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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO

PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2012

Título: DA CURIOSIDADE À EXPERIMENTAÇÃO – UM CAMINHO INTERESSANTE E DIVERTIDO

Autor ANTONIO MOTA NUNES

Disciplina/Área CIÊNCIAS

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

ESCOLA ESTADUAL GUIMARÃES ROSA-ENSINO FUNDAMENTAL

Município da escola ASSIS CHATEAUBRIAND

Núcleo Regional de Educação

ASSIS CHATEAUBRIAND

Orientadora DULCE MARIA STRIEDER

Instituição de Ensino Superior

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE

Resumo

Através do estudo das propriedades e transformações da matéria principalmente por meio de atividades práticas, é proposta a abordagem de conteúdos específicos que estudam de que os materiais são constituídos e como as substâncias se comportam. As substâncias aparecem puras ou sob a forma de misturas na natureza e nos produtos que usamos em nosso dia a dia. Levando em conta as propriedades da matéria podemos fazer melhor uso do que existe ao nosso dispor bem como identificar tipos diferentes de substâncias. As atividades práticas são essenciais para que o aluno compreenda as noções de inércia, massa, volume, densidade, impenetrabilidade e extensão e tornar mais atrativas as aulas. Somente pelo uso da palavra fica difícil a apropriação desses conceitos, e podem ser feitos experimentos simples envolvendo situações investigativas, demonstrativas, aproveitando também conhecimentos trazidos pela vivência do aluno. Dinâmicas diferenciadas em sala de aula é um elemento a disposição do desenvolvimento de aulas

práticas com diversão, visando o aprendizado e com fácil entendimento. Esta unidade didática busca, desta forma, melhorar a compreensão e aquisição de informações pelos alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, dos conteúdos propostos que são ministrados neste ano letivo, visando um melhor desenvolvimento educacional.

Palavras-chave Experimentação. Ensino de Ciências. Ensino Fundamental

Formato do Material Didático UNIDADE DIDÁTICA

Público Alvo 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO O conteúdo estruturante que leva ao estudo da Física e da Química no Ensino

Fundamental, possibilita abordar os conteúdos específicos pelos quais se pode verificar

a constituição da matéria e como as substâncias se comportam. Através do estudo das

propriedades e transformações da matéria, o aluno pode compreender a natureza da

matéria e, também as maneiras pelas quais o homem promove sua transformação, para

uso em seu benefício e, refletir sobre o reflexo disso, no ambiente e para os seres

vivos.

Apesar do evidente e maciço estudo teórico da matéria, pode-se usar de forma

gradual e consistente, estratégias, como as aulas práticas e experimentações, de forma

articulada com a teoria buscando entender não somente o que é perceptível de

imediato, más também procurando analisar a constituição dos diferentes materiais, indo

além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos (PARANÁ,

2008).

É importante que o aluno perceba que o uso de materiais está relacionado com

suas propriedades, e resultam da interação dos materiais com diversos agentes, tais

como força, luz, calor, eletricidade, etc (TRIVELATO et al, 2006).

Levando em conta as propriedades de algumas substâncias podemos separá-las

em substâncias puras, bem como identificar tipos diferentes de substâncias que formam

a matéria. Manuseando os diversos materiais que utiliza no seu dia a dia, o aluno pode

observar e identificar propriedades da matéria, que podem ser divididas em:

• Específicas: Próprias de cada tipo de matéria;

• Organolépticas: percebidas através dos sentidos;

• Gerais: Presentes em todas as matérias.

As atividades práticas são imprescindíveis para que o aluno compreenda as

noções de inércia, massa, volume, densidade, impenetrabilidade e extensão. Torna-se

muito difícil a apropriação desses conceitos somente pelo uso da palavra, e podem ser

feitos experimentos simples envolvendo situações investigativas e aproveitando

conhecimentos trazidos pela vivência do aluno.

Esta unidade didática apresenta opções de trabalho com as propriedades da

matéria de forma a valorizar a ação de atividades práticas no ensino de Ciências.

Utilizando experiências, questionamentos e reflexões, unidas à teoria, busca-se

oportunizar aos alunos que participam do estudo tirar conclusões, possibilitando que ele

cresça em conhecimento.

