fermentacao alcoolica

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 1 Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de Química, Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos Laboratório de Engenharia de Bioprocessos II Fermentação Alcoólica Denise Soares Filipe de Oliveira Renata Ribeiro Thaís Faria Ouro Branco, Outubro de 2014

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Relatório de Laboratório de Engenharia de Bioprocessos II

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    Universidade Federal de So Joo Del Rei

    Departamento de Qumica, Biotecnologia e Engenharia de Bioprocessos

    Laboratrio de Engenharia de Bioprocessos II

    Fermentao Alcolica

    Denise Soares

    Filipe de Oliveira

    Renata Ribeiro

    Thas Faria

    Ouro Branco, Outubro de 2014

  • 2

    SUMRIO

    1. INTRODUO ....................................................................................................3

    2. OBJETIVOS..........................................................................................................4

    3. MATERIAIS E MTODOS .................................................................................4

    4. RESULTADOS E DISCUSSO ..........................................................................6

    5. CONCLUSO ......................................................................................................9

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................9

  • 3

    1. INTRODUO

    O Brasil emprega o etanol como biocombustvel desde o fim da dcada de 70,

    aps os chamados choque do petrleo, mas o interesse mundial mais recente por esta

    alternativa se deve principalmente comprovao do aquecimento global e

    necessidade de reduzir-se a emisso de novas quantidades de carbono na atmosfera. O

    maior benefcio do uso de biocombustveis recai na formao de um ciclo de carbono no

    qual a mesma quantidade de carbono lanada na atmosfera aps a queima do

    combustvel capturada pelas reas cultivadas e empregado pelas plantas para seu

    prprio crescimento. No Brasil, o etanol obtido atravs do processo de fermentao da

    cana-de-acar. Fermentao o nome dado ao processo de degradao anaerbica de

    glicose ou outro acar para obteno de energia. Esse processo realizado por

    organismos anaerbicos, que no utilizam oxignio molecular e podem crescer na

    ausncia deste (como algumas bactrias e fungos), e tambm por certos tecidos animais

    (como o msculo esqueltico).

    O microorganismo do fermento, denominado Saccharomyces cerevisiae,

    responsvel pela produo das enzimas fundamentais para o processo de fermentao

    alcolica. A intensidade da reao de fermentao depende do tipo de glicdio utilizado,

    o que faz com que bebidas diferentes, produzidas pela fermentao de matrias-primas

    especficas, apresentam diferentes teores alcolicos, como por exemplo, a cerveja (3 a

    5%) e o vinho (10 a 15%). A produo de alguns tipos de bebidas alcolicas envolve

    um processo de destilao aps o de fermentao, resultando em um aumento no teor

    alcolico. So exemplos de bebidas destiladas a cachaa (45%) e o usque (40 a 75%).

  • 4

    O caldo da cana a matria-prima mais utilizada em escala industrial para a

    produo do etanol no Brasil, apresenta rendimento perto de 80 litros de etanol por

    tonelada de cana-de-acar.

    Partindo-se da equao de Gay Lussac:

    C6H12O6 2C2H50H + 2CO2

    so produzidos a partir de 100 g de glicose, 51,11 g de lcool ou 64 mL. Mas nas

    condies de trabalho, obtm-se a partir de 100 g de glicose em torno de 48,5 g de

    etanol ou 61 mL de etanol, onde aproximadamente 5% do acar so destinados para o

    crescimento celular e para a formao dos subprodutos do processo.

    2. OBJETIVOS

    O objetivo geral dessa prtica foi desenvolver experimentalmente e acompanhar

    um processo de fermentao alcolica, utilizando uma soluo aucarada e uma

    levedura comercial de S. cerevisiae, sendo o microrganismo fermentador.

    Os objetivos secundrios foram determinar a concentrao de biomassa e o grau

    Brix nos diferentes estgios da fermentao, e posteriormente plotou-se grfico do grau

    Brix em funo do tempo e da concentrao de biomassa em funo do tempo.

    3. MATERIAIS E MTODOS

    Inicialmente, preparou-se 3,5 litros de soluo aucarada enriquecida com sais

    minerais e levedura para ocorrer a fermentao no biorretor. As propores esto

    descritas abaixo.

