE NACIONAL DE COMBUSTÍVEIS DE ANGOLA – SONANGOL E.P. vem tornar público, nos termos do dispostono n.º 1 do artigo 69.º e do anexo VI, da Lei 09/16 de 16 de Junho de 2016, Lei dos Contratos Públicos, que está aberto o Con-curso Público para a Aquisição de Serviços de Assistência Técnica, Manutenção Preventiva e Correctiva dos EquipamentosAnalíticos do Laboratório Central.

1. DADOS DA ENTIDADE PÚBLICA CONTRATANTE (EPC)

1.1. Designação: SOCIEDADE NACIONAL DE COMBUSTÍ-VEIS DE ANGOLA – SONANGOL, E.P.

1.2. Endereço:Rua Rainha Ginga n.º 29/31, Município deLuanda, Distrito Urbano da Ingombota, Luanda, República deAngola.

1.3. Correio Electrónico:[email protected]

1.4. Tipo de Entidade contratante e suas principais acti-vidades: a entidade contratante é uma empresa pública, quese dedica à actividade de exploração, pesquisa e desenvolvi-mento de petróleo bruto, e actividades relacionadas.

2. INFORMAÇÕES RELATIVAS AO CONTRATO

2.1. Designação dada ao contrato pela EPC: Serviços deAssistência Técnica, Manutenção Preventiva e Correctiva dosEquipamentos Analíticos do Laboratório Central

2.2. Tipo de Contrato: Aquisição de Serviços.

2.3. Local da prestação dos serviços: Instalações do Labo-ratório Central, localizado em Luanda e identificada em maiordetalhe no Caderno de Encargos.

2.4. Concurso aberto a entidades estrangeiras: Sim

2.5. Breve descrição do objecto do contrato: Vide Cadernode Encargos.

2.6. Prazo de execução do contrato: 1 ano

3. INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS CONCORRENTES EÀS PROPOSTAS:

3.1. Documentos de Habilitação: Constantes no Programado Procedimento

4. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇAO

Proposta economicamente mais vantajosa de acordo aos cri-térios indicados nas peças do procedimento.

5. PROCESSO

5.1. Condições para obtenção das peças dos procedimen-tos: As peças do procedimento são gratuitas e serão dispo-nibilizadas via:

5.1.1. Solicitação enviada para o Correio Electrónico indicadono ponto 1.3.;

5.1.2. No endereço indicado no ponto 1.2. até ao dia 22 deNovembro 2019.

5.2. Prazo e local para a Apresentação das Propostas: Atéao dia 13 de Dezembro de 2019, às 17h00, no endereço indi-cado no ponto 1.2.

5.3. Visita dos Concorrentes às Instalações do Laborató-rio Central:de 18 a 22 de Novembro de 2019, das 8h30 às16h00. Para o efeito é obrigatória a marcação de visita com48 horas de antecedência, consultando o plano de visitas dis-ponibilizado no website, referenciado no ponto 5.1.2.

6. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

6.1. Ponto de contacto para informações sobre o presenteconcurso:

- Comissão de AvaliaçãoTelefone: 2266 43586/87/88Endereço indicado no ponto 1.2.Correio Electrónico indicado no ponto 1.3.

Luanda, aos 18 de Novembro de 2019

O DIRECTOR(501.551)

VIAÇÃO E TRÂNSITO NO HUAMBO

Adolfo Mundombe

Agentes reguladores de trânsitono Huambo participam emsessões de refrescamento sobrea observância de abordagemaos automobilistas e Códigode Estrada, de modo a prevenira passagem de uma quadrafestiva com tranquilidade nasestradas da província.O director provincial da

Viação e Trânsito no Huambo,superintendente Simões Coe-lho, disse que há um esforçoa ser desenvolvido para seevitar o aumento das esta-tísticas da sinistralidade naprovíncia e apontou o excessode consumo de bebidasalcoólicas, velocidades eultrapassagens irregularescomo as principais causasdos acidentes.“A nossa responsabilidade

é sensibilizar os automobi-listas para que pautem poruma condução regrada e comprudência ”, disse SimõesCoelho, recordando aosautomobilistas que o númeroda sinistralidade no país deveservir de reflexão.Para o oficial da corporação,

a problemática dos acidentesnão é apenas responsabilidadeda Viação e Trânsito, mas detoda a sociedade. “É uma tarefaconsciente e necessária que

deve ser seguida pelos cida-dãos, pois a missão da Polícianão é coerciva”. A sensibili-zação da luta contra a sinis-tralidade, aconselhou, devecomeçar em casa, nas escolase nas organizações políticas,referindo que se cada umfizer à sua parte, com certezaque “teremos uma socie-dade com menos acidentes”,que têm causado elevadasmortes, feridos e danosmateriais incalculáveis.A província do Huambo é,

de acordo com os dados esta-tísticos, a segunda com o maiornúmero de acidentes no país. O Conselho Provincial do

Ordenamento do Trânsito noHuambo registou, de Janeiroà primeira quinzena deNovembro, 838 acidentes,que resultaram em 147 mortospor atropelamento, choques,ultrapassagens indevidas,consumo excessivo de álcoole falta de precaução.Outros acidentes deriva-

ram da cedência de passa-gem, mudança de direcçãoe mau estado das viaturas. Os danos materiais resul-

tantes destas ocorrênciasestão avaliados em mais de60 milhões de kwanzas.O município da Caála está

no cimo das estatísticas,com 134 acidentes.

Preparada estratégiapara evitar sinistralidade

26 SOCIEDADE Terça-feira19 de Novembro de 2019

DURANTE ESTE ANO

Augusto Cuteta

As 23 das principais ravinasque ameaçavam destruir benspúblicos em várias zonas dopaís estão a ser intervencio-nadas, ao longo deste ano,com financiamento garantidopelo Fundo Rodoviário eObras de Emergência (FROE),revelou o administrador téc-nico desta instituição.Simão Tomé, que falava

em exclusivo ao Jornal deAngola, sexta-feira, durantea 16ª edição da Projekta 2019,uma feira do sector da cons-trução e imobiliário, encer-rada sábado, explicou queas obras de estancamentode ravinas fazem parte deum projecto de intervençõesem mais de 30 empreitadas.Essas 23 grandes ravinas,

embora algumas delas nãorepresentassem directa-mente perigo para as estra-das, ameaçavam a vida dascomunidades, principal-mente das províncias deMalanje, Uíge, Moxico,Cabinda e das Lundas Nortee Sul.Neste sentido, o FROE

financia, entre outras, as obrasde estancamento de ravinasnas localidades de Maquelado Zombo, 4 de Fevereiro,Buengas e do Quimbele (Uíge),de Massangano (Malanje) ede Mabel e Tchimuto Yaco(Cabinda).Além dessas empreitadas,

o Fundo financia uma obrade protecção costeira, no

Porto Amboim, província doCuanza-Sul, para travar osefeitos das calemas, e umaoutra para combater os efeitosdas inundações no Lobito,em Benguela, onde o fenó-meno chegou a causar váriosóbitos, no ano passado.Para levar a cabo o combate

às ravinas e efectivação deoutras obras a si adjudicadas,que, no geral, andam numnível de execução entre os 50e 60 por cento, Simão Toméavançou que o FROE tem umorçamento de cerca de 30 milmilhões de kwanzas.

Taxa de circulaçãoQuestionado sobre as verbasarrecadadas com a cobrançada Taxa de Circulação, oadministrador para a ÁreaTécnica do FROE, que é uminstituto afecto ao Ministérioda Construção e Obras Públi-cas, explicou que a instituiçãofica apenas com 50 por centodesta verba, paga a partir da

contribuição dos proprietá-rios de veículos automóveis.“A Taxa de Circulação é

para financiar a conservaçãodas estradas, sendo o FROEuma das entidades que bene-ficia dessa verba que se arre-cada com essa contribuição”,disse Simão Tomé para avan-çar que a quantia, não men-cionada, não fica, na suatotalidade, com o Fundo.Simão Tomé esclareceu

que o dinheiro arrecadadocom a Taxa de Circulação, queé gerido pela AdministraçãoGeral Tributária (AGT), é aindaexígua para dar respostas àsgrandes necessidades de con-servação e de manutençãodas estradas do país.Além do FROE, o respon-

sável fez saber que, em breve,as administrações municipaispodem passar igualmente aser um dos beneficiários daverba proveniente da Taxade Circulação. “Logo, comovê, o dinheiro dessa cobrançanão fica apenas sob nossagestão”, explicou.

