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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 360 | NOVEMBRO DE 2019

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 360 | NOVEMBRO DE 2019

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“Louvado sejas, meu Senhor, pela Irmã nossa, a morte corporal, da qual nenhum homem vivente pode escapar”

[Cântico das Criaturas, São Francisco de Assis]

Lidamos com a morte do mesmo modo que lidamos com todas as perdas de nossas vidas. Ou seja, rupturas. Por

sermos limitados ao tempo e ao espaço, não conseguimos compreender bem quan-do algo, ou alguém, conclui sua permanên-cia conosco. Nossa vida aqui não é eterna, nem definitiva, somos marcados pela pro-visoriedade e isso tem um valor profundo. O instante se torna precioso e irrepetível.

Se temos a consciência que as pesso-as e as coisas não nos pertencem, conse-guimos lidar de um modo melhor com seu afastamento ou sua perda. Precisamos compreender que o tempo que partilhamos com as pessoas é o que tornam o encontro e o afeto especiais.

Ao olhar para o modo que agimos quando, por algum motivo, somos surpre-endidos pela incapacidade de termos algo ou estarmos com alguém, nos colocamos diante da limitação temporária ou perma-nente, característica inerente a estar vivo.

Saber lidar com o rompimento inesperado demonstra muito de nós, especialmente, o dom de regenerar-nos do luto causado pela ruptura.

É claro que nos distanciarmos de quem amamos é algo muito maior e tocante que as perdas de coisas, mesmo aquelas que consideramos importantes, porém seguem uma mesma lógica. Essa situação nos ame-dronta ao evidenciar nossa pequenez dian-te do mistério da vida, incomparavelmente superior à nossa vontade ou possibilidade.

Quando morre alguém de nossa família ou nosso círculo de amigos, muitas vezes nos questionamos o motivo de termos des-perdiçado tantas oportunidades de estar juntos, renunciado a outras coisas e nos calado quando poderíamos manifestar nos-sa estima. A brevidade das pessoas, coisas e situações deveria nos projetar a expan-dirmos nossa consciência de sermos uma ínfima parte de algo que nos supera.

Ter contato com esse inelutável movi-

editorial

voz do pastor

expediente

O que haveria de mais confortá-vel, realizador e seguro para o ser humano senão saber que o

próprio Deus nos criou e promete-nos a participação de novos céus e nova terra, isto é, a eternidade!

A grande preocupação do ser huma-no em nossos dias é sempre a mesma: onde está a nossa felicidade e nossa realização?

Vez ou outra, o sonho cai por terra quando aqueles que propagam que a vida tem seu fim aqui na terra encer-ram sua missão e se fica naquele vazio, com um questionamento pujante, cain-do-se em novas ilusões.

Tudo parece ter seu fim em si mes-mo, mas algo revelado e superior acontece para aqueles que esperam e confiam no Senhor. Jesus veio a este

mundo ensinando e dando sentido a tudo, especialmente àqueles que esta-vam carentes e à margem de tudo: da vida, da saúde, do convívio, da integra-ção, da dignidade, do respeito etc..

Tomemos as rédeas de nossa vida e a vivamos com intensidade, expressan-do nossa gratidão a Deus por tão pre-cioso dom. Como é bom termos esse entendimento, vamos crescendo no amor a Deus e aos irmãos e trabalhan-do em favor da família humana.

Nos pequenos gestos vividos com intensidade construímos nossa vida e a dos outros. É preciso valorizar cada ser humano na sua totalidade, tendo como bússola a religião, nas mais diversas si-tuações e realidades.

Vi outro dia numa comunidade uma senhora acompanhando a missa e de-

Diretor geral

DOM JOSÉ LANZA NETO Editor

PE. SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808

Equipe de produção

LUIZ FERNANDO GOMESJANE MARTINS

Revisão

JANE MARTINS

Jornalista responsável ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265

Projeto gráfico e editoração BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160

Telefone35 3551.1013

E-mail

[email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

BUSCAR OSFRUTOS DA ETERNIDADE NA HISTÓRIA

Dom José Lanza Neto,Bispo da Diocese de Guaxupé

pois a procissão, estava no seu mundo da piedade popular, e na sua veste tão simples e seus calçados desprovidos de qualquer beleza, mas a presença de Deus ali era real. Aos olhos do mundo, poderia tudo ser considerado lixo, mas aos olhos de Deus o simples represen-ta luz. Para Deus, algo precioso estava ali, alguém feito à sua imagem e seme-lhança.

O viés da eternidade supera toda e qualquer visão do mundo egoísta: apa-rência, roupa, luxo, dinheiro e fama. Tudo isso tem um destino certo, a fer-rugem destroe, tudo passa e tem seu fim. O que construímos nesta vida leva-remos como frutos para a eternidade. A eternidade já tem suas marcas no aqui e agora de nossa vida e de nossa his-tória.

mento da história não pode nos subtrair a sensação vibrante de se estar vivo, mas deve nos motivar a tornar sublime cada momento. Penso que a escolha por uma vida rotineira e entediante da maioria das pessoas se relaciona diretamente com uma expectativa de que um dia teremos tempo suficiente para realmente aproveitarmos nossa vida. Gastamos nossa existência, hoje, na expectativa ilusória de manter nos-sa perenidade e não nos concentramos na-quilo que realmente é essencial e faz com que nos sintamos, verdadeiramente, vivos.

Que bom seria se tivéssemos sempre a sensação de termos aproveitado todos os encontros possíveis, conversado todos os assuntos que queríamos, vivido as aven-turas que sonhamos. Assim, não haveria tanto espaço para o remorso que se torna um fardo para tantas pessoas. Sigamos o conselho antigo do poeta latino Horácio: Carpe Diem, Colha o dia.

2 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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bíbliaRESSUREIÇÃO E VIDA: COMENTANDO JOÃO 11,32-45

Por padre José Luiz Gonzaga do Prado, biblista e professor na Faculdade Católica de Pouso Alegre

O Papa Bento XVI diz que ler a Bíblia com simples curiosida-

de histórica é esvaziá-la da inspiração e da ação do Espírito Santo (VD 19). A pergunta que devemos fazer à Bíblia não é “O que aconteceu?”, mas, sim: “O que essa estória signifi-ca?”. Como ela nos mos-tra a presença de Deus na nossa história. Assim é que vamos ler este episódio.

Pré-textoAs comunidades que

nos deram o Quarto Evan-gelho tinham como maio-res inimigos aqueles que o mesmo Evangelho chama de “judeus”. Era o grupo de rabinos fariseus liderados por Johanan Ben Zakai. Os inimigos da comunidade são, no Evangelho, os ini-migos de Jesus.

Esse grupo havia de-cretado que quem não os acompanhasse não po-deria mais ter o nome de judeu e perderia os privilé-gios que o Império Romano concedia aos judeus. Com isso, queriam obrigar todos a fazerem parte do movi-mento fariseu. O decreto visava diretamente os se-guidores de Jesus. É a eles que o Evangelho se refere quando diz “os judeus”.