O evidenciar da teoria sem o intercâmbio com a prática, deixa um tanto vazio o

ensino de Ciências, principalmente no que se refere aos fenômenos físicos e químicos.

Em virtude dessa situação faz-se necessária a ênfase por aulas que associam teoria e

prática.

Os experimentos e junção da teoria com a prática não garantem o aprendizado,

mas ampliam de forma grandiosa as possibilidades de enriquecimento do saber

daqueles que participam das salas de aula, onde a forma de ensino citada é aplicada.

Materiais pertencentes à unidade escolar, conseguidos pelo professor e por

colaboração dos alunos, serão utilizados para a realização de atividades que visam

dinamizar o ensino de Ciências no tema propriedades da matéria.

O presente material está dividido em sete temas (nove atividades), de acordo

com as propriedades da matéria existentes que serão abordadas. Temos propriedades

gerais, organolépticas e específicas e algumas delas serão abordadas e trabalhadas

nesta unidade. Assim, objetiva-se com o desenvolvimento desta unidade promover o

aprendizado científico e gerar mudanças atitudinais dos alunos.

TEXTO INTRODUTÓRIO

DA CURIOSIDADE À EXPERIMENTAÇÃO – UM CAMINHO INTERESSANTE E DIVERTIDO

O ditado popular diz que “A curiosidade mata”. Será que a curiosidade, até hoje,

já não salvou mais vidas do que perdeu? A curiosidade do homem primitivo fez com

que ele realizasse atividades significativas e de grande contribuição para a

humanidade, tais como:

• Lascasse e utilizasse a pedra;

• Descobrisse o fogo e algumas de suas utilidades;

• Utilizasse da cunha e da alavanca para a realização de grandes

tarefas.

Graças à curiosidade do homem hoje podemos: fazer uso de uma grande

variedade de medicamentos e vacinas que nos ajudam a cuidar da saúde; utilizar e ter

conhecimento das propriedades de uma grande quantidade de alimentos; dispor de

água encanada, energia, veículos, eletrodomésticos, móveis, utensílios, roupas,

calçados, perfumes, materiais eletrônicos dos mais simples aos altamente sofisticados,

e muitos outros benefícios.

Entretanto que não basta somente o homem ser munido de curiosidade, aliadas

a ela é necessário que mantenha persistência e paciência para chegar com eficiência

nos resultados desejados.

Com a união dos fatores curiosidade, persistência e paciência o homem vem se

superando a todo o momento: inventou o avião, mesmo depois de 14 tentativas;

inventou o telefone e, como não bastasse falar, atualmente também já se vê imagem

dos locutores em tempo real em alguns meios de comunicação; pisou na lua; descobriu

o raio laser e agora com um recente lançamento espacial quer certificar-se de que no

planeta Marte há vida.

Você é uma pessoa curiosa? O que aguça a sua curiosidade?

Então, imagine... Seja curioso e tente descobrir onde vamos chegar com a atividade

seguinte.

TEMA 1

Atividade 1: Preparando os passos para introdução da propriedade geral da

matéria: inércia.

Conteúdo: Repouso; movimentos; inércia.

Objetivos: Identificar situações de repouso e de movimento de diferentes materiais.

Metodologia: A atividade será desenvolvida através da participação da turma na sala de

aula usando materiais escolares, com questionamentos sobre movimento e repouso,

forças que agem e discutindo os acontecimentos. Inicialmente será realizada uma

atividade prática e posteriormente será lido e discutido um texto.

Preparando os passos para introdução da propriedade geral da matéria: inércia

Entendendo a propriedade na prática

Para a realização dessa atividade solicite que:

• As carteiras e os alunos sejam dispostos em círculo;

• Cada aluno coloque um objeto do seu material escolar sobre a

carteira- (livro, caderno, lápis, apontador, régua, ou outro);

Promover o seguinte questionamento:

• Como se encontra o seu objeto em questão agora? (Muitas

respostas irão surgir e deverão ser conduzidas para a conclusão de que o

referido objeto se encontra “parado” – em repouso).

Sugerir que cada aluno coloque o seu objeto em movimento e questionar o

seguinte:

• Foi fácil colocar o objeto em movimento?

• O que foi necessário ser feito para que esse movimento acontecesse?

