fundo para a inovaÇÃo social · financiamento do fundo de fundos do fis a fundos de empréstimos...

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Página 1 de 17 FUNDO PARA A INOVAÇÃO SOCIAL - FICHAS DE PRODUTOS FINANCEIROS - (versão em 12/11/2015 PO ISE / EMPIS)

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FUNDO PARA A INOVAÇÃO SOCIAL

- FICHAS DE PRODUTOS FINANCEIROS -

(versão em 12/11/2015 PO ISE / EMPIS)

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PRODUTOS FINANCEIROS DO FUNDO PARA A INOVAÇÃO SOCIAL

O Fundo para a Inovação Social (FIS) constitui o instrumento financeiro de incentivo à

criação e desenvolvimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social,

promovidas por organizações da economia social e entidades de missão social, com vista

à promoção da sua sustentabilidade económica e ao aumento do seu impacto.

O FIS, mobilizando financiamento do PO Inclusão Social e Emprego, integra a Iniciativa

Portugal Inovação Social do Portugal 2020, contribuindo, de modo articulado e

complementar com outros instrumentos de financiamento, para a prossecução dos

seguintes objetivos:

Promoção da Inovação e do Empreendedorismo Social em Portugal, como meio

de gerar novas soluções para problemas societais relevantes, em complemento

de abordagens e de respostas tradicionais;

Desenvolvimento do Mercado do Investimento Social em Portugal,

desenvolvendo instrumentos de financiamento melhor adequados às

necessidades específicas da economia social, da inovação social e do

empreendedorismo social e alavancando recursos adicionais para este fim;

Melhoramento das qualificações e competências de todos os protagonistas do

sistema de inovação e empreendedorismo social em Portugal, designadamente

otimizando os níveis de resposta da organizações da economia social e

contribuindo para a sua sustentabilidade.

No presente documento são apresentadas (em versão inicial, preliminar) as fichas de

produtos financeiros a criar no âmbito do FIS, dando corpo à política de investimentos

definida no documento “Estratégia de Investimento do FIS”, com vista a implementar os

desígnios de programação do Portugal 2020 para a inovação social e a colmatar as falhas

de mercado identificadas e dimensionadas no processo avaliação ex-ante dos

instrumentos financeiros no domínio da inovação social.

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Naturalmente, a especificação final e a caraterização detalhada das soluções de

financiamento a disponibilizar no âmbito do FIS beneficiarão, numa primeira fase, do

contributo da entidade responsável pela gestão do Fundo de Fundos, sendo igualmente

concretizadas, numa segunda fase, nas propostas apresentadas pelos intermediários

financeiros candidatos à gestão de instrumentos retalhistas.

Assim, sem prejuízo de evoluções nesta área emergente que possam resultar no

desenvolvimento de novos produtos financeiros no âmbito do FIS ao longo do seu

período de vigência, apresentam-se as fichas dos três produtos financeiros já

identificados pelo POISE / EMPIS, que visam dar resposta aos resultados e

recomendações da avaliação ex-ante realizada, com o objetivo de colmatar as falhas de

mercado identificadas:

Financiamento a Fundos de Empréstimos

Financiamento a Fundos de Empreendedorismo Social

Financiamento a Operações de Investimento Social desenvolvidos por

Business Angels

Estes três produtos encontram-se detalhados nas três fichas (versões iniciais,

preliminares) apresentadas de seguida.

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- FICHA DE PRODUTO 1 -

EMPRÉSTIMOS PARA INICIATIVAS DE INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO SOCIAL (IIES) 1. Finalidade

Financiamento do Fundo de Fundos do FIS a fundos de empréstimos a criar por intermediários financeiros, cujo objeto principal seja o financiamento da inovação (de produtos, serviços e processos) em organizações da economia social.

