A FILOSOFIA E SUA INFLUÊNCIA NO SERVIÇO SOCIAL

PAU DOS FERROS/RN2013

UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

PÓLO: PAU DOS FERROS/RN

CURSO: SERVIÇO SOCIAL – 2º SEMESTRE

DISCIPLINA: FILOSOFIA APLICADA AO SERVIÇO SOCIAL

PROFESSOR (A) EAD: MA. MARICIANE MORES NUNES

ADRIANA LUCENA MENDES DE LIMA - RA: 431007

FRANCISCO IUREMBERG MARTINS DE OLIVEIRA - RA: 430309

MARIA DILMA GOMES PINTO E SILVA - RA: 430420

VANUSA BEZERRA DE LIMA - RA: 446971

APRESENTAÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade apresentar de forma clara e sucinta a relação entre a Filosofia e o

Serviço Social, como também a Influência das mesmas nas decisões e escolhas para o trabalho social.

Inicialmente veremos como a constituição do ser humano, sua intencionalidade e finalidades nas tarefas

básicas, que estão colocadas para a Filosofia na sua relação com o Serviço Social.

Desta forma procuraremos compreender o conceito de Filosofia, relacionando-o com as diversas formas de

conhecimento e as linhas do Serviço Social, refletindo sobre as tarefas da Filosofia: antropológica de reflexão ética e

moral; epistemológica e de reflexão política e social.

QUESTIONÁRIO

A) O que é o mundo e a realidade? 

O mundo é uma mera expressão de como vemos a independência de nossa existência. E a realidade é que

esse mundo existe, e é real, objetivo e subjetivo, acreditar que tal objeto existe. 

B) O que é ser humano?

  É um dos seres vivos do planeta dotado de razão e inteligência, mas na maioria das vezes não sabe usá-la.

 

C) O que é viver em sociedade?

  É fazer parte de um grupo ou conjunto de pessoas ligadas pela necessidade de se ajudarem uns aos outros.

 

D) Qual a grande finalidade da vida social?

  A vida social faz parte do nosso processo de individualização, é através dela que buscamos sentenciais para

nossos objetivos, e no outro procuramos um pouco de nós.

 

E) O que é conhecimento e para que ele serve na vida dos seres humanos? 

Conhecimento é um ato ou efeito de abstrair ideias ou noção de alguma coisa. Ele serve para facilitar a vida do

ser humano, é fundamental saber como utilizar as informações e conhecimentos existentes na sociedade em que vivemos.

 

F) O que é ser cidadão?

  É ter acesso aos seus direitos: vida, educação, saúde, moradia, liberdade, trabalho, lazer e segurança, os

quais são garantidos em lei.

 

G) Existe uma relação intima entre cidadania e qualidade de vida? Justificar,

Sim, pois cidadania significa o conjunto de direitos e deveres pelo qual o cidadão esta inserido na sociedade

em que vive e para fazer parte de uma sociedade com qualidade de vida é preciso respeitar as lei e o seu próximo para que

assim seja também respeitado. 

H) As condições de vida são termômetro de nossa situação de cidadão. Dê um exemplo.

  Varia muito as condições da saúde, trabalho, alimentação... Cada cidadão vive sua realidade, de acordo com

suas condições financeiro-sociais.

 

I) O bem-estar pessoal e coletivo também é sinônimo de uma vida cidadã?

  O sinônimo de vida esta ligado em individual ou na comunidade. O estado proporciona o controle social e

tenta construir o bem estar a todos.

 

J) O preconceito é amplo no meio social. Vocês poderiam citar um preconceito que faz parte do cotidiano da nossa

sociedade? Qual seu posicionamento em relação a ele?

  Hoje em dia vemos muito em nosso cotidiano o preconceito social, ocasionado pela desigualdade social

existente na grande maioria da nossa sociedade, acredita-se que a falta de conhecimento é o grande vilão para esse tipo de

preconceito, a divisão de classes sociais faz com que o crescimento delongue a acontecer.

RELATÓRIO COM AS CONSEPÇÕES DA EQUIPE

Sendo o homem um ser eminentemente social têm necessidade um do outro para continuar a espécie e

buscar seus objetivos e realizar sonhos.