• Esse objeto entraria em movimento sem que essa ação que você

realizou ou outra semelhante fosse praticada?

Providenciar uma bola e colocá-la no centro da sala para mostrar que assim como

há uma ação para colocar um corpo em movimento, podemos usar de outra ação

semelhante para que o mesmo corpo fique inerte. Solicitar que dois alunos se

dispõem para essa atividade, onde: um exerça uma força que coloque a bola em

movimento e o outro exerça outra força para colocá-la em repouso.

Observar o movimento do ventilador da sala e questionar a força que o coloca em

movimento.

A partir da discussão inicial gerada pela prática acima, será realizada uma aula

expositivo dialogada sobre as propriedades da matéria, com referência nos textos:

LEITE, E. C. do. Ciências Naturais - Matéria. São Paulo: Moderna, 2009, p.145-150.

VILAR, C. Propriedades gerais e específicas da matéria.1

Atividade 2 - Inércia

Conteúdo: inércia; Leis do movimento; 1ª Lei de Newton.

Objetivos: Verificar que a matéria necessita de uma força para alterar o seu estado de

repouso; identificar a inércia como propriedade geral da matéria, ocorrendo com todo

tipo de material.

Metodologia: Com o uso de moedas ou damas, régua promover uma conversação

inicial para ver o que se pode fazer com os materiais apresentados que serão levados

pelo professor. Demonstrar a ação e permitir que todos realizem a atividade e

1 Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/propriedades-gerais-e-especificas-da-materia>. Acesso em: 23/11/2012.

posteriormente fazer o questionamento buscando chegar a uma conclusão. Por fim,

apresentar em aula expositiva dialogada os elementos teóricos centrais.

MATERIAL

• peças de jogar damas (ou moedas)

• régua

PROCEDIMENTO

Sobre uma mesa, faça uma bela pilha com peças de jogar damas ou moedas. Com o

bordo largo de uma régua (largura não superior à espessura da 'pedra'), dê um golpe

seco na peça inferior. Esta será expulsa da pilha sem que as demais sequer oscilem.

A peça que é atingida pela régua é a única a entrar em movimento, pois o baixo

atrito com as demais faz com que pouca força atue sobre as outras peças da pilha.

Experimente também com moedas.

Questionamentos: O que acontece? Por que as outras peças não são afetadas? Só

acontece com esse material?

Todo corpo, atendendo à primeira lei de Newton ou Princípio da Inércia, se está

em repouso continua em repouso e, se está em movimento, continua com a mesma

velocidade. Qualquer tentativa de retirar do estado atual (repouso ou movimento)

encontrará oposição.

Segundo o dicionário online de português2 para a Física inércia é a propriedade

que têm os corpos de persistir no estado de repouso (ou de movimento) enquanto não

intervém uma força que altere esse estado.

Figura 1 - Fonte: wikipédia3

2 Disponível em: <http://www.explicatorium.com/CFQ9-Newton-lei-1.phHYPERLINK "http://www.explicatorium.com/CFQ9-Newton-lei-1.php"p)>. Acesso em: 28/11/2012.

3 Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton>. Acesso em: 28/11/2012.

Até o início do século XVII, pensava-se que para manter um corpo em

movimento era necessário que atuasse uma força sobre ele. Essa ideia foi revista por

Galileu, que afirmou: "Na ausência de uma força, um objeto continua a mover-se com

movimento retilíneo e com velocidade constante".

Galileu chamou de Inércia a tendência que os corpos apresentam para resistirem

à mudança do movimento em que se encontram. Alguns anos mais tarde, Newton com

base nas ideias de Galileu, estabelece a primeira lei do movimento, também conhecida

como Lei da Inércia: "Quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo for

nula, esse corpo permanecerá em repouso ou em movimento retilíneo uniforme".

Por outras palavras, isto quer dizer que, se qualquer corpo está em repouso, terá

tendência a continuar em repouso, até que alguma força atue sobre esse corpo. Por

outro lado, se estiver em movimento, terá também tendência a continuar o seu

movimento, até que uma força atue sobre si.

Quanto maior for a massa de um corpo, maior será a sua tendência para manter

a sua velocidade. A esta propriedade chamamos inércia.