Novas atribuiçõesO Fundo tem novas atribui-ções, resultantes da alteraçãoque se fez ao seu estatuto.Assim, além da conservaçãoe manutenção de estradas,é, agora, responsabilidadedo FROE intervir em obrasde emergência.Essas obras de emergência,

explicou o administrador, sãoaquelas que ocorrem de formaimprevisível e, carecendo de

intervenção imediata, devemmerecer financiamento doFROE, quando não houverdinheiro consignado para areferida empreitada.Simão Tomé referiu que

as obras de emergência abran-gem todo o tipo de construçõesde estruturas, ao abrigo doMinistério da Construção eObras Públicas, como edifíciospúblicos, pequenos aprovei-tamentos hidroeléctricos,pontes, ravinas, entre outros.

Delegações regionaisEm função do grande pesoque representa actualmente,o administrador anunciouque o Fundo Rodoviário eObras de Emergência vai abrir,nos próximos anos, três dele-gações regionais no Norte, Sule no Centro do país.A abertura dessas delega-

ções regionais do FROE, quetem actualmente instalaçõesapenas em Luanda, é um dospassos que a instituição pre-tende dar, enquanto se esperapela criação de condiçõespara a inauguração de repre-sentações em todas as pro-víncias do país.“Se acontece uma emer-

gência, nós temos de aparecerno mesmo dia, para fazer olevantamento da situação,quantificar os trabalhos, entreoutras tarefas. E, quando forno interior do país, exige adeslocação de brigadas”,salientou para reforçar aideia da abertura de dele-gações provinciais.

FROE financia,entre outras, as

obras deestancamento de

ravinas naslocalidades de

Maquela do Zombo,4 de Fevereiro,Buengas e doQuimbele, de

Massangano e deMabel e Tchimuto

Yaco

ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO

As 23 grandes ravinas, embora algumas delas não representassem perigo para as estradas, ameaçavam a vida as comunidades

Fundo Rodoviário financia obraspara estancar mais de 20 ravinasInstituição empregou mais de 30 mil milhões de kwanzas para combater, duranteeste ano, os efeitos de alguns fenómenos naturais no interior do país

MENINA SOBREVIVE

Q u a t r o m e m b r o s damesma família ( pai,mãee dois filhos menores),sendo um de oito e outrode dois anos, morreramdomingo último em aci-dente de viação, ocorridona Estrada Nacional Nº 100A, no município do Soyo,província do Zaire. O acidente ocorreu no

troço Quifuma-Soyo,quando a viatura em queseguiam as vítimas capotou,provocando a morte ime-diata dos três ocupantes.O esposo e uma menina,

que também seguiam naviatura, saíram feridos. Oestado de saúde do pai ins-pirava muitos cuidados,tendo acabado por falecer,ontem, já no hospital.O director geral do Hos-

pital do Soyo, Pedro Antó-nio, que falava à RádioNacional de Angola ao tele-fone, explicou que o quadroclínico do senhor, de 45anos, obrigava ao redobrarde esforços por parte daequipa médica, daí teraconselhado a sua trans-ferência para Luanda.A criança, segundo rela-

tos no local do acidente,foi projectada para fora daviatura após o capotamento,situação que terá facilitadoa sua sobrevivência.

Os outros ocupantesnão conseguiram salvar-se, porque ficaram enta-lados na viatura. Quandoo socorro chegou ao local,já se encontravam sem vida.

Luto na Polícia NacionalO comandante da Unidadeda Polícia de IntervençãoRápida (PIR) na provínciado Zaire, superintendenteJoão Domingos Matoso,morreu domingo, vítimade acidente de viação naEstrada Nacional 100, queliga Mbanza Kongo à capi-tal do país.O sinistro, segundo uma

nota da Delegação Pro-vincial do Zaire do Minis-tério do Interior (Minint)a que a Angop teve acesso,ocorreu na comuna daMusserra, município doNzeto, motivado pelorebentamento de um dospneus da viatura, seguidode despiste e capotamento.O corpo do malogrado

foi removido e transladadopara uma das morgues deLuanda. O motorista con-traiu ferimentos ligeiros.De referir que de Janeiroa Novembro deste anoforam registados 325 aci-dentes de viação, queprovocaram 53 mortos e444 feridos.

Pai, mãe e dois filhosmorrem em acidente

27

Edivaldo Cristóvão e Edna Mussalo

A taxade mortalidade neo-natal em Angola pode reduzirconsideravelmente, com aentrada, ontem, em funcio-namento, do Banco de LeiteHumano, na MaternidadeLucrécia Paím, admitiu, emLuanda, a ministra da Saúde.

Sílvia Lutucuta falavadurante o acto de inauguraçãodo primeiro Banco de LeiteHumano, onde formalizouacordos de cooperação técnicacom o Ministério da Saúde doBrasil, nos domínios da pre-venção e controlo do cancroe atenção integral às pessoascom anemia falciforme.

Para a ministra, as evidên-cias científicas tambémdemonstram a importânciade adesão ao projecto dos Ban-cos de Leite. Considerou fun-damental amamentar após onascimento do bebé parareduzir os riscos de mortali-dade neo-natal e contribuirpara a recuperação da mulher.

A ministra reconheceuque o leite materno tem tudoo que bebé necessita até atin-gir seis meses de vida, inclu-sive água, que protege acriança contra diarreias,infecções respiratórias e aler-gias. Acrescentou que, comisso, reduz em 13 por centoa mortalidade em criançasmenores de cinco anos eo r isco de desenvolverhipertensão, colesterol alto,diabetes e obesidade navida adulta.

“O Banco de Leite, entreoutros, vai dedicar-se à reco-lha, processamento e ofertade leite aos bebés prematu-ros, bem como de seropo-sitivas e outras, que tenhamdificuldades de amamentar”,disse a ministra.

Quanto ma i s c edo acriança for amamentada,acrescentou, maiores são aspossibilidades de uma ama-mentação bem-sucedida,

além de estimular e fortalecero vínculo entre mãe e bebé.

De acordo com a ministra,o Banco de Leite Humano éum serviço dedicado espe-cificamente à recolha de leitehumano, possibilitando aexistência de um stock regu-lar para o atendimento dademanda. Além disso, acres-centou que pode, igualmente,dedicar-se a trabalhos deinvestigação, educação, infor-mação e aconselhamentosobre o aleitamento materno.

“Apelamos aos técnicosde saúde e aos profissionaisda comunicação social paraintensificar as acções deinformação, educação ecomunicação em Saúde, nosentido de esclarecimentode eventuais dúvidas e mitosà volta do leite humano, poisquanto mais e melhor o fizer-mos, mais facilmente apopulação compreenderá edará todo o apoio ao pro-jecto”, apelou.

Sílvia Lutucuta agradeceua bastonária da Ordem dosMédicos de Angola, Elisa Gas-par, na qualidade da mentorado projecto, o Ministério daSaúde do Brasil, FundaçãoOswaldo Cruz e a AgênciaBrasileira de Cooperação peloapoio, carinho e irmandadedemonstrados durante aconstrução do projecto. Oprimeiro Banco de LeiteHumano conta com 25 téc-nicos formados por angolanose brasileiros, entre nutricio-nistas e fisioterapeutas.

Acordo com o BrasilA ministra falou, igualmente,do acordo de cooperação fir-mado ontem entre Angola eo Brasil, nos domínios daprevenção e controlo do can-cro e atenção integral às pes-soas com anemia falciforme.

Para Sílvia Lutucuta, oentendimento demonstraas excelentes re laçõesentre os dois países, sobre-

tudo na formação de qua-dros de Medicina.

A ministra reconhece queexistem ainda áreas estra-tégicas na investigação docancro, doentes com anemiafalciforme e transplante,pelo facto de o sector público,nesta área, ser dos maioresdo mundo.

O ministro da Saúde doBrasil, Luís Henrique Man-detta, espera que o novo ser-viço do Banco de LeiteHumano promova maissaúde, qualidade de vida ebem-estar das famílias ecrianças de Angola.

