revista carpe diem - amostra final

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Amostra final da Revista Carpe Diem

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Page 1: Revista Carpe Diem - Amostra Final
Page 2: Revista Carpe Diem - Amostra Final

Editorial Diretor Responsável:José Eduardo Paraiso Razuk Redatores:Ariadny Theodoro Camila Takaki Igor Carmine Kamila BarbozaLeandro GalisLeilane BarbosaMariana Fridman Marcos da SilvaMarcos Vinicius Talita Pauletto

Design e Diagramação:Leandro Galis Periodicidade:Anual

Revista Carpe Diem A Revista da Idade Média.

Mande críticas ou sugestões para

[email protected]

Pensando no grande sucesso da Exposi-ção “A Iminência das poéticas” que está em exibição no Parque do Ibirapuera até o final do ano, a Carpe Diem resolveu fa-zer uma cobertura especial sobre a Arte em um dos períodos em que sua manifes-tação foi importantíssima, a Idade Média.

Confira nas próximas páginas o que há de melhor na Arte Medieval e suas verten-tes gótica, românica, islâmica e bizantina.

Se prepare para uma viagem no tempo à uma época onde a fé era a base da sociedade, en-tenda suas manifestações através da arte vi-sual, arquitetura, dança, literatura e música.

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Índice5 A Arte na Idade Média

8 Arte Bizantina

10 O hipodromo de Constantinopla

10 As muralhas de Constantinopla

12 Arte Islâmica

14 O Islã no Brasil

16 Passeando pela Internet

17 A alimentação na Idade Média

18 A revista Carpe Diem indica

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A arte na Idade Média

Camila Takaki e Mariana Fridman

Na idade média os artistas não tinham a total liber-dade de expressão eles respeitavam as normas di-

tadas pela igreja, esta atuava nos as-pectos sociais, econômicos, políticos, religiosos e culturais da sociedade e utilizavam o clero para supervisionar os artistas. Todas as pinturas, escultu-ras, livros e arquitetura da época eram criados com o intuito de catequisar e expandir a igreja católica, as escul-turas eram principalmente imagens de Santos, as pinturas eram feitas no interior da igreja para decorar, man-ter o ambiente agradável, e ensinar os mandamentos e toda catequização necessária, a literatura era vigorosa-mente verificada e liberada conforme a igreja julgava conveniente, como a maioria das pessoas não eram letra-das as imagens serviam para ensinar e advertir os cristãos do “mal” sem que eles precisassem ler para entender.

Estilo Românico

Praticamente unido ao período medie-val o estilo românico respeitavas as normas impostas pela igreja e ajudava na catequização da população, nas es-

culturas do período românico insere-se, de um modo geral, a comunicação entre a igreja católica e o fiel, naquele que é o reino de Deus na Terra, o tem-plo. Deste modo a escultura vai assumir uma íntima relação com a arquitetura, inserindo-se no seu espaço como um elemento complementar, e dedicando-se, principalmente, ao ensinamento de cenas bíblicas através de relevos em pedras compreensíveis ao crente leigo.Na arquitetura desse estilo podemos observar os arcos de volta-perfeita e abóbadas, as paredes eram grossas, com poucas janelas e seguiam um pa-drão de “defesa”, muito utilizados em castelos, mosteiros e igrejas que acre-ditavam que dessa forma o “mal” não conseguiria penetrar em um lugar santo.

Arte Gótica

O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante a Baixa Idade Média e é iden-tificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracteri-zadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização políti-ca, elementos que marcam o início da

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crise do sistema feudal. No entanto, o movimento a arraigada cultura religio-sa e o movimento cruzadista preser-vavam o papel da Igreja na sociedade.

A arquitetura foi a principal expres-são da Arte Gótica e propagou-se por diversas regiões da Europa, principal-mente com as construções de imponen-tes igrejas. Apoiava-se nos princípios de um forte simbolismo teológico, fru-to do mais puro pensamento escolás-tico: as paredes eram a base espiritual da Igreja, os pilares representavam os santos, e os arcos e os nervos eram o ca-minho para Deus. Além disso, nos vi-trais pintados e decorados se ensinava ao povo, por meio da mágica lumino-sidade de suas cores, as histórias e re-latos contidos nas Sagradas Escrituras.

