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Ficha para catálogo de Produção Didático-Pedagógica

Professor PDE/2012

Título Poesia na sala de aula: uma proposta de

literatura comparada

Autora Helenita Evangelista de Almeida Siqueira

Escola de Atuação Colégio Estadual Francisco Ramos

Município da escola Guamiranga

Núcleo Regional de

Educação

Irati

Orientadora Patrícia Elisabel Bento Tiuman

Instituição de Ensino

Superior

UNICENTRO-Universidade Estadual do Centro-

Oeste

Área do Conhecimento Língua Portuguesa

Produção Didático-

Pedagógica

Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa e Literatura

Público Alvo Alunos do 3º Ano do Ensino Médio

Localização Colégio Estadual Francisco Ramos – Ensino

Fundamental e Médio; Rua Diogo Emanuel de

Almeida, s/nº, Centro – Guamiranga - PR

Apresentação O desafio desta unidade didática consiste em

apresentar subsídios ao trabalho pedagógico do

professor de Língua Portuguesa e Literatura por

meio da prática de leitura de poesia via outras

artes, enfatizando a relação comparativa e

interdisciplinar.

2

Sabemos que comparar é um procedimento que

faz parte da estrutura de pensamento do homem

e da organização da cultura.

Paul Van Tieghem (apud NITRINI, 2000, p. 25)

afirma que a “literatura comparada designa uma

forma de investigação literária que confronta duas

ou mais literaturas [...]”.

O público alvo será os alunos da 3ª. série do

ensino médio. O principal objeto de estudo

comparativo e interdisciplinar será entre o poema

Eros e Psique do autor português Fernando

Pessoa incluso na obra o Cancioneneiro, com

relato mítico Eros e Psique de Émile Genest,

José Féron e Marguerite Desmurger, com a tela

Homônima do autor Anthony Van Dyck,

pertencente à estética barroca.

A organização desse projeto procurou seguir os

preceitos das DCEs, os pressupostos teóricos da

estética da recepção, bem como a metodologia

do pesquisador Rildo Cosson – Sequência

expandida.

Com esta pesquisa, propomos uma maneira de

trabalhar com o texto poético que rompa com

círculo da reprodução ou da permissividade e

permita que a leitura literária seja exercida com

prazer e com compromisso que todo saber exige.

Serão aproximados autores e obras de diferentes

épocas comparando a produção poética com

outras linguagens artísticas (telas, músicas,

vídeos) com o intuito de contribuir com a melhoria

do ensino público do Estado do Paraná.

3

Palavras chaves

Literatura Comparada, interdisciplinaridade

poesia, mito e pintura.

4

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA PDE

UNIDADE PEDAGÓGICA

POESIA NA SALA DE AULA: UMA PROPOSTA DE LITERATURA COMPARADA

“Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.”

Carlos Drummond de Andrade

HELENITA E. DE ALMEIDA SIQUEIRA

NRE–IRATI

Professora orientadora: Patrícia Elisabel Bento Tiuman

GUAMIRANGA

PDE\2012

5

SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÂO ................................................................. 7

1.1 Tema ..................................................................................................... 7

1.2 Título ..................................................................................................... 7

2 APRESENTAÇÃO ................................................................................... 7

3 OBJETIVOS .............................................................................................. 9

3.1 Objetivo Geral ...................................................................................... 9

3.2 Objetivos Específicos ......................................................................... 9

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................... 10

4.1 LEITURA DE POESIA ........................................................................... 10

4.2 LEITURA DE IMAGENS – PINTURA ............................................................. 11

5 METODOLOGIA ...................................................................................... 12

5.1 PERCURSO PARA ANÁLISE DA IMAGEM ................................................... 13

5.2 METODOLOGIA PROPOSTA POR COSSON ................................................ 14

6 AVALIAÇÃO ............................................................................................ 15

7 RESULTADOS ESPERADOS ................................................................. 16

8 RECURSOS A SEREM UTILIZADOS ..................................................... 16

9 CRONOGRAMA ...................................................................................... 17

10 ATIVIDADES .......................................................................................... 17

10.1 UNIDADE I .......................................................................................... 17

10.2 UNIDADE II ......................................................................................... 23

10.3 UNIDADE III ........................................................................................ 31

10.4 UNIDADE IV ......................................................................................... 33

6

10.5 UNIDADE V .......................................................................................... 35

10.6 UNIDADE VI ......................................................................................... 36

10.7 UNIDADE VII ....................................................................................... 38

10.8 UNIDADE VIII ...................................................................................... 40

10.9 UNIDADE IX ........................................................................................ 41

11 AGRADECIMENTOS ............................................................................. 43

12 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 43

12.1 Referências on-line ........................................................................... 44

7

1. Dados de identificação

Professor PDE: Helenita Evangelista de Almeida Siqueira

Área PDE: Língua Portuguesa

NRE: Irati

Professor Orientador IES: Patrícia Elisabel Bento Tiuman

IES vinculada: UNICENTRO/Irati

Escola de Implementação: Colégio Estadual Francisco Ramos Ensino

Fundamental e Médio.

Público objeto da intervenção: Alunos da 3ª. série do Ensino Médio do Colégio

Estadual Francisco Ramos.

Tema de estudo do professor PDE: Comparativismo e Interdisciplinaridade a partir

da poesia.

Título: Poesia na Sala de Aula: uma proposta de literatura comparada.

2. APRESENTAÇÃO

O desafio desta unidade didática ora apresentada é de contribuir e fortalecer

o trabalho pedagógico do professor de Língua Portuguesa e Literatura, no que diz

respeito à leitura do gênero poético. Ler, entender, criar e recriar, é importante para

o aluno, pois possibilita que se expresse com mais segurança, ajuda a ter uma visão

mais consciente e crítica da realidade dos fatos, além de oportunizar novas

possibilidades de entendimento do texto poético, abrindo os horizontes da

pluralidade de significados da linguagem, a qual está centrada no princípio

interacional dos sujeitos.

Para gostar ou não de poesia basta ter-se sensibilidade e gosto ou atração

espontânea pela arte. No entanto para atingir o conhecimento mais profundo, algo

mais do que o simples gosto é exigido. A atividade de interpretação de poesia pode

8

ser feita em vários níveis: desde o mais superficial, até o mais elaborado: a análise

crítica; passando pelas várias gradações ou tipos de análise textual.

Pretendemos então, com estas atividades, intensificar o contato dos alunos

com a poesia, permitindo-os “saborear” autores e estilos, a reavivar a capacidade de

olhar e ver o que é a essência do texto poético.

Esta proposta apresenta proposições e alternativas de atividades, a serem

executadas pelo colega professor que tem como propósito a execução competente

de sua atuação pedagógica.

Os exercícios desenvolvidos com o texto poético abrangem os alunos da 3ª

série do Ensino Médio. Destina-se, portanto, aos professores que trabalham com

essa modalidade de ensino.

Trabalharemos com a leitura, por saber que ela ocupa, no processo de

ensino e aprendizagem, um lugar de destaque, devido a sua importância na

formação do aluno. Entretanto, essa prática de conhecimento se vê acometida pela

crise de ensino, somada com a concorrência dos meios de comunicação de massa.

Por esse motivo, buscamos preencher partes destas lacunas que permeiam

o trabalho dos professores da Língua Materna e de Literatura, no que se refere à

leitura de textos poéticos.

Como afirma George Jean (apud AVERBUCK, p. 70, 1989) “ao professor

cabe o papel de provocador, o do iluminador de caminhos para a leitura de poesia”.