Considerou que se tratade um dos mais bem suce-didos projectos da coopera-ção técnica brasileira, umavez que a saúde constitui otema central da agenda decooperação internacionalem todos os ângulos.

“Queremos fazer muitomais com Angola, com sen-tido de ampliar a capacidadena formação de recursoshumanos e a partilha deconhecimentos e experiên-cias para a execução das suaspolíticas nacionais. O Bancode Leite Humano já existeem 23 países. Este é o terceiroinstalado no continente afri-cano”, disse.

A coordenadora do pro-jecto, Elisa Gaspar, admitiuque há três décadas que setem “lutado” para criaçãodo Banco de Leite Humano,daí ter agradecido o apoiodado pelo Brasil e pelo Minis-tério da Saúde.

“Finalmente, consegui-mos abrir o nosso Banco deLeite Humano. É muitoimportante para todas ascrianças e para as mães que,por qualquer motivo, estejamimpossibilitadas de ama-mentar. Temos 50 doadorasregistadas na maternidadee, por dia, podem garantira recolha de 100 litros deleite”, precisou.

NEO-NATAL

ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Angola é o terceiro país do continente africano a instalar o Banco de Leite Humano

Criação do banco de leitepode reduzir mortalidade Angola e Brasil assinaram, ontem, em Luanda, um acordonos domínios da prevenção e controlo do cancro

Ana Paulo

Mais de 120 efectivos daPolícia Nacional estão, desdeontem e até ao dia 22, a serformados em matéria dedireito de defesa do con-sumidor, com vista a dotá-l o s d e c omp e t ê n c i a squanto à intervenção deconflitos recorrentes dosmercados informais e for-mais, por ausência da cer-tificação de facturas deaquisição de produtos.

A acção formativa, deâmbito nacional, que está aser provida pelo InstitutoNacional de Defesa do Con-sumidor ( Inadec) , vai ,numa primeira fase, prio-rizar os efectivos destacadosem Luanda.

Em declarações ao Jornalde Angola, a directora adjuntado Inadec, Anta Webba, disseque a ideia é capacitar o capitalhumano, implementandosoluções dinâmicas e inova-doras que permitam diminuiros conflitos existentes nasrelações de consumo, por meiode um atendimento integrado.

Anta Webba lembrou queos conflitos de relação de con-sumo são recorrentes nosmercados formais e informais,reconhecendo que tem havidofalta de certificação de facturasde aquisição de produtos ede cálculos de preços.

Além disso, continuou,estão igualmente em causaprodutos com rotulagem emlíngua estrangeira ou a qua-lidade dos mesmos, além dasuspeita de falsificação de

facturas e da inexistência dolivro de reclamações.

Em matéria de infracçõesde consumo, informou que,na segunda semana deste mês,foram realizadas pelo Inadec134 visitas de constatação avários estabelecimentoscomerciais, referindo teremsido detectadas 48 infracçõesregistadas, 31 denúncias, 107reclamações, das quais 36 járesolvidas e 46 encontram-se em fase de conclusão.

Anta Webba aconselhouos consumidores que se sen-tirem lesados num determi-nado e s tabe lec imentocomercial ou num outro ser-viço a recorrerem a umaesquadra da Polícia e apre-sentarem queixa.

“Vamos, numa primeirafase, começar a formar osefectivos da Polícia Nacio-nal, pelo facto de serem osprincipais defensores doscidadãos na via pública”,precisou, sublinhando queo Inadec já formou váriosagentes económicos e estáao dispor dos cidadãos quequeiram informações sobreos seus direitos.

O representante da PolíciaNacional, subinspectorQuintino Ferreira, disse queas queixas que têm recebidono sector de consumo sãopraticadas por agentes eco-nóm i c o s d o m e rc a d oinformal e lembrou queos casos mais recorrentessão provenientes de arma-zéns e oficinas, que nãocumprem com o prazo deentrega de viaturas.

DR

Acção formativa está a ser promovida pelo Inadec

DIREITOS DO CONSUMIDOR

Polícias são capacitadosem matéria de conflitos

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

O Ministério da Educação(MED) está a analisar os meca-nismos para a implementaçãodo ensino à distância itinerante,inicialmente para professoresnos níveis de graduação oupós-graduação.

A iniciativa surge em vir-tude de muitos professoresserem impedidos de conti-nuar os estudos, devido adificuldades de se desloca-rem das suas zonas de actua-ção, ou seja, de trabalho.

A informação foi avançadaontem, em Luanda, pelo chefe

do Departamento de Forma-ção Contínua e à Distânciado Instituto Nacional deFormação de Quadros doMinistério da Educação,Chocolate Brás.

O responsável falava emconferência de imprensasobre o Seminário Interna-cional sobre Educação à Dis-tância, a realizar-se de 21 a22 deste mês, que visa ana-lisar experiências europeiase africanas, bem como estu-dar mecanismos para a suaimplementação em Angola.

Sector estuda planode ensino à distância

Terça-feira19 de Novembro de 2019SOCIEDADE

Nos últimos anos, tem sidofrequente no país a obser-vação do aumento, quer dafrequência, quer seja da mag-nitude dos impactos dosdesastres e do grau de vul-nerabilidade das popula-ções, reconheceu ontem,em Luanda, o comandantedo Serviço de ProtecçãoCivil e Bombeiros.

Ao intervir no 1º encontrome todo l ó g i c o c om o scomandantes adjuntos paraprotecção civil e técnicos,em representação do secre-tário de Estado do Interiorpara o Asseguramento Téc-nico, o comissário bombeiroprincipal disse que na visãoactual “leva-nos ao consensoda necessidade de se aliaras metodologias aplicadasna elaboração e implemen-tação de estratégias que pro-movem o desenvolvimentoda abordagem de reduçãode riscos de desastres.”

Bênção Mateus espera queaquele exercício metodoló-gico permita identificar eanalisar as característicasdos vários métodos utili-zados e aplicados, refe-rindo que isso vai ajudara avaliar as capacidades,limitações e criticar ospressupostos daqueles quecarecem de melhoria den-tro dos paradigmas mun-diais em matéria de gestãode riscos e desastres.

O comissário informouque o Serviço de ProtecçãoCivil e Bombeiros, em par-ceria com o Fundo das NaçõesUnidas Para a População,tem levado a cabo programasque visam a implementaçãoe o cumprimento dos ins-trumentos internacionais eregionais de redução de ris-cos e desastres.

Durante dois dias, 54 téc-nicos seniores, previamenteseleccionados, do SPCB das18 províncias participam no1º encontro metodológico comos comandantes adjuntospara a Protecção Civil.

O encontro visa aumentaros conhecimentos sobre asmetodologias de trabalho,envolvimento e engajamentodos comandantes provin-ciais adjuntos para a Pro-tecção Civil, por meio deuma melhor consciencia-lização sobre as ferramentasde informação.

Organizado pelo Serviçode Protecção Civil e Bom-beiros, no âmbito da ComissãoNacional de Protecção Civile do Fundo das Nações Unidaspara a População (FNUAP),a formação visa, igualmente,capacitar os participantescom metodologias, normase instrumentos de actividadesobre protecção civil.

Pretende-se, igualmente,melhorar a compreensãocomo desenvolver estratégiaspara inundações e seca, combase na avaliação provávelde riscos e no estado doconhecimento técnico.

PROTECÇÃO CIVIL

País observaaumento damagnitudedos impactosdos desastres

28 Terça-feira19 de Novembro de 2019

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RECRUTAMENTO

A EMPRESA NDAD – NOVA DISTRIBUIDORA ALIMENTAR E DI-VERSOS, LDA

Recruta para a função:CHEFE DE OPERAÇÕES

PERFIL REQUERIDO:• Licenciatura em Engenharia Química • Experiência mínima de 8 anos e nacionalidade Angolana• Fluência em Inglês

OFERTA:• Vencimento de acordo com a função e experiência demonstrada;• Progressão na carreira no ramo Industrial e formação avançada;

Enviar Carta de Apresentação, CV, fotografia e comprovativos au-tenticados de Competência e Experiência declaradas no CV paraa Sede da NDAD, sita no Município de Viana, Estrada de Catete,Km 28, Pólo Comercial Edifício Administrativo Luanda- Angola.

