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BO LE TIM EDITORIAL Fevereiro | 2018 POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA Febre amarela: um desafio para a saúde pública O importante aumento no número de casos da febre amarela no Brasil nos úlmos anos, especialmente na região Sudeste, tem despertado especial atenção para a nossa saúde pública. Preocupa-nos ver os serviços lotados de pacientes, que demandam por profissionais preparados para lidar com a situação. Observamos mortes pela doença. Antes, observávamos correria e filas por vacinas em postos de saúde e clínicas de imunização; agora, sobram doses e a população com medo dos efeitos adversos. É nosso dever alertar que a vacinação é a forma mais eficaz e segura de proteção contra a doença. O desconhecimento ainda é evidente e o impacto para a Infectologia é direto, como a especialidade mais habilitada para lidar com a febre amarela. A questão é grave. A preocupação social é significava. O alerta é evidente e muito precisa ser feito ainda. A SBI está trabalhando incansavelmente diante desse importante desafio, orientando a população através do “Fale conosco” e de suas redes sociais, ministrando aulas, elaborando documentos de apoio, servindo como fonte junto aos principais meios de comunicação, com o objevo de esclarecer e conscienzar apropriadamente os profissionais de saúde e a população leiga sobre a doença. Nossos esforços não podem parar. Um abraço, Sergio.

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Page 1: Fevereiro - Sociedade Brasileira de Infectologia · pediátrica, foram descritos 13 casos de infecção atribuída a M. osloensis, sendo este o quinto caso relatado de bacteremia

BOLETIM

EDITORIAL

Fevereiro | 2018

POR SERGIO CIMERMAN, PRESIDENTE DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE INFECTOLOGIA

Febre amarela: um desafio para a saúde pública

O importante aumento no número de casos da febre amarela no Brasil nos últimos anos, especialmente na região Sudeste, tem despertado especial atenção para a nossa saúde pública.

Preocupa-nos ver os serviços lotados de pacientes, que demandam por profissionais preparados para lidar com a situação. Observamos mortes pela doença. Antes, observávamos correria e filas por vacinas em postos de saúde e clínicas de imunização; agora, sobram doses e a população com medo dos efeitos adversos. É nosso dever alertar que a vacinação é a forma mais eficaz e segura de proteção contra a doença. O desconhecimento ainda é evidente e o impacto para a Infectologia é direto, como a especialidade mais habilitada para lidar com a febre amarela.

A questão é grave. A preocupação social é significativa. O alerta é evidente e muito precisa ser feito ainda.

A SBI está trabalhando incansavelmente diante desse importante desafio, orientando a população através

do “Fale conosco” e de suas redes sociais, ministrando aulas, elaborando documentos de apoio, servindo como fonte junto aos principais meios de comunicação, com o objetivo de esclarecer e conscientizar apropriadamente os profissionais de saúde e a população leiga sobre a doença. Nossos esforços não podem parar.

Um abraço,Sergio.

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“O Boletim SBI consolidou-se como um importante meio de comunicação entre os infectologistas das diferentes regiões do país, difundindo ações e fortalecendo nossa especialidade. Sua divulgação por meio eletrônico tem atingido um número ainda maior de colegas, muitos ainda não associados”.

Alexandre Rodrigues da SilvaPresidente da Sociedade de Infectologia do Espírito Santo (SIES)

“Hoje, o Boletim SBI é um instrumento de comunicação muito útil e importante para todos nós, infectologistas. Além de muito bem feito e organizado, nos atualiza com informações da nossa especialidade e ainda podemos compartilhar com todos os colegas mensalmente”.

Fernando Luiz de Andrade MaiaPresidente da Sociedade Alagoana de Infectologia

ESPAÇO DAS FEDERADASQUAL A IMPORTÂNCIA DO BOLETIM SBI?

02

SBI EM PAUTA

PALAVRA DO LEITOR

Caro leitor,

A partir da nossa próxima edição do Boletim SBI, teremos um espaço reservado a você. Conte-nos sua opinião sobre a nossa especialidade, quais as suas impressões sobre nosso boletim, sobre a Sociedade Brasileira de Infectologia, as suas sugestões.

Seja assistente ou residente, queremos ouvir você! Você fará a “Palavra do Leitor”!

Mande seus comentários para [email protected], dizendo seu nome completo, cidade, serviço e função.

Contamos com você!

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Seguem os resumos dos artigos recentemente aceitos para publicação no Brazilian Journal of Infectious Diseases (BJID).