O autor enfatiza ainda que “somente a partir da sensibilização primeira do professor

e depois a do aluno é que se cumpre o caminho da poesia”. Então a poesia não

pode ser ensinada, mas vivida: o ensino da poesia é assim, o da “descoberta”

(AVERBUCH, p.70).

Segundo o autor (ibid, p. 70) “a poesia na escola pode cumprir um papel

integrador na medida em que, apoiando-se na palavra do aluno e do poeta, busca a

essência da expressão do homem”. E ainda nesta perspectiva o autor Eliot (1972,

p.148), afirma “a poesia pode nos fazer ver o mundo sobre um novo aspecto, ou nos

fazer ver aspectos até então desconhecidos desse mundo, pode chamar nossa

9

atenção sobre sentimentos sem nome e mais profundos em que raramente

penetramos”.

Sabemos que o trabalho com a Literatura requer muito esforço nosso, e o

primeiro passo coletivo a ser dado é o contato com a literatura, no caso com o livro

de poesia, pois é necessário colocar o livro nas mãos dos nossos alunos, e instigá-

los a ler, e que o trabalho com a leitura ganhasse nova dimensão no nosso trabalho

escolar.

Caro colega professor, esperamos que as atividades desenvolvidas possam

contribuir para as suas práticas pedagógicas. Assim como, as ideias do texto poético

trazidos para análise possam integrar e compartilhar com os seus trabalhos

pedagógicos voltados para a melhoria do ensino envolvendo a leitura de poesia.

3. OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Ampliar o horizonte de expectativa dos alunos por meio da prática de leitura

de poesia via outras artes enfatizando a relação comparativa e interdisciplinar, com

ênfase em suas especificidades estéticas.

3.2 Objetivos Específicos

Proporcionar momentos de práticas de leitura e reflexão sobre poemas;

Desenvolver atitudes responsivas diante dos poemas lidos;

Visualizar imagens por meio de poesias selecionadas;

Buscar novas possibilidades de entendimento do texto poético levando em

consideração a fonte e influência do texto;

Fazer análise comparativa da mensagem visual (pintura) com as principais

produções humanas literárias (poesia) estabelecendo relações entre

homem e mundo letrado;

Perceber a ideologia dos discursos e das esferas estudadas.

10

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. LEITURA DE POESIA

A poesia é certamente uma das mais complexas dentre as nossas

manifestações verbais. Sua complexidade começa em não existir uma resposta

simples e direta à pergunta o que é poesia? É fato que a poesia é um texto literário e

sendo literatura é um construto cheio de convenções a serem compreendidas pelo

leitor, pois o texto literário é um esquema virtual feito de lacunas e indeterminações

a serem acionadas e interpretadas pelo leitor.

Certamente há muitos modos de ler poesia. Pode-se lê-la apenas como

forma de memória e recitação em festejos escolares ou como treino ortográfico e

decodificação das palavras, consistindo, portanto, um exercício mecânico de leitura.

Como contraponto a esse modelo de leitura, será apresentado, neste

projeto, a leitura do poema Eros e Psique em que serão trabalhados os aspectos

que se consideram fundamentais no discurso literário, e que, portanto, poderão ser

observados na leitura de outros poemas em sala de aula.

Leitor algum poderá sentir-se motivado numa leitura que serve apenas de

pretexto para realização de atividades didáticas ou para ensinar algo que as

crianças supostamente não sabem e devem aprender. No entanto, outra forma de

ler, que procura sentido, que se faz para compreender um objeto estético necessita

de certo, preparo: ela deve ser apreendida de acordo com suas especificidades. A

poesia, enquanto objeto estético, criado para uma organização especial de palavras

precisa ser vista e lida a partir de todos os seus índices de sentido que vão dos

aspectos sonoros (mais evidentes) até os aspectos sintáticos.

Culler (1999) propõe que um poema seja entendido sob duas diferentes

perspectivas: a) como uma estrutura feita de palavras, como um texto, enfim, como

uma construção verbal; e b) como um evento, ou seja, como um ato do poeta que

escreve, ou como uma ação do leitor, a de ler: ou mesmo, como um evento da

história literária. Se considerarmos a primeira perspectiva, torna-se fundamental

atentar para os aspectos linguísticos do texto e para o modo como eles se articulam,

já que a característica fundamental da literatura é a integração da linguagem.

11

Por outro lado, se, se entende o poema como um evento, no caso como um

ato de um poeta, Culler (1999) propõe que se evidencie a distinção entre o autor que

escreve o poema e o eu lírico. Outro dado importante sobre o eu lírico, diz respeito

ao tipo de relação que ele estabelece com o mundo. Tal relação sempre é

estabelecida em função da afetividade e da emotividade o que torna fluida e fugaz a

relação entre sujeito e objetos ou fatos caracterizados em sua fala. Por essa razão,

diz–se que, nos textos poéticos, a atitude fundamental do eu lírico é o não

distanciamento, ou seja, não há distanciamento claro entre quem fala e as coisas

das quais fala. Assim pode-se dizer que, na poesia, o que se observa é uma fusão

entre sujeito (eu lírico) e o mundo referente ao passado, ao futuro ou ao presente.

Por isso, diz se que nos textos poéticos, há predominância da função emotiva da

linguagem, para expressar os estados de alma de um sujeito inventado pelo poeta.

Quando compreendemos que o eu que fala em um poema se refere a um eu

criado, uma das condições para a leitura do texto poético é a caracterização dos

seguintes aspectos: a) a identidade desse falante, interessando descobrir quem ele

é; b) do que ou de quem ele fala; e c) como ele se coloca em relação ao que fala ou

como se posiciona em relação ao objeto e sua fala. Como propõe Culler: “interpretar

o poema, portanto, é uma questão de deslindar, a partir das indicações do texto e do

nosso conhecimento geral sobre os falantes e situações comuns, a natureza das

atitudes do falante” (Culler, 1999, p. 77).

Podemos concluir que, segundo a indicação do autor, para deslindar o

poema, portanto, é preciso adicionar conhecimento de ordem textual, mas também

é, fundamental, o conhecimento que o leitor possui de mundo. Compreendida dessa

forma, a leitura de um poema configura uma atividade bem mais complexa do que a

simples decodificação gráfica das palavras com a finalidade recitativa ou

declamatória, prática de leitura utilizada durante mais de um século na escola

brasileira.

4.2 LEITURA DE IMAGENS - PINTURA

A imagem pode ser considerada um elemento didático a serviço da

educação. A escola mantém–se quase num alheamento dessa realidade envolvente,

fechando-se sobre si mesma, adaptando-se, de uma forma demasiada lenta, às

necessidades educativas.

12

Sabemos que a imagem ocupa cada vez mais espaço na sociedade

midiatizada (na informática e meios de comunicação em rede). Neste sentido,

buscamos promover um estudo centrado nas preferências dos alunos, pois os

adolescentes estão imersos no mundo contemporâneo repleto de imagens cada vez

mais exploradas pela evolução dos meios de comunicação. A perspectiva desse

estudo considera a imagem como uma mensagem visual composta de diversos tipos

de signos equivalentes. Uma imagem sempre constitui uma mensagem para o outro,

mesmo quando esse outro seja nós mesmos. Por isso, é necessário compreender

para quem ela foi produzida. Assim para distinguir o seu destinatário e a sua função

são necessários critérios de referência. Nesse sentido, Martine Joly (2009, p. 55)

apresenta dois métodos para a análise da imagem.

O primeiro consiste em situar os diversos tipos de imagem no esquema da

comunicação e o segundo, em comparar os usos da mensagem visual com os das

principais produções humanas destinadas a estabelecer uma relação entre o homem

e o mundo.