O sistema religioso de-les era assim mesmo, um regime de imposição e submissão, os chefes im-punham e o povo tinha que aceitar e se submeter. Nin-guém podia enxergar com os próprios olhos, ninguém podia falar, tomar iniciativa e agir por si mesmo sem ordem dos chefes. Era um regime de morte, que dei-xava as pessoas de mãos e pés atados, sem direito de abrir os olhos nem a boca.

ContextoHavia um grupo de irmãos, amigos de

Jesus e de quem Jesus era amigo. É o pro-tótipo da comunidade dos discípulos. Al-guém deles (Lázaro, que quer dizer Deus ajuda) fica doente e morre. Essa comuni-dade-família morava no meio dos “judeus”, bem perto de Jerusalém. Jesus é avisado da doença, mas espera a morte e diz estar alegre com a morte do amigo, pois será o

meio de os discípulos acreditarem melhor nele. Depois, decide ir à Judéia, terra dos inimigos.

Os discípulos têm medo, já tentaram matar Jesus a pedradas. Tomé, que tem o apelido de “Gêmeo”, diz: “Vamos nós tam-bém, para morrermos com ele!”.

Ninguém acredita que Jesus seja capaz de tirar Lázaro da sepultura. “Se ele tivesse vindo antes da morte,” diziam os amigos e os inimigos. Quando Jesus fala em ressurrei-ção, Marta, a “irmã do morto”, pensa na res-surreição final, como ensinavam os fariseus.

Jesus diz ser a ressurreição e a vida, o morto que nele crer terá a vida e quem vive crendo nele não morrerá jamais.

TextoJesus não ficou triste com a morte de

Lázaro, antes ele se alegrou, vemos no v. 15. Maria no meio dos “judeus”, os inimigos, que choravam com ela, fez com que Jesus bufasse, ou desse um forte suspiro de des-gosto, e se perturbasse. Pouco adiante o Evangelista diz que lágrimas rolaram do rosto de Jesus. Os inimigos “judeus” in-

terpretaram como sendo sentimento de perda pela morte do amigo. Os inimi-gos estariam certos? As lá-grimas não seriam pela fé ainda incompleta de sua comunidade?

Jesus bufa ou dá um suspiro de desgosto mais uma vez, quando alguns dos inimigos lembram a cura do cego de nascença.

Marta, chamada de “irmã do morto”, expressa bem a fé incompleta da comunidade. Ela crê que Jesus é o Messias espe-rado, mas só espera a res-surreição que os fariseus também esperavam, para o fim dos tempos. Mas Je-sus é “a ressurreição e a vida”, quem nele crê não morre, vive eternamente, ressuscita já. Ele é a res-surreição agora para os vivos e para os mortos.

Jesus grita: “Lázaro, vem para fora!” O morto saiu de mãos e pés atados e com um pano cobrindo--lhe o rosto. Já viram isso?

Espelho para a comuni-dade do Evangelho

Jesus é a ressurreição, a vida. Os “judeus”, os ini-migos da comunidade, são do lado da morte. Por isso seus discípulos não po-dem enxergar, falar, ouvir, andar nem agir, estão de mãos e pés atados e de rosto coberto.

Alguns “judeus” che-gam a acreditar em Jesus, mas os chefes e a maioria decidem matá-lo, porque ele deu vida a Lázaro (vv. 47-50). Mostram, assim, que são do lado da morte, que não querem a vida, não querem a liberdade.

O que o texto diz para nósO Evangelista não quis contar apenas

mais um milagre espetacular de Jesus, ele quis trazer uma lição para nossa vida. A morte não é o fim de tudo, é o começo da ressurreição?

Ainda existem pessoas que estão de pés e mãos atados além do rosto coberto, sem cara, sem boca, sem visão, pessoas de pé, mas mortas? O discípulo de Jesus deve ser assim também, sem iniciativa, sem ação e sem opinião? Ou deve ajudar a soltar quem se encontra preso?

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 3

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notícias

Informações/Foto: Rafael Alves – Rovilson Alves

Com informações e imagem da organização do encontro

Texto e Imagem: Andrea Esteves – Comunidade Mariana Resgate

SECRETÁRIOS PAROQUIAISPARTICIPAM DE ENCONTRO DE VALORIZAÇÃO PESSOAL

“UM DIA ESPECIAL PARA SE GUARDAR NA MEMÓRIA E NO CORAÇÃO”

NOVAS COMUNIDADES CONCLUEM ITINERÁRIO FORMATIVO

No dia 25 de setembro, os secretários paroquiais de toda a Diocese de Gua-xupé participaram de um Encontro de

Espiritualidade, realizado no Seminário São José, em Guaxupé. Mais de 100 colaborado-res vivenciaram esse momento importante para o crescimento pessoal e de intimidade com Deus.

Conduzido pelos padres Sandro Henri-que e Antônio Batista Cirino, os secretários estiveram diante de Jesus eucarístico, com a adoração ao Santíssimo Sacramento. Padre Sandro destacou a importância de se olhar para dentro do próprio ser, de se ver a im-portância como seres humanos e perceber o quanto se é amado por Deus.

Em seguida, os participantes, padres, se-cretários paroquiais e colaboradores da Cú-ria Diocesana confraternizaram, partilhando presentes e uma boa conversa.

No dia 22 de setembro, integrantes do movimento Treinamento de Liderança Cristã (TLC) se reuniram em Muzambi-

Aconteceu, entre os dias 26 e 29 de se-tembro, o último módulo da Escola de Formação para as Novas Comunidades,

na Vila Bethânia, em Machado. A escola aconte-ceu durante dois anos com o objetivo de formar as novas comunidades da Diocese de Guaxupé, auxiliando no discernimento e descoberta do plano de Deus para cada uma delas.

Durante o período de formação, iniciado em fevereiro de 2018, foram trabalhados seis módulos que abordaram os seguintes temas: Consagrados pelo batismo e dedicados a um carisma particular, Vida consagrada e conse-

Alguns secretários deixaram seus depoi-mentos sobre o encontro:

“Foi muito válido e a proposta apresen-tada colaborou para darmos uma pausa, aju-dando-nos a sentir, em profundidade, a ex-periência de estar junto d’Ele, nos nutrindo e cuidando de nós mesmos. Gratidão a todos que prepararam para nós este momento”. Otávia, Paróquia São Benedito, Passos

“O encontro de hoje foi maravilhoso, com momentos de espiritualidade e oração, de recuperarmos nossas energias, mas, também, de alegria e envolvimento entre todos, uma tarde maravilhosa”. Edilma, Pa-róquia Sagrada Família, Carmo do Rio Claro.