Estrada de Catete Km 28 ZEE Pólo Comercial Edifício Administrativo – Luanda – Angola Telefones: +244 937 323 785E-mail: [email protected] (2.085)

RECRUTAMENTO

A empresa GULKIS COMÉRCIO E INDÚSTRIA, LDA., localizada na Rua S/N Bairro Viana, Km 28, Luanda - Angola, com o Contribuente Fiscal N.º 541767751, pretente recrutar:

1 Director Financeiro com Tally ERP

Experiência comprovada na área:- Capacidade comprovada de resolver problemas nos departamentos contábeise financeiros.- Desenvolver normas internas, processo e procedimentos de finanças.- Capacidade de planejar, organizar, dirigir e organizar as actividades financei-ras da empresa. Fixar políticas de acção acompanhando o seu desenvolvimento para asseguraro cumprimento dos objectivos e metas estabelecidas.- Experiência anterior relevante a um nível apropriado.

2 Gestores de Venda

Experiência comprovada na área:- Responsabilizar-se directamente pelo desempenho e atingimento de objectivos- Compreender profundamente o processo de vendas e todos os factores de influência- Ser um excelente vendedor bem como um grande líder, estrategista e super-visor- Capaz de mobilizar a equipe, criando metas e especificando prazos para o executivo de vendas

3 Técnicos de Produção

Experiência comprovada na área:- Executar e / orientar a execução de tarefas destinadas à industrialização de produtos, conforme especificações.- Operar instrumentos destinados e equipamentos destinados à produção, acondicionamento e de alimentos- Forte senso de responsabilidade e capaz de demostrar capacidade de traba-lhar em um ambiente de ritmo acelerado.

1 Técnico de Laboratório

Experiência comprovada na área:- Capaz de executar ensaios físicos, químicos, metalográficos e biológicos- Garantir a calibração dos equipamentos e realização de amostra de materiais- Velar pelas normas de segurança, saúde e meio ambiente - Realizar experiências e testes em laboratórios, executando o controle de qua-lidade e caracterização do material

1 Administrador Executivo

Experiência comprovada na área:- Capacidade de resolver problemas administrativos dentro e fora da empresa- Contribuir para criar e gerenciar uma cultura positiva na Gulkis, fornecendoliderança em segurança e defendendo os comportamentos de segurança daempresa- Excelentes habilidades de comunicação e liderança- Forte senso de responsabilidade e capacidade organizacionais- Capaz de demonstrar capacidade de trabalhar em um ambiente de ritmo ace-lerado

Os interessados deverão enviar num prazo de 5 dias a contar com a data de publicação, a carta de apresentação, CV. para: [email protected] ou ligar parao número 927178304.

Luanda, aos 16 de Outubro de 2019. (2107) (501.537)

UM OLHAR PARA O FUTURO

O Museu Nacional de Antro-pologia e o Etnológico de Ber-lim, bem como o Goethe ‐Institut Angola celebram, a23 deste mês, o primeiro anode colaboração, com umasérie de actividades, que têminício hoje, na instituiçãomuseológica angolana.As festividades que come-

çam hoje, têm como destaqueuma sessão de cinema, visitasguiadas, espectáculos demúsica, dança e muitas outrasatracções para visitantesjovens e adultos, que visama troca de novas ideias parao futuro do Museu Nacionalde Antropologia (MNA). Sob o lema “O museu é

vosso ‐um olhar para o futurodo MNA”, a programaçãoreserva, ainda, a realizaçãode dois painéis de discussão,nomeadamente “Oficinas deFuturo” e “Nossas Objectos‐ Nossas Histórias”.Hoje, às 18h30, especia-

listas de angolanos e alemãesvão discutir novas abordagensao trabalho museológico parao MNA numa “Oficina de

Futuro”, com a participaçãode Paola Ivanov (Museu Etno-lógico de Berlim), Ana ClaraGuerra Marques (Companhiada Dança Contemporânea),Manzambi Vuvu Fernando(Universidade AgostinhoNeto) e Adriano SebastiãoMixinge (Administrador doMemorial Dr. António Agos-tinho Neto), com moderaçãodo escritor e jornalista JoséLuís Mendonça.Na quinta-feira, às 18h30,

o realizador Carlos da SilvaPinto (Berlim), a técnica doMuseu Nacional de Antro-pologia, Engrácia de Oliveira,e Paola Ivanov, do MuseuEtnológico de Berlim, vãofalar sobre a realização daspróprias curtas‐metragenssobre cinco objectos dosmuseus antropológicos deLuanda e de Berlim: os fil-mes foram gravados emJulho de 2019 em várias pro-víncias de Angola. Artistas e especialistas

explicam os objectos típicose ú n i c o s d e ambo s o smuseus. A partir do próximo

ano, os filmes serão exibidospermanentemente nas expo-sições dos museus antro-pológicos de Luanda e deBerlim. A mesa-redondaserá moderada pelo escritorAntónio Fonseca.No sábado, dia 23, as acti-

vidades começam às 14h00,e a organização pretendedinamizar e concretizarnumerosos projectos iniciadosnos últimos tempos.As visitas guiadas para

as crianças serão baseadasno conceito de novas “fichaspedagógicas”. Além disso,todas as crianças são con-vidadas a leituras em vozalta. As cinco curtas‐metra-gens para as exposiçõespermanentes dos do i smuseus celebrarão a estreia.Depois da explicação dorealizador Carlos da SilvaPinto os filmes serão exi-bidos ao longo do dia. Osestudantes da Universidadede Lusíada mostrarão comopodia ser uma cafetaria nopátio interior do MuseuNacional de Antropologia.

Para encerrar as festivi-dades, Estelle Nerot (AllianceFrançaise) e Evelize NjingaCandiza (Museu Nacionalde Antropologia) apresen-tarão o novo site do museu.À noite haverá uma festacom música e dança nopátio, que terminará porvolta das 22h00.O sinal de partida para a

cooperação entre os doismuseus e o Goethe‐Institutfoi dado por um projectoconjunto das embaixadas daFrança e da Alemanha, daAlliance Française e do Goe-the ‐ Institut Angola, finan-ciado pelo Fundo CulturalFranco‐Alemão. Os resultados deste pro-

jecto cultural, assim comoo novo website do museue as “fichas pedagógicas”para as visitas guiadas dascrianças serão apresentadasao público, pela primeiravez, nas celebrações doprimeiro aniversário decooperação entre os doismuseus antropológicos deLuanda e de Berlim.

BENJAMIN CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Iniciativa procura divulgar a tradição e a cultura nacionais através de protocolos de cooperação entre instituições museológicas

Museus angolano e alemão fortalecem o intercâmbio

29Terça-feira19 de Novembro de 2019CULTURA

“ENCONTRO COM A COMUNIDADE”

Analtino Santos

O rapperPhathar Mak rea-lizou, no passado sábado,no Zango, Viana, um espec-táculo, muito bem recebidopelo público local, em queconvidou também OsTuneza, Calado Show, osBMA e Rasheed Meduso.Numa iniciativa con-

junta com a produtoraOnart, o espectáculo, rea-lizado no âmbito do pro-jecto “Encontro com aComunidade”, teve granderecepção pública, mesmocom o atraso de uma horae problemas com o som. Entre os sucessos do rap-

per, o destaque foi para“Amizade”, “Grande Dia”,“My Real Niggaz ”, “Provados 9”, “História”, “Res-peito” e “Somente Palavras”,alguns dos quais acompa-nhados pela banda doartista, constituída peloDJ Edson (scratch), KD(baixo), Moisés (teclados),Nsango (solo), Jack (bate-ria), Sensei BJS, Toddi eHeróide (coristas).A abertura do espectá-

culo esteve a cargo da duplaBMA, jovens integrantes domovimento hip hop doZango, que estão a con-quistar espaço no mercado.O rapper Rasheed Meduso,filho do cantor Kool Klever,demonstrou que está aseguir os passos do pai, mascom uma linha própria.