Sendo assim, utilizaremos, neste projeto, os conceitos da literatura comparada que,

sem deixar de ter no literário o seu objeto de estudo, confronta–o com outras formas

de expressão cultural e não como sistema fechado em si mesmo e sim com a

interação com outras áreas do conhecimento.

5. PRECEITOS METODOLÓGICOS PARA ANALISAR POESIA E PINTURA

Diante de situações vivenciadas na prática docente, pode-se observar que o

professor precisa encontrar algum meio para que o aluno consiga dar sentido à

leitura, que todos se sintam incluídos nesta prática, que sejam capazes de

compreender a estrutura e a temática de cada texto.

Para isso, a organização desse projeto procurou seguir os preceitos das

Diretrizes Curriculares da Educação Básica - DCEs, documento que sustenta as

concepções teórico-metodológicas para a prática pedagógica no Estado do Paraná

e, apoiado sobre alguns pontos nos pressupostos teóricos apresentados na Estética

da Recepção e na Teoria do Efeito elaborados pelas professoras Maria da Glória

Bordini e Vera Teixeira de Aguiar. Como também na metodologia criada pelo

professor e pesquisador Rildo Cosson - Sequência Expandida, e para adequar à

13

pesquisa realizar-se-á abordagem comparativa, recorrentes aos pressupostos

teóricos da Literatura Comparada tendo como suporte os ensinamentos das autoras

Carvalhal e Nitrini.

O público alvo serão alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio

Estadual Francisco Ramos Ensino Fundamental e Médio, da cidade de Guamiranga.

O nosso principal objeto de estudo será o poema Eros e Psique do autor modernista

português Fernando Pessoa incluso na obra O Cancioneiro publicado pela primeira

vez em Coimbra em 1934 com o relato mítico Eros e Psique de Émile Genest, José

Féron e Marguerite Desmurger, e da tela Homônima do autor Anthony Van Dyck,

pertencente à estética barroca.

Conforme apontado, o objetivo deste projeto não será a dissecação formal

do poema. Será, antes, a aproximação do aluno com a linguagem poética, no

sentido de que os alunos sintam-se motivados a expor suas emoções por meio dos

recursos expressivos da linguagem poética.

5.1 PERCURSO PARA ANÁLISE DA IMAGEM

Segundo Iluska Maria Da Silva Coutinho, professora da Universidade de Juiz

de Fora (2012) existem alguns procedimentos metodológicos para análise de uma

imagem: a leitura, a interpretação, a síntese (conclusão final), a transposição dos

códigos visuais em códigos linguísticos e a “transcodificação midiática”, segundo a

qual, haveria uma dose de subjetividade na transposição. Assim como considerar os

aspectos do contexto de produção e recepção da mensagem e ainda a história da

imagem.

Outro aspecto interessante a destacar na realização da análise de qualquer

tipo de imagem seria a diferença entre percepção e interpretação. A percepção

pressupõe a análise dos registros e reações do sistema visual. Luz: sua intensidade,

seu comprimento de onda, sua distribuição no espaço. Percebemos as imagens em

oposição ao claro e ao escuro, suas cores, sua composição. Com relação à

interpretação, os significados da imagem exigiriam do pesquisador a busca pela

compreensão de determinada mensagem visual em dada sociedade, há a

percepção pessoal e coletiva.

14

5.2 METODOLOGIA PROPOSTA POR COSSON

Ao ler Cosson (2009, p. 76) vemos que o autor percebeu que a

aprendizagem da literatura estava pouco sistematizada. Dessa forma, afirmou: “É

necessário uma reflexão maior sobre como trabalhar com a literatura no ensino

médio”. Sendo assim, sem abandonar os princípios básicos dados pela tradição, na

forma de trabalhar com os textos literários, no ensino médio, incorporou em um

mesmo bloco as diferentes aprendizagens do letramento literário.

Assim o pesquisador chegou ao método da sequência expandida, e o dividiu

em etapas, a saber: motivação, introdução, leitura, primeira interpretação,

contextualizações, segunda interpretação e expansão.

Nessas etapas, o autor propõe articulações entre experiência, saber e

educação literários inscritos no horizonte desse letramento na escola, sendo este o

ponto de partida possível para uma prática docente transformadora. Cosson propõe

um método chamado de sequência expandida cujas etapas serão descritas.

A primeira etapa consiste na introdução e na motivação que é uma

atividade de preparação, de introdução dos alunos no universo da obra a ser lida.

Neste momento, o professor vai trabalhar com a introdução da temática das

atividades a serem desenvolvidas, de forma que não ultrapasse o limite de uma

aula, que seja breve, pois ela deve despertar o interesse pela obra e não conduzir a

sua leitura. Depois de apresentar o tema da atividade a ser desenvolvida, solicita

que seja feita a leitura, prioritariamente extraclasse, com prazo de finalização da

leitura.

Na primeira interpretação, o professor deve deixar o aluno fazer a apreensão

global da obra. Fazer uma produção registrando o que pensa sobre a obra lida sem

a intervenção do professor.

Posteriormente, será o momento de ler a obra dentro do seu contexto e,

para essa fase, Cosson apresenta sete contextualizações: Contextualização

teórica que procura tornar explícitas as ideias que sustentam ou que estão

encenadas na obra; Contextualização histórica que se refere ao período em que a

obra foi publicada trata-se de relacionar o texto com a sociedade que a produziu ou

o que pretendia representar. Contextualização estilística a qual está centrada nos

estilos de época ou períodos literários é conveniente lembrar que são as obras que

15

informam os períodos e não o inverso. Contextualização poética responsável pela

estruturação ou composição da obra, desse modo, serve de instrumento de análise

poética, contando com a análise literária. Contextualização crítica que é o

confronto de leitura no tempo e no espaço um processo poderoso no

desenvolvimento do letramento. Essa análise nos dá a dimensão que as obras

carregam consigo no universo da cultura. Contextualização presentificadora é

uma prática comum nas aulas de literatura do ensino médio, tem por finalidade

mostrar a atualidade da obra associando-a ao mundo social e a elementos de

identidade com a obra lida. Contextualização temática que não deve restringir

com o tema em si, mas observar a sua repercussão dentro da obra (aqui, pode-se

escolher uma ou mais contextualizações, é o momento de ampliar o horizonte de

leitura). Nada impede que sejam apresentadas outras formas de literatura:

exposição de imagens, sequência de slides, pode ser feito uma combinação da

contextualização temática, histórica e presentificadora em torno da poesia.

Realizadas as contextualizações, é o momento da segunda interpretação

cujo objetivo é aprofundar a leitura sobre um aspecto do texto, podendo centrar-se

sobre uma personagem, tema, um traço estilístico, questões contemporâneas. É o

reconhecimento que a obra literária não se esgota antes se amplia e se renova pelas

várias abordagens que apresenta.

A última etapa é a Expansão, é o movimento de ultrapassagem do limite de

um texto para outros textos, busca possibilidade de diálogo com outras obras,

fazendo intertextualidade. O trabalho de expansão é essencialmente comparativo.

Trata-se de colocar duas ou mais obras em contraste e confrontá-las a partir de seus

pontos de ligação.

6. AVALIAÇÃO

A proposta aqui é a avaliação formativa e processual, ou seja, será

oportunizado o desenvolvimento individual do aluno, respeitando os ritmos e

processos de aprendizagem diferentes que os alunos possuem e, por ser continua e

diagnóstica, percebemos as fragilidades, permitindo que a intervenção pedagógica

aconteça a todo o momento.

Sobre essa perspectiva, recomendamos avaliar:

16

Oralidade: Será avaliado a adequação da fala em consideração do

discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.