Para que o homem prevalecesse sobre os outros seres vivos e sobre a própria espécie ele encontrou uma

forma de dominação e controle criando leis que beneficiam a uns em detrimento de outros. E assim a equipe expôs suas

angústias, opiniões e reflexões sobre as questões estudadas anteriormente pautando-se na justiça social, deduzida da

filosofia de Aristóteles.

Aristóteles se fundamenta na lei criada pela sociedade política e nas leis morais, instituídas pela sociedade

conceituando justiça social como destinação dos direitos sociais. Assinala que a justiça é considerada a mais elevada

forma de excelência moral.

É o elemento moral que impulsiona o ser espiritual a praticar ato de justiça e respeitar ao seu semelhante.

Portanto, a justiça, em sentido amplo, visa ao interesse comum da sociedade. E deve operar entre os homens, na

sociedade, como, também, por aquele que detém o poder de governar os membros da comunidade política, o Estado.

A norma constitucional do Brasil, de 1988, Art.6°, define: “São direitos sociais: a educação, a saúde, o

trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos

desamparados, na forma desta constituição”. Ser cidadão é ter acesso a estes direitos. E cidadania é poder participar da

vida em sociedade.

Desta forma o Estado deve ter um papel ativo em garantir que todos os cidadãos tenham a oportunidade de

aproveitar, na plenitude do seu potencial, de todos os bens e serviços postos à sua disposição, independentemente das

condições sociais em que se encontram. Aqui se incluem todos os brasileiros, sem distinção de cor ou raça, religião, etc.

Porém, as raízes de preconceito na sociedade brasileira e os novos arranjos políticos entre governos ainda

limitam o acesso de determinados grupos sociais a exemplo de negros e índios, sem tetos, entre outros.

Com isso, faz-se necessário desenvolver um Estado profissional e competente que regule as relações entre o

setor público, o setor empresarial e as organizações da sociedade civil, e trate as políticas sociais, sobretudo na educação

como investimento e capacitação dos cidadãos brasileiros. Não apenas estabelecendo quotas de participação para acesso

aos bens produzidos coletivamente.

PANORAMA HISTÓRICO DA FILOSOFIA

O Serviço Social ao longo da história vem evoluindo, junto com as modificações da sociedade e do homem e

as transformações do mundo. 

A Filosofia sempre andou contida nesta trajetória, ampliando os conhecimentos para que o Serviço Social

tivesse uma visão mais ampla de toda sociedade e suas transformações. 

Na filosofia como Referência Metafísica quase nada mudou: O Homem, a Educação e o conhecimento. Sua

essência define as características específicas, o que serve para identificá-las em outros seres e entender nossa evolução e

o que representamos dentro do Universo, também como Referência Científica. Hoje sabemos que o homem é capaz de

transformar o objeto e adequá-lo às suas necessidades além de acumular conhecimento através de suas experiências e

transmiti-lo às novas gerações com a educação formal ou apenas pela simples observação dos fenômenos naturais e físico-

sociais que nos rodeiam. 

É na Referência Dialética, que muda a cada geração, que novas filosofias de vida e de comportamento surgem

modificando a relação dos homens entre si e com a natureza, sabendo que um depende do outro. Preservar a natureza é

garantir a sobrevivência dos seres humanos. Aceitar e defender as diversidades de Etnia, Religião, Tendências Pol íticas,

Opções Sexuais, e outros, é a única maneira de preservar a harmonia entre os homens. 

Filosofar é promover uma reflexão profunda sobre a natureza e o ser humano, analisando o que fazemos,

sentimos, pensamos e manifestamos. Aprender a filosofar contribui para a compreensão do mundo e nos impulsiona a

desempenhar um papel mais consciente e ativo dentro dele. (COTRIM, 2010, p.20) 

Por estas razões, o Serviço Social deve trazer a filosofia na prática para o seu cotidiano, para que com isso,

possa refletir sobre a sociedade e os compromissos políticos e econômicos, em que postura deve estar pautada, e se

posicionar diante dos problemas a serem solucionados. Ele também deve assumir uma postura de sujeito questionador e

estar sempre com um pensamento crítico com relação às práticas existentes na sociedade.