“Este encontro de secretárias e secre-tários foi muito especial. Logo no início, co-meçamos com uma linda adoração, quando o padre Sandro nos fez refletir sobre quem somos de verdade. E um momento muito

gostoso de confraternização, com certe-za com um clima mais leve, de amizade e respeito. Ser secretária da paróquia é mais que apenas um serviço, é uma oportunidade que Deus me deu de estar mais perto d’Ele”. Lara Melo, Paróquia São Sebastião, Juruaia.

“Foi uma manhã de oração abençoada, nos proporcionando um momento de enxer-

garmos o quanto somos importantes e pre-ciosos aos olhos de Deus. A experiência de olharmos em nossos próprios olhos nos fez refletir que precisamos de um tempo para nós. A confraternização foi muito boa, esta-va tudo muito gostoso e percebemos que foi feito tudo com muito carinho”. Sílvia, Paró-quia São Benedito, Passos.

nho, na sede do Instituto Federal, para o 8º Encontrão Diocesano.

O TLC é um movimento da Igreja católica

lhos evangélicos, Vida fraterna em comunida-de, Caminho formativo e a Mística do serviço.

No dia 27 de setembro, o bispo diocesano, dom José Lanza Neto, presidiu a celebração eucarística e disse aos membros das comuni-dades ali presentes da importância de serem testemunhas, com suas vidas, da presença de Jesus Cristo no mundo de hoje.

Estiveram reunidas todas as novas co-munidades da diocese e também de várias regiões do Brasil. Os conteúdos abordados, as adorações, as celebrações eucarísticas, as orações, os filmes e as partilhas marcaram

criado em 1967, em Campinas, pelo padre jesuíta Haroldo Hann, sacerdote de origem americana enviado ao Brasil na década de 1960. O objetivo do TLC é a formação de líde-res dentro da Igreja e da comunidade.

No dia do encontro, jovens de 16 cidades pas-saram um dia inteiro em comunhão e confrater-nização, agradecendo pelas graças alcançadas e experiências vividas dentro do movimento.

Mais de 500 jovens participaram dessa edição. Durante o dia, houve momentos de animação com músicas e danças, descontra-ção com teatros, mas, também, um espaço reservado à formação com workshops, com temas diferentes de caráter formativo.

O encontro foi iniciado com a celebração da Santa Missa, presidida pelo padre Alexan-dre Gonçalves, coordenador diocesano de pastoral, que trouxe uma mensagem aos jo-vens para que eles sejam ousados na fé. “Não permitam que tirem de vocês a ousadia e a criatividade”.

profundamente cada um daqueles que esta-

Ao encerrar o encontro, o diretor espiritual diocesano do TLC, padre Vinícius Pereira Silva, conduziu um belo momento de adoração ao Santíssimo Sacramento, inspirado na carta de São Paulo aos Gálatas: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que Vive em mim” (Gl 2, 20).

No depoimento da jovem Thaís Martins Bueno é possível compreender a importân-cia desses encontros para o fortalecimento da juventude: “Um dia especial para se guar-dar na memória e no coração. O domingo amanheceu com um clima diferente. Até o mais desavisado poderia sentir que grandes coisas estavam por vir. A cada ônibus que chegava e a cada sorriso de bom dia que se recebia, o sentimento só aumentava. A união e energia que habitava aquele local se tornou visível, audível, quase palpável. Ousamos ser apenas jovens preparando um encontro para tantos outros jovens”.

O próximo encontro ocorrerá em Bom Je-sus da Penha, em 2020.

vam presentes.

4 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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Texto/Imagens: Assessoria de Pastoral e de Comunicação

Texto: Assessoria de Comunicação/Foto: Sara Fideles

Texto: Assessoria de Comunicação/Foto: Sara Fideles

notíciasSÍNODO PARA A AMAZÔNIA ESETOR JUVENTUDE SÃO PAUTA DE ENCONTRO PROVINCIAL

TRÊS NOVOS DIÁCONOS SÃO ORDENADOS PARA O SERVIÇO PASTORAL

DNJ REÚNE CENTENAS DE JOVENS DE VÁRIAS CIDADES EM GUAXUPÉ

Entre os dias 14 e 16 de outubro, ocor-reu, em Poços de Caldas, o 5° Encon-tro Provincial de Animação Pastoral da

Província Eclesiástica de Pouso Alegre.No evento, participaram os bispos das

três dioceses do sul de Minas Gerais (Cam-panha, Pouso Alegre e Guaxupé), os padres coordenadores de pastoral e vigários forâ-neos, as secretárias de pastoral e os pa-dres assessores do Setor Juventude.

Entre os objetivos do encontro estavam a partilha da caminhada pastoral, o desen-volvimento de ações comuns para a evan-gelização e a convivência fraterna. O en-contro deste ano valorizou duas temáticas em pauta na evangelização atualmente: o Sínodo para a Amazônia e a Juventude.

A abertura oficial ocorreu com uma ce-lebração eucarística na Basílica Nossa Se-nhora da Saúde.

Os trabalhos tiveram início com uma re-flexão sobre o Sínodo da Amazônia, coor-denada pelo padre José Augusto da Silva, professor da Faculdade Católica de Pouso Alegre. O assessor citou o itinerário eclesial que culminou na realização do Sínodo para a Amazônia, com destaque às conferências do Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e ao trabalho da Rede Pan-Amazô-nica (Repam).

Os participantes puderam se aprofun-dar na análise do Instrumento de Trabalho

“Recebei, Senhor, nossa vida. Tudo o que temos ou possuímos de vós nos veio, tudo vos devolvemos

e entregamos sem reserva para que a vossa vontade tudo governe”. Esse foi o trecho do discurso de agradecimento dos diáconos or-denados no dia 25 de outubro, na Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, em Guaxupé.

Fiéis de várias paróquias participaram da celebração de ordenação dos três novos diá-conos que compõem, a partir de agora, o cle-ro diocesano: diácono Douglas Ribeiro Lima (Monte Belo), diácono Juliano Vasconcelos (Arceburgo) e diácono Luiz Henrique Sebas-

Jovens de todas as expressões, de muitas paróquias e todos os setores marcaram o domingo (27/10), em Guaxupé, na celebração

do Dia Nacional da Juventude (DNJ). No período da manhã, os jovens se dividiram

em dois pontos da cidade para momentos de espiritualidade e também de animação. Após o almoço, os participantes se dirigiram para a Cate-dral Diocesana, onde participaram juntos da Santa Missa.

Padre Reginaldo da Silva, cura da Catedral, presidiu a celebração e motivou os jovens, em sua homilia, a fazer de suas vidas um testemunho de fé autêntica, que não se pauta nos valores ilusó-rios do mundo, mas iluminados pela Luz de Cristo.

Na mensagem enviada pelo assessor dioce-sano para a juventude, padre Vinícius Pereira Silva,

do Sínodo e debater sobre os principais assuntos que envolvem a evangelização da Amazônia e as implicações que tudo isso gera para a Igreja no sul de Minas Gerais.