2. Objetivos e prioridades

Promover o acesso, por parte de Organizações da Economia Social (OES), a instrumentos de crédito apropriados para o desenvolvimento de projetos inovadores, com maior grau de maturidade, contribuindo, desta forma, para colmatar as falhas de mercado e correspondentes gaps de financiamento identificados no âmbito da avaliação ex-ante realizada1, em particular:

A fraca capitalização das OES, com avultadas necessidades de financiamento, crescentes exigências de capital circulante para fazer face a novas intervenções e sem recursos para uma lógica de crescimento e/ou de inovação organizacional;

O financiamento bancário normal não permitir responder às necessidades das Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) em matéria de risco (perceção de riscos elevados nestes projetos e falta de garantias reais), de retorno (desproporção entre os custos de transação do envolvimento neste tipo de projetos e o potencial de retorno com que pode contar) e de impacto (não reconhecimento nestes projetos da existência de externalidades sociais que são a razão de existência do projeto);

Financiador e promotor deste tipo de iniciativas terem perspetivas

antagónicas sobre a maturidade desejável do apoio (são necessárias maturidades mais longas que o financiador não está normalmente disposto a conceder).

1 Nos termos do artigo 37º do Regulamento (EU) n.º 1303/2013

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Este tipo de empréstimos devem ser disponibilizados a OES/IIES, através de intermediários financeiros, no quadro de operações com encaixe na prioridade de investimento 9.5 “Promoção do empreendedorismo social e da integração profissional nas empresas sociais e da economia social e solidária para facilitar o acesso ao emprego”, do eixo prioritário 3 “Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação” do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego.

3. Montante global, por intermediário financeiro e por operação Investimento total indicativo de 78.235.294 € (66.500.000 € FEEI), a canalizar:

Em momentos diferenciados ao longo do período 2014-2020, numa lógica competitiva, para os intermediários financeiros gestores dos fundos de empréstimos selecionados;

Numa lógica de análise individual por operação para os investimentos individuais realizados pelos beneficiários finais, com um limite máximo indicativo de 2.000.000 € por operação.

4. Beneficiários finais

Organizações da Economia Social (OES), para financiamento de projetos inovadores, em fase de consolidação ou disseminação.

5. Operações elegíveis nos beneficiários finais

São elegíveis, para efeitos de concessão de empréstimos ao abrigo do presente instrumento financeiro, projetos inovadores em fase de consolidação ou disseminação, visando a oferta de novos produtos e serviços, não tipificados nas políticas sociais, à comunidade e/ou a introdução de novos processos que conduzam a melhorias de eficiência e sustentabilidade financeira e melhorias organizacionais com impacto sobre a organização em causa e sobre o seu potencial de geração de impacto.

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6. Condições a observar pelos intermediários financeiros Análise individual de cada operação, no estrito cumprimento das condições definidas em sede de Acordo de Financiamento e nos enquadramentos regulamentares nacional e comunitário aplicáveis.

7. Período de aplicação dos fundos Desde o período de lançamento até ao encerramento do Fundo. Os investimentos nas entidades beneficiárias devem ser concretizados durante o período de programação Portugal 2020.

8. Política de investimento

Adoção de um mecanismo assimétrico de partilha de risco entre o Fundo de Fundos e os fundos de empréstimos a criar por intermediários financeiros, que permita a concessão de empréstimos a operações e beneficiários finais elegíveis em condições vantajosas de maturidade, taxa de juro e exigência de garantias, mais adequadas às suas efetivas necessidades. O mecanismo a prever terá as seguintes caraterísticas base:

25% de contributo mínimo do intermediário financeiro para o compromisso de financiamento total do instrumento, cumprindo as disposições regulamentares aplicáveis;

Disponibilização de recursos a juro zero ou próximo de zero por parte do

Fundo de Fundos, sendo a taxa de juro sobre a participação do intermediário financeiro fixada em função do mercado, com eventual cap;

Perdas e recuperações com impacto diferenciado sobre Fundo de Fundos

e intermediários financeiros (numa exceção à lógica pari passu); A política de investimento dos fundos de empréstimo será definida seguindo uma lógica de mercado, através do processo competitivo a implementar para a seleção dos fundos e respetivos intermediários financeiros gestores, assumindo como referência base os seguintes requisitos indicativos, a afinar no âmbito do supramencionado processo competitivo:

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Taxa de juro variável ou fixa, tendencialmente abaixo do standard praticado pelo mercado para este tipo de operações e beneficiários finais.