O Assistente Social deve reavaliar as condições humanas e educacionais em que determinada situação está

posta na vida contemporânea, para que ele possa atuar como agente inserido em uma sociedade. Ele lida com as classes

mais desfavorecidas, cidadãos com pouca informação, e perspectiva de vida, sem esperança de solução para os seus

problemas. Por isso é de grande utilidade, a filosofia nesta profissão, pois utilizando conceitos da filosofia obtemos várias

maneiras de orientar usuários do Serviço Social, nos aprofundando na sua própria ideologia, no seu próprio ser ou não ser,

de achar saída para os seus problemas sem se subtrair, podendo trabalhar e analisar todas as características do indivíduo,

familiar, pessoal, e todo seu histórico de vida. 

A maior contribuição que a filosofia pôde dar ao Serviço Social foi (e ainda é) a utilização do método dialético,

do qual podem ser analisados os fenômenos sociais de forma não isolada, tendo em mente que um acontecimento é

sempre fruto de múltiplas determinações e sendo assim, o método dialético vai ser sempre uma eterna herança da filosofia

para o Serviço Social. 

Ao concluir, podemos afirmar que, a filosofia tem um papel importante e necessário não só no inicio do Serviço

Social e no decorrer da história, mas na nossa atualidade com as concepções que estão presentes até hoje nas práticas

desta profissão. Trazendo assim conhecimentos, enriquecimento e também agregando e alavancando o reconhecimento do

profissional junto a uma grande parcela da sociedade que se beneficia com as intervenções valorosas de igualdade para

todos. 

AS CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS PRESENTES ATUALMENTE NAS PRÁTICAS HUMANAS E

SOCIAIS

A Filosofia é o estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos

valores morais e estéticos, à mente e à linguagem, significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber.  

Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua ênfase em argumentos

racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não recorrer a procedimentos empíricos em

suas investigações.

A filosofia é intima à condição humana, não é um conhecimento, mas uma postura natural do homem em relação

ao universo e seu próprio ser. Ela foca questões da existência humana baseada na razão. Pode ser definida como a análise

racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.  

Muitas são as concepções da filosofia e algumas delas estão presentes nas práticas humanas e principalmente

nas práticas sociais, como: “política, cidadania, saúde, trabalho e educação”. 

Elas são percebidas como práticas sociais que fazem parte do modo de produção da existência humana,

necessitando ser abordadas historicamente como fenômenos constituintes – produtores, reprodutores ou transformadores

das relações sociais. 

Tratando uma em particular: “a educativa”, podemos, por meio de simples pesquisas, evidenciar a importância

da filosofia e algumas de suas concepções presentes nesta prática. Analisando o contexto atual da educação, ouvimos

diariamente que a educação está em crise e que esta crise não é novidade. 

Percorrendo a história educacional constatamos que os educadores já escreviam sobre essa tal crise e que

ela não se deve apenas ao fator econômico, mas também à qualidade educacional apresentada. É exatamente neste

momento que podemos abordar a importância da Filosofia na Educação e a aplicação de suas concepções.

Considerado o fundador da teoria da educação, Platão afirmava que o verdadeiro conhecimento se encontra

no mundo das ideias e que a Filosofia leva ao trabalho de pensar, raciocinar, despertar o senso crítico e por consequência

auxiliar na construção de uma sociedade voltada para a educação. A filosofia sempre esteve diretamente ligada a

Educação, como ordem de pensamento e visando tornar o ser humano mais comprometido em elucidar e participar da

realidade em que vive. 

E Sócrates, considerado o primeiro grande educador da história, defendia que o conhecimento está dentro de

cada homem, só necessita ser despertado. Visto nesta ótica, entendemos que o papel filosófico na educação consiste,

também, na reflexão sobre os problemas que a realidade educacional apresenta, assim como na realidade social, na

educação a filosofia tem o papel de despertar o senso crítico dos homens. 

A educação passa por modificações ao longo do tempo, e essas por sua vez, visam torná-la adequada a

realidade. Contudo, a Filosofia afirma que é a partir do convívio e da ação do homem com e sobre a realidade, que ele se

forma e se estrutura. 