Luciano Z. GoldaniEditor-Chefe

PREZADOS ASSOCIADOS,

BJID

A ONABOTULINUMTOXINA DO TIPO A MELHORA

OS SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO INFERIOR

E A QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES INFECTADOS

COM HTLV-1 E BEXIGA HIPERATIVA

Carneiro Neto e cols. Universidade Federal da Bahia (UFBA),

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Salvador,

BA, Brazil

Objetivos. Avaliar a eficácia da toxina onabotulínica tipo A no

tratamento da bexiga hiperativa associada ao HTLV-1 e seu

impacto na QoL. Métodos. Série de casos com 10 pacientes

com bexiga hiperativa refratária ao tratamento conservador

com terapia anticolinérgica ou física. Os pacientes receberam

200Ui de onabotulinumtoxina de tipo A intravesical e foram

avaliados pelo escore de sintomas de bexiga hiperactiva

(OABSS) e o questionário King’s Health. Resultados. A média

(SD) da idade dos pacientes foi de 52 + 14,5 anos e 60% eram do

sexo feminino. Todos eles confirmaram o excesso de atividade

do músculo detrusor no estudo urodinâmico. Sete pacientes

apresentaram HAM / TSP. A mediana e o alcance do OABSS foi

de 13 (12-15) antes da terapia e diminuiu para 1,0 (0-12) no dia

30 e para 03 (0-14) no dia 90 (p <0,0001) de tratamento. Houve

uma melhoria significativa em 8 dos 9 domínios do questionário

King’s Health após a intervenção. Hematúria, retenção urinária

e infecção urinária foram as complicações observadas em 3 dos

10 pacientes. O tempo médio para solicitar retratamento foi de

465 dias. Conclusão. A toxina onabotulínica de tipo A reduziu

OABSS, com efeito prolongado, e melhorou a qualidade de vida

de pacientes infectados com HTLV-1 e bexiga hiperativa grave.

SEROPREVALÊNCIA DA CISTICERCOSE

HUMANA EM JATAÍ, ESTADO DE GOIÁS, BRASIL

Guarda e cols. Universidade Federal de Goiás,

Laboratório de Imunologia, Jataí, GO, Brazil

A cisticercose causada pela Taenia solium afeta milhões de

pessoas em todo o mundo e é considerada um problema de

saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento.

03

O diagnóstico de neurocisticercose (NCC) é complexo e envolve

a análise de dados epidemiológicos, clínicos, de neuroimagem

e dados imunológicos do hospedeiro. A NCC é endêmica no

Brasil e está relacionada à causa da morte principalmente nas

regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. O objetivo deste estudo

foi determinar a soroprevalência da cisticercose em habitantes

da cidade de Jataí, Goiás, na região Centro-Oeste do Brasil, de

abril a agosto de 2012. Um total de 529 amostras de soro foram

analisadas por meio de ensaio de imunoabsorção enzimática

(ELISA) para detectar anticorpos IgG contra larvas de T. solium

e Western Blot (WB) foi utilizado para confirmar o diagnóstico

através do reconhecimento de pelo menos dois peptídeos

específicos dos seus anticorpos no soro. As amostras positivas

351/529 (66,3%) foram analisadas por ELISA, sendo que WB

confirmou o diagnóstico em 73 amostras que reconheceram

pelo menos dois dos seguintes anticorpos IgG específicos de

peptídeos para cisticercose: 18, 24, 28-32, 39-42, 47 -52, 64-68

e 70 kDa. A soroprevalência da cisticercose foi de 13,8% (IC 95%

5,9-21,7), demonstrando que a área estudada é endêmica para

essa doença.

BACTEREMIA POR MORAXELLA OSLOENSIS:

UM RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

Muruyama, Shinshu Ueda Medical Center,

Department of Pediatrics, Ueda, Japan

Os autores relatam o caso de um menino de 10 anos com

mutação autossômica que desenvolveu uma bacteremia. O

agente causador foi identificado como Moraxella osloensis por

MALDI-TOF e sequenciamento do gene 16S rRNA. Na população

pediátrica, foram descritos 13 casos de infecção atribuída a

M. osloensis, sendo este o quinto caso relatado de bacteremia

na população pediátrica por M. osloensis. Após ser confirmada

a bacteremia por M. osloensis, o paciente se recuperou com

terapia antimicrobiana apropriada. É importante considerar

que M. osloensis pode também causar infecções graves, como

bacteremia, em crianças saudáveis.

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“Paciente vacinado há anos contra hepatite B, já teve anti-HBs reagente e

agora não mais. Deve ser revacinado com três doses ou recomendam só

uma dose de reforço? Ou alguma outra conduta está recomendada?”

Se a pessoa recebeu o esquema comple-to da vacina contra hepatite B (3 doses) e teve comprovação de ter respondido adequadamente (título de anti-HBs > 10mUI), não precisa nunca mais ser re-vacinado – mesmo se o anti-HBs for não reagente. A vacina contra hepatite B in-duz memória imunológica e, se exposto ao vírus B, o anti-HBs reaparece. Para os que respondem à vacina, a revacinação quando anti-HBs < 10 só está indicada para imunodeprimidos e pacientes re-nais crônicos.