Prazo de financiamento – maturidades longas, até 15 anos após data de

contratação

Garantia e contragarantia – a equacionar, em função de proposta

Outros colaterais – não previstos

Montante máximo a emprestar – até 95% do investimento total

Financiamento máximo por operação – 2.000.000 € Co-investimento mínimo de 25% por parte do intermediário financeiro, sendo expectável uma alavancagem de 1:1.

9. Seleção de candidaturas A realizar pelos intermediários financeiros gestores dos fundos de empréstimo selecionados, nos termos do respetivo acordo de financiamento a celebrar com o Fundo de Fundos.

10. Duração

Até ao encerramento do Fundo (incluindo período de vigência do Portugal 2020 e de reinvestimento de verbas libertadas).

11. Regime legal de auxílios

Financiamentos atribuídos ao abrigo do regime comunitário de auxílios de minimis e/ou do RGIC.

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12. Recursos orçamentais do Fundo de Fundos consumidos Estima-se a alocação de cerca de 78.235.294 € de investimento FIS (66.500.000 € contribuição FEEI e 11.735.294 € contribuição pública nacional), a qual será complementada por co-investimento privado (em particular do intermediário financeiro) ao nível dos fundos de empréstimos a criar e, potencialmente, igualmente ao nível das operações contratualizadas com o beneficiário final.

13. Apresentação de relatórios e resultados esperados e avaliação dos benefícios

económicos decorrentes da contribuição do programa

Os intermediários financeiros devem reportar à entidade gestora do Fundo de Fundos de acordo com o modelo que esta venha a definir, e que deve permitir o reporte adequado à AG POISE / EMPIS nos termos que venham a ser convencionados. A avaliação dos benefícios económicos do programa será promovida para todos os instrumentos financeiros, numa base periódica, em termos a definir pela AG POISE / EMPIS.

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- FICHA DE PRODUTO 2 –

Financiamento a Fundos de Empreendedorismo Social

1. Finalidade

Financiamento pelo Fundo de Fundos do FIS para a criação de fundos de empreendedorismo social (FES) em território nacional que utilizem a lógica de capital de risco para realizar investimentos no crescimento de start-ups sociais focadas no desenvolvimento iniciativas de inovação e empreendedorismo social.

2. Objetivos e prioridades

Promover a criação em Portugal de novos Fundos de Empreendedorismo Social que permitam a dinamização do investimento de impacto em Portugal, concretizando a política europeia que criou os fundos EuSEF (European Union Social Entrepreneurship Funds – Regulamento EU Nº 346/2013) e a legislação nacional que criou e regulamentou o novo regime de investimento em empreendedorismo social com a criação das Sociedades de Empreendedorismo social (SES) e Fundos de Empreendedorismo Social (FES) – lei nº 18/2015 de 4 de março e Regulamento CMVM nº 3/2015 de 3 de novembro. Os Fundos de Empreendedorismo Social adotam a lógica de investimento do capital de risco na área social (investimento de longo prazo no crescimento de projetos inovadores com partilha de risco), promovendo a identificação, financiamento, e apoio ao crescimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social desenvolvidas por entidades destinatárias, resolvendo assim as falhas de mercado identificadas no financiamento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social ao mobilizar o capital, competências e rede dos operadores de capital de risco que queiram realizar investimentos sociais, ou de novos investidores que queiram investir exclusivamente no crescimento de iniciativas de impacto social, assumindo partilha de risco.