Dessa forma, entende-se que o senso comum a respeito da educação é o de uma formação fragmentada,

incoerente, enfim, totalmente desprovida de certeza. O contrário acontece na consciência filosófica, uma vez que, é uma

concepção com total coerência, unidade e articulação. Fornecendo ainda a educação uma reflexão sobre a sociedade na

qual está situada. 

Logo, percebemos que não podemos falar em Educação sem falar em Filosofia, nas suas mais diversas

concepções. Assim, acredita-se que a Filosofia é uma das alternativas para se tentar pensar a educação como instrumento

de transformação social e despertar no ser humano a capacidade de reflexão. 

O CONTEXTO SOCIAL DA MÚSICA “COMIDA” (ARNALDO ANTUNES)

Dentro do contexto da época em que foi feita a música, podemos analisar que o autor sintetiza os anseios e

as necessidades de todos nós que somos brasileiros e “governados”, por políticos que procuram apenas lutar por seus

interesses próprios.

A música contextualiza a necessidade da sociedade que não precisa somente de alimentos, e sim de uma

vida com esperança, de ter as coisas por inteiro e não pela metade, de suprir as falhas do governo em relação à

necessidade de uma cultura, arte e educação. No trecho da música que fala de “Bebida e água; Comida è pasto”, estar

ligada a necessidade como um conceito biológico o corpo busca algo que é natural e essencial para sua sustentação.

 Apesar de terem o que comer e água para beber, as pessoas têm sede de justiça e fome de serem cidadãos

e lutar pelos seus anseios e por políticas públicas voltadas à moradia, segurança, saúde de qualidade, para que todos

desfrutam do mesmo ideal. O povo está em busca constante da felicidade, de lazer, de poder estudar, trabalhar para ter

um futuro melhor. Às vezes as pessoas se sentem obrigadas a pedir esmolas por não terem tido uma oportunidade de

estudar e de ter um emprego digno, nada de esmola, e sim de tudo que a constituição prevê para que possamos ser

Brasileiros Felizes.

Temos direitos e deveres a ser seguidos e respeitados, infelizmente o governo nem sempre faz a parte dele,

cabendo a nós lutar por eles para que assim possamos viver em um mundo menos egoísta e mais humano.

ANÁLISE DE GUERNICA (PABLO PICASSO)

Guernica, de Pablo Picasso, é um símbolo de luta contra as atrocidades cometidas durante guerras.O quadro

foi pintado para retratar o bombardeio realizado por Hitler, durante a guerra civil espanhola, em 1937. Ou seja, enquanto

civis saíam na rua para ir à feira ou fazer atividades cotidianas, eles foram surpreendidos com uma bomba. A obra é

chamativa e traduz toda a angústia de Picasso ao ver seu povo bombardeado por um ditador sanguinário.

O primeiro aspecto notável de Guernica é que ela é em preto e branco. Picasso a pintou sem cores porque

queria dar à pintura uma credibilidade jornalística. O pintor espanhol fez uso de imagens violentas para mostrar a barbárie

de um ataque nuclear a civis. A obra tem traços surrealistas, o que faz com que a pintura contemple duas vanguardas ao

mesmo tempo: surrealismo e cubismo (Picasso era cubista).

A sentença dele nos leva a crer que o pintor realizou o quadro num momento de extrema angústia e

desespero, deixando seus sentimentos simplesmente guiarem suas mãos. Foi por isso que ele respondeu ter pintado de

maneira instintiva e inconsciente.

http://galeriadefotos.universia.com.br/uploads/2012_01_20_16_08_131.jpg. Acesso em: 11/11/2013

A TRAJETÓRIA DA MULHER NO SÉCULO XX

Muitos séculos se passaram para que a mulher pudesse dentro da sociedade burguesa capitalista, encontrar

uma possibilidade de resgatar a sua condição de sujeito. O pós-guerra foi um dos fatores que a legitimou a ocupar espaço

apropriado e respeitoso, ou seja, com seu ingresso no mercado de trabalho em meados do século XX ela passou a gerar

renda e tomar frente a sua decisão. 