Leitura: É importante avaliar se, ao ler, o aluno busca os conhecimentos

prévios; se compreende o significado das palavras que não conhece a partir

daquela realidade contextual; se faz inferências certas; é importante valorizar

o repertório e experiências de leitura que o aluno possui, avaliando assim a

expansão de ideias, por meio de questões abertas, debates, comentários,

discussões que possibilite avaliar a postura reflexiva que o aluno assume a

partir do texto.

Escrita: ver a produção textual do aluno como algo em processo de

construção, nunca como produto final. Levar em consideração a adequação à

proposta e ao gênero proposto, se a linguagem empregada está em

conformidade com o contexto exigido, se os argumentos são consistentes,

levando em consideração a coesão e coerência textual, a organização dos

parágrafos.

Análise Linguística: Serão avaliados os elementos linguísticos usados sob

uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilite condições de

compreender esses elementos no texto. Avaliando o uso formal e informal da

linguagem, no caso da poesia o uso linguísticos e estilísticos, bem como as

relações semânticas entre as partes do texto.

7. RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se com este trabalho que o aluno, por meio da prática de leitura de poesia

via outras artes, expanda o seu universo de conhecimento, buscando novas

possibilidades de entendimento do texto poético levando em consideração a fonte e

influência do texto.

8. RECURSOS A SEREM UTILIZADOS

Textos impressos;

17

TV multimídia;

Laboratório de informática;

Internet;

Pendrive;

Biblioteca

9. CRONOGRAMA

O período para execução da implementação dar-se-á de fevereiro a julho, ou

seja no primeiro semestre do ano letivo de 2013, devendo ter uma duração de 32

horas aula.

10. ATIVIDADES

10.1 UNIDADE I – CONTATO INICIAL MOTIVAÇÃO

Atividade

Essa atividade inicial prevê apresentação da temática dessa unidade.

Poesia: Tem tudo a ver

A poesia

Tem tudo a ver

Com tua dor e alegrias.

Com as cores, as formas, os cheiros,

Os sabores e a música

Do mundo.

A poesia

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Tem tudo a ver

Com o sorriso da criança,

O diálogo dos namorados,

As lágrimas diante da morte,

Os olhos pedindo o pão.

A poesia

Tem tudo a ver

Com a plumagem, o voo,

E o canto dos pássaros,

A veloz acrobacia dos peixes,

As cores todas do arco-íris,

O ritmo dos rios e cachoeiras,

O brilho da lua, do sol e das estrelas,

A explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia

- é só abrir os olhos e ver -

Tem tudo a ver

Com tudo.

Elias José

Segredinhos de amor, 2ª. ed. São Paulo: Moderna, 2002.

19

PARA QUE SERVE A POESIA?

A poesia desenvolve a sensibilidade estética, isto é, o gosto pelo belo e leva à

consciência lúdica da linguagem às descobertas de níveis da língua e do real do

conhecimento fazendo aumentar no aluno a sua capacidade de compreensão do

mundo.

Ela sempre serve para muitas coisas, como por exemplo, evasão da

realidade, transmissão de conhecimento, aumento da percepção crítica do mundo e

da realidade dos que a praticam ou dela usufruem.

A poesia faz parte do nosso cotidiano, ela está em todos os lugares.

http://criancanaotrabalhacriancadatrabalho.blogspot.com

http://flores.culturamix.com/fotos/bebes-em-flores

http://fotosimagens.net http://essaseoutras.xpg.com.br

Professor (a): Neste momento você poderá trazer outras imagens que julgar

conveniente, de acordo com a sua turma.

20

Atividade

Troque ideias oralmente

A poesia deve ter função social ou não?

Qual é a sua definição para a poesia? Comente.

Colega professor (a): Sugiro uma conversa com os alunos sobre poesia,

procurando saber quais poemas conhecem, se gostam ou não de poesia e por

quê?

Atividade

Com certeza já conhecem alguns poemas ou trechos deles, então, gostaria que

comentassem oralmente.

Vocês concordam que há poesia na música, na pintura, no teatro, no cinema?

Considerando essa nossa discussão, vamos ouvir a música: Língua do cantor

Caetano Veloso, e depois observar a pintura O semeador de Vicente Van Gogh,

para posteriormente tecer comentários orais, concordando ou não com a questão

acima levantada.

Acesse: http://letras.mus.br/caetano-veloso/44738/

1-Responda:

a) O samba - RAP que ouvimos é uma poesia musicada?

b) A frase “minha pátria é minha língua” é uma citação de Fernando Pessoa.

Como você interpreta essa afirmação?

c) Leia o seguinte verso:

Gosto de sentir a minha língua

roçar a língua de Luis Vaz de Camões

Gosto de ser e de estar

E quero me dedicar a criar confusões de prosódias

Que encurtem dores

E furtem cores como camaleões.

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Com base nestes versos que interpretação podemos fazer?

d) A expressão “Lobo do lobo do homem” nos permite construir alguns

sentidos relacionados a quem?

e) Retire da letra da música o trecho que mais despertou a sua sensibilidade.

f) Qual a ideologia que está música apresenta? Comente.

Atividade

A POESIA DIALOGANDO COM A PINTURA

Leitura do quadro de Van Gogh

As obras de arte trabalham com a fantasia, a imaginação. Por isso, podem

criar imagens incomuns entre os indivíduos que correspondem à realidade

de cada sujeito tal qual a conhece. Cabe a cada um de nós ler e

interpretar a imagem dar a ela um significado, segundo o nosso

conhecimento de mundo.

Observe o quadro do pintor Van Gogh.

O título da obra é O semeador, qual o significado dessa imagem?

Alunos, as interpretações serão apresentadas individualmente e oral.

Observe que é fato, ao interpretarmos uma pintura, podemos criar imagens

incomuns, em relação à interpretação dos outros colegas.

Atividades

1- Que imagem sobressai no quadro? O que ela simboliza?

2- No seu ponto de vista o que há de poético nesta pintura?

3- Qual verso da poesia musicada Língua podemos associar com a pintura O

Semeador. Copie o verso e faça a associação, no seu caderno.

Professor: acesse a imagem por meio do endereço:

http://ailhadosamores.files.wordpress.com/2009/01/vincent-van-gogh-gogh8.jpg

22

4- Com base nestes versos:

“Sei que a poesia está para a prosa

Assim como o amor está para a amizade.”

Em sua opinião o que significa essa assertiva?

Colega de trabalho, ao ouvir as respostas dos seus alunos, leve em conta a

subjetividade que permeia a interpretação da obra de arte. Essa atividade permite

respostas diversas, uma vez que a compreensão de determinada mensagem visual

em dada sociedade pode ser uma em razão do seu contexto social. Leve em

consideração a percepção pessoal, e depois finalmente trabalhar com as

aproximações coletivas na interpretação. Tenha o cuidado, entretanto, de pedir

que o aluno explique sua resposta e comente em que se baseou para interpretar

desta ou daquela forma.

Atividade

a) Que poetas vocês conhecem? Quais gostam e costumam ler?

Professor (a): Disponibilizar aos alunos algumas antologias poéticas da Adélia

Prado, Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar, Olavo Bilac, João Cabral de

Mello Neto, Fernando Pessoa. Além de instigá-los a procurarem poemas em outras

fontes trazer o livro para a sala de aula é muito importante, pois estamos garantindo

aos nossos alunos a convivência com os poemas a concretização da poesia. Por

isso, a proposta nesta aula, depois de ter apresentado aos alunos vários poemas, é

que eles próprios busquem um poema para interpretar em classe, na “Hora da

poesia”, que você pode criar com eles. Não censure a escolha deles, durante o

período da pesquisa procure inteirar-se de como estão se sentindo, se já

escolheram, e se já sabem como vai ser a apresentação para a classe.