Do ponto de vista material, a constru-ção gótica, de modo geral, se diferen-ciou pela elevação e desmaterialização das paredes, assim como pela especial distribuição da luz no espaço. Tudo isso foi possível graças a duas das inovações arquitetônicas mais importantes desse período: o arco em ponta, responsável pela elevação vertical do edifício, e a abóbada cruzada, que veio permitir a cobertura de espaços quadrados, cur-vos ou irregulares. No entanto, ainda considera-se o arco de ogiva como a característica marcante deste estilo.

A primeira das catedrais construídas em estilo gótico puro foi a de Saint-

Denis, em Paris, e a partir desta, de-zenas de construções com as mesmas características serão erguidas em toda a França. A construção de uma Cate-dral passou a representar a grande-za da cidade, onde os recursos eram obtidos das mais variadas formas, normalmente fruto das contribui-ções dos fiéis, tanto membros da bur-guesia com das camadas populares; normalmente as obras duravam algu-mas décadas, algumas mais de século.

Escultura

A escultura gótica desenvolveu-se pa-ralelamente à arquitetura das Igrejas e está presente nas fachadas, tímpanos e portais das catedrais, que foram o espa-ço ideal para sua realização. Caracteri-zou-se por um calculado naturalismo que, mais do que as formas da realida-de, procurou expressar a beleza ideal do divino; no entanto a escultura pode ser vista como um complemento à arqui-tetura, na medida em que a maior parte das obras foi desenvolvida separada-mente e depois colocadas no interiro das Igrejas, não fazendo parte neces-sariamente da estrutura arquitetônica.

A princípio, as estátuas eram alon-gadas e não possuíam qualquer mo-vimento, com um acentuado pre-domínio da verticalidade, o que praticamente as fazia desaparecer. A rejeição à frontalidade é considera-do um aspecto inovador e a rotação

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das figuras passa a idéia de movimen-to, quebrando o rigorismo formal.

As figuras vão adquirindo naturali-dade e dinamismo, as formas se tor-nam arredondadas, a expressão do rosto se acentua e aparecem as pri-meiras cenas de diálogo nos portais.

Pintura

A pintura teve um papel importante na arte gótica pois pretendeu trans-mitir não apenas as cenas tradicio-nais que marcam a religião, mas a leveza e a pureza da religiosidade, com o nítido objetivo de emocionar o expectador. Caracterizada pelo na-turalismo e pelo simbolismo, utili-zou-se principalmente de cores claras“Em estreito contato com a iconogra-fia cristã, a linguagem das cores era completamente definida: o azul, por exemplo, era a cor da Virgem Maria, e o marrom, a de São João Batista. A manifestação da idéia de um espa-ço sagrado e atemporal, alheio à vida mundana, foi conseguida com a subs-tituição da luz por fundos dourados. Essas técnicas e conceitos foram apli-cados tanto na pintura mural quanto no retábulo e na iluminação de livros”.

O Romantismo deu novavida ao Gótico

A expressão é utilizada ainda para a pintura e escultura do período, desde

que possuam determinadas caracterís-ticas, ligadas ou não à arquitetura. O Romantismo, com seu ideal de retorno ao passado, acabou por trazer de vol-ta o estilo, em meados do Século 18.

O período em que a arquitetura góti-ca prevaleceu na Europa, principal-mente nos países nórdicos, pode ser considerado o ponto culminante da Idade Média, com a Igreja triunfante.

É ainda a época de desenvolvimento da escolástica de S. Tomás de Aquino e do aparecimento das universidades.

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CuRiOsidAdEs:

Sujeira é uma Bobagem

Nessa época, o banho era considerado prejudicial se tomado em excesso. Por “banhar-se em excesso”, entenda-se: mais de duas ou três vezes por ano. Quando tomados, os banhos eram em uma única tina, cheia de água quen-te. Primeiro vinha o chefe da família, que tinha o privilégio de se banhar em água limpa. Depois dele, sem trocar a água, era a vez dos outros homens da casa, por ordem de idade. Depois, vi-nham as mulheres, também de acor-do com a idade. Por último, as crian-ças e os bebês tomavam seus banhos.