Os Tuneza, um dos gruposconvidados mais esperados,estiveram à altura da expec-tativa dos fãs. Cage One foio único artista anunciadoque não actuou, enquantoo humorista Calado Show,que não constava no cartaz,conseguiu “roubar” inúme-ros aplausos do público. Nofinal, pela receptividade dopúblico, Os Tuneza e CaladoShow mostraram interesseem voltar a actuar no Zango.A próxima edição do pro-

jecto “Encontro com aComunidade” está previstapara 7 de Dezembro, noespaço Aplausos do Sequele.Para Phathar Mak, é umaoportunidade de aproximarmais os artistas do público.“Não é um projecto limitadoapenas ao entretenimento.Queremos ir mais além echamar a atenção das pes-soas para a importância dorespeito pela cidadania”,disse o cantor.A iniciativa, explicou, é

sequência de outra, deno-minada “Encontro com aPeriferia”, que o ajudou aser reconhecido pelo Con-selho Nacional de Juventudecomo o embaixador na lutacontra a delinquência juve-nil. “O objectivo é levarartistas de referência aoencontro das comunidades,num movimento sociocul-tural inclusivo”, aclarou ocantor, um dos pioneirosdo hip hop angolano.

Phathar Mak e amigos em concerto no Zango

A narrativano romance ango-lano contemporâneo é o temade uma palestra, a ser realizadahoje, às 18h30, no Camões -Centro Cultural Português,em Luanda, pelo professorJoaquim Martinho.A palestra, que tem como

premissa o livro “Noites deVigília”, de Boaventura Car-doso, procura fazer uma aná-lise, através da comparaçãoliterária, de como a recriação

sociopolítica da época, indiciaa (des)repressão da história,por meio de um projecto decomunidade, assente na igual-dade social e dando voz e vezaos habitantes da periferia.Para o orador, a palestra

vai ajudar a mostrar como aficção do momento histórico-político serviu para denunciardeterminadas irregularidadesconstatadas na altura. “Noitesde Vigília revisita o passado

histórico-político angolano,sob o signo da alegoria lançadano universo teorizado porWalter Benjamim, irrompecom a história oficial, aoquestionar o projecto da TerraPrometida, cujo marcador éa ‘espera’ ancorada no desejode fundação de uma asso-ciação de personagens-pro-tagonistas, como Quinito,do MPLA, e Saiundo, daUNITA”, explicou.

DEBATE NO CAMÕES

Joaquim Martinho é licen-ciado em Língua Portuguesa,pelo Instituto Superior deCiências da Educação (Isced)de Luanda e mestre em Ciên-cias da Educação. É docentede Introdução aos EstudosLiterários e de Teoria da Lite-ratura, na Escola SuperiorPedagógica do Bengo, assimcomo investigador literário,com artigos publicados emrevistas científicas no Brasil.

Rapper cria projecto para aproximar os artistas do público

DR

Romance angolano analisado em palestraDR

30 DESPORTO Terça-feira19 de Novembro de 2019

FIBA.COM

Base do Formigas do Cazenga vai jogar e prosseguir estudos

TRANSFERÊNCIA

A base angolana Sara Caetanode 17 anos, 1,73 metros, segueviagem amanhã para Lisboa,capital portuguesa, pararepresentar a equipa Sub-19do Clube Recreativo da Quintados Lombos, onde além dejogar vai dar prosseguimentoà formação académica.

A transferência da joga-dora, que assinou contratopor duas épocas, foi revelada,ontem, pelo presidente dedirecção do Formigas doCazenga, Ngouaby Salvador.

A jogadora desembarcahoje em Luanda, provenientede Dakar, Senegal, onde foieleita, no último final desemana, Jogadora MaisValiosa (MVP) da 17ª ediçãodo programa “BasquetebolSem Fronteiras”, denomi-nado “NBA Without Border”.

“Ela vai representar aequipa Sub-19, e poderá fazermais de 70 jogos por ano,para além da perspectivaacadémica também serbenéfica para a jogadora.Estamos totalmente con-fiantes. Celebramos umacordo onde privilegiamosa formação de treinadores,

afectos à nossa agremiação,num total de oito”.

Nesta conformidade,Ngouaby Salvador revelou quefoi delineado um programapara 2020, voltado para a for-mação intensiva. Existe igual-mente a possibilidade de umdos técnicos ficar em Portugal“por um longo período”.

Além dos apoios a nívelde equipamentos, materialdesportivo, o dirigente garan-tiu, por outro lado, que osdireitos desportivos de SaraCaetano “continuam devi-damente salvaguardados” epertencem na íntegra aoclube de formação.

“Procuramos várias alter-nativas, entre Espanha eEstados Unidos, mas nãorecebemos uma propostatão consistente como a quenos foi apresentada pelaQuinta dos Lombos”, revelouNgouaby Salvador.

O Recreativo da Quintados Lombos é o actual vice-campeão português séniorfeminino. No ano passadosagrou-se campeão em todosos escalões de formação, dosSub-14 em diante.

Sara Caetano representaClube Quinta dos Lombos

NACIONAL DE HÓQUEI EM PATINS

Armindo Pereira

As equipas do Petro e Aca-démica, ambas de Luanda,começam a disputar hoje às18h30, no Pavilhão Anexo Ida Cidadela, o “play-off” dafinal do Campeonato Nacio-nal sénior masculino dehóquei em patins, a melhorde três partidas.

Frente a frente estarão asduas equipas mais regularesda prova. De um lado o con-junto tricolor, que chegou àdecisão volvidos cinco anos,do outro os “estudantes” aperseguir o terceiro títuloconsecutivo. Face ao equi-líbrio entre os dois plantéis,adivinha-se um jogo renhidoe de difícil prognóstico.

Em declarações à imprensao técnico do Petro, Benevidesde Almeida “Vide”, sublinhouo facto de estar numa finalpela primeira vez, como téc-

nico de uma equipa de senio-res. “Estou extremamentefeliz. Não tenho palavras paradescrever esta satisfação quesinto. Os jogadores cumprirame o mérito tem de ser atribuídoa eles”, referiu.

Sob orientação do treinadorportuguês Fernando Fallé, os“estudantes” da capital tra-balharam na tarde de ontema vertente táctica, no pavilhãodo Dream Space, no Kikuxi,com o pensamento voltadopara a revalidação do ceptro.

Na meia-final, os trico-lores despacharam a Marinha,vencendo a eliminatória por2-0, ao passo que os estu-dantes precisaram de disputarà negra contra os “militares”do Rio Seco.

A anteceder o jogo da final,1º de Agosto e Desportivo daMarinha medem forças, paraa atribuição do terceiro lugar,às 16h00, no mesmo recinto.

Académica e Petro jogampara a decisão do título

BrevesSELECÇÃO NACIONALDE JIU JITSU FALHADISPUTA DO MUNDIAL A Selecção Nacional de JiuJitsu nas classes Sub-16,Sub-18, Sub-21 e sénior,em ambos os sexos, falhoupor dificuldadesfinanceiras a participaçãona 18ª edição doCampeonato do Mundo,que começou neste finalde semana na cidade deMubadala, na Arena AbuDhabi, Emirados ÁrabesUnidos (UAE).António Emous,secretário-geral daFederação Angolana deJiu Jitsu, fez saber aoJornal de Angola que acaravana seria integradapor 15 pessoas, entreatletas e técnicos. De acordo com odirigente, a federaçãotinha de desembolsarcerca de 15 milhões dekwanzas para as despesascom a compra dosbilhetes de passagem,hospedagem,alimentação, direito departicipação na prova esubsídios de deslocação.Sexta-feira passadarealizou-se a pesagem dosatletas e sábado oscombates Sub-16.Hoje estão agendadas aspelejas dos Sub-18 e Sub-21, na Arena Abu Dhabi.

