LEIS E ATOS NORMATIVOS JURISPRUDÊNCIA JURISPRUDÊNCIA nº 32Outubro de 2019

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Este boletim tem caráter genérico e informativo, não constituindo opinião legal para qualquer operação ou negócio específico. Para mais informações, entre em contato com nossos advogados ou visite o website www.pinheironeto.com.br.

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FEDERAIS

O boletim eletrônico Meio Ambiente e Sustentabilidade compila atos recentes dos Poderes Executivo e Legislativo, além de decisões judiciais e atos proferidos pelo Poder Judiciário, relevantes para a área ambiental no Brasil.

PERIODICIDADE

Bimestral

SÓCIOS RESPONSÁVEIS

Antonio José L. C. Monteiro, Werner Grau Neto, Fernando B. Penteado de Castro, Alexandre O. Jorge, Luis Celso Cecilio Leite Ribeiro e André Vivan de Souza

COLABORADORES DESTA EDIÇÃO

Andreia Bonzo Araujo Azevedo, Ana Carolina Cerqueira Duque, Maria Christina M. Gueorguiev, Mariana Gracioso Barbosa, Maria Helena Tahan Farina e David Strenger Garcia Cid

CONTATO

pinheironeto.com.brPinheiro Neto

(IMAGEM: ISTOCK)

Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro regulamenta concessão de crédito agrícolaPara atender o disposto no art. 78-A da Lei Federal nº 12.651/2012 (Código Florestal), que obriga as instituições financeiras a exigirem inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) dos proprietários rurais para conceder crédito agrícola, o Conselho Diretor do Serviço Florestal Brasileiro, por meio da Resolução n° 8, publicada em 26.9.2019, estabeleceu que o recibo de inscrição do CAR é instrumento suficiente para atender o disposto na lei.

▪Federais ▫Estaduais ▫Municipais ▫Projeto de Lei

▫Superior Tribunal de Justiça ▫TRF4 ▫TJMG

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JURISPRUDÊNCIA

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atualização do cadastro de acesso, dispensando a apresentação dos relatórios anuais das instituições credenciadas. Excetua-se a regra quando houver sucessão de direitos e obrigações da instituição destinatária extinta. A Resolução n° 22 inclui novo artigo à Resolução n° 9/2018 de modo a permitir que atividades de acesso iniciadas após a entrada em vigor da Lei nº 13.123, de 2015, possam indicar o patrimônio genético ou conhecimento tradicional associado mediante documento disponibilizado pela Secretaria Executiva do CGen. Por fim, a Resolução n° 23 esclarece que a “data da disponibilização do cadastro pelo CGen”, prevista na lei, significa “a data de disponibilização de versão do Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado - SisGen - que contenha todas as funcionalidades necessárias à realização do cadastro”. Tais normas regulamentadoras visam facilitar a realização do cadastro, bem como evitar que as dificuldades encontradas no acesso, cadastro e uso do sistema gerem penalidades.

Conselho de Gestão do Patrimônio Genético – CGen emite normas regulamentadorasO Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen) emitiu três resoluções para facilitar o cumprimento da legislação em vigor. A Resolução n° 20 descreve os procedimentos para que a Secretaria-Executiva do órgão cancele os cadastros de acesso, de remessa, ou de notificação de produto acabado ou material reprodutivo quando solicitado pelo usuário ou quando se referir a espécies constantes da lista de que trata o art. 113 do Decreto n° 8.772, de 2016. O cancelamento tornará sem efeito quaisquer comprovantes, certidões, ou atestados de regularidade relativos ao cadastro, e dar-se-á sem prejuízo da apuração, pelas autoridades competentes, das responsabilidades civil, penal e administrativa, nos casos de descumprimento da Lei n° 13.123 de 2015.

Por sua vez, a Resolução n° 21 prevê que a exigência de apresentação de relatório de atividades deverá ser cumprida mediante a

Medida provisória facilita à União o processo de criação e gestão de recursos decorrentes de multa Em 17.10.2019 foi publicada a Medida Provisória n° 900, que autoriza a União, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a criar e gerir fundo privativo com o objetivo de receber os recursos decorrentes da conversão de multa. O prazo de vigência do contrato será de 10 anos, prorrogável por mais 10, sendo o objeto do pacto as multas emitidas pelos órgãos e pelas entidades da União integrantes pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA). As diretrizes de gestão e destinação dos recursos para o custeio de serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente serão elaboradas conjuntamente com o MMA.