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A Arte Bizantina

Kamila Barboza e Marcos Vinicius

O crescente problema nas fronteiras causado pelos bárbaros, além de proble-mas dentro de Roma com o

senado constantemente se envolvendo em questões relacionadas ao reinado dos imperadores, fez com que os im-peradores optassem por outras cidades para serem sedes do império. O impe-rador Constantino I transferiu a capital do império para Bizâncio, antiga cida-de renomeada mais tarde para Cons-tantinopla. Neste local reúnem-se toda uma série de fatores que impulsionam a ascensão da nova expressão artística.O movimento viveu o seu apogeu no século VI, durante o reinado do impe-rador Justiniano I ao qual se sucede um período de crise denominado Icono-clasta e que consiste na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.Após a crise iconoclas-ta, houve uma nova era de ouro da arte bizanti-na que se estendeu até o fim do império no século XV. No entanto, reminis-cências desta arte perma-

neceram embuidas dentro da religião ortodoxa e em regiões como a Rússia que receberam grande influência da cultura bizantina. A arte bizantina era voltada para o lado religioso,ou seja tudo era relacionado com a igreja.

Algumas Características

Uso de materiais nobres; ênfase no colorido; arte de profundo caráter reli-gioso; construção de igrejas espaçosas e monumentais; destaque para o uso de marfim nas esculturas; larga difusão dos mosaicos, com finalidade religiosa.

ArquiteturaO grande destaque da arquitetura foi a construção de Igrejas, facilmente com-

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preendido dado o caráter teocrático do Império Bizantino. A necessidade de construir Igrejas espa-çosas e monumentais, determinou a utilização de cúpulas sustenta-das por colunas, onde haviam os capitéis, trabalhados e decora-dos com revestimento de ouro, destacando-se a influência grega.

A Igreja de Santa Sofia é o mais grandioso exem-plo dessa arquitetura, onde trabalharam mais de dez mil homens du-rante quase seis anos. Por fora o templo era muito simples, porém internamen-te apresentava grande suntuosidade, utilizando-se de mosaicos com formas geométricas, de cenas do Evangelho. Na cidade italiana de Ravena, con-quistada pelos bizantinos, desenvol-veu-se um estilo sincrético, fundindo elementos latinos e orientais, onde se destacam as Igrejas de Santo Apoli-nário e São Vital, destacando-se esta última onde existe uma cúpula cen-tral sustentadas por colunas e os mo-saicos como elementos decorativos.

Pintura e Escultura

A pintura bizantina não teve grande desenvolvimento, pois assim como a escultura sofreram forte obstáculo de-

vido ao movimento iconoclasta . En-contramos três elementos distintos:

os ícones, pinturas em painéis portáteis, com a imagem da Virgem Ma-ria, de cristo ou de san-tos; as miniaturas, pintu-ras usadas nas ilustrações dos livros, portanto vin-culadas com a temática da obra; e os afrescos, técnica de pintura mural onde a tinta era aplica-da no revestimento das paredes, ainda úmidos, garantindo sua fixação.

Destaca-se na escultu-ra o trabalho com o marfim, princi-palmente os dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou trípti-cos, obras semelhantes às anterio-res, porém com uma parte central e duas partes laterais que se fecham.

Mosaicos

O Mosaico foi uma forma de expressão artística importante no Império Bizan-tino, principalmente durante seu apo-geu, no reinado de justiniano, consis-tindo na formação de uma figura com pequenos pedaços de pedras colocadas sobre o cimento fresco de uma parede. A arte do mosaico serviu para retratar o Imperador ou a imperatriz, desta-cando-se ainda a figura dos profetas.

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O Hipódromo de ConstantinoplaLeilane BarbosaA existência de hipódro-

mos foi bastante comum nas cidades gregas du-rante os períodos he-

lenístico, romano e bizantino. A hípica e as corridas de bigas eram pas-satempos populares no mundo antigo.