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3. Montante global e por operação

Investimento global previsto para esta tipologia é de 16.000.000 euros (13.600.000 euros de FEEI), com possibilidade de reforço até ao limite de dotação disponível do Fundo de Fundos, numa lógica de seleção concursal dos fundos de empreendedorismo social a apoiar, com um máximo de financiamento de 8.000.000 de euros por cada FES, sujeito a regras de execução física e financeira. Indicativamente, os FES não poderão ter um montante de capital inferior a 5 milhões de euros nem realizar operações de investimento superiores a 1.5 milhões de euros.

4. Beneficiários finais (Entidades Destinatárias)

Entidades da economia social em fase de crescimento que estejam focadas na promoção de iniciativa de inovação e empreendedorismo social com elevado potencial de crescimento e que tenham um modelo claro de geração de receitas associado a impacto. Serão também elegíveis outras entidades que tenham uma certificação de missão social aceite em norma técnica emitida pela AG POISE / EMPIS. As entidades beneficiárias deverão estar localizadas nas regiões do Norte, Centro ou Alentejo, ter receitas no último exercício inferiores a 4 milhões de euros, ter menos de dez anos de existência e contar com quadro de pessoal próprio para o desenvolvimento da iniciativa de inovação e empreendedorismo social.

5. Operações elegíveis nos beneficiários finais

A intervenção dos fundos de empreendedorismo social nas entidades beneficiárias deverá estar associada ao crescimento e desenvolvimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social que se traduzam em novos produtos e serviços geradores de receita, ou crescimento e internacionalização de produtos ou serviços existentes.

6. Condições a observar pelos intermediários financeiros

Os FES devem ser geridos por entidades registadas na CMVM como operadores de capital de risco e empreendedorismo social, cumprindo todas as normas e

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regulamentos em vigor. Os Fundos de Empreendedorismo Social a apoiar devem estar registados na CMVM, podendo ter ou não a certificação EuSEF (European Union Social Entrepreneurship Funds). O financiamento pelo FIS ao FES requer um compromisso de capital pelos gestores do FES ou por investidores privados de, pelo menos, 25% do capital do FES.

As operações de investimento a realizar nas entidades beneficiárias devem seguir uma lógica de investimentos em quasi-capital que envolvam partilha de risco, tais como acordos de participação em receitas, obrigações de rendimento variável ou outros modelos previstos na legislação em vigor. No caso de se tratar de investimentos em entidades empresariais de certificada missão social, poderão ser utilizados os instrumentos de capital tradicionalmente adotados por investidores de capital de risco.

7. Período de aplicação dos fundos Os investimentos nas entidades beneficiárias devem ser concretizados durante o período do Portugal 2020. Os contratos de investimentos devem ter uma duração máxima de 10 anos.

8. Política de Investimento e Desinvestimento

O financiamento será realizado através do modelo tradicional de investimento em capital de risco, com a aquisição pelo Fundo de Fundos de unidades de participação dos FES em que investe, as quais darão direito, no ciclo de desinvestimento e no momento da extinção do fundo, ao reembolso do capital e eventuais mais-valias ao investidores em unidades de participação, podendo haver lugar ao pagamento de comissões de gestão e comissões de desempenho à entidade gestora do FES segundo as normas em vigor. Desta forma o Fundo de Fundos partilha o risco com os gestores de FES, os quais partilham o risco nos seus investimentos em capital ou quasi-capital nas entidades destinatárias.

9. Seleção de candidaturas

A realizar pelos intermediários financeiros (FES) e a aprovar pela entidade gestora do Fundo de Fundos, nos termos do acordo de financiamento.

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10. Duração Investimentos a realizar durante o período do Portugal 2020 com receitas do investimento contabilizadas até ao final dos contratos de investimento de cada operação. Receitas do fundo de fundos para esses contratos serão colocados em “revolving separate block of funds” para continuação investimento após o Portugal2020.