Na segunda parte do encontro, o padre Vinícius Pereira Silva, assessor da Juven-tude da Diocese de Guaxupé, apresentou as perspectivas de trabalho pastoral para o Setor Diocesano da Juventude. O padre lembrou a responsabilidade eclesial de toda a comunidade na evangelização da juventude, destacando o projeto IDE da Comissão Episcopal para a Juventude.

Além da exposição do processo de desenvolvimento pastoral do Setor Juven-tude, os participantes, divididos em dioce-ses, tiveram um momento de partilha sobre as atividades do Setor Diocesano da Juven-tude de cada uma delas.

Para o coordenador diocesano de pas-toral, padre Alexandre José Gonçalves, o encontro demonstrou sua relevância que gera frutos positivos para a caminha pasto-ral. “As temáticas tratadas alargaram nossa compreensão e forneceram pistas impor-tantes para nossa atuação como Igreja na região sul-mineira. Foram dias de diálogo, aprendizado e troca de experiências e con-vivência. Este encontro sempre fortalece nossa caminhada como Província e estimu-la cada diocese a trabalhar pela evangeli-zação como Igreja em saída”.

tião da Silva (Monte Belo).Na homilia, dom José Lanza Neto desta-

cou alguns aspectos fundamentais para a vi-vência do diaconado pelos recém-ordenados. “A ação de Deus acontece em nós desde o dia do nosso batismo, o chamado é de Deus e precisamos responder sempre, precisamos fazer com que a voz do Senhor seja sempre ouvida e acatada”.

“Estamos vivendo numa realidade com-plexa e se o ministro não for capaz de discer-nir, pode se perder, mas temos de ter a cer-teza que Espírito Santo nos conduz. Jesus é a razão maior da nossa caminhada, sem ele nada faz sentido”, prosseguiu o bispo.

os participantes receberam o encargo de anunciar o Evangelho em suas realidades. “Temos muito o que fazer. Não vamos descansar enquanto não levarmos o amor de Jesus para todos os jovens! Não podemos desanimar! Não podemos desistir! Força, juventude de Deus! Cristo vive, e nós com Ele!”

Para Jean Lucas Rosa, membro do Setor Dio-cesano da Juventude, o encontro foi uma opor-tunidade de vivenciar a alegria dos jovens como força viva da Igreja. “Foi uma experiência muito marcante, onde pude renovar minhas esperanças na juventude. Ver os jovens reunidos e rezando em unidade foi muito lindo. A caminhada rumo à Catedral, mesmo com a temperatura elevada, mostrou que a força da juventude vem de Cristo e é dedicada a Ele”.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 5

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Ultimamente, a mulher tem ocupado o lugar que lhe é próprio por vo-cação. Sobre esse assunto, Edith

Stein, uma santa do século 20, se dedicou a estudar. Em seus escritos, a santa suge-re que as mulheres ocupem os lugares na sociedade que lhe pertencem ontologica-mente, ou seja, existem algumas funções que são inerentes ao ser das mulheres.

Edith Stein dedicou boa parte de seus escritos para se referir à formação da mulher e à sua atuação na vida humana. Seus escritos são marcados pela cultura que trazia de sua família que, por sua vez, era composta em sua maioria por mulhe-res, principalmente após a morte do pai. Também fica presente em seus escritos a cultura da época em que viveu, final do século 19 e início do século 20. Nesse período, as mulheres já ocupavam cargos que eram tidos como singularmente mas-culinos, como a atuação nas cátedras das universidades. Alguns grupos defensores dos direitos femininos existiam naquele período, inclusive a senhorita Stein era in-tegrante de um deles. O pensamento da jovem Stein também foi marcado pelo ju-daísmo e mais tarde pelo catolicismo.

Ao desenvolver seus pensamentos através de conferências e escritos, Stein apresentou alguns conceitos como voca-ção da mulher. Também foi discutida por ela a feminilidade, que até então não fa-zia parte do pensamento da época. Ela desenvolve uma relação entre homem e mulher que, para o seu tempo, garantia a defesa da mulher – o que nos dias atuais poderia soar como certo machismo.

O contato com seus professores, como Edmund Husserl, fez com que ainda jovem assumisse a missão de professora em uma escola para jovens. Sua relação com es-ses jovens e, principalmente com as me-ninas, despertou nela – além de todos os acontecimentos históricos – o desejo de se dedicar ao estudo das mulheres. Após sua conversão ao catolicismo, também lhe serviu como incentivo o seu contato com classes que eram estritamente formadas por meninas que queriam ingressar na vida consagrada religiosa.

Tendo como base sua cultura (religiosa e histórica), em seus estudos e observa-ções, ela chega a afirmar que a mulher deve sempre ocupar o lugar que lhe é próprio, ou seja, aquelas funções que são compatíveis com o seu ser. Para fa-zer essa afirmação, ela distinguiu que o homem tem aquilo que lhe é próprio, que faz parte de seu ser, assim como a mulher possui funções que lhe são próprias, sen-do uma delas a de formadora.

É necessário abordar o tema da mu-lher e sua missão formadora no pensa-mento de Edith Stein em seus aspectos mais importantes, sendo estes: o seu con-texto histórico e os aspectos pessoais que

A MULHER E SUA MISSÃO FORMADORA EM EDITH STEIN

influenciaram seu pensamento; a vocação natural da mulher e sua atuação como for-madora.

Durante todo o percurso, a figura femi-nina ocupou um lugar central da reflexão. A autora, desde o início, trouxe consigo marcas de sua época e de sua cultura. As-sim se pôs a estudar sobre a mulher forte, tendo sua mãe como exemplo. Sua dedi-cação e esforço nos estudos deram a ela a capacidade de fazer uma reflexão que perpassaria o pensamento de sua época, tornando-a uma mulher além de seu tem-po. Ela trazia consigo vivências que a fize-ram entender “que formar não é só dever e missão, como também valor e esperan-ça” (GARCIA, s/d, p. 125).

Não só conteúdos práticos a fizeram entender o processo formativo da mulher e seu valor natural como formadora, mas, também, suas referências filosóficas e hu-manas. Esse arcabouço que trazia a fez entender a formação da mulher simples-mente como mulher. Foi esse aspecto que a incentivou à promoção da mulher, não de maneira exagerada e enfadonha, mas de um modo sutil e tranquilo.

Santa Edith Stein não propunha uma

revolução por parte das mulheres para que pudessem reivindicar sua posição ocupando a posição do homem, mas de-fendia com argumentos meramente ra-cionais e ontológicos que a mulher deve ocupar o que lhe cabe e não tomar o lugar dos outros, no caso, o dos homens.

Como defesa desse argumento, ela perpassou as instituições que são consi-deradas mais importantes na edificação de uma sociedade: família, Estado, Igreja. Em cada uma delas destacou que a mu-lher, ao lado do homem e não ocupando seu lugar, pode, sim, exercer o que lhe é natural: agir de modo que forme humana-mente o próximo e ser companheira da-queles com quem convive.