TERMINAM HOJEDOIS CURSOS PARA TÉCNICOSDE FUTEBOL Um curso de nível básicopara técnicos de futebol eoutro de licença D daFederação Angolana deFutebol (FAF) encerra nestasexta-feira, às 10h00, naGaleria Nacional dosDesportos, no Complexoda Cidadela, em Luanda. Setenta candidatos, entreeles duas senhoras,participaram da acçãoformativa, revelou ontem,ao Jornal de Angola, ocoordenador dos cursosda Associação dosTreinadores de Futebolde Angola (ATEFA),Aniceto Muquinto. O dirigente adiantou que aformação teve início no dia30 de Outubro, com 36treinadores para o cursobásico, e 43 candidatosà Licença D.As aulas teóricas foramrealizadas na sede doComité ParalímpicoAngolano (CPA), e aspráticas no EstádioNacional da Cidadela.Os prelectores falaramsobre os aspectostécnico-tácticos,primeiros socorros, ética edeontologia profissional.A ATEFA convidou osprelectores nacionais, comrealce para Paxe Filho,Nelson Bolívar, Mitó daSilva, Kito Ribeiro, Sousa eSilva, Mário Catala, MillerGomes e Mateus Agostinho“Bodunha”. Inicialmente asduas formações estavamagendadas para a cidadedo Uíge, mas foramtransferidas devido à faltade condições financeiras.

Teresa Luís

Um mês depoisda ascensãoao grau de médico FIFA,João Mulima cumpre, a par-tir de amanhã, a primeiramissão do órgão reitor dodesporto “rei”, na cidadedo Cairo, Egipto, onde é dis-putado o Campeonato Afri-cano das Nações Sub-23 deFutebol, qualificativo paraos Jogos Ol ímpicos deTóquio, Japão’2020.

Contactado pelo Jornal deAngola,nas vestes de directordo Centro Nacional de Medi-cina do Desporto, Mulimadefende a importância demanter o brio e o profissio-nalismo, pois será avaliadode forma contínua.

Indicado para trabalharna área dos testes anti-doping, o médico afirmouque as próximas missõesficam dependente s dodesempenho a ser apresen-tado no Cairo.

“Cada missão subentende-se como uma avaliação. Por-tanto, o meu bom nome e opaís estão em causa. Agoratemos mais responsabilidades.Manteremos a mesma serie-dade e dedicação, tal comoo fizemos em nossa casa”.

O médico FIFA, disse, fazo mesmo trabalho que osoutros profissionais de saúde,“mas a área de actuação sãoas competições. Nas provas,existem dois grupos de espe-

cialistas: da organização edas equipas. Nós vamos tra-balhar para os organizadores.Ou seja, a nossa missão écriar condições médicas parao evento desportivo”.

Quando um país se can-didata para acolher umevento, explicou o director,os profissionais de saúde doquadro FIFA entram em cena.A missão passa por avaliarema rede sanitária, identificaremos hospitais onde os atletaspossam ser atendidos e ascondições nos estádios.

“O recinto deve ter umasala médica, com condiçõespara realização dos testesanti-doping. As ambulân-cias que vão prestar assis-tênc ia aos j ogadores eespectadores, quem certificasão os médicos”.

Percurso Acreditado em Março comas insígnias da ConfederaçãoAfricana de Futebol (CAF),no mesmo período, por soli-citação da CAF, João Mulimaparticipou durante umasemana num curso, realizadono Egipto, com instrutoresda FIFA.

Trinta e dois médicosligados à área do desporto,em representação de 22 paí-ses do continente, partici-param na acção formativa,cujos resultados individuaisforam divulgados via correioelectrónico. De Angola, alémde João Mulima, Pedro Miguel

e Stela Cristiano tambémcursaram. Ser médico, estarligado ao futebol e ter domí-nio da língua inglesa foramos requisitos impostos pelaorganização. Indagado sobreas dificuldades: “foi a lin-guagem técnica. O inglês nãoé a nossa língua corrente.Mas, com estudo e treina-mento, superamos”.

A solicitação da CAF, disse,é resultado do trabalho desen-volvido em Angola. Com aacreditação, algumas vezes,terá de optar entre trabalharcom as Selecções Nacionaisde futebol dos escalões deformação ou pela FIFA.

“Não posso fazer duplopapel. Mas, o país está sempreem primeiro lugar. Por outrolado, não é bom declinar asnomeações, pois estaríamosa mostrar indisponibilidade.Nalguns casos vamos indicaroutros profissionais. É impor-tante dar oportunidade aoscolegas, para que possamtrilhar o mesmo caminho,conquistarem outros feitose se possível superá-los”.

Por razões de ordem con-tratual, o médico não divul-g ou a c o n t rap a r t i d afinanceira, mas garantiu ser“boa”. Relativamente aofeito disse: “ é um orgulho.É uma meta que semprealmejamos. Ainda não esta-mos satisfeitos. Queremoscontinuar a somar. O limiteé o céu. A família tambémestá satisfeita”.

APÓS ACREDITAÇÃO EM OUTUBRO

PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

Especialista angolano começa a partir de amanhã a analisar as amostras dos futebolistas

João Mulima cumpreprimeira missão da FIFAMédico e director do Centro Nacional de Medicina do Desportofoi indicado para a área de testes anti-doping do CAN Sub-23

31Terça-feira19 de Novembro de 2019

José Silvestre “Pelé”, treinadorda Selecção Nacional Sub-20 de Futebol, considerou,ontem, que os Palanquinhasestão num grupo equilibradono torneio da Taça Cosafa, ater lugar de 4 a 14 de Dezem-bro, na Zâmbia.“É um grupo equilibrado.

Penso que temos de trabalhararduamente, se quisermospassar para a outra fase. Oque nos resta é trabalhar.Agora vamos recolher todosos dados sobre os adversários,para termos uma ideia glo-bal”, disse o técnico, ao Jornalde Angola, após a sessão detreino realizada no EstádioNacional da Cidadela.No torneio do Conselho

das Associações de Futebolda África Austral (Cosafa),Angola está no Grupo C, aolado de Moçambique, e-Swa-tini e Ilhas Seychelles.Na edição anterior, os

Palanquinhas ocuparam aterceira posição do torneio,após triunfo sobre a Zâmbia,por 2-1, no Estádio Nkana,no dia 13 de Dezembro de 2018Os Sub-20 voltam a treinar

hoje, às 8h00, com objectivode melhorar as situações dejogo e a finalização, no campoanexo do Estádio Nacional11 de Novembro, no muni-cípio do Kilamba Kiaxi.Na quarta-feira, às 8h00,

a Selecção Nacional disputaum jogo treino com a equipaprincipal do Progresso Sam-bizanga, na Cidadela, para ocorpo técnico observar e ava-liar o comportamento com-petitivo do grupo de trabalho.

Ontem, na primeira sessãodos trabalhos da semana, naCidadela, depois dos exer-cícios para a recuperaçãodos jogadores José Silvestre“Pelé” orientou um treinobaseado nos aspectos de jogo,com várias interrupções paraa correcção de alguns movi-mentos tácticos.No treino, saltou à vista

as ausências dos atletas Gegé,Afonso, David, Geovani eAvó, dispensados pelo corpotécnico para realizarem pro-vas escolares.Silvestre “Pelé” mostrou-

se preocupado com as ausên-cias injustificadas de Telsone Maestro, ambos da Acade-mia de Futebol de Angola(AFA). “Acredito que breve-mente estarão com o grupo,de forma a fazermos um tra-balho de conjunto, onde amensagem chega a todos deuma só vez”, sublinhou.

António Cristóvão

DESPORTO

Pedro Augusto | Brasília

O tetracamp e onato domundo Sub-17 de futebol jánão representa um sonho,mas sim uma realidade paraa selecção do Brasil e os bra-sileiros no geral. A vitóriasobre o rival e carrascoMéxico, na noite de domingo,em Brasília, madrugada deontem, em Angola, na finalda 18ª edição do mundial dacategoria, acabou por con-firmar isso. A conquista brasileira, con-

seguida em mais um desafiojogado com muita alma ecoração, acabou também como jejum de 16 anos e o amargode boca sobre os mexicanos,que no mundial de 2005, noPeru, haviam ganho aos bra-sileiros por 3-0.Desta vez foi tudo dife-

rente. Os brasileiros foramvitoriosos. Mas, mesmo

assim, tiveram que sofrerbastante, pois até aos 84minutos, período que KaioJorge, de penálti, marcou oprimeiro golo dos anfitriões,o Brasil perdia por 1-0. O sofrimento era enorme,

quer dentro de campo quernas bancadas, mas a fé nareviravolta era maior ainda.E, à semelhança do queaconteceu no jogo das meias-finais, frente à selecção fran-cesa, Guilherme Dallo Déateve que tirar do banco desuplentes, um “discípulo”de luxo: Lázaro Marques.O jogador do Flamengo,

no penúltimo minuto dotempo de compensação, aos90+3', num grande cruza-mento do lateral Yan Couto,não só fez o golo da reviravoltano marcador, que “ressusci-tou” a esperança de uma naçãointeira, como garantiu a con-quista do título e do tetra-campeonato para o Brasil.