Raquel Stucchi é infectologista e membro do Comitê de Imunizações da SBI.

04

PERGUNTE AO ESPECIALISTA

SBI EM PAUTA

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Na última década, a comunidade científica assistiu a uma tendência sustentada na redução do número de casos e mortes por malária. A implantação de programas de controle da doença nos países endêmicos e o aumento nos investimentos para o apoio dessas ações, indubitavelmente contribuíram como fatores para a queda da incidência e de óbitos causados por ela.

Apesar de o Relatório Anual da Malária da Organização Mundial da Saúde (OMS) (Report Malaria 2017) destacar as conquistas da saúde pública mundial na luta contra a doença, o documento revela, incontestavelmente, que, após um período de êxito, o progresso do controle continuado está paralisado, e chama atenção para que esses novos dados sejam um alerta para que as autoridades de saúde dos países endêmicos reforcem suas ações.

O Plasmodium falciparum é o parasito da malária mais prevalente na África Subsaariana, responsável por 99% dos casos estimados de malária em 2016. Fora da África, P. vivax é o parasito predominante na Região das Américas, com 64% dos casos de malária; está acima de 30% no Sudeste Asiático e 40% nas regiões do Mediterrâneo Oriental.

Tânia Chaves é coordenadora do Comitê de Medicina Tropical da Sociedade Brasileira de Infectologia.

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MALÁRIA: A LUTA DEVE CONTINUAR PARA UM ANTIGO DESAFIO QUE VOLTA A AMEAÇAR A SAÚDE PÚBLICA

NOVIDADES

Segundo o último relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), após quase uma década de queda sustentada da carga da doença na América Latina (2005-2014), a tendência da queda no número de casos se inverteu na região, com aumento gradativo de casos da doença em 2015, 2016 e 2017. Em 2016, oito países notificaram a OPAS, um aumento de casos na Colômbia, Equador, El Salvador, Haiti, Honduras, Nicarágua, Panamá e Venezuela.

No mesmo relatório da OPAS, em 2017, foram cinco os países mais afetados na América Latina, com o Brasil encabeçando a lista, seguido do Equador, México, Nicarágua e Venezuela, que registraram aumento no número de casos no período. O mesmo documento aponta para a tendência da expansão da malária nas Américas, também refletida na região amazônica brasileira, onde ocorrem 99,7% dos casos da doença.

Entre janeiro e novembro de 2017, o Brasil notificou 174.522 casos de malária na região Amazônica, um aumento de 48% em relação aos 117.832 casos reportados em 2016, com destaque para os estados do Amazonas, Pará e Acre. A OPAS chama atenção para o aumento das formas mistas da malária e as formas causadas pelo

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P. falciparum, na região amazônica, com taxas superiores a registros nos mesmos períodos de 2015 e 2016, e, em 2017, com um aumento de 10%.

Entre as razões para o avanço da malária no mundo, as autoridades oficiais de saúde reconhecem a fragilidade das ações para a adoção das medidas efetivas desenvolvidas pelos programas de controle da doença nos países endêmicos, além da falta de investimentos para o apoio às pesquisas para novas ferramentas nas áreas de diagnóstico, tratamento e controle vetorial.

As mudanças na organização dos sistemas de vigilância também podem somar para o retorno dos casos de malária, a exemplo do que acontece no Brasil, em que houve importantes alterações na gestão das doenças vetoriais, com a fusão de departamentos e perdas de técnicos experientes nessas frentes de trabalho. Outro aspecto envolvido para o aumento mundial no número de casos é a perda de forças nas ações de controle, com acesso insuficiente aos profissionais de saúde, que envolvem atraso no diagnóstico e tratamento, condições determinantes para o controle da doença.

Apesar dos constantes estudos para o desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz para a malária, as perspectivas não são das mais animadoras em curto espaço de tempo. A principal ação para controlar a transmissão da doença é reduzir o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento dos casos. Portanto, diagnóstico oportuno e o tratamento imediato representam uma das principais frentes de trabalho, já que são decisivos para garantir a sobrevida e a qualidade de vida dos indivíduos que vivem nas áreas de transmissão. Assim, a melhor forma de conter o seu avanço é diagnosticar e ofertar tratamento para o paciente o mais rapidamente possível.

Desta forma, a garantia da qualidade do diagnóstico parasitológico da malária, a disponibilidade permanente dos antimaláricos e o treinamento de pessoal sobre o manejo clínico nas áreas afetadas, incluindo os casos graves, integram o elenco das ações que devem ser reforçadas neste momento de avanço da doença.

As intervenções do controle vetorial devem complementar as ações de diagnóstico e tratamento dos casos, com distribuição ampliada de mosquiteiros impregnados com inseticida para a população que reside nas áreas endêmicas, além da borrifação de inseticida nas paredes das casas e redução de criadouros do vetor da malária, da espécie Anopheles sp.