No que se refere às famílias, Edith Stein não colocou a mulher como mais im-portante do que o homem, ou a mãe como mais importante que o pai ou vice-versa. Para ela, a mãe pode, com todos os direi-tos, assumir qualquer tarefa exterior que contribua na renda da casa, sendo compa-nheira do marido, auxiliando na tarefa do sustento financeiro. No entanto, a mulher/mãe não pode deixar de fornecer ao lar aquilo que é sua vocação natural, ou seja,

dar aos filhos uma formação humana e ser para o marido uma companheira.

Quando trata do Estado, senhorita Stein não tratou de forma minoritária a função da mulher. Defendeu que a mulher pode e deve ocupar cargos públicos, pois ela traz consigo algo que lhe é inato: o cui-dado com o próximo e com a promoção humana. A mulher é capaz de zelar de uma sociedade a partir da visão do todo, fazen-do com que todos sejam formados como pessoas humanas. A mulher, por natureza, cuida daqueles que com ela entram em contato. Ocupando um cargo público que diz respeito ao estado, provavelmente ela terá oportunidade de exercer sua vocação natural de um modo mais amplo do que dentro de uma família.

Ao se referir à vida consagrada, afir-mou com conhecimento de causa. Argu-mentou que como existem as vocações que são estritamente ligadas ao ser do homem, também existem as vocações que pertencem de modo singular à natu-reza feminina. Resume que quando uma mulher se coloca a serviço do Reino de Deus como uma consagrada, sua atuação é ainda mais ampla, ela é chamada a ser esposa de Cristo, cooperando com ele em sua obra salvadora. Também é chamada a ser mãe e cuidadora de todos os fiéis, seja diretamente com aqueles com quem têm contato, seja indiretamente por meio da oração e entrega total da vida à Igreja.

Noventa anos após Edith Stein ter es-crito tais argumentos, se percebe que nas três instituições já mencionadas, a mulher vem ocupando o lugar que lhe é próprio. Cada vez mais se pode observar que mais mulheres estão ocupando as vagas de emprego que, até há pouco tempo, eram ocupadas basicamente por homens. Tam-bém os cargos políticos estão sendo ocu-pados por mulheres que, em sua maioria, fazem valer aquilo que lhe é próprio por vocação: a promoção humana.

Também na Igreja a mulher tem ganha-do papel de destaque e de importância, que antes eram reservados basicamente a integrantes do clero. Religiosas têm sido nomeadas pelo Papa para desempenhar serviços de ordem doutrinal da Igreja. Com certeza, essas mulheres farão valer o que Santa Edith Stein tanto destacava na alma feminina, e no caso de uma religiosa, levar a formação fraterna do Corpo Místi-co da Igreja a todos os seus integrantes, desde os mais letrados até os mais mise-ráveis, cada um de acordo com sua neces-sidade. Exercendo fielmente o papel de esposa de Cristo, sendo companheira e ajudando na edificação de seu Reino. Res-ta a esperança de que cada vez mais as mulheres se conscientizem de sua missão natural de formadora e se ponham decidi-damente a esse serviço.

em pauta Por Mateus Henrique de Souza Pedro, seminarista

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U ma Igreja de rostos múltiplos. Cada vez mais, percebe-se a influência das mulheres na vida

eclesial e o modo dedicado como lei-gas e religiosas se doam pelo anún-cio do Evangelho. O Jornal Comunhão reuniu mulheres de toda a diocese que contribuem decisivamente nos trabalhos pastorais nas mais variadas frentes. Conheça, agora, seus relatos e sua visão sobre a vida eclesial e os desafios para a evangelização.

ADALGISA TATIANE ANUNCIAÇÃO, Paróquia São José – BotelhosQual a sua atuação na Igreja?

Proclamadora da Palavra, Ministra Extraordinária da Comunhão Eucarísti-ca, Pastoral da Comunicação e Anima-dora Missionária.

Como percebe a atuação das mulhe-res na Igreja?

Minha atuação, como das demais mulheres, é algo que acontece atu-almente de forma muito natural, sem dificuldades. Fui me engajando no serviço à Igreja de forma gradativa, percebo que é dessa forma com gran-de parte das mulheres, vamos nos comprometendo cada dia mais e é algo que nos motiva.

Quais suas perspectivas? O que ain-da deve avançar?

Acho que a própria conscientiza-ção das mulheres sobre sua importân-cia na Igreja, pois, apesar da abertura que nos é permitida na atualidade, ainda assim há uma proporção que é resistente ou mantém o padrão do passado em que apenas o homem tem essa autonomia.

MULHERES: O ROSTO TERNO E CORAJOSO DA IGREJAJANE FERREIRA MARTINS ALVES, Pa-róquia São Sebastião – Areado

Qual a sua atuação na Igreja? Pastoral Matrimonial, Pastoral da

Comunicação, Canto e Liturgia.

Como percebe a atuação das mulhe-res na Igreja?

Penso que a atuação da mulher na Igreja está cada vez mais indispen-sável. Tanto pela quantidade de mu-lheres dispostas a servirem, quanto pela qualidade do serviço prestado. A mulher, por sua natureza, é zelo-sa, amorosa, cuidadosa e demonstra isso em seu serviço na Igreja. Ela não se envolve apenas em uma pastoral, mas se envolve, se entrega em várias áreas de atuação pastoral, enquanto muitos homens focam em apenas uma. Por isso, há mais mulheres atuando na Igreja. Acho que as mulheres têm, sim, seu serviço reconhecido, apreciado e valorizado, tanto pelos padres como pela comunidade em geral.

Quais suas perspectivas? O que ainda deve avançar?

Não acho que há algo a melhorar. Nós temos o espaço que queremos conquistar e ocupar. Não sinto que devemos receber o sacramento da ordem para colaborar com a Igreja. Sinto-me valorizada. Jamais me senti diminuída por não pertencer ao clero. Jamais houve uma porta fechada nes-te caminho de comunidade. Como Ma-ria, que é a mãe de Jesus, colaborou na história da salvação, percebemos, hoje, a abertura para que nós, mulhe-res, colaboremos também.

MARIANI MARTINS, Paróquia São José – Muzambinho

Qual a sua atuação na Igreja? Acólitos, Ministra Extraordinária da

Comunhão Eucarística e Treinamento de Liderança Cristã.

Como percebe a atuação das mulhe-res na Igreja?

Nunca encontrei resistência na minha atuação e presença na Igreja. Pelo contrário, cresci acompanhando minha mãe e minhas tias em celebra-ções, festas, reuniões, grupos de re-flexão etc. Sempre fomos bem quistas. Há alguns anos assumi a coordenação dos grupos de acólitos e noto como muitas coordenações dentro da Igreja estão ocupadas por mulheres.

Quais suas perspectivas? O que ain-da deve avançar?