Construído no ano 203 d.C pelo Impe-rador Septímio Severo, quando a cida-de ainda se chamava Bizâncio, o Hipó-dromo de Constantinopla foi o centro esportivo e social da cidade e pode ser associado aos dias de glória de Cons-tantinopla quando era a capital impe-rial. No entanto, o monumento é ante-rior a essa época. Estima-se que tinha cerca de 450 metros de comprimento e 130 metros de largura. Tinha uma capacidade de 100 000 espectadores.

Havia as corridas de bigas e quadrigas, onde se apostavam grandes quantidades de dinheiro, e toda a cidade se dividia entre os seguidores da equipe dos Azuis (Venetii) e dos Verdes (Prasinoi). As ou-tras duas equipes de corridas, os Roxos (Rousioi) e os Brancos (Leukoi), foram-se debilitando gradualmente até serem absorvidos pelas duas equipes principais.Os turcos otomanos, que em 1453 con-quistaram a cidade e a converteram na capital do Império Otomano, não esta-vam interessados pelas corridas e o hi-pódromo foi caindo em esquecimento. Mais tarde o local foi transformado em uma praça chamada Sultanahmet Mey-danı (Praça Sultão Ahmet) na cidade tur-ca de Istambul, onde foram conservados alguns fragmentos da estrutura original.

As Muralhas de Constantinopla

A cidade de Constantinopla (atual Istambul na Turquia), desde sua fundação como capital do Império Romano

do Oriente, foi cercada por uma série de muralhas por Constantino, o Gran-de, com o fim de protegê-la de ataques marítimos e terrestres. Com diversas adições e modificações ao longo de sua história, constituíram o último grande sistema de fortificação da An-tiguidade, e um dos mais complexos

e elaborados sistemas já construídos.No século V, tendo em vista o cres-cimento da cidade, foi construída a famosa linha dupla das Muralhas de Teodósio para protegê-la contra os ata-ques feitos pelos inimigos. O advento dos canhões especializados em cercos, que utilizavam pólvora, no entanto, tornou estas fortificações vulneráveis, e acabou levando à queda de Cons-tantinopla para os otomanos, em 29 de maio de 1453, após um longo sitio.

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Arte IslâmicaAriadny Theodoro

Gravura do século XV que representa o profeta Maomé lendo o Alcorão em Meca

O Islamismo surgiu em meados do século VII e propagou-se princi-palmente na Arábia, a religião que foi formu-

lada pelo profeta muçulmano Maomé, na época, por ser monoteísta, sofreu ataque dos povos árabes que em sua grande maioria eram politeístas. Ma-omé viveu refugiado durante alguns anos em Medina e o evento conheci-do como hégira marca o inicio dessa cultura religiosa que é narrada pelo Alcorão, livro sagrado dos praticantes.

Na arte islâmica é possível notar ele-mentos como o desprezo pela vida ter-rena, imaterialidade, a ideia de infini-

to, a crença pela eternidade que podem ser vistos através de manifestações como a literatura, artes visuais, dança, música, e arquitetura. Abaixo podemos observar as principais características.

Literatura

Com influência dos povos pré-islâmicos, a literatu-ra islâmica é muito vasta e pode ser manifestada através de prosa, poema, poesia e cunho didático e em diferentes idiomas: turco, persa, árabe e urdu.Um dos gêneros da po-esia árabe é a monor-

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rima (todas as linhas apresentam a mesma rima) e de métrica com-plicada (sílabas longas e curtas ar-ranjadas em 16 métricas básicas). Há três gêneros poéticos principais: o gazel (ghazal), geralmente um po-ema de amor, que tem de cinco a 12 versos monorrimos; o qasida, um po-ema de louvação com vinte a mais de cem versos monorrimos; e o qita, uma forma literária empregada para lidar com aspectos da vida cotidiana.