O controle da malária nas áreas com transmissão ativa e a prevenção da propagação da doença requerem uma vigilância epidemiológica sustentada e rigorosa nos fatores determinantes e fenômenos sociais que condicionam a transmissão (movimentos de populações por meio de viagens por atividades econômicas, empresas agrícolas ou áreas de mineração). A educação em saúde que envolve a capacitação e treinamento de profissionais médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde, que desenvolvem importante papel no controle da doença, é outra frente de trabalho que deve ser realizada para o controle da malária.

Referências consultadas• World Health Organization, 2017. World malaria

report 2017. • Organización Panamericana de La Salud /

Organización Mundial de La Salud. Actualización Epidemiológica: Aumento de malaria en las Américas, 30 de enero de 2018, Washington, D.C. OPS/OMS. 2018

• Ministério da Saúde/SVS. SIVEP-Malária/SVS. Dados atualizados até 01/02/2018. Disponível eml AQUI.

MALÁRIA

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Em reunião que aconteceu no último dia 01 de fevereiro, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) decidiu por unanimidade recomendar a incorporação da associação entre elbasvir e grazoprevir em comprimido único para o tratamento de infecção pelos genótipos 1 e 4 da hepatite C crônica em adultos. Da mesma forma, a Comissão recomendou a incorporação da associação entre sofosbuvir e ledipasvir em comprimido único para o tratamento do genótipo 1 do vírus.

Na mesma reunião, foi apresentada a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de hepatite C. Destacam-se os seguintes pontos:• Indicação de tratamento para todos os pacientes, inde-

pendentemente do estágio de fibrose hepática como es-tratégia para erradicação da doença até 2030;

• Esquemas de tratamento em pacientes experimentados com esquemas sem interferon;

• O tratamento da hepatite C aguda, quando indicado, seguirá as as mesmas recomendações terapêuticas de pacientes com hepatite C crônica;

• Indicação de tratamento para pacientes maiores de 12 anos ou com peso acima de 35 kg.

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BOAS NOTÍCIAS NO TRATAMENTO DA HEPATITE C

NOVIDADES

As recomendações descritas anteriormente estão em consulta pública no website da CONITEC até o próximo dia 05 de março:• Consulta pública N° 9 - Elbasvir associado a grazoprevir

no tratamento de adultos com hepatite C crônica infectados pelos genótipos 1 e 4;

• Consulta pública N° 10 - Ledipasvir associado a sofosbuvir para o tratamento de pacientes adultos com hepatite C crônica infectados por vírus de genótipo 1;

• Consulta pública N° 11 - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite C e Coinfecções.

Segundo o infectologista Paulo Abrão, coordenador do Comitê de Hepatites Virais da Sociedade Brasileira de Infectologia, “a aprovação destas novas indicações de tratamento da hepatite C é um marco histórico para a eliminação da doença, no Brasil. Todos devemos colaborar com a consulta pública para aprimoramento do PCDT”.

Sua participação é muito importante, inserindo comentários e sugestões. Para contribuir, clique AQUI.

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De 6% a 12% dos filhos de gestantes infectadas pelo Zika apresentarão síndrome congênita desencadeada pelo vírus, caracterizada por microcefalia e outras anormalidades, como alterações visuais, deficiência auditiva, deformidades esqueléticas e epilepsia. Um estudo realizado por 42 pesquisadores brasileiros, liderados pelas geneticistas Maria Rita Passos-Bueno e Mayana Zatz, do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da Universidade de São Paulo (USP), foi publicado no início de fevereiro na revista Nature Communications e demonstrou indícios de uma predisposição genética, tornando algumas crianças mais suscetíveis à infecção pelo Zika vírus e seus danos neurológicos.

Foram avaliados nove pares de gêmeos, sendo dois idênticos e sete não idênticos, expostos à infecção pelo vírus durante a gestação. Os dois pares de gêmeos idênticos nasceram com microcefalia ou alterações neurológicas associadas ao Zika vírus, enquanto que entre os gêmeos não idênticos, apenas em uma das sete duplas os dois irmãos apresentaram a síndrome, evidenciando a existência de um fator genético envolvido. O estudo também mostrou a identificação de três genes alterados nos gêmeos afetados e que são associados ao desenvolvimento das células neurais e à sua distribuição pelo cérebro.

08

ESTUDO DEMONSTRA RELAÇÃO GENÉTICA ENTRE O ZIKA VÍRUS E A MICROCEFALIA

NOVIDADES

Analisando o estudo, o infectologista Antonio Bandeira, coordenador do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia, fez comentários importantes para o Boletim SBI.

Qual a importância desse estudo?O estudo, embora experimental, traz informações importantes acerca da relação entre infecção por Zika vírus no período da gestação e suas consequências no feto em desenvolvimento. Mostra que diferenças genéticas podem contribuir, e muito, para a microcefalia e outras alterações patogênicas graves dessa infecção. E em parte explica porque existem vários casos de gêmeos que nasceram discordantes em relação à microcefalia (um deles sem alteração e outro com microcefalia) a partir da infecção documentada no período gestacional da mãe.