O princípio da inércia explica porque é que as pessoas se ferem em acidentes

automobilísticos. Enquanto os carros diminuem a sua velocidade de forma brusca,

devido à colisão, a tendência das pessoas é manterem-se em movimento. Daí resulta

que os corpos são projetados contra o para brisas ou outras partes do carro.

O uso do cinto de segurança tenta minimizar este efeito, fixando as pessoas ao

veículo.

Figura 2 – A eficiência do cinto de segurança.4

4 Disponível em: Fonte: <http://www.explicatorium.com/CFQ9-Newton-lei-1.php>. Acesso em

28/11/2012.

Este princípio explica também porque é que somos projetados para trás, quando

o automóvel arranca rapidamente.

Atividade 3 – Comprovando a inércia com a ação de ovos.

Conteúdo: Inércia; orientação e movimentos no espaço; composição de movimentos,

campo gravitacional e aceleração da gravidade.

Objetivos: Ilustrar o princípio da inércia, onde um corpo se mantém em repouso ou

movimento, sem a ação de uma força sobre ele.

Metodologia: Atividade prática a ser realizada em sala pelos alunos, formando equipes

de cinco elementos, com material trazido por eles (copos e ovos) e pratos pelo

professor, além da água da escola. Após a realização da atividade, ocorrerá uma

discussão geral e registro escrito das conclusões.

A proposta é a prática dos ovos cozidos caindo em um copo.

Material:

• Dois copos;

• Um prato de metal;

• Tubos do rolo de papel higiênico;

• Água.

Por meio dessa experiência demonstrativa bem simples buscamos ilustrar o

princípio da inércia. Podemos entender como Inércia, a tendência que os corpos

têm em manter seu estado de repouso ou de movimento. Por exemplo, quando

estamos num ônibus em movimento e ele freia bruscamente, a tendência é de

continuarmos o movimento indo pra frente. Já quando um ônibus parte do repouso

e começa a andar, os passageiros tendem a se deslocar para trás.

No caso da situação experimental, os ovos estão sobre uma base

horizontal em repouso, sobre tampas de garrafas PET que lhes servem de apoio

vertical. Os ovos tendem a permanecer em REPOUSO na HORIZONTAL, mas na

VERTICAL estão sujeitos a aceleração GRAVITACIONAL. Ao bater violentamente

na base que contém os ovos em INÉRCIA, esta se desloca horizontalmente e os

ovos caem verticalmente dentro dos copos. A força de atrito entre as tampas que

servem de suportes e a base de madeira provoca, nas tampas, uma aceleração

muito inferior à da base não ocorrendo com os ovos a movimentação horizontal,

porém a ação gravitacional promove o deslocamento.

TEMA 2

Atividade 4 - Medindo a massa.

Conteúdo: Propriedade geral da matéria – massa; peso.

Objetivo: Identificar a presença de massa como uma propriedade geral da matéria;

reconhecer as unidades de medidas de massa desassociando-a de peso.

Metodologia: Com uma balança levada para a sala de aula, estimular os alunos a

identificar a massa dos corpos dos objetos levados por todos, observando as unidades

de medida e comparando massas de corpos de tamanhos semelhantes.

Entendendo a propriedade na prática

Materiais:

• Borracha;

• Balança;

• Lápis;

• Caneta;

• Pedra;

• Bola de gude;

Fazendo uso de uma balança, medir a massa de corpos, já citados ou outros,

deixando bem claro a unidade de medida, usada para esse fim e, comparar a massa

dos corpos.

Questionamentos:

• Quais as unidades de medida usadas?

• Materiais de tamanhos semelhantes apresentam a mesma massa?

• Quais produtos têm rotineiramente as suas massas medidas?

• Qual a necessidade de medir massa de produtos?

• Os termos massa e peso são sinônimos?

TEMA 3

Atividade 5 - Encontrando o IMC

Conteúdo: Propriedade geral da matéria - massa.

Objetivo: Verificar a diferença de massa entre corpos de mesma matéria e volumes

aproximados; confrontar diferentes interpretações de senso comum e científicas sobre

práticas sociais, como formas de produção, e hábitos pessoais, como a alimentação;

conscientizar sobre a importância de uma alimentação saudável; conscientizar sobre

situações de “Bullying” relacionado à obesidade.