Artes Visuais/Pintura islâmica

A Arte Visual Islâmica tem forte influen-cia oriental e características árabes, é desprovida de figurações e seu princi-pal elemento é a geometria e o arabesco.Infelizmente grande parte das pin-turas islâmicas não sobreviveram ao tempo, porém, elas eram em ge-ral empregadas na parte decorati-va em paredes de palácios e lugares públicos e retratavam o cotidiano dos povos através do estilo helênico

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A Arte através da Tapeçaria

Uma das principais formas de ma-nifestação artística islâmica é fei-ta através da Tapeçaria, os muçul-manos foram por muito tempo um povo nômade e para sua comodidade construíam e decoravam seus pró-prios objetos, inclusive a tapeçaria.

Arquitetura

Impossível falar da Arte Islâmica sem passar pela sua manifestação mais bela que é feita através das incríveis construções de templos, mesquitas, palácios e mosteiros.

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O Islã no BrasilMarcos Silva

O Islamismo chegou ao Brasil por conta dos es-cravos africanos quan-do foram trazidos para

o país. Depois aumentou com a mi-gração dos árabes para o Brasil.

Segundo dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas 2010, o Islã conta com 35.167 seguidores, porém instituições islâmicas brasileiras consideram esse número pequeno, e dizem que o numero de seguidores no Bra-sil é muito superior.

A Federação Islâmi-ca Brasileira defen-de que há cerca de 1,5 milhões de fiéis do Islã no país e estima que 50 mes-quitas e mais de 80 centros islâmi-cos estão espalhados pelo Brasil.O número de brasileiros convertidos ao islã cresceu 25% entre 2001 e 2011.

Existem várias mesquitas pelo Bra-sil, só em São Paulo temos cerca de dez, entre elas a Mesquita Bra-sil construída em 1929, localizada

na Avenida do Estado no Centro.

A Mesquita de Mogi das Cruzes, é uma das únicas no Brasil a emitir o chamado externo para os muçulma-nos rezarem, possuindo quatro alto-falantes no alto da torre com cerca de 40 metros de altura, onde anuncia:

“Deus é o maior” (repetido quatro vezes); “Testemunho que não há di-vindade além de Deus” (duas vezes); “Testemunho que Muhammad é um

mensageiro de Deus” (duas vezes); “Vinde à oração” (duas vezes); “Vin-de ao sucesso” (duas vezes); “Deus é o maior” (duas vezes); “Não há divin-dade além de Deus” (uma vez). Essas frases são emitidas na língua árabe por aproximadamente três minutos.

Existem templos e salas de orações por outros lugares do Brasil como Rio de Janeiro, Bahia,Mato Grosso, etc.

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Passeando pela internetTalita Pauletto

Conheça a história de uma brasileira que se converteu à religião islâmica, e conheça as dificuldades que ela enfrenta.

Foto Divulgação: Ana Lúcia - Kiara

No “Passeando pela Internet” dessa edição, vou contar um pouco sobre Ana Lucia (que gosta de ser chamada

de Kiara), uma brasileira de 29 anos que se converteu na religião islâmica.

A moça é dona de um blog (kiaraelle.blog.com) que conta sua vida como recém-convertida, apontando não só as maravilhas, mas as dificuldades do novo estilo de vida e religião: “Na mi-

nha opinião, ter uma religião, uma vida com regras, é importante para se orientar, mas penso que não é a salvação. Ao entrar numa determi-nada religião, não quer dizer que o outro “vá ficar mais direito”. De-pendendo da pessoa, do caso, pode até piorar. Se a pessoa não procura se reformar intimamente, não há religião que salve!”, defende Kiara.

Além de falar sobre o islamis-mo, ela fala sobre novas e velhas amizades, indica livros e conta sua vida como qualquer mulher. É interesantíssimo ver como ela conta das barreiras que tem de que-brar e tanto do preconceito quanto

da aceitação de pessoas próximas e distantes. Quanto aos costumes, como usar o hijab (trage típico do Islã), ela defende “Isso é uma prova que o Islã NÃO oprime as mulheres e nem as classificam como seres inferiores ao homem. Pelo contrário, a posição da mulher no Islã é elevadíssima!”Vale a pena dar uma conferida.