    3,5 litros de gua;

    105 gramas de sacarose;

  • 5

    30 gramas de fermento biolgico comercial (Saccharomyces cerevisae);

    22,5 gramas de sulfato de amnia e fosfato de amnia;

    18 gramas de sulfato de magnsio e cloreto de clcio;

    15 gramas de extrato de levedura.

    A figura abaixo mostra a soluo aucarada no inicio da fermentao.

    Figura 1. Soluo aucarada.

    Figura abaixo mostra o fermento.

    Figura 2. Fermento.

    Durante intervalos de 30 minutos, retiraram-se as amostras para determinar o

    grau Brix e a concentrao microbiana, do incio da fermentao at atingir o tempo de

  • 6

    4 horas. Por ltimo, recolheram-se amostras de 10 mL com uma seringa e colocou-as

    em Placas de Petri, a qual foram incubadas em estufa (100 C por 24h) at atingir uma

    massa constante.

    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    Ao realizar se o experimento mediu-se os valores do grau Brix de amostras

    retiradas do mosto de fermentao, por meio do refratmetro. Os dados esto

    representados na Tabela 1.

    Tabela 1. Grau Brix.

    Tempo (h) Brix

    0 5,0

    0,5 4,8

    1,0 4,0

    1,5 3,8

    2,0 3,5

    2,5 3,0

    3,0 2,5

    3,5 2,0

    Assim, foi possvel plotar um grfico, que est representado na Figura 3.

  • 7

    Figura 3. Grfico tempo versus grau Brix.

    Para determinar a concentrao da biomassa, utilizou-se a seguinte expresso

    matemtica:

    Na Tabela 2 encontram-se os valores calculados para a concentrao de

    biomassa no experimento.

    Tabela 2. Concentrao de Biomassa.

    Tempo (h) Concentrao de Biomassa (g/L)

    0 48,71

    0,5 38,58

    1,0 39,07

    1,5 37,35

    2,0 33,92

    2,5 30,06

    3,0 22,59

    3,5 19,69

    0

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

    B

    rix

    tempo (h)

  • 8

    De acordo com esses dados obtidos, plotou-se um grfico apresentado na Figura

    4, o qual pode observar a concentrao durante o tempo de fermentao.

    Figura 4.Grfico tempo versus concentrao de Biomassa.

    Por meio dos valores de grau Brix foi possvel observar que houve um

    decrescimento, no muito acentuado, indicando que nem toda sacarose foi consumida.

    Dessa forma, sabe-se que mesmo se toda sacarose fosse consumida, ainda assim o grau

    Brix no chegaria a zero, visto que este no mede especificamente a sacarose, mas sim a

    quantidade de slidos em soluo. Portanto, anlise do grau Brix insatisfatrio,

    fazendo com que seja necessrio buscar outros mtodos com maior preciso para

    acompanhar o processo fermentativo.

    J o crescimento da concentrao de biomassa no pode ser observado com os

    dados obtidos, visto que a curva apresenta um decrscimo da mesma. Uma hiptese que

    pode explicar esse fato da massa seca possuir sacarose, fazendo ento que sua massa

    interfira na curva. Uma alternativa para contornar esse resultado seria a filtrao das

    amostras que foram retiradas no experimento, evitando assim, sacarose presente na

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4

    Co

    nce

    ntr

    a

    o d

    e B

    iom

    assa

    (g/L

    )

    tempo (h)

  • 9

    massa seca. Portanto, sabemos tambm, que a taxa de crescimento exponencial

    influenciada pelas condies do ambiente, como temperatura, composio do meio de

    cultura bem como pelas caractersticas genticas do prprio organismo.

    5. CONCLUSO

    Como esperado o experimento reafirma a importncia de estudar os parmetros

    analisados nessa prtica, visto que so fundamentais para o controle e desenvolvimento

    dos processos fermentativos. Percebe-se tambm que uma rea extremamente

    importante na indstria de Bioprocessos, sendo que o conhecimento fundamental para

    um profissional dessa rea.

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1]

    Acessado em 23 de outubro de 2014.

    [2] Pacheco. T. F., Fermentao alcolica com leveduras de caractersticas

    floculantes em reator tipo torre com escoamento ascendente. Tese de

    mestrado. UFU. Uberlndia, 2010.