Metodologia: Atividade prática de medida da massa dos corpos dos alunos da sala.

Discussão da questão massa do corpo x obesidade e sua relação com aspectos da

alimentação;. Cálculo do IMC dos alunos e comparação com a tabela padrão.

PROCEDIMENTO:

Fazendo uso de uma balança medir a massa de corpos dos alunos da turma,

comparar as suas massas e, chamar à atenção para a questão da obesidade. Para

isso é necessário a utilização de uma fita métrica ou outro elemento compatível

para medir a altura dos alunos envolvidos e encontrar o IMC dos mesmos.

O índice de massa corporal (IMC) tem um padrão e, diverge um pouco de acordo

com a faixa etária da pessoa. Pode variar e não ser motivo de preocupação em

razão da estrutura óssea, muscular ou prática de exercícios. Com base nas

medidas obtidas (altura e massa corporal) calcular o IMC e, promover uma

discussão em razão do resultado obtido.

Discutir os perigos da obesidade e sobrepeso indicando que estes são fatores de

risco para doenças tais como a hipertensão arterial, a doença arterial coronariana e

o diabetes melittus, além de outras patologias consideradas de alto risco para a

Saúde Pública.

TEMA 4

Atividade 6- Verificando a densidade na prática.

Conteúdo: Propriedade da matéria – densidade.

Objetivos: Verificar a densidade do ovo, da água doce e da água salgada e compara-

las.

Metodologia: Atividade em sala de aula, experiência simples e com materiais de fácil

acesso, e discussão dos resultados.

Materiais necessários:

• Um ovo cru;

• Um copo ou béquer (pode ser qualquer recipiente transparente);

• Água;

• Sal de cozinha (cloreto de sódio – NaCl);

• Vareta de vidro ou colher para misturar.

Procedimento:

Submergir um ovo em um copo de água doce e observar o resultado.

Posteriormente colocar algumas colheres de sal na água e submergir novamente o

ovo.

Discussão: o quê aconteceu com o ovo nos dois momentos? Por quê?

Quem tem maior densidade o ovo, água doce ou água salgada?

Utilizando a TV Pen-drive, a discussão será ampliada com imagens de materiais

de diferentes densidades, por exemplo, de pessoas flutuando na água do Mar Morto.

Por fim, uma aula expositiva dialogada será efetivada para explicitação dos

conceitos principais presentes nas ações e discussões anteriores. Neste momento, será

abordado o conceito de densidade de forma precisa como sendo a razão entre massa e

volume de um corpo. Para calcular a densidade de um corpo, mede-se a sua massa, o

seu volume e encontra o quociente entre os dois.

A densidade absoluta de um corpo é igual à divisão da massa pelo volume (D:

m/v ). Se a massa é medida em gramas e o volume em centímetros cúbicos, a

densidade é obtida em gramas por centímetro cúbico (g/cm3). Por outro lado, se a

massa utilizada estiver em quilogramas e o volume em metros cúbicos, a densidade

será obtida em quilogramas por metro cúbico (kg/m3).

Ao término da aula, alguns exercícios serão propostos para resolução em grupos

de alunos, como exemplo: 1) Qual a densidade de um corpo que tenha massa de 200 g

e está ocupando um volume de 2000 cm3? TEMA 5

Atividade 7 – Convivendo com solubilidade e densidade.

Conteúdo: Propriedades da matéria - solubilidade e densidade (específicas).

Objetivos: Reconhecer quando uma substância é solúvel e comparar o posicionamento

dos líquidos e a flutuação de corpos de acordo com a densidade.

Metodologia: Desenvolvimento da atividade por meio de experimentos realizados em

sala de aula, com material requisitado e trazido por professor e alunos.

Questionamentos realizados, discussões a respeito do resultado e o embasamento na

teoria.

MATERIAL:

- Um vidro de maionese vazio e com tampa;

- Um pouco de óleo de cozinha;

- Álcool;

- Mel (ou xarope de milho);

- Corantes alimentícios;

- Bolinhas de gude;

- Clipes de metal;

- Pedacinhos de cera de vela;

- Pedacinhos de cortiça (rolha).