11. Regime legal de auxílios Atribuída ao abrigo do regime comunitário de auxílios de minimis.

12. Recursos orçamentais do Fundo de Fundos consumidos

Estima-se a alocação 16.000.00 € de investimento do Fundo de Fundos (13.600.000 € contribuição FEEI e 2.400.000 € contribuição pública nacional). O financiamento pelo Fundo de Fundos a FES requer um compromisso de capital pelos gestores do FES ou por investidores privados de, pelo menos, 25% do capital do FES.

13. Apresentação de relatórios e resultados esperados e Avaliação dos benefícios económicos decorrentes da contribuição do programa

Os intermediários financeiros devem reportar à entidade gestora do Fundo de Fundos de acordo com o modelo que esta venha a definir, e que deve permitir o reporte adequado às AG POISE / EMPIS nos termos que venham a ser convencionados. A avaliação dos benefícios económicos do programa será promovida para todos os instrumentos financeiros, numa base periódica, em termos a definir pela AG POISE / EMPIS.

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- FICHA DE PRODUTO 3 –

Financiamento a Operações de Investimento de Social desenvolvidos por Business Angels

1. Finalidade

Financiamento do Fundo de Fundos do FIS a entidades veículo (EV) de business angels (sociedades de investimento criadas por pelo menos três business angels para a realização de investimentos em start-ups), para a realização de operações de investimento para criação e crescimento de start-ups sociais focadas no desenvolvimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social.

2. Objetivos e prioridades

Promover o desenvolvimento de atividades de investimento social por investidores do tipo “business angel”, incentivando-os a identificar, financiar, e acompanhar o lançamento e crescimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social desenvolvidas por entidades destinatárias do âmbito da economia social ou entidades de reconhecida missão social – as chamadas “start-ups sociais”. Esta linha visa assim replicar na área social, a dinâmica e sucesso que o investimento em startups por business angels tem tido no setor empresarial, trazendo capital de longo prazo e mentoria a projetos inovadores em fase de lançamento ou crescimento numa lógica de partilha de risco , promovendo assim o aparecimento e crescimento de startups sociais com maior sustentabilidade e impacto. Pretende-se com este instrumento financeiro não só incentivar business angels já existentes a realizar investimentos sociais, trazendo assim ao setor do empreendedorismo social o capital, experiência e rede que estes investidores já desenvolveram, mas também incentivar o aparecimento de novos investidores que queiram usar a lógica de “angel investing” exclusivamente para a realização de investimentos com missão social.

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3. Montante global e por operação

Investimento global previsto para esta tipologia de 8.000.000 euros (6.800.000 euros de FEEI), com possibilidade de reforço até ao limite de dotação disponível do Fundo de Fundos numa lógica de seleção das EVs elegíveis a financiamento com base nos critérios estabelecidos no acordo de financiamento entre a AG POISE /EMPIS e a entidade gestora do Fundo de Fundos, e de validação individual das operações de investimento por estes propostas. É previsto um máximo de 500.000 euros de financiamento por operação de investimento em entidades destinatárias e um máximo de 1.000.000 de euros de financiamento total por cada EV selecionada. O financiamento do FIS às operações de investimentos realizadas pelas EVs não poderá exceder 75% do montante investido nas entidades destinatárias.

4. Beneficiários finais (Entidades Destinatárias) Entidades da economia social em fase de criação ou fase inicial de crescimento que estejam focadas na promoção de iniciativa de inovação e empreendedorismo social com elevado potencial de crescimento e que tenham um modelo claro de geração de receitas associado a impacto. Serão também elegíveis outras entidades que tenham uma certificação de missão social aceite em norma técnica emitida pela AG POISE / EMPIS. As entidades beneficiárias deverão estar localizadas nas regiões do Norte, Centro ou Alentejo, ter receitas no último exercício inferiores a 2 milhões de euros, ter menos de dez anos de existência e contar com quadro de pessoal próprio para o desenvolvimento da iniciativa de inovação e empreendedorismo social.