Neste mesmo século mais um ciclo se abriu a favor das mulheres, o direito ao voto foi um desses ciclos,

abrindo caminhos, criando novos conceitos e provando assim que as mulheres poderiam ser tão bem sucedidas quanto o

homem, ganhando cada vez mais espaço na política, sociedade e trabalho. 

Com compromisso de manter o equilíbrio sem perder sua feminilidade a mulher perante uma nova forma de

viver, pensar e agir, conseguiu ultrapassar as barreiras impostas pela sociedade antiga de que a mulher é sexo frágil,

portanto incapaz de exercer outras funções além de domésticas e reprodutora. Por fim há de se constatar que com todo

avanço que a mulher passou desde o século XX atualmente a ascensão da mulher, mãe, esposa, dona de casa, passou a

ser também trabalhadora, independente financeiramente, lutadora, demonstra uma identidade que se expande para todos

os lados no ambiente corporativo brasileiro e angaria um ritmo acelerado de evolução. 

O século XX trouxe grandes problemas socioeconômicos que foram decisivos para o uso da mão de obra

feminina. Com as grandes guerras mundiais, massacres e a utilização da mão de obra masculina no esforço da guerra, os

empregadores não tiveram escolha se não contratar as mulheres para ocupar os postos disponíveis. 

Com a conquista da independência financeira e sexual, através dos inovadores métodos contraceptivos

trazidos pela ciência desse século, a mulher figurava cada vez mais poderosa e independente no ambiente familiar e social.

Com essas conquistas, não demorou muito para que a mulher tomasse consciência do seu papel na sociedade e

começasse a exigir a maior participação no ambiente político. 

É evidente as transformações de imagem que a mulher vem vivenciando no decorrer dos séculos, a história da

mulher é marcada por sofrimento, lutas, vitórias, descobertas de um novo mundo ao seu redor, repleto de oportunidades que

precisavam de iniciativa, motivação e quebra de valores que estavam enraizado e construído por muito tempo. 

Para os homens a estimulação ocorre desde a infância, através de seus brinquedos e da educação recebida. A

sociedade estimula o homem a ser racional, a se controlarem e a sufocar seu lado emocional, o que já é em meio ao

preconceito. A mulher ao contrário do homem, recebe uma herança cultural que é transmitida de geração em geração desde

que os pais sabem o sexo do bebê, a vestindo de rosa, comprando para brincar panelinhas, bonecas, casinhas, comidinhas,

ou seja, levando a crer que na sua vida a responsabilidade será tomar conta do lar, dos filhos e do marido. 

No inicio do século XX, segundo Coelho (2006) nas décadas de 60 e 70 a mulher lutou por direitos iguais aos

dos homens. Assim o casamento e a família deixaram de ser prioridade em sua vida, ocorrendo mais separações. Mesmo

com essas mudanças Coelho diz que, tendo ocorrido mudanças, a questão da desigualdade de gênero ainda não foi extinta,

mais sim repensada. Uma forma de ver isso é o papel da mulher inserida no mercado de trabalho, onde a mesma além de

trabalhar fora acumula as obrigações domésticas. 

Nos últimos anos o movimento feminista tem sido responsável por diversas conquistas na vida da mulher, no

entanto, ainda há busca por melhores condições e respostas eficazes. Essa história de lutas e conquistas no decorrer de dois

séculos leva a humanidade a iniciar um novo milênio acreditando na força do trabalho. Mas assegurando o direito a cidadania,

reconhecendo seu papel enquanto agente transformador, livre de todas as teorias econômicas e políticas.

A mulher emancipada age entre os grupos da raça humana, entre as distinções de classe do direito dela e do

homem, independentemente de quem está à frente.

O PRECONCEITO, MUITAS VEZES, TEM COMO ALVO PESSOAS QUE PERTENCEM A MINORIAS

OU A GRUPOS EM INFERIORIDADE ECONÔMICA

 

O preconceito refere-se a um pré-julgamento feito precipitadamente e costuma indicar desconhecimento

pejorativo de alguém ou de um grupo social ao que lhe é diferente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Ele

nos leva a discriminação, isto é, a comportamentos impróprios e que acabam prejudicando diversas pessoas e se tornando

um ato explícito na sociedade. 