PROCEDIMENTO:

1. Despeje uns dois dedos de mel (ou xarope de milho) no fundo do vidro.

2. Coloque um pouco de água com corante (para diferenciar do álcool) .

3. Incline o vidro e despeje cuidadosamente a água sobre o mel.

4. Coloque agora o óleo.

5. Pingue corante no álcool separadamente e despeje-o.

6. Observe a disposição das camadas de fluidos.

Questionamentos:

Por que elas não se misturaram?

A explicação envolve duas propriedades das substâncias, a densidade e a solubilidade.

Tais conceitos serão então abordados com os alunos a partir do texto embasado em:

http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=939&sid=3

A experiência terá continuidade, agora com os pedacinhos de materiais sólidos.

1-Coloque no vidro com a mistura de líquidos algumas bolinhas de gude;

2- Acrescente pedacinhos de cera de vela;

3-Coloque pedacinhos de cortiça;

4-coloque alguns clips de metal.

• Por que as camadas se formaram?

• Por que a rolha boia enquanto as bolas de gude e os clips afundam?

• E a cera? Por que fica entre as camadas de óleo e álcool?

Abordar os motivos da disposição dos materiais citando que os objetos mais

densos são os que afundaram nos líquidos e menos densos os que flutuaram. É a

partir dessa propriedade que se explica, nesse experimento, por que a rolha boia,

enquanto a bola de gude e os clips afundam. A rolha é menos densa do que todos os

líquidos, enquanto que a bola e os clips são mais densos. Já a cera de vela flutua

porque é menos densa do que o óleo e mais densa do que o álcool, por isso ela fica

entre eles.

Essa propriedade independe da quantidade. Isto é, mesmo que a

quantidade de mel fosse bem pequena, apenas algumas gotas, ele ficaria no fundo de

qualquer maneira.

A outra propriedade envolvida nesse experimento é a solubilidade, ou seja, a

capacidade que uma substância tem de se dissolver em um líquido. O óleo e a água

não se misturam. Isso porque as interações entre as moléculas - unidades que

constituem as substâncias - que formam cada um dos dois líquidos são mais fortes do

que a interação que haveria na mistura. Por isso, a mistura não ocorre. Além disso, a

água é mais densa do que o óleo, que logo toma seu lugar acima dela.

Líquidos que não se misturam entre si, como água e óleo, são chamados

imiscíveis. Dos líquidos usados nesse experimento, apenas o óleo vegetal é imiscível

com a água. Como pusemos o mel primeiro e ele é o mais denso de todos, ele fica no

fundo, e assim a ordem em que adicionamos os líquidos é importante para o resultado

que vimos. Eventualmente, o mel irá se dissolver na água, porém o processo é muito

lento. Já o álcool não se mistura com a água no pote, pois a camada de óleo separa os

dois líquidos.

Neste momento, será solicitado que os alunos formem grupos e alterem a

sequência de despejo dos materiais no frasco transparente, para que novamente

observem o resultado obtido.

A partir das discussões anteriores, os alunos deverão produzir então um registro

escrito e representação em desenho da ação desenvolvida inicialmente e da ação

desenvolvida pelo seu grupo ao final da atividade. Além de descrever como as ações

foram desenvolvidas, os alunos deverão registrar os motivos que levaram ao resultado

obtido.

TEMA 6

Atividade 8- Verificando a extensão dos corpos.

Conteúdo: Propriedade geral da matéria-extensão

Objetivos: Reconhecer a extensão como uma propriedade geral da matéria;

compreender que o espaço ocupado por um corpo é a sua extensão.

Metodologia: Dinâmica em sala de aula com plena participação dos alunos e

oportunizando uma conversa e buscando conclusões embasadas nas teorias sobre as

propriedades da matéria.

Entendendo a propriedade na prática

Propor a dinâmica da dança das cadeiras. Cada rodada começa com quatro cadeiras

e cinco alunos, a partir daí vai saindo um aluno e retirando uma cadeira, conforme a

música, até sobrar o vencedor.

A brincadeira poderá ser feita com a turma toda.

Questionamentos:

É possível sentar dois alunos ao mesmo tempo no mesmo lugar? Você já ouviu algo

a respeito?

Forçando os dois para sentarem ao mesmo tempo é possível? Que outro exemplo

semelhante podemos citar?