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A alimentação na Idade Média

Igor Carmine

De uma maneira geral, a ali-mentação medieva era pobre, se comparada com os padrões

modernos. A quantidade era superior à qualidade. A arte de cozinhar estava ainda numa fase rudimentar uma vez que as conquistas da cozinha romana ti-nham-se perdido com a queda do Império.

O jantar era a refei-ção mais forte do dia. O número de pratos servidos andava, em média, pelos três, sem contar sopas, acompanhamentos ou sobremesas. Para os menos ricos, o número de pratos ao jantar podia descer para dois ou até um. À ceia, baixava para dois a média das iguarias tomadas. A base da alimenta-ção dos ricos era a carne. Ao lado das carnes de matadouro ou carnes gordas - vaca, porco, carneiro, cabrito - con-sumia-se largamente caça e criação.A criação não variava muito da de hoje: galinhas, patos, gansos, pombos, fai-sões, pavões, rolas e coelhos. Não existia ainda o perú que só veio para a Europa depois da descoberta da Amé-rica. Fabricavam-se também enchidos

vários, como chouriços e linguiça.

Os bolos: O fabrico de bolos não se encontrava muito desenvolvido. Anteriormente ao século XV, o eleva-do preço do açúcar obrigava ao uso do mel como único adoçante ao alcance de todas as bolsas. Havia excepções: fabricavam-se biscoitos de flor de la-ranja, pasteis de leite e pão de ló, junta-mente com os chamados farteis, feitos à base de mel, farinha e especiarias.

Com ovos também se produziam al-guns doces: canudos e ovos de laçoa. Contudo, só a partir do Renas-cimento se desenvolverá a afa-mada indústria doceira nacional.O número de bebidas era extrema-mente limitado. Desconhecia-se o café. chá, chocolate e a cerveja,. À base do vinho e água se matava a sede ou se acompanhavam os alimentos. Bebia-se vinho não só ao natural mas tam-bém cozido e temperado com água.

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A revista Carpe Diem indicaTalita Pauletto

Para quem procura uma maneira mais atual e irreverente de estudar ou simplesmente matar a curiosidade de como eram alguns costumes da idade média, nossa revista trouxe dicas de três filmes com histórias que

se passam na época medieval. Aviso às mulheres: os vestidos são de babar!

Romance e aventura, tem para todos os gostos.

Apague a luz, pipoca e... PLAY!

Coração Valente (Brave Heart - 1995)

O longa retrata a vida do herói escocês William Walla-ce, que no final do século XXIII, uniu seus compatriotas para enfrentar os exércitos ingleses e os senhores feudais, para libertar a Escócia e garantir sua vingança. Ganha-dor de 5 Oscars, incluindo melhor filme e melhor diretor para Mel Gibson (sim, ele dirigiu e protagonizou o longa).

A Lenda da Flauta Mágica (The Pied Pi-per 1972)

A história de passa no verão de 1349, a peste negra atin-ge Hamelin, no norte da Alemanha. Um grupo de me-nestréis chega para o casamento da filha do prefeito e um dos menestréis, um flautista, se oferece para atrair os ratos, com sua música, para fora da cidade, mas o prefei-to desiste de contratá-lo. Então, um boticário judeu pro-cura a cura para a praga, mas é acusado de magia pelos padres. Ganância, corrupção, ignorância e a doença vão destruir a cidade. O filme americano é do francês Jacques Demy, baseado na famosa lenda do flautista de Hamelin.

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Cruzada (Kingdom of Heaven- 2005)

No século 12, um bastardo ferreiro francês - Ba-lian - torna-se cavaleiro e barão de um feudo na terra santa, por obra de seu pai nobre. Após sua morte, ele vai para Jerusalém, numa cruzada.

O filme também conta com uma história de ro-mance daquelas entre Balian e a filha de seu ini-migo. Excelente recriação de época de Ridley Scott, com Orlando Bloom no papel principal.

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Vale a pena ler !

Títulos que contam um pouco da história, curiosidades e ajudam entender um pouco de arte.

Arte Medieval, de GEORGE HENDERSON, editora Cultrix

Como reconhecer a arte Românica, de Ida Tarella, editora: Edições 70

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