filosofia na cidade (11º ano)

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A Filosofia na Cidade Luís Santos, Mariana Nobre, Renata Antunes, Rita Monteiro e Tiago Silva

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Page 1: Filosofia na cidade (11º ano)

A Filosofia na Cidade

Luís Santos, Mariana Nobre,

Renata Antunes, Rita Monteiro e Tiago Silva

Page 2: Filosofia na cidade (11º ano)

Espaço público/Espaço privado

Espaço público: espaço de uso comum que pertence a todos e onde se desenvolvem atividades coletivas, como convívio e trocas entre os grupos diversos. Sempre que cada um de nós age, está a mostrar-se e a interferir no seio da coletividade (espaço público).

Espaço privado: espaço da intimidade (espaço partilhado com a família e os amigos) onde se faz a gestão doméstica, a educação dos filhos e a partilha e gestão de afetos. Enquanto ser livre e dotado de consciência moral, cada um de nós é capaz de decidir e deliberar responsavelmente na sua individualidade (espaço privado).

Para os gregos, o espaço público sobrepõe-se ao espaço privado e é o espaço de discussão, de diálogo e de debate.

Page 3: Filosofia na cidade (11º ano)

Ética/Política

Ética: arte de escolher o que mais nos convém para

vivermos o melhor possível. Ocupa-se com o que a própria pessoa faz com a liberdade.

Política: tem como objectivo organizar o melhor possível

a convivência social de modo a que cada um possa escolher o que lhe convém. Tenta coordenar, da maneira mais benéfica para o conjunto, aquilo que muitos fazem com as suas liberdades.

Page 4: Filosofia na cidade (11º ano)

Transformações históricas do espaço público

Espaço público

“Ágora” Ateniense

IlustraçãoMediatizado e

de massas

Comunidade Ideal de

Argumentação

Page 5: Filosofia na cidade (11º ano)

“Ágora” Ateniense

Nem todos eram considerados

cidadãos

Reuniões presenciais

Debate argumentativo

Igualdade no acesso à palavra

Page 6: Filosofia na cidade (11º ano)

Ilustração

Existência de negociantes

geralmente cultos (burgueses ilustrados)

“A verdade, e não a autoridade, faz a lei.”

Igualdade no acesso à palavra

Redução da esfera pública à reivindicação

da liberdade de comércio.

Page 7: Filosofia na cidade (11º ano)

Mediatizado e de massas

Sociedade aberta aos cidadãos

interessados nas questões públicas

Comunicação e cultura cujos

artigos/eventos se difundem facilmente

Comunicação vertical,

unidireccional e à distância

Desinteresse pelo espaço público

Sociedade consumista

Page 8: Filosofia na cidade (11º ano)

Comunidade Ideal de Argumentação

Todos são considerados

cidadãos

Direitos fundamentais

(liberdade, igualdade, …)

Solidariedade, verdade e tolerância

Cidadania

Page 9: Filosofia na cidade (11º ano)

Espaço Público do Estado de Bem-estar Social

Bem-estar: conjunto de fatores necessários para gozar de umaboa qualidade de vida, de uma existência tranquila e dum estado desatisfação.

Engloba as coisas que incidem positivamente na nossaqualidade de vida como um emprego digno, recursos económicossuficientes para satisfazer as nossas necessidades, um lar paravivermos, acesso à educação, à saúde, à segurança social, tempo paralazer e para nós mesmos (esfera privada), entre outros.

O conceito de bem-estar é, no entanto, subjectivo (o que ébom para uma pessoa pode não ser para outra), estando por isso obem-estar social associado a factores económicos objectivos.

Page 10: Filosofia na cidade (11º ano)

Perda de Vitalidade da Esfera Pública

Esfera pública: espaço comum em que os membros da sociedadese encontram através de uma variedade de meios (ex.: imprensa, electrónica,e também pessoalmente) para discutir temas de interesse comum a todos e,deste modo, estarem capazes de formar uma mente comum.

No século XX, a alta burguesia controlava a comunicação social e, deforma a responder aos seus interesses de desenvolvimento económico,estimulou o consumo e adquiriu o controlo social através dos media deentretenimento.

Esse controlo social fez com que os cidadãos se tornassem cada vezmais consumistas, concentrando as suas energias nas suas fontes derendimento, diminuindo assim o seu empenho na vida pública.

Com isto, ocorreu uma desvitalização da esfera pública, já que oscidadãos não participavam na vida pública. Ao não se participar na vidapública , o individualismo desenvolveu-se e tornou-se a ideologia dominante,o que fez com que os cidadãos se centrassem apenas no seu espaço privado.