Quais os benefícios que esse trabalho pode trazer?Esse estudo pode apontar novos caminhos para se tentar impedir que uma infecção por Zika vírus no período gestacional possa ocasionar a microcefalia e outras anomalias graves do sistema nervoso em desenvolvimento do feto. Estudos futuros são necessários para complementar os achados.

Leia o artigo na íntegra clicando AQUI.

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No segundo semestre de 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação do sarampo da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Desde 2001, não havia registro de casos autóctones da doença no Brasil. Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos relacionados à importação, sendo que o maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará.

Porém, agora profissionais de saúde alertam para o ressurgimento da doença, devido à migração, sobretudo da Venezuela. Há um caso importado e confirmado em Boa Vista (RR) e outros suspeitos, entre crianças brasileiras e venezuelanas. Em todos os casos, não há registro de vacinação. “Em populações com descontrole sanitário, é normal que retornem doenças, como sarampo. O importante é que sejam tomadas medidas para controlar o problema e aumentar a cobertura vacinal para que isso se restrinja aos casos importados”, alerta Jessé Alves, coordenador do Comitê de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Diante da situação em Roraima, foram imediatamente intensificadas as ações de imunização e bloqueio, pelas equipes de vigilância epidemiológica estadual e municipal.

Vale destacar que o aumento de casos de sarampo na Europa teve um aumento de 400% no ano passado, na comparação com 2016, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, por baixa cobertura vacinal. Segundo a entidade, já estão em prática ações para evitar novos surtos, incluindo melhoria no planejamento e na logística dos estoques de vacinas, conscientização do público sobre a doença e imunização de pessoas com mais risco de contrair a doença.

O sarampo não está erradicado no mundo. Não se pode descuidar. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo parte do Calendário Nacional de Vacinação, conforme quadro abaixo:

Faixa etária Número de doses Esquema vacinal12 meses 1 Vacina tríplice viral.15 meses 1 Vacina tetra viral ou tríplice viral + varicela.5 a 29 anos 2 Vacina tríplice viral.30 a 49 anos 1 Vacina tríplice viral.

09

SARAMPO NO BRASIL

NOVIDADES

Uma descoberta realizada por médicos e pesquisadores do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), em colaboração com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, o Instituto Butantan e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) apontaram pela presença do RNA do vírus da febre amarela em amostras de sêmen e urina de um paciente de 65 anos, que não entrou na fase tóxica da doença, 15 e 25 dias após o surgimento dos sintomas iniciais.

A constatação foi publicada na revista Emerging Infectious Diseases, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“O tempo prolongado que o vírus da febre amarela pode ser detectado na urina é grande, quando comparado ao

DETECTADO O VÍRUS DA FEBRE AMARELA NA URINA E SÊMEN DE PACIENTE

sangue. Nesse caso, além de mostrarmos como a doença é bifásica, mostramos também que a convalescência pode ser longa e o isolamento do vírus no esperma, que infectou cultura de células em duas passagens”, diz o médico infectologista Marcos Vinícius da Silva, um dos autores do estudo.

Não se pode afirmar que o vírus seja transmitido por via sexual. Estudos futuros são necessários. “Como esse é o primeiro relato na literatura, precisamos entender melhor os achados”, complementa Silva.

Para ler o artigo na íntegra, clique AQUI.

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O aumento do número de casos de Febre Amarela (FA) nos últimos anos, e, em especial, na Região Sudeste a partir de 2017, com a ocorrência de formas graves, como a doença viscerotrópica, e consequente acometimento da função hepática, por vezes com insuficiência aguda grave, levou ao questionamento sobre a possibilidade e a viabilidade de realização de Transplante de Fígado (TF) nestes casos. As dúvidas iniciais centravam-se em questões sobre a evolução pós-transplante, considerando o caráter sistêmico da infecção, o impacto de eventual viremia persistente e a provável presença de vírus em tecidos e órgãos. Avaliações histopatológicas de casos graves, ainda que pudessem demonstrar aspectos imune-mediados de lesão tecidual, também detectaram presença de material genético viral.

Efetivamente, o primeiro transplante foi realizado em indivíduo com insuficiência hepática pela doença no final de 2017. A expressiva e rápida melhora hemodinâmica e da função hepática estimulou a comunidade médica nacional a prosseguir com a indicação do transplante nessas situações, e o procedimento foi realizado em mais pelo menos quinze pacientes (dado não oficial fornecido pelos grupos de TF do país, em 19 de fevereiro de 2018). No entanto, ainda que com melhora e sobrevida em alguns casos, dados adicionais passaram a compor os dilemas em relação à realização do procedimento. O acometimento sistêmico, com ocorrência de sangramentos, quadros neurológicos, pancreatite e outros, demonstrou-se um limitante da evolução favorável.