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JURISPRUDÊNCIA

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Aprovada lei estadual paulista que aumenta os valores devidos a título de taxa ambiental estadual.A Lei Estadual n° 17.140, publicada em 29.8.2019, alterou a Lei Estadual n° 14.626, de 29.12.2011, que institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, e aumentou o valor da taxa de fiscalização ambiental estadual das microempresas e das empresas de pequeno, médio e grande porte, em relação ao potencial de poluição e o grau de utilização de recursos ambientais. Além disso, o artigo 2º, § 1º da referida Lei estabeleceu a correção monetária dos valores mediante aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde que não superior a 60% da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) instituída pela União nos termos do artigo 17-B da Lei Federal nº 6.938, de 1981. Os valores de TCFA atualizados são:

IBAMA altera procedimento de solicitação de Autorização de Supressão de Vegetação Nativa em Mata AtlânticaEm 4.7.2019 foi publicada a Instrução Normativa n° 20, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que altera o procedimento para anuência prévia à supressão de vegetação primária ou secundária nos estágios médio ou avançado de regeneração do bioma da mata atlântica, estabelecido pela Instrução Normativa IBAMA n° 9/2019. Dentre as alterações, foi instituído prazo de 20 dias para que seja apresentado pedido de reconsideração ao superintendente em caso de indeferimento da anuência. E, no caso de indeferimento do pedido de reconsideração, caberá recurso em 10 dias à Presidência do IBAMA. Por fim, a IN IBAMA n° 20/2019 determina que, no caso de vegetação suprimida com autorização de supressão de vegetação, emitida pelo órgão ambiental competente, mas sem anuência prévia do IBAMA, será exigida, além das sanções aplicáveis, “uma compensação ambiental equivalente ao dobro da área desmatada para fins de reparação do dano ambiental e regularização do empreendimento”.

Potencial de Poluição, Grau de Utilização de Recursos Ambientais

Pessoa Física Micro Empresa

Empresa de Pequeno

Porte

Empresa de Médio Porte

Empresa de Grande Porte

Pequeno 173,90 347,80 695,61

Médio 278,90 556,46 1.391,21

Alto 77,28 347,80 695,61 3.487,04

ESTADUAIS

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JURISPRUDÊNCIA

Rio de Janeiro obriga postos de combustíveis a instalarem dispositivo para captação de água pluvialA Lei Estadual do Rio de Janeiro nº 8.429/2019 determinou que os postos de combustíveis “deverão ter coletores, caixa de armazenamentos e distribuidores para aproveitamento e captação de água da chuva”, com capacidade proporcional à necessidade do empreendimento comercial. Nos termos do artigo 2º da referida Lei, as águas coletadas somente “poderão ser utilizadas para irrigação de jardins, descarga dos vasos sanitários, limpeza de pista e de pátios e para lavagem de carros”.

Estado de São Paulo altera o procedimento para apuração de infrações ambientais e imposição de sanções administrativasEm 10.9.2019 foi publicado o Decreto Estadual de São Paulo n° 64.456, que institui novo procedimento para a apuração de infrações administrativas cometidas contra o meio ambiente. A nova regulamentação revogou o Decreto Estadual n° 60.342/2014 e trouxe inovações relevantes ao processo administrativo ambiental. Dentre essas inovações está a possibilidade de o procedimento ser formalizado em meio digital e a criação de fase destinada à resolução consensual das pendências ambientais da pessoa autuada. Nesse sentido, o artigo 5º do Decreto Estadual nº 64.456/2019 estabelece que o infrator será concomitantemente “ intimado da lavratura do Auto de Infração Ambiental e notificado sobre o agendamento do Atendimento Ambiental”. É no Atendimento Ambiental, cujo funcionamento será detalhado em resolução do secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente, que “serão consolidadas as infrações e medidas administrativas, aplicadas as sanções cabíveis e propostas as medidas de recuperação dos danos ambientais provocados ou de regularização da atividade objeto da autuação”. O Decreto prevê ainda o cabimento de defesa contra a decisão resultante do Atendimento Ambiental, no prazo de 20 dias.

Prazo para cadastramento de geradores de resíduos sólidos junto à Prefeitura de São Paulo expira em 31.10.2019A Resolução nº 130/19, da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (AMLURB), estendeu a todas as empresas geradoras, transportadoras e destinadoras finais de resíduos sólidos “comuns” (recicláveis e não recicláveis) em qualquer quantidade, no munícipio de São Paulo, a obrigação de cadastrar-se junto à AMLURB.

