ficha de identificaÇÃo - operação de migração para o novo data center da … ·...
TRANSCRIPT
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO
Título: Produção de materiais didático-pedagógicos como ferramenta para uma
melhor qualidade das aulas de Ciências.
Autor: Paulo Roberto Rodrigues Amaro.
Disciplina: Ciências.
NRE: Paranaguá-PR.
Escola de Implementação do Projeto e localização: Colégio Estadual Porto
Seguro, Paranaguá-PR.
Município: Paranaguá-PR.
IES: Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá-
FAFIPAR.
Professora orientadora: Dra. Danyelle Stringari.
Relação interdisciplinar: Biologia, Artes, Língua Portuguesa, Química,
Matemática, História, Geografia.
Resumo: A Genética faz parte do nosso cotidiano e aparece constantemente
na mídia através de temas polêmicos, como, por exemplo, as células-tronco, o
DNA como comprovação de paternidade e elucidação de crimes, alimentos
transgênicos e clonagem. Entre os conteúdos de Ciências a Genética é
apontada como o mais difícil de compreensão e assimilação pelos alunos. Por
este motivo, esta produção didático-pedagógica, visa contribuir como subsídio
e apoio aos professores com propostas de atividades que podem ser
realizadas na escola e auxiliá-los na prática docente.
Palavras-chaves: Ciências, Genética, DNA, Laboratório, Material Didático.
Formato: Unidade Temática.
Público alvo do material didático: Professores de Ciências.
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 3
2 MATERIAL DIDÁTICO .................................................................................... 4
2.1 ATIVIDADE 1 – DNA COMESTÍVEL ........................................................... 6
2.2 ATIVIDADE 2 - ORIGAMI DE DNA.............................................................. 7
2.3 ATIVIDADE 3 – EXTRAINDO O DNA DO MORANGO ............................... 9
2.4 ATIVIDADE 4 - EXTRAÇÃO DE DNA A PARTIR DE BIFE DE FÍGADO . 11
3 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS ........................................................... 15
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 18
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 19
1 APRESENTAÇÃO
Esta produção didático-pedagógica, no formato de unidade temática,
tem o título - PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS COMO
FERRAMENTA PARA UMA MELHOR QUALIDADE DAS AULAS DE
CIÊNCIAS. Destina-se aos professores de Ciências e tem o objetivo de,
através da interdisciplinaridade, produzir materiais didático-pedagógicos
utilizando mídias, tecnologias educacionais e ferramentas computacionais para
desenvolver estratégias e recursos didáticos como possibilidades de propostas
pedagógicas para o ensino de Ciências. Tem a finalidade de ser mais um
subsídio a ser utilizado pelo professor na sua prática docente, vindo de
encontro às necessidades da relação do conteúdo e o cotidiano, do
conhecimento com o espaço escolar e da teoria com a prática. De acordo com
as propostas educacionais e pedagógicas vigentes, este material didático faz
uma relação entre a escola e o mundo do trabalho, levando o professor a
refletir a partir de suas práticas em sala de aula e a buscar novas abordagens e
metodologias. Após uma pesquisa realizada no Colégio Estadual Porto Seguro
com professores de Ciências, o tema que mais despertou interesse foi a
Genética, devido à complexidade e a falta de atividades estratégicas e
metodológicas que despertem o interesse e a curiosidade, fatores essenciais
da motivação para a aprendizagem. O formato de unidade temática se deve ao
fato de que a abordagem e a metodologia são facilitadas pela linguagem clara
e objetiva, expressadas de forma simples e direta, de fácil leitura e
compreensão. Pretende-se, então, criar um espaço de investigação e
construção de conhecimento coletivo e interdisciplinar, possibilitando a
interpretação dos fenômenos que envolvem a Genética. De acordo com as
Diretrizes Curriculares da Educação Básica, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná, da disciplina de Ciências, o material didático em questão
está inserido no Conteúdo Estruturante: Sistemas Biológicos, no Conteúdo
Básico: Mecanismos de Herança Genética e no Conteúdo Específico: Estrutura
e Funcionamento do DNA, para o 9º ano do Ensino Fundamental.