Por outro lado, a rápida progressão da infecção e a alta letalidade nos indivíduos com infecção grave que não foram transplantados levaram à consideração de que, talvez, o procedimento estivesse sendo indicado tardiamente nesses casos. A rigor, a inclusão para TF por insuficiência hepática aguda grave ocorre por critérios clássicos, que incluem, além do diagnóstico de encefalopatia hepática (integrante da definição de insuficiência hepática aguda grave), dados laboratoriais, especialmente relacionados à coagulação. No

10

OS DILEMAS SOBRE O TRANSPLANTE DE FÍGADO NA FEBRE AMARELA

EM FOCO

entanto, o que têm sido observados são casos que evoluem rapidamente para óbito, sem preencherem os critérios clássicos para transplante, ora pela pouca expressão da encefalopatia, ora por alteração dos dados laboratoriais de coagulação ainda limítrofes. Dessa forma, passou-se a considerar uma indicação mais precoce.

Um efeito indireto das indicações do transplante na febre amarela é o potencial impacto sobre o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e a distribuição de órgãos. O aumento no número de procedimentos por essa indicação pode retardar, ou até inviabilizar, a sua realização em outros indivíduos em lista de espera. Procurando atender às necessidades de manejo mais efetivo destes casos, o SNT implementou um grupo de trabalho, composto por transplantadores e infectologistas, com os objetivos de avaliar as solicitações de inclusão em lista dos casos com diagnóstico da doença, acompanhar a evolução dos transplantes realizados, além de rever sistemática e periodicamente os critérios.

Há, portanto, um papel atual para o transplante de fígado no tratamento dos casos de febre amarela grave com acometimento hepático. No entanto, não há ainda dados disponíveis para se definir critérios específicos para a indicação, ou mesmo o melhor momento para a sua realização. Os grupos têm investido na avaliação de fatores prognósticos dos casos graves, o que provavelmente trará informações úteis para a construção destes critérios. Por outro lado, os dados evolutivos detalhados dos casos transplantados, aliados às avaliações de outras modalidades terapêuticas, como o uso de antivirais, poderão apontar se o transplante se manterá como procedimento terapêutico nesta situação. Esta é uma história que ainda está sendo escrita, da qual temos sido instigados a participar e a tentar proporcionar o melhor tratamento possível, dentro dos limites de evidências disponíveis, aos indivíduos com a infecção grave.

Edson Abdala, Raquel S. B. Stucchi, membros do Comitê de Infecções em Transplantes da SBI, e Alice T. W. Song.

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O número de transplantes está aumentando em todo o mundo, fato que, acrescido a fenômenos migratórios e viagens, acarreta novos desafios para o manejo dos transplantados. Na América Latina (AL), além das dificuldades usuais para o manejo do transplantado, ressaltam-se as doenças endêmicas, que podem afetar significativamente o rastreio de doadores e candidatos, alocação de doadores, profilaxia e a abordagem terapêutica de pacientes. Independentemente do local em que o procedimento de transplante é realizado ou da residência de doadores e pacientes ao tempo do transplante, as doenças endêmicas representam um risco potencial no período pós-transplante. Assim, consideramos interessante condensar nesse volume essas importantes informações para os transplantadores.

As diretrizes fornecem recomendações para avaliação de risco e investigação propedêutica, bem como o manejo e a prevenção dessas doenças, incluindo um questionário para avaliação da saúde do viajante. Temos dois links, um para o sumário das recomendações e o outro para o suplemento em versão on-line, contendo a coletânea de

Wanessa Trindade ClementeDocente da Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais e Editora do SuplementoRosana Reis Nothen Coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT/DAE/SAS/MS)

11

RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DE DOENÇAS ENDÊMICAS E MEDICINA DO VIAJANTE EM TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS SÓLIDOS: AMÉRICA LATINA

EM FOCO

artigos e uma seção ilustrativa com mapas interativos para a contextualização geográfica do risco.

Esse guia orienta o manejo de doenças endêmicas e medicina do viajante na América Latina, com o intuito de auxiliar os médicos que cuidam de candidatos ao transplante, transplantados e seus doadores, portadores de doenças infecciosas (DI) latentes ou ativas, relacionadas a essa região geográfica. As recomendações se baseiam em avaliações sistemáticas de literatura e opinião de especialistas de 13 países (Brasil, Canadá, Chile, Dinamarca, França, Itália, Peru, Espanha, Suíça, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e Uruguai), que representam três continentes (Ásia, Américas e Europa), em conjunto com sociedades científicas, dentre essas a SBI. Esse trabalho foi realizado com o apoio do Ministério de Saúde do Brasil - Sistema Nacional de Transplantes (SNT/DAE/SAS/MS).

