fenomenologia

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Contribuições da Fenomenologia para a Construção do Conceito de Corporeidade na Educação Física Brasileira Milena Silva Moreira Licenciada em Educação Física pela UNEB, CAMPUS IV e Especialista em Educação Física Escolar pela Universidade Cândido Mendes, UCAM.

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Page 1: Fenomenologia

Contribuições da Fenomenologia para a Construção do Conceito de Corporeidade na Educação

Física BrasileiraMilena Silva Moreira

Licenciada em Educação Física pela UNEB, CAMPUS IV e Especialista em Educação Física Escolar pela

Universidade Cândido Mendes, UCAM.

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• Percepção de corpo dos alunos do Ensino Médio profissionalizante na cidade de Saúde: incursões no universo da corporeidade.(2011)

• O Corpo e as Orientações Curriculares nacionais (2006): Breves Considerações sobre um Diálogo Necessário.(2016)

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• SUMÁRIO • INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10

Metodologia .............................................................................................................................. 11 • Estado da arte............................................................................................................................ 12

Justificativa ............................................................................................................................... 13 • CAPÍTULO I • Algumas considerações sobre o corpo...................................................................................... 16 • O corpo em Merleau- Ponty ..................................................................................................... 19 • O corpo e a escola ..................................................................................................................... 21 O corpo-

máquina e as aulas de Educação Física ...................................................................... 24 • O corpo no currículo da educação profissional ........................................................................ 25 • CAPÍTULO II • Caracterização do espaço e dos sujeitos da pesquisa ............................................................... 27 Apresentação

dos dados da pesquisa ........................................................................................ 30 • Percepção de corpo ................................................................................................................... 31 • Corpo na escola ........................................................................................................................ 34 Corpo e currículo

...................................................................................................................... 36 • CAPÍTULO II • Relações entre os dados empíricos e as discussões atuais ........................................................ 39

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• “O estudo foi dividido em três capítulos, o primeiro apresenta breves considerações acerca do corpo em diferentes épocas da história, destacando a concepção cartesiana e sua superação com a fenomenologia da percepção de Merleau- Ponty. Apresenta também as relações entre o corpo e a educação a partir de concepções de alguns autores da área de Educação Física, que tem como referencial os estudos deste filósofo francês, bem como a relação entre o corpo e o currículo da educação profissional.”

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• “No segundo capítulo o espaço e os sujeitos da pesquisa foram caracterizados, e foram apresentados os resultados da pesquisa, com os relatos dos alunos. Estes relatos estão organizados segundo a seguinte ordem: a percepção de corpo, o corpo no dia-a-dia da escola, e o corpo e o currículo.”

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• “Já no terceiro capítulo estão presentes as inferências acerca dos resultados da pesquisa relacionados à fenomenologia da percepção, numa releitura de autores conceituados na área de Educação Física, em busca de novas perspectivas para o corpo.”

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Fenomenologia

• Descrição daquilo que aparece, ou ciência que tem como objetivo essa descrição; O pesquisador descreve o fenômeno da forma como ele se mostra, buscando, por meio de sua essência, ver a plenitude do fenômeno.

• Edmund Husserl (1859-1938)• Martin Heidegger, Jean-Paul Sartre e Maurice Merleau-

Ponty;

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• “Quer que se trate do corpo do outro ou de meu próprio corpo não tenho outro meio de conhecer o corpo humano senão vivê-lo, quer dizer retomar por minha conta o drama que o transpassa e confundir-me com ele. Portanto, sou o meu corpo, exatamente na medida em que tenho um saber adquirido e, reciprocamente, meu corpo é como um sujeito natural, como um esboço provisório de meu ser total (MERLEAU-PONTY, 1999, p. 269).”

Page 9: Fenomenologia

Fenomenologia no estudo do corpo na Educação Física brasileira

• 1980 - Silvino Santim

• “Educação Física: uma abordagem filosófica da corporeidade” (1987)

• “Educação Física do lúdico à opressão do rendimento”(1994)

Page 10: Fenomenologia

“Assim, avançando no caminho de repensar o corpo fora dos conceitos tradicionais, chegaríamos à conclusão de que o homem é o corpo, e a corporeidade é a humanidade ou o especificamente humano do homem. Neste ponto, encontramos Merleau-Ponty. Ele é o defensor da unidade plena do homem, não a unidade que se faz pela soma das partes, mas a unidade que, de forma alguma pode ser separada por partes. Esta unidade proposta não é pensada como sacrifício de alguma dimensão do homem, muito menos pelo processo reducionista, onde só se fica com uma das partes como sendo o todo. A explicitação desta unidade aparece na Fenomenologia da Percepção, na primeira parte (p. 81-232), dedicada ao corpo. A unidade humana se daria como corporeidade. Afirma Merleau-Ponty: ‘realmente, eu não tenho corpo, mas sou corpo’” (Santin, 1994, p. 85).

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• Crítica à concepção de corpo-máquina, ao dualismo corpo –alma, e à noção de movimento sem intencionalidade.

• Propõe um retorno aos movimentos criativos, aos gestos expressivos, sensíveis.

• “Retorno às coisas mesmas”, “relação ingênua com o mundo”, descrição direta da nossa experiência com ele; “impulso lúdico”.

Page 12: Fenomenologia

• Manuel Sérgio: Ciência da Motricidade Humana.

“Filosofia das actividades corporais” (1982)“Educação Física ou Ciência da Motricidade Humana” (1989)“Motricidade Humana: contribuições para um paradigma emergente”(1994)

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• “Essência”, “percepção”, “corpo próprio”...• O corpo encerra um poder de significação, na

medida em que não é uma coisa, mas um meio de exprimir sentidos e comunicar-se...

• A Corporeidade denota este sentido expressivo.

• Motricidade=intencionalidade operante (Merleau-Ponty);

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• Wagner Wey Moreira• “Educação Física escolar: uma abordagem

fenomenológica” (1991)• “Fenômeno”, “mundo vivido”, “ essência do

corpo”• Pioneiro em pesquisa com abordagem

fenomenológica aplicada à Educação Física

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• 1980- Elenor Kunz e Terezinha Petrúcia da Nóbrega

• Elenor Kunz- Teoria do Se-Movimentar Humano – TSMH

• Crítica às abordagens disciplinares do movimento humano.

• Diferenças entre o movimento no esporte e o movimento próprio

• “Educação Física: ensino e mudanças” (1991)

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• Três dimensões:O sujeito das ações do movimento;Situação concreta na qual as ações do

movimento estão vinculadas;Significado que orienta as ações do

movimento e é responsável pela apreensão de sua estrutura.

Page 17: Fenomenologia

Terezinha Petrúcia da Nobrega• Maior tratamento teórico dos conceitos de Merleau-

Ponty, vai além da “Fenomenologia da percepção: “estesia”, “ ser selvagem”, “ontologia sensível”, “reversibilidade”, sentido bruto”, natureza”... Abordagem complexa da fenomenologia.

• Aproximação com outros campos da ciência.• Compreensão da linguagem às experiências do

corpo e da existência.

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• “ Aprendendo com o corpo : pressupostos filosóficos da corporeidade na Educação Física”(1995)

• “ Para uma teoria da corporeidade: um diálogo com Merleau-Ponty e o pensamento complexo” (1999)

• “ Corporeidade e Educação Física: do corpo objeto ao corpo-sujeito” (2000)

• “Uma fenomenologia do corpo” (2010)