2 MATERIAL DIDÁTICO
Não há dúvidas em dizer que a curiosidade é inerente ao ser humano e
que o estimula a colher informações das coisas que o cercam. Dessa
característica humana surgem as ideias para interpretar os fatos inerentes ao
conhecimento e à ciência. Na busca de respostas para explicar a razão pela
qual seres humanos geram seres humanos, pássaros geram pássaros e ratos
geram ratos, nasceu a Genética (MENDES et al., 1978).
O termo genética foi usado inicialmente pelo biólogo inglês William
Bateson, em 1905. Deriva do grego génesis, que significa geração. Portanto,
Genética é o ramo da Biologia que estuda o mecanismo de transmissão dos
caracteres de uma espécie, passados de uma geração para outra. Por
definição, Genética é a ciência da hereditariedade (PAULINO, 1997).
Apesar do estudo da Genética historicamente ter-se iniciado com as
experiências de Mendel com ervilhas e as experiências de Morgan e as
moscas de vinagre, os progressos mais recentes e significativos se deram no
campo da moderna biotecnologia. Com o seu desenvolvimento houve uma
contribuição significativa para a elevação do padrão de vida do homem.
Atualmente a moderna biotecnologia tem impulsionado setores como a
agricultura, a medicina, a ecologia e a pecuária. A Engenharia Genética é o
novo e promissor ramo da biotecnologia que já colocou no mercado a insulina
humana, o hormônio de crescimento e a vacina de hepatite B. Desde a década
de 1970 quando se conseguiu transplantar um gene de um organismo para
outro diferente, pela primeira vez, teve início a mais espetacular revolução
científica de nossos dias. Nos institutos genéticos de vários países do mundo
acham-se em testes inúmeras outras substâncias, como anticorpos,
anticancerígenos e diversas vacinas, baseado no livro de Wilson Roberto
Paulino, 1997.
O conhecimento das leis da Genética permite selecionar cruzamentos de
animais ou de plantas, de forma a obter variedades mais produtivas ou mais
resistentes a pragas ou ao frio, por exemplo. É também com o auxílio da
Genética que se pode indicar a probabilidade de um casal ter um filho com
alguma anomalia hereditária (LINHARES et al., 1994).
Liderado pelo Departamento de Energia e pelo Instituto Nacional de
Saúde dos Estados Unidos, com um investimento global na ordem de 3 bilhões
de dólares, foi iniciado oficialmente em outubro de 1990 o Projeto do Genoma
Humano, com a missão de mapear e sequenciar os quase 100 mil genes do
corpo humano. “Mapear o genoma significa saber em que ordem os genes
estão no DNA. Sequenciar os genes é como olhar dentro deles e descobrir a
ordem dos pares de base”, explica a citogeneticista da Universidade de São
Paulo, Karla Rosemberg. Com o Projeto Genoma o diagnóstico, a prevenção e
a cura de quase seis mil doenças genéticas já classificadas estão próximos de
se concretizar (PAULINO, 1997).
Todos os organismos vivos armazenam todas as suas informações
genéticas codificadas e contidas nos ácidos nucléicos (DNA, ácido
dioxirribonucléico e RNA ácido ribonucléico). A molécula de DNA é conhecida
como a molécula da hereditariedade, pois dentro dela estão contidas todas as
informações genéticas das quais o novo indivíduo necessita para ser formado.
Na molécula de DNA existem duas longas fitas de nucleotídeos que se enrolam
formando uma estrutura de dupla hélice. Essa molécula se auto reproduz e
sintetiza o RNA que é uma fita simples que atua na síntese de proteínas. Cada
nucleotídeo é composto por um açúcar, uma base nitrogenada e um fosfato, o
açúcar é uma pentose do tipo desoxirribose no DNA e ribose no RNA. As
bases nitrogenadas são de 4 tipos A (adenina), C (citosina), T (timina), G
(guanina) para o DNA. No RNA a base T (timina) é substituída pela base U
(uracila). Para as duas fitas se ligarem e enrolarem formando uma dupla hélice,
as bases se conectam através de ligações formando pontes de hidrogênio
entre as bases complementares (A e T, G e C no caso do DNA e no caso do
RNA A e U). Quando ocorre a duplicação do DNA uma enzima separa as duas
fitas da dupla hélice, e a informação contida no DNA é transferida para uma
molécula de RNA, essa molécula é muito semelhante ao DNA, porém é
constituída de um único filamento e sua função é reproduzir a sequência de um
dos filamentos do DNA, atuando como intermediário na construção de uma
proteína. Cada uma das hélices do DNA serve como molde para a construção
do novo DNA, baseado no texto de Geisiele Marchan, 2008.