5. Operações elegíveis nos beneficiários finais

A intervenção dos business angels nas entidades destinatárias deverá estar associada ao desenvolvimento de iniciativas de inovação e empreendedorismo social que se traduzam em novos produtos e serviços geradores de receita e impacto social, ou crescimento e internacionalização de produtos ou serviços existentes.

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6. Condições a observar pelos intermediários financeiros

As EV devem ser entidades jurídicas detidas maioritariamente e com controlo de gestão por business angels (mínimo de 3), que sejam certificadas pela CMVM ou por associações de business angels, e que tenham por missão a realização de investimentos em entidades destinatárias em fase de arranque ou crescimento. As operações de investimento a realizar pelas EV devem seguir uma lógica de investimentos em quasi-capital que envolvam partilha de risco, tais como acordos de participação em receitas, obrigações de rendimento variável ou outros modelos previstos na legislação em vigor. No caso de se tratar de investimentos em entidades empresariais de certificada missão social, poderão ser utilizados os instrumentos de capital tradicionalmente adotados por business angels.

7. Período de aplicação dos fundos Os investimentos nas entidades beneficiárias devem ser concretizados durante o período do Portugal 2020. Os contratos de investimento devem ter uma duração máxima de 10 anos.

8. Política de Investimento

Para promover investimentos na criação e fase inicial de crescimento de startups sociais é necessária a adoção de um mecanismo de partilha de risco e retorno entre o Fundos de Fundos e as EVs de business angels:

que dê aos intermediários financeiros incentivos para identificar e financiar projetos com elevado potencial de impacto;

que assegure às startups sociais um financiamento estável, de longo prazo, que permita investir no crescimento de iniciativas inovadoras e geradoras de impacto social

Seguindo as melhores práticas nacionais e internacionais de apoio ao investimento de business angels, os financiamentos do Fundo de Fundos serão alocados às EVs sob a forma de um empréstimo não garantido para utilização na operação de investimento com as seguintes características de partilha das receitas geradas pela operação, (proposta nesta fase em termos indicativos, a validar com a entidade gestora do Fundo de Fundos):

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1. 20% FIS / 80% EV até que a EV seja ressarcida do seu investimento.

2. 80% FIS / 20% EV até que o Fundo de Fundos seja integralmente ressarcido

da totalidade dos empréstimos concedidos à EV, tendo em conta um custo de capital EURIBOR 6M + 2%, altura em que cessa o contrato de investimento entre Fundo de Fundos e EV.

3. 100% EV até à conclusão do contrato de investimento entre EV e entidade destinatária.

9. Seleção de candidaturas

A realizar pelos intermediários financeiros (EVs) e a aprovar pela entidade gestora do Fundo de Fundos, nos termos do acordo de financiamento.

10. Duração

Investimentos a realizar durante o período do Portugal 2020 com receitas do investimento contabilizadas até ao final dos contratos de investimento de cada operação. Receitas para o Fundo de Fundos desses contratos serão colocados em “revolving separate block of funds” para continuação do investimento após o Portugal2020.

11. Regime legal de auxílios Atribuída ao abrigo do regime comunitário de auxílios de minimis.

12. Recursos orçamentais do Fundo de Fundos consumidos Estima-se a alocação de 8.000.00 € de investimento do Fundo de Fundos (6.800.000 € contribuição FEEI e 1.200.000 € contribuição pública nacional), a qual será complementada por investimento privado de pelo menos 25% deste montante pelos intermediários financeiros (EV).

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13. Apresentação de relatórios e resultados esperados e Avaliação dos benefícios económicos decorrentes da contribuição do programa

Os intermediários financeiros devem reportar à entidade gestora do Fundo de Fundos de acordo com o modelo que esta venha a definir, e que deve permitir o reporte adequado à AG POISE / EMPIS nos termos que venham a ser convencionados. A avaliação dos benefícios económicos do programa será promovida para todos os instrumentos financeiros, numa base periódica, em termos a definir pela AG POISE / EMPIS.