Acho que tudo só tende a melho-rar. Acompanhando o papa Francisco, percebo como a Igreja tem se aberto cada vez mais para a atuação leiga e valorizado os ministérios leigos. Que-ro continuar ajudando minha Igreja, com amor e dedicação, pois sei que a responsabilidade missionária e da construção do Reino é de todos nós.

ANDREA ESTEVES, Comunidade Ma-riana Resgate – Alfenas

Qual a sua atuação na Igreja? Comunidade Mariana Resgate, Se-

tor Diocesano da Juventude e Liturgia (Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Alfenas)

Como percebe a atuação das mulhe-res na Igreja?

Hoje me sinto responsável em au-xiliar a Igreja em sua missão evange-lizadora. Todo serviço que abraço por meio dela o faço como uma resposta a um chamado que Deus colocou em mi-nha essência feminina. A mulher traz em si o dom da maternidade, do aco-lhimento e da escuta, e por meio da minha atuação na Igreja busco colocar todos esses dons em movimento, ge-rando na fé os filhos de Deus. É muito perceptível a crescente presença da mulher na Igreja, essa presença não é importante somente pelo funcional, mas porque elas contagiam a Igreja com a sua maternidade e feminilidade. Seria difícil a Igreja viver sua dimen-são de mãe, mestra e esposa sem a atuação das mulheres nela.

Quais suas perspectivas? O que ain-da deve avançar?

Olhando para o papel da mulher dentro da Igreja, noto que ainda há um caminho a percorrer, não por um preconceito que possa haver dentro do seio eclesial, mas por nós, mulhe-res, que ainda precisamos abraçar com intensidade nossa missão, cola-borando com a Igreja através de nos-sas potências.

laicato Por Luiz Fernando Gomes – seminarista

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 7

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No dia 25 de outubro, na Catedral Diocesana, o bispo Dom José Lan-za Neto ordenou três diáconos

para servir às comunidades e que ago-ra compõem o clero diocesano: diácono Douglas Ribeiro Lima (Monte Belo), diá-cono Juliano Vasconcelos (Arceburgo) e diácono Luiz Henrique Sebastião da Sil-va (Monte Belo). Conheça a trajetória de cada um deles.

DIÁCONO DOUGLAS RIBEIRO LIMA

Paulista da cidade de São Paulo, mas criado desde os dois anos de idade na cidade mineira de Monte Belo, é o pri-mogênito do casal João Batista Lima e Sônia Aparecida Ribeiro Lima. Nasceu no dia 29 de março de 1992 e tem dois irmãos: Diego (seu irmão gêmeo) e Joh-natan.

Sentiu o chamado à vocação sacer-dotal desde pequeno. Enquanto crian-ça ingressou no grupo de coroinhas de sua paróquia, foi catequista, membro do grupo de jovens, acólito e proclamador. Aos 14 anos, começou a trabalhar como locutor na rádio Montana FM de Monte Belo, permanecendo na mesma durante três anos.

Após o período de acompanhamen-to vocacional, ingressou no seminário em 2011 com apenas 18 anos. Cursou Licenciatura em Filosofia na UNIFEG e Bacharelado em Teologia na FACAPA. Trabalhou em diversas paróquias duran-te o processo formativo, nas quais teve a

oportunidade de amadurecer a vocação. Atualmente, o neo-diácono exerce

seu ministério na paróquia de Nossa Senhora do Carmo em Paraguaçu e no SAV (Serviço de Animação Vocacional), acompanhando os jovens que desejam ingressar no seminário.

“Decidi, após um longo processo de formação, entregar minha vida definiti-vamente ao bom Deus. Já era feliz ser-vindo à Igreja como seminarista, agora ainda mais como diácono e futuramente como padre. Agradeço a Deus por ter me feito vosso filho pelas águas do Batismo e me concedido a graça do Sacramento da Ordem, no grau do diaconado. Dai--me, Senhor, a graça de levar todas as coisas para Ti, ser vosso instrumento, diácono para servir a mesa da Palavra, a mesa da Eucaristia e a mesa do pobre”.

DIÁCONO JULIANO VASCONCELOS

Nasceu aos 5 dias do mês de agos-to de 1980 na cidade de Mococa (SP). É o primogênito do casal Antônio Carlos Vasconcelos e Maria de Lourdes de Oli-veira Rodrigues (em memória) e tem 5 irmãos.

Apesar de ter nascido no interior do estado de São Paulo, Juliano sempre morou em Arceburgo (MG). Ali, nasceu sua vocação em meio à convivência na Paróquia de São João Batista. Foi inicia-do na comunidade cristã por seu padri-nho de Crisma, Antônio Mariano, aos 18 anos de idade. Recebeu os Sacramentos

da Primeira Eucaristia e da Confirmação aos 19 anos. Proclamando a Palavra nas Celebrações Eucarísticas e participan-do da RCC na comunidade, foi tomando gosto pelas coisas de Deus. No ano de 2003, começou a trabalhar como sacris-tão na referida paróquia, onde permane-ceu por quase 8 anos. Durante este pe-ríodo, sentiu o chamado ao sacerdócio e iniciou o acompanhamento vocacional na diocese de Guaxupé.

Seu ingresso no Seminário São José, na cidade de Guaxupé, se deu no dia 30 de janeiro de 2011. Ali passou pelas pri-meiras etapas do processo formativo, a saber: Propedêutico e Filosofia, com du-ração de 4 anos. Depois, mudou-se para Pouso Alegre onde cursou Teologia por mais 4 anos. Durante esse período, Ju-liano realizou seu estágio pastoral aos fi-nais de semana nas seguintes paróquias: Santa Bárbara em Guaranésia; Santa Rita em Nova Resende; Nossa Senhora do Carmo em Paraguaçu e São Sebastião em Poços de Caldas. Atualmente, realiza suas atividades pastorais na Paróquia São Sebastião em Areado desde janeiro do ano vigente.

Passados quase 9 anos, Juliano re-cebeu o Sacramento da Ordem no grau do diaconado. Aqui, ele expressa sua ex-pectativa no exercício do seu ministério: “Quero ser diácono do serviço e para o serviço. Estou muito feliz por mais uma etapa concluída. Desejo viver a comu-nhão com nosso bispo diocesano Dom José Lanza e com todo o clero, na busca de uma autêntica vivência do amor para, juntos, construirmos o Reino de Deus entre nós. Sonho com uma Igreja mis-sionária que atenda aos anseios de seu povo, pois a missão se faz com os outros e para os outros. Enfim, desejo cultivar o dom de ouvir, acolher e ser presença junto ao povo de Deus, servindo-o com alegria na humildade e na caridade”.

DIÁCONO LUIZ HENRIQUE SEBASTIÃO DA SILVA

Nasceu em Monte Belo no dia 20 de janeiro de 1992. Com 27 anos de idade,

diaconadoTRÊS NOVOS DIÁCONOS PARA O SERVIÇO À LITURGIA E À CARIDADE

filho de Miguel Borges da Silva e Márcia Helena da Silva. Foi criado na comuni-dade rural Serrinha, município de Monte Belo.