MAIS INFORMAÇÕES

Além deste artigo-resumo, tem um suplemento com um capítulo para cada doença AQUI.

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A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) lançou seu mais novo Programa de Educação Continuada à distância, com o objetivo de estimular o desenvolvimento científico e a atualização dos médicos da especialidade. Ele é constituído por aulas teóricas, elaboradas por grandes especialistas e publicadas periodicamente no site da SBI. Após a publicação da última aula de cada módulo, é liberado um bloco de avaliação com questões de múltipla escolha.

Confira o vídeo de apresentação, com o presidente Sergio Cimerman, clicando na imagem abaixo:

Para acessar ao curso, é necessário ser associado da SBI e fazer o login em nosso website: www.infectologia.org.br.

O primeiro módulo, com foco em HIV, já tem aulas disponíveis. Confira a programação:

O Novo Protocolo Brasileiro (PCDT)José Valdez Ramalho Madruga Já disponível

Genotipagem pré-tratamentoTânia R. C. Vergara Já disponível

Manejo das principais doenças neurológicas oportunistas da AIDS José VidalJá disponível

Podemos falar da cura do HIV? Estamos perto?Ricardo Diaz Disponível em 07/03/2018

Avaliação Disponível em 07/03/2018

Participe!

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QUAIS SÃO AS SUAS PRÁTICAS EM MICOLOGIA? COLABORE CONOSCO!

EM FOCO

Como em outras áreas da Microbiologia, a Micologia depende de um diagnóstico laboratorial preciso. A despeito da emergência das doenças fúngicas, não se conhece no Brasil qual a capacidade dos hospitais e clínicas do país quanto ao diagnóstico micológico.

Através de um questionário, veiculado via Sociedade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Microbiologia, Sociedade Brasileira de Análises Clínicas e Associação Pan-Americana de Infectologia, buscamos entender quais as práticas micológicas em uso nas diversas instituições brasileiras.

Para contribuir, clique AQUI.

Contamos com sua participação!

Alessandro C. Pasqualotto (Coordenador do Comitê Científico de Laboratório)

Diego R. Falci (Membro do Comitê Científico de Micologia Clínica)

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Curta algumas matérias divulgadas na imprensa com consultores da Sociedade Brasileira de Infectologia durante o mês de fevereiro/2018!

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SBI NA IMPRENSA

EM FOCO

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O que você precisa sobre febre amarela até o momento

Jovem quase morre ao confundir febre amarela com gripe forte

Febre amarela: Morre paciente transplantado em SP

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Aids na adolescência

Roda VivaRicardo Barros (Ministro da Saúde)

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EM FOCO

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EM FOCO

Está programado para os próximos dias 16 e 17 de março, no Renaissance São Paulo Hotel, um curso de atualização em imunizações na população adulta, abordando velhos e novos desafios, como estratégias vacinais, principais vacinas nessa faixa etária e indicações para diversas populações especiais, com a abordagem de renomados especialistas mundiais. O evento tem a organização da European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID), em parceria com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“Os médicos esquecem que temos uma arma importante na luta contra as doenças em adultos: a imunização. Esse curso objetiva capacitar profissionais de saúde para vacinarem com segurança seus pacientes, fazendo com que a vacina se torne uma rotina na prática médica. Administradores de clínicas de imunização também poderão participar, pois o conceito de imunização qualifica a assistência ao cliente”, segundo Lessandra Michelin, coordenadora do Comitê de Imunizações da SBI e uma das coordenadoras do curso.

Para conhecer a programação completa e mais informações, clique AQUI.

As inscrições serão feitas até o dia 12 de março, clicando AQUI.

A Sociedade Paulista de Infectologia (SPI) realizará entre os dias 17 a 20 de outubro de 2018, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, o 11º Congresso Paulista de Infectologia. O evento, que tem como objetivo debater, atualizar e aperfeiçoar os assuntos mais relevantes da especialidade, além de melhorar a qualificação e proporcionar a troca de experiências entre aqueles que atuam na prevenção, no diagnóstico e no tratamento das doenças infecciosas.

Segundo o presidente do Congresso, Eduardo Alexandrino Servolo de Medeiros, para a ocasião as Comissões Científica e Organizadora estão sendo montadas com muito critério. “Serão convocados um grande número de especialistas internacionais para contribuírem com seus conhecimentos e experiências. Além disso, serão valorizados os convidados nacionais, especialmente os paulistas, que estão produzindo conhecimento com pesquisas e práticas clínicas

ACONTECERÁ EM SÃO PAULO EVENTO SOBRE IMUNIZAÇÃO EM PARCERIA COM A ESCMID

SÃO PAULO RECEBE O 11º CONGRESSO PAULISTA DE INFECTOLOGIA

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de excelência. No planejamento da programação será estimulado o debate e a troca de ideias”, explica Medeiros.