A final jogada no Estádio“Bezerrão”, no Gama DF, emBrasília, foi bastante dispu-tada. Os brasileiros tiveramvárias oportunidades de golo,quer na primeira quer nasegunda parte, mas, em duasocasiões o travessão e noutraso guarda-redes Garcia não per-mitiram que isso acontecesse.E, nesse quesito, os mexi-

canos acabaram por ser osmelhores. Fazendo um jogobastante inteligente, obriga-ram o adversário a expor-semuito e numa jogada de mes-tre, aos 64 minutos, acabaram,durante alguns minutos, por“congelar” o Bezerrão como golo marcado por Olivan.Mas, quando tudo parecia

perdido para os canarinhos, aforça mental e a determinaçãodos anfitriões, “empurrados”pelos adeptos, conseguiramcom que o '4-3-3' de DalloDéa fosse mais forte do que o'4-2-3-1' de Marco Ruiz.

BRASIL VENCEU O MUNDIAL SUB-17'2019

FIBA.COM

Canarinhos terminaram longo jejum de dezasseis anos e fizeram a festa

Golo de Lázaro “ressuscita”nação brasileira para o tetra

TAÇA COSAFA

Seleccionador considera haverequilíbrio no grupo de Angola

Jogador do Flamengo saltou do banco para marcar o golo da vitória sobre o México (2-1), na final disputada no “Bezerrão” em Brasília

Pedro Augusto | Brasília

A selecção de Francesa, aovencer a congénere daHolanda, por 3-1, com “hat-trick” de Kalimuendo, ter-minou o mundial Sub-17 naterceira posição. Os holan-deses, num jogo sem granderitmo, ainda chegaram aassustar os franceses, aoapontarem o primeiro goloda tarde, aos 14 minutos,por Taauboni.A postura dos holandeses

foi tida como “atrevimento”pelos franceses. Por isso, nosegundo tempo não deramespaço de manobra aoscampeões europeus. Os trêsgolos marcados pelos fran-ceses, dois na etapa com-plementar do jogo, explicama supremacia dos rapazesde Jean-Claude Giuntini,ante um adversário que semostrou sem grande capa-cidade de reacção.O golo do empate surgiu

aos 21 minutos, resultadocom que terminou a primeira

FIFA.COM

Avançado brasileiro é o jogador juvenil mais valioso do mundo

VITÓRIA SOBRE A HOLANDA

DISTINÇÕES

Franceses terminam na terceira posição

Pedro Augusto | Brasília

A noite de domingo último,em Brasília, madrugada deontem em Angola, foi tambémde glória para alguns inte-grantes da selecção brasileiraSub-17 de futebol. Ou seja,os canarinhos, para além dotitulo mundial, tiveram atletasdistinguidos em três categoriasindividuais, tendo o avançadoGabriel Veron, do Palmeiras,sido eleito o melhor jogadordo campeonato.Com a eleição, Gabriel

Veron conquistou a “Bola deOuro”, enquanto a “Bola dePrata” foi entregue ao francêsAdil Aouchiche, do Paris Saint-Germain (PSG), e a “Bola deBronze” ao mexicano EugenioPizzuto, do Pachuca FC.

O guarda-redes brasileiroMatheus Donelli, do Corin-thians, superou a concor-rência na posição. Por essefeito, o campeão do mundo,que disputou os 7 jogos comotitular e não foi substituído,foi agraciado com o prémio“Luvas de Ouro”.O prémio “Chuteira de

Ouro”, atribuído ao melhormarcador do torneio, ficoucom o holandês Sontje Han-sen. O talento formado noAjax de Amesterdão marcou6 golos em 7 jogos.O francês Nathanael

Mbuku, do Stade de Reims,e o brasileiro Kaio Jorge, doSantos FC, ambos com 5 golosmarcados, ficaram com a“Bola de Prata” e a “Bola deBronze”, respectivamente.

Avançado Gabriel Veron foi eleito “Bola de Ouro”

M MACHANGONGO | EDIÇÕES NOVEMBRO

Kalimuendo fez hat-trick no jogo das classificativas

A determinação dos atletas,o apoio incessante da naçãobrasileira e a fé de que muitosdos actuais campeões doMundo Sub-17 de futebol vãointegrar a selecção principaldo Brasil, dominou a confe-rência do seleccionador Gui-lherme Dallo Déa, após oEscrete Canarinho ter vencidoo México, por 2-1, no Bezerrão,em Gama DF, em Brasília, econquistado o tetracampeo-nato da categoria.

Para o seleccionador bra-sileiro, a partir da madrugadade ontem em Angola, domingoà noite, em Brasília, “o Brasilpassa a respeitar uma grandegeração”, e por isso não poupouelogios aos jogadores.

“Hoje (no domingo), o Brasilpassa a respeitar uma grandegeração. Tenho certeza quemuitos destes jogadores vãodefender a selecção principal.Logicamente, vão aparecer nosclubes como atletas de muitaqualidade. Quero agradecer ànação brasileira pelo apoio. Anação brasileira merece essaconquista. Os atletas também.Todos os técnicos do Brasiltambém merecem”, disse DalloDé, satisfeito pela quebra dojejum de 16 anos. Por essemotivo considera o 17 deNovembro, um dia históricopara o futebol brasileiro.

A conquista do tetracam-peonato não foi fácil para aselecção brasileira. Aliás, os

canarinhos tiveram que sesuperar, depois de terem per-dido o sul-americano. Paraalém disso, tiveram de fazertrês reviravoltas para chegaremà final e vencerem a 18 ediçãodo Campeonato do MundoSub-17 de futebol. O segredodo sucesso foi respondidoassim por Dallo Déa.

“Acho que resgatamos aconfiança e identidade destesatletas. Todos estão de para-béns, somos campeões domundo. Quero dizer que nãosão só os 21 atletas, contandocom o Talles, mas todos osoutros que já foram convocadossão campeões, referiu, DalloDéa, bastante eufórico.

Pedro Augusto | Brasília

Dallo Déa: “Resgatamos a confiança dos jogadores”

FIBA.COM

parte. Regressados ao relvado,o atacante francês reforçoua sua “gana” em arrumarcom os holandeses e marcoumais dois golos. O segundofoi aos 54 minutos. Numasituação isolada,.somentecom o guarda-redes, nãofalhou.Oshow do francês ter-minou aos 61 minutos, a “pei-xinho”, no aproveitamentode uma falha do guarda-redesholandês Raatsie.

Treinador Silvestre “Pelé”

TER19NOV

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A L T O

B A I X O

Mbanza KongoRegulamento do centro

LuandaContentores na estrada

A insistência em manter os con-tentores de lixo nas faixas de ro-dagem mostra que ainda esta-mos longe de aprender com oserros. Ou ainda, se calhar, falta avontade de quem é pago paradeterminado serviço, fazê-lo apensar na comodidade e segu-rança de outrem. Só assim se ex-plica que, após mortes anuncia-das e verificadas, ainda tenhamosestes obstáculos em plena via,como é o caso da estrutura colo-cada na Rua Direita de Luanda,pouco depois dos Armazéns Ma-bílio, para quem vai dar à Esqua-dra da Polícia da Ingombota. Oestranho é que, como a estradaé de um só sentido, a Fiscalizaçãoproíbe estacionamento no ladooposto. Vários carros são rebo-cados. Mas o contentor continua.

Dois anos depois de ser declara-do Património da Humanidade,o Centro Histórico da Cidade deMbanza Congo e a Zona Tampãovão ter um regulamento, que vaiestabelecer as medidas de pre-servação e conservação. A deci-são, que apenas peca por sertardia, vem garantir protecçãoao local, que é o primeiro, emAngola, a obter tal estatuto. Agora,é preciso criar condições de umverdadeiro Património da Hu-manidade. Não é admissível quea cidade, que ficou na boca domundo, apresente problemasbásicos, como falta de quartospara turistas, transportes públi-cos deficientes, sem espaços delazer nem um sistema de recolhade lixo funcional. E, para piorar,como lamentaram recentemen-te as autoridades locais, semágua potável!