Acompanhando seus familiares na Igreja, começou a sentir o desejo de ser padre. Após um tempo de amadureci-mento e acompanhamento, no dia 30 de janeiro de 2011, ingressou no Seminário São José, em Guaxupé.

Realizou seu estágio pastoral aos finais de semana nas paróquias: Santa Cruz - Santa Cruz da Prata (distrito de Guaranésia); Sagrada Família e Santos Reis - Guaxupé; São Sebastião - Juruaia; Nossa Senhora Aparecida - Bandeira do Sul; Nossa Senhora do Carmo - Paragua-çu; São Paulo Apóstolo - Poços de Cal-das.

Atualmente, está na Paróquia Santa Rita de Cássia, em Cássia. Após 9 anos de formação recebeu o Sacramento da Ordem no grau do diaconado. Manifesta o desejo sincero de acolher, ouvir e ser presença junto ao povo; vivendo a vo-cação ministerial para o serviço. Deseja cultivar uma intensa vida de oração para nutrir e exercer a dinâmica do serviço, do amor e da entrega, percorrendo o caminho da unidade e da solidariedade com as pessoas mais simples.

uma série de comportamentos e re-alidades dos povos indígenas, que são contrários ao Evangelho. O mundo ama-zônico pede à Igreja que seja sua aliada. [IL 144]

Texto/Imagem: Arquivo Pessoal

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Ao nascer em 26 de maio de 1914, em Salvador, Irmã Dul-ce recebeu o nome de Maria

Rita de Souza Brito Lopes Pontes. A menina Maria Rita foi uma criança cheia de alegria, adorava brincar de boneca, empinar arraia e tinha especial predileção pelo futebol.

Aos sete anos, perde sua mãe Dulce, que tinha apenas 26 anos. No ano seguinte, junto com seus irmãos Augusto e Dulce (a querida Dulcinha), faz a primeira comunhão na Igreja de Santo Antônio Além do Carmo.

A vocação para trabalhar em benefício da população carente teve a influência direta da família, uma herança do pai que ela levou adiante, com o apoio decisivo da irmã. Aos 13 anos, graças a seu destemor e senso de justiça, traços marcantes revelados quando ainda era muito novinha, Irmã Dulce pas-sou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da famí-lia num centro de atendimento. Também é nessa época que ela manifesta, pela pri-meira vez, após visitar com uma tia áreas onde habitavam pessoas pobres, o desejo de se dedicar à vida religiosa.

Em 1933, logo após sua formatura como

Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as

honras terrenas, a eles que, segundo a pro-messa do Filho, o mesmo Pai celeste glori-fica? De que lhes servem nossos elogios? Os santos não precisam de nossas home-nagens, nem lhes vale nossa devoção. Se veneramos os Santos, sem dúvida nenhu-ma, o interesse é nosso, não deles. Eu por mim, confesso, ao recordar-me deles, sinto acender-se um desejo veemente.

Em primeiro lugar, o desejo que sua lembrança mais estimula e incita é o de gozarmos de sua tão amável companhia e de merecermos ser concidadãos e comen-sais dos espíritos bem-aventurados, de unir-nos ao grupo dos patriarcas, às fileiras dos profetas, ao senado dos apóstolos, ao numeroso exército dos mártires, ao grêmio dos confessores, aos coros das virgens, de associar-nos, enfim, à comunhão de todos os santos e com todos nos alegrarmos. A

canonização

patrimônio

SANTA DULCE DOS POBRES: O ANJO BOM DA BAHIA

APRESSEMO-NOS AO ENCONTRO DOS IRMÃOS QUE NOS ESPERAM

Obras Sociais Irmã Dulce

Autor: São Bernardo Abade

professora, Maria Rita, entra, então para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em 13 de agosto de 1933, recebe o hábito de freira das Irmãs Missionárias e adota, em homenagem a sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

A primeira missão de Irmã Dulce como freira foi ensinar em um colégio mantido pela sua congregação, em Salvador. Mas, o seu pensamento estava voltado mesmo para o trabalho com os pobres. Já em 1935,

assembleia dos primogênitos aguarda-nos e nós parecemos indiferentes! Os santos desejam-nos e não fazemos caso; os justos esperam-nos e esquivamo-nos.

Animemo-nos, enfim, irmãos. Ressusci-temos com Cristo. Busquemos as realida-des celestes. Tenhamos gosto pelas coisas do alto. Desejemos aqueles que nos dese-jam. Apressemo-nos ao encontro dos que nos aguardam. Antecipemo-nos pelos vo-tos do coração aos que nos esperam. Seja--nos um incentivo não só a companhia dos santos, mas também a sua felicidade. Cobi-cemos com fervoroso empenho também a glória daqueles cuja presença desejamos. Não é má esta ambição nem de nenhum modo é perigosa a paixão pela glória deles.

O segundo desejo que brota em nós pela comemoração dos santos consiste em que Cristo, nossa vida, tal como a eles, também apareça a nós e nós juntamente com ele apareçamos na glória. Enquanto isto não sucede, nossa Cabeça não como é,

dava assistência à comunidade pobre de Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe.

Em 1939, Irmã Dulce invade cinco casas na Ilha dos Ratos para abrigar doentes que recolhia nas ruas de Salvador. Expulsa do lugar, ela peregrina durante uma década, levando seus doentes por vários locais da cidade. Por fim, em 1949, Irmã Dulce ocupa um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, após autorização de sua supe-riora, com os primeiros 70 doentes. Já em

mas como se fez por nós, se nos apresenta. Isto é, não coroada de glória, mas com os espinhos de nossos pecados. É uma vergo-nha fazer-se de membro regalado, sob uma cabeça coroada de espinhos. Por enquanto a púrpura não lhe é sinal de honra, mas de zombaria. Será sinal de honra quando Cris-to vier e não mais se proclamará sua mor-te, e saberemos que nós estamos mortos com ele, e com ele escondida nossa vida. Aparecerá a Cabeça gloriosa e com ela re-fulgirão os membros glorificados, quando transformar nosso corpo humilhado, con-figurando-o à glória da Cabeça, que é ele mesmo.

Com inteira e segura ambição cobi-cemos esta glória. Contudo para que nos seja lícito esperá-la e aspirar a tão grande felicidade, cumpre-nos desejar com muito empenho a intercessão dos santos. Assim, aquilo que não podemos obter por nós mesmos, seja-nos dado por sua interces-são.

1959, é instalada oficialmente a As-sociação Obras Sociais Irmã Dulce e no ano seguinte é inaugurado o Albergue Santo Antônio.

Em 1988, ela foi indicada pelo então presidente da República, José Sarney, com o apoio da Rai-nha Sílvia, da Suécia, para o Prêmio Nobel da Paz. Oito anos antes, no dia 7 de julho de 1980, Irmã Dulce ouviu do Papa João Paulo II, em sua primeira visita ao país, o incen-tivo para prosseguir com sua obra.