PASSOS PARA DESENVOLVER AS ATIVIDADES

23

Organizar a turma em equipes e pedir para fazerem uma leitura livre dos

poemas, depois convidá-los a escolherem os poemas que mais gostaram, para

lerem em voz alta. Quando tiverem feito a escolha, formam-se novas equipes de

alunos, agrupados pela preferências poéticas.

Convidar um aluno de cada grupo para dizer qual poesia foi escolhida para

ser lida ou declamada na próxima aula.

Professor(a): O trabalho ficaria mais interessante se você anotasse o nome e o

autor das poesias que os alunos escolheram para ler no dia seguinte, e as

digitasse, numerando–as, e no momento da apresentação oral, que o aluno falasse

o nome da poesia escolhida para ler, você poderia projetá-la no projetor multimídia

ou na TV pendrive, para que os demais alunos acompanhassem a leitura.

Após a leitura oral das poesias, abrir espaço para a conversa descontraída para

que cada um possa expor o que sentiu e os valores que aparecem nos textos.

Observação: Se algum aluno não se sentir, definitivamente, à vontade para essa

interpretação, ajude-o a superar a dificuldade para a próxima aula. No entanto, não

o dispense de pesquisar o poema de seu interesse.

10.2 UNIDADE II - A POESIA DIALOGANGO COM O MITO

Ler poesia é estabelecer um diálogo com que o texto diz através de sua

sonoridade, sua forma e as imagens que elas apresentam. É bem lembrar que cada

vez que lemos um poema, podemos fazer novas interpretações.

Colega Professor (a): Agora é o momento de romper com as expectativas dos

alunos e apresentar a temática a ser desenvolvida.

24

Apresentar a poesia Eros e Psique texto de Fernando Pessoa em vídeo disponível

no link: (http://www.youtube.com/watch?v=ORbyqzaKJKs), introduzindo o aluno no

universo a ser lido.

Depois de assistir ao vídeo, entregar para cada aluno o texto poético a ser lido.

Então o leia com boa entonação. Depois deve questionar se os alunos já conhecem

ou se já leram a poesia Eros e Psique. Para a leitura deverá usar a TV pendrive, ou

projetor multimídia.

TRILHANDO OS CAMINHOS DA POESIA - MOMENTO DO POEMA:

TEXTO: EROS e PSIQUE

Conta à lenda que dormia

Uma Princesa encantada

A quem só despertaria

Um infante, que viria

Do além do muro e da estrada.

Ele tinha que, tentado,

Vencer o mal e o bem,

Antes que, já libertado,

Deixasse o caminho errado

Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,

Espera-se, dormindo espera,

Sonha em morte a sua vida,

E orna-lhe a fronte esquecida,

Verde, uma grinalda de hera.

25

Longe o Infante, esforçado,

Sem saber que intuito tem,

Rompe o caminho fadado,

Ele dela é ignorado,

Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino

Ela dormindo encantada,

Ele buscando-a sem tino

Pelo processo divino

Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro

Tudo pela estrada fora,

E falso, ele vem seguro,

E vencendo estrada e muro,

Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,

À cabeça, em maresia,

Ergue a mão, e encontra hera,

E vê que ele mesmo era

A Princesa que dormia.

http://www.insite.com.br/art/pessoa/cancioneiro/182.php

26

Professor (a): Neste momento, é hora de mediarmos o conhecimento que o nosso

aluno possui do mundo poético. É possível que alguns sejam detentores dessa

temática poética Eros e Psique. Outros, porém, sejam desprovidos desse

conhecimento.

Cabe a nós desafiar-se e desafiar os alunos na promoção de atitudes que resultem

no prazer e no gosto pela leitura.

Deixe que os alunos de fato escrevam o que entenderam sobre a poesia Eros e

Psique. Neste primeiro momento, é normal que nas suas interpretações adicionem

apenas conhecimento de ordem textual, estrofe, rimas, e não levem em

consideração ainda os índices de sentido de relação que o eu lírico estabelece com

o mundo.

No decorrer do desenvolvimento da unidade didática, os alunos terão acesso a

outras fontes de estudo com a mesma temática: o mito, a pintura, o vídeo. Assim,

no final da unidade é interessante, trabalhar com as mesmas questões, fazendo

uma análise comparativa da mesma interpretação, observando se houve o

desenvolvimento crítico do aluno, se por meio do conhecimento sistematizado, se

tomou uma atitude mais responsiva diante dos gêneros textuais, mais

especificamente a poesia.

Atividades

Sobre os personagens:

1- Personagens como Eros e Psique são evidentemente ficcionais. Em sua opinião o

que essas personagens representam? Por quê?

Interpretando o poema

2- Após lermos o poema, escreva qual foi a sua interpretação sobre ele.

3- Na primeira estrofe o eu lírico faz a narração do poema e nos conta a lenda da

princesa que dormia. E só um infante que viria “além do muro e da estrada” poderia

despertá-la. Como você explica a substituição de Eros pela figura do Infante.

27

4-Na segunda estrofe, o eu lírico diz que o infante para vencer teria que enfrentar o

bem e o mal. Como eram os Infantes na tradição cultural de Portugal.

5- Na terceira estrofe observamos o estado de dormência que a princesa se

encontrava. “Sonhava em morte sua vida”. Qual era o sonho dela? E vocês quais

sonhos acalentam em seus corações?

6-Observe o terceiro verso da quarta estrofe “Rompe o caminho fadado”, mais

adiante nas outras estrofes rompe todos os obstáculos até chegar à princesa. Então

o que ele percebeu? Comente. Quem pode ser esse infante?

7-Faça uma pesquisa sobre o simbolismo e seus significados para o homem

medieval e relacione com a seguinte questão.

a) Observe a sétima estrofe no quarto e no quinto verso “E vê que ele mesmo era a

princesa que dormia”. Como você os interpreta? Responda em seu caderno.

Agora é o momento de trabalhar com o mito Eros e Psique, bem como

explicar-lhes o que é um relato mítico.

Os relatos míticos

Os relatos míticos são narrativas que remetem a uma época do passado

histórico, assim como os contos de fadas, as histórias da tradição e as lendas se

perpetuam por meio da tradição oral, de geração em geração.

Em geral, tem um fundo bastante simbólico, ou seja, as personagens e as

situações representadas no relato mítico simbolizam forças da natureza, aspectos

gerais da condição dos homens, realidades que o homem não consegue explicar, e

que estão ligadas às divindades.

TEXTO - 1

O texto a seguir conta uma das histórias de amor mais conhecida de toda a

cultura ocidental, vivida por Eros e Psique. Leia-o com atenção.

28

Mito

Psique era uma princesa cuja beleza era de tal ordem que a deusa Afrodite

sentiu-se tomada de ciúmes dela. Por esse motivo, ordenou que o filho Eros o deus

do Amor, servisse de instrumento para punir tamanho atrevimento por parte daquela

mortal. [...]

Informações úteis ao professor: acesse o relato mítico no site abaixo:

www.sca.org.br/artigos/erosepsique.pdf

Atividades

PARA ENTENDER O TEXTO

1- Como você interpreta o fato de Psique ter sido conduzida para junto de um

rochedo, onde um monstro horrível a tomaria como esposa? Com isso o

que aconteceu com essa mortal?

2- Por que Psique não podia ver Eros?

3- Como podemos descrever o perfil psicológico de Psique? Comprove com

um exemplo retirado do texto.

4- Faça um comentário explicando o sentido do trecho “Eros despertou cheio

de dores, dores físicas provocadas pela queimadura, dores morais

provocadas pela desobediência e traição de Psique à promessa, dores

afetivas com a ingratidão e crueldade dela”.