Direcionar a discussão para a impossibilidade de um espaço ser ocupado por dois

corpos ao mesmo tempo. Concluir assim que a matéria, no caso o corpo do aluno,

ocupa lugar no espaço e, exatamente por não ter o espaço (cadeira) para a quinta

pessoa é que ela sai da brincadeira, e assim sucessivamente com a quarta pessoa,

terceira,... Todo corpo tem extensão. Seu corpo, por exemplo, tem a extensão do

espaço que você ocupa. Propriedade que a matéria tem de ocupar um lugar no

espaço chama-se extensão.

TEMA 7

Atividade 9 - Comprovando a impenetrabilidade.

Conteúdo: Propriedade geral da matéria: Impenetrabilidade

Objetivos: Reconhecer que duas porções de matéria não podem ocupar o mesmo lugar

ao mesmo tempo.

Metodologia: Prática em sala acompanhada de relato, discussão e registro escrito.

MATERIAL:

- Copo;

- Esparadrapo;

- Sal;

- Colher;

- Água

Comprove a impenetrabilidade da matéria: ponha água em um copo e marque o

nível da água com esparadrapo. Em seguida, adicione três colheres de sal.

Pedir para que os alunos contem o que aconteceu quando o sal foi adicionado à

água. Por que aconteceu o "fato" descrito pelo aluno? O que aconteceria se fossem

usadas outras substâncias?

Discutir com os alunos que o nível da água subiu. Isto significa que duas porções

de matéria (água e sal), não podem ocupar o mesmo lugar no espaço (interior do

copo) ao mesmo tempo.

Solicitar que os alunos elaborem um registro escrito das observações e vinculem as

observações à explicação científica do fenômeno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndorme Metabólica. Calcule seu IMC (Índice de Massa Corporal). Disponível em: <http://www.calculoimc.com.br/o-que-e-imc/>. Acesso em: 8 nov. 2012. BATALHA, E. Experiências: densidade e solubilidade. Cada um na sua. <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=937&sid=3>. Acesso em 23 out.2012 CAMPOS, M. C. da C.; NIGRO, R. G. .Teoria e prática em Ciências na escola –O ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: Editora FTD, 2009. CANTO, E. L. do. Ciências naturais: aprendendo com o cotidiano, 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2009. COQUIDÉ, M. Um olhar sobre a experimentação na escola primária francesa. Ensaio. Vol.10, nº 1, 2008. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. P.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de ciências: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2002. EXPLICATORIUM. As três leis de Newton. Disponível em: <http://www.explicatorium.com/CFQ9-Leis-Newton.php>. Acesso em: 04 nov. 2012. FASCIN, S. V. A importância do Experimento no Ensino de Ciências, 2010. Disponível em: <http://fisicacampusararangua.blogspot.com.br/2010/12/importancia-do-experimento-no-ensino-de.html>. Acesso em: 21 de set. 2012. LABURU, C. E. Seleção de experimentos de física no ensino médio: uma Investigação a partir da fala de professores. Investigações em Ensino de Ciências; v 10(2), p. 161-178, 2005. LÍRIA, A. Química. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/quimica.htm>. Acesso em: 3 nov. 2012. NETTO, L. F. As moedas coladas (Inércia). Disponível em: <http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/5773HYPERLINK "http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/57737257inercia.pdf"7257inercia.pdf>. Acesso em: 3 nov. 2012. PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Ciências. Paraná, 2008.

PASSINATO, C. de. B. Experiências: densidade e solubilidade. Disponível em: <http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=939&sid=3>. Acesso em: 23 out. 2012. ROCHA, M. Diretrizes Curriculares de Ciências do Estado do Paraná: suas concepções de ciência e conhecimento. Disponível em: <http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/6258_3834.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012. TRIVELLATO, J. et al. Ciências, Natureza & Cotidiano, 8ª série. 1 ed. São Paulo: FTD, 2006. VILAR, C. Propriedades gerais e especifícas da matéria. Disponível em: <http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/propriedades-gerais-e-especificas-da-materia>. Acesso em: 28 out. 2012. WIKIPÉDIA. Isaac Newton. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Isaac_Newton>. Acesso em: 28/11/2012.