Também serão organizados cerca de 12 cursos pré-congresso, incluindo um curso dirigido para alunos das ligas acadêmicas com casos clínicos. Os cursos pré-congresso serão gratuitos para aqueles que se inscreverem no evento.

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)Rua Domingos de Morais, 1.061/cj. 114Vila Mariana - CEP 04009-002(11) 5572-8958 / (11) 5575-5647e-mail: [email protected]

Presidente: Sergio CimermanVice-presidente: J. Samuel Kierszenbaum1ª Secretário: José David Urbaéz Brito 2º Secretário: Alberto Chebabo 1º Tesoureiro: Marcos Antônio Cyrillo2º Tesoureira: Maria do Perpétuo Socorro Costa Corrêa Coordenador Científico: Clóvis Arns da Cunha Coordenador de Informática: Kleber Giovanni LuzCoordenadora de Comunicação: Lessandra Michelin

Assessor da Presidência: Leonardo WeissmannSecretária: Givalda Guanás

Produção do Boletim SBI: Primeira Letra - Gestão de Conteúdo

Contato: [email protected]

Jornalista Responsável: Danilo Tovo - Mtb. 24585/SP

Design Gráfico e Diagramação: Juliana Tavares Geraldo

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APOIO

facebook.com/SociedadeBrasileiradeInfectologia

SBI NO FACEBOOKSIGA, CURTA, COMPARTILHE, INTERAJA!

A edição de janeiro/2018 do Boletim SBI trouxe uma falha no texto intitulado “Surto de malária na Bahia”, na página 12. Diferentemente do informado no primeiro parágrafo, o surto era de malária, não de febre amarela. Desculpem-nos pela falha!

ERRAMOS

NO BRASIL16a JORNADA DE CONTROLE DE INFECÇÃO EM MATERNIDADEData: 03/03/2018Local: Renaissance São Paulo Hotel – São Paulo (SP)Informações: [email protected] / (11) 5080-6068

SEMINÁRIO: “FEBRE AMARELA – ESSA NOSSA VELHA (DES)CONHECIDA”Data: 08/03/2018Local: Academia Nacional de Medicina –Rio de Janeiro (RJ)Informações: www.anm.org.br

ADULT IMMUNIZATION: NEW AND OLD CHALLENGESData: 16 e 17/03/2018Local: Renaissance São Paulo Hotel – São Paulo (SP)Informações: escmid.pulselinks.com/event/16693

III JORNADA PARANAENSE DE ANTIMICROBIANOSData: 06 e 07/04/2018Local: Aurora Shopping – Londrina (PR)Informações: [email protected]

MEETING THE EXPERTS – DOENÇAS INFECCIOSAS E HEPATITESData: 29/04 a 01/05/2018Local: Renaissance São Paulo Hotel – São Paulo (SP)Informações: meetingtheexperts.com.br

III JORNADA DE ATUALIZAÇÃO PÓS-CROIData: 12/05/2018Local: Transamérica Prime International Plaza - São Paulo (SP)Informações: www.atualizandose.com.br

II INFECTOSUL – CONGRESSO SULBRASILEIRO DE INFECTOLOGIAData: 17 a 19/05/2018Local: Unisinos – Porto Alegre (RS)Informações em breve

XV FÓRUM INTERNACIONAL DE SEPSEData: 31/05 e 01/06/2018Local: Centro de Convenções Frei Caneca - São Paulo (SP) Informações: www.forumsepse.com.br

PRÓXIMOS EVENTOS

NO MUNDO18TH INTERNATIONAL CONGRESS ON INFECTIOUS DISEASESData: 01 a 04/03/2018Local: Buenos Aires, ArgentinaInformações: www.isid.org/icid

CONFERENCE ON RETROVIRUSES AND OPPORTUNISTIC INFECTIONS (CROI 2018)Data: 04 a 07/03/2018Local: Boston, Estados UnidosInformações:www.croiconference.org

SHEA SPRING 2018Data: 18 a 20/04/2018Local: Portland, Estados UnidosInformações: sheaspring.org

EASL – THE INTERNATIONAL LIVER CONGRESS 2018Data: 11 a 15/04/2018Local: Paris, FrançaInformações: http://ilc-congress.eu/

28TH EUROPEAN CONGRESS OF CLINICAL MICROBIOLOGY AND INFECTIOUS DISEASES (ECCMID 2018)Data: 21 a 24/04/2018Local: Madri, EspanhaInformações: www.eccmid.org

HIV & HEPATITIS IN THE AMERICAS 2018Data: 19 a 21/04/2018Local: Cidade do México, MéxicoInformações: hivhepamericas.org

36TH ANNUAL MEETING OF THE EUROPEAN SOCIETY FOR PAEDIATRIC INFECTIOUS DISEASES (ESPID 2018)Data: 28/05 a 02/06/2018Local: Malmö, SuéciaInformações: espidmeeting.org