5- Qual seria a estratégia para que Psique pudesse reatar o romance com

Eros?

6- Pesquise as tarefas que a deusa Afrodite ordenou que Psique cumprisse a

fim de se reconciliar com Eros. Formar quatro equipes e cada grupo irá

pesquisar uma tarefa e apresentará para a classe.

7- Após as apresentações, produza um texto poético com base na ideologia

das tarefas.

8- Como já comentamos no conceito acima, os relatos míticos se perpetuam

por meio da tradição oral, de geração em geração. Tem um fundo

bastante simbólico, e em geral estão ligados às divindades, as

personagens simbolizam a força da natureza, aspectos gerais da condição

do homem.

29

No seu ponto de vista, que aspecto da condição humana é simbolizado

pela união de Eros e Psique?

TEXTO - 2

MITO: EROS E PSIQUE

Não havia criatura humana ou divina que fosse mais bela que Psique. No

entanto, ela era simples mortal [...]

As mais belas lendas da mitologia. SP: Martins Fontes, 2005. p. 203-6

Atividades

Responda:

1- Os mitos em geral nos levam a compreender um pouco melhor as

antigas civilizações. Lemos aqui dois tipos de textos e encontramos

deuses gregos com sentimentos muito humanos. Em quais

sentimentos eles se assemelham a nós?

2- Escreva a suas conclusões sobre mitos e a mitologia que estudamos.

3- Em equipes os alunos irão ao laboratório de informática para pesquisar

em outra fontes (sites) versões diferentes do mito Eros e Psique. Em

seguida, cada equipe irá reescrever o mito Eros e Psique mudando o

foco narrativo, irão contá-lo sobre o ponto de vista de Psique.

Colega professor(a) esta atividade tem como objetivo a consolidação dos

conteúdos apresentados. Os alunos farão apreensão total da obra reescrevendo

sob um novo ponto de vista.

LITERATURA COMPARADA: A poesia com o mito

Atividades

1-Estabeleça uma análise comparativa da poesia Eros e Psique com os

personagens do mito Eros e Psique (texto 1). Analise as aproximações entre os

textos/contextos operada nas relações interliterárias da poesia com o mito.

30

2-Jogando com os gêneros: Hoje, convidamos vocês para começar um jogo,

que vão fazer em dupla. Como vai ser?

Cada dupla vai ter um tempo, (um fim de semana, ou uma semana) para

procurar onde quiser três gêneros diferentes com a mesma temática: uma

poesia, uma música e um texto não verbal pintura, que sirva de ilustração

para os outros gêneros textuais.

No dia definido, com o professor, todos os alunos levam os textos para a aula.

Por sorteio, são indicados os grupos que vão apresentar primeiro um de seus

textos. Um grupo tem de identificar o texto do outro.

Se os grupos acertarem o primeiro texto é apresentado o segundo texto, até

que os três textos sejam apresentados, até que um erre.

Se ambos acertarem todos os textos, eles cedem lugar para outros dois

grupos.

Quando o grupo erra, sai. O outro fica se souber justificar a classificação

certa. Vão entrando novos grupos sorteados, nas mesmas condições, até

chegar à dupla vencedora.

Professor(a): Selecione os textos poéticos mais interessantes para trabalhos

posteriores. Leve em conta a reação dos alunos a cada um, para fazer a seleção.

31

10.3 UNIDADE III - MOMENTO DA PINTURA: EROS E PSIQUE (Van Dyck)

http://mardehistoriassemfim.blogspot.com.br/2010/10/eros-e-psique.html

Atividades

1 - Vocês saberiam dizer qual é a diferença entre percepção e interpretação diante

de uma tela artística?

Segundo o dicionário do Luft, interpretar. v. t significa esclarecer, explicar o sentido

de, exprimir o sentimento.

Percepção: s. f. Ação, efeito ou faculdade de perceber.

Orientações para o professor: para analisar uma obra de arte é preciso levar em

conta o tempo, espaço e a sociedade na qual está inserida.

Autor da pintura:

Antoon Van Dyck, nasceu em 22 de março de 1599 e morreu em 09 de dezembro

de 1641, nacionalidade: Flamengo, ocupação: pintor, discípulo de Rubens,

influenciou artistas contemporâneos. Na Inglaterra ficou conhecido como Sir Antony

Van Dyck.

32

Arte Flamenga: http:\\pt.wikipedia.org\wiki\Pintura flamenga

Contexto histórico e principais características: htpp:\\ptwikipedia.org\wiki|Pintura

flamenga-30 de outubro de 2009.

Momento da Pintura

Professor (a): Apresentar aos alunos o quadro do pintor Antony Van Dych

Observar com os alunos algumas particularidades da obra. Sugestões:

Gestos, cores, leveza, o cenário, os personagens.

Dividir a tela em duas partes na linha horizontal, então teremos duas

dimensões, céu e terra. Explicar para os alunos que a parte que ficar na

dimensão superior da tela, pertence ao plano espiritual, e a parte que ficar

na dimensão inferior da tela, pertence ao plano terreno.

Atividades

a) Olhando para a tela qual a percepção que você teve? Escreva em seu

caderno.

b) Como a nudez está representada nesta pintura?

c) Divida a tela na linha vertical e observe a paisagem que está do lado de

Eros. Qual a associação comparativa que podemos fazer? Para

responder leve em consideração o que você já conhece sobre as

características do personagem.

d) Como está representada a natureza onde está prostrada Psique? Que

interpretação podemos fazer?

b) Observe a pintura. A visão que temos é de uma pintura linear? Ou outra

forma é valorizada, e que ideia ela nos emite. Essa forma nos reporta a quem

no mito a figura de Eros ou de Psique?

e) Que parte do mito Eros e Psique, disponível

htpp:users.matrix.com.br\deusavenus\eros.htm, está simbolizado na mão e

33

na cabeça de Psique? Além do mito a que outro texto, livro e/ou fato nos

recorda essa imagem?

f) A arte flamenga foi produzida em Flandres entre o século XV e o início do

século XVII e geralmente os artistas inspiravam os seus temas em que?

g) O quadro que estamos analisando, pertence ao Barroco flamengo, que

floresceu durante o século XVII, com o artista Anthony van Dych entre

outros artistas da província do sul da Holanda. A arte barroca refletia o

dilema da época, expressa as contradições e o conflito espiritual do

homem, dividido entre a matéria e o espírito. Pesquise outras

características do barroco (levar o material de pesquisa para a sala de

aula). Faça uma associação das características encontradas com a

pintura.

10.4 UNIDADE IV– DIÁLOGO DA POESIA COM A PINTURA

Atividades

a) Sobre o poema de Fernando Pessoa Eros e Psique e a tela do pintor italiano Van

Dyck Eros e Psique. Os títulos entre a poesia e a pintura que lemos nesta atividade

são comuns. Observe os gestos, as cores, o cenário, os personagens. A que

conclusão você chegou, comparando as duas artes. Que relação há entre elas?

Explique.

A COR COMO INFORMAÇÂO

As cores se bem usadas, podem evocar sentimentos, sensações. O

vermelho é considerado uma cor quente e impulsiva. Traduz paixão e

entusiasmo, e representa guerra ou perigo. Vejamos outras associações:

Vermelho: lembra fogo, calor, excitação, força.

Rosa: suavidade, frescor, fragrância.

Laranja: calor, ação, força, sabor.

34

Marrom: riqueza, solidez, luxúria, desenvoltura.

Amarelo: claridade, esportividade, desenvoltura.

Azul-marinho: frio, formalismo, meditação.