O prazo para cadastro foi postergado sucessivas vezes e, por fim, termina em 31.10.2019. Para empresas consideradas grandes geradoras, conforme definição constante do artigo 2º do Decreto Municipal nº 58.701/2019, a ausência de cadastramento até o prazo final poderá resultar em multa.

O cadastro deverá ser renovado anualmente e atualizado sempre que houver alteração na quantidade de resíduos sólidos produzidos, possibilitando maior controle pela Prefeitura.

MUNICIPAIS

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JURISPRUDÊNCIA

TRF4 condena empresa a indenização de valor significativo por derramamento de óleo O Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4) manteve condenação de empresa, no âmbito de três ações civis públicas por danos decorrentes de derramamento de quatro milhões de óleo cru. A condenação considerou cada categoria de dano material e as suas peculiaridades e, quanto aos danos morais, ponderou que devem ser considerados o patrimônio, faturamento e demais circunstâncias econômicas envolvidas na exploração da atividade, bem como a postura da empresa para reduzir os impactos do acidente. Segundo o TRF4, a indenização, além de recompor integralmente os bens atingidos, deve conter dimensão preventiva para evitar novos episódios de poluição. (TRF4, Quarta Turma, AC - Apelação Civel nº -508178508.2014.4.04.7000. relator Cândido Alfredo Silva Leal Junior, DJE: 2.10.2019)

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei do Senado 752/2015, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede – AP), que propõe alterar a Lei 9.605/1998, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, para aumentar os parâmetros das penas de multa e privativas de liberdade. Caso o dano resulte de atividades econômicas de grande porte, a penalidade de reclusão prevista é de até 15 anos e de até 30 anos se o abastecimento de água for interrompido, houver “mortandade em massa de espécies nativas” ou “grave abalo à economia popular”. Atualmente, o PL encontra-se na Comissão de Meio Ambiente para análise e deliberação.

TJMG reconhece prescrição intercorrente nos processos administrativos estaduaisO Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) anula multa diante da paralisação de processo administrativo por mais de 11 anos. Nos fundamentos, o desembargador relator faz alusão à Lei Federal nº 9.873/1999 e ao Decreto Federal nº 6.514/2008 para concluir que “os processos administrativos no âmbito do Estado de Minas Gerais se sujeitam à prescrição intercorrente”. (TJMG, Apelação Cível nº 1.0000.18.057043-4/004, Comarca de Belo Horizonte, relator des. Renato Dresch, DJ: 11.10.2019)

STJ determina a execução de políticas públicas ao município de DouradosO Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio de acórdão publicado em 11.10.2019, determinou que o Poder Público adote as medidas de drenagem necessárias para coibir os alagamentos, devastação de áreas florestais e outros impactos que colocam em risco a saúde e a vida das pessoas no município de Dourados. No entender do STJ, em situações excepcionais, o Poder Judiciário pode determinar que a Administração Pública adote políticas públicas e medidas assecuratórias de direitos essenciais, sem que tal medida configure violação do princípio da separação dos poderes. (STJ, Segunda Turma, REsp - Recurso Especial – 1804607. relator HERMAN BENJAMIN, DJE:11.10.2019)

PROJETO DE LEI

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

TJMG

TRF4

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JURISPRUDÊNCIA

The Legal 500 2019 e Chambers Latin America 2020: Pinheiro Neto mantém destaque na área ambiental Novamente a área ambiental de Pinheiro Neto Advogados foi reconhecida em diversos rankings da área jurídica, classificando a área como referência (Banda e Tier 1). A edição 2020 do Chambers Latin America destacou os sócios António José L. C. Monteiro e Werner Grau Neto como principais referências na área, tendo também sido destacados os sócios Alexandre O. Jorge, Luís Celso Cecílio Leite Ribeiro e André Vivan de Souza. A edição de 2019 do The Legal 500 também indicou os sócios António José L. C. Monteiro e Werner Grau Neto como líderes na área e o sócio André Vivan de Souza como destaque, bem como citou a atuação do sócio Alexandre O. Jorge.

ACONTECE EM PINHEIRO NETO ADVOGADOS

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(ESCRITÓRIO DE PINHEIRO NETO ADVOGADOS EM SÃO PAULO

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