Page 11: Filosofia na cidade (11º ano)

Importância do empreendedorismo na resolução de problemas sociais

Empreendedorismo: estudo do desenvolvimento de

competências e habilidades relacionadas com a criação de um projecto. Éessencial para melhorar o crescimento económico e as condições de vida dapopulação. Para uma pessoa ser empreendedora tem que, acima de tudo, teratitude para explorar novas oportunidades, assumir riscos e inovar.

O empreendedorismo é bastante importante não só a nívelindividual, como organizacional e das sociedades. A nível individual éimportante para a auto-realização e felicidade; a nível organizacional levauma empresa a aumentar os seus lucros, permitindo a sua sobrevivência eprosperidade; a nível social já provou ser bastante útil, solucionandoproblemas que os governantes não conseguem resolver.

Page 12: Filosofia na cidade (11º ano)

O Mundo aos Olhos de Mahatma Gandhi

A cidadania é a prática dos direitos e deveres civis, políticos e

sociais tendo estes que se interligar, isto é, ao realizarmos as nossasobrigações permitimos que os outros tenham os seus direitos(integração social). É a responsabilidade perante nós e perante osoutros, o estímulo para a solidariedade.

Tal como se pode ver no filme “Mahatma Gandhi”, Gandhiapoiava uma política onde existia igualdade de direitos, em que o paísera livre e o povo não era tratado como escravo.

Page 13: Filosofia na cidade (11º ano)

Gandhi, lutou pela independência da Índia e pelos direitos dos hindus,sendo por isso visto como um sinal de inspiração para o idealismo político, uma vezque era a favor da igualdade de direitos na política. Apoiava uma política que sebaseava nos princípios morais, no serviço e na liberdade. Uma política de paz quenos proporcionava uma melhor qualidade de vida, tendo como princípiosfundamentais a tolerância, que consiste em abstermo-nos de agir contra aquilo quereprovamos ou que é diferente de nós e dos nossos princípios.

No tempo de Gandhi, nomeadamente, era necessário que predominasseuma coexistência entre os povos (hindus e muçulmanos). Para ele, o fundamentalpara que isso ocorresse era a predominância do diálogo.

Assim, com base no filme, Gandhi “pregou e viveu o evangelho daverdade e da não-violência”. Isto é, lutou pela independência do seu país atravésdo caminho da verdade e da argumentação e não da manipulação, defendendo aexistência da verdade no pensamento, no discurso e na ação, optando sempre pornão entrar em guerra e realizar tudo pacificamente.

Também Gandhi era empreendedor, já que fazia tudo para que o paísestivesse bem. “Conhecia as condições de vida dos pobres melhor do quequalquer outro político”, apoiando o empreendedorismo melhor que um político.

Page 14: Filosofia na cidade (11º ano)

Como pode a pergunta ser a solução?

O conhecimento é um bem muito precioso que adquirimos comestudos e experiência de vida. É necessário para o desenvolvimento de ummundo cada vez mais adaptado ao entendimento das necessidades do serhumano. É através das nossas dúvidas, dos nossos problemas, que chegamosao conhecimento. São elas que desencadeiam a nossa curiosidade, a nossavontade e coragem de querer saber sempre mais e mais.

O conhecimento é então adquirido durante toda a nossa vida.

Page 15: Filosofia na cidade (11º ano)

E eu? Só eu: as minhas dúvidas… Será que existem?

Vejamos por exemplo uma situação em que não sabemos o que comer. ‘’Seeu comer acontece me isto. E se não comer?’’. São problemas aos quais asconsequências só irão afectar a pessoa em questão. Problemas que só nós podemosresolver e que só nós é que poderemos ser alterados por eles, tornando-os assimexclusivamente pessoais.

A área cujo problema abrange é o que irá distinguir a sua importância.Como já referido anteriormente, com os exemplos da carteira e de comer ou nãocomer, o primeiro pode ser considerado mais importante, não porque o dinheiro émais valioso do que a vontade de comer, mas sim porque irá abranger uma maiorquantidade de pessoas.

Voltando á questão principal, ‘’como pode a pergunta ser a solução?’’. Apergunta pode ser a solução se nos encontrarmos numa situação na qual não vemosuma saída aparente. Há problemas cuja resposta é óbvia, mas outros em que temosde ir mais fundo, dividir o problema, fazer ‘’perguntas’’ a nós próprios até atingirmosa dita solução.