De um modo geral, o ponto de partida do preconceito é o estereótipo, sendo uma opinião pronta ou conjunto de

características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria. 

Hoje, temos vários exemplos de preconceitos em nossa sociedade ou, pessoas que pertencem a minorias como:

homossexuais; sendo inúmeros os exemplos de agressões físicas e verbais, passando por comentários maliciosos e

ofensivos. O preconceito à outra cor, denominado racismo existe principalmente em relação a negros. No Brasil, surgiu com a

escravidão e está presente até hoje. Numa menor escala, há também o racismo contra brancos, amarelos, vermelhos, pardos

e até mesmo contra as loiras. 

O preconceito social esta lidado a determinadas classes sociais que provém da divisão da sociedade entre a

classe dominante e a classe dominada. A discriminação consiste em acreditar que as classes mais pobres são inferiores às

classes que possuem capital. Sendo a renda o fator determinante de sua posição social, e, dessa forma, o preconceito de

classe. Esse preconceito é uma insensatez que prejudica toda a sociedade, ocasionando a exclusão social, o desemprego,

entre outros.

Pode-se observar que, em diversos casos, tal fato não se caracteriza pela ausência de bens governamentais, e

sim pela absoluta falta de respeito e amor ao próximo que fecham as portas para os que sofrem carências materiais ou são

menos favorecidos. 

Na realidade, existem diversos grupos que sofrem os mais variados tipos de preconceitos. Se olharmos com

atenção, veremos que hoje existe alguma abertura para o debate e ao diálogo em relação a vários grupos com diferentes

reivindicações, porém a partir deste debate, não vemos uma mudança significativa que ao menos diminua o preconceito

impregnado no subconsciente de uma boa parte da sociedade. É visível que valores tão nobres como o respeito e o amor ao

próximo, cederam lugar à ganância e ao individualismo. 

Admitir-se a esse fato é apenas o começo de um longo caminho que precisaremos trilhar para alcançar o dia

tão esperado e sonhado por todos, onde o ser humano será o conteúdo de seu caráter. O primeiro passo para essa evolução

está em repensarmos nossas atitudes de convivência e relacionamento interpessoal, sendo tolerantes, aceitando as

diferenças, mudando nossos conceitos, educando e preparando nossos filhos para uma futura geração.

Uma outra contribuição de grande relevância está em nossos governantes, na qual, implantando políticas

públicas eficazes e uma educação mais planejada com um bom ensino, seria possível a inclusão e formação social das

novas gerações.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA - CCJ DA CÂMARA APROVA EXIGÊNCIA DE FICHA LIMPA PARA

SERVIDOR PÚBLICO

A CCJ da Câmara aprovou nesta quarta-feira (13/11/2013) proposta de emenda à Constituição que estende as

regras da Lei da Ficha Limpa para o serviço público.

A proposta impede que brasileiros e estrangeiros em situação de inelegibilidade sejam nomeados para cargo

público efetivo (preenchido por concurso) ou exerçam cargo em comissão e função de confiança (ocupados por indicação).

ESTUDANTE DO RIO GRANDE DO SUL OBTÉM NA JUSTIÇA DIREITO DE SE FORMAR SEM FAZER ENADE

Uma estudante do Rio Grande do Sul ganhou na Justiça o direito de se formar em publicidade e propaganda

pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) mesmo sem ter realizado o Exame Nacional de Desempenho dos

Estudantes (ENADE). A decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) foi divulgada na terça-feira (12/11/2013).

Segundo a assessoria de comunicação do órgão, cabe recurso da decisão.

De acordo com a desembargadora que acompanha o caso, Vivian Josete Pantaleão Caminha, a ausência da

prova não pode ser  problema para a colação de grau. A estudante ajuizou ação na Justiça Federal de Novo Hamburgo, na

Região Metropolitana, após a universidade proibir sua formatura. Segundo a instituição de ensino, a lei estabelece que

nenhum estudante pode colar grau se não tiver realizado a prova. Após sentença de procedência no mandado de segurança,

o processo foi encaminhado ao tribunal para nova análise e teve a sentença confirmada.