Azul-claro: frescor, fragilidade, juventude.

Verde-escuro: aspecto doentio, barato.

Verde-claro: frescor, fragilidade, juventude.

Púrpura: realeza, imponência, opulência.

Cinza: maciez, docilidade, cautela.

Branco: pureza, limpeza, castidade.

Preto: força, mistério, frieza, suspense.

É verdade que as cores têm grande influência sobre o psicológico humano.

Então quando tomamos consciência desta realidade, aprendemos a usar as

cores para encontrar determinadas respostas até então não obtidas.

Sendo assim entendemos que as cores que o artista Van Dyck, usou para

pintar o quadro Eros E Psique, não tem apenas finalidade estética. Como

você vê, é possível compreender a simbologia das cores e através delas dar

e receber informações.

Atividades

1- Qual é o elemento unificador e que envolve todas as partes da pintura,

valorizando os mínimos pormenores?

2- Quais as cores que aparecem na pintura? Prevalece as cores alegres ou

sombrias? Por quê?

3- Levando em consideração a simbologia das cores qual será razão de

Psique estar usando o manto azul?

4- Pesquise no livro A cor como informação, do autor Luciano Guimarães, o

capítulo vermelho, p. 113

35

5- Por que Eros está usando vestes vermelhas?

6- Observe as outras cores presentes na pintura e associe com a simbologia

das cores.

10.5 UNIDADE V – RECONHECIMENTO DO GÊNERO TEXTUAL POEMA NO

CONTEXTO TEÓRICO.

Colega de trabalho com a língua materna: Antes de iniciar este trabalho, é

importante que os alunos, tenham bem claro o que é poema e o que é poesia.

Sendo assim, proponho fazer uma diferenciação entre poema e poesia.

O autor Cassiano Ricardo (apud COELHO,1976, p. 57).

Que é a poesia?

uma ilha

cercada

de palavras,

por todos

os lados.

O poema, para Antonio Soares Amora (ibid, p. 57), é a fixação material da

poesia, é a decantação formal do “estado lírico”.

O poema é a arte de escrever em verso. Trata–se de uma estrutura textual

formada por versos, estrofes e rimas (quando há), geralmente de pequena extensão.

A poesia e o próprio entusiasmo do seu criador (autor - poeta) que, inspirado

pelos seus sentimentos, revela, no texto (poema), o belo, a fantasia, o sonho.

Portanto, a poesia é o que há de elevado ou comove nas pessoas ou nas coisas.

Transmite encanto, graça e atração. Ela está sempre presente no poeta e pode estar

presente no leitor.

Simplificando. O poema é o texto concreto e a poesia é a essência que este

texto exalta.

36

Atividades

1- Explique o conceito de poesia dado por Cassiano Ricardo.

2 - Na linguagem informativa como definir poesia?

10.6 UNIDADE VI - A POESIA ATRAVÉS DOS TEMPOS: contextualização histórica

e estilística.

Atividades

Reúnam-se em grupos e discutam a seguintes questões, registrando por

escrito as conclusões:

O simbolismo místico de Fernando Pessoa, busca através da poesia Eros e

Psique o autoconhecimento da alma. O poema é composto estruturalmente por trinta

e cinco versos de sete sílabas agrupadas em sete estrofes, simbolicamente, o

número sete designa a totalidade cabalística pode ser observada não só em todo o

poema, mas principalmente nos dois últimos versos da primeira estrofe, onde há a

comparação entre o ser consciente e, o ser inconsciente que habita o espírito

humano. A eternidade, por ser posterior aos sete dias da criação.

“E vê que ele mesmo era

a princesa que dormia”.

1 - Releia os últimos versos do poema de Fernando Pessoa: Como vocês os

interpretam?

2- Relacione a poesia de Eros e Psique com o contexto histórico da sociedade da

época (anos 1934, Coimbra). É possível fazer associação intertextual?

3- Após a leitura e análise da poesia Eros e Psique concluímos que a sua temática é

o amor. Assim sendo, por meio dos mitos e da poesia, explique o que é e como se

manifestou o amor: no início da história, no meio e no fim, quais as transformações

que ocorreram nesse ínterim.

37

Informações úteis ao professor(a): para facilitar a execução das próximas

atividades é interessante trabalhar com a síntese sobre as peculiaridades

estilísticas de Fernando Pessoa, bem como a biografia do autor, seus heterônimos,

e a sociedade da época de Pessoa, então você poderá acessar:

Htpp:\\www.insite.com.br\art\pessoa\mise\info\cronos.html

Atividades

1-Depois de conhecer o poema Eros e Psique, reúna-se com alguns colegas e

pesquisem sobre outras obras de Fernando Pessoa. Busquem também os principais

heterônomos criados pelo autor português. Com a ajuda do (a) professor (a) elabore

um esquema com os poemas pesquisados durante o trabalho e que chamaram sua

atenção e com opiniões e comentários cabíveis sobre essa produção poética.

2- Feita a escolha dos poemas. Organizar uma leitura em voz alta. Realizar uma

exposição oral a respeito dos temas e das interpretações dos poemas. Os grupos

serão os mesmos da atividade anterior, de modo que cada equipe apresente um

aspecto da obra de Pessoa.

Professor(a): É importante lembrar aos alunos, antes da apresentação oral, os

componentes orais da língua: os sons da fala, a entonação, o acento, ou seja, ler

para alguém, requer ritmo, entonação e a cadência melódica.

3- Analisar comparativamente a visão da mulher, expressa no poema com outras

obras literárias que ele nos remete.

4- Observar no poema especialmente a musicalidade, o ritmo binário, a regularidade

na sucessão das rimas. Explicar o significado simbólico do poema, tendo em mente

as características da obra de Fernando Pessoa.

5- No fragmento abaixo, de Eros e Psique do poeta português Fernando Pessoa,

observamos a religiosidade declarado no poema.

[...]

Ele buscando sem tino

Pelo processo divino

Que faz existir a estrada

38

[...]

Religiosidade é uma das características do simbolismo místico de Pessoa. Pesquise

outras características do referido autor.

10.7 UNIDADE VII – CONTEXTUALIZAÇÃO POÉTICA COMO ESTUDAR POESIA?

Para essa interpretação contextualizada da poesia, nos seus elementos

estruturais da linguagem Octavio Paz (apud COELHO, 1976, p. 58) afirma que

devemos ter os seguintes os seguintes pré–requisitos: certa pré-disposição de

espírito, inúmeros conhecimentos teóricos precisam se coordenar na nossa mente.

Só dentro dessas condições, será possível uma análise profunda da poesia.

Os elementos estruturais da linguagem poética: metro, rima, ritmo, estrofes e

sinais de pontuação.

Atividades

1- Do ponto de vista dos versos:

a) Quantas estrofes há e quantos versos tem o poema Eros e Psique?

b) Há rimas?

c) Os versos tem o mesmo número de sílabas? A mesma métrica?

d) É importante essa regularidade? Por quê?

Os processos imagísticos básicos que permitem a transfiguração da realidade em

poesia: Comparação, imagem, metáfora, símbolo, alegoria, etc.

Orientação ao professor(a): assistir ao filme O carteiro e o poeta para explorar o

conceito de comparação e metáfora. Este filme foi feito na Itália em 1994, sob

direção de Michael Redford e baseado num romance do escritor chileno Antonio

Skámeta.

39

Atividades

1- Observar o discurso oral do outro e fazer anotações, é uma atividade corriqueira e

também útil, pois saber tomar notas sobre os discursos alheios, nos ajuda na

redação e também organizar melhor nossos registros, e facilita se for necessário

expor para outro o que você ouviu.

Exemplo: Um palestrante fala num saguão de uma determinada escola, a respeito

de uma descoberta científica. É comum anotarmos, o que julgamos importante.

Assistir ao filme e em seguida anotar os fatos que mais lhe chamaram atenção.

2- Convidar os alunos que queiram falar espontaneamente sobre o filme. Encaminhe

a discussão.

Professor(a): Depois de ver ao filme, sugiro levar impresso para o aluno o trecho no

qual acontece o diálogo em que Mário lê um livro e passa a se interessar pela

poesia. Peça para a classe que faça a leitura e incentive comentários

Como as questões abaixo:

Atividades

1- O que acharam da conversa entre os personagens Dom Pablo e Mário?

2- Qual era o assunto das personagens?

3- Metáfora (do grego ”transportar”), portanto, designa a transposição de uma

realidade à outra, a partir de elementos semelhantes existentes entre as duas. No

texto, observamos o seguinte exemplo de metáfora, dado por Neruda: “O céu está

chorando”. Como você interpreta está metáfora?

4- A metáfora é muito comum no dia a dia, não apenas nos textos literários. Cite três

exemplos de metáforas.

5- Neruda explica para Pablo o que é uma metáfora. Então Pablo pede um exemplo.

Neruda recita um poema. Copie o poema observando o uso das metáforas. Como

você as interpretaria?

40

Professor(a): Os filmes abaixo sugeridos cujo a temática é poesia, poderão ser

utilizados durante a unidade trabalhada, complementando assim o conteúdo

aplicado.

Poesia (Shi)

Asas do Desejo

10.8 UNIDADE VIII–CONTEXTUALIZAÇÂO CRÍTICA DA POESIA

É o confronto de leitura no tempo e no espaço. Essa análise nos dá a

dimensão que as obras carregam consigo no universo da cultura.

Texto

Para entender Eros e Psique tivemos que voltar para a Mitologia Grega, que

narra a vida dos deuses, que mesmo sendo imortais amam e odeiam. A busca da

mitologia para compreender os fenômenos humanos já realizada pela psicologia

analítica e pela psicanálise. Isso devido ao conhecimento do mito possibilitar a

compreensão do coração humano, bem como dos dramas e paixões. O mito é algo

depurado que sobrevive ao longo da história. Tem, portanto, “uma natureza” imortal,

porque fala da essência do humano, que não se explica pelo racionalismo. O mito é

considerado um arquétipo.

Atividades

1- Faça uma pesquisa sobre:

Com a evolução dos tempos e da literatura, o que se perdeu da herança

cultural dos gregos? O que se conserva até hoje?

2- Sobre a temática da poesia Eros E Psique: O amor

Sabemos que antigamente, o relacionamento emocional das pessoas, era

simples de categorizá-los: solteiro, namorado, amasiado, casado, separado,

viúvo. Hoje a situação é outra bem mais complexa, já que o namoro tomou

características de casamento, e este se tornou muito volátil.

41

Atividade

1- Recorte de revistas, possíveis tipos de relacionamentos amorosos

descritos em imagens.

10.9 UNIDADE IX Contextualização presentificadora e temática

Tem por finalidade mostrar a atualidade da obra associando-a ao mundo

social.

1- A temática da obra Eros e Psique de Fernando Pessoa, aborda questões tais

como: o amor, o consciente e o inconsciente, mortal e imortal. Comente em

que outras dimensões a referida obra mostra a atualidade associada à vida

social.

EXPANSÃO DE IDEIAS

Busca a possibilidade de diálogo com outras obras, fazendo

intertextualidade. Este trabalho é essencialmente comparativo.

Algumas informações importantes para o professor:

Professor, o trabalho ficará mais interessante se você levar para a sala de

aula o livro A bela e a Fera das autoras Gabrielle-Suzane Barbort e o livro A

Bela Adormecida dos Irmãos Grimm.

Atividade

1- Após realizar a leitura oral os alunos deverão fazer uma análise comparativa

entre as obras. Observando em que se assemelham e em que se diferem.

2- Expansão de idéias – Visita ao museu virtual.

Na sala informática os alunos irão visitar, virtualmente, o museu do LOUVRE de

Paris.

pt.Wikipedia org./Wiki/Museu-do-Louvre.

Visitando um museu de arte

42

Um museu se define como “uma instituição permanente, sem finalidade lucrativa, a

serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que se realiza

investigações que dizem respeito aos testemunhos matérias do homem e do seu

meio ambiente, adquire os mesmos, conserva-os, transmite-os e expõe-nos

especialmente com intenções de estudo, de educação e de deleite”. (Conselho

Internacional de Museu - ICOM-1995).

Professor (a): Se tiver a possibilidade de fazer uma visita ao museu de arte, sugiro

uma conversa com os alunos. Ao visitar um museu de arte, devemos interagir com

as obras de arte, através de nosso olhar, percebendo os detalhes e a totalidade da

obra, observar as verdadeiras cores usadas pelo artista, percebendo a sua estética

e o movimento da composição, a proposta do artista e a emoção ali preservada. É

importante refletir suas contribuições - passadas, presentes e futuras – para a

formação da nossa sociedade.

Realizadas as contextualizações é o momento da segunda interpretação.

Professor (a): Para finalizarmos o trabalho pedir para os alunos escreverem um

resumo sobre a unidade didática estudada. Recolher para fazer um paralelo com a

primeira interpretação realizada pelos alunos no início da unidade didática.

Observar se houve progresso, se de fato ampliou os horizontes de expectativas

dos alunos por meio da prática de leitura de poesia via outras artes pintura, mito.

Se os alunos compreenderam a ideologia dos discursos e das esferas estudas.

Houve a interação de diversos níveis de conhecimento, como linguístico, textual e

de mundo. Será que nós professores encontramos algum meio para que o aluno

consiga dar sentido à leitura, que todos se sintam incluídos nesta prática.

43

11. AGRADECIMENTOS

A DEUS, OBRIGADA SENHOR, POR VOSSA INFINITA BONDADE, PORQUE ME

SUSTENTOU DURANTE TODO O CURSO E TER ME DADO O DOM DA VIDA E

MUITAS BENÇÂOS E CONDIÇÔES PARA QUE EU CHEGASSE COM

MOTIVAÇÂO E SABEDORIA À REALIZAÇÂO DESSE TRABALHO.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO GOVERNO DO PARANÁ

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE - UNICENTRO

ORIENTADORA – Prof.ª. Patrícia Elisabel Bento Tiuman

CORPO DOCENTE DE IRATI E DE GUARAPUVA

SECRETARIA DO PDE - UNICENTRO

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÂO - IRATI

COÉGIO ESTADUAL FRANCISCO RAMOS – GUAMIRANGA

COLEGAS PDE\2012

FAMILIARES PRÓXIMOS E AMIGOS.

REFERÊNCIAS

AVERBUCK, M. L; AGUIAR. Tv (Orgs) Leitura em Crise na Escola: as alternativas do professor, 9ª edição, Mercado Aberto, 1989. CARVALHAL, T. F. O próprio e o alheio: ensaios de literatura comparada São Paulo: Ática, 2003.

COELHO, Nelly Novaes. Literatura e Linguagem. Segunda edição. São Paulo,

Editora Quíron,1976

COSSON, Rildo. Letramento Literário: Teoria e Prática. São Paulo, Editora Contexto, 2007. COUTINHO Iluska Maria da Silva http//pt.scribd.com/doc/58179841/Leitura-e-Análise-Da-Imagem. CULLER J. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Beca, 1999. ELIAS José, Segredinhos de amor, 2ª edição. São Paulo, Editora Moderna, 2002.

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44

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