Irmã Dulce morreu em 13 de março de 1992, pouco tempo antes de completar 78 anos. No velório, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, em Salvador, políticos, empresários e artistas se

misturavam à dor de milhares de pessoas simples e anônimas. A fragilidade com que viveu os últimos 30 anos da sua vida – ti-nha 70% da capacidade respiratória com-prometida - não impediu que ela constru-ísse e mantivesse uma das maiores e mais respeitadas instituições filantrópicas do país, uma verdadeira obra de amor aos po-bres e doentes.

Canonizada no dia 13 de outubro pelo papa Francisco, Santa Dulce dos Pobres se torna a primeira santa nascida no Brasil.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 9

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comunicaçõesaniversários novembro

agenda pastoral

CARTA AO POVO DE DEUS

Natalício02 Padre Bruce Éder Nascimento 03 Monsenhor José dos Reis04 Padre Luiz Gonzaga Lemos05 Padre Darci Donizetti da Silva

2 Finados3 Solenidade de Todos os Santos7 Reunião do Conselho de Presbíteros - Guaxupé8-10 Encontro para as famílias da RCC - Petúnia Encontro do Regional Leste II do ECC – Poços de Caldas9 Reunião da Coordenação Diocesana da Formação de Leigos - Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana da Catequese - Guaxupé Reunião da Coordenação Diocesana de CEBs - Guaxupé Reunião do Conselho Missionário Diocesano - Guaxupé9-10 Encontro Vocacional no Seminário São José - Guaxupé10 Ultréia Diocesana do Cursilho - Guaxupé11 Reunião dos Presbíteros dos Setores Alfenas e Areado – Areado12-14 Assembleia Regional de Pastoral - Belo Horizonte 13 Reunião dos Presbíteros do Setor Passos – Alpinópolis14 Reunião dos Presbíteros do Setor Guaxupé - Juruaia

06 Padre Paulo Sérgio Barbosa07 Padre Norival Sardinha Filho13 Padre Juliano Borges Lima14 Maurício Marques da Silva

15 Proclamação da República16 Reunião do Conselho Diocesano do ECC - Pratápolis20 Reunião dos Presbíteros Setor Poços de Caldas – Bandeira do Sul Dia da Consciência Negra21 Reunião dos Presbíteros dos Setores São Sebastião do Paraíso e Cássia - Cássia22-24 Assembleia Diocesana da Pastoral da Criança na Paróquia São Pedro - Alfenas23 Encontro Diocesano para Animadores da CF 2020 – Guaxupé Reunião do Setor Juventude – Guaxupé Reunião Diocesana do Conselho Econômico – Guaxupé Reunião do Setor Famílias – Guaxupé Setor Missionário – Missão Permanente24 Solenidade de Cristo Rei do Universo28 Reunião do Conselho de Formação Presbiteral - Guaxupé30 Reunião do Conselho Diocesano do ECC – Alterosa Espiritualidade e confraternização da equipe Diocesana de Catequese

23 Padre Antônio GarciaOrdenação09 Padre João Batista da Silva14 Padre Maurício Marques da Silva 25 Padre Antônio Carlos Maia25 Leandro José de Melo

atos da cúria

província eclesiástica

Padre Bruce Eder Nascimento foi nomea-do para o ofício de PÁROCO da Paróquia de Nossa Senhora Imaculada Conceição e São Carlos Borromeu na cidade de Jacuí (MG), no dia 22 de outubro de 2019.

Padre Adirson da Costa Morais foi nomea-do para o ofício de Pároco da Paróquia de São Judas de Tadeu na cidade de Poços de Caldas (MG), no dia 23 de outubro de 2019.

No dia 23 de outubro foi incardinado na Diocese de Guaxupé o padre Márcio Alves Pereira, atualmente vigário paroquial da Pa-róquia Sagrada Família e Santo Antônio de Machado

Nós, bispos, padres coordenadores e secretárias de pastoral, vigários forâneos, coordenadores de seto-

res e assessores eclesiásticos do Setor Juventude das dioceses de Pouso Alegre, Campanha e Guaxupé, nos reunimos no 5º Encontro Provincial de Animação Pastoral, em Poços de Caldas (MG), nos dias 14 a 16 de outubro de 2019. O encontro deste ano valoriza duas temáticas relevantes para a evangelização na atualidade: o Setor Ju-ventude e o Sínodo para a Amazônia.

Iluminadas pelo Sínodo da Juventude, ocorrido em 2018, nossas realidades dio-cesanas têm buscado um olhar de acom-panhamento aos segmentos juvenis em suas diversas identidades, respeitando-as e lutando por uma maior comunhão entre

elas, mediante um trabalho árduo do Setor Juventude. Conscientes dos muitos desa-fios desta evangelização específica e da importância da mesma para a Igreja, bus-camos pistas para dar continuidade a esse trabalho.

Sentimos a necessidade de fazer res-soar as palavras do Papa Francisco ao ini-ciar os trabalhos da Assembleia Especial do Sínodo para a Amazônia: “Viemos para contemplar, entender, servir os povos. E fazemos isso seguindo um caminho do sí-nodo, fazemos no sínodo, não em mesas redondas, não em conferências e discus-sões posteriores: fazemos no sínodo, por-que um sínodo não é um parlamento, não é um salão, não está demonstrando quem tem mais poder na mídia e com mais po-

der na rede, para impor qualquer ideia ou plano. (…) O Sínodo está caminhando junto sob a inspiração e orientação do Espírito Santo. O Espírito Santo é o ator principal do sínodo”.

Exortamos os fiéis de nossas comuni-dades a se informar e a acolher, sem te-mor, o Sínodo dos Bispos como lugar de comunhão e colegialidade com o legítimo sucessor de Pedro e com os bispos. Reco-mendamos que conheçam melhor a Igreja presente na região Pan-Amazônica e seus desafios, refletindo as propostas sinodais e os novos caminhos que surgirão do Sí-nodo. Bebamos em fontes de água pura e aguardemos, com alegria e esperança, as conclusões da Assembleia Especial e seus encaminhamentos.

Manifestamos nossa obediência filial e fraternal ao Santo Padre, renovamos nossa comunhão com ele e com os bispos reuni-

dos no Sínodo e nossa fidelidade ao Magis-tério da Igreja.

Suplicamos à Virgem Maria, Senhora Aparecida, e ao jovem patrono da Ecologia, São Francisco de Assis, que intercedam pelo caminho que estamos “percorrendo juntos” (synhodòs) como Igreja em saída no Sul de Minas.

Cum Petro et sub Petro. (Com Pedro e sob Pedro)

Poços de Caldas, 16 de outubro de 2019.

Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R Arcebispo de Pouso Alegre

Dom Pedro Cunha CruzBispo da Campanha

Dom José Lanza NetoBispo de Guaxupé

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