PRÉVIA DO PIB TEM QUEDA DE 0,11% NO TERCEIRO TRIMESTRE, INDICA BC

O nível de atividade da economia brasileira teve retração no terceiro trimestre deste ano, na comparação com

os três meses anteriores, indicou nesta quinta-feira (14) o Banco Central.

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O índice do BC incorpora estimativas para a

agropecuária, indústria e setor de serviços, além dos impostos

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no terceiro trimestre, que busca ser uma espécie

de "prévia" do PIB, registrou um recuo de 0,116%, ainda de acordo com a autoridade monetária.

SEM-TETO FAZEM PROTESTO CONTRA CDHU NO CENTRO DE SP

Manifestantes se reuniam no Pátio do Colégio, no Centro de São Paulo, por volta das 12h desta quinta-feira

(7), em protesto por moradia. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 100 sem-teto participavam do ato. Após a

concentração, o grupo deve seguir em passeata até a sede da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano

(CDHU), na Rua Boa Vista.

A manifestação acontece em protesto ao valor que a CDHU pede para ceder um terreno, na região de São

Lucas, Zona Leste da capital paulista, à Caixa Econômica Federal. No local, a Caixa prevê a construção de um conjunto

habitacional que abrigaria mais de 120 apartamentos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, segundo representantes dos

sem-teto.

ACESSUAS TRABALHO DIVULGA VAGAS PARA MAIS TRÊS CURSOS DO PRONATEC

A onda de cursos gratuitos do Programa Pronatec/Brasil Sem Miséria não para em Governador Valadares.

Mais três cursos estão com inscrições abertas e a coordenação do Acessuas Trabalho, vinculada à Secretaria Municipal de

Assistência Social (SMAS), divulga as vagas. Os novos cursos que abriram pré-matrícula hoje são: Auxiliar de Pessoal;

Ajudante de Coleta e Entrega no Transporte de Pequenas Cargas; e Maquiagem.

O Acessuas Trabalho tem como público pessoas com idade entre 16 e 59 anos, com prioridade para aquelas

inscritas no Cadastro Único para Acesso aos Programas Sociais do Governo Federal (CADÚNICO), com renda familiar de

até três salários mínimos.

CONSECPÇÕES SOBRE ÉTICA, CIDADANIA E DEMOCRACIA

Iniciando pela premissa de que vivemos hoje num país em processo de democratização, e que o amanhã será

mais justo e digno, se as pessoas forem estimuladas e ensinadas a viverem melhor só. Logo, o compromisso filosófico e

social de todos está diretamente relacionado à Ética, Cidadania e Democracia. A equipe fez uma reflexão sobre o poema

“tecendo o amanhã” de João Cabral de Melo Neto.

A poesia de João Cabral pode ser um recurso muito importante na construção da intelectualidade de um

indivíduo ou de uma comunidade, pois, ao trabalhar os sentidos da imagem do galo no poema Tecendo o amanhã, o homem

poderá olhar para si, poderá olhar para o mundo e se posicionar diante dele de forma autônoma.

Para isso, seria necessário que o canto deste galo se unisse ao de outros, até que o conjunto sônico de todos

os galos finalmente tecesse a manhã. Essa é uma forma poética – e, por isso mesmo, não menos importante que qual¬quer

outra – de narrar à força do coletivo, a importância de os indivíduos ou grupos de indivíduos se articularem no sentido de

potencializar suas ações. (ECCIO SALLES, 2009).

“Tecendo o amanhã” vislumbra um futuro de possibilidades a partir da integração entre galos, metáfora para o

sentimento de interdependência e completude tão almejado pelo homem Moderno. O amanhã vem ao nosso encontro

diariamente através do cantar de galos da intuição.

O grito de galo é a metáfora para os sistemas emergentes. A cooperação faz parte de um sistema emergente

na medida em que integra os seres vivos ao seu ambiente e faz o ser humano rever seus valores, sustentados sobre

conceitos racionalistas, que persistem desde o iluminismo do século XVIII.

Através do contato com o sentimento expresso por outros humanos nos tornamos múltiplos, capazes de

desconstruir a nós mesmos e criar um ser outro, não alheio a si mesmo, ao contrário, complementar e integrado.