O rappere activista ango-lano Carbono Casimiromorreu, ontem, numaclínica, em Luanda, vítimade doença. Com base nasinformações de familiares,postas a circular nas redessociais, o activista socialteve uma recaída há apro-ximadamente três dias e

encontrava-se até entãodesacordado, na Unidadede Tratamento Intensivo,onde veio a falecer.O anúncio da morte foi

feito pelo irmão Joel Júnior,na página do Facebook.“Venho em meu nome eda minha família comu-nicar o passamento físico

RAPPER ANGOLANO

Empresas mineirasdo paíse do estrangeiro, especia-listas do sector, investidorese decisores políticos reú-nem-se, a partir de amanhãaté quinta-feira, em Luanda,na primeira ConferênciaInternacional e Exposiçãosobre o Sector Mineiro.“Desbloquear o potencial

do sector mineiro nacional,através de investimento ediversificação” é o lema doevento que, de acordo coma organização, tem comoobjectivo orientar os inves-tidores sobre a “política,estratégia e procedimentoslegais a serem observados,por formas a enquadrá-losno sector mineiro de Angolae garantir o acesso, de formatransparente e segura, dassuas empresas nos mercadosnacional e internacional”.O evento ocorre quase

duas semanas depois darealização, no Lubango, deuma conferência e expo-sição sobre rochas orna-mentais, organizada peloMinistério dos RecursosMinerais e Petróleos, e quecontou com a presença deGerd Merke, o secretário-geral da Federação Europeiae Internacional das Indús-trias de Rochas Ornamen-tais (Euroroc).Com integrantes de mais

de 30 países da Europa,Estados Unidos e Ásia, aEuroroc é a única associaçãoprivada de rochas orna-mentais do mundo, sendoigualmente parceira daFederação Internacionalde Arquitectos.Em dec larações à

imprensa, Gerd Merke disseque Angola tem potencialpara liderar a produção derochas ornamentais emÁfrica, principalmente seoptimizar as exportaçõescom a filiação à FederaçãoEuropeia e Internacionaldas Indústrias de RochasOrnamentais (Euroroc).“Angola tem um gra-

nito negro que é único nomundo, tem mármorebranco e tem rochas orna-mentais verdes: tem mui-tas potencialidades, mastem de divulgar estepotencial no grande mer-cado europeu através daEuroroc, que dá muitaatenção ao mercado asiá-tico e norte-americano”.

Investir com certezaA conferência de amanhãocorre, igualmente, numcontexto em que já sãoconhecidos os númerosdo Plano Nacional deGeologia (Planageo), oprincipal levantamento

dos recursos minerais queexistem no país, paradeterminar a quantidade,qualidade e localização. O secretário de Estado

para a Geologia e Minas,Jânio Correia Víctor, garan-tiu, na altura, que os Mapasgeológicos resultantes dolevantamento realizado noquadro do Plano Nacionalde Geologia já permitemque o investidor tenha umavisão mais consentânea dopotencial, localização e qua-lidade das rochas ornamen-tais disponíveis em Angola.Num seminário com

investidores, em Lisboa,em Julho, o ministro dosRecursos Minerais e Petró-leos, Diamantino Azevedo,sublinhou que está a decor-rer em Angola um processode reestruturação do sectormineiro, com a criação daAgência Nacional dosRecursos Minerais e o for-talecimento do InstitutoGeológico de Angola, atravésda criação de três novoslaboratórios, um no sul dopaís, outro no nordeste eum outro em Luanda. A reestruturação inclui

a introdução de mudançasna orgânica da empresaEndiama, visando a suaentrada na bolsa de valoresaté finais de 2022.

Ministro dos Recursos Minerais e Petróleos e o secretário-geral do Euroroc, numa conferência em Veneza

Silva Cacuti

O técnico Filipe Cruz podenão ser o próximo selec-cionador nacional séniormasculino de Andebol no24º campeonato africano,a decorrer, em Janeiro,na Tunísia. Uma fonte garantiu que

o treinador tem conver-sações avançadas com aFederação de Andebolda República Democrá-tica do Congo (RDC), queapresentou uma propostatentadora.Ligado à selecção nacio-

nal desde 2010, Filipe Cruzpode interromper um ciclode sucesso à frente da selec-ção masculina de Andebol,que conquistou, este ano,em Rabat, Marrocos, o ouronos Jogos Africanos. A fonte revelou, ainda,

que a Federação de Andebolesperava do técnico um

programa de trabalho dos“Guerreiros”, designaçãoda selecção angolana,visando a prova africanada Tunísia. O técnico já terámesmo anunciado o desen-lace a Pedro Godinho, pre-sidente da FederaçãoAngolana de Andebol.Filipe Cruz deve levar,

também, João Chiloia“Langa”, estatístico, quevai ser principal coadju-vante. Ao serviço da Selec-ção Nacional, o técnicoconquistou duas medalhasde bronze nos CampeonatosAfricanos de 2016 e 2018.Obteve ainda medalhas deprata, nos Jogos Africanosde Maputo, em 2011, e Braz-zaville, em 2015. O melhorresultado que o Andebolsénior masculino angolanotinha conseguido era obronze, pelo búlgaro NikulaePirgov , no CampeonatoAfricano de 2004, no Egipto.

TÉCNICO PODE MUDAR-SE PARA KINSHASA

RDC “rouba” Filipe Cruzda Selecção de Andebol

O Instituto do PatrimónioCultural (IPC) cabo-ver-diano está a ultimar, coma Direcção-Geral do Patri-mónio Cultural de Por-tugal, o apoio ao projectode candidatura do antigoCampo de Concentraçãodo Tarrafal a patrimónioda humanidade.A informação consta de

um comunicado distribuídoontem à imprensa pelo IPC,na sequência da visita aPortugal, na semana pas-sada, do presidente do ins-tituto cabo-verdiano,Hamilton Jair Fernandes,no âmbito da cooperaçãotécnica que já existe entreas duas instituições.O responsável cabo-

verdiano visitou o MuseuNacional Resistência eLiberdade, exemplo queCabo Verde pretende apro-

veitar. Este museu nasceudo reconhecimento daFortaleza de Penicheenquanto espaço-memó-ria e símbolo da luta pelaliberdade em Portugal eda resistência à ditadurado Estado Novo, tal comoa transformação feita noantigo campo do Tarrafal,Cabo Verde, que passou aMuseu da Resistência.“Histórias e memórias

que se cruzam e que vãounir uma vez mais estesdois espaços, agora peloconhecimento e preser-vação da memória históricapara as futuras gerações.É neste sentido que o IPCe a DGPC pretendem assi-nar um acordo de parceriapa ra f o rma l i za r umacordo já existente”, lê-se no comunicado, citadopela Lusa.

PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

Cabo Verde vai apresentara candidatura de Tarrafal

Morreu Carbono Casimiro

APROVEITAR O POTENCIAL PARA A DIVERSIFICAÇÃO DA ECONOMIA

Treinador Filipe Cruz em vias de trocar Angola pela RDC

EDIÇÕES NOVEMBRO

do meu irmão Dionísio Car-bono Casimiro. Agradeço atodas as pessoas que con-nosco lutaram e fizeram opossível e o impossível, masprevaleceu a vontade deDeus. Peço que lá de cimaolhe por nós e nos dê luzpara continuar”, lamentou.Dionísio Gonçalves Casi-

miro, mais conhecido porCarbono Casimiro, era umavoz crítica contra a repressãosocial, durante o mandatodo Presidente José Eduardo

dos Santos. O cantor fez partedo grupo conhecido por 15+2,que, em 2015, foram detidossob a acusação de estarema preparar uma rebelião con-tra o antigo Presidente. Na altura,ficaram conhe-

cidos por organizarem mani-festações pacíficas, atravésdo Movimento Revolucio-nário de Angola.Nascido em 1982, Car-

bono Casimiro era funcio-nário da empresa Pinguime deixa viúva e duas filhas.

DR

Conferência discute amanhão futuro da produção mineira