A inserção de atividades experimentais na prática docente apresenta-se
como uma importante ferramenta de ensino e aprendizagem, quando mediada
pelo professor de forma a desenvolver o interesse nos estudantes e criar
situações de investigação para a formação de conceitos (DIRETRIZES
CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ- DISCIPLINA DE CIÊNCIAS,
SEED, 2008).
2.1 ATIVIDADE 1 – DNA COMESTÍVEL
Esta atividade está no site da SEED, Molécula Comestível, disponível
em
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/36207430dna_co
mestivel.pdf
O objetivo específico desse material didático é entender os conceitos de
genética básica, demonstrar como podemos identificar o DNA através de
elaboração e criação de modelos e, ainda, mostrar ao aluno a forma
geométrica de uma molécula de DNA de forma prática e diferente. Esta
atividade pode ser realizada em sala de aula ou em outro espaço escolar, não
necessitando do laboratório de Ciências para a sua realização. Os alunos
poderão estar organizados em grupos. Eles montarão a estrutura de um DNA.
Para que os alunos possam entender o modelo construído é necessária uma
exposição do conteúdo básico de Genética e DNA. Após a construção do
modelo será realizada uma atividade avaliativa.
MATERIAIS UTILIZADOS
1 Pacote de balas de goma de diferentes cores
1 Caixa de palitos de dente
1 Alicate
1 Régua
PROCEDIMENTOS
a)Cortar o arame em dois pedaços de aproximadamente 40 cm cada;
b)Escolher 4 cores de bala de goma. Separar as cores que farão pares entre as
fitas de DNA. Não esquecer de anotar qual cor representará qual base
nitrogenada;
c)Espetar as balas nos arames, respeitando os pares escolhidos;
d)Colocar os palitos entre as balas para fazer a ligação entre os dois arames.
Colocar 3 palitos em um par de cores e dois palitos em outro par de cores,
sempre respeitando os pares;
e)Torcer levemente cada parte do arame.
AVALIAÇÃO
Após a construção do modelo, cada grupo apresentará o seu modelo
explicando-o baseado em pesquisas previamente realizadas sobre o tema
DNA. Os critérios da avaliação serão:
a)Clareza da exposição;
b)Participação do grupo;
c)Relação de coerência entre o modelo e a pesquisa realizada.
2.2 ATIVIDADE 2 - ORIGAMI DE DNA
Esta atividade está no site O DNA vai à Escola, Escola Parque,
disponível em www.odnavaiaescola.com.br/origami.pdf
Origami é a arte japonesa de dobrar papel. O nome tem origem na
palavra japonesa ori (dobrar) e kami (papel), que juntas formam Origami. Para
fazer Origami, basta um pedaço de papel quadrado, cujas faces podem ou não
ser de cores diferentes, e prosseguir com uma série de dobraduras definidas,
sem cortar o papel. O Origami nasceu há quase mil anos na Corte Imperial
Japonesa, onde era tido como passatempo. Mais tarde o povo japonês o
adotou como arte. No Japão atual o Origami é muito praticado entre indivíduos
de todas as idades. Por ter um papel importante no desenvolvimento intelectual
da criança, pois exige concentração, estimula a imaginação e desenvolve a
destreza manual, esta arte foi abraçada também por outras culturas. As regras
básicas do Origami são: usar folhas de papel
quadrado e não cortar o papel, baseado no texto de O DNA vai à Escola,
Escola Parque, disponível em www.odnavaiaescola.com.br/origami.pdf.
Esta atividade pode ser realizada em sala de aula ou em outro espaço
escolar, não sendo necessário realizá-la no laboratório de Ciências. Esta
atividade pode ser realizada individualmente, sendo necessária uma exposição
prévia do conteúdo básico de Genética e DNA. Para a confecção do origami
pode-se trabalhar interdisciplinarmente com a disciplina de Artes.
Após a exposição prévia do conteúdo, a problematização e
contextualização necessárias será construído o modelo de DNA com a técnica
do origami. Depois da construção do modelo de DNA será realizada uma
atividade avaliativa.
MATERIAL UTILIZADO
1 Folha de papel
Lápis de cor, canetas para colorir ou tintas e pincéis nas cores: azul, verde,
rosa, amarelo ou cores de sua preferência.
1 Régua
PROCEDIMENTOS
a)Numa folha de papel desenhar o modelo de DNA, com orientação
antiparalela, colocando nas laterais da dupla hélice. As bases nitrogenadas
estão na parte interna da dupla hélice. Os emparelhamentos das bases
aparecem em linhas diagonais. As ligações de hidrogênio são representadas
por linhas diagonais que unem as bases complementares.
b)Utilizar a cor azul para Timina, a verde para Adenina, a rosa para Guanina,
amarelo para Citosina. Pode-se colorir na sequencia que quiser, mas sempre
obedecendo à regra do pareamento: Timina- Adenina; Guanina- Citosina;
c)Iniciar a dobradura colocando a folha em pé, dobrando as linhas contínuas
para baixo, no estilo “montanha”;
d)Dobrar as pontas pontilhadas para cima, no estilo “vale”;
e)O papel após a dobradura ficará com o formato de um trilho de trem;
f)Dobrar ao meio juntando ambas as partes para que a dobradura lembre uma
escada;
g)Posicionar o lado da folha escrito frente para você e dobrar as linhas
horizontais de cada triângulo para baixo e desdobre. Segir dobrando e
desdobrando até o último da sequência;
h)Virar o papel e, nas costas, dobrar as diagonais delineadas por linhas
pontilhadas. As dobras devem ser feitas apenas com a intenção de marcar o
papel, por isso deve-se dobrar e desdobrar;
i)Dobrar as laterais, de maneira que fiquem em pé;
j)Começar a torcer o molde dobrando sucessivamente na linha contínua e na
linha pontilhada, até que ele fique compacto.
AVALIAÇÃO
Com base no modelo construído, será realizada uma atividade
avaliativa. Após a exposição do conteúdo e as devidas pesquisas, o aluno
deverá redigir um resumo observando os conceitos de DNA, Genética e a
importância de um modelo para explicar o fenômeno. Os critérios dessa
avaliação serão: a coerência, a clareza e os conceitos utilizados no
desenvolvimento do texto.
2.3 ATIVIDADE 3 – EXTRAINDO O DNA DO MORANGO
Esta atividade está no site Extraindo o DNA do Morango, SEED- PR.
Disponível em
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/13901229dna.pdf.
Esta atividade deverá ser realizada no laboratório de Ciências, devido a
utilização de materiais específicos.
O objetivo desta atividade é refletir sobre a Genética e suas implicações,
bem como a relação do DNA com o código da vida.
Esta atividade pode ser organizada em grupos, sendo que se faz
necessária uma exposição prévia do conteúdo de Genética e DNA,
complementando-se com pesquisas sobre o assunto. Após a exposição do
conteúdo será realizada a atividade de extração do DNA do morango. Depois
da extração do DNA do morango será realizada uma atividade avaliativa com
questões relacionadas a esta prática e ao conteúdo.
MATERIAL UTILIZADO
A quantidade de material depende do número de equipes.
Vidrarias e Equipamentos
Bequer de 250 mL
Bequer de 100 mL
Proveta
Tubo de ensaio grande
Bastão de vidro
Almofariz e pistilo
Funil pequeno
Papel filtro
Balança
Reagentes e Substâncias
Água mineral
Água destilada
Detergente incolor
1/2 morango
Álcool absoluto
NaCl
Palito de madeira
PROCEDIMENTOS
a)Adicionar em um bequer de 250 mL, 90 mL de água mineral, 5 mL de
detergente incolor e 1,5 g de NaCl, preparando uma solução de extração;
b)Com o auxílio do almofariz e do pistilo, macerar ½ morango (sem as
sépalas);
c)Em seguida, misturar o morango macerado à solução de extração, mexendo
rigorosamente por 1 minuto;
d) Em um funil pequeno colocar o filtro de papel e filtrar a solução preparada
anteriormente (junto com o morango macerado), em um tubo de ensaio grande,
preenchendo apenas 1/8 de seu volume;
e)Devagar adicionar álcool absoluto bem gelado até a metade do tubo
(deixando-o escorrer pela parede do tubo).
OBSERVAÇÕES
A adição do sal (NaCl) proporcionará ao DNA um ambiente adequado. O
sal contribui com íons positivos que neutralizam a carga negativa do DNA.
Numerosas moléculas de DNA podem coexistir nessa solução.
O detergente afetará as membranas porque elas são formadas de
lipídeos. Com a ruptura das membranas o conteúdo celular, incluindo as
proteínas e o DNA, soltam-se e dispersam-se na solução. A função de algumas
dessas proteínas é manter o DNA enrolado numa espiral muito apertada.
Ao colocar o álcool bem gelado na solução de extração misturada com o
morango macerado, será possível observar a precipitação da fita de DNA. Isso
ocorre devido ao fato do DNA ser insolúvel em álcool, ou seja, ele não se
dissolve no álcool, tornando possível sua visualização. O DNA é menos denso
que a água e a mistura aquosa dos restos celulares.
AVALIAÇÃO
A atividade avaliativa pode conter as seguintes questões para a equipe
responder:
a)Podemos falar de Genética sem falar de DNA?
b)O que caracteriza o DNA e sua relação com o código da vida?
c)Qual outro tipo de fruta pode-se realizar essa atividade?
Os critérios da atividade avaliativa serão a coerência das respostas, os
conceitos utilizados e o trabalho em grupo.
2.4 ATIVIDADE 4 - EXTRAÇÃO DE DNA A PARTIR DE BIFE DE FÍGADO
Esta atividade está no site Extração do DNA a partir de Bife de Fígado,
SEED, disponível em
www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/12406827extracao_dna
_figado.pdf.
Esta atividade poderá ser realizada no laboratório de Ciências e em
equipes.
Para realizar esta atividade é necessária uma exposição prévia a
respeito do DNA e de Genética básica. Após a extração do DNA do bife de
fígado, será realizada uma atividade avaliativa com questões sobre o conteúdo
e observações do fenômeno.
O material utilizado depende do número de grupos.
MATERIAL UTILIZADO
Bife de fígado de 300g
Liquidificador
Sal
Detergente de lavar louça transparente
Água morna
Copos de vidro transparente
Palitos de madeira
Álcool absoluto (ou isopropanol)
Coador
PROCEDIMENTOS
a)Cortar o bife em pedaços pequenos;
b)Colocar no liquidificador;
c)Adicionar água morna e sal (aproximadamente 5 pitadas);
d)Bater por 10 minutos;
e)Passar a mistura para um copo através de um coador, enchendo mais ou
menos metade do copo;
f)Misturar no copo lentamente para não fazer bolhas, 2 a 3 colheres de chá de
detergente transparente;
g)Lentamente adicionar o isopropanol no copo até encher;
h)Não misturar o álcool com a solução, deixar o álcool permanecer como uma
camada isolada no topo da solução;
i)Esperar mais ou menos 5 minutos;
j)O DNA deverá surgir na superfície da solução.
k)”Pescar” o DNA com um palito.
OBSERVAÇÕES
O DNA está no núcleo da célula. As membranas celulares são formadas
por uma dupla camada lipídica. Enzimas são catalisadores que aceleram as
reações químicas.
Nesta atividade, as células serão lisadas, liberando todo o conteúdo
celular. O DNA será separado da mistura contendo as organelas e proteínas e
poderá ser observado a olho nu.
O sal proporciona um ambiente favorável para o processo de extração,
pois contribui com íons positivos (Na+) que neutralizam a carga negativa do
DNA.
A função do liquidificador é quebrar mecanicamente as membranas da
célula.
As enzimas presentes no detergente desestruturam as moléculas de
lipídios presentes nas membranas celulares.
O DNA é insolúvel em álcool e deste modo se separa da solução. O
DNA tem também, menor densidade que os outros constituintes celulares, por
isso surge na superfície da solução.
A estrutura de dupla hélice só pode ser visualizada de modo indireto e
através de aparelhos sofisticados. O que podemos observar são milhares de
fitas de DNA juntas.
AVALIAÇÃO
Após a extração do DNA e rever as observações do fenômeno
relacionado ao conteúdo de Genética e DNA, será realizada uma atividade
avaliativa.
A atividade avaliativa pode conter as seguintes questões para a equipe
responder:
a)Qual é a função do sal no processo de extração do DNA nesta atividade?
b)Por que utiliza-se o liquidificador no processo de extração de DNA nesta
atividade?
c)Relate o que acontece quando é adicionado o detergente nesta atividade.
d)Qual é a função do álcool nesta atividade?
e)A dupla hélice do DNA pode ser vista nesta atividade? Por quê?
Os critérios da atividade avaliativa serão a coerência das respostas em
relação ao conteúdo estudado, os conceitos utilizados n elaboração das
respostas e o trabalho em grupo.
3 ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
Segundo a Coleção Cadernos do Ensino Fundamental de Ciências,
1994, as experiências despertam em geral um grande interesse nos alunos,
além de propiciar uma situação de investigação. No entanto, não é suficiente
“usar o laboratório” ou fazer experimentos, podendo mesmo, essa prática, vir a
reforçar o caráter autoritário e dogmático do ensino de Ciências, além de
descaracterizar uma proposta pedagógica mais avançada. As atividades
experimentais, no ensino de Ciências, devem ser garantidas de maneira a
evitar que a relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia. Isto é,
que as experiências práticas não apresentem ligação com a teoria que está
sendo “trabalhada” com os alunos. Se os experimentos forem realizados
“descolados” da teoria e da realidade, isso com certeza vai se transformar em
pura magia. Em muitas escolas os experimentos, quando ocorrem, são simples
demonstrações mágicas pelo professor. Na maioria, das vezes, os alunos não
participam ativamente fazendo o experimento. Considera-se mais conveniente
um trabalho experimental que dê margem à discussão e interpretação de
resultados obtidos, com o professor atuando no sentido de apresentar e
desenvolver conceitos, leis e teorias envolvidos na experimentação. Dessa
forma, o professor será um orientador crítico na construção do conhecimento,
distanciando-se de uma postura autoritária e dogmática de ensino. Outro dado
importante com relação ao experimento é que este não precisa
necessariamente de laboratório, podendo ser praticado na própria sala de aula
ou em outros espaços escolares.
O processo ensino-aprendizagem é altamente complexo, mutável no
tempo, envolve múltiplos saberes e está longe de ser trivial. Uma concepção de
homem menos ingênua, que envolva sua circunstância social, seu processo de
elaboração do conhecimento revela as diversas maneiras de como se efetua a
aprendizagem. Um único método de ensino não é capaz de dar conta das
diversas formas de aprender. O professor, ao propor atividades experimentais,
precisa considerar que sua intervenção (mediação didática) será essencial para
a superação da observação como simples ação empírica e de descoberta. As
atividades experimentais possibilitam ao professor gerar dúvidas, problematizar
o conteúdo que pretende ensinar e contribuem para que o estudante construa
suas hipóteses (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-
DISCIPLINA DE CIÊNCIAS, SEED, 2008).
Valorizar os resultados considerados “errados” e experimentos que “não
funcionaram”. Tais “fracassos” devem ser úteis sob o ponto de vista
pedagógico, no sentido de se investigarem as causas dessas incorreções,
geralmente ligadas aos limites de correspondência entre os modelos científicos
e a realidade que representam. Entretanto, o uso pedagógico do erro e do
fracasso das experiências não deve criar a expectativa de que as investigações
na escola podem refutar teorias científicas (DIRETRIZES CURRICULARES DO
ESTADO DO PARANÁ- DISCIPLINA DE CIÊNCIAS, SEED, 2008).
Para utilizar este material didático e realizar as atividades seguem
algumas sugestões com a finalidade de suporte e apoio aos educadores:
a)No Portal Dia-a-dia, da SEED, nos Recursos Didáticos, há um vídeo,
categoria animação, com duração de 2:50 minutos, cujo título é DNA, A
Molécula da Vida. É um vídeo interessante sobre os componentes que formam
o ácido desoxirribonucleico (DNA) e sua importância para a vida.
b)Também no Portal Dia-a-Dia, da SEED, nos Recursos Didáticos, com
duração de 3:28 minutos, há um vídeo, categoria animação, com o título de O
que é câncer? A animação aborda um assunto atual, mostrando a doença em
uma situação familiar e comum, com informações sobre o que é, como se
forma, diagnósticos, tratamento, cuidados e recomendações.
A utilização das tecnologias e multimeios pode ser uma opção
metodológica e uma estratégia para problematizar e contextualizar os
conteúdos, além de despertar o interesse e motivar o aluno.
O vídeo DNA, A Molécula da Vida, pode ser trabalhado para reforçar ou
até verificar se houve superação do conhecimento, ou ainda servir de
introdução ao tema.
O vídeo O que é câncer?, Além de despertar a sensibilidade, traz à luz
do diálogo e da ciência essa questão tão difícil de lidar.
Na confecção de origami pode ser trabalhada a interdisciplinaridade,
com História, Artes e Matemática.
Na elaboração de relatórios, resumos e textos podem ser trabalhados
através da interdisciplinaridade com a disciplina de Língua Portuguesa.
As atividades propostas podem ser realizadas em vários lugares do
espaço escolar, demonstrando que ciência pode ser aprendida não só na sala
de aula ou no laboratório de Ciências, e ainda podem ser utilizadas as diversas
tecnologias disponíveis, com criatividade e dinamismo.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta unidade temática visa contribuir e subsidiar através das atividades
propostas, com a melhoria da qualidade das aulas de Ciências. Com o uso das
tecnologias e buscando cada vez mais aprimorar a prática em sala de aula,
superando as lacunas existentes entre a formação inicial e as exigências da
prática docente, fortalecemos o trabalho coletivo como forma de reflexão
teórica e construção dessa mesma prática. Nosso desafio como educadores
que somos é imenso, consiste em superar os obstáculos da sociedade em que
vivemos, de contradições, de precariedades e desvalorização do magistério,
seja pelas políticas públicas de financiamento à Educação, seja pelos valores
dessa mesma sociedade refletida na postura dos alunos nas salas de aula, e
que defrontamos diariamente em nosso trabalho de ensinar.
REFERÊNCIAS
COLEÇÃO CADERNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL-CIÊNCIAS. SEED- PR,
1994.
DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ- DISCIPLINA DE
CIÊNCIAS, SEED, 2008.
Extração do DNA a partir de Bife de Fígado. Disponível em
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/12406827
extracao_dna_figado.pdf acesso em 28/11/2012.
Extraindo o DNA do Morango. SEED- PR. Disponível em
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/13901229dna.pdf
acesso em 29/11/2012.
Extraindo o DNA do Morango. Texto de Geisiele Marchan, 2008. Disponível em
http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=fef&cod=extraindoodnado
morango acesso em 29/11/2012.
LINHARES, S.,GEWANDSZNAJDER, F. Biologia Hoje: genética, evolução,
ecologia. v. 3. 4. ed. São Paulo: Ática, 1994.
MENDES, M. R., CAPARICA FILHO, N. U., BRANDÃO, J. P. L. Biologia:
origem da vida- genética- evolução – para o segundo grau. Rio de Janeiro: Ao
Livro Técnico, 1978.
Molécula de DNA Comestível. SEED- PR. Disponível em
http://www.ciencias.seed.pr.gov.br/modules/links/uploads/21/36207430dna_co
mestivel.pdf acesso em 28/11/2012
Origami de DNA. Escola Parque. Disponível em
www.odnavaiaescola.com.br/origami.pdf acesso em 29/11/2012.
PAULINO, W. R. Biologia Atual: Citologia, Histologia. v. 1. São Paulo: Ática,
1997.
PAULINO, W. R. Biologia Atual: Reprodução e Desenvolvimento- genética,
evolução, ecologia. v. 3. São Paulo: Ática, 1997.