A cooperação e a complementaridade são elementos constitutivos das relações. Não poderemos projetar ou

apontar problemas em nosso mundo se não começarmos pelo reconhecimento dos problemas individuais e concretizarmos

mudanças particulares em cada um de nós.

De antemão, poderemos compreender que se não houver mudanças efetivas em nossa maneira de pensar,

sentir e agir, nossas relações com o planeta e com o outro, estaremos fadados ao fracasso humano.

Ao nos projetar nos galos de Melo Neto refletimos sobre o caráter colaborativo presente nas relações, reais

ou virtuais, e estabelecemos uma rede do saber sensível, lançado a tantos outros homens, aos quais é dada a

possibilidade de estabelecer a rede ou teia de vínculos e de responsabilidades sobre as diferenças.

Uma nova abordagem sistêmica pode emergir das relações humanas. A visão antropocêntrica é uma nova

abordagem sistêmica pode emergir das relações humanas. A visão antropocêntrica é passível de se converter na visão

ecológica, o ser humano que faz parte da natureza e não se coloca acima de nenhum indivíduo ou ser que faz parte da

vida na Terra (CAPRA, 1996, p. 28).

Com a partir da leitura do poema de João Cabral procuramos relaciona-lo com as exigências das relações

entre cidadania, democracia e ética, as quais implicam prática em situações concretas e organizadas, baseadas no

reconhecimento e respeito mútuos, ou seja, na convivência social sem opressão, exploração ou alienação.

Para ser cidadão, no sentido literal da palavra, devemos ter ética e viver em uma democracia. E para ser

cidadão ético e democrata, devemos saber viver em harmonia com os demais.

A Democracia se torna um regime político eficaz, baseado na ideia de cidadania política organizada em

partidos políticos, manifestada no processo eleitoral, na rotatividade de governantes e nas soluções técnicas (não políticas)

para problemas sociais. Assim, de acordo com o filósofo alemão Karl Marx, a democracia é uma ideologia política, pelo

direito de cidadania.

Igualdade significa igualar os desiguais, seja por redistribuição de renda, seja por garantir a participação

política. Mais a frente, Karl Marx defendeu que só haveria igualdade se extinguissem escravos, servos e assalariados

explorados. A mera declaração de igualdade não quer dizer que automaticamente todos são iguais, mas que deve se

instituir um instrumento eficaz para aplicá-la;

Liberdade significa o direito de qualquer cidadão expor em público interesses e opiniões, debatê-los e acatar

a decisão pública da maioria (sendo aprovado ou rejeitado). Os movimentos sociais ampliaram a liberdade ao direito de

lutar contra todas as tiranias, censuras e torturas, contra toda exploração e dominação, seja social, religiosa, econômica,

cultural ou política. Assim como a igualdade, o direito à liberdade é o dever de se instituir ferramentas para aplicá-la;

Portanto, Democracia, Ética e Cidadania têm como objetivos respeito a relação homem, sociedade e

natureza, a partir do contexto de modernidade e dos riscos atuais para o homem e a natureza. Cada homem deve ser livre

e responsável por suas atitudes, pois suas ações têm efeitos sobre a sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No decorrer deste trabalho vimos que a filosofia originou com a curiosidade e inquietação humana devido aos

grandes questionamentos na vida e na busca em compreender os valores e as interpretações sobre sua própria realidade.

E com isso ela é de grande relevância pra o Serviço Social no processo de formação e no decorrer de sua prática

profissional. 

Observamos que o Serviço Social está permeado pela presença direta da filosofia, onde se busca alternativas

para ajudar o profissional em sua rotina repetitiva de atuação e o desenvolvimento de uma investigação no sentido de dar

suporte ao profissional junto a sociedade, quanto aos problemas existentes no seu cotidiano oferecendo a oportunidade de

pensar em si mesmos e ao seu fazer profissional. Cabe ao profissional analisar e refletir de forma aberta e transparente na

sua perspectiva. 

Portanto o Assistente Social deve trazer a prática de filosofar em seu cotidiano e com isso, refletir sobre a

sociedade, compromissos políticos e econômicos e assumir diante dos problemas a serem solucionados, uma postura de

sujeito questionador estando sempre com um pensamento crítico com relação às práticas